A trama do signo
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Transcript of A trama do signo
A trama do s i gno : Derr ida e a Des con s t ru ção d e um pro j e t o
Sau s s u r eano
“Chamamos signo a combinação do
conceito e da imagem acústica[...]”
“Propomo-nos a conservar o termo signo
para designar o total e a substituir
conceito e imagem acústica
respectivamente por significado e
significante.[...]”
“Jacques Derrida faz outra leitura,
mais embaraçosa e incômoda, do
próprio conceito de signo.”
A Desconstrução para Derrida é diferente de
destruição. Para ele a Desconstrução significa
desmontagem/decomposição, isto é, descobrimento de
partes do texto que estão dissimuladas e que impedem ou
interditam certas condutas.
A desconstrução não utiliza nenhum método, ela se
apresenta como nada além do próprio estruturalismo levado às
suas últimas consequências.
Um dos termos é valorizado e o outro degradado:
causa-efeito, presença-ausência, centro-
periferia, positivo-negativo, essência-aparência,
natureza-cultura, fala-escrita.
Crença na soberania da razão e na centralidade da
palavra (logos), das idéias dos sistemas de pensamento,
de forma a serem entendidos como matéria inalterável.
Privilégio da fala sobre a escrita.
Derrida introduz o seu conceito de diferença para
abalar e substituir as oposições binárias do sistema
logocêntrico. A diferença é um ponto não fixo que pode
estar em qualquer lugar da escala imposta pelas
oposições binárias hierarquizadas.
A Gramatologia, de Derrida, é uma obra
sobre a necessidade e a impossibilidade de
existência de uma gramatologia, no âmbito das
ciências positivas, sob a égide do pensamento
metafísico. Mesmo reconhecendo essa
impossibilidade, Derrida fala de sua importância,
pois seria ela o espaço da crítica à lingüística e à
semiologia, enquanto ciências.
A noção do in con s c i en t e e a d e s c on s t ru ção do Su j e i t o
Car t e s i ano
Sujeito que pensa
(“penso,logo existo”) em que a
essência do ser é o pensamento,
pois o ser humano tem a consciência
que existe visto que tem a
capacidade de pensar e desenvolver
um raciocínio, logo se tem a
capacidade, está comprovada a sua
existência, teoria de Descartes.
Um dos movimentos mais caros à reflexão de
Nietzsche é denunciar a ilusão primordial da autonomia do
intelecto como determinante, inclusive, da ilusão de verdade
da coisa-em-si e de todas as outras ilusões dela decorrentes.
“O homem que pretende descobrir a “verdade” de mundo ao seu redor
não chega sequer a conhecer a si próprio [...], ilude-se com a suposta
autonomia “consciente” que não passa de uma instância derivada de
processos inconscientes e crê poder separar-se do “real”, ou seja crê
poder olhar o real e o outro com olhos neutro[...]. É, portanto, a partir da
desconstrução da noção de sujeito enquanto ser presente a si mesmo que
Nietzsche passa à desconstrução do impulso à verdade e do próprio
conceito de verdade”.
“A desconstrução da autonomia do sujeito consciente abala as
estruturas do projeto logocêntrico e qualquer possibilidade de
uma relação puramente objetiva entre o homem e a realidade.”
O EU E O INFINITO
O eu é a síntese consciente de infinito E de finito em relação com ela própria;
Mas tornar-se si próprio é tornar-se concreto, coisa irrealizável no finito ou infinito.
A evolução consiste em afastar-se de si próprio,numa infinitização. O eu que não se torna
ele próprio permanece desesperado;
o eu está em evolução a cada instanteda sua existência, e não sabe o que
Será
This is just to say
I have eaten the plums
that were in the icebox
and which you were probably
saving for breakfast Forgive me
they were delicious so sweet
and so cold
•Em sua opinião, o que faz estes textos serem
considerados poesia?
•Aponte neles algumas características em comum.
Um destes dois textos não é um poema. Trata-se de um
texto em prosa falsamente versificado, a fim de
exemplificar a complexidade de conceituação de poesia.
Você arriscaria apontar qual destes dois textos não é um
poema?
• ARROJO, Rosemary. A noção do inconsciente e a desconstrução do sujeito
cartesiano.
• _____________. Oficina de Tradução: A teoria na prática. São Paulo: Ática,
2007.
• RAJAGOPALAN, Kanavillil. A trama do signo: Derrida e a desconstrução de
um Projeto Saussureano