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A SOCIEDADE
Manuel CastellsPrefac10 de Fernando Henrique Cardoso
お
4R
③PAZ E TERRA
Manuel Castells
A SOCIEDADE EM REDEVolume I
6a edi9ao totalmente revista e ampliada
ルαグfα
θf Roneide Venancio Mttercom a colabora91o de Klauss Brandini Gerhardt
APrime
ldquo
αJjzαfαθprimeαrα 6α ιグjgαθf Jussara Siln6es
PAZ E TERRA
Manucl Castclls
TraduzidO do origina1 7乃 prime麻primeグ励primePrimeprime初θルPrimeルク
CIP― BrasilCatalogagttO na FOntc
(Sindicato Nacional dos Editorcs dc L市 rosRJBraSil)
CastellsManucl1942-
A sOcicdade cm redeManucI Castells tradu91oRoncidc Vcmncio Mづ Cち
atualizagttO para 6ユ edicloJuSSara Sim6cs
――lA era da infOrm霧五0eCOnomiasociedadc c cultural v1)
Slo PauloPaz c Tcrra1999
ISBN 85-219-0329-4
Indui bibliOgrafla
C344s
lTccno10gia da infOrma910-― Aspcctos sociaiS2Tccn010gia da infOrma910__
AsPcctOS CCOn6nlicos3Socicdadc da inforinaclo4Rcdcs dc infOrinaglo
5 Tccn010gia c civiliZa910
99-0358 CDD-303483CDU-31642244
EDITORA PAZ E TERRA SARua do TriunfO177
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2002 ImprcssO no Brasi11り PrimeκノPrimeBr品
6
O espa9o de fluxos
Π壺品Tttll脚l島剛胤モ1lm盤∬職鳳Ⅷ蠍intuitiva desses conceitoso C五 an9as elll idade escolar sabem quc o espa9o o o
a refletir sobre as formas sociais de tempo c espa9o que nlo se lilllitanl)s percep―
95eS Obtidas at6 agora com base nas estl lturas sociot6cnicassuplantadas pela
exper7電 Sflllllempo estao interligados na natureza e na sociedade
tamb6m o estarao em nunha anllisecmborapara maior clarezaenfoquc se―
驚 鍵 ∬ ll晶現 観 濯 ξ淵 鵬 誌 蹴 ∬ 胤 l∬嵐
clissicasque sup6enl o domfnio do espa9o pelo tempoproponho a hip6tese de
蠍職磁∬胤lint路朧胤 1群淵雷肌営鳳撫capltul‐
t espa9o quanto o tempo estao sendO transfo 11lados sob o efeito
combinado do paradigma da tecnologia da info 11la950 e das fo 11las e processos
sociais induzidos pelo processo atual de transfo 11la91o hiSt6rica apresentado
neste livroo Contudoo perfil real dessa transforma9ao 6 prOfundamente diverso
織
欄 I灘 撚 誇争 l難 熙 禰 鱗 鸞
comerciais centrals caroscongestionados e desagradiveis para instala95es per―
sonalizadaselll bonitos lugares ao redor do rnundoo Por6 1a anllise empf五ca de
Mitchell Moss sobre o impacto dastelecomunica95es nas empresas de Manhattan
nos anos 80 descobriu quc esses novos recursos de telecomunica95es avangadas
468 O espa9o de fluxos
estavam entre os fatores respons`veis pela lentidao da reloca9aO de empresas
para longe de Nova Yorkpor razOes quc exporei poste五 ollllenteOuutilizandooutro exemplo sObre unl domfnio sOcial diferentesupunha― se quc a comunica―
9aO eletronica domiciliar induziria o declfnio de formas urbanas densas e dilrli―
nuiria a intera9aO socia1 10calizada cspacialmenteNo entantoo primeiro siste―
ma de comunica95o lnediada por computadores difundido para a rnassao Minitel
frances descrito no cap ulo anteriororiginou― se na d6cada de 1980 em um am―
biente urbano intensoctta vitalidade e intera9ao por contato pessoal nao fOram
abaladas pe10 novO meio de comunica910 Na verdadeos estudantes franceses
usavanl o Minitel para organizar manifesta95es de rldquo α contra o govemoNo inf―cio da d6cada de 1990a telecolrluta9五 oOu sttaO trabalho θ4-primejれ
`em casaerapraticada por uma fra9aO muito pequena da for9a de trabalho dos EUA(entre l
e2em um dia dete 11linado)Europa ou Japaose naO cOntamos a velha c
costumeira pr`tica de profissionais liberais trabalharenl en casa ou organizaremsuas atividades em tempo c espa9o flexfveisquando contalllcom tempo disponf―
vel para isso2 Embora trabalhar meiO expediente enl casa pare9a estar se tornan―
do ulrl futuro modo de atividade profissionalessa modalidade desenvolve― se a
partir do surgilnento da empresa integrada enl rede e do processo de trabalho
flexfvelconforme an`lise enl cap ulos anteriorese nao cOmo consequencia di_
翼農[∬貯蹴轟官lt就淵震駆驚驚ll淵T鵠樹isociedade e o espa9o quc abOrdarei nas p`ginas seguintes
Para prosseguir nessa dire91ocxanlinarei o lnaterial empfrico sObre a trans―
formagao dos padr6es de localiza9O das principais atividades econOmicas sob O
novo sistema tecno16gicotanto en rela9ao a servi9os avan9ados comO a ind`s_
tna Depoistentarei avaliar as poucas informa95es sobre a interagao entre O
surgilnento da casa cletrOnica c a cvolu9五 o da cidadeben como lne estenderei arespeito da recente evolu95o das formas urbanas em vttios contextos Entao
resumirei as tendencias observadas sob uma nova 16gica espacial que chamo de
`平フαgθ 虎ノPrimeじθSo Em oposi9ao a essa 16gicaapresentarei a organizagao espacial
histo五camente ellraizada de nossa cxperiencia comunlθ`Qρ
αfθ グιJldquogαr`sEmencionarei o reflexo dessa oposi9五 o dia16tica entre o espa9o de fluxos e o espa―
90 de lugares nos debates atuais sobre arquitetura e prqeto urbano00切 etiVO
desse itinerttrio intelectua1 6 desenhar o perfil deste novo processo espacialo
espa9o de uxosque se cst`tornando a manifesta9ao espacial predominante de
poder e fun9o em nossas sociedadesApesar de todos Os meus esfor9os para
ancorar a nova 16gica espacial no registro empmcoreceio que saa ine宙t`velnofinal do capttuloapresentar ao lcitor alguns fundamentos de uma teoria social de
espa9ocOmo forma de abordar a atualtransfOrma9五 o da base material de nOssa
O espa9o de fluxos
expedenciao Mas minha capacidade de comunicar uma teoriza92o ullltanto abs―
trata das novas formas e processos espaciais certamente seri rnelhorada conl um
breve levantamento dos dados disponfveis sobre a recente padroniza91o espacial
das fun95es eCOn6111icas e das praticas sociais predominantes3
Servi9os avan9adosfluxos da informa9aO e a cidade global
A economia globa1infomaciona16 organizada em tomo de centros de con―
trole e comando capazes de coordenarinovar e gerenciar as atividades interligahellip
das dasredes de empresas4 serVi9os avan9adosinclusive finangassegurosbens
imobilittiosconSultodasser宙 9os de assessoriajurfdicapropagandapraCtOs
Primezα rたθprimejれgrela95es p`blicassegurangacoleta de informa95es e gerenciamento
de sistemas de informa91oben como P8ι]D e inovagao cientfficaestao nO cerne
de todos os processos econOlrlicosstta na ind`striaagriculturaenergiasaaem
seⅣi9os de diferentes tipos5 Todos poden ser reduzidos a gera91o de conheci―
mento e a fluxos da informagao6 Portantoos sistemas avan9adOS de telecomuni―
Ca96eS pode五 am possibilitar sua localizagao dispersa pelo globoo Mais de uma
d6cada de estudos sobre o assuntono entantoestabeleceu ulrl lnodelo espacial
diferentecaracterizado pela dispersaO e cOncentragao simultaneas de servi9os
avan9ados 7 1De unl ladoos servi9os avan9adOS aumentaranl substancialmente
sua participa91o nos fndices de empregos e no PNB da maioria dos pafsesc
apresentam o malor crescilnento de empregos e as taxas mais altas de investi―
mento nas principaisを 話eas lnetropolitanas do mundo8 saO abrangentes e estao
localizados clrl toda a geografia do planetacom exce91o dos``buracos negros
de marginalidadeDe outrotem havido uma concentra9五 〇espacial da camada
superior dessas atividades em alguns centros nodais de alguns pafses9 Tal con―
centra91o segue uma hierarquia entre as camadas dos centros urbanos com as
fun95cs de nfvel lnais altotanto elrl termos de poder quanto de qualifica91oc
estl localizada en algumas ilnportantes 6reas rnetropolitanas10 0 estudo cl`ssico
de Saskia Sassen sobre a cidade global mostrou o domfnio cottunto dC Nova
YorkT6quio e Londres nas finan9as intemacionais e na rnaior parte dos servi9os
de consultoria c empresariais de ambito intemacional1l Juntosesses tres centros
cobrenl o espectro de fusos horarios no que diz respeito a transa95es financeiras
e funcionanl em grande parte como uma unidade no mesmo sistema de transa―
95eS COntfnuasMas outros centros sao impOrtantes e at6 supe五ores em alguns
segmentos especfficos do com6rciopor exemploChicago e Cingapura enl con―
tratos de futuros(alilSpraticados pela p五 meira vez em Chicagoem 1972) Hong
KongOsakaFral」 ごurtZuriqucPa五 sLos AngelesSao FranciscoAnlsterda c
470 O espa9o de fluttos
MilaO tamb6 l sao centros importantes tanto en servi9os flnanceiros quanto cm
servi9os empresariais internacionais12 E v丘 dosldquocentros regionaisestao rapida_
mente aderindo a redeenquantoldquo Inercados emergentesse desenvolvem por
todo o lnundoMadriSaO PauloBucnos AiresM6xicoTaipeiMoscouBuda―
pesteentre outros
A medida quc a econonlia global sc expande e incorpora novos lnerCados
tamb6m organiza a produ91o dos servi9os avan9adOS necessttios para o geren―
ciamento das novas unidades quc aderem ao sistema e das condi96es de suas
conex6es em mudan9a contfnua 131」nl bonl exemplo para ilustrar esse processo 6
Madrirelativamente atrasada en rela91o)econonlia global at6 1986Naqucle
anoa Espanha aderiu a Comunidade Europ6iaabrindo― se totalinente ao investi―
mento de capital estrangeiro nos inercados das bolsas de valoresem opera96eS
bancttrias e na aquisi95o de patrimOnio das empresasbenl como em bensim6-
veiso Como ficou demonstrado enl nosso estudo14 nO perfodo de 1986-90o in―
vestilnento estrangeiro direto na bolsa de valores dc Madri fortaleceu uma fase
de r`pido crescilnento regional ao lado de unlわ οθprimeっno setor imobilittrio e r`pida
expansao dos nfveis de emprego elrl servi9os empresariaiso A aquisi910 de a96es
por investidores estrangeiros enl Madtt entre 1982 e 1988 saltou de 4 bilh6es e
494 nlilh5es para 623 bilh6es e 445 1rlilh6es de pesetasO investilnento estran―
geiro direto em Madri subiu de 8 bilh6es de pesetas em 1985 para quase 400
bilh6es de pesetas elr1 1988Assinla constru950 de escrit6rios no centro dc Madri
e dc im6veis residenciais de alto nfvelno final dos anos 80cxperilnentou o
mesmo entusiasmo fren6tico oconrido cIII Nova York e LondresA cidade foi
transformada de forma profunda pela satura91o do valioso espa9o na rnetr6pole c
tamb6nl por unl processo rnaci9o de suburbaniza9ao queat6 entaOfora uIIl fenO―
meno de certa forma lilrlitado enl Mad五
Na mesma linha argumentativao estudo realizado por Cappelin sobre a
forma9ao de redes de servi9os nas cidades europ6ias mostra a crescente interde―
pendencia c complementarldade entre os centros urbanos de tamanho m6dio da
Unitto Europ6iao Cappelin concluiu que`つ ヽimportancia relativa das rela95es en―
tre cidades e regi5es parece dinlinuir quando comparada)importancia das rela―
96eS que interliganl vttrias cidades de regi6es e pafses diferentesuml As novas ativi―
dades concentram― se em p61os especfficos c isso implica um aumento das
disparidades entre os p61os urbanos e as respectivas hinterlandias15
Dessa formao fenOmeno da cidade global naO pode ser reduzido a alguns
n`cleos urbanos no topo da hierarquia 重un prOcesso que conecta servi9os avan―
9adOSCentros produtores e inercados enl uma rede global com intensidade dife―
rente c em diferente escaladependendo da relativa importancia das atividades
localizadas em cada`reaッ Js―a―ソJs a rede globalErn cada pafs a arquitetura de
O espa9o de fluxos
foma91o de redes reproduz― se em centros locais e regionaisde forma que o
sistema todo fiquc interconectado en ambito globalC)s tenrit6rios em torno des―
ses n6s desempenhanl uma fun91o cada vez rnais subordinada)s vezesperden―
do a importancia(Ou at6 mesmo a fun91o) Um exemplo sao as θθJθれjα s ρ(η
ldquoJα ~
ldquoθs da Cidade do M6xico(Originallnenteassentamentos de posseiros)que repre―
sentan cerca de tres ter9 s da popula91o das rnega16poles sem desempenhar ne―
nhunl papel distinto no funcionamento da Cidade do M6xico como centro inter―
nacional de neg6cios)16 AdcIIlaisa globaliza9五 o estillllula a regionaliza91oo Em
seus estudos sobre regi6es europ6ias na d6cada de 1990utilizando os dados dis―
ponfveisPhilip Cooke mostrou quc a internacionaliza91o crescente das ativida―
des econOnlicas na Europa tornou as regi5es lnais dependentes dessas atividades
θrigι
ldquo
Nova York
Los Angeles
Nova York
Washington
Los Angelcs
Nova York
Nova York
Boston
Nova York
Filad61fia
Atlanta
Sao Franclsco
Nova York
Dallas
Chicago ――
Dιint`Jれ
θ
Los Angeles
Nova York
Washington
Nova York
Sao Franclsco
Boston
Filad61fia
Nova York
ⅣIialni
Nova York
Nova York
Nova York
Atlanta
Los Angeles
Los Angeles
脇Fgttχ霊棚 器∬磐器∬絆詰潔忠TW翫酬
Assilnas regi6es sob o impulso dos governos e elites empresariais
estruturaram― se para competir na econonlia global e estabeleceram redes de coo―
wttrrttrTl観胤lint肌覇脱認Xl潔ll縫鰍nas redes internacionais que ligan seus setores lnais dinanlicos
17
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
0
O∽【00目夢【】ヽ
∽〇ldquo】Ooldquo【0
O^QQ】
∽∽o「QX国一一に「00』
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fヽf亀〈
ldquo口〇)【ldquo目〇
∽ldquo【OX【目的
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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SOIIV SOuong
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
Manuel Castells
A SOCIEDADE EM REDEVolume I
6a edi9ao totalmente revista e ampliada
ルαグfα
θf Roneide Venancio Mttercom a colabora91o de Klauss Brandini Gerhardt
APrime
ldquo
αJjzαfαθprimeαrα 6α ιグjgαθf Jussara Siln6es
PAZ E TERRA
Manucl Castclls
TraduzidO do origina1 7乃 prime麻primeグ励primePrimeprime初θルPrimeルク
CIP― BrasilCatalogagttO na FOntc
(Sindicato Nacional dos Editorcs dc L市 rosRJBraSil)
CastellsManucl1942-
A sOcicdade cm redeManucI Castells tradu91oRoncidc Vcmncio Mづ Cち
atualizagttO para 6ユ edicloJuSSara Sim6cs
――lA era da infOrm霧五0eCOnomiasociedadc c cultural v1)
Slo PauloPaz c Tcrra1999
ISBN 85-219-0329-4
Indui bibliOgrafla
C344s
lTccno10gia da infOrma910-― Aspcctos sociaiS2Tccn010gia da infOrma910__
AsPcctOS CCOn6nlicos3Socicdadc da inforinaclo4Rcdcs dc infOrinaglo
5 Tccn010gia c civiliZa910
99-0358 CDD-303483CDU-31642244
EDITORA PAZ E TERRA SARua do TriunfO177
Santa EFlgeniaslo Pau10SP― 一 CEP01212-010Tcl(011)3337-8399
Rua Gcncral Vcnancio Flores 305sala 904
RIo dc JancirORJ―― CEP22441-090
Tel(021)2512-8744
E―maiL vendasPazetcrraocomobr
HOmc Page hellip
Pazeterraocomobr
2002 ImprcssO no Brasi11り PrimeκノPrimeBr品
6
O espa9o de fluxos
Π壺品Tttll脚l島剛胤モ1lm盤∬職鳳Ⅷ蠍intuitiva desses conceitoso C五 an9as elll idade escolar sabem quc o espa9o o o
a refletir sobre as formas sociais de tempo c espa9o que nlo se lilllitanl)s percep―
95eS Obtidas at6 agora com base nas estl lturas sociot6cnicassuplantadas pela
exper7電 Sflllllempo estao interligados na natureza e na sociedade
tamb6m o estarao em nunha anllisecmborapara maior clarezaenfoquc se―
驚 鍵 ∬ ll晶現 観 濯 ξ淵 鵬 誌 蹴 ∬ 胤 l∬嵐
clissicasque sup6enl o domfnio do espa9o pelo tempoproponho a hip6tese de
蠍職磁∬胤lint路朧胤 1群淵雷肌営鳳撫capltul‐
t espa9o quanto o tempo estao sendO transfo 11lados sob o efeito
combinado do paradigma da tecnologia da info 11la950 e das fo 11las e processos
sociais induzidos pelo processo atual de transfo 11la91o hiSt6rica apresentado
neste livroo Contudoo perfil real dessa transforma9ao 6 prOfundamente diverso
織
欄 I灘 撚 誇争 l難 熙 禰 鱗 鸞
comerciais centrals caroscongestionados e desagradiveis para instala95es per―
sonalizadaselll bonitos lugares ao redor do rnundoo Por6 1a anllise empf五ca de
Mitchell Moss sobre o impacto dastelecomunica95es nas empresas de Manhattan
nos anos 80 descobriu quc esses novos recursos de telecomunica95es avangadas
468 O espa9o de fluxos
estavam entre os fatores respons`veis pela lentidao da reloca9aO de empresas
para longe de Nova Yorkpor razOes quc exporei poste五 ollllenteOuutilizandooutro exemplo sObre unl domfnio sOcial diferentesupunha― se quc a comunica―
9aO eletronica domiciliar induziria o declfnio de formas urbanas densas e dilrli―
nuiria a intera9aO socia1 10calizada cspacialmenteNo entantoo primeiro siste―
ma de comunica95o lnediada por computadores difundido para a rnassao Minitel
frances descrito no cap ulo anteriororiginou― se na d6cada de 1980 em um am―
biente urbano intensoctta vitalidade e intera9ao por contato pessoal nao fOram
abaladas pe10 novO meio de comunica910 Na verdadeos estudantes franceses
usavanl o Minitel para organizar manifesta95es de rldquo α contra o govemoNo inf―cio da d6cada de 1990a telecolrluta9五 oOu sttaO trabalho θ4-primejれ
`em casaerapraticada por uma fra9aO muito pequena da for9a de trabalho dos EUA(entre l
e2em um dia dete 11linado)Europa ou Japaose naO cOntamos a velha c
costumeira pr`tica de profissionais liberais trabalharenl en casa ou organizaremsuas atividades em tempo c espa9o flexfveisquando contalllcom tempo disponf―
vel para isso2 Embora trabalhar meiO expediente enl casa pare9a estar se tornan―
do ulrl futuro modo de atividade profissionalessa modalidade desenvolve― se a
partir do surgilnento da empresa integrada enl rede e do processo de trabalho
flexfvelconforme an`lise enl cap ulos anteriorese nao cOmo consequencia di_
翼農[∬貯蹴轟官lt就淵震駆驚驚ll淵T鵠樹isociedade e o espa9o quc abOrdarei nas p`ginas seguintes
Para prosseguir nessa dire91ocxanlinarei o lnaterial empfrico sObre a trans―
formagao dos padr6es de localiza9O das principais atividades econOmicas sob O
novo sistema tecno16gicotanto en rela9ao a servi9os avan9ados comO a ind`s_
tna Depoistentarei avaliar as poucas informa95es sobre a interagao entre O
surgilnento da casa cletrOnica c a cvolu9五 o da cidadeben como lne estenderei arespeito da recente evolu95o das formas urbanas em vttios contextos Entao
resumirei as tendencias observadas sob uma nova 16gica espacial que chamo de
`平フαgθ 虎ノPrimeじθSo Em oposi9ao a essa 16gicaapresentarei a organizagao espacial
histo五camente ellraizada de nossa cxperiencia comunlθ`Qρ
αfθ グιJldquogαr`sEmencionarei o reflexo dessa oposi9五 o dia16tica entre o espa9o de fluxos e o espa―
90 de lugares nos debates atuais sobre arquitetura e prqeto urbano00切 etiVO
desse itinerttrio intelectua1 6 desenhar o perfil deste novo processo espacialo
espa9o de uxosque se cst`tornando a manifesta9ao espacial predominante de
poder e fun9o em nossas sociedadesApesar de todos Os meus esfor9os para
ancorar a nova 16gica espacial no registro empmcoreceio que saa ine宙t`velnofinal do capttuloapresentar ao lcitor alguns fundamentos de uma teoria social de
espa9ocOmo forma de abordar a atualtransfOrma9五 o da base material de nOssa
O espa9o de fluxos
expedenciao Mas minha capacidade de comunicar uma teoriza92o ullltanto abs―
trata das novas formas e processos espaciais certamente seri rnelhorada conl um
breve levantamento dos dados disponfveis sobre a recente padroniza91o espacial
das fun95es eCOn6111icas e das praticas sociais predominantes3
Servi9os avan9adosfluxos da informa9aO e a cidade global
A economia globa1infomaciona16 organizada em tomo de centros de con―
trole e comando capazes de coordenarinovar e gerenciar as atividades interligahellip
das dasredes de empresas4 serVi9os avan9adosinclusive finangassegurosbens
imobilittiosconSultodasser宙 9os de assessoriajurfdicapropagandapraCtOs
Primezα rたθprimejれgrela95es p`blicassegurangacoleta de informa95es e gerenciamento
de sistemas de informa91oben como P8ι]D e inovagao cientfficaestao nO cerne
de todos os processos econOlrlicosstta na ind`striaagriculturaenergiasaaem
seⅣi9os de diferentes tipos5 Todos poden ser reduzidos a gera91o de conheci―
mento e a fluxos da informagao6 Portantoos sistemas avan9adOS de telecomuni―
Ca96eS pode五 am possibilitar sua localizagao dispersa pelo globoo Mais de uma
d6cada de estudos sobre o assuntono entantoestabeleceu ulrl lnodelo espacial
diferentecaracterizado pela dispersaO e cOncentragao simultaneas de servi9os
avan9ados 7 1De unl ladoos servi9os avan9adOS aumentaranl substancialmente
sua participa91o nos fndices de empregos e no PNB da maioria dos pafsesc
apresentam o malor crescilnento de empregos e as taxas mais altas de investi―
mento nas principaisを 話eas lnetropolitanas do mundo8 saO abrangentes e estao
localizados clrl toda a geografia do planetacom exce91o dos``buracos negros
de marginalidadeDe outrotem havido uma concentra9五 〇espacial da camada
superior dessas atividades em alguns centros nodais de alguns pafses9 Tal con―
centra91o segue uma hierarquia entre as camadas dos centros urbanos com as
fun95cs de nfvel lnais altotanto elrl termos de poder quanto de qualifica91oc
estl localizada en algumas ilnportantes 6reas rnetropolitanas10 0 estudo cl`ssico
de Saskia Sassen sobre a cidade global mostrou o domfnio cottunto dC Nova
YorkT6quio e Londres nas finan9as intemacionais e na rnaior parte dos servi9os
de consultoria c empresariais de ambito intemacional1l Juntosesses tres centros
cobrenl o espectro de fusos horarios no que diz respeito a transa95es financeiras
e funcionanl em grande parte como uma unidade no mesmo sistema de transa―
95eS COntfnuasMas outros centros sao impOrtantes e at6 supe五ores em alguns
segmentos especfficos do com6rciopor exemploChicago e Cingapura enl con―
tratos de futuros(alilSpraticados pela p五 meira vez em Chicagoem 1972) Hong
KongOsakaFral」 ごurtZuriqucPa五 sLos AngelesSao FranciscoAnlsterda c
470 O espa9o de fluttos
MilaO tamb6 l sao centros importantes tanto en servi9os flnanceiros quanto cm
servi9os empresariais internacionais12 E v丘 dosldquocentros regionaisestao rapida_
mente aderindo a redeenquantoldquo Inercados emergentesse desenvolvem por
todo o lnundoMadriSaO PauloBucnos AiresM6xicoTaipeiMoscouBuda―
pesteentre outros
A medida quc a econonlia global sc expande e incorpora novos lnerCados
tamb6m organiza a produ91o dos servi9os avan9adOS necessttios para o geren―
ciamento das novas unidades quc aderem ao sistema e das condi96es de suas
conex6es em mudan9a contfnua 131」nl bonl exemplo para ilustrar esse processo 6
Madrirelativamente atrasada en rela91o)econonlia global at6 1986Naqucle
anoa Espanha aderiu a Comunidade Europ6iaabrindo― se totalinente ao investi―
mento de capital estrangeiro nos inercados das bolsas de valoresem opera96eS
bancttrias e na aquisi95o de patrimOnio das empresasbenl como em bensim6-
veiso Como ficou demonstrado enl nosso estudo14 nO perfodo de 1986-90o in―
vestilnento estrangeiro direto na bolsa de valores dc Madri fortaleceu uma fase
de r`pido crescilnento regional ao lado de unlわ οθprimeっno setor imobilittrio e r`pida
expansao dos nfveis de emprego elrl servi9os empresariaiso A aquisi910 de a96es
por investidores estrangeiros enl Madtt entre 1982 e 1988 saltou de 4 bilh6es e
494 nlilh5es para 623 bilh6es e 445 1rlilh6es de pesetasO investilnento estran―
geiro direto em Madri subiu de 8 bilh6es de pesetas em 1985 para quase 400
bilh6es de pesetas elr1 1988Assinla constru950 de escrit6rios no centro dc Madri
e dc im6veis residenciais de alto nfvelno final dos anos 80cxperilnentou o
mesmo entusiasmo fren6tico oconrido cIII Nova York e LondresA cidade foi
transformada de forma profunda pela satura91o do valioso espa9o na rnetr6pole c
tamb6nl por unl processo rnaci9o de suburbaniza9ao queat6 entaOfora uIIl fenO―
meno de certa forma lilrlitado enl Mad五
Na mesma linha argumentativao estudo realizado por Cappelin sobre a
forma9ao de redes de servi9os nas cidades europ6ias mostra a crescente interde―
pendencia c complementarldade entre os centros urbanos de tamanho m6dio da
Unitto Europ6iao Cappelin concluiu que`つ ヽimportancia relativa das rela95es en―
tre cidades e regi5es parece dinlinuir quando comparada)importancia das rela―
96eS que interliganl vttrias cidades de regi6es e pafses diferentesuml As novas ativi―
dades concentram― se em p61os especfficos c isso implica um aumento das
disparidades entre os p61os urbanos e as respectivas hinterlandias15
Dessa formao fenOmeno da cidade global naO pode ser reduzido a alguns
n`cleos urbanos no topo da hierarquia 重un prOcesso que conecta servi9os avan―
9adOSCentros produtores e inercados enl uma rede global com intensidade dife―
rente c em diferente escaladependendo da relativa importancia das atividades
localizadas em cada`reaッ Js―a―ソJs a rede globalErn cada pafs a arquitetura de
O espa9o de fluxos
foma91o de redes reproduz― se em centros locais e regionaisde forma que o
sistema todo fiquc interconectado en ambito globalC)s tenrit6rios em torno des―
ses n6s desempenhanl uma fun91o cada vez rnais subordinada)s vezesperden―
do a importancia(Ou at6 mesmo a fun91o) Um exemplo sao as θθJθれjα s ρ(η
ldquoJα ~
ldquoθs da Cidade do M6xico(Originallnenteassentamentos de posseiros)que repre―
sentan cerca de tres ter9 s da popula91o das rnega16poles sem desempenhar ne―
nhunl papel distinto no funcionamento da Cidade do M6xico como centro inter―
nacional de neg6cios)16 AdcIIlaisa globaliza9五 o estillllula a regionaliza91oo Em
seus estudos sobre regi6es europ6ias na d6cada de 1990utilizando os dados dis―
ponfveisPhilip Cooke mostrou quc a internacionaliza91o crescente das ativida―
des econOnlicas na Europa tornou as regi5es lnais dependentes dessas atividades
θrigι
ldquo
Nova York
Los Angeles
Nova York
Washington
Los Angelcs
Nova York
Nova York
Boston
Nova York
Filad61fia
Atlanta
Sao Franclsco
Nova York
Dallas
Chicago ――
Dιint`Jれ
θ
Los Angeles
Nova York
Washington
Nova York
Sao Franclsco
Boston
Filad61fia
Nova York
ⅣIialni
Nova York
Nova York
Nova York
Atlanta
Los Angeles
Los Angeles
脇Fgttχ霊棚 器∬磐器∬絆詰潔忠TW翫酬
Assilnas regi6es sob o impulso dos governos e elites empresariais
estruturaram― se para competir na econonlia global e estabeleceram redes de coo―
wttrrttrTl観胤lint肌覇脱認Xl潔ll縫鰍nas redes internacionais que ligan seus setores lnais dinanlicos
17
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
0
O∽【00目夢【】ヽ
∽〇ldquo】Ooldquo【0
O^QQ】
∽∽o「QX国一一に「00』
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ldquo口〇)【ldquo目〇
∽ldquo【OX【目的
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
Manucl Castclls
TraduzidO do origina1 7乃 prime麻primeグ励primePrimeprime初θルPrimeルク
CIP― BrasilCatalogagttO na FOntc
(Sindicato Nacional dos Editorcs dc L市 rosRJBraSil)
CastellsManucl1942-
A sOcicdade cm redeManucI Castells tradu91oRoncidc Vcmncio Mづ Cち
atualizagttO para 6ユ edicloJuSSara Sim6cs
――lA era da infOrm霧五0eCOnomiasociedadc c cultural v1)
Slo PauloPaz c Tcrra1999
ISBN 85-219-0329-4
Indui bibliOgrafla
C344s
lTccno10gia da infOrma910-― Aspcctos sociaiS2Tccn010gia da infOrma910__
AsPcctOS CCOn6nlicos3Socicdadc da inforinaclo4Rcdcs dc infOrinaglo
5 Tccn010gia c civiliZa910
99-0358 CDD-303483CDU-31642244
EDITORA PAZ E TERRA SARua do TriunfO177
Santa EFlgeniaslo Pau10SP― 一 CEP01212-010Tcl(011)3337-8399
Rua Gcncral Vcnancio Flores 305sala 904
RIo dc JancirORJ―― CEP22441-090
Tel(021)2512-8744
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HOmc Page hellip
Pazeterraocomobr
2002 ImprcssO no Brasi11り PrimeκノPrimeBr品
6
O espa9o de fluxos
Π壺品Tttll脚l島剛胤モ1lm盤∬職鳳Ⅷ蠍intuitiva desses conceitoso C五 an9as elll idade escolar sabem quc o espa9o o o
a refletir sobre as formas sociais de tempo c espa9o que nlo se lilllitanl)s percep―
95eS Obtidas at6 agora com base nas estl lturas sociot6cnicassuplantadas pela
exper7電 Sflllllempo estao interligados na natureza e na sociedade
tamb6m o estarao em nunha anllisecmborapara maior clarezaenfoquc se―
驚 鍵 ∬ ll晶現 観 濯 ξ淵 鵬 誌 蹴 ∬ 胤 l∬嵐
clissicasque sup6enl o domfnio do espa9o pelo tempoproponho a hip6tese de
蠍職磁∬胤lint路朧胤 1群淵雷肌営鳳撫capltul‐
t espa9o quanto o tempo estao sendO transfo 11lados sob o efeito
combinado do paradigma da tecnologia da info 11la950 e das fo 11las e processos
sociais induzidos pelo processo atual de transfo 11la91o hiSt6rica apresentado
neste livroo Contudoo perfil real dessa transforma9ao 6 prOfundamente diverso
織
欄 I灘 撚 誇争 l難 熙 禰 鱗 鸞
comerciais centrals caroscongestionados e desagradiveis para instala95es per―
sonalizadaselll bonitos lugares ao redor do rnundoo Por6 1a anllise empf五ca de
Mitchell Moss sobre o impacto dastelecomunica95es nas empresas de Manhattan
nos anos 80 descobriu quc esses novos recursos de telecomunica95es avangadas
468 O espa9o de fluxos
estavam entre os fatores respons`veis pela lentidao da reloca9aO de empresas
para longe de Nova Yorkpor razOes quc exporei poste五 ollllenteOuutilizandooutro exemplo sObre unl domfnio sOcial diferentesupunha― se quc a comunica―
9aO eletronica domiciliar induziria o declfnio de formas urbanas densas e dilrli―
nuiria a intera9aO socia1 10calizada cspacialmenteNo entantoo primeiro siste―
ma de comunica95o lnediada por computadores difundido para a rnassao Minitel
frances descrito no cap ulo anteriororiginou― se na d6cada de 1980 em um am―
biente urbano intensoctta vitalidade e intera9ao por contato pessoal nao fOram
abaladas pe10 novO meio de comunica910 Na verdadeos estudantes franceses
usavanl o Minitel para organizar manifesta95es de rldquo α contra o govemoNo inf―cio da d6cada de 1990a telecolrluta9五 oOu sttaO trabalho θ4-primejれ
`em casaerapraticada por uma fra9aO muito pequena da for9a de trabalho dos EUA(entre l
e2em um dia dete 11linado)Europa ou Japaose naO cOntamos a velha c
costumeira pr`tica de profissionais liberais trabalharenl en casa ou organizaremsuas atividades em tempo c espa9o flexfveisquando contalllcom tempo disponf―
vel para isso2 Embora trabalhar meiO expediente enl casa pare9a estar se tornan―
do ulrl futuro modo de atividade profissionalessa modalidade desenvolve― se a
partir do surgilnento da empresa integrada enl rede e do processo de trabalho
flexfvelconforme an`lise enl cap ulos anteriorese nao cOmo consequencia di_
翼農[∬貯蹴轟官lt就淵震駆驚驚ll淵T鵠樹isociedade e o espa9o quc abOrdarei nas p`ginas seguintes
Para prosseguir nessa dire91ocxanlinarei o lnaterial empfrico sObre a trans―
formagao dos padr6es de localiza9O das principais atividades econOmicas sob O
novo sistema tecno16gicotanto en rela9ao a servi9os avan9ados comO a ind`s_
tna Depoistentarei avaliar as poucas informa95es sobre a interagao entre O
surgilnento da casa cletrOnica c a cvolu9五 o da cidadeben como lne estenderei arespeito da recente evolu95o das formas urbanas em vttios contextos Entao
resumirei as tendencias observadas sob uma nova 16gica espacial que chamo de
`平フαgθ 虎ノPrimeじθSo Em oposi9ao a essa 16gicaapresentarei a organizagao espacial
histo五camente ellraizada de nossa cxperiencia comunlθ`Qρ
αfθ グιJldquogαr`sEmencionarei o reflexo dessa oposi9五 o dia16tica entre o espa9o de fluxos e o espa―
90 de lugares nos debates atuais sobre arquitetura e prqeto urbano00切 etiVO
desse itinerttrio intelectua1 6 desenhar o perfil deste novo processo espacialo
espa9o de uxosque se cst`tornando a manifesta9ao espacial predominante de
poder e fun9o em nossas sociedadesApesar de todos Os meus esfor9os para
ancorar a nova 16gica espacial no registro empmcoreceio que saa ine宙t`velnofinal do capttuloapresentar ao lcitor alguns fundamentos de uma teoria social de
espa9ocOmo forma de abordar a atualtransfOrma9五 o da base material de nOssa
O espa9o de fluxos
expedenciao Mas minha capacidade de comunicar uma teoriza92o ullltanto abs―
trata das novas formas e processos espaciais certamente seri rnelhorada conl um
breve levantamento dos dados disponfveis sobre a recente padroniza91o espacial
das fun95es eCOn6111icas e das praticas sociais predominantes3
Servi9os avan9adosfluxos da informa9aO e a cidade global
A economia globa1infomaciona16 organizada em tomo de centros de con―
trole e comando capazes de coordenarinovar e gerenciar as atividades interligahellip
das dasredes de empresas4 serVi9os avan9adosinclusive finangassegurosbens
imobilittiosconSultodasser宙 9os de assessoriajurfdicapropagandapraCtOs
Primezα rたθprimejれgrela95es p`blicassegurangacoleta de informa95es e gerenciamento
de sistemas de informa91oben como P8ι]D e inovagao cientfficaestao nO cerne
de todos os processos econOlrlicosstta na ind`striaagriculturaenergiasaaem
seⅣi9os de diferentes tipos5 Todos poden ser reduzidos a gera91o de conheci―
mento e a fluxos da informagao6 Portantoos sistemas avan9adOS de telecomuni―
Ca96eS pode五 am possibilitar sua localizagao dispersa pelo globoo Mais de uma
d6cada de estudos sobre o assuntono entantoestabeleceu ulrl lnodelo espacial
diferentecaracterizado pela dispersaO e cOncentragao simultaneas de servi9os
avan9ados 7 1De unl ladoos servi9os avan9adOS aumentaranl substancialmente
sua participa91o nos fndices de empregos e no PNB da maioria dos pafsesc
apresentam o malor crescilnento de empregos e as taxas mais altas de investi―
mento nas principaisを 話eas lnetropolitanas do mundo8 saO abrangentes e estao
localizados clrl toda a geografia do planetacom exce91o dos``buracos negros
de marginalidadeDe outrotem havido uma concentra9五 〇espacial da camada
superior dessas atividades em alguns centros nodais de alguns pafses9 Tal con―
centra91o segue uma hierarquia entre as camadas dos centros urbanos com as
fun95cs de nfvel lnais altotanto elrl termos de poder quanto de qualifica91oc
estl localizada en algumas ilnportantes 6reas rnetropolitanas10 0 estudo cl`ssico
de Saskia Sassen sobre a cidade global mostrou o domfnio cottunto dC Nova
YorkT6quio e Londres nas finan9as intemacionais e na rnaior parte dos servi9os
de consultoria c empresariais de ambito intemacional1l Juntosesses tres centros
cobrenl o espectro de fusos horarios no que diz respeito a transa95es financeiras
e funcionanl em grande parte como uma unidade no mesmo sistema de transa―
95eS COntfnuasMas outros centros sao impOrtantes e at6 supe五ores em alguns
segmentos especfficos do com6rciopor exemploChicago e Cingapura enl con―
tratos de futuros(alilSpraticados pela p五 meira vez em Chicagoem 1972) Hong
KongOsakaFral」 ごurtZuriqucPa五 sLos AngelesSao FranciscoAnlsterda c
470 O espa9o de fluttos
MilaO tamb6 l sao centros importantes tanto en servi9os flnanceiros quanto cm
servi9os empresariais internacionais12 E v丘 dosldquocentros regionaisestao rapida_
mente aderindo a redeenquantoldquo Inercados emergentesse desenvolvem por
todo o lnundoMadriSaO PauloBucnos AiresM6xicoTaipeiMoscouBuda―
pesteentre outros
A medida quc a econonlia global sc expande e incorpora novos lnerCados
tamb6m organiza a produ91o dos servi9os avan9adOS necessttios para o geren―
ciamento das novas unidades quc aderem ao sistema e das condi96es de suas
conex6es em mudan9a contfnua 131」nl bonl exemplo para ilustrar esse processo 6
Madrirelativamente atrasada en rela91o)econonlia global at6 1986Naqucle
anoa Espanha aderiu a Comunidade Europ6iaabrindo― se totalinente ao investi―
mento de capital estrangeiro nos inercados das bolsas de valoresem opera96eS
bancttrias e na aquisi95o de patrimOnio das empresasbenl como em bensim6-
veiso Como ficou demonstrado enl nosso estudo14 nO perfodo de 1986-90o in―
vestilnento estrangeiro direto na bolsa de valores dc Madri fortaleceu uma fase
de r`pido crescilnento regional ao lado de unlわ οθprimeっno setor imobilittrio e r`pida
expansao dos nfveis de emprego elrl servi9os empresariaiso A aquisi910 de a96es
por investidores estrangeiros enl Madtt entre 1982 e 1988 saltou de 4 bilh6es e
494 nlilh5es para 623 bilh6es e 445 1rlilh6es de pesetasO investilnento estran―
geiro direto em Madri subiu de 8 bilh6es de pesetas em 1985 para quase 400
bilh6es de pesetas elr1 1988Assinla constru950 de escrit6rios no centro dc Madri
e dc im6veis residenciais de alto nfvelno final dos anos 80cxperilnentou o
mesmo entusiasmo fren6tico oconrido cIII Nova York e LondresA cidade foi
transformada de forma profunda pela satura91o do valioso espa9o na rnetr6pole c
tamb6nl por unl processo rnaci9o de suburbaniza9ao queat6 entaOfora uIIl fenO―
meno de certa forma lilrlitado enl Mad五
Na mesma linha argumentativao estudo realizado por Cappelin sobre a
forma9ao de redes de servi9os nas cidades europ6ias mostra a crescente interde―
pendencia c complementarldade entre os centros urbanos de tamanho m6dio da
Unitto Europ6iao Cappelin concluiu que`つ ヽimportancia relativa das rela95es en―
tre cidades e regi5es parece dinlinuir quando comparada)importancia das rela―
96eS que interliganl vttrias cidades de regi6es e pafses diferentesuml As novas ativi―
dades concentram― se em p61os especfficos c isso implica um aumento das
disparidades entre os p61os urbanos e as respectivas hinterlandias15
Dessa formao fenOmeno da cidade global naO pode ser reduzido a alguns
n`cleos urbanos no topo da hierarquia 重un prOcesso que conecta servi9os avan―
9adOSCentros produtores e inercados enl uma rede global com intensidade dife―
rente c em diferente escaladependendo da relativa importancia das atividades
localizadas em cada`reaッ Js―a―ソJs a rede globalErn cada pafs a arquitetura de
O espa9o de fluxos
foma91o de redes reproduz― se em centros locais e regionaisde forma que o
sistema todo fiquc interconectado en ambito globalC)s tenrit6rios em torno des―
ses n6s desempenhanl uma fun91o cada vez rnais subordinada)s vezesperden―
do a importancia(Ou at6 mesmo a fun91o) Um exemplo sao as θθJθれjα s ρ(η
ldquoJα ~
ldquoθs da Cidade do M6xico(Originallnenteassentamentos de posseiros)que repre―
sentan cerca de tres ter9 s da popula91o das rnega16poles sem desempenhar ne―
nhunl papel distinto no funcionamento da Cidade do M6xico como centro inter―
nacional de neg6cios)16 AdcIIlaisa globaliza9五 o estillllula a regionaliza91oo Em
seus estudos sobre regi6es europ6ias na d6cada de 1990utilizando os dados dis―
ponfveisPhilip Cooke mostrou quc a internacionaliza91o crescente das ativida―
des econOnlicas na Europa tornou as regi5es lnais dependentes dessas atividades
θrigι
ldquo
Nova York
Los Angeles
Nova York
Washington
Los Angelcs
Nova York
Nova York
Boston
Nova York
Filad61fia
Atlanta
Sao Franclsco
Nova York
Dallas
Chicago ――
Dιint`Jれ
θ
Los Angeles
Nova York
Washington
Nova York
Sao Franclsco
Boston
Filad61fia
Nova York
ⅣIialni
Nova York
Nova York
Nova York
Atlanta
Los Angeles
Los Angeles
脇Fgttχ霊棚 器∬磐器∬絆詰潔忠TW翫酬
Assilnas regi6es sob o impulso dos governos e elites empresariais
estruturaram― se para competir na econonlia global e estabeleceram redes de coo―
wttrrttrTl観胤lint肌覇脱認Xl潔ll縫鰍nas redes internacionais que ligan seus setores lnais dinanlicos
17
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
0
O∽【00目夢【】ヽ
∽〇ldquo】Ooldquo【0
O^QQ】
∽∽o「QX国一一に「00』
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ldquo口〇)【ldquo目〇
∽ldquo【OX【目的
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
6
O espa9o de fluxos
Π壺品Tttll脚l島剛胤モ1lm盤∬職鳳Ⅷ蠍intuitiva desses conceitoso C五 an9as elll idade escolar sabem quc o espa9o o o
a refletir sobre as formas sociais de tempo c espa9o que nlo se lilllitanl)s percep―
95eS Obtidas at6 agora com base nas estl lturas sociot6cnicassuplantadas pela
exper7電 Sflllllempo estao interligados na natureza e na sociedade
tamb6m o estarao em nunha anllisecmborapara maior clarezaenfoquc se―
驚 鍵 ∬ ll晶現 観 濯 ξ淵 鵬 誌 蹴 ∬ 胤 l∬嵐
clissicasque sup6enl o domfnio do espa9o pelo tempoproponho a hip6tese de
蠍職磁∬胤lint路朧胤 1群淵雷肌営鳳撫capltul‐
t espa9o quanto o tempo estao sendO transfo 11lados sob o efeito
combinado do paradigma da tecnologia da info 11la950 e das fo 11las e processos
sociais induzidos pelo processo atual de transfo 11la91o hiSt6rica apresentado
neste livroo Contudoo perfil real dessa transforma9ao 6 prOfundamente diverso
織
欄 I灘 撚 誇争 l難 熙 禰 鱗 鸞
comerciais centrals caroscongestionados e desagradiveis para instala95es per―
sonalizadaselll bonitos lugares ao redor do rnundoo Por6 1a anllise empf五ca de
Mitchell Moss sobre o impacto dastelecomunica95es nas empresas de Manhattan
nos anos 80 descobriu quc esses novos recursos de telecomunica95es avangadas
468 O espa9o de fluxos
estavam entre os fatores respons`veis pela lentidao da reloca9aO de empresas
para longe de Nova Yorkpor razOes quc exporei poste五 ollllenteOuutilizandooutro exemplo sObre unl domfnio sOcial diferentesupunha― se quc a comunica―
9aO eletronica domiciliar induziria o declfnio de formas urbanas densas e dilrli―
nuiria a intera9aO socia1 10calizada cspacialmenteNo entantoo primeiro siste―
ma de comunica95o lnediada por computadores difundido para a rnassao Minitel
frances descrito no cap ulo anteriororiginou― se na d6cada de 1980 em um am―
biente urbano intensoctta vitalidade e intera9ao por contato pessoal nao fOram
abaladas pe10 novO meio de comunica910 Na verdadeos estudantes franceses
usavanl o Minitel para organizar manifesta95es de rldquo α contra o govemoNo inf―cio da d6cada de 1990a telecolrluta9五 oOu sttaO trabalho θ4-primejれ
`em casaerapraticada por uma fra9aO muito pequena da for9a de trabalho dos EUA(entre l
e2em um dia dete 11linado)Europa ou Japaose naO cOntamos a velha c
costumeira pr`tica de profissionais liberais trabalharenl en casa ou organizaremsuas atividades em tempo c espa9o flexfveisquando contalllcom tempo disponf―
vel para isso2 Embora trabalhar meiO expediente enl casa pare9a estar se tornan―
do ulrl futuro modo de atividade profissionalessa modalidade desenvolve― se a
partir do surgilnento da empresa integrada enl rede e do processo de trabalho
flexfvelconforme an`lise enl cap ulos anteriorese nao cOmo consequencia di_
翼農[∬貯蹴轟官lt就淵震駆驚驚ll淵T鵠樹isociedade e o espa9o quc abOrdarei nas p`ginas seguintes
Para prosseguir nessa dire91ocxanlinarei o lnaterial empfrico sObre a trans―
formagao dos padr6es de localiza9O das principais atividades econOmicas sob O
novo sistema tecno16gicotanto en rela9ao a servi9os avan9ados comO a ind`s_
tna Depoistentarei avaliar as poucas informa95es sobre a interagao entre O
surgilnento da casa cletrOnica c a cvolu9五 o da cidadeben como lne estenderei arespeito da recente evolu95o das formas urbanas em vttios contextos Entao
resumirei as tendencias observadas sob uma nova 16gica espacial que chamo de
`平フαgθ 虎ノPrimeじθSo Em oposi9ao a essa 16gicaapresentarei a organizagao espacial
histo五camente ellraizada de nossa cxperiencia comunlθ`Qρ
αfθ グιJldquogαr`sEmencionarei o reflexo dessa oposi9五 o dia16tica entre o espa9o de fluxos e o espa―
90 de lugares nos debates atuais sobre arquitetura e prqeto urbano00切 etiVO
desse itinerttrio intelectua1 6 desenhar o perfil deste novo processo espacialo
espa9o de uxosque se cst`tornando a manifesta9ao espacial predominante de
poder e fun9o em nossas sociedadesApesar de todos Os meus esfor9os para
ancorar a nova 16gica espacial no registro empmcoreceio que saa ine宙t`velnofinal do capttuloapresentar ao lcitor alguns fundamentos de uma teoria social de
espa9ocOmo forma de abordar a atualtransfOrma9五 o da base material de nOssa
O espa9o de fluxos
expedenciao Mas minha capacidade de comunicar uma teoriza92o ullltanto abs―
trata das novas formas e processos espaciais certamente seri rnelhorada conl um
breve levantamento dos dados disponfveis sobre a recente padroniza91o espacial
das fun95es eCOn6111icas e das praticas sociais predominantes3
Servi9os avan9adosfluxos da informa9aO e a cidade global
A economia globa1infomaciona16 organizada em tomo de centros de con―
trole e comando capazes de coordenarinovar e gerenciar as atividades interligahellip
das dasredes de empresas4 serVi9os avan9adosinclusive finangassegurosbens
imobilittiosconSultodasser宙 9os de assessoriajurfdicapropagandapraCtOs
Primezα rたθprimejれgrela95es p`blicassegurangacoleta de informa95es e gerenciamento
de sistemas de informa91oben como P8ι]D e inovagao cientfficaestao nO cerne
de todos os processos econOlrlicosstta na ind`striaagriculturaenergiasaaem
seⅣi9os de diferentes tipos5 Todos poden ser reduzidos a gera91o de conheci―
mento e a fluxos da informagao6 Portantoos sistemas avan9adOS de telecomuni―
Ca96eS pode五 am possibilitar sua localizagao dispersa pelo globoo Mais de uma
d6cada de estudos sobre o assuntono entantoestabeleceu ulrl lnodelo espacial
diferentecaracterizado pela dispersaO e cOncentragao simultaneas de servi9os
avan9ados 7 1De unl ladoos servi9os avan9adOS aumentaranl substancialmente
sua participa91o nos fndices de empregos e no PNB da maioria dos pafsesc
apresentam o malor crescilnento de empregos e as taxas mais altas de investi―
mento nas principaisを 話eas lnetropolitanas do mundo8 saO abrangentes e estao
localizados clrl toda a geografia do planetacom exce91o dos``buracos negros
de marginalidadeDe outrotem havido uma concentra9五 〇espacial da camada
superior dessas atividades em alguns centros nodais de alguns pafses9 Tal con―
centra91o segue uma hierarquia entre as camadas dos centros urbanos com as
fun95cs de nfvel lnais altotanto elrl termos de poder quanto de qualifica91oc
estl localizada en algumas ilnportantes 6reas rnetropolitanas10 0 estudo cl`ssico
de Saskia Sassen sobre a cidade global mostrou o domfnio cottunto dC Nova
YorkT6quio e Londres nas finan9as intemacionais e na rnaior parte dos servi9os
de consultoria c empresariais de ambito intemacional1l Juntosesses tres centros
cobrenl o espectro de fusos horarios no que diz respeito a transa95es financeiras
e funcionanl em grande parte como uma unidade no mesmo sistema de transa―
95eS COntfnuasMas outros centros sao impOrtantes e at6 supe五ores em alguns
segmentos especfficos do com6rciopor exemploChicago e Cingapura enl con―
tratos de futuros(alilSpraticados pela p五 meira vez em Chicagoem 1972) Hong
KongOsakaFral」 ごurtZuriqucPa五 sLos AngelesSao FranciscoAnlsterda c
470 O espa9o de fluttos
MilaO tamb6 l sao centros importantes tanto en servi9os flnanceiros quanto cm
servi9os empresariais internacionais12 E v丘 dosldquocentros regionaisestao rapida_
mente aderindo a redeenquantoldquo Inercados emergentesse desenvolvem por
todo o lnundoMadriSaO PauloBucnos AiresM6xicoTaipeiMoscouBuda―
pesteentre outros
A medida quc a econonlia global sc expande e incorpora novos lnerCados
tamb6m organiza a produ91o dos servi9os avan9adOS necessttios para o geren―
ciamento das novas unidades quc aderem ao sistema e das condi96es de suas
conex6es em mudan9a contfnua 131」nl bonl exemplo para ilustrar esse processo 6
Madrirelativamente atrasada en rela91o)econonlia global at6 1986Naqucle
anoa Espanha aderiu a Comunidade Europ6iaabrindo― se totalinente ao investi―
mento de capital estrangeiro nos inercados das bolsas de valoresem opera96eS
bancttrias e na aquisi95o de patrimOnio das empresasbenl como em bensim6-
veiso Como ficou demonstrado enl nosso estudo14 nO perfodo de 1986-90o in―
vestilnento estrangeiro direto na bolsa de valores dc Madri fortaleceu uma fase
de r`pido crescilnento regional ao lado de unlわ οθprimeっno setor imobilittrio e r`pida
expansao dos nfveis de emprego elrl servi9os empresariaiso A aquisi910 de a96es
por investidores estrangeiros enl Madtt entre 1982 e 1988 saltou de 4 bilh6es e
494 nlilh5es para 623 bilh6es e 445 1rlilh6es de pesetasO investilnento estran―
geiro direto em Madri subiu de 8 bilh6es de pesetas em 1985 para quase 400
bilh6es de pesetas elr1 1988Assinla constru950 de escrit6rios no centro dc Madri
e dc im6veis residenciais de alto nfvelno final dos anos 80cxperilnentou o
mesmo entusiasmo fren6tico oconrido cIII Nova York e LondresA cidade foi
transformada de forma profunda pela satura91o do valioso espa9o na rnetr6pole c
tamb6nl por unl processo rnaci9o de suburbaniza9ao queat6 entaOfora uIIl fenO―
meno de certa forma lilrlitado enl Mad五
Na mesma linha argumentativao estudo realizado por Cappelin sobre a
forma9ao de redes de servi9os nas cidades europ6ias mostra a crescente interde―
pendencia c complementarldade entre os centros urbanos de tamanho m6dio da
Unitto Europ6iao Cappelin concluiu que`つ ヽimportancia relativa das rela95es en―
tre cidades e regi5es parece dinlinuir quando comparada)importancia das rela―
96eS que interliganl vttrias cidades de regi6es e pafses diferentesuml As novas ativi―
dades concentram― se em p61os especfficos c isso implica um aumento das
disparidades entre os p61os urbanos e as respectivas hinterlandias15
Dessa formao fenOmeno da cidade global naO pode ser reduzido a alguns
n`cleos urbanos no topo da hierarquia 重un prOcesso que conecta servi9os avan―
9adOSCentros produtores e inercados enl uma rede global com intensidade dife―
rente c em diferente escaladependendo da relativa importancia das atividades
localizadas em cada`reaッ Js―a―ソJs a rede globalErn cada pafs a arquitetura de
O espa9o de fluxos
foma91o de redes reproduz― se em centros locais e regionaisde forma que o
sistema todo fiquc interconectado en ambito globalC)s tenrit6rios em torno des―
ses n6s desempenhanl uma fun91o cada vez rnais subordinada)s vezesperden―
do a importancia(Ou at6 mesmo a fun91o) Um exemplo sao as θθJθれjα s ρ(η
ldquoJα ~
ldquoθs da Cidade do M6xico(Originallnenteassentamentos de posseiros)que repre―
sentan cerca de tres ter9 s da popula91o das rnega16poles sem desempenhar ne―
nhunl papel distinto no funcionamento da Cidade do M6xico como centro inter―
nacional de neg6cios)16 AdcIIlaisa globaliza9五 o estillllula a regionaliza91oo Em
seus estudos sobre regi6es europ6ias na d6cada de 1990utilizando os dados dis―
ponfveisPhilip Cooke mostrou quc a internacionaliza91o crescente das ativida―
des econOnlicas na Europa tornou as regi5es lnais dependentes dessas atividades
θrigι
ldquo
Nova York
Los Angeles
Nova York
Washington
Los Angelcs
Nova York
Nova York
Boston
Nova York
Filad61fia
Atlanta
Sao Franclsco
Nova York
Dallas
Chicago ――
Dιint`Jれ
θ
Los Angeles
Nova York
Washington
Nova York
Sao Franclsco
Boston
Filad61fia
Nova York
ⅣIialni
Nova York
Nova York
Nova York
Atlanta
Los Angeles
Los Angeles
脇Fgttχ霊棚 器∬磐器∬絆詰潔忠TW翫酬
Assilnas regi6es sob o impulso dos governos e elites empresariais
estruturaram― se para competir na econonlia global e estabeleceram redes de coo―
wttrrttrTl観胤lint肌覇脱認Xl潔ll縫鰍nas redes internacionais que ligan seus setores lnais dinanlicos
17
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
0
O∽【00目夢【】ヽ
∽〇ldquo】Ooldquo【0
O^QQ】
∽∽o「QX国一一に「00』
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∽00ldquo(HヽミOL
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00「XO】2
00
00ldquo0パ)
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ldquo口〇)【ldquo目〇
∽ldquo【OX【目的
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
468 O espa9o de fluxos
estavam entre os fatores respons`veis pela lentidao da reloca9aO de empresas
para longe de Nova Yorkpor razOes quc exporei poste五 ollllenteOuutilizandooutro exemplo sObre unl domfnio sOcial diferentesupunha― se quc a comunica―
9aO eletronica domiciliar induziria o declfnio de formas urbanas densas e dilrli―
nuiria a intera9aO socia1 10calizada cspacialmenteNo entantoo primeiro siste―
ma de comunica95o lnediada por computadores difundido para a rnassao Minitel
frances descrito no cap ulo anteriororiginou― se na d6cada de 1980 em um am―
biente urbano intensoctta vitalidade e intera9ao por contato pessoal nao fOram
abaladas pe10 novO meio de comunica910 Na verdadeos estudantes franceses
usavanl o Minitel para organizar manifesta95es de rldquo α contra o govemoNo inf―cio da d6cada de 1990a telecolrluta9五 oOu sttaO trabalho θ4-primejれ
`em casaerapraticada por uma fra9aO muito pequena da for9a de trabalho dos EUA(entre l
e2em um dia dete 11linado)Europa ou Japaose naO cOntamos a velha c
costumeira pr`tica de profissionais liberais trabalharenl en casa ou organizaremsuas atividades em tempo c espa9o flexfveisquando contalllcom tempo disponf―
vel para isso2 Embora trabalhar meiO expediente enl casa pare9a estar se tornan―
do ulrl futuro modo de atividade profissionalessa modalidade desenvolve― se a
partir do surgilnento da empresa integrada enl rede e do processo de trabalho
flexfvelconforme an`lise enl cap ulos anteriorese nao cOmo consequencia di_
翼農[∬貯蹴轟官lt就淵震駆驚驚ll淵T鵠樹isociedade e o espa9o quc abOrdarei nas p`ginas seguintes
Para prosseguir nessa dire91ocxanlinarei o lnaterial empfrico sObre a trans―
formagao dos padr6es de localiza9O das principais atividades econOmicas sob O
novo sistema tecno16gicotanto en rela9ao a servi9os avan9ados comO a ind`s_
tna Depoistentarei avaliar as poucas informa95es sobre a interagao entre O
surgilnento da casa cletrOnica c a cvolu9五 o da cidadeben como lne estenderei arespeito da recente evolu95o das formas urbanas em vttios contextos Entao
resumirei as tendencias observadas sob uma nova 16gica espacial que chamo de
`平フαgθ 虎ノPrimeじθSo Em oposi9ao a essa 16gicaapresentarei a organizagao espacial
histo五camente ellraizada de nossa cxperiencia comunlθ`Qρ
αfθ グιJldquogαr`sEmencionarei o reflexo dessa oposi9五 o dia16tica entre o espa9o de fluxos e o espa―
90 de lugares nos debates atuais sobre arquitetura e prqeto urbano00切 etiVO
desse itinerttrio intelectua1 6 desenhar o perfil deste novo processo espacialo
espa9o de uxosque se cst`tornando a manifesta9ao espacial predominante de
poder e fun9o em nossas sociedadesApesar de todos Os meus esfor9os para
ancorar a nova 16gica espacial no registro empmcoreceio que saa ine宙t`velnofinal do capttuloapresentar ao lcitor alguns fundamentos de uma teoria social de
espa9ocOmo forma de abordar a atualtransfOrma9五 o da base material de nOssa
O espa9o de fluxos
expedenciao Mas minha capacidade de comunicar uma teoriza92o ullltanto abs―
trata das novas formas e processos espaciais certamente seri rnelhorada conl um
breve levantamento dos dados disponfveis sobre a recente padroniza91o espacial
das fun95es eCOn6111icas e das praticas sociais predominantes3
Servi9os avan9adosfluxos da informa9aO e a cidade global
A economia globa1infomaciona16 organizada em tomo de centros de con―
trole e comando capazes de coordenarinovar e gerenciar as atividades interligahellip
das dasredes de empresas4 serVi9os avan9adosinclusive finangassegurosbens
imobilittiosconSultodasser宙 9os de assessoriajurfdicapropagandapraCtOs
Primezα rたθprimejれgrela95es p`blicassegurangacoleta de informa95es e gerenciamento
de sistemas de informa91oben como P8ι]D e inovagao cientfficaestao nO cerne
de todos os processos econOlrlicosstta na ind`striaagriculturaenergiasaaem
seⅣi9os de diferentes tipos5 Todos poden ser reduzidos a gera91o de conheci―
mento e a fluxos da informagao6 Portantoos sistemas avan9adOS de telecomuni―
Ca96eS pode五 am possibilitar sua localizagao dispersa pelo globoo Mais de uma
d6cada de estudos sobre o assuntono entantoestabeleceu ulrl lnodelo espacial
diferentecaracterizado pela dispersaO e cOncentragao simultaneas de servi9os
avan9ados 7 1De unl ladoos servi9os avan9adOS aumentaranl substancialmente
sua participa91o nos fndices de empregos e no PNB da maioria dos pafsesc
apresentam o malor crescilnento de empregos e as taxas mais altas de investi―
mento nas principaisを 話eas lnetropolitanas do mundo8 saO abrangentes e estao
localizados clrl toda a geografia do planetacom exce91o dos``buracos negros
de marginalidadeDe outrotem havido uma concentra9五 〇espacial da camada
superior dessas atividades em alguns centros nodais de alguns pafses9 Tal con―
centra91o segue uma hierarquia entre as camadas dos centros urbanos com as
fun95cs de nfvel lnais altotanto elrl termos de poder quanto de qualifica91oc
estl localizada en algumas ilnportantes 6reas rnetropolitanas10 0 estudo cl`ssico
de Saskia Sassen sobre a cidade global mostrou o domfnio cottunto dC Nova
YorkT6quio e Londres nas finan9as intemacionais e na rnaior parte dos servi9os
de consultoria c empresariais de ambito intemacional1l Juntosesses tres centros
cobrenl o espectro de fusos horarios no que diz respeito a transa95es financeiras
e funcionanl em grande parte como uma unidade no mesmo sistema de transa―
95eS COntfnuasMas outros centros sao impOrtantes e at6 supe五ores em alguns
segmentos especfficos do com6rciopor exemploChicago e Cingapura enl con―
tratos de futuros(alilSpraticados pela p五 meira vez em Chicagoem 1972) Hong
KongOsakaFral」 ごurtZuriqucPa五 sLos AngelesSao FranciscoAnlsterda c
470 O espa9o de fluttos
MilaO tamb6 l sao centros importantes tanto en servi9os flnanceiros quanto cm
servi9os empresariais internacionais12 E v丘 dosldquocentros regionaisestao rapida_
mente aderindo a redeenquantoldquo Inercados emergentesse desenvolvem por
todo o lnundoMadriSaO PauloBucnos AiresM6xicoTaipeiMoscouBuda―
pesteentre outros
A medida quc a econonlia global sc expande e incorpora novos lnerCados
tamb6m organiza a produ91o dos servi9os avan9adOS necessttios para o geren―
ciamento das novas unidades quc aderem ao sistema e das condi96es de suas
conex6es em mudan9a contfnua 131」nl bonl exemplo para ilustrar esse processo 6
Madrirelativamente atrasada en rela91o)econonlia global at6 1986Naqucle
anoa Espanha aderiu a Comunidade Europ6iaabrindo― se totalinente ao investi―
mento de capital estrangeiro nos inercados das bolsas de valoresem opera96eS
bancttrias e na aquisi95o de patrimOnio das empresasbenl como em bensim6-
veiso Como ficou demonstrado enl nosso estudo14 nO perfodo de 1986-90o in―
vestilnento estrangeiro direto na bolsa de valores dc Madri fortaleceu uma fase
de r`pido crescilnento regional ao lado de unlわ οθprimeっno setor imobilittrio e r`pida
expansao dos nfveis de emprego elrl servi9os empresariaiso A aquisi910 de a96es
por investidores estrangeiros enl Madtt entre 1982 e 1988 saltou de 4 bilh6es e
494 nlilh5es para 623 bilh6es e 445 1rlilh6es de pesetasO investilnento estran―
geiro direto em Madri subiu de 8 bilh6es de pesetas em 1985 para quase 400
bilh6es de pesetas elr1 1988Assinla constru950 de escrit6rios no centro dc Madri
e dc im6veis residenciais de alto nfvelno final dos anos 80cxperilnentou o
mesmo entusiasmo fren6tico oconrido cIII Nova York e LondresA cidade foi
transformada de forma profunda pela satura91o do valioso espa9o na rnetr6pole c
tamb6nl por unl processo rnaci9o de suburbaniza9ao queat6 entaOfora uIIl fenO―
meno de certa forma lilrlitado enl Mad五
Na mesma linha argumentativao estudo realizado por Cappelin sobre a
forma9ao de redes de servi9os nas cidades europ6ias mostra a crescente interde―
pendencia c complementarldade entre os centros urbanos de tamanho m6dio da
Unitto Europ6iao Cappelin concluiu que`つ ヽimportancia relativa das rela95es en―
tre cidades e regi5es parece dinlinuir quando comparada)importancia das rela―
96eS que interliganl vttrias cidades de regi6es e pafses diferentesuml As novas ativi―
dades concentram― se em p61os especfficos c isso implica um aumento das
disparidades entre os p61os urbanos e as respectivas hinterlandias15
Dessa formao fenOmeno da cidade global naO pode ser reduzido a alguns
n`cleos urbanos no topo da hierarquia 重un prOcesso que conecta servi9os avan―
9adOSCentros produtores e inercados enl uma rede global com intensidade dife―
rente c em diferente escaladependendo da relativa importancia das atividades
localizadas em cada`reaッ Js―a―ソJs a rede globalErn cada pafs a arquitetura de
O espa9o de fluxos
foma91o de redes reproduz― se em centros locais e regionaisde forma que o
sistema todo fiquc interconectado en ambito globalC)s tenrit6rios em torno des―
ses n6s desempenhanl uma fun91o cada vez rnais subordinada)s vezesperden―
do a importancia(Ou at6 mesmo a fun91o) Um exemplo sao as θθJθれjα s ρ(η
ldquoJα ~
ldquoθs da Cidade do M6xico(Originallnenteassentamentos de posseiros)que repre―
sentan cerca de tres ter9 s da popula91o das rnega16poles sem desempenhar ne―
nhunl papel distinto no funcionamento da Cidade do M6xico como centro inter―
nacional de neg6cios)16 AdcIIlaisa globaliza9五 o estillllula a regionaliza91oo Em
seus estudos sobre regi6es europ6ias na d6cada de 1990utilizando os dados dis―
ponfveisPhilip Cooke mostrou quc a internacionaliza91o crescente das ativida―
des econOnlicas na Europa tornou as regi5es lnais dependentes dessas atividades
θrigι
ldquo
Nova York
Los Angeles
Nova York
Washington
Los Angelcs
Nova York
Nova York
Boston
Nova York
Filad61fia
Atlanta
Sao Franclsco
Nova York
Dallas
Chicago ――
Dιint`Jれ
θ
Los Angeles
Nova York
Washington
Nova York
Sao Franclsco
Boston
Filad61fia
Nova York
ⅣIialni
Nova York
Nova York
Nova York
Atlanta
Los Angeles
Los Angeles
脇Fgttχ霊棚 器∬磐器∬絆詰潔忠TW翫酬
Assilnas regi6es sob o impulso dos governos e elites empresariais
estruturaram― se para competir na econonlia global e estabeleceram redes de coo―
wttrrttrTl観胤lint肌覇脱認Xl潔ll縫鰍nas redes internacionais que ligan seus setores lnais dinanlicos
17
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
0
O∽【00目夢【】ヽ
∽〇ldquo】Ooldquo【0
O^QQ】
∽∽o「QX国一一に「00』
ldquo
∽00ldquo(HヽミOL
o日
oO
∽oO一infin0』0
∽Oお
口Oo
∽】ldquoヽ侶0Q
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ldquo』uml讐田
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〇目ヽ∽
00「XO】2
00
00ldquo0パ)
fヽf亀〈
ldquo口〇)【ldquo目〇
∽ldquo【OX【目的
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
expedenciao Mas minha capacidade de comunicar uma teoriza92o ullltanto abs―
trata das novas formas e processos espaciais certamente seri rnelhorada conl um
breve levantamento dos dados disponfveis sobre a recente padroniza91o espacial
das fun95es eCOn6111icas e das praticas sociais predominantes3
Servi9os avan9adosfluxos da informa9aO e a cidade global
A economia globa1infomaciona16 organizada em tomo de centros de con―
trole e comando capazes de coordenarinovar e gerenciar as atividades interligahellip
das dasredes de empresas4 serVi9os avan9adosinclusive finangassegurosbens
imobilittiosconSultodasser宙 9os de assessoriajurfdicapropagandapraCtOs
Primezα rたθprimejれgrela95es p`blicassegurangacoleta de informa95es e gerenciamento
de sistemas de informa91oben como P8ι]D e inovagao cientfficaestao nO cerne
de todos os processos econOlrlicosstta na ind`striaagriculturaenergiasaaem
seⅣi9os de diferentes tipos5 Todos poden ser reduzidos a gera91o de conheci―
mento e a fluxos da informagao6 Portantoos sistemas avan9adOS de telecomuni―
Ca96eS pode五 am possibilitar sua localizagao dispersa pelo globoo Mais de uma
d6cada de estudos sobre o assuntono entantoestabeleceu ulrl lnodelo espacial
diferentecaracterizado pela dispersaO e cOncentragao simultaneas de servi9os
avan9ados 7 1De unl ladoos servi9os avan9adOS aumentaranl substancialmente
sua participa91o nos fndices de empregos e no PNB da maioria dos pafsesc
apresentam o malor crescilnento de empregos e as taxas mais altas de investi―
mento nas principaisを 話eas lnetropolitanas do mundo8 saO abrangentes e estao
localizados clrl toda a geografia do planetacom exce91o dos``buracos negros
de marginalidadeDe outrotem havido uma concentra9五 〇espacial da camada
superior dessas atividades em alguns centros nodais de alguns pafses9 Tal con―
centra91o segue uma hierarquia entre as camadas dos centros urbanos com as
fun95cs de nfvel lnais altotanto elrl termos de poder quanto de qualifica91oc
estl localizada en algumas ilnportantes 6reas rnetropolitanas10 0 estudo cl`ssico
de Saskia Sassen sobre a cidade global mostrou o domfnio cottunto dC Nova
YorkT6quio e Londres nas finan9as intemacionais e na rnaior parte dos servi9os
de consultoria c empresariais de ambito intemacional1l Juntosesses tres centros
cobrenl o espectro de fusos horarios no que diz respeito a transa95es financeiras
e funcionanl em grande parte como uma unidade no mesmo sistema de transa―
95eS COntfnuasMas outros centros sao impOrtantes e at6 supe五ores em alguns
segmentos especfficos do com6rciopor exemploChicago e Cingapura enl con―
tratos de futuros(alilSpraticados pela p五 meira vez em Chicagoem 1972) Hong
KongOsakaFral」 ごurtZuriqucPa五 sLos AngelesSao FranciscoAnlsterda c
470 O espa9o de fluttos
MilaO tamb6 l sao centros importantes tanto en servi9os flnanceiros quanto cm
servi9os empresariais internacionais12 E v丘 dosldquocentros regionaisestao rapida_
mente aderindo a redeenquantoldquo Inercados emergentesse desenvolvem por
todo o lnundoMadriSaO PauloBucnos AiresM6xicoTaipeiMoscouBuda―
pesteentre outros
A medida quc a econonlia global sc expande e incorpora novos lnerCados
tamb6m organiza a produ91o dos servi9os avan9adOS necessttios para o geren―
ciamento das novas unidades quc aderem ao sistema e das condi96es de suas
conex6es em mudan9a contfnua 131」nl bonl exemplo para ilustrar esse processo 6
Madrirelativamente atrasada en rela91o)econonlia global at6 1986Naqucle
anoa Espanha aderiu a Comunidade Europ6iaabrindo― se totalinente ao investi―
mento de capital estrangeiro nos inercados das bolsas de valoresem opera96eS
bancttrias e na aquisi95o de patrimOnio das empresasbenl como em bensim6-
veiso Como ficou demonstrado enl nosso estudo14 nO perfodo de 1986-90o in―
vestilnento estrangeiro direto na bolsa de valores dc Madri fortaleceu uma fase
de r`pido crescilnento regional ao lado de unlわ οθprimeっno setor imobilittrio e r`pida
expansao dos nfveis de emprego elrl servi9os empresariaiso A aquisi910 de a96es
por investidores estrangeiros enl Madtt entre 1982 e 1988 saltou de 4 bilh6es e
494 nlilh5es para 623 bilh6es e 445 1rlilh6es de pesetasO investilnento estran―
geiro direto em Madri subiu de 8 bilh6es de pesetas em 1985 para quase 400
bilh6es de pesetas elr1 1988Assinla constru950 de escrit6rios no centro dc Madri
e dc im6veis residenciais de alto nfvelno final dos anos 80cxperilnentou o
mesmo entusiasmo fren6tico oconrido cIII Nova York e LondresA cidade foi
transformada de forma profunda pela satura91o do valioso espa9o na rnetr6pole c
tamb6nl por unl processo rnaci9o de suburbaniza9ao queat6 entaOfora uIIl fenO―
meno de certa forma lilrlitado enl Mad五
Na mesma linha argumentativao estudo realizado por Cappelin sobre a
forma9ao de redes de servi9os nas cidades europ6ias mostra a crescente interde―
pendencia c complementarldade entre os centros urbanos de tamanho m6dio da
Unitto Europ6iao Cappelin concluiu que`つ ヽimportancia relativa das rela95es en―
tre cidades e regi5es parece dinlinuir quando comparada)importancia das rela―
96eS que interliganl vttrias cidades de regi6es e pafses diferentesuml As novas ativi―
dades concentram― se em p61os especfficos c isso implica um aumento das
disparidades entre os p61os urbanos e as respectivas hinterlandias15
Dessa formao fenOmeno da cidade global naO pode ser reduzido a alguns
n`cleos urbanos no topo da hierarquia 重un prOcesso que conecta servi9os avan―
9adOSCentros produtores e inercados enl uma rede global com intensidade dife―
rente c em diferente escaladependendo da relativa importancia das atividades
localizadas em cada`reaッ Js―a―ソJs a rede globalErn cada pafs a arquitetura de
O espa9o de fluxos
foma91o de redes reproduz― se em centros locais e regionaisde forma que o
sistema todo fiquc interconectado en ambito globalC)s tenrit6rios em torno des―
ses n6s desempenhanl uma fun91o cada vez rnais subordinada)s vezesperden―
do a importancia(Ou at6 mesmo a fun91o) Um exemplo sao as θθJθれjα s ρ(η
ldquoJα ~
ldquoθs da Cidade do M6xico(Originallnenteassentamentos de posseiros)que repre―
sentan cerca de tres ter9 s da popula91o das rnega16poles sem desempenhar ne―
nhunl papel distinto no funcionamento da Cidade do M6xico como centro inter―
nacional de neg6cios)16 AdcIIlaisa globaliza9五 o estillllula a regionaliza91oo Em
seus estudos sobre regi6es europ6ias na d6cada de 1990utilizando os dados dis―
ponfveisPhilip Cooke mostrou quc a internacionaliza91o crescente das ativida―
des econOnlicas na Europa tornou as regi5es lnais dependentes dessas atividades
θrigι
ldquo
Nova York
Los Angeles
Nova York
Washington
Los Angelcs
Nova York
Nova York
Boston
Nova York
Filad61fia
Atlanta
Sao Franclsco
Nova York
Dallas
Chicago ――
Dιint`Jれ
θ
Los Angeles
Nova York
Washington
Nova York
Sao Franclsco
Boston
Filad61fia
Nova York
ⅣIialni
Nova York
Nova York
Nova York
Atlanta
Los Angeles
Los Angeles
脇Fgttχ霊棚 器∬磐器∬絆詰潔忠TW翫酬
Assilnas regi6es sob o impulso dos governos e elites empresariais
estruturaram― se para competir na econonlia global e estabeleceram redes de coo―
wttrrttrTl観胤lint肌覇脱認Xl潔ll縫鰍nas redes internacionais que ligan seus setores lnais dinanlicos
17
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
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O∽【00目夢【】ヽ
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∽∽o「QX国一一に「00』
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O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
470 O espa9o de fluttos
MilaO tamb6 l sao centros importantes tanto en servi9os flnanceiros quanto cm
servi9os empresariais internacionais12 E v丘 dosldquocentros regionaisestao rapida_
mente aderindo a redeenquantoldquo Inercados emergentesse desenvolvem por
todo o lnundoMadriSaO PauloBucnos AiresM6xicoTaipeiMoscouBuda―
pesteentre outros
A medida quc a econonlia global sc expande e incorpora novos lnerCados
tamb6m organiza a produ91o dos servi9os avan9adOS necessttios para o geren―
ciamento das novas unidades quc aderem ao sistema e das condi96es de suas
conex6es em mudan9a contfnua 131」nl bonl exemplo para ilustrar esse processo 6
Madrirelativamente atrasada en rela91o)econonlia global at6 1986Naqucle
anoa Espanha aderiu a Comunidade Europ6iaabrindo― se totalinente ao investi―
mento de capital estrangeiro nos inercados das bolsas de valoresem opera96eS
bancttrias e na aquisi95o de patrimOnio das empresasbenl como em bensim6-
veiso Como ficou demonstrado enl nosso estudo14 nO perfodo de 1986-90o in―
vestilnento estrangeiro direto na bolsa de valores dc Madri fortaleceu uma fase
de r`pido crescilnento regional ao lado de unlわ οθprimeっno setor imobilittrio e r`pida
expansao dos nfveis de emprego elrl servi9os empresariaiso A aquisi910 de a96es
