[email protected] OS CLASSICOS DA SOCIOLOGIA MAX WEBER 1864-1920.
A sociologia de max weber
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A sociologia de MAX WEBERPROFESSOR :
LÚCIO BRAGA
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A sociedade sob uma perspectiva histórica
Uma das diferenças existentes entre o positivismo e o idealismo é a importância que o segundo dá a história.
Weber, figura dominante na sociologia alemã, com formação histórica consistente, se oporá ao positivismo. Para ele, a pesquisa histórica é essencial para compreensão das sociedades. Essa pesquisa, baseada na coleta de documentos e no esforço interpretativo das fontes, permite o entendimento das diferenças sociais, que seriam, para Weber, de gênese e formação, e não de estágios de evolução.
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CONTEXTO DA OBRA
Duas correntes de pensamento nas ciências sociais nascentes:
Positivistas: abordagem dos fenômenos humanos como nas ciências naturais, busca da explicação (tradição empirista inglesa e utilitaristas do século XIX). Bacon (1561-1626). Hume (1711-1776), Comte (1798-1857) e Durkheim (1858-1917).
Idealistas: afirmavam a peculiaridade dos fenômenos humanos, busca da compreensão, sentido e não da relação causa e efeito. Para eles a ciência natural (relação sujeito/objeto) difere das ciências humanas (relação sujeito/sujeito). Tradição no idealismo filosófico alemão: Hegel (1770-1831), Windelband (1848-1915), Dilthey (1833-1911), Weber (1864- 1920)
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Objetivo da sociologia para weber
Diferentemente da sociologia de Durkheim, não consiste em explicar os fatos sociais.
A sociologia de Weber tem como objetivo captar as conexões de sentido da ação humana (compreender).
Conhecer um fenômeno social seria extrair dele o conteúdo simbólico da ação ou das ações que o configuram. (Pergunta chave: qual o sentido [importância] que o ator dá a sua conduta? O foco deixa de ser a causa estrutural, para ser o sentido)
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“[...] se agora sou sociólogo, então é essencialmente para pôr um fim nesse negócio de trabalhar com conceitos coletivos. Em outras palavras: também a Sociologia somente poder ser implementada tomando-se como ponto de partida a ação do indivíduo ou de um número maior ou menor de indivíduos, portanto de modo estritamente individualista quanto ao método” (Weber em uma carta ao economista Robert Liefmann em 1920).
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Sociologia e história
Weber, entretanto, não achava que uma sucessão de fatos históricos fizesse sentido por si mesma. Para ele, todo historiador trabalha com dados esparsos e fragmentários. Por isso, propunha para esse trabalho o método compreensivo, isto é, um esforço interpretativo do passado e de sua repercussão nas características peculiares das sociedades contemporâneas. Essa atitude de compreensão é que permite ao cientista atribuir aos fatos esparsos um sentido social e histórico.
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Ação social: uma ação com sentido
O ponto de partida da sociologia de Max Weber não estava nas entidades coletivas, grupos ou instituições.
Seu objeto de investigação é a ação social, a conduta humana dotada de sentido, isto é, de uma justificativa subjetivamente elaborada.
Assim, o homem passou a ter, enquanto indivíduo, na teoria weberiana, significado e especificidade. É ele que dá sentido `a sua ação social: estabelece a conexão entre motivo da ação, a ação propriamente dita e seus efeitos.
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Ação social em weber
as normas sociais só se tornam concretas quando se manifestam em cada indivíduo sob forma de motivação. Cada sujeito age levado por um motivo que é dado pela tradição, por interesses racionais ou pela emotividade
A tarefa do cientista social é descobrir os possíveis sentidos das ações humanas presentes na realidade social que lhe interessa estudar. O sentido, por um lado, é expressão da motivação individual, formulado expressamente pelo agente ou implícito em sua conduta.
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Ação social
Para eber, o sociólogo deve compreender o sentido das denominadas “ações sociais”, investigado a sociedade a procura de características comum entre os indivíduos para compreender comportamentos sociais.
Todavia, a uma infinidade de informações que para ser analisadas, devem-se construir ideias, que não existem, mas que irá nortear a referida análise.
São os chamados “tipos ideais”
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Tipos de ação social
Ações racionais
Ação social racional com relação a fins – sendo a ação, racional. Ou seja, ter a escolha de melhores meios utilizando-se da racionalidade para que se realize um fim.
Ação social racional com relação a valores – na qual, não é o fim que orienta a ação, mas a o valor (ético, político, estético e religioso), pois há inúmeras coisas que fazem com que as pessoas sigam tais preceitos.
Ações irracionais
Ação social afetiva – a conduta e movida por sentimentalismo ( vingança, orgulho, loucura, medo, inveja, paixão...).
Ação tradicional – tem como fonte motivadora os hábitos e os costumes enraizados.
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Outros exemplos
---> Racional com respeito aos fins - alunos que estudam para passar de ano, trabalhar horas extras para ser promovido.
---> Racional com respeito aos valores - alguém que dá tudo o que tem a uma instituição de caridade, sem se preocupar com o fato de que agindo assim, possa cair na pobreza.
---> Afetiva - essa ação envolve emoções, como na família, ou na relação entre a multidão e um ídolo (seja ele um cantor de rock ou um líder religioso).
---> Tradicional - quando o indivído age de determinada forma porque seus pais ou avós agiam da mesma maneira.
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O Tipo ideal
O tipo ideal de Max Weber corresponde ao que Florestan Fernandes definiu como conceitos sociológicos construídos interpretativamente como instrumentos de ordenação da realidade.
O conceito, ou tipo ideal, é previamente construído e testado, depois aplicado a diferentes situações em que dado fenômeno possa ter ocorrido.
À medida que o fenômeno se aproxima ou se afasta de sua manifestação típica, o sociólogo pode identificar e selecionar aspectos que tenham interesse à explicação como, por exemplo os fenômenos típicos “capitalismo” e “feudalismo”.
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A sociologia Weberiana e o estudo da sociedade moderna
Weber faz um contraponto à visão marxista, segundo a qual o capitalismo surge na Europa apenas por conseqüência de condições eminentemente econômicas.
Para ele, o que faz emergir o capitalismo é uma mudança de valores (ética) que ocorre no final da Idade Média (secularização).
O capitalismo traz em si uma ética particular por meio da qual ganhar dinheiro passa a ser uma expressão da virtude. Mais tarde essa transição dará margem ao fenômeno da racionalização do mundo.
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A sociologia Weberiana e o estudo da sociedade moderna
Weber veicula o capitalismo à ética protestante, mostrando que essa nova forma de pensar e agir trazida pela Reforma será essencial para criar as condições necessárias ao advento do capitalismo.
A ética racional do lucro torna-se legítima e, mais do que isso, passa a regular as várias esferas da vida (quebra da magia, desencantamento do mundo).