A ponte mágica resenha

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FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO PAULISTA CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO JULIANA MARIA LOPES FABIO ROBERTO PIERRE FERNANDO DELAGO ADRIANO CODONHO MILTON TERRA A PONTE MÁGICA – RESENHA CRÍTICA

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FACULDADE DE INFORMÁTICA E ADMINISTRAÇÃO PAULISTA

CENTRO DE PÓS-GRADUAÇÃO

CURSO DE GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

JULIANA MARIA LOPES

FABIO ROBERTO PIERRE

FERNANDO DELAGO

ADRIANO CODONHO

MILTON TERRA

A PONTE MÁGICA – RESENHA CRÍTICA

São Paulo

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2006

JULIANA MARIA LOPES

FABIO ROBERTO PIERRE

FERNANDO DELAGO

ADRIANO CODONHO

MILTON TERRA

A PONTE MÁGICA – RESENHA CRÍTICA

Resenha Crítica apresentada como exigência parcial para obtenção do título de pós-graduação Lato Sensu no Curso de Gestão de Tecnologia da Informação.

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São Paulo

2006

RESUMO

Este trabalho procura realizar uma resenha crítica sobre obra A Ponte Mágica de Fernando Dolabela. Na finalização deste ensaio, é comentada a opinião do grupo sobre o livro enfatizando suas principais contribuições aos leitores e pontos de crítica. No desenvolvimento deste é apresentada a biografia do autor e suas obras publicadas. Nos capítulos seguintes é oferecido o resumo da obra organizado por ordem cronológica de leitura.

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ABSTRACT

Este trabalho procura realizar uma resenha crítica sobre obra A Ponte Mágica de Fernando Dolabela. Na finalização deste ensaio, é comentada a opinião do grupo sobre o livro enfatizando suas principais contribuições aos leitores e pontos de crítica. No desenvolvimento deste é apresentada a biografia do autor e suas obras publicadas. Nos capítulos seguintes é oferecido o resumo da obra organizado por ordem cronológica de leitura.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 06

1. O AUTOR 08

2. ANÁLISE DA OBRA 10

3. CRÍTICA AO LIVRO 29

CONCLUSÃO 33

REFERÊNCIAS 35

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INTRODUÇÃO

Protagonista do livro O Segredo de Luisa, a personagem-título foi criada por

Fernando Dolabela para exemplificar o empreendedor ao vivo e em cores. E Luisa

convenceu. Seja falando de marketing, seja das resistências da família e do noivo

aos seus planos, a jovem empreendedora fascinou moços e moças com sua ousadia

e determinação, assim como encantou professores pela naturalidade com que expõe

a técnica de montagem do Plano de Negócios.

Seu Sucesso foi espetacular. Em cinco anos, o livro tornou-se a principal ferramenta

de ensino de empreendedorismo no país, sendo adotado em 300 universidades e

escolas técnicas que, de norte a sul, aplicam a metodologia OFICINA DO

EMPREENDEDOR, destinada a formar professores na área.

Durante esse tempo, decidido a participar da formação de capital humano e social

no Brasil - indispensáveis para o desenvolvimento sustentável e inclusivo -, Dolabela

desenvolveu a PEDAGOGIA EMPREENDEDORA, a metodologia específica para o

ensino de empreendedorismo a adolescentes, e criou um romance infanto-juvenil

cheio de aventura e suspense a partir das bases improváveis: uma ação

empreendedora, vivida por uma heroína de apenas 11 anos.

Esse fenômeno é A PONTE MÁGICA, cuja história retoma Luisa e seu entorno na

cidade mineira de Ponte Nova e se baseia em fato real ocorrido na fase de teste da

metodologia. Aqui, impulsionada por seu bom coração e pela amizade sincera, a

garota impressiona com a capacidade de sonhar e mobilizar todos a sua volta na

luta pela realização de seu sonho - até mesmo o leitor, que, impossibilitado de

ajudar (e independente da idade que tiver), não se cansa de torcer pela vitória da

menina.

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Segundo (PALADINO, 2006) a Ponte Mágica é uma linda história, contada com a

leveza e a doçura características de um sábio mineiro que decerto teve o privilégio

de viver sua infância e adolescência construindo belos sonhos. Além do

envolvimento completo com o texto e com o grande sonho da Luisinha, fui também

arrastada até a ponte e empurrada, como no poema de Apollinaire, para um abismo

de infinita e deliciosa emoção.

De acordo com (COSTA, 2006) isso acontece porque A PONTE MÁGICA é um gol

de Dolabela na arte de integrar forma e conteúdo, algo que só os professores e os

escritores verdadeiramente vocacionados sabem fazer.

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DESENVOLVIMENTO

1. O AUTOR

Criador dos maiores programas de ensino de empreendedorismo do Brasil para

terceiro e segundo graus. Introduziu o empreendedorismo na UFMG, Universidade

Federal de Minas Gerais. A sua formação acadêmica incluem dois cursos de

bacharelado na UFMG (Direito em 1970 e Administração em 1971), pós-graduação

na Fundação Getúlio Vargas-SP (1976) e Mestrado em Administração na UFMG

(1989).

De acordo com (AQUINO, 2006) em 1993, como consultor do CNPq e professor da

UFMG, desenvolveu uma metodologia de ensino de empreendedorismo e em 1996

lançou, através do CNPq - Softex, um programa nacional de disseminação da

cultura empreendedora nos cursos de graduação em informática, baseado em

estratégias de auto-aprendizado, que marca o ensino de uma revolução no ensino

de empreendedorismo no País.

Em 1997, com o apoio do Sebrae - Minas, do IEL-MG, da Secretaria Estadual de

Ciência e Tecnologia e da Fundação João Pinheiro, criaram o Programa REUNE-

MG, que veio a se transformar em paradigma na área e inspirar o Programa da

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Confederação Nacional da Indústria - IEL Nacional e Sebrae Nacional, presente em

11 estados brasileiros, do qual é também consultor e coordenador.

Em 1998 implantou Programa de Ensino de Empreendedorismo no SENAI-MG.

Através dos Programas que Dolabela coordena, cerca de 200 instituições de ensino

médio e superior em todo o Brasil passaram a oferecer o ensino de

empreendedorismo. Mais de 1.200 professores de todas as áreas acadêmicas

participaram dos workshops "Formação de Formadores", oferecidos por Dolabela,

sobre a metodologia de ensino de empreendedorismo.

Ainda segundo (AQUINