A QUALIDADE DO TRANSPORTE DE PACIENTES PARA TRATAMENTO...
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TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – RELATÓRIO TÉCNICO
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A QUALIDADE DO TRANSPORTE DE PACIENTES PARA TRATAMENTO
ELETIVO FORA DO MUNICÍPIO
Luciana Gomes Lourenço – [email protected] – UFF/ICHS
Resumo
Após a Constituição de 1988 e com a criação do SUS em 1990 a saúde tomou novos rumos de
atuação principalmente em relação ao atendimento à população. Todavia, os municípios que
não dispõe de uma rede de atendimento de alta complexidade, encaminham seus munícipes
para cidades que atendem esses usuários através do Tratamento Fora do Domicilio (TFD).
Este Relatório Técnico pretende analisar as deficiências do transporte de pacientes para
tratamento eletivo fora do município, buscando a otimização do serviço. O estudo será de
natureza qualitativa e quantitativa, a partir de um conjunto de informações obtidas por meio
de pesquisa realizada através de inquérito amostral. Esses resultados, apresentados através de
gráficos, ajudaram a mostrar a atual situação em que se encontra o transporte na região
estudada, e também como está sendo realizada a gestão da saúde pública municipal.
Palavras-chave: Otimização de processos, gestão da saúde pública, Sistema Único de Saúde,
Tratamento Fora do Domicílio.
1 – Introdução
O direito à saúde é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que
têm como inspiração o valor da igualdade entre as pessoas. No Brasil este direito apenas foi
reconhecido na Constituição Federal de 1988, antes disso o Estado apenas oferecia
atendimento à saúde para trabalhadores com carteira assinada e suas famílias, as outras
pessoas tinham acesso a estes serviços como um favor e não como um direito. Durante a
Constituinte de 1988 as responsabilidades do Estado são repensadas e promover a saúde de
todos passa a ser seu dever.
Após a Constituição de 1988 e com a criação do SUS em 1990 a saúde tomou novos
rumos de atuação principalmente em relação ao atendimento à população. A partir da
implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), mudanças de ordens tecnológica,
organizacional e política, passaram a estabelecer novas formas de organização do trabalho na
saúde, determinadas pela hierarquização por nível de complexidade, descentralização e
democratização do sistema, imprimindo novas características ao modelo de gestão e atenção.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público de saúde do mundo, tendo
atuação efetiva em todo o país e abrangendo todos os tipos de tratamento e graus de
complexidade, desde um pequeno atendimento ambulatorial até um transplante de órgãos.
Dentro desse complexo sistema de atendimento à população encontra-se o Tratamento
Fora de Domicílio (TFD); instrumento legal que visa garantir, pelo SUS, o tratamento médico
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de média e alta complexidade a usuários portadores de doenças não tratáveis no município de
origem, quando esgotados todos os meios existentes na microrregião e houver possibilidade
de recuperação total e/ou parcial da saúde do paciente.
A presente pesquisa, aos Usuários SUS, foi desenvolvida com o objetivo de avaliar,
sob a ótica destes usuários, a qualidade do Transporte para Tratamento Fora do Domicílio,
mediante inquérito amostral.
2 - Método de Pesquisa
O estudo será de natureza qualitativa e quantitativa, a partir de um conjunto de
informações obtidas por meio de pesquisa realizada através de questionário elaborado a partir
das queixas feitas pelos usu
Na primeira etapa será realizada a pesquisa através de questionário semiestruturado
(apêndice I), em formulário, com perguntas abertas e fechadas, disponibilizado na recepção
do setor de exames do Hospital Nossa Senhora da Piedade.
A partir da ssegunda etapa será realizado o tratamento dos dados de natureza
qualitativa e quantitativa, que ocorrerão, respectivamente por meio de Análise de Conteúdo
Temático e através de estatística descritiva com distribuição absoluta e relativa das respostas
nas categorias investigadas.
A escolha de um trabalho qualitativo e quantitativo baseou-se nos estudos
apresentados por Egberto Ribeiro Turato (Métodos qualitativos e quantitativos na área da
saúde: definições, diferenças e seus objetos de pesquisa - 2005) e Hartmut Günther (Pesquisa
Qualitativa Versus Pesquisa Quantitativa: Esta É a Questão?- 2006).
Hartmut Günther (2006) argumenta que “ambas as abordagens têm suas vantagens,
desvantagens, pontos positivos e pontos negativos, considerando que o método escolhido
deve se adequar à pergunta de uma determinada pesquisa.” Seu trabalho aponta a
complexidade da pesquisa qualitativa em termos de coleta, transcrição e análise de dados.
Para Egberto Turato (2005), apresenta definições dos métodos qualitativos usados nas
Ciências do Homem e nas Ciências da Saúde e os compara com os métodos quantitativos
comuns das Ciências da Saúde.
Pretende-se através desta pesquisa levantar informações importantes sobre a qualidade
do transporte dos pacientes/acompanhantes para o tratamento fora do domicílio.
3 – Apresentação do Caso
Regulado pela Portaria da Secretaria da Saúde nº 55, de 24/02/99, o Programa TFD
tem por finalidade garantir aos pacientes o acesso de ter o tratamento combatível a sua doença
em centros de maiores recursos ou devido às regiões metropolitanas em que se situam não
terem os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em outras palavras,
pacientes atendidos na rede pública ou conveniados ao SUS de um município poderão gozar
de serviços assistenciais de outro município quando estiverem esgotadas todas as formas de
tratamento naquele em que o paciente reside. Da mesma forma, pacientes que residem em
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locais em que não possuem atendimento prestado pelo SUS poderão deslocar-se a regiões
cobertas por esse serviço.
As despesas abrangidas por esse benefício são aquelas relativas a transporte (aéreo,
terrestre e fluvial), diárias para alimentação e, quando necessário, pernoite para paciente e
acompanhante, sendo certo ainda que abrange também as despesas com preparação e traslado
do corpo, em caso de óbito em TFD. Assim, se o paciente e seu acompanhante retornarem ao
município de origem no mesmo dia, serão conferidas, apenas, a passagem e a ajuda de custo
para alimentação.
A Região Centro Sul Fluminense realiza o agendamento desses serviços através do
Consórcio Intermunicipal de Saúde – CIS-CS/RJ, e os encaminha, em veículos próprios, para
a realização de exames e consultas.
O presente relatório será utilizado para avaliação da qualidade do serviço de transporte
dos pacientes e acompanhantes atendidos na Região Micro I (denominação atribuída pelo
CIS-CS/RJ), que tem sua base estabelecida no município de Paraíba do Sul/RJ.
3.1 Coleta dos dados
Os dados foram coletados através de questionário semiestruturado, em formulário,
com perguntas abertas e fechadas, disponibilizado na recepção do setor de exames do
Hospital Nossa Senhora da Piedade, localizado no município de Paraíba do Sul/RJ, no
período de 27 de julho a 11 de setembro do ano de 2015.
3.2 Público-alvo
O público-alvo foi composto por cidadãos, Usuários do SUS - pacientes e ou
acompanhantes, com idade entre 18 e 100 anos, que tenham comparecido para realização de
exames no Hospital Nossa Senhora da Piedade, entre os dias 27 de julho e 11 de setembro de
2015.
3.3 Entrevistas realizadas
Participaram da pesquisa 658 usuários do SUS, de sete municípios distintos,
pertencentes a Região Centro Sul Fluminense.
3.4 Instrumento de coleta
Os usuários SUS receberam o questionário e foram convidados a participar da
pesquisa, de cunho restritamente acadêmico, na recepção do Hospital, no ato da confirmação
do exame agendado.
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3.5 Resultados da pesquisa
Gráfico 1: Municípios atendidos
Fonte: Dados extraídos de pesquisa realizada pela autora.
Foram atendidos, na base da Região Micro I, sete municípios (gráfico 1), entre eles, o
município sede da base – Paraíba do Sul.
Dos sete municípios pesquisados, apenas três – Mendes, Sapucaia e Vassouras, tem
obrigatoriedade em custear o transporte e a alimentação de pacientes e acompanhantes, pois
segundo o parágrafo 5º, da Portaria/SAS/Nº 055, de 24.02.99, é vedado o pagamento de TFD em
deslocamentos menores do que 50 Km de distância.
Gráfico 2: Exames realizados
Fonte: Dados extraídos de pesquisa realizada pela autora.
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São realizados oito tipos de exames no hospital, destes quatro foram realizados pelos
usuários SUS que participaram da pesquisa. Observou-se maior índice de realização do exame
de Mamografia (gráfico 2), atribui-se o grande número ao fato de 80% destes usuários serem
do sexo feminino (gráfico 3).
Gráfico 3: Gênero
Fonte: Dados extraídos de pesquisa realizada pela autora.
Gráfico 4: Faixa Etária
Fonte: Dados extraídos de pesquisa realizada pela autora.
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Infere-se do gráfico 4 que os maiores índices dada a faixa etária encontra-se acima dos
41 anos fato este relacionado a idade mínima para o início da realização do exame de
mamografia que é 40 anos.
Gráfico 5: Tipo de transporte utilizado pelo paciente/acompanhante
Fonte: Dados extraídos de pesquisa realizada pela autora.
Os 25% de pacientes que utilizaram transporte coletivo (gráfico 5), assim como o fato
de 81% dos que utilizaram transporte próprio (gráfico 6) não ter sido custeado pela Secretaria
Municipal de Saúde, dá-se ao fato de 26% dos entrevistados (gráfico 1) serem do município
onde os exames foram realizados.
Gráfico 6: Transporte custeado pelo Município
Fonte: Dados extraídos de pesquisa realizada pela autora.
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Quadro 1: Transporte realizado pela Secretaria de Saúde
Se utilizou transporte da Secretaria de
Saúde: Sim Não NI
O transporte foi agendado no ato da
marcação do procedimento? 78% 21% 1%
O transporte saiu na hora agendada? 77% 22% 1%
O transporte utilizado era seguro? 99% 0% 1%
O transporte estava em boas condições de
uso? 97% 2% 1%
O motorista do veículo, dirigiu
adequadamente, respeitando as normas do
transito?
99% 0% 1%
Foi solicitado aos pacientes e
acompanhantes a colocação do cinto de
segurança?
5% 93% 2%
O paciente chegou ao destino na hora
agendada para a realização do
procedimento?
74% 24% 1%
Fonte: Dados extraídos de pesquisa realizada pela autora.
Dos 658 usuários SUS que participaram da pesquisa 75% se identificaram como
paciente e 16% como acompanhante, e os demais, 9%, não se identificaram.
Dentre aqueles que utilizaram o transporte disponibilizado pela Secretaria Municipal
de Saúde de seu município, houve uma associação positiva em relação a qualidade do serviço
(quadro 1).
O espaço reservado na pesquisa para críticas, elogios e sugestões apresentou respostas
variadas. Entre as que merecem destaque está a sugestão para o agendamento de pacientes em
grupos menores para que os mesmos tenham condições de levar seus acompanhantes e
também não necessitem ficar esperando o último atendimento. Nesses casos observou-se que
o paciente que tem exame agendado para o primeiro horário (8h00’), tem que esperar o
paciente agendado para o ultimo horário (16h00’). Além do desconforto, em se tratando dos
casos em que o exame necessita de preparo específico, há também o problema com o custeio
da alimentação, que fica por conta do paciente.
Outro ponto importante trata-se da questão do horário e local de saída dos veículos dos
municípios. Os carros normalmente são agendados para os primeiros horários (entre 5h00’ e
6h00’) e o local de saída, no centro das cidades, porém alguns munícipes moram afastados,
em locais que não tem transporte público nesse horário, e até mesmo em zona rural, onde o
transporte é mais precário. Ocorreram relatos de pacientes que saíram de suas residências as
4h00’ da manhã e caminharam por cerca de 1h30’ para chegar ao local agendado para saída
do veículo. A sugestão desses munícipes é que as Secretarias de Saúde disponibilizem carros
que possam pegar esses pacientes em suas residências.
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4 – Referencial Teórico
Garantido por lei – Artigos 196 a 200 da Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988; e Lei orgânica da Saúde número 8.080, de 19 de setembro de 1990, o direito à
saúde é parte de um conjunto de direitos chamados de direitos sociais, que têm como
inspiração o valor da igualdade entre as pessoas.
No Brasil este direito apenas foi reconhecido na Constituição Federal de 1988, antes
disso o Estado apenas oferecia atendimento à saúde para trabalhadores com carteira assinada e
suas famílias, as outras pessoas tinham acesso a estes serviços como um favor e não como um
direito.
Durante a Constituinte de 1988 as responsabilidades do Estado são repensadas e
promover a saúde de todos passa a ser seu dever. Essa intenção fica clara em seu artigo 196:
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a
promoção, proteção e recuperação.
O Artigo 196, da CF/88 não deve ser lido apenas como uma promessa ou uma
declaração de intenções, este é um direito fundamental do cidadão. A saúde é um direito de
todos por que sem ela não há condições de uma vida digna, e é um dever do Estado por que é
financiada pelos impostos que são pagos pela população. Desta forma, para que o direito à
saúde seja uma realidade, é preciso que o Estado crie condições de atendimento em postos de
saúde, hospitais, programas de prevenção, medicamentos, etc., e, além disto, é preciso que
este atendimento seja universal (atingindo a todos os que precisam) e integral (garantindo
tudo o que a pessoa precise).
A criação do SUS (Sistema Único de Saúde) está diretamente relacionada à tomada de
responsabilidade por parte do Estado. De acordo com o Artigo 2°, da Lei 8.080/90: “A saúde é
um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu
pleno exercício”.
A ideia do SUS é maior do que simplesmente disponibilizar postos de saúde e
hospitais para que as pessoas possam acessar quando precisem, a proposta é que seja possível
atuar antes disso, através dos agentes de saúde que visitam frequentemente as famílias para se
antecipar os problemas e conhecer a realidade de cada família, encaminhando as pessoas para
os equipamentos públicos de saúde quando necessário. Desta forma, organizado com o
objetivo de proteger, o SUS deve promover e recuperar a saúde de todos os brasileiros,
independentemente de onde moram, se trabalham e quais os seus sintomas.
Segundo André da Silva Ordacgy (2007 apud Petrel, 2010):
A Saúde encontra-se entre os bens intangíveis mais preciosos do ser
humano, digna de receber a tutela protetiva estatal, porque se
consubstancia em característica indissociável do direito à vida. Dessa
forma, a atenção à Saúde constitui um direito de todo cidadão e um dever do
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Estado, devendo estar plenamente integrada às políticas públicas
governamentais.
Conforme Petrel (2000), para os cidadãos, deve ser indiferente como o Estado se
organiza para promover o direito à saúde. O importante é que efetivamente o assegure.
Subsiste o direito das pessoas de exigir que o Estado intervenha ativamente para garanti-lo.
Não é passível de omissão.
O Poder Público, qualquer seja a esfera institucional no plano da organização
federativa brasileira, não pode se mostrar indiferente ao problema da saúde da população, sob
pena de incidir, ainda que por censurável omissão, em grave comportamento inconstitucional
(MELLO, 2000)
A interpretação da norma constitucional não pode se dar no sentido de uma simples
promessa inconsequente. O SUS não deve atuar como uma rede sem sentido, sem
compromisso social.
O Sistema Único de Saúde (SUS) é o maior sistema público de saúde do mundo, tendo
atuação efetiva em todo o país e abrangendo todos os tipos de tratamento e graus de
complexidade, desde um pequeno atendimento ambulatorial até um transplante de órgãos
(MS, 2015).
Dentro desse complexo sistema de atendimento a população encontra-se o TFD -
Tratamento Fora de Domicílio, conceituado como um instrumento legal que visa garantir,
pelo SUS, o tratamento médico de média e alta complexidade a usuários portadores de
doenças não tratáveis no município de origem, quando esgotados todos os meios existentes na
microrregião e houver possibilidade de recuperação total e/ou parcial da saúde do paciente.