por investidores estrangeiros enl Madtt entre 1982 e 1988 saltou de 4 bilh6es e
494 nlilh5es para 623 bilh6es e 445 1rlilh6es de pesetasO investilnento estran―
geiro direto em Madri subiu de 8 bilh6es de pesetas em 1985 para quase 400
bilh6es de pesetas elr1 1988Assinla constru950 de escrit6rios no centro dc Madri
e dc im6veis residenciais de alto nfvelno final dos anos 80cxperilnentou o
mesmo entusiasmo fren6tico oconrido cIII Nova York e LondresA cidade foi
transformada de forma profunda pela satura91o do valioso espa9o na rnetr6pole c
tamb6nl por unl processo rnaci9o de suburbaniza9ao queat6 entaOfora uIIl fenO―
meno de certa forma lilrlitado enl Mad五
Na mesma linha argumentativao estudo realizado por Cappelin sobre a
forma9ao de redes de servi9os nas cidades europ6ias mostra a crescente interde―
pendencia c complementarldade entre os centros urbanos de tamanho m6dio da
Unitto Europ6iao Cappelin concluiu que`つ ヽimportancia relativa das rela95es en―
tre cidades e regi5es parece dinlinuir quando comparada)importancia das rela―
96eS que interliganl vttrias cidades de regi6es e pafses diferentesuml As novas ativi―
dades concentram― se em p61os especfficos c isso implica um aumento das
disparidades entre os p61os urbanos e as respectivas hinterlandias15
Dessa formao fenOmeno da cidade global naO pode ser reduzido a alguns
n`cleos urbanos no topo da hierarquia 重un prOcesso que conecta servi9os avan―
9adOSCentros produtores e inercados enl uma rede global com intensidade dife―
rente c em diferente escaladependendo da relativa importancia das atividades
localizadas em cada`reaッ Js―a―ソJs a rede globalErn cada pafs a arquitetura de
O espa9o de fluxos
foma91o de redes reproduz― se em centros locais e regionaisde forma que o
sistema todo fiquc interconectado en ambito globalC)s tenrit6rios em torno des―
ses n6s desempenhanl uma fun91o cada vez rnais subordinada)s vezesperden―
do a importancia(Ou at6 mesmo a fun91o) Um exemplo sao as θθJθれjα s ρ(η
ldquoJα ~
ldquoθs da Cidade do M6xico(Originallnenteassentamentos de posseiros)que repre―
sentan cerca de tres ter9 s da popula91o das rnega16poles sem desempenhar ne―
nhunl papel distinto no funcionamento da Cidade do M6xico como centro inter―
nacional de neg6cios)16 AdcIIlaisa globaliza9五 o estillllula a regionaliza91oo Em
seus estudos sobre regi6es europ6ias na d6cada de 1990utilizando os dados dis―
ponfveisPhilip Cooke mostrou quc a internacionaliza91o crescente das ativida―
des econOnlicas na Europa tornou as regi5es lnais dependentes dessas atividades
θrigι
ldquo
Nova York
Los Angeles
Nova York
Washington
Los Angelcs
Nova York
Nova York
Boston
Nova York
Filad61fia
Atlanta
Sao Franclsco
Nova York
Dallas
Chicago ――
Dιint`Jれ
θ
Los Angeles
Nova York
Washington
Nova York
Sao Franclsco
Boston
Filad61fia
Nova York
ⅣIialni
Nova York
Nova York
Nova York
Atlanta
Los Angeles
Los Angeles
脇Fgttχ霊棚 器∬磐器∬絆詰潔忠TW翫酬
Assilnas regi6es sob o impulso dos governos e elites empresariais
estruturaram― se para competir na econonlia global e estabeleceram redes de coo―
wttrrttrTl観胤lint肌覇脱認Xl潔ll縫鰍nas redes internacionais que ligan seus setores lnais dinanlicos
17
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
0
O∽【00目夢【】ヽ
∽〇ldquo】Ooldquo【0
O^QQ】
∽∽o「QX国一一に「00』
ldquo
∽00ldquo(HヽミOL
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00「XO】2
00
00ldquo0パ)
fヽf亀〈
ldquo口〇)【ldquo目〇
∽ldquo【OX【目的
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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叩 OI12f Op ol江
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
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A 11|
Va ID |
=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
foma91o de redes reproduz― se em centros locais e regionaisde forma que o
sistema todo fiquc interconectado en ambito globalC)s tenrit6rios em torno des―
ses n6s desempenhanl uma fun91o cada vez rnais subordinada)s vezesperden―
do a importancia(Ou at6 mesmo a fun91o) Um exemplo sao as θθJθれjα s ρ(η
ldquoJα ~
ldquoθs da Cidade do M6xico(Originallnenteassentamentos de posseiros)que repre―
sentan cerca de tres ter9 s da popula91o das rnega16poles sem desempenhar ne―
nhunl papel distinto no funcionamento da Cidade do M6xico como centro inter―
nacional de neg6cios)16 AdcIIlaisa globaliza9五 o estillllula a regionaliza91oo Em
seus estudos sobre regi6es europ6ias na d6cada de 1990utilizando os dados dis―
ponfveisPhilip Cooke mostrou quc a internacionaliza91o crescente das ativida―
des econOnlicas na Europa tornou as regi5es lnais dependentes dessas atividades
θrigι
ldquo
Nova York
Los Angeles
Nova York
Washington
Los Angelcs
Nova York
Nova York
Boston
Nova York
Filad61fia
Atlanta
Sao Franclsco
Nova York
Dallas
Chicago ――
Dιint`Jれ
θ
Los Angeles
Nova York
Washington
Nova York
Sao Franclsco
Boston
Filad61fia
Nova York
ⅣIialni
Nova York
Nova York
Nova York
Atlanta
Los Angeles
Los Angeles
脇Fgttχ霊棚 器∬磐器∬絆詰潔忠TW翫酬
Assilnas regi6es sob o impulso dos governos e elites empresariais
estruturaram― se para competir na econonlia global e estabeleceram redes de coo―
wttrrttrTl観胤lint肌覇脱認Xl潔ll縫鰍nas redes internacionais que ligan seus setores lnais dinanlicos
17
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
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∽∽o「QX国一一に「00』
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∽ldquo【OX【目的
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
811110g
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o dc lluxos472
(ヾいOH)】0一〇0ゝ陽
0
O∽【00目夢【】ヽ
∽〇ldquo】Ooldquo【0
O^QQ】
∽∽o「QX国一一に「00』
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00「XO】2
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00ldquo0パ)
fヽf亀〈
ldquo口〇)【ldquo目〇
∽ldquo【OX【目的
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
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A 11|
Va ID |
=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O esptto deuxos
Michelson e Wheelera pedido de uma das principais transportadorasa
Federal Express Corporationobtiveram uma aproxiina91o conl a arquitetura de
fluxos da informa9五 o enl desenvolvilnento na econolllia global conl base enl anl―
lise de dados do trifego18 Estudaram o movilnento de cartaspacotes e caixas
enviados pelo sistema θッ`乙
れjgんprime(entregas na manha seguinte)naS tteas metro―
politanas dos EUAdurante a d6cada de 1990bem como entre os principais
centros remetentes norte― americanos e os destinos intemacionaisOs resultados
da anlliscilustrados nas figuras 6le62 1nostram duas tendencias bisicas(a)
domfnio de alguns n6s ou centros especiallnente Nova York seguido de Los
Angelesaumentando conl o tempo(b)SeleCiOnados circuitos de conexaO nacio―
nais e internacionaisSegundo a conclusao
粧オ漁緊∬aitti 撒驀驚iyl照I鶴押Wi蓄撫脳1瀧1
薇l智椰 littI弊掛害鵞鮮構lttl榊11磐欄 I鐵椰
hierarquia urbana intemacionalizada19
De fatoa hierarquia na rede na0 6 de forma alguma garantida ou estivel
籠 鑑 鼻 よ柵 農 T跳 ∬ 翼 鰍 謂 鳳 lT獄
em um dos estudos lnais abrangentes sobre o assuntoatribui o fracasso parcial
do grande practo deredesenvol宙 mento urbano de Canary Wharfnas Docklands
de Londresa estrat6gia superampliada de sua empreendedoraa famosa empresa
canadense C)lympiaampYorko A empresa foi incapaz de absorver o excesso de
desenvolvilnento de esc」 it6rios dos anos 90na esteira da redu9五 o do nfvel de
emprego elrl servi9os financciros de Londres e Nova YorkDaniels conclui quc
A expansao de seⅣ 19os no mercado intemacional introduziuportantoum
grau maior que no passado em temos de flexibilidade eem`ltima anttlise
de concorrencia no sistema urbanO globalo Como a cxpedencia com canary
473
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
474 o espa9o de fluxos
Wharf demonstrouessa ampliagao tamb6m fcz que o resultado do planaauml
mento e redesenvolvilnento urbanos em larga cscala ficasse ref6111 de fatores
extemos intemacionais sobre os quais se pode ter apenas controle limitadO 20
Portantono infcio dos anos 90enquantode ulrl lado cidades como
BangkokTaipeiXangaiM6xico lDFou]Bogottt desfrutavam unl cresciinento
urbano explosivo fomentado pelos neg6ciosde outroMad五 Nova YorkLon―dres c Paris experilnentavam uma queda que causou profunda dinlinui9aO nos
pre90S de im6veis e paralisou novas constru95eso E〕 rn fins da d6cada de 1990
cnta sim6veis de Londres c Nova York passaram por substancialrevalo五 za91o
ao passo que os centros urbanos das principais cidades asi`ticas foranl gravemen―
te atingidos por uma crise financeiraenl parte induzida pelo estouro da bolha de
seus mercados imobilittios(Ver v01ume ⅡI) Essa montanha― mssa urbanaemdiferentes perfodos nas diversas 6reas do rnundoilustra a dependencia c a vulne―
rabilidade de qualquer localinclusive das principais cidadesem rela9o aOs
fluxos globais em transforma9ao
Mas por quc esses sistemas de servi9os avan9ados ainda devem ficar de―
pendentes da aglomera9ao enl alguns grandes n6s ou centros rnetropolitanosA
esse respeitoSaskia Sassennovamentecoroando anos de pesquisa cm trabalho
de campo dela mesma e de outros pesquisadores em diferentes contextosd`
respostas convincentesAfirma quc
A combinagao de dispersaO espacial e integra9五 o g10bal c五 ou novo papel
estrat6gico para as p五 ncipais cidadesA16m de sualonga hist6ria como cen―
tros de com6rcio e atividades bancttias intemacionaisessas cidades agora
funcionan en quatro novas fomasp五 rneiracomo pontos de comandO alta―
mente concentrados na organiza9五 o da cconomia mundialsegundacomolocaliza96es― chave para empresas financeiras e de servi9os especializadoshellip
terceiracomo locais de produ95oinclusive a produ9五 o de inovagao nesses
llnportantes setorese quartacomo lnercados para os produtos e as inova―
95eS produzidas21
Essas cidadesou melhorscus bail os comerciaissaO cOmplexos de pro―
du9aO de valor conl base na infolllla9五 0Onde as sedes corporativas c as empresas
financeiras avan9adas podem encontrar tanto os fornecedores como a maO_de_
obra especializada altamente qualificada de que precisamo Sem d`vidaconsti―
tuen redes produtivas e de gerenciamentoctta flexibilidade 77α θ precisa incor―porar trabalhadores e fornecedoresInas ser capaz de acess`-los quando fOr con―
veniente e quantas vezes forem necessttias enl cada situa9五 o especfficaA flexi―
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
811110g
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SOIIV SOuong
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos 475
bilidade c a adaptabilidade sao mais bem_seⅣ idas por essa combina9ao entre a
aglomera91o de redes centrais e a participa91o dessas redes centrais e de suas
redes dispersas auxiliares enl redes globaisvia telecomunica95es e transporte
a6reoOutros fatores tamb6m parecenl contnbuir para fortalecer a concentra9ao
de atividades de alto nfvel enl alguns n6suma vez realizadosgrandes investi―
躙 暫雀 鳳 駆 電器 i露∬ 鰍 Ⅷ 器 鳳 浜電l肥 奮
器
重
cer as maiores oportunidades de aperfe19oamento pessoalsprime α`ン
S SOCial e auto―
satisfa91o aos imprescindfveis profissionais liberais de nfvel superior一一de boas
escolas para seus filhos a uma adesaO simb61ica ao grande consumoinclusive de
arte c entretenilnento23
Contudoos servi9os avangados e principallnente os servi9os em geral es―
椰 僻 I 漁
編 理 lSⅧ 藁 慰 翼 鱚 曽 蜻 藤
casossurgiram novos c impOrtantes centros de servi9os)s margens de cidades
hist6五 cassendo]La lD6fense dc Paris o exemplo mais famoso e bem― sucedido
No entantoenl quase todos os caSOSa descentraliza9ao do trabalho de escrit6rio
afeta asldquofun95es de apoioou saao processamento em massa das transa96es
脱int酬騰軍出毬Ⅷ篤fTHint器器 謂TT輩胤
∬』∬誂棚∬富瀾l馴1窯猫Isi湘穐脚鱚 1
medida quc a tecnologia evolui c a montanha― russa ccon6111ica continua
senl d`vidasubordinada)geometria vari`vel do dinheiro e dos fluxos da infor―
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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811110g
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
476 O espa9o de fluxos
ma91oo Afinalquem poderia prever no infcio da d6cada de 1980 que Taipei
Mad五 ou Buenos Aires poderianl emergir como importantes centros financeiros
e de neg6cios internacionaisAcredito quc a rnega16pole Hong Kong― Shenzhen―
Guangzhou― Zhuhai―Macau ser`uma das principais capitais financeiras e de ne―
g6cios no infcio dO s6culo XXIassiln promovendo unl grande realinhamento da
geografia global de servi9os avan9adOS 26 MaS para a anllise espacial proposta
neste lrabalhonao 6 importante fazer uma previsao acertadaPorquccmbora a
localiza91o real dos centros de alto ni障 el eln cada perfodo saa decisiva para a
distribui95o da riqueza e do poder no mundosob a perspectiva da 16gica espa―
cial do novo sistemao quc importa 6 a versatilidade de suas redesA cidade
global nao 6 unlugarmas um processo UIn processo por meio do qua1 0s
centros produtivos e de consumo de servi9os avan9ados e suas sociedades auxi―
liares locais estao cOnectados em uma rede global emboraao mesmo tempo
diminuanl a importancia das conex5es colrl suas hinterlandiasconl base em flu―
xos da lnforma9五 o
C)novo espa9o induStrial
O advento da ind`stria de alta tecnologiaou sttaa ind`Stria com base na
nlicroeletrOnica c assistida por computadoresintroduziu uma nOva 16gica de
localiza9aO industrialo As empresas eletrOnicasprodutoras dos novos dispositi―
vos da tecnologia da informa9aOtamb6nl foranl as primeiras a utilizar a cstrat6-
gia de localiza9aO possibilitada c exigida pelo processo produtivO baseado na
info11la9aOo Ao longo dos anos 80v`rios estudos empfricos conduzidos por
estudantes universit`rios e p6s― graduandos no lnstituto de Desenvolvilnento
Urbano e Regional da Universidade da Calif6rniacm Berkeleyproporcionaram
uma id6ia consistente sobre o perfil do``novo espa9o industrial 27 Esse espa9o
caracteriza― se pela capacidade organizacional e tecno16gica de separar o proces―
so produtivo em diferentes localiza96esao lnesmo tempo enl que reintegra sua
unidade por rneio de conex6es de telecomunica96es e da flexibilidade e precisao
resultante da rnicroeletrOnica na fabrica9五 o de componenteso A16nl dissodevido
)singularidade da for9a de trabalho necess`ria para cada est`gio c)s diferentes
caracterfsticas sociais c ambientais pr6prias das condi96es de vida de segmentos
profundamente distintos dessa for9a de trabalhorecomenda― se especificidade
geogr`fica para cada fase do processo produtivoIsso porquc a ind6stlna de alta
tecnologia apresenta uma composi91o ocupacional lnuito diferente da tradicio―
nalorganiza91o enl uma cstl ltura bipolar em tOrno de dois grupos predominan―
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos 477
tes de tamanho aproximadamente silllilarfor9a de trabalho altamente qualifica―
da com base cientffica e tecno16gicapor um ladouma massa de trabalhadores
naO_qualificados dedicados a montagem de rotina c as opera95es auxiliarespor
outroI〕 rnboracada vez maisa automa910 possibilite a elilrlina91o da camada
inferior de trabalhadoreso aumento surpreendente do vOlume de produ91o ain―
da empregae continuar`empregando por algum tempounl n`mero considerl―
vel de trabalhadores naO_qualificados e senliqualificadoso No entantoa localiza―
91o dessa maO_dc― obra na mesma`rea quc os cientistas e engenheiros nao 6
econonlicamente vi`vel nclrl sociallnente adequada no contexto soCial geralI〕rn
posi91o intermedittriaoperadores qualifiCados tamb6nl representam um grupo
distinto que pode ser separado dos altos nfveis da produ9五 o de alta tecnologia
Enlrazao do pOuco peso do produto flnal e das f`ceis conex5es de comunica91o
desenvolvidas pelas empresas em todo o globOas do ramo eletrOnicoespecial―
mente as norte― americanasdesenvolveranl desde as origens do setor G`na 10ca―
lizagao da fibrica de Fairchild em Hong Kongem 1962)um mode10 de localiza―
9五O Caracterizado pela divisao espacialinternacional do trabalho28 Grosso rnodo
tanto para a lrlicroeletrOnica como para computadoresprocuraram― se quatro tl―
pos diferentes de localiza9五 o para cada uma das quatro opera95es diStintas do
processo produtivo
(1)PampDinova9ao e fabrica91o de prot6tipos foram concentrados em centrosindustriais altamente inovadores nas principais 6ヒ easgerallnente com boa
qualidade de vida antes que seu processo de desenvolvilnentoem certa
medidadegradasse o lneio ambiente
(2)fabriCa91o qualificada em liaisnormalmente em`reas rec6m― industriali―
zadas do lnesmo pafsqucno caso dOs EUAem geral significan cidades
de tamanho ln6dio nos Estados do oeste
(3)montagem semiqualiicada em larga escala c testes qucdesde o come9oapresentavanl uma grande propor9五 o loCalizada no exte五 oren especial no
Sudeste asi`ticosendo Cingapura c Mal`sia as localidades pionciras do
movimento para atrair f`bricas de empresas eletrOnicas americanas
(4) adequa910 de dispositivos e de manuten91o e suporte t6Cnico p6s―venda
que foi organizada enl centros regionais em todo o globoenl geral na`rea
dos principais rnercados eletrOnicosoriginallnente nos EUA e na Europa
Ocidentalembora na d6cada de 1990 osrnercados asi`ticos conquistassem
o mesIIlo sprimeαprimeprimeS
As empresas europ6iasacostumadas a localiza95es aconchegantes em seus
protegidos feudos dom6sticosforanl obrigadas a descentralizar os sistemas pro―
dutivos em uma cadeia global silrlilarquando os mercados se abriranlc elas
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
478 O espa9o de uxos
come9aram a sentir a pressao da concorencia das opera95es localizadas na Asia
e da vantagem tecno16gica ame五 cana cj町)onesa 29 As empresasjaponesas tenta―
ram resistir por muito tempo antes de abandonar aldquo fortalezajaponesatanto por
raz6es de nacionalismo(a pedidO de seu governo)como pOr causa de sua grande
dependencla das redes de fOrnecedores do tipo」 ildquosprime zん primeιldquo`
Contudoo cOngestio―
namento insuport`vel e os crescentes pre9os operacionais na ttca de T6quio e
Yokohama for9aranl prilneiro a descentraliza9ao regiOnal(auxiliada pelo progra―
ma Technopolis dO MITI)nasを計eas lnenos desenvolvidas do Japaoparticularhellip
mente em Kyushu 30 Depoisa partir do inal dos anos 80as empresasjaponesas
continuaranl a seguir o modelo de localiza9o iniciado pelas concolentes norte―
americanas duas d6cadas antes instala95es para produ9ao fOra do pafs― 一noSudeste asi`ticoem busca de custos de maO_de_obra mais baixos a0 1ado de
menos restri95es ambientais― e dissemina91o de fib五 cas por todOs os p五 ncihellip
pais mercados dos EUAEuropa c Asiacomo precau950 para c宙 tar futuro prote―
cionismo31 Dessa formao m da excepcionalidadejaponesa conimlou a coHc―
9aO dO mOdelo de localiza91o proposto por nlillll e varios colegas para a cOm―
preenstto da nova 16gica espacial do setor de alta tecnologiao A figura 6 3 mostrao esquema da 16gica espacial dessc lnodelodesenvolvido conl basc em info11la―
95es empfricas coletadas por vanos pesquisadores em diferentes contextos32
Unl elemento― chave desse modelo de localizaga0 6 a importancia decisiva
dos complexos produtivos de inova95es tecno16gicas para todo O sistema三
0quc Peter Hall e cubem como o pioneiro neste campo de pesquisaPhilippe
Aydalotchamamos deldquo meiOs de inova910 33 Pe10 quc entendomeio de inova―
9五〇6 um cottuntO especinco de rela95es de produ9ao e gerenciamento cOm base
cm uma organiza91o sOcial quede modo geralcompartilha uma cultura de tra―
balho e rnetas instrumentaisvisando gerar novos conheCilnentosnovos proces―
sos e novos produtosI〕 inbora o conceito de meio nao inclua necessanamente
uma dilnensao espacialafi 11lo que no caso dasind`strias de tecnologia da infor―
ma9五0pelo rnenos neste s6culoa proxinlidade espacia1 6 uma condigaO rnate五 al
necessaria para a existencia desse lneio devido a natureza da intera910 no proces―
so de inova9aO O que define a especificidade de unl meio de inova9a0 6 sua
capacidade de gerar sinergiaisto 6o valor agregado resultante nao do efeitO
cumulativo dos elementos presentes no lneioInas de sua intera910 OS Ineios de
inova9五〇saO as fOntes fundamentais de inova910 e de gera9aO de valor agregado
no processo de produ91o industrial da era da informa910 Durante v`rios anos
Peter Hall e eu estudamos a formagaoa estrutura c a dinamica dos principais
meios de inova9ao tecn 16gica reais c imagin`veis em todo o lnundoOs resulta―
dos de nossa investiga91o acrescentaram alguns elementos a compreensao do
modelo de localiza9五 〇do setor de tecnologia da infoma9ao 34
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
811110g
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
PRODUTO VOLTADO PARA O PPRODUcÅO COM BASE NA INFORIIAcÅ 0
l reprOdutor e auto―
l CXpansfvel
Dcscentraliza91o
segmentada das
difercntes fun95es
de produ9五 o
Autonomia
funcionalProfunda divisao
t6cnica e social do
trabalho dcntro
do sctor
Nccessidadc
de acesso a
conhccimcnto
tecno16gico
Trabalho
lnovador
principal
fator de
O uso dc dispositivos
de proccssamento dc
inforlnacaO pCrrnite a
disJun9五o cSpacial do
proccsso produtivoAmbientc
lnovador como
condi9ao geral
de produ91o
para que o
trabalho
inovador s a
uma foa
produtiva
Rcla91o
direta
produto
do setor e
o processo
de scus
Descentralizacao
hierirquica dos
mclos secund`Hos
de inova9ao
DifusaO mundial de um
modelo segmcntado de
localizacaO indust五 al
que segue a hierarquia
tccno16gica das fun95es
de produ9ユ o
Modcloex市 el dc
localizagao
O espa9o de fluxos
Figura 63 Sistema de rel磐 5es cntre as caracterstiCas da ind`st五 a dc tecnologia da inforlna92o o o
modelo espacial do seto
Fοれた「Elaborada por Castells(1989a)
479
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
480 O espa9o de fluxos
Enl prilneiro lugaros rneios de inova91o industrial de alta tecnologiaquc
chamamos deldquo tecn6polesapresentam― se em vttrios formatos urbanoso Notada―
mente一―claro que na rnaioria dos pafsesconl as importantes exce96es dos Esta―
dos l」nidos eenl certa medidada Alemanha― ―as principais tecn6poles sem
d`vida ficanl nas`reas lnetropolitanas lnais destacadasT6quioPa五 s―Sudcor―
redor M4 de LondresMilaoSeul_InchonMoscou― Zelenograd ea uma distan―
cia considerivelNicc― Sophia AntipolisTaipei― HsinchuCingapuraXangaiS五 o
PauloBarcelona ctco A excc950 parcial da Alemanha(afinal Munique 6 uma
importante ttrea lrletropolitana)est`diretalrlente relacionada)hist6五 a policaa
destl li91o de Berlimo preeminente centro industrial e cientffico europeuca
transferencia da Siemens de Berlinl para Munique nos`ltimos rneses do Terceiro
Rcichsob a prevista prote9o das for9as de OCupa9ao nOrte_americanas e com o
apoio subseqiiente do partido CSU b`varoDessa lnaneiracontra as excessivas
fantasias das modernas tecn6polesna verdade existe continuidade da hist6ria
espacial da tecnologia c industrializa91o na era da informagaoOs principais cen―
tros lnetropolitanos em todo o lnundo continuan a acumular fatores indutores de
inova91o c a gerar sinergia na ind`stria e servi9os avan9adOS
Contudoalguns dos lnais importantes centros de inova91o para a fabrica―
95o de tecnologia da informa9五 〇Sao realinente novosen especialno lfder rnun―