Regulado pela Portaria da Secretaria da Saúde nº 55, de 24/02/99, o Tratamento Fora
do Domicílio (TDF) tem por finalidade garantir aos pacientes o acesso de ter o tratamento
combatível a sua doença em centros de maiores recursos ou devido às regiões metropolitanas
em que se situam não terem os serviços prestados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em
outras palavras, pacientes atendidos na rede pública ou conveniados ao SUS de um município
poderão gozar de serviços assistenciais de outro município quando estiverem esgotadas todas
as formas de tratamento naquele em que o paciente reside. Da mesma forma, pacientes que
residem em locais em que não possuem atendimento prestado pelo SUS poderão deslocar-se a
regiões cobertas por esse serviço.
Este procedimento assistencial será concedido exclusivamente a usuários da rede
pública de saúde ou conveniada/contratada do SUS, e consiste no custeio do paciente e do
acompanhante (se necessário e previsto em legislação), encaminhados para as Unidades de
Saúde de outro município ou Estado, limitando-se ao período estritamente necessário e os
recursos orçamentários existentes.
O Tratamento Fora do Domicilio (TFD) inicia sua atuação quando o paciente já
passou pela unidade de atenção básica, foi encaminhado ou não para um especialista
(dependendo do diagnóstico) e foram esgotadas todas as possibilidades de tratamento efetivo
dentro de sua Regional de Saúde, necessitando assim, ser encaminhado para um serviço de
referência em outra localidade.
As despesas abrangidas por esse benefício são aquelas relativas a transporte (aéreo,
terrestre e fluvial), diárias para alimentação e, quando necessário, pernoite para paciente e
acompanhante, sendo certo ainda que abrange também as despesas com preparação e traslado
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do corpo, em caso de óbito em TFD. Assim, se o paciente e seu acompanhante retornarem ao
município de origem no mesmo dia, serão conferidas, apenas, a passagem e a ajuda de custo
para alimentação.
5 – Plano de Ação
O plano de ação aqui apresentado tem por objetivo levar aos Gestores Municipais da
Região Micro I sugestões para amenizar os problemas apontados na pesquisa feita aos
usuários SUS, com base na avaliação feita sob a perspectiva dos usuários.
Quadro 2 – Plano de Ação
What - O que Fazer Wey - Por
quê
Where -
Onde
Who -
Quem
When -
Quando How - Como
How
Much -
Quanto
Custa
Solicitar o
agendamento dos
pacientes em grupos
menores e em horários
próximos.
Diminuir o
tempo de
espera entre
um horário
e outro.
Setor de TFD. O
responsável
pelo
agendament
o dos
exames.
No ato do
agendament
o dos
exames
junto ao
CIS-CS/RJ.
Dividir os
pacientes em
dois grupos, os
que realizariam
os exames e
consultas nos
horários entre
8h00’ e 12h00’;
e os que
realizariam
entres as
13h00’ e as
17h00’.
Sem
custos
adicionais
.
Disponibilizar um
lanche básico para os
pacientes.
Para que os
mesmos
não
permaneça
m em jejum
até o
retorno de
sua
residência.
Na
clínica/hospit
al onde será
realizado o
exame.
O
responsável
pela
copa/cozinh
a.
Após a
realização
dos exames.
Será oferecido,
ato término do
exame, aos
pacientes que
estejam em
jejum, em
espaço
disponibilizado
pela
clínica/hospital.
R$ 0,01
centavos
por
habitante.
Palestra de
treinamento/qualificaç
ão para os motoristas.
Aperfeiçoar
o
tratamento
e cuidado
com os
passageiros
e também
para
garantir a
qualidade e
segurança
do serviço.
No auditório
Municipal ou
sala destinada
a
treinamentos.
O
responsável
pelo setor de
transporte e
um agente
de trânsito.
Uma vez ao
ano, ou de
acordo com
a
necessidade
de cada
município.
Será oferecida
uma palestra
com instruções
de transito e
cuidados/atençã
o com os
passageiros.
R$
1.000,00
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Fonte: Dados extraídos de pesquisa realizada pela própria autora.
Nota: Modelo de plano baseado em: HERNANDEZ, C. T. – Planejamento de Metas; aula 12; in:
Empreendedorismo Governamental
6 – Conclusão
O TFD é uma importante ferramenta para os gestores de saúde, pois possibilita o
acesso a tratamentos que antes eram inviáveis e sobrecarregavam a Atenção Básica da Rede
de Saúde Municipal.