dial em tecnologiaos Estados Unidoso C)Vale do Silfcioa Route 128 de Boston
(renOVandO uma estrutura industrial antiga e lradicional)a TcCn6pole do sul da
Calif6miao Triangulo de Pesquisas da Carolina do NorteSeattle e Austinentre
outrosestavam de folllla geral ligados)onda mais recente de industrializa9o
conl base na tecnologia da info 11la950 MOStramos que seu desenvolvilnento re―
sultou do agrupamento de varios dos fatores especf」 Lcos habituais de produ91o
capitaltrabalho e rnat6五 a―prilna reunidos por algum tipo de empreendedor insti―
tucional e constitufdos por uma folllla particular de organiza91o socialo Sua rna―
t6五 a―p五rna era formada de novos conhecilnentos relacionados a campos de apli―
ca9五o estrategicamente importantesproduzidos pelos principais centros de ino―
va9aO cOmO al」niversidade de StanfordCalTech ou as equipes de pesquisa das
faculdades dc engenharia do MIT e pelas redes construfdas elrltorno desses cen―
tros Seu trabalhoa16m do fator conhecilnentocxigia a concentragaO de um
grande n`mero de cientistas c engenheiros altamente qualificados de vttrias esco―
las locaisinclus市 e asj`mencionadasmas tamb6m de outras como Berkeley
San Jose State ou Santa C〕 larano caso do Vale do Silfcioo Seu capitaltamb6n era
especffico pronto a assulrlir os altos riscos inerentes ao investilrlento no
pioneirismo da alta tecnologiaou devido ao imperativo do dcsempenho nlilitar
(gaStOS COm defesa)ou entaO pOr causa das altas apostas do capital de risco
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
acreditando nas recompensas extras desse tipo de investirrlentoo A articula9五 o
desses fatores de produ91o foi o fato deno infcio do processoalgunl ator insti―
tucionala exemplo da l」 niversidade de Stanfordlan9ar o Parquc lndustnal de
Stanford quc inspirou o Vale do Silfcioou os comandantes da For9a A6rea quc
confiando no progresso de]Los Angelesganharam para o sul da Calif6mia os
contratos de produtos b61icos quc tomarianl a nova inetr6pole ocidental o maior
complexo de ind`stria b61ica de alta tecnologia cm todo o lnundoo Finalinenteas
redes sociais de diferentes esp6cies contnbutam de fo 11la intensa para a conso―
盟誂置乳Ⅷ篤ξf誌北躙 l腑群鴇淵驚亀』e iniciat市 as emprOsanais ttqadas
Nossa pesquisa sobre os novos lneiOS de inova91o nOS EUA ou em outro
lugar demonstra qucembora realmente htta continuidade espacial em dommios
lrletropolitanoscla tamb6111 pode ser revertida caso as condi95es saalrl adequa―
dasI〕 quc as condi95es adequadas dizelllrespeito a capacidade de concentra91o
胤 吼 驚 ポ 誌塁 鮒 驚躍 棚 翼I篇蹴 欝 int絆 輩ぶ 釜監
marcado por descontinuidade fundamentalos lneios de inova91o nOVOS e anti―
総 翼 留 照 ぱ l肌 iミ為 翼 思 鵬 i 鑑織 路 譜 鮒
tufdosUIna vez estabelecidosos lneiOs de inova91o competenl e cooperanl em
diferentes regi5escriando uma rede de intera91o quC OS re`ne em uma estrutura
industnal comunlsuperando sua descontinuidade geogr`ficaA pesquisa reali―
zada por Camagni e pelas cquipes pesquisadoras organizadas em tomo da rede do
GREM135 mOStra a crescente interdependencia desses lneios de inova91o portodo
o globo eao rnesmo tempoenfatiza quao decisiva para seu destino 6 a capacida―
de de cada lneio para intensificar sua sinergiaFinalmenteos lneios de inova91o
comandalrl as redes globais de produ91o e diStribui91oquc estendem seu alcance
蹴盤幣n肌胤1蹴poundT1∬徹1麗1Hi鷲H距ladeg
ampdi言ll臆lj茸
i[1魁inaclarodollovoeSpa9oindustrialinfin nstitrdo
na era da infolllla910devemos acrescentar algumas defini96es precisasPorquc
colrl inuita freqiienciaa enfase da anllise recai na divisao espacial hierttquica
do trabalho entre as diferentes fun95es localizadas em te」 rit6五 os diversosIsso 6
欄委l榊猛菫[驚椰
481
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
811110g
ln00S
SOIIV SOuong
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
482 O espa9o de fluxos
rasinclusive os pr6p五 os meiOs de inovagaoTamb6nlmeios secund沈 dos deinovagao sao constitufdos)s vezes como sistemas descentralizados desmembrados
de centros p」 irnanosInas frequentemente encontranl seus nichos na concottnhellip
cia com suas matnzes o五 ginaisa exemplo do quc aconteceu com Scattle em
rela91o ao Vale do SiHbio e Boston em scヵ ναPrimeOu AustinTexasν Js―a―ッおNovaYork ou Minneapolis enl computadoreso Ademaisna d6cada de 1990O desen―
volvilllento da ind`st五 a eletrOnica na Asiaprincipallrlente sob o impulso da con―
cenciajaponesa e norte― americanacomplicou muito a geografia do setor em
sua matu五 dadecomo ficou demonstrado nas an`lises de Cohen e Boms e de
E)ieter Emst37 Por um ladohouve inelhora substancial do potencial tecno16gico
das subsidi鹿 das das multinacionais norte― americanascspeciallnente em C〕inga―
purana Mal`sia c em Tai vanc essa inelhora difundiu― se por suas subsidi血 HaslocaisPOr outroas empresas eletrOnicas japonesascomoj`foi menciOnado
descentralizaranl mac19amente sua produ9ao na Asia para exportar em ambit
global e sup五r as inatrizes sediadas no JapaoI〕 In ambos os casosconstruiu― se
uma grande base de fomecimento na AsiaO que tomou obsoleta a velha divisao
espacial de lFabalho na qual as subsidi丘 das do leste e sudeste asi`tic0 0cupavam
o nfvel infe五〇r da hierarquia
Ade血aiscom base na revisao dos dadOs disponfveis at6 1994inclusive
das pesquisas de sua cmpresaRichard Gordon faz uma defesa convincente do
surgilnento de uma nova divisao espacial de lrabalhocaracte五 zada por sua geo―
metna vanavel e conex6es de ida e volta cntre as empresas localizadas em dife―
rentes complexos tennto五 aisabrangendo os p五ncipais meios de inova91oo Aanllise lrlinuciosa dos desenvolvilnentOs da d6cada de 1990 no Vale do Silfcio
mostra a importancia das rela95es eXtra―regionais para as intera95es tecno16gicas
mais sofisticadas e com usO intensivo de transa95esrealizadas por empresas
regionais de alta tecnologiao Desse modoele argumenta quc
Neste novo conteXto globala aglomera9五o localizadalonge de constitu士
uma altemativa a dispersao espacialtoma― se a base p五 ncipal para a particiuml
pagaO enl uma rede global de economias regionaisuml As regi6es e redes real―
mente constituem p61os interdependentes dentro do novo mosaico espacial
da inova9ao g10balA globaliza95o neste contexto nao env01ve o impactO
fomentador dos processos universaismasao contr丘 戯oa sfntese calculadada diversidade cultural sob a fOnna das 16gicas e das capacidades de inova―
9aO regiOnal diferenciada38
C)novo espa9o industrial nao representa o finl das velhas tteas lnetropolita―
nasjtt estabelecidas e O intio de novas regi6es caracte五 zadas por alta tecnologia
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
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A 11|
Va ID |
=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos 483
Nenl pode ser compreendido conl base na oposi91o simplista entre automa91o no
centro e fabrica9ao de baixo custo na perife五 ao E〕 organizado em uma hierarquia
de inova91o e fab五 ca91o articuladas elll redes globaiso Mas a dtte91o c a arquite―
tura dessas redes estao suJeitas as constantes lnudan9as dos rnovilnentos de coo―
pera91o c COnCOrencia entre empresas e locaisalgumas vezes hiSto五 camente
cumulativosoutrasrevertendo o modelo estabelecido mediante deliberada ini―
ciativa cmpreendedora institucionalO que resta como 16gica caracte」 〔stica da
nOva localiza91o industria1 6 sua descontinuidade geogrificaparadoxallnente
follllada por complexos tenntoriais de produ91oC)novo espa9o industria1 6 orga―
nizado em tomo de fluxos da info 11la910 qucao lnesmo temporeinenl e sepa―
ram一一dependendo dos ciclos das empresas― 一seus componentes tennto五 aisE
a medida quc a 16gica da fab五ca92o da tecnologia da info 11la9五O Vai passando
dos produtores de equipamentos de tecnologia da info 11la91o para os usumos
desses dispositivos em toda a esfera da ind`striatamb6nl a nova 16gica cspacial
se expande c五 ando uma muldplicidade de redes industriais globaisc可 aS inter―
Se95eS e cxclus5es mudam o pr6prio conceito de localiza91o industnal de fib」i―
cas para fluxos industrials
C)cotidiano do donlicnio eletrOnicoo finl das cidades
C)desenvolvilnento da comunica91o eletrOnica e dos sistemas de infoma―
910 prOpicia uma crescente dissociagao entre a proximidade espacial e o desem―
penho das fun95es rOtineirastrabalhocomprasentretenilllentoassistencia)
sa`deeduca9五o Selwi9os p`bliCOsgoverno c asSilrl por dianteo Por issoos
futurologistas frequentemente predize l o filFl da Cidadeou pelo lnenos das cida―
des como as conhecemos at6 agoravisto quc estaO destituFdas de sua necessida―
de funcionalo Como mostra a hist6riaos processos de transfOma91o espacial
saO6 clarOInuito nlals complicadosPortantovale a pena analisar o parco re―
gistro empf五co sobre o tema39
Uin aumento impressionante do teletrabalho 6 a suposi91o mais no11lal
sobre o impacto da tecnologia da infolllla910 naS Cidades e representa a`ltilna
esperanga dos planaadores de transportes IIletropolitanos antes de se renderelll a
inevitabilidade de inegacongestionamentoso Masenl 1988em importante pes―
quisa curop6ia sobre telecomuta910diVulgou― senao en tom de brincadeira
queldquoHl rnais pessoas fazendo pesquisas sobre teletrabalho do quc teletrabalha―
dores reais40 scIIl d`vidacolF10 fOi apontadё por QvOrtuptodo o debate 6
parcial devidoゝ falta de precisao na defini91o do te 11lo teletrabalholevando a
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
811110g
ln00S
SOIIV SOuong
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o罵日
∽く
ヾつldquo』押
』
R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
uma grande incerteza na avalia9五 o do fenOmeno 41 Ap6s rever as info 11la95es
disponfveisQvortup faz uIIla distin91o aprop五 ada cntre t長)s categorias(a)
ldquoSubstituidoresaqueles que substituem o seⅣ i9o efetuado em um ambiente de
trabalho tradicional pelo seⅣ i9o feito enl casa Esses sao trabalhadores a dis―
tancia no sentido exato (b)AutOnomostrabalhando οκ―JJκι de suas casas (C)
Complementadores``quc trazem para casa trabalho complementar do escrit6五o
convencional A16l dissoenl alguns casos esse``trabalho complementartoma
a rnaior parte da carga de trabalho comosegundo K aut42 aCOntece conl profes―
sores universit`独 iosDe acordo conl a lnaio五 a dos relatos confi`veisap」 irneira
categoriaou seJaOS trabalhadores a distancia sprime rJθprimeο sιれsldquo cOn empregos regu―
lares para operar θル Jjれ ι em casa6 muito pequena no cottuntO e prOvavelmente
naO teri grande cresciinento em urrl futuro previsfvel43 Nos Estados l」 nidosas
estimativas lnais altas avaliaranl cerca de 55 111ilh5es de lrabalhadores a distan_
cia instalados em casa cm 1991mas deste total apenas 169ら trabalhavam 35
horas ou mals por semana259ろ trabalhavanl menos quc um dia por semana
sendo dois dias semanais o padrao lnais cOmumo Assinla percentagenl de traba―
lhadores quc em um dia detellllinado executam trabalhos a distancia vanade―
pendendo das estilnativasentre 19ろ e2do total da for9a de trabalhoc as
p五ncipais`壼eas rnetropolitanas da Calif6mia ostentanl as percentagens lnais al―
tas44 Por Sua vezo que parece estar surgindo 6 a telecomuta9ao em telecentrais
isto 6instala95es colrlcomputadores em rede espalhadas nos sub`rbios das ttas
metropolitanas para os trabalhadores atuarenl θκ―Jjκ`colrl Suas empresas45 com
a confilllla9五 o dessas tendenciasas casas naO se tOrnarialr1 locais de trabalho
mas a atividade de trabalho pode五 a espalhar― se consideravellnente pela 6rea rnc_
tropolitanaintensificando a descentralizagao urbanao C)aumento do trabalho em
casa tamb6m poderi resultar de uma folllla de trabalho eletЮ nico tercei]nzado
executado por lrabalhadores temporanos subcontratados mediante acordos in―
dividuais e pagos pelo volume do servi9o executado em processamento da
inforIIla9aO 46 Ё interessante notar qucnos Estados UnidosuIIla pesquisa
nacional de 1991 mostrou que menos da lnetade dos trabalhadores a distan_
cia instalados en casa usavanl computadoreso restante trabalhava com tele―
fonecaneta e papel47 Exemplos dessas atividades sa0 0s assistentes sociais
e os investigadores de fraudes na previdencia social do Condado de Los
Angeles48(D quc certamente 6 significativoc esti aumentando6 o desen―
volvilnento do trabalho autOnomo e dos``complementadoresquer enl hor`―
rio integralqucr em meio exPedicntecomo parte da tendencia rnais ampla a
desagrega91o do trabalho c a forma910 de redes virtuais de neg6ciosconfor―
me foi indicado nos capftulos anterioresIsso nao implica o fim do escrit6-
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos 485
rioInas a diversifica9ao dos locais de trabalho para uma grande fra91o da
popula9ao ecspeciallrlentepara o segmento lnais dinalFliCO de profissionais
liberaisEquipamentos de telecomputa91o cada vez maiS portiteis intensifi―
caraO essa tendencia para o escrit6rio m6velno sentido mais literal49
Como essas tendencias afetam as cidades1)ados dispersos parecelll indi―
car quc oS problemas de transportecm vez de melhorarpiorarao pOrquc o au―
mento das atividades e a compresstto temporal possibilitados pela nova organiza―
910 CIIl rede transfollllam―se enm rnalor concentra91o dC Inercados enl certas areas
e elrl inaior mobilidade isica de uma for9a de trabalhoantes confinada a seus
locais de trabalho durante o expediente50 0 tempo de deslocamento CIrlraztto do
trabalho mantttn― se em um nfvel constante nasを heas lnetropolitanas dos IEUA
naO devido a inelhora da tecnologiaInas por causa de ullrl inodelo mais descen―
tralizado de localiza9ao de empregos e residencias que pe 11lite fluxos de lF`fegO
mais ficil entre os sub`rbioso Nessas cidadesp五 ncipallnente da Europa onde um
modelo radioconcentnco ainda predomina nos deslocamentos di歯 dos(comO Pa_
五sMadri ou Milao)O tempO de deslocamento para a ida ao trabalho e a volta a
casa 6 eno 11leem especial para os ferenhos adeptos do autom6vel51 QuantO)S
novas e sempre crescentes lnetr6poles asiiticassua cntrada na era da info11la910
6 paralela a sua descoberta dos piores congestionamentos da hist6riade Bangkok
a Xangai52
Astelecomprastamb6n nao estavam se desenvolvendo)altura das expecta―
tivasInas acabaram impulsionadas pela concoHencia na lntemetMais comple―
mentavanl do que substituas`ldquo cas comerciais53 contudoO Com6rcio eletrOnico
conl bilh5es de d61ares de vendas θん―Jjκ`nos El」
A no natal de 19996 unl grande
acontecilnento novo(Ver capttulo 2) N五o obstantea importancia cada vez IIlalor
das transag6es θκ―Jjんι nao implica o desaparecimento doS Sん θppjκg θιれprimeιrs e das
laS VaraiStaso Na verdadea tendencia 6 opostaproliferam ttcas comerciais ao
redor da paisagem suburbanacom l aS quc encarmnham os clientes a teminais
de pedidos θれ―Jjκ`para obter as lnercadoriassempre entregues em domicnio
54
Pode― se dizer o mesmo da maior parte dos SeⅣ i90S θん―Jjκ`de atendilrlento ao
consunlidorPor exemploo telebanco55 eSt`Se difundindo conl rapidezespe―
ciallnente sob o impulso de bancos interessados enl eliminar agencias e substituihellip
las por selwi9os οれ―ιjκι dc atendilnento ao COnsunudor e caixas eletrOnicosCon―
tudoas agencias bancarlas consolidadas continuan como centrais de atendilnen―
topara vender produtos flnanceiros aos clientesInediante unl relacionamento
personalizadoAt6 οれ―Jjκιas caracte」〔sticas culturais das localidades podelrl ser
importantes como fatores de localiza91o nas transa95es info 11latizadasAssinla
First E)irectteleagencia banc力na do Midland]Bank na Gra-lBretanhasituou― se
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
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=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
486 O espa9o de fluxos
em Lceds porque pesquisasldquorevelaram que o sotaque neutro de West Yorkshire
com dic9ao clara c aparente ausencia de caracte」 〔stica indicativa de classe social
era o mais facilmente compreendido e acёito elrltodo o Reino Unido― unl ele―
mento vital em qualquer neg6cio com base enl comunica91o telefOnica561)eSSa
fo 11la6 o sistema de agencias vendedorascaixas autom`ticosselvi9os de aten―
dimento ao cliente por telefonc e lransa95cs ο4-Jjんι que constitui o novo setorbancano
Os selwi9os de sa`de representam unl exeimplo ainda mais interessante da
dia16tica emergente entre a concentra9aO e a centraliza91o de atendimento de
usuarlosPor ulrl ladosistemas especializadoscomunica96eS οκ―Jjれι e trans―
missaO de vfdeo de alta resolu9ao pe11litenl a interconexao de assistencia rn6dica
≧distanciaPor exemplocm uma prttica quej`setomou comumse nao rounei_
raenl 1995 cirurgi5es altamente qualificados supervisionaram por meio de
videoconfaCncia uma cilurgia realizada no outro lado do pa〔 s ou dornundoguian―
do literallnente a mao lnenos especializada de outro cilurgiao em unl corpo hu―
manoo Chιεた―
ldquoρs regulares tamb6nl sao conduzidos via computador e telefone
com base cnn info 11la95es computadorizadas atualizadas dos pacientesCentros
de assistencia m6dica de bailTos tem o apOio de sistemas de info11la910 para
melhorar a qualidade c eficiencia de seu atendilnento de nfvel p」irndoo Masporoutro ladona maioria dos pafses os p五 ncipais complexos in6dicos surgem em
locais especfficosem geralnas grandes tteas lnetropolitanaso Nollllalinente or―
ganizados em tottno dc unl grande hospitalcom frequencia conectados a faculda―
des de inedicina c enfe11lagenlincluenl en sua proxilrlldade ffsica clfnicas par―
ticulares chefiadas pelos ln6dicos lnais importantes do hospitalcentros radio16-
gicoslaborat6五 os para exalnesfannaceuticos especializados enao raramente
laas de presentes e funerttias para atender a toda a gama de possibilidadeso Na
verdadeesses complexos m6dicos representalrl importante fotta cultural e eco―
nOmica nas tteas e cidades em quc estao localizados e tendem a expandir― se
pelas vizinhan9as com o passar do tempoQuandO for9ado a mudar de localiza―
910Vaitodo o complexo57Escolas e universidadesparadoxallrlentesaO as institui96es lnenos afeta―
das pela 16gica vrtual embutida na tecnologia da infolllla9aOapesar do uso prehellip
visfvel quase universal de computadores nas salas de aula dos pafses desenvolvi―
doso Mas elas nao desaparecerao no espa90 virtualo No caso de escolas de ensino
fundamental e de ensino ln6dioisso nao ocOFer`pOrque sao centrOs de atendi―
mento infantil eou reposit6五 o dec五 angas na inesma propor9ao em que saO inshellip
titui95es educacionaiso No caso de universidadesporquc a qualidade da edu―
caO ainda cstlc estarttporum longo tempoassociada)intensidade da intera91o
pessoalo Por conseguinteas expe五 encias enlarga escala de``universidades)
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espo de fluxos 487
distanciaindependentemente de sua qualidadc(mi na Espanhaboa na Gra―
Bretanha)parecem posicion`― las como uma segunda op91o em fO 11las de eduhellip
Ca910desempenhando papel significativo em ulrl futuro sistema aperfei9oado de
educagao de adultosmas n五o como substitutas das atuais institui95es de edu―
ca9ao supeno
C)quc esti surgindopor6 1nas universidades de qualidade 6 a combina―
91o do ensino ο4-Jjκ`)distancia conl o ensino jん
JθεθIsso significa quc o futuro
da educagao supe五 or nao ser`θ れ Jjれ
`rnas enl redes entre n6s de infolllllticasalas dc aula c o 10cal onde esja cada alunoA comunica91o mediada por com―
putadores esti se difundindo em todo o mundocmbora apresente uma geografla
cxtremamente iregular como foi rnencionado no capttulo 5 Dessa maneiraal―
guns segmentos das sociedades de todo o globopor ora concentrados nos estra―
tos proflssionais superioresinteragenl entre sirefor9ando a dilrlensaO sOcial do
espa9o de fluxos58
N五o6necessmo esgotar a rela9五 o de ilustra95es empf五 cas dos impactos
reais da tecnologia da info 11la9五o sobre a dilnensaO espacial da vida cotidianao O
resultado de obselva95eS diVersas 6 um quadro similar de dispersao e concentra―
910 eSpacial simultaneasvia tecnologias da infoma91oo Cada vez maisas pes―soas lrabalham e administranl seⅣ i9os de suas casascomo mostra a pesqulsa
realizadacm 1993 pelaFunda91o Europ6iapara aMelhoriada Qualidade de Vida
c Ambiente de rrrabalhO59 Por Conseguintea``centralidade na casa6 umaten―
dencia impOrtante da nova sociedadeo Poκ lrl naO significa o filFl da Cidadepois
locais de trabalhoescolascomplexos ln6diCospostos de atendilnento ao consu―
nndoLをheas recreativasrllas comerciaissん oppjれgε`れ
primeικsest`klios de esportes
e parques ainda existenl e continuarao existindoo E as pessoas deslocar―se-lo en―
tre todos esses lugares colrl rnobilidade crescenteexatamente devido a flexibilihellip
dade rec6m― conquistada pelos sistemas de trabalho e integra92o social elrl redes
como o tempo fica inais flexfvelos lugares tomam― se nlals singulares)inedida
quc as pessoas circulanl entre eles em um padrao cada vez mais m6vel
Contudoa intera91o entre a nova tecnologia da infolllla910 0 0S processos
atuais de transfo 11lagao social realmente tem um grande impacto nas cidades e
no espa9oo De um ladoo Jayθldquoprimeda fo 11la urbana passa por grande transfo 11la―
950 Mas essa lFanSf0111la91o naO seguc um padrao`nicouniversalapresenta
varia92o conSiderivel que depende das caracte」〔sticas dos contextos hist6五cos
tennto五 ais e institucionaisDe outroa enfase na interatividade entre os lugares
rompe os padr5es espaciais de comportamento em uma rede fluida de intercam―
bios que fo 11la a base para o surgilnento de um novO tipo de espa9oo espa9o de
fluxoso Elrn ambos os casosdevo fazer uma anllisc lnais五 gorosa c elev`― la a um
nlvel mais te6rico
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
488 O espa9o de fluxos
A transfo 11lagao da fO11la urbanaa cidade info11lacional
A era da infolllla9五 〇esti introduzindo uma nova fo11la urbanaa cidade
info11lacionalo Contudocomo a cidade industrial nao foi uma r6plica rnundial de
Manchester9 a cidade info11lacional emergente nao ser`uma c6pia do Vale do
Silfciomuito menos de lLos Angeleso Por outro ladocomo na era industrial
apesar da diversidade extraordin歯 Ha dos contextos ffsicos e culturaish`algumas
caracte」〔sticas comuns fundamentais no desenvolvilnento transcultural da cidade
info11lacionalo Defenderei qucpor causa da natureza da nova sociedade baseada
enl conhecimentoorganizada elFl tOttno de redes e parcialmente fo 11lada de flu―
xosa cidade infollllacional nao 6 uma fO 11lamas um processoum processo
caracteЁ zado pelo predottnio estrutural do espa9o de fluxosAntes de desenvol―
ver essa id6iapenso que prilneiro 6 necessmo apresentar a diversidade das for―
mas urbanas emergentes no novo penodo hist6ricopara contrapor uma visao
tecno16gica p」irnitiva que ve o mundo atrav6s das lentes simplificadas de auto―
estradas inte 11liniveis e de redes de fibras 6ticas
A ttJPrime jPrime4α raれたjldquo sldquobldquo乃αんα Jθs Eslαグθsこ乃んjJθs
A imagen de uIIlcresclnento homogeneo e intemin術 el dos subttbios eを ヒeas
metropolitanas como a cidade do futuro 6 aceita atpor scu relutante modeloLos
Angelesctta COmple対 dade contradildquo五a6revelada pela maravihosa obra de MikeDavisαクげOIZ戒ω Mas esta sugere uma tedencia pOderosa nas ondas conrllllas de desenvolvimento suburbano da me晦 ole nOrte― alnericana para o oeste c o
sulbenl como para o norte e o lesteaま
o flm do IIllleni
Joel Ganeau captou as
semehan9as dessemodelo espacidnos EUA em seurelttojom」 fsuco do desellvol―
vimento daEttι αクCOmO o面 cleo do novo processo de urbaluzお Sua deini―
9お emptiCa de Edge City(Cidadc as Margens)cOmbina cinco criて 五os
Edge City 6 qualquerlugar quea)tenha 465 mil rrletros quadrados ou lllais
de espa9o conl escttit6五os de aluguel― ― o local de lrabaho da era da infor―
magaO b)tenha 56 mil metros quadrados ou mais de espa9o para Ser aluga―
do por l as vareJistashellip c)tenha mais empregos que domit6五 osd)stta
percebido pela populagao comO um lug江e)nao se parecesse com uma
ldquocidadepelo menos tnnta anos atris61
C)autor relata a prolifera910 desses lugares ao redor de BostonNova York
DetroitAtlantaPhoenixTexassul da Calif6miaそ 護ca da Bafa de Sao Francisco
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
e WashingtonI)Co Sao`reas de trabalho e centros de servi9os ao redor dos quais
qui10metros e qui10metros de unidades residenciais cada vez mais densas e de
uma s6 fanuqia organizam a vida particular``centrada na casaC)autor destaca
quc essas constela95es das 6壼 eas lnetropolitanas
sao ligadasnao portrens e llletOsmas porauto― estradascorredores de acesso
a avi5es e antenas parab61icas de 9 metros de diametro nos terra9os dOS pr6-
dioso Seu rnonumentO Caracteゴ stiCo nao 6 unlheま5ilnontado a cava10mas OS
amos a c6u aberto quc abrigaln ttores sempre folhadas em sedes corpOrativas
centros de condicionamento Fsico e sみθppJれ g ειれprimeθttSo Estas novasをヒeas uruml
banas nao saO IIlarcadas pelas coberturas doS antigos五cos nem pelas casas
de cOmodos dos antigos pobres urbanosErn vez diSSOo que caracte五za sua
estrutura 6 a famosa residencia independente para uma`nica famqiaa casa
suburbana cercada de gramado que fez dOS Estados Unidos a civiliza9ao
possuidora das lnelhores casas quc o mundojtt conheceu62
Naturalmenteonde Gttcau ve o incans`vel espfl直 to fronteilm9o da cultura
norte― ame五canaque sempre c五 a novas f0111las de vida c espa9oJames Howard
Kunstler ve o domfnio lastil lvel da``geografia do lugar nenhun 63 aSSiln
reacendendo un debate existente hi dにcadas entre os defensores e os contestadores
da profunda separa9ao espacial dos I〕UA elllrelagaO a seu ancestral europeuo No
entantopara o prop6sito de lrlinha anllisedeter― me―ei apenas em doiS pontos
principais desse debate
P五rneiroo desenvolvimento dessas constela95es livremente interelaciohellip
nadas nas`ldquoeas inetropolitanas enfatiza a interdependencia funcional de unidauml
des e processos diferentes enl um dete」[unado sistema urbano porlongas dist`波 1-
ciasnlinillllzand0 0 papel da contiguidade tettnto五 al e rnaximizando as redes de
comunicagao em todas as suas dilnens5eso Fluxos de intercttbiO S五o os COmpO_
nentes essenciais da Edge City nortehellip ame五cana64
Segundoessa fo 11la espacia1 6 sem d`Vida muito especfica dos Estados
Unidospoiscomo Garreau adnliteest`embutida en unl padrao cllssico da his―
t6ria dos Estados Unidosestilnuladora da busca continua de uma teFa prOmetida
cnl novos assentamentosI〕 rnbora o extraordin油 do dinallnsmo quc isso represen―
tasenl d`vidatenha construFdo uma das na95eS Inais importantes da hist6五ao
pre9o apagarfoi a gera91o de problemas sociais e ambientals assustadores ao longo
do tempoo Cada onda de cscapismo lsico e social(pOr exemploo abandono dos
centros das cidadesdeixando as classes soCiais inferiores e as IIunorias 6tnicas
presasencuraladas em suas mmas)叩rOfundou a c五 se das cidades norte― ameri―
canas65 e dificultou ainda mais a administragao de uma infra― estrutura superam―
489
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
490 O espa9o de fluxos
pliada c uma sociedade superestressadaA menos quc o desenvolvilnento deldquo cc―
las particulares de aluguela oeste do Texas stta conSiderado um processo bem―
vindo para complementar o nao_investimento social e 3〔 sico nas`ヒeas centrais das
cidades norte― ame五canasaノ初カセιれαッακprimeda cultura e do espa9o norte― alrle五 ca―
nos parece ter alcan9ad0 0Slin五 tes darecusade enfrentarrealidades desagrad`veis
Dessa fo 11laO perfil da C〕 idade lnfo 11lacional norte― americana na0 6 tOtalinente
representado pelo fenOmeno da``Edge CityInas pela relagao entre O desenvol―
vilnento r`pido dasを 計cas lnetropolitanasdecadencia dos centros das cidades e
obsolescencia do ambiente constmfdo nos sub6rbios66
As cidades europ6ias entraram na era da info 111五〇de acordo com uma
linha diferente de reestrutura9ao espacial ligada)sua heran9a hiSt6五 caemboracncontrassenl quest6es novasnelFI Sempre diversas daquelas surgidas no contex―
to norte― ame五 cano
6)θ ttα rttι ιναんιintθθんPrimeθ das θJdαグιs ιヽι
Jαint
Vttdas tendencias constituenl a nova dinanlica urbana das p五 ncipais`壼 cas
metropolitanas europ6ias na d6cada de 1990 67
C)centro empresana1 6como nos Estados Unidoso motor econOnlico da
cidade em rede colFl a CCOnonlia globalO centro empresttnal consiste numa infra―
estrutura de telecomunica95escomunica95esseⅣ i9os avan9ados e espa9os para
escrit6五 os baseados enl centros geradores de tecnologia c institui95es educacio―
naisProspera em processamento de infolllla9aO e fun95es de controleo Geral―
mente 6 completado por instala95es de tu五smo e viagenso E um n6 da rede
inte 1lletropolitana68 Portantoo centro empresttnal nao existe por sirnesmornas
pela sua conextto com outros locais equivalentes organizados em uma rede que
fo 11la a unidade real de gerenciamentoinova9五 o e lrabalho69
A nova clite pol ica― empresarlal― tecnocratica reallnente cria espa9os ex―
clusivos taO segregados e distantes do cottuntO da cidade em geralquanto os
bail os burgueses da sociedade industrialInascomo a classe profissiona1 6 1naior
em escala muito maio Na maioda das cidades europ6ias(PanSRomaMadri
Amsterda)aO cOntr`mo dos EUA一 ―sem considerar Nova Yorka mais nao nor―
te―americana das cidades desse pafs一 ―as verdadeiras血as exclusivamente
residencials tendenl a aprop五ar a cultura c hist6五 a urbanasestabelecendo― se em
奮eas reabilitadas ou bem― preservadas da metr6poleo Colrl issoenfatizam o fato
de quequando a donuna910 6 estabelecida c imposta de fo 11la clara(diferente―
mente dos EUA dos novos五 cos)a elite nao precisa cxilar― se no sub`rbio para
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
escapar do populachoo Contudoessa tendencia 6 1imitada no caso do Reino l」ni―
doonde a nostalgia da vida da pequena nobreza do inte五 or se transfo 11la cm
finas residencias 10calizadas enl sub`rbi6s selecionados das ttas metropolita―
nasas vezes urbanizando chmoSas aldeias hist6ricas nas proximidades de uma
grande cidade
O mundo Suburbano das cidades europ6ias 6 unl espa9o social diversifica―
do segmentado em diferentes pe五 fe五 as nas viZinhan9as da metr6poleo Hl os
sub`rbios tradicionais das classes trabalhadorasfrequentemente organizados perto
de grandes cottuntOS habitacionaisdesde recentemente conl o tttulo de propric―
dade do im6velExistenl as novas cidadesfrancesasb」 itanicas ou suecashabi―
tadas por pessoas maisjovens e de classe m6diactta idade difiCultou-lhes entrar
no mercado de moradias da metr6poleo E tamb6m hl oS guetos pedf6ricos de
COttuntOs habitacionais mais antigoscomo o二 α Cθldquoldquo
ιldquoッι em Parisonde po―
pula96es folllladas por novos imigrantes e famqias trabalhadoras pobres sentem
sua exclusaO dO``direito a cidadeOs sub`rbios tamb6m representanl o centro da
produ91o industrial das cidades europ6iastanto da ind`stna lradicional quanto
das novas ind`stnas de alta tecnologiaque se localizam nas perife五 as rnais no―
vas e rnais cobi9adas elrl raztto do lneio ambiente das`績 eas rnetropolitanassufi―
cientemente pr6ximos dos centros de comunicagaopOldquonl afastados dos antigos
ball os lndustrials
As metr6poles ainda sao rnarcadas por sua hist6五 ao Assiinos bail os tradi―
cionais das classes trabalhadorascada vez mais povoados por trabalhadores do
setor de seⅣ i9oSconstituem unl espa9o distintounl espa9o qucpor ser o mals
vulnerivelse toma o campo de batalha cntre os esfor9os de redesenvolvilnento
por parte das empresas e da classe rn6dia alta c as tentativas invasoras das contra―
culturas(AmsterdaCopenhagucBerlim)quc tentam reapropriar o valor de uso
da cidadeo Consequentementetomam― se espa9os defensivos para trabalhadores
que桜)In apenas sua casa como motivo de lutasendo ao meSmo tempo bail os
populares significativos e prov`veis baluartes de xenofobia e localismo
A nova classe in6dia de profissionais da ltturopa cst`dividida entre a atra―
9五o do confo o pacffiCO dos sub`rbios desinteressantes e a mOVimenta910 de
uma vida urbana agitada cfreqtientementemuito Carao C)equillD五 〇entre os
modelos espaciais diferenciais de lrabalho das fam ias com dOiS empregos com
frequencia dete」「
unaalocalizagaOdelIIIIIIn6foco dos guetos de imigran―A metr6poleinclusive na Europa
teso Contudoao contrano dos guctos norte― ame五canosa maioria dessas`薦 cas
na0 6 taO carente enl tellllos eCOnOmicos porque os residentes imigrantes em
geral sao trabalhadores conl fortes la9os fanuliaresDesse modOContam com
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
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O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
492 O espa9o de fluxos
uma estrutura de apoio muito forte que lransfo 1la os guetos curopeus en comu―
nidades voltadas para a fam ia sem probabilidade de serem donlinados pela
c五rninalidade de mao Mais uma veza lnglatcra parece ser uma exce9ao a esse
respeitopois alguns baios de mino五 as 6tnicas em Londres(por eXemploTower
Hamlets ou Hackney)ficam mais pr6ximos da expe五 encia norte― americana quc
do La Goutte dOr dc ParisParadoxalinente6 nos p五 ncipais bailTos adlrunistra―
tivos e de entretenimento das cidades europeiasseJa em FrankfurtseJa cm Bar―
celonaque se encontra a Πlarginalidade urbanao Sua penetrante ocupa9五o das
mas lnais lnovilnentadas e dos pontos nodais de transporte p`blico 6 uma estrat6-
gia de sobrev市 encia com o o可 edVO de cstar presentede fo 11la que possa recc―
ber a aten9aO p`blica ou fazer neg6cios particularesassistencia da previdencia
sociallransa9五 〇de drogasneg6cios ligados a prostitui9五 o ou aten9五o poliCial
costumeira
Os p五ncipais centros metropolitanos europeus apresentam alguma varla―
910 na CStrutura urbana delineadadependendo de seu papel diferencial na rede
europ6ia de cidadesQuant0 1nais baixa sua posi91o na nova rede infomacional
maior seri a dificuldade na transi91o do est`gio industriale rnais tradicional ser`
sua estrutura urbanaconl antigos balrros e tteas comerciais desempenhando pa―
pel deteJttunante na dinanlica da cidadePor outro ladoquanto mais alta sua
posi91o na estrutura competitiva da cconolrlia curop6iarnais significativo o pa―
pel de seus servi9os avan9ados no bailTo comercial e mais intensa ser`a
reestrutura9五o do espa9o urbano
O fator decisivo dos novos processos urbanosna Europa c enl outrosluga―
res6 o fato de o espa9o urbano ser cada vez mais diferenciado en te 11los so―
ciaiscmbora estaa funcionalmente interelacionado a16m da proximidade isi―
caAcompanha a separa9五 o entre significado simb61icolocaliza91o de fun95es
e a apropria91o soCial do espa9o na ttCa metropolitanao Esta 6 a tendencia quc
fundamenta a transfo 11la9五〇mais importante das fo 11las urbanas elFl tOd0 0
mundocon for9a especial nas tteas rec6m― industlnalizadaso desenvolvilnento
de megacldades
Urbαん姥αfαθ Jθ primeικιjァθ JηjJpartんjθprime
ldquo
ιgαεjグαごιs
A nova ccononlia global e a sociedade infollllacional emergente de fato
tenl uma nova fo 11la espacial que se desenvolve enl vttnos contextos geogrificos
e socials as megacidades 70 Megacidades sao aglomera9ёes enolllles de seres
humanostodas elas(13 na classifica9五 o da ONU)com mais de dez milh5es de
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
pessoas em 1992(ver tabela 6 l c igura 6 4)c quatrO praCtadas para ultrapassar
vinte lrulh5es em 2010MaS O tamanho nao 6 sua qualidade definidorao Slo os
n6s da ccononua global e concentram tudO iStol as fung6es superiores direcionais
produtivas e adnlinistrativas de todo O planetao COntrole da rnfdiaa verdadeira
pol ica do podere a capacidade simb61ica de criar e difundir rnensagensI〕las
tenl nomesa rnaioria deles estranhos a rnatnz cultural europ6ianorte―americana
ainda donlinanterr6quioSao PauloNova YorkCidade do M6XiCOXangai
BOmbaimLos AngelesBuenos AiresSeulPequimRio de JaneiroCalcut`
osakaA161n dessasMOSCouJacartaCairoNova DelhiLondresParisLagos
DaccaKarachiTian〕 ln e pOSSivellnente outras stto membros do clube71 Nem
todas(por eXelrlploDacca c Lagos)SaO centrOs influentes da ccononlia global
mas conectanl enolllles segmentos da populagaO humana a esse sistema global
Tamb6n funcionanl como fmas para suas hinterlandiasisto 6o paFs inteiro ou a
奮ea regional onde estao 10calizadaso As megacidades nao pOdenl ser vistas ape―
nas em te 11los de tamanhornas como uma fun9ao de seu poder gravitacional em
dire91o)sp五 ncipais regi5es do mundODessa follllaHOng Kong na0 6 apenas
seus seis rnilh5es de habitantesc GuangzhOu na0 6 s6 seus 6511111h5cs de habi―
tanteso quc esti surgindo 6 uma inegacidade com quarenta a cinqiienta milh5es
de pessoasunindo Hong KongShenzhenGuangzhouZhuhaiMacau e pequc―
nas cidades em Pcarl River Deltacomo ainda elucidareio As inegacidades articu―
lanl a ccononua globalligaln as redes info 11lacionais e concentranl o poder rnun―
dialo Mas tamb6sao deposit慶 das de todos esses segmentos da popula9ao quc
lutanl para sobreviverbenl como daqueles gmpos quc qucrem mostrar sua situa―
91o de abandonopara que n五 o mOFam ignOrados em tteas negligenciadas pelas
redes de comunlca92o
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
811110g
ln00S
SOIIV SOuong
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
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1
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Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
494 O espa90 de uXOS
7111noPЭ
叩 OI12f Op ol江
811110g
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R Rコ 2い(S09Ч IFШ ШЭ)SttI121Tq7Ч Op oN
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
As lnegacidades concentram o melhOr e o pior― 一 dos inovadores e das
diferentes fo 11las de poder a pessoas sem importancia para a estrllturaprontas a
vender sua irelevancia ou fazer quc``os outrOSpaguem por elao No entantoo
quc 6 1nais significativo colrl rela9五 o)s lnegacidades 6 quc elas estaO cOnectadas
extemamente a redes globais c a segmentos de seus pafsesembora intemamente
desconectadas das popula95es locais responsaveis por fung6es desnecessanas ou
pela mptura socialEIn lrllnha opiniaOisso acontece com Nova Yorkben como
conl a Cidade do M6xico c em JacartaE ιstt εαPrimeαθprimeιr脅primejθαグjsprimejれたιグι ιS化じprimeじldquo
「
Sjεα ι SθθjαJldquo`κ
primeι εθκιθttααs cοPrimet θ gJοbο ιグιintθοれιθttααintグθ JοθαJ 2ldquo`prime
οrrtα
αsldquoιgαθjあル sldquoldquoα κOソα力 rldquoα
ldquo乃ακαUma fo 11la caracte五 zada pelas cone―
x5es funcionais por ela estabelecidas enl vastas extens5es de tennt6riosInas com
muita descontinuidade em padr6es de uso da terraAs hierarquias sociais e fun―
cionais das rnegacidades sao indistintas e rnisturadas em temos de espa9oorga―
nizadas elrl acampamentos reduzidos e improvisadas de fo 1lla iregular por focos
inesperados de usos indes可`veiSo As megacidades sao cOnstela95es descontmuasde fragmentos espaciaispe9as funcionais e segmentos sociaiS72
Para ilustrar a anllise citarei uma megacidade enl fo 11lagtto ainda ausente
do mapaInas qucna lrlinha opiniaOsenl futurologiaser`um dos principais
centros industnaisde neg6cios e culturais do s6culo XXI o sistema regional
metropolitano fo 11lado por Hong KongShenzhenCantaoPcarl River l〕 elta
Macau c itthuhai73 vamOS olhar o futuro megaurbano a partir dessa perspectiva
(Ver figura 6 5) Em 1995csse sistema cspacialainda senl nomeestendia― se por
50 mil kln2 conl uma popula91o total entre quarenta c cinqiienta nulh6es dc habi―
tantesdependendo da dete」「
unagtto das fronteiraso Suas unidadesespalhadas
CIFl unl Centtno predominantemente luraltinhanl conexao funcional dittda c co―
municavam― se por ineio de unl sistema de transporte multinodal composto de
estradas de feroauto― estradasestradas secundmasvefculos anfleiosbarcos c
avi5esHavia novas superestradas enl constru9五 o e o SiStema feHovi由 直o estava
sendo totalinente eletnficado e rnunido de duas linhaso Havia um sistema de tele―
comunica95es por fibra 6tica em andamento para a conexlo intema de toda a
奮eabenl como conl o mundop五 ncipallrlente via csta95es terestres e telefonia
celul〔rt Estavaln sendo construFdos cinco acroportos novos em Hong KongMacau
ShenzhenZhuhai c Guangzhou com capacidade de trifego praCtada para 150
Hlilh5es por anoTamb6nl estavam sendo construrdosOvos pOrtOs para a rnovl―
menta91o de cttgas ao norte de Lantau(Hong Kong)em Yiantian(Shenzhen)
Gaolan(Zhuhai)Huangpo(Guangzhou)c Macautransfollllando― se na lllaior
capacidade portuana de uma dete 1llinada regitto en todo o mundoo No centro
desse impressionante desenvolviinento metropolitanoencontram― se tres feno_
menos interligados
495
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
496 O esptto de fluxos
Oingyuan
GuanOnin9 01
oo Slhul
Taichen9
Zhongshan
Baoan
Zhuhal shenzhen
cOnghuo
Nan3ha
)hellip __
acute
Cidadc p五 ncipal
Cidadc lntcmedi血da
(I) centro urbano dc pcqueno portc
――ローーーーーー Concxao rodovlal acln h55
‐‐‐ ‐‐‐‐ Rodovias a serenl completadas
Figura 65 Representagao em diagrama dos p五 ncipais n6s e elos na rcgiao urbana dc Pearl River
Delta
FοれたI Elaborada por Woo(1994)
Oo
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
A transfo 11la9o eCOnOnlica da China e sua vincula91o)economia global
sendo Hong Kong unl dos pontos nodais dessa conexloo Assiincn 1981-
91o PI]B da provfncia de Guandong cresceu 1289ら ao ano em te 11los reais
Investidores de Hong Kong aplicaram USS 40 bilh6es na China em 1993o
que representou dois ter9os do total de investilnentos estrangeiros diretos
Ao mesmo tempoa China tamb6 l foi o maior investidor estrangeiro em
Hong Kongcom cerca de US$25 bilh6es por ano(em COmpara910 aos
USS 127 bilh6es do Japao) (D gerenciamento desses fluxos de capital de―
pendia das transa95es cOmerciais operadas nas(c entre as)Vttrias unidades
deste sistema metropolitanoo PortantoGuangzhou foi o verdadeiro ponto
de conexlo entre os neg6cios de Hong Kong e os govemos c empresas nao
s6da provfncia de GuandongInas tamb6m do inte五 or da China
A reestrutura91o da base econOmica de Hong Kong nos anos 90 1evou a um
encolhilrlento dristico de sua base industnal tradicionala ser substitufda
por empregos enl servi9os avan9adoso Assinlon`mero de trabalhadores
enl ind`stnas dessa cidade diminuiu de 837 11111 enl 1988 para 484 mil em
1993enquanto o n`mero de empregados nos setores comerciais e de neg6-
cios aumentou de 947 nul para l3 rnilh6es no lnesmo peゴ odoHong Kong
desenvolveu suas fun95es de centro global de neg6cios
Contudoa capacidade de exportagaO de rnanufaturados de Hong Kong nao
desapareceusimplesmente houve uma rnodifica91o de sua organiza9五 o in―
dustrial e da localiza91o espacialI〕 In cerca de dez anosentre os lneados da
d6cada de 1980 c os meados dos anos 90os industriais de Hong Kong
promoveranl um dos lnaiores processos de industnaliza91o em larga cscala
da hist6ria humananas pequenas cidades dc Pcarl River DeltaNo final de
1994os investidores de Hong Kongusando freqtentemente rela95es fa―
miliares e locaisha宙 am estabelecido dez milブ θjPrime ソιれprimeldquoPrimeS e Vinte rrul
fib五cas de processamento enl Pcarl River Deltaquc empregavam cerca de
seis milh6es de trabalhadoresdependendo das vanas estilnativasA maior
parte dessa populagaOab五 gada em al amentOS de empresas em areas selrll―
mraisvinha das provfncias vizinhas a16nl das fronteiras de Guandongo Esse
sistema industnal gigantesco estava sendo administrado diariamente a par―
tir de uma cstutura adlrllnistrativa de rnulticamadas baseada em Hong Kong
VittandO regulattmente para Guangzhouc o escoalllento da produ91o era
supelwisionado por adnunistradoreslocais em toda a`ヒ ea rllralHong Kong
e Shenzhen enviavam materiaistecnologia c administradoresc os produ―
tos manufaturadosem geraleram exportados de Hong Kong(realmente
ultrapassando o valor das exporta95es de Hong Kong)CmbOra a constru―
9
Prime
(3)
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
9aO de nOvOs portos para movimenta950 de cargas elll Yiantian e Gaolan
visassenl a diversifica95o dOS 10Cais de exporta9ao
Esse processo acelerado de industrializa91o direcionada para a exportagao
e de conex5es comerciais entre a China c a cconolFua g10ballevou a uma explo―
saO urbana senl precedenteso A Zona EconOmica Especial de Shenzhenna fron―
teira de Hong Kongcresceu de zero a l5 11nlh6es de habitantes entre 1982 e
1995 Os govemoslocais de toda a`缶 eaabttotados de dinheiro dos investidores
chineses do exte五or9 embarcaram na construgao de grandes proJetOS de infrahellip
estmturados quais o mais impressionanteainda em fase de planttamentO na
фOCadaelaboragaOdestelivrofoi a decitto tomada pelo govemo local de Zhuhai
a respeito da constru910 de uma ponte de 60 km sobre o Mar do Sul da China para
ligar Zhuhai a Hong Kong por rodovia
A Metr6pole do sul da China― ―ainda enl fo11la950Inas uma realidade
garantida一 -6 uma novafo 1lla eSpacialN五 o6a Mega16pole tradicionalidentifi―
cada por Gottinan nos anos 60 na costa nordeste dos Estados I」 nidoso Ao contr`―
rio desse caso cl`ssicoa regiao metropolitana de Hong Kong― Guandong nao 6composta da conurbagao o〔sica de unidades urbanassuburbanas colrl relativa au―
tonolrua funcional enl cada uma delasEst`rapidamentese tomando uma uni―
dade econOlrucafuncional e sociallrlente interdependente c ainda mais conl a
incorpora9o fO11lal de Hong Kong e Macau a chinao Mas h`descontinuidade
espacial consider`vel na ttacom povoados mraisteras cultiv`veis e tteas
subdesenvolvidas separando os centros urbanos eassinlas fib五 cas industriais
ficanl espalhadas por toda a regiaoo As conex6es intemas da`静 ea c a indispensl―
vel conexao de tOdo o sistema conl a econonlia global via m`ltiplos elos de co―
munica9ao sao a verdadeira espinha dOrsal desta nova unidade espacialOs flu―
xos definem a f0111la c os processos espaciaisDentro de cada cidadecnl cada
奮eaocorrem processos de segrega9五 o e segmentagao cm um padrao semprevari`velMas essa diversidade segmentada depende de uma unidade funcional
marcada pelas infrahellipestruturas gigantescas com uso intensivo de tecnologiaquc
naO parecenl conhecer nenhum outro lilrlite a nao ser a quantidade de`gua doce
quc a regiao ainda consegue recuperar da ttea do East Rive 重prOv`vel quc a