O programa de agendamento é de suma importância para os municípios, pois
possibilita o tratamento especializado de média e alta complexidade àqueles que não possuem
recursos em sua Regional de Saúde ou em sua microrregião.
A pesquisa apresentou mais pontos favoráveis que desfavoráveis em relação ao tema
abordado. A maioria dos entrevistados está satisfeito com o serviço oferecido pelas
Secretarias Municipais de Saúde e as poucas reclamações são de fácil solução e algumas de
custo zero, como sugerido no plano de ação.
Observou-se, que mesmo sem a obrigatoriedade legal, tendo em vista que dos sete
municípios pesquisados apenas três se enquadram na referida lei, há uma preocupação dos
gestores em garantira do direito à saúde de todos os cidadãos.
O sistema atual, informatizado e centralizado, e o empenho dos gestores municipais,
tem facilitado o acesso para o encaminhamento e o tratamento efetivo dos pacientes que
necessitam de deslocamento, porém, faz-se necessário um trabalho conjunto, para a
otimização do serviço de transporte desses pacientes/acompanhantes, garantindo assim mais
qualidade e a satisfação de todos.
7 - Referências
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gov.br/ccivil_03/leis/l8080.htm>. Acesso em: 10 out. 2015.
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de fevereiro de 1999. Disponível em: <http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS
/Port99/PT-055.html>. Acesso em: 10 out. 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/
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BRASIL. Secretaria de Estado de Saúde. Resolução SES n° 171 de 28 de novembro de 2011.
Disponível em: <http://www.legislacaodesaude.rj.gov.br/component/content/article/9-
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2011.html?highlight=WzE3MSwiZGUiLDI4LCIxNzEgZGUiLCIxNzEgZGUgMjgiLCJkZS
AyOCJd&Itemid=235>. Acesso em: 10 out. 2015.
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BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm>. Acesso
em: 10 out. 2015.
GÜINTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é a
questão?. Psicologia: Teoria e Pesquisa. Mai-Ago 2006, Vol. 22 n. 2, pp. 201-210.
II Ciclo de Debates Direito e Gestão Pública – Ano 2011. III Seminário Democracia, Direito e
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NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro; MIOTO, Regina Célia Tamaso. Desafios atuais do Sistema
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medicamentos e tratamentos. Disponível em: <http://www.oabsp.org.br/subs
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Tratamento fora do domicílio – artigos 197 e 198 da Constituição Federal de 1988; Lei
Orgânica da Saúde nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, disciplinada pela Portaria Federal nº
055, de 24 de fevereiro de 1999 da Secretaria de Assistência à Saúde/Ministério da Saúde.
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Acesso em: 10 out. 2015.
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APÊNDICE I
Pesquisa de Satisfação do Transporte para Tratamento Fora do Domicílio
Informações do Paciente:
Cidade: _____________________________________________________________
Data de Nascimento: ______ / ______ / ______.
Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino
Especialidade / procedimento: (Preencha abaixo qual especialidade foi utilizada no atendimento)
Tipo de transporte utilizado:
( ) Da Secretaria de Saúde ( ) Próprio ( ) Coletivo
( ) Outro - Qual? ____________________________________________________
Se não utilizou o transporte da Secretaria de Saúde, a viagem foi custeada pelo Município:
( ) Sim ( ) Não
Se utilizou transporte da Secretaria de Saúde: Sim Não
O transporte foi agendado no ato da marcação do procedimento?
O transporte saiu na hora agendada?
O transporte utilizado era seguro?
O transporte estava em boas condições de uso?
O motorista do veículo, dirigiu adequadamente, respeitando as normas do
transito?
Foi solicitado aos pacientes e acompanhantes a colocação do cinto de
segurança?
O paciente chegou ao destino na hora agendada para a realização do
procedimento?
Quem respondeu a este questionário? ( ) Paciente ( ) Acompanhante
Faça seus comentários (críticas, elogios, sugestões)
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________.
Esta pesquisa é de cunho acadêmico e de total responsabilidade de seus autores.