Metr6pole do sul da Chinahtte percebida apenas vagalrlente na lrlaior parte do
mundose tome a face urbana mais representativa do s6culo XXI
As tendencias atuais apontam na dire9ao de Outra lnegacidade asi`tica em
escala ainda rnaior quandonoi≦ cio do s6culo XXIo cottdOr T6quio― Yokohama―Nagoya G`ulrla unidade funcional)eStiVer unido a Osaka―Kobe― Kyotoc五ando amaior aglomera9五 o metropolitana da hist6ria humana nao apenas elFl te 11los de
popula91oInas tamb6nl enl poder econOnlico e tecno16gico
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
desIsso porquc as lnegacidades saO
O centros de dinanlismo econOnlicotecno16gico e social em seus plfSes e
憩ぶ誌譜盤認ぶ猟驚翼鶴rttT8躍種批pounddo desempenho das megacidadesapesar de a ideologia da pequena
cidade ainda continuar difundida enl ambas as na95es centros de inova91o cultural e pol ica
deg1脳滉罵驚冨峨譜∬lぎ躙どIF為鯖殿認
semdttidaalguns fatoК s diminuira0 0五tmo de cК scimento das megaci―
鷺鍮珊 響鰍盤盤 棚 謂 留訳器 Lthere4艦 龍艦 脚 基
撚驚欄掘滅驚驚聾i
propm量留∬1欝ふ1釜肥露ir肌霜T盟篤麗L驚
inevit`vel digressao pelas pistas incertas da teo五 a de espa9o
A teo五a social de espa9o c a teo五 a do espa9o de fluxos
Espa9o 6 a expressaO da sOciedadeUma vez que nossas sociedades estao
passando por transfolllla95es estruturais6 razo`vel sugedr que atuallnente estao
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
500 O esptto de fluxos
surgindo novas fo 11las e processos espaciaisA finalidade desta anllise 6 identi―
ficar a nova 16gica que fundamenta essas fo 11las e processos
N五o6uma tarefa ficil porquc o conhecimentoaparentemente simplesde
uma rela91o Significativa entre sociedade c espa9o esconde uma complexidade
fundamentaluma vez quc o espa9o na0 6 reflexo da sociedade6 sua expressao
EIn outras palavraso espa9o nao 6 uma fOtOc6pia da sociedade6 a sociedade
As fo 1llas e processos espaciais saO cOnstitufdos pela dinanuca de toda a estrutu―
ra socialo H`inclusao de tendencias contradit6rias de五 vadas de conflitos e estra―
t6gias entre atores sociais quc representan interesses e valores opostoso Ade―
maisos processos sociais exercelll influencia no espa9oatuando no ambiente
construrdoherdado das estl lturas socioespacials ante五 oreso Na verdadeι Qραgο
びprimeθη οθprimeJsprimeαJJzαdO Para abordar tal complexidade nos te11los maiS Simples
possfveisvamos prosseguir passo a passo prime
C)que 6 espa9oE〕In ffsicaespa9o nao pOde ser definido fora da dinalrllca
da mat6riaEnl teoda socialcspa9o nao pode ser definido senl rcfepound ncia)s
prtticas sociaiso Como no passado j`me dediquei a este campo de teo五 za9五o
ainda abordo o tema adlrlltindo quc``espa9o 6 um produto lnate五 al elFl rela9ao a
outros produtos materiais一―inclusive as pessoas一 ―as quais se envolvem em
rela95es sociais lhistO五 Camente]detelllinadas que dtto ao espa9o uma fo 11la
uma fun9五 o c um sentido social74]Em fo 11lula91o conVergente e mais clara
David Halveycm seu recente livro ttι CοれPrimeprimejοんび Pθ Sprime ZκιοグθprimeηjPrimeafima quc
ldquosob uma perspectiva rnate五 alistapodemos argumentar quc concep95es tempo―
rais c espaciais ottet市 aS SaO necessariamente c五 adas por meio de pr`ticas e pro―
cessos materials que selwem para reproduzir a vida socialuml lUm axioma funda―
mental de nlinha investiga9五 o6quc o tempo c o espa9o nao pOden ser entendi―
dos independentemente da a95o social75 1Dessa follllatemos de definir9 em nf―
vel geralo quc 6 espa9o dO ponto de vista das praticas sociaisdepoisdevere―
mos identificar a especificidadc hist6五 ca das priticas socialspor exemploas da
sociedade infollllacional que 6 a base do surgilnento c consolida91o de novas
fo 11las e processos espaciais
Do ponto de vista da teoria social`ψ αfο ιοsldquoρθrteprimeπαPrime`rjα
Jグ`prime
Prime宅primejθαs
SOθ jαJSグ`prime
ιη ο`θ
η αrprimejJλαdοImediatamente acrescento quc qualquer suporte
material tenl sempre sentido simb61icoPor priticas sociais de tempo comparti―
lhadorefirohellip me ao fato de quc o espa9o reine essas praticas que sao simultaneas
no tempoE a articula9ao rnaterial dessa simultaneidade que di sentido ao espa9o
ッjs_auml ッjs a sociedadeo Tradicionallnenteessa id6ia foi assinlilada)contiguidade
Mas 6 essencial que separemos o conceito bisico de suporte rnate五 al de priticas
simultaneas da n95o de contiguidadea fim dejustificar a poss市 el e対 spropncia de
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
職聞pound電鳳 it」鮒T彙憮j肥盟辮ぷ∬棚脱翼1info 11la9ao
Afi 11leinos capttulos anterioresque nossa sociedadc est`construfda cm
tomo de fluxosfluxos de capitalfluxos da info 11la910fluxos de tecnologia
fluxos de interagao organizacionalfluxos de imagenssons e sfmbolosFluxos
nao rιpresentam apenas umelemento daorganiza91o soCialsao a cxpressao dos
r尊∬∬Primepermil軍鮮淵胤Tttξ盤器ampじl雌
響期棚∬よ習糧蔦牌狙ぽ器認FW龍枇IXlittI∬鰹葛鷹鼈l織int
[鰺爾朧お胤脱L脱
Prime窃Prime露躙=吼
fifr〔盤観prime〔f穐維解篇F貿絲《電
凛言翼ぶ訂H蒐Wli輩聰
e濫intMsmL訛織照
i篤蹴sT獣漱鰍
S肌訛iti器ぶム
procedimentos deorganiza95eseinstitui95es ctta16gicaintemadesempenhapapel
estrat6gico na fo 11lula91o das praticas socials e da consciencia social para a so―
ciedade em geral
A abstra91o do conceito de espa9o de fluxos pode ser rnais bem― entendida
conl a especifica91o de seu conte`doO espa9o de fluxoscomO afO 11la rnate五 al
de suporte dos processos e fung6es donunantes na sociedade infollllacionalpode
ser descrito(elrl Vez de definido)pela combinagao dcpelo lrlenosldquo s calrladas
湯ソ場器秘勝棚場り盤int沸競int2脱勇prime協鶴競
A1鰍鑑紹富X〔【寵驚庶冒服η冥∬l糊1器
FT鳳職∬職職Q翼翼悧龍ll鳳翼rを潔[憮認漁
盟 ぶ席覚輛選帆訛ι胤滞鷺よ蹴1上野iliⅧ
deou aldquoregiaona Organiza91o da sociedade mercantil ou da sociedade indushellip
tnalo A articula9aO espacial das fun95es dominantes ocorre em nossas sociedades
na rede de interagOespossibilitadas pelos equipamentos de tecnologia da infor―
ma92oo Nessa redenenhum lugar e対 ste por si mesmoj`quc as posi96es sao
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
502 O espa9o de fluxos
definidas pe10s intercttbios de fluxos da redeo Conseqiientementea rede de
comunica9a0 6 a cOnfigura9五 o eSpacial fundamental os lugares nao desapare_
cenlmas sua 16gica c seu significado sao absonidos na redeo A infra― estrutura
tecno16gica quc constr6i a rede define o novo espa9o comO as ferovias definiam
as``regi5es econOlllucase os``rnercados nacionaisna ccononlia industrialou
as regras institucionais de cidadania especfficas das fronteiras(e seus ex6rcitos
tecnologicalrlente avangados)definialm asldquo cidadesnas o五gens inercantis do
capitalismo e da democraciaEssa infra― estrutura tecno16gica 6 a expressao da
rede de fluxosctta arquitetura c conte6do sao dete1llinados pelas diferentes
fo 11las de poder existentes em nosso mundo
A sι gldquoκαα θαldquoαααグο
`平フασοグιノPrimeじοSび εοκsprime
jprime
ldquo1りαprimeοr s`ldquo Sれびs(εικprimePrimeS
ル jPrimeηοPrimeのヶιsルκfσιS θSprimeκPrime脅jεαSり ι εαグPrimeJル θOldquoldquoκjθαfαθO espa9o de
fluxos nao 6 desprovidO de lugarelrlbora sua estrutura 16gica o sttao Est`locali―
zado em uma rede cletrOnicamas essa rede conecta lugares especficos cOm
caracte」〔sticas sociaisculturaisffsicas e funcionais benl definidasAlguns luga―
res saO intercambiadorescentros de comunicagao desempenhando papel coorde―
nador para a perfeita intera9五 o de todos os elementos integrados na redeOutros
lugares sao Os n6s ou centros da redeisto 6a localizagtto de fun95es estrategica―
mente importantes que constroem uma s6五 e de atividades e organiza95es 10Cais
elllltorno de uma fungaO chave na redeo A localiza9o no n6 conecta a localidade
con toda a redeOs n6s c os centrOs de comunica91o seguem uma hierarquia
organizacional de acordo conl seu peso relativo na redeo Mas essa hierarquia
pode mudar dependendo da evolu9五 o das atividades processadaso Na verdade
enl alguns casosalguns lugares podelrl ser desconectados da redee seu desliga―
mento resulta em declfnio imediato eportantoem dete五 ora91o econOlrucaso―
cial e ffsicao As caracten〔 sticas dos n6s dependem do tipo de fun95es desempehellip
nhadas por uma rede deteコ[unada
Alguns exemplos de redes e respect市 os n6s ttudaraO a passar o cOnceito
C)tipo de rede de visualiza91o mais ficil para representar o espa9o de fluxos 6 a
rede constitufda pelos sistemas de processos decis6五 os da econolrlla globales―
peciallnente os do sistema financciroEnvolve a anllise da cidade global como
um processo em vez de lugarconfo 11le foi apresentado neste capftuloA anllise
da``cidade globalcomo 0 10cal de produ9五 o da cconomia globalinfo11lacional
mostrou o papel decisivo dessas cidades globais enl nossas sociedades c a depenhellip
dencia quc as sociedades e economias locais tem das fun95es direcionais 10cali―
zadas nessas cidadeso Mas a16nl das principais cidades globaisoutras econolruas
continentaisnacionais e regionais tem os pr6p五 os n6s que conectanl)rede glo―
balCada um desses n6s requer uma infra― estrutura tecno16gica adequadaum
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
C)espa9o de fluxos 503
sistema de empresas auxiliares fomOcendo os selwi9os de suporteulFl inercado
de lrabalho especializado e o sistema de selwi9os exigido pela for9a de trabalho
profisl胤
1才1 nstreio quc6 v`lido para as altas fun95eS administrativas e
mercados financeiros tamb6n1 6 aplicivel)ind`stria de alta tecnologia(tantO aOs
lttl盤出l)lltti3熾星T露脳麟i蠍乳lltts胤
alta tecnologia transfoma― se na conexlo lnundial entre os lnelos de inova910OS
locais com ind`strias ctta maO_de_obra 6 qualiicadaaslinhas de montagem e as
fibricas voltadas para o mercadocom uma s6rie de conex5es intra― empresas
entre as diferentes operag6esnas diferentes localiza95es ao longo das linhas de
I庶 鯖 i∬ユ 絲 糞 TMc躙 M鳥 int棚 」
locais de produ91o e centros de comunica910 Sao definidos ao longo da redc e
articulados em uma 16gica comum pelas tecnologias de comunica92o e pela fa―
団C篭常認Ъ睡驚
1[∬
覇ililblT誂蹴翼電ncmticas
綿撥∬鮒
電W芽悧盤靭H朧1珈
Por exemplocra improv`vel que RochesterMinnesota ou o sub`rbio parlsiense
de Vill可 uif Se tOmassem os n6s centrais de uma rede mundial de pesquisas e
tratamentos ln6dicos avangadosmantendo estreita intera91o entre sio Mas a loca―
liza91o da Clfnica Mayoem Rochestere de um dosp五ncipais centros da Admi―
nistra91o Francesa de Sa`de para o tratamento de cancer em vill荀 uif―一 em
ambos os casos por raz6es hist6五 cas fortuitas一一articulou un complexo de gera―
魚 辮 宥 背 胤 躍 1睫 慰 寧 胤 I糧 器 温 殿 鷺 常
cOs e pacientes de todo o mundotransfo 11laram― sc em um n6 da rede m6dica
mundial
Cada rede define seus locais de acordo conl suas fun95es c hierarquia de
cada local e segundo as caracte」〔sticas do produto ou selwi9o a ser processado na
redeAssinluma das redes mais poderosas de nossa sociedadea produ9五 oc
Ⅷ 跳 器 s路 permil 猟 淵 Ⅷ tttT脚 度 int鵠
das sociedadesregi5es e cidades conectadas a rede761)eSSa fo 1llana produ9五 o
e com6rcio de cocalnaos locais de produ91o de coca cm Chapare ou Alto lBeni
na Bolfviaou Alto Huallangano Pemestao cOnectados as refinanas e aos cen―
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
504 O espa9o de fluxos
tros de gerenciamento da Co16mbiaquc at6 1995 erallll subsidi丘 dos das sedes de
Medellin ou CaliE estas`ltimaspor sua vezestavam conectadas a centros
financeiros como MiamiPanam`1lhas Cayman e lLuxemburgo c a centros de
transportea exemplo das redes lnexicanas de tr`fico de drogas de Tamaulipas ou
juana cfinalmentemantinham conexao cOm Os pontos de distribuigao nas
principais`缶eas inetropolitanas dos Estados Unidos e da lEuropa ocidentalo Ne―
nhum desses locais conseguc existir por si s6 nessa redeΘ s cart6is de Medellin
e Cali e seus grandes aliados norte― ame五canos e italianos logo encerarlam as
atividades muito tempo antes de serem desmantelados pela repressao sem as
mat6五 as―p五mas produzidas na Bol御ia ou Perllsem os produtos qufmicos(pre―
cursores)fOmecidos pelos laborat6rios su os e alemaessem as redes inancei―
ras senlegais dos parafsos fiscais e senl as redes de distribui95o que se iniciam
em MiamiLos AngelesNova YorkAmsterda ou La Co」 uia
Conseqiientementecmbora a anllise das cidades globais fome9a a ilustra―
9aO mais direta da o五enta950 1ocalizada do espa9o de fluxos em n6s e centros de
comunica9aOessa 16gica nao esti enl absoluto lilllitada aos fluxos de capitalOs
p五ncipais processos donlinantes em nossa sociedade sao articulados enl redes
que ligam lugares diferentes c atnbuenl a cada um deles unl papel e unl peso em
uma hierarquia de gera91o de l quczaprocessamento de info 11la9aO e poder9
fazendO quc issocm`ltima anllisecondicione o destino de cada local
Aたκ`Jκ
εαldquoααα ZPrimeηο7
`α
κPrimeαO`ψαfθ ル ノ協οsPrime力Prime―Sθ a θrgακjzαfαο
`ψαεttJ ααs ιJjたs gιPrimeκεjαJs αο
ldquo滋αれたs(e naO das classes)que exercem as
fun95es direcionais em tomo das quais esse espa9o 6 artiCuladoA teo五 a do espa―
9o de fluxos parte da suposi9aO implfcita de quc as sociedades sao Organizadas de
maneira assim6trica elrl toコ no de interesses dominantes especfiLcos a cada estru―
tura ttCialO espa9o de uxos nao 6 a 6nica 16glca cspacial de nossas socieda―
desEcontudoa16gica cspacial donlinante porquc 6 a 16gica espacial dos inte―
ressesfun95esOminantes em nossa sociedadeo Mas essa domina91o nao 6 ape_
nas estruturalI〕 estabelecidana verdadeconcebidadecidida c implementada
por atores sociaisPortantoa elite empresanal tecnocritica e financeira que ocu―
pa as posi95es de lideran9a cm nOSSas sociedades tamb61Fl teri exigencias espa―
ciais especficas relativas ao suporte mate五 a1espacial de seus interesses e pr`ti―
caso A manifesta9ao espacial da elite inゎ 11lacional constitui outra dimensao fun_
damental do espa9o de fluxosO que 6 essa manifesta91o espacial
A folllla fundamental de domina9五 o de nossa sociedade baseia― se na capa―
cidade organizacional da elite dominante que segue de rnaos dadas colllSua Capa―
cidade de desorganizar os gmpos da sociedade queembora constituanl rnaio五 a
numaicaveem(se 6 que veem)seus interesses parcialmente representados ape―
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos 505
nas dentro da estrutura do atendilnento dos interesses donunantesA articulttao
das elites e a segmenta9aO e desorganizagtto da massa parecem ser os mecanls―
xos aist6ricossubstituindo a 16gica de qualquer lugar especfficoInais a 16gica
do poder global escapa ao controle sociopolfico das sociedades locaisnacionais
historicamente especfiEcas
Por outro ladoas pr6p五 as elites nao desttalF1 0u naO pOdellltransfo 11lar― se
em fluxoscaSO queiram preseⅣ ar sua coesao SOCialdesenvolver o cottuntO de
罵il聟鷺∬喫 盤認鴛rl雌lまl黒淵『f肥糀1sua comunidade cultura1polfticaQuantO mais democrmcas forem as insutui―
95es de uma sociedadeInais as elites tem de tOmar―se claramente distintas do
attTttll盟Xτpound雷阻富L腐laぶ]」賞
a∬ume ttas bmas
器胤猟鷲訛鵠hi驚懲篭覇『l躍麗s鷺∬鵡
1雷鳳Xttt讐Ⅷ鷲翼盤r竃』霞盟慰胤111覆』翼
朧』sI冒脚灘就millぶ∬糞λ盟葛』l繋霧∬
肥懲intl蠅庶S諦
L彙城器鮮鷲』席訛∬朧肥棚
ciosenl restaurantes exclusivos ou em casas de campo nos flns― de― semanaen―
e de lazer quejuntamente com alocaliza91o das sedes das empresas e seus seⅣl―
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
506 O espa9o de fluxos
90S auXiliarestendenl a agコ upar fun95eS dOminantes enl espa9os cuidadosamen―
te segregadoscom ficil acessO aos complexos cosmopolitas de artescultura c
entretenimentoA segrega91o ocOFe tanto pela localiza9五 o em diferentes lugares
quanto pelo controle da seguran9a de certos espa9os abertos apenas a cliteDo
auge do poder e de seus centros culturaisorganiza― se uma s6五e de hierarquias
socioespaciais simb61icasde fo11la que os nfveis administrativos inferiores poshellip
salrl refletir os sfmbolos de poder e aprop五 ar esses sfmbolosconStruindo cOmu―
nidades espacials de segunda ordemo Estaspor sua veztamb6m tenderao a is _
lar― se do resto da sociedade enl uma sucessao de processos hierttquicos de segre―
ga9aO qucjuntossao equivalentes a fragmenta9ao sOcioespacialo No limitequan―
do surgellll tens6esc as cidades decaenlas elites se refugianl entre os lnuros das
``comunidades fechadasfenOmeno importante no rnundo inteiro em fins da d6-
cada de 1990do sul da Calif6mia ao Cairo e de SaO Paulo a Bogot` 78
Uina segunda tendencia impOrtante da distin9五 o cultllral das elites na sO_
ciedade infollllaCiOna1 6 a de c五 ar um estilo de vida e de proJetar f011llas espa―
ciais para unificar o ambiente simb61ico da elite em todo o lnundoconsequente_
mente substituindo a especificidade hist6五 ca de cada localAssinlsurge a cons―
tru9五〇de um espa9o(relatiVamente)segregadO no mundo ao longo das linhas
conectoras do espa90 de fluxoshOt6is intemacionais ctta decOragaodo αιsJgん
do quarto a cor das toalhas6 semelhante em todo o planeta para criar uma sensa―
91o de familiaridade com O mundO inte五 or e induzir a abstra9aO dO mundo a0
redorsalas VIP de acroportosdestinadas a manter a distancia enl relagao a s _
ciedade nas vias do espa9o de fluxosacesso m6velpessoal e θれ―Jjκ`as redes detelecolmunica95esde lrlodo quc o vittante nunca se percae um sistellla de pro―
cedimentos de宙agemselvi9os secretariais c hospitalidade recゎ roca que man―
敏SIlll unl cfrculo fechado da elite empresarial por rneio do culto de lntos sinulares
em todos os pafseso A16m dissohtt unl estilo de vida cada vez lnais homOgeneo
na elite da info11lagaOque transcende as fronte士 as culturais de todas as socieda―
deso uso regular de ψαs(mesmO em viagens)c a pritiCa deブ οggJれga dicta
ob五gat6五 a de sallnaO grelhado e salada verde conlldquo dοκ e sαsん jηJ cOmo equiva―
lente funciOnal japonesa corldquode camutta clarada parede com o o可 et市o dec五ar a atmosfera aconchegante do espa9o intemoo onipresente J`η primeの e O aces―
so)Intemeta combina9五 o de temos e roupas esporteo estilo de vestir unissex
c assim por dianteTudo isso sao sfmb 1s de uma cultura intcHlacional ctta
identidade naO est`ligada a nenhuma sOciedade especfittcamas aos membros
dos cfrculos empresttnais da economia infollllacional enl ambito cultural global
C)apelo a conectividade cultural do espa9 de fluxos entre seus diferentes
n6s tamb6n se reflete na tendencia para a unifo 11lidade ttuitetOnica dos novos
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
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1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos 507
centros futuristas de v慶 das sociedadeso Paradoxallnentea tentativa da arquitetu―
ra p6s― modema de quebrar os modelos e padr5es de disciplina arquitetOnica re―
sultou numa rnonumentalidade p6s― modemaimposta que setomou a regra genc―
ralizada das novas sedes corporativas dc Nova York a Kaoshiungdurante os anos
盤蹴Ⅷ i嵐肥訛sl器盤艦 織留lⅧ』肌I謂Ⅳ孟躙黒器視批l盪Prime』蹴ll轟露蹴ふTqm~
A arquitetura do fim da hist6五 a
Noldquoαグαsjgο sjιれグθPrimeκ κθldquoαグα
Ricardo Bofil179
Se o espa9o de fluxos reallnente for a foma espacial predominante da so―
ciedade em redenos pr6ximos anos a arquitetura c oグ ιsjgκ provavellnente serao
redefinidos elrl sua fo 11lafun9aoprOcesso e valo Na verdadecu dilna quc em
toda a hist6ria a ttuitetura ten sido oldquoato fracassadoda sociedadea expres―
sa0 1nediada das tendencias lnais profundas da sociedadedaquelas que nao pO_
de五 an ser declaradas abertamenteInas eranl fortes o suficiente para ser rnolda―
fo 11lal de valores sociaisMas como foi revelado por pesquisa conduzida por
estudiosos e analistas e demonstrado por trabalhos de arquitetossempre houve
uma forte conexao senliconsciente entre o quc a sociedade(elrl sua diversidade)
dizial(11「
1曽l11111intillllttIIil16tese6queosurgilnentodoespa9ode
fluxos esti nlisturando as rela95es significativas entre a arquitetura c a socieda―
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
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A 11|
Va ID |
=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
deo Como a manifesta91o espacial dos interesses dominantes ocore elrl todo o
mundo e porinte 1116dio das culturaso abandono da expe五 enciahist6五 a e cultu―
ra especfJLca para a forma9五o de significado est`levando a generaliza9五 o da ar―
quitetura aist6ricaacultural
Algumas tendencias daldquo arquitetura p6s― modemaa cxemplo das repre―
sentadas pelos trabalhos dc Philip Johnson ou Charles Mooresob o pretexto de
dembar a tirania dos c6digoscomo o modemismotentanl cortar todos os la9os
com ambientes sociais especfJttcos()modernismo fez o mesIIlo enl Sua 6poca
mas como a cxpressao de uma cultura de rafzes hist6五cas quc afi 11lava a cren9a
no progressotecnologia e racionalidadeAo contr山 doa arquitetura p6shellip moder―
na declara o fim de todos os sistemas de significadoso C五 a uma lrllstura de ele―
mentos que procura a hmonia fo11lal por provoca9五 o estilfstica trans― hist6rica
A ironia toma―se o modo prefe五 do de expressaoo No entantoo quc a rnaior parte
do p6s―modemismo reallnente faz 6 expressarem te 11los quaSe diretosa nova
ideologia dolrunanteo fim da hist6五 a c a suplanta9ao de lugares no espa9o de
fluxos82 Porqucapenas se estivermos no fim da hist6riapoderemos nlisturar
tudo o que conhecelllos anteS(ver figura 66) ColmO naO pertencelmos IIlaiS a
nenhum lugara nenhuma culturaa versao extrema do p6s―modemismo imp5esua 16gica codificada de rtlptura de c6digos em qualquer lugar onde se construa
alguma coisao Senl d`vidaa liberta91o dos c6digos culturais esconde a fuga das
sociedades histo五camente ellraizadaso Nessa perspectivao p6s― modernismo po―
deria ser considerado a arquitetura do espa9o de fluxos83
QuantO mais as sociedades tentam recuperar sua identidade a16m da 16gica
global do poder naO cOntrolado dos fluxosmais precisanl de uma arquitetura quc
exponha sua realidade sem inutar a beleza de ulrl repert6rio espacial trans― hist6-
五coo Masao lnesmo tempoa arquitetura excessivamente significativa quc tenta
passar uma FnenSagem muito definida ou expressar os c6digos de uma dete 11lina―
da cultura de maneira direta 6 uma folllla p」 irnitiva demais para poder penetrar
nosso saturado imaginttdo visualO significado de suas lnensagens ser`perdido
na cultura do sldquoグ4g que caracteriza nosso comportalllento silllb61icoo E por isso
qucparadoxallnentea arquitetura que parece mais repleta de significado nas
sociedades lnoldadas pela 16gica do espa9o de fluxos 6 o quc eu chamo deldquo a ar―
quitetura da nudezOusaaaarquiteturacttaS fO11las saoぬo neutras饉o puras
taO di`fanasque nao pretendem dizer nadaI〕 ao nada dizerelas comparanl a
expe五encia conl a solitude do espa9o de fluxoso Sua rnensagen1 6 o silenci
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
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Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
Figura 66 Centro de Kaoshiung(fOtOgrafiaProfessor Hsia ChuJoc)
Para melhor comunica91ousarei dois exemplos retirados da arquitetura
espanholarncio arquitetOnico amplamente reconhecido na vanguarda doグ `sjgれ
da atualidadeo AInbos dizenl respeitonao por acasoaoグ ιsjgれ de importantes
n6s de comunica91oonde o espa90 de fluxos se materializa de fo 11la efemera
As festividades espanholas de 1992 rnotivaran a constru910 de grandes ediffcios
funcionais prttetadOs por alguns dos melhores arquitetosAssimo novo aero―
porto de BarcelonaprttetadO pOr Bofill6 a siinples combina91o de um bonito
piso de rnttmorefachada de vidro escuro e vidro transparente separando pain6is
de um imenso espa9o aberto(ver figura 67) Nenhum disfarce do medo e da
ansiedade quc as pessoas experilnentam em um acroportoSem carpetessem
salas aconchegantessem ilunlina91o indiretao I〕 In lneio a beleza fria desse aero―
portoos passageiros tem de encarar sua tennvel verdade estao sOzinhos em
pleno espa9o de fluxospodenl perder sua conex五 oestao suspensos no vazio da
transi91oEstaoliterallnentenas lnaOs da lberia Lineas A6reasII naO h`esca―
pat6ria
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
Figura 6 7 SaguaO dO aerOporto de]Barcelona
FOldquoprime`prime
Desenho onginal de Ricardo BOf111reproduzidO conl a gentil penrussttO de Ricardo
Bofill
Vttalr10s Outro exemploa nova esta91o Madrid AVE(trelrl de alta ve10ci_
dade)prqetadapOrRahel Moneoo Ё simplesmente uma estagao andga e mara宙 ―lhosarefomada conl o lnaior cuidado e transformada enl unl parque interno com
pallneiras e muitos p`ssaros que cantanl e voam no espa9o fechado da csta910
Em uma estrutura pr6対maattacente a esse espa9o lindo e mOnumentalica a
verdadeira esta91o cOm o trem de alta velocidadeo POrtantoas pessoas vao)
pseudo―esta9ao para visitl― lapassear pelos seus diferentes nfveis e calrunhos
como se fossenl a um parquc Ou museuo A mensagen lnals do que obvla 6 qucestamos em um parqucnaO em uma esta9aoque na velha esta9五〇nasceram奮vores e p`ssarosoperando uma rnetamorfoseo Dessa fo 11laO trenl de alta velo―
cidade 6 que fica cstranho nesse espa9oo Ena verdade6 esta a pergunta quc
todos fazem o quc ulr1 lrem de alta velocidade esti fazendo alis6para ir de
Madri a Sevilhasem nenhuma conexaO conl a rede de alta velocidade europ6ia
por un custo de l」 SS 4 bilh6esO espelho quebrado de um segmentO dO espa9o
de fluxOs fica cxpostoc o valor de uso da esta9五 〇6 recuperado em umグιsJgれsimples c elegante que naO diz muitOInas lnostra tudo
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
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懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espinfin o deuxos
Figura 68 Sala de espera da Do Eo Shawamp多 Companysenl plantasnem softts lnodulares
nem quadros colllin9tiVOS empresanals nas paredes
FοれprimeθMuscham(1992)
Alguns arquitetos famosos como Rem Koolhaso practista do centro de
Conven95es Little Grand Palais explica a necessidade de adapta91o da arquitetu―
ra ao processo de deslocamento e aimpOrtattcia dos n6s de comunicagao na expe_
riencia das pessoassem d`vidaKoolhas ve seu praCto como uma expressao do
ldquoespa9o de fluxosOuenl outro exemplo de uma crescente autoconscientiza91o
dos arquitetos sobre a transfolllla910 estrutural do espa9ooグ`sjgん
que ganhou o
premio do lnstituto Norte― Ame五cano de ArquitetospraCtado pOr Steven Holl
para os esc五 t6五os da DoEo ShaWampCOmpanyna West 45th Street de Nova York
(Figura 6 8)
oferece[naS palavras de Herbert Muschamp]uma interpreta9五 o po6tica douml
espa9o de fluxosuml 0ごιSigれ de Hollleva os esC罰 it6五os da Shaw a um lugar
m nOvO quanto atecnologla dainfo 11霧aoquepagousuaconsm9aoo QuandO
entramos pela porta da DEo Shaw sabemos que nao estamOs na Manhattan
dos anos 60 nenl na Nova lnglaterra Colonialo Nesse sentidodeixamos at6
grande parte da Nova York de hae bem paratMsEm p6 dentro do 41五 o de
Holl sentimos nossa cabe9a naS nuvens e nossos p6s no ar84
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
E verdade que pOdemos estar atnbuindo a]BofillMoneo e at6 a Holl dis―
cursos que nao sao deles85 MaS O Simples fato de que sua arquitetura pe 1llitilna
quc euou Herbert Muschamprelacionissemos fo11laS COllll sfmboloscom fun―
95esconl situa95es sociais significa que sua arquitetura contida c austera(em
estilos fo11lalmente diferentes)6 repleta de significadoo Na verdadearquitetura
cグθsjgκ ――porque suas formas ou resistem)mate五 alidade abstrata do espa9o
donlinante de fluxosou a interpretanl― ―pode五am tomar― se dispositivos essen―
ciais de inova91o cultural e autononua intelectual na sociedade info 11lacional
atrav6s de duas avenidas p五 ncipaisOu a nova arquitetura constr6i os pal`ciOs
dos novos senhoresassinl expondo sua deforlmdade escondida atr`s da abstra―
9aO do espa9o de fluxosou c五a rafzes nos lugaresportanto na cultura e nas
pessoas 86 Enl ambos os caSOSsob fo11las diferentesa arquitetura c oグ ιsjgれ
podenl estar cavando as trincheiras da resistencia para a preseⅣ a9ao dO signifi―
cado na geragao do conhecimentoOuo que 6 arnesma coisapara a conciliagao
da cultura e da tecnologia
Espa9o de fluxos e espa9o de lugares
C)espa9o deuxos nao pelleia toda a esfera da experiencia humana na
sociedade enl redeo Sem d`vidaa grande lllalo五 a das pessoas nas sociedades
tradicionaisbenl como nas desenvolvidas vive em lugares cportantopercebe
seu espa9o com base no lugarじldquo
Jldquogαr`ldquoldquo
JθεαJ εηαヵPrimeつαメιれgαθ θ sなldquoprime
_
εαグο sαο jκα`pι
れグ`κ
Primesグ`κ
tro ααs資sκprimeιjrαintαα θοκprimeιg夕idαグ`Fsjε
αo POr exelrl―
ploo bailo de lBelleville em Paris 6 um lug額
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
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uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
Figura 6 9 Belleville1999um local urbano lnulticultural(fotografial lrene Castells e
Jose Bailo)
Belleville foicomo para tantos ilrligrantes enl toda a sua hiSt6riaIneu
ponto de entrada em Panscnl 1962Exilado pol ico conl vinte anos de idade c
sem muito a perder exceto lneus ideais revolucion血 dosrecebi abrigo de um tra―
balhador espanhol do setor de constru91olfder sindicalista anarquistaquc me
apresentou a tradi91 do luga Nove anos rnais tardedessa vez como soci61ogo
cu ainda andava por Bellevilleatuando enl comites de lrabalhadores imigrantes
e estudando os movilnentos sOCiaiS contra a renova910 urbanaas lutas do quc
chamei de Lα (3jprimeιグldquo」PιPrimeprimeJιrelatadas elFI InCu prilneiro livro
87 MaiS de trinta
anos ap6s nosso prilneiro encontro]Bclleville e eu mudamosMas Belleville
continua sendo um lugarenquanto receio quc eu rnais pare9o um fluxoOs novos
imigrantes(asimcosiugoslavos)un士 am_scaumaantigalevadejudeustunisianos
mu9ullnanos do Maghreb e pessoas do sul da Europa― ――os SuCeSsores dos exila―
dos intra― urbanos empuHados para Belleville no s6Culo XⅨ pe10 prtteto dO pre_
feito Haussmannpara a constru91o de uma Paris burguesao C)pr6prio bailo de
Belleville foi atingido por v`五as ondas de renova910 urbanaintensificadas na
d6cada de 197088 sua paisagelrl frsica tradicional de sub`rbio pobrernas hamo―
nioso c hist6ricofoi nlisturada com p6s-lnodenlisino plisticoII10denlisino bara―
to ejardins saneados em meio a casas ainda de certa foma cm mfnasE assim
mesmo]Bellevillc em 1999 6 um lugar claramente identifiC`veltanto na aparen―
cia quanto no conte`do(Ver Figura 69)
O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
tre sicoexistem paciflcamente em Bellevillecmbora atentas a seu espa9o c
certamentenao sem tensё eso Novas famllias de classe m6diacm geral dejovens
cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
poderosa para sua sobrevivenciaao mesmo tempo em que controlam osimpac―
tos da renova9ao urbanao Culturas c hist6rias em uma urbanidade realinente rnul―
tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
mem6五 a coletivaa rnancira de Christine Boye89 0 mOdelo paisagistico engole
e digere rnodiflca95es lsicas substanciaisintegrandohellip as elrl suas utiliza95es dihellip
versas e na vida ativa das rtlaso Mas]3elleville nao 6cm abs lutoa versao ideahellip
lizada da comunidade perdida que provavellnente nunca cxistiucomo Oscar Lewis
demonstrou elll nova visita a Tepoztlan
O espa9o de fluxos
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2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
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Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
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Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
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Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
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(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
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521
80
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O espa9o de fluxos
Figura 610 Las RamblasBarcelona1999vida urbana em local onde 6 possivel viver
(fOtOgraia Jordi Botta C Zaida Mu対 )
Comunidades etnicasque frequentemente degeneranl em hostilidades enhellip
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cscolheram o bail o enl razao de sua vitalidade urbana e contl buem de fol肛 na
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tipla interagem no espa9odotando― o de signiflcado e ligandohellip oa``cidade de
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O espa9o de fluxos
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1
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Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
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toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
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516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
百百三ざ「
IIIFi翻ヨequivロ | こ出equiv DE|
| 直q
||
A 11|
Va ID |
=
1
|
懸藤=二
Ⅲ嘔 ‐ ‐ 1
⑦Mi‐h
2000 4000 5280P6s
1000 1609 NIlctros
Figura`1l BarcelonaPaseo de Gracia
FθれたJacobs(1993)
Lugares nao s10 necessariamente comunidadescmbOra poSSanl cOntribuir
躙器帥臨蹴蕃鷲i 髄構de valordo que saaulllaboavida(ver Fi
senl se amarem e certamente senl Serem amadOS pela polfCiaconstrufram em
toda a hist6ria un espa9o interativo significativoconl uma diversidade de usos e
ampla gama de fun95es e cXpress6eso Eles lnantenl uma intera91o atiVa collll SCu
ambiente gsico di`廿 ioo Entre a casa c o rnundohl um lugar chamado Belleville
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
eles sao lugaresAssimAllan Jacobscm seu 6dmo livro sobre``boas mas(GPrime αprimeSprimePrimeθな)90 eXarnina a diferenga da qualidade urbana entre Barcelona c lrvine(o
麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
516 O espa9o de fluxos
| 口|||
⑤l ⅣIilha
5280P6s
1609 NIletros
Figura 6 12 1rvineCalif6Hliacomplexo empresarial
Fοれたf Jacobs(1993)
Nem todos os lugares apresentam interagao social e riqucza espacial 重exatamente pOrque suas qualidades frsicassimb61icas os tOrnam diferentes quc
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麗1胤掌∬T路お城int1繋1翼蹴繁W林∬ЪT樹quer urbanista bem info11lado pode五 a ilnaginar(ver figuras 6 1l e6 12) Portan_
O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
ploT6quio passou por grande processo de reestrutura91o urbana durante os anos
80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
ldquo
jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
bora essas vis6es pare9an seguir em dire95es tOtalinente diferentesambas pro―
curam a redefini91o da imagem ocidentalizada da cidade em estilos mais nacio―
naisAgoraa``niponiza91oda cidade ocidentalizada oferece unl contexto im―
portante para o discurso sobre T6quioldquo a cidade globalap6s o modemismo91
No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
essencia hist6ricarnas da redu9ao do espa9o de sua vida cotidiana en fun91o da
16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
memoragao da feira World City Fair enl 1997boa ocasiaO para construir outro
grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
des construtoras icaram gratasc o trabalho j`estava cm curso em 1995 De
repentena elei91o rnunicipal de 1995o comediante de televisao Aoshilna lan9a―
se como candidato independente sem o apoio de partidos pol icos ou cttculos
financeirosfazendo campanha conl base em programa de ulrls6 t6picocancelar
a World City Fairo Elle ganhou a elei91o por grande margenl de votos e tOmou― se
prefeito de T6quioAlgumas semanas depois Aoshiina cumpriu sua promessa de
campanha c cancelou a feirapara o espanto da clite empresarialo A 16gica local
da sociedade civil estava alcan9andO a 16gica global dos neg6cios intemacionais
e contradizendo― a
Portantoas pessoas ainda vivem em lugareso Mascomo afun91o o o pOder
enl nossas sociedades estao organizados no espa9o de fluxosa domina9五o estru―
tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
frenia cstrutural entre duas 16gicas espaciais quc amea9a romper os canais de
comunica91o da sociedadeo A tendencia predominante 6 para um horizonte de
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
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gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
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jPrimej αsυわPrimeιs ι
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e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
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68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
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71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
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uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
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Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
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O espa9o de fluxos
toIⅣine reallnente 6 um lugarembora de um tipo especialonde o espa9o da
experiencia se encolhe para dentro de casaa medida quc os fluxos assumem
por96es temporais c espaciais crescentes
As rela95es entre o espa90 de fluxos e o espa9o de lugaresentre globaliza―
9五o e localiza91o Simultaneas nttO implicanl um resultado dete」 [unadoPor exemhellip
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80 para fazerjus a seu papel deldquocidade globalprocesso totalmente documenta―
do por MachimuraO govemo da cidadesens缶 el aoj`arraigado medojapones
de perda de identidadeacrescentou)sua polftica de reestrutura91o voltada para
Os neg6cios uma polica para forma910 de imagenlexaltando as virtudes de
Edonolrle antigo de T6quio no perfodo pr6-Mettio Foi aberto ulrl lrluseu hist6五―
co(Edo― r6ク
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jθ Haたldquobzprime sαたακ)enl 1993publicou― se uma revista de rela95es
p`blicas e organizaram― se exposi95es regulareso Como escreve Machimura``Ern―
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No entantoos cidadaos de T6quio ntto reclamavanl somente da perda da
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16gica instrumental da cidade globalUm prqeto simb01izava essa 16gicaa co―
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grande complexo empresanal enl`rea recuperada do Porto de rr6quioo As gran―
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e contradizendo― a
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tural de sua 16gica altera de fo 11la fundamental o significado e a dinamica dos
lugareso A expe五 enciapOr estar relacionada a lugaresfica abstrκ da do poder9 e
o significado 6 cada vez lnais separado do conhecillrlentoo Seguc― se uma esquizo―
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518 O espa9o de fluxos
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mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
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mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
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gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
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e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
518 O espa9o de fluxos
espa9o de uxos aist6五co enl redevisando impor sua 16gica nos lugares seg―
mentados e espalhadoscada vez menos relacionados uns com os outroscada
vez menos capazes de compartilhar c6digos culturaiso A rnenos quedeliberada―
mentese construam pontes culturaispol icas ιメ告jεαS entre essas duas fomlasde espa9opOderemos estar mmando para a宙 da cm universos paraleloscttOS
tempos nao cOnsegucm encontrar― se porque sao trabalhados em diferentes di―
mens6es de um hiperespa9o social
Notas
lKaku(1994)
2 Para uma excelentc visao da intera9五o entre telecomunicaξ 6es e processos cSpaCiaisver
Graham e NIIarvin(1996)Para dadOs sobre o ilnpacto das telccomunica95es nOS bairros
comerciaisvcr Moss(198719911992147-58)Para um resumo das informa96CS SObre
teletrabalho c tclccomutagaO nas sociedadcs dcsenvolvidasver Kortc ιprimeαJ(1988)e QvOrtup
(1992)
3 EIIl grande partca base empf五 ca e os fundamentos anal icos deste capttulo contanl conl o
trabalho dc pcsquisa que fiz na d6cada de 1980resumido c aperfei9oado eln rneu livro 7カ`
叫 0閉αprimejθんαι Cjヶ「 Jれわrldquoαprimejθη限フε力4οιοgy Eεθんθldquoprimeε RιSprimeん
`ε
ルPrimejんgα 4グ 滋ιυたα 4-Rι―
gprimeθκαJ Pldquoθεθss(CaStells 1989b) Embora cste capttulo contenha inforlna95cs adicionais
atualizadas sobre vttrios parsesbcllll como lnals dcscnvolvilncnto te6五 coainda indico a
obra citada para que o leitor tenha unl estudo lnais detalhado c o apoio empfrico da andlise
aqul apresentadaAssimα 9ldquojれαοPrimeριprime
jPrimej αsυわPrimeιs ι
ldquo
ρrrたαSldquo sαグαs`ε jPrimeグαsれθ JjνPrime
αεjPrime2α PrimeηιんεJOκαdoEsta nota deve ser considerada como uma referencia gCn6rica as fontes
e ao mate五al conddo em Zttι ルヵrldquoαprimeprimeοκαι Cjク Para uma discuss五 o atualizada sobre esses
assuntosver Graham e Ⅳlarvin(19962000)Para um panoral a hist6ricoanaliico e cultu―
ral da evolu9ao das cidadcsvcr a obra― p五ma dc Sir Peter Hall(1998)Para uma perspectiva
intcmacional acerca da urbaniza92ovcr Botta C Castclls(1997)
4 Para uma excelente vislo das transforlna96es atuais das formas e processos cspaciais em
ambito g10balver Hall(19953-32)
5Daniels(1993)
6Norman(1993)
7Graham(1994)
8Enderwick(1989)
9Danicls(1993)
10Thrift(1986)Th五 ft e Leyshon(1992)
11 Sassen(1991)
12Daniels(1993)
13Botta α αι(orgs)(1991)14Para um resumo do relat6五 o da pesquisaver Castells(1991)
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O esptto de fluxos
15 Cappelin(1991)237
16Davis(1994)
17 Cooke c MOrgan(1993)Cooke(1994)
18 NItichelson e Whecler(1994)
19 ⅣIichelson e Wheeler(1994 102-3
20Daniels(1993166)
21 Sassen(19913-4)
22 Notas pessOaisrelatadas por Sassenacompanhadas de um copO de vinho argentinona
Halvard lnncln 22 de abril de 1994
靴蝋選滞乳l驚Ⅷ忠silMI淵器 乳l品 ぶ隣Castells(1991)tamb6m Zukin(1992)
24Para informa96es sObre desccntraliza9ao cspacial de servi9oSver Marshall ct al(1988)
Castells(1989bch3)Daniels(1993ch5)
25Ver Castells(1989bcap3)e Dunford e Kafkalas(1992)
26Ver Kwok e So(1992)HendersOn(1991)Kwok e So(orgS)(1995)
27 Para um resumo analtiCo dos dados Colctados por estes estudos sObre os novos lnodclos de
localiza9aO de fabricasver Castells(1989a)VCr tamb6in Scott(1988)HendCrsOn(1989)
28 Coopcr(1994)
29 Chesnais(1994)
30 Castells e Hall(1994)
31Aoyalna(1995)
32Castells(1989bcap2)
33 O conceito dc meio de inova9aOcOmo 6 aplicado para o desenvolvimento tecno16gico
蠍熟1鰍欄榊 1撒郡縦AEAndersonPcter Hall e eucm trabalhos scparadostent〔 unos fomular o conccito em
難麟逐驚儲蘇雑猟deste t6pico
34Castells e Hall(1994)
35Camagni(1991)
36Amin c Robins(1991)
37Emst(1994c)Cohen and Bolms(1995a)
38 Gordon(199446)
39Para fontes sobre os t6picos tratados nesta scgaover Graham e Mar宙n(1996)Wheeler e
Aoyama(2000)
40 Steinle(19888)
519
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa90 de fluxos
41QvOrtup(19928)
42 K]aut(1989)
43Nilles(1988)Rttn and Williams(1988)HuwS ιprimeαム(1990)44NIIOkhtarian(1991a1991b)Handy e MOkhta五 an(1995)
45Nllokhtarian(1991b)
46Vcr Lozano(1989)Gurstein(1990)
47``TelccOmmuting Data form Link Rcsources CorporatiOncitado por MOkhtarian(1991b)
48 Ⅳlokhta五 an(199212)
49``The New Face of Business3ldquo intJ4`ssセθた(1994a99 ss)
50COntei com uma avalildquo O equilibrada de impactosfeita por Vessali(1995)
51 Cervero(19891991)Bendixon(1991)
52 Lo and Yeung(1996)
53Miles(1988)Schoonmaker(1993)MenOtti(1995)
54 Bldquo sJんιssいをιた(1999d)
55 Castano(1991)Silverstone(1991)
56 Fazy(1995)
57 Ⅳ10ran(1990)Lincoln ιprimeαι(1993)Miller e swensson(1995)58Batty e Barr(1994)Graham e llarvin(1996)Wellman(1999)
59 NIIoran(1993)
60Davis(1990)
61 Gareau(19916-7)
62 Gareau(19914)
63Kunstler(1993)
64Ver o cOttuntO de trabalhos reunidos erll Caves(1994)
65Goldsmith e Blakely(1992)
66 Gottdiener(1985)Fainstein ιprimeαprime(1992)
6
協 ぷ 霊 盤鷺∬ お ぷ 鷺 ∬ 濯 窺 ぶ 識 )週lお」島Ъ量」ぜ秘 iben α グ
68Dunford e Kakalas(1992)RobsOn(1992)
69Tarr e Dupuy(1988)
η1淵paral辮盤 Lttl出窯∬l服Ⅷ譜聡淵詳「蹴肥``Megacities Prttectde Nova YorkPara uma mat6五 a jomalfsuca sobre sua versaOvcrηldquoθ(1993)quc tamb6m fomece dados bttsicos a respeitO do tema
71Ver Botta e Castells(1996)
72 Ⅳ1011enkOpf e Castells(1991)Lo and Yeung(1996)
霧Ⅷ
h龍]籠i嵩ampχ漁蹴∬ぶ露鳳rlξL慇躍[1麗l∬胤蹴1ll
uma pesquisa nos anOs 80por outrop五 ncipalinentc sobre a rnarcha dos acontccilnentos na
麗譜島批lttT認暦l祝i胤I『獣ヒ避ど鍔hldquoま洸C馳
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
80
81
82
83
O espa9o de fluxos
74 Castclls(1972152)(traduzido para o ingles pclo pr6prio Castells)
75Harvcy(1990204)
76 Arricta`prime αι(1991)Lasema(1995)
77Vcr Zukin(1992)
78 Blakely and Snyder(1997)
79Frase dc abertura da autobiografia arquitetOnica dc Ricardo BofillEspα εjοッ
yiグα(Bofill
1990)
PanoRky(1956)Lynch(1960)Tafuri(1971)Venturi et al(1977)HarVey(1990)
Vcr Burlcn(1972)
摺 淵 T猟 蒸 哩 矧 Lll岬 棚 翌 l柵 隣 器 慨 認 ∬ 癬 龍
usar seu trabalho em defesa de meu ponto dc vista
Para uma discussao inteligente e cquilibrada do significado social da arquitctura p6s‐1oder‐
navcr Kolb(1990)para uma discussaO mais ampla da interagaO entre os processos de
globalizagaoinfOrlnacionaliza92o e a arquiteturaver Saunders(1996)
84Muschamp(1992)
85Para a interprctagaofcita pelo pr6p五 o Boilldo aeroporto de Barcelona(c可 o antecedente
forrnalacrcditoesttt em seu pr etO dO March6 St Honor6 dc Paris)vcr Seu livro(BOfill
1990)COntudoern uma longa convcrsa pessoalap6s a lcitura do rascunho de rninha and―
liseelc naO discordou de rrllnha interpreta9ao do projetO COmo uma``arquitetura da nudez
embora o tcnha conccbido mais como unl tentativa inovadora de rcunir alta tccnologia c
グ`sjgん
cl五ssicoAInbos concordamos quc os novos monumentos arquitetOnicos de nossa
6poca provavcllnente scrao cOnstrufdos como``intcrcambiadores de comunica9ao(aerOuml
portosesta95cs ferrovittrias`reas de transferencias intcmodaisinfra― cstruturas de telcco―
munica95esportos e ccntros informatizados de transac6es que envolvcm mercado五 as e
pap6is financciros)
Para um debatc`til sobre o assuntover Lillyrnan ιprimeαι(1994)
Castells(1972496 ss)
Para uma hist6五 a social c espacialatualizada c ilustrada de Bellevillever o adnurttvel livro
de WIIo五 er(1994)sobrC a renovagao urbana elln Pal s na d6cada de 1970vcr Godard ιprimeαJ
(1973)
89Boyer(1994)
90 Jacobs(1994)
91NIlachimura(199516)Vcr SCu livro sobre as for9as sociais e polfticas quc embasam a
reestrutura9五o de T6quioヽ〔achillllura(1994)
521
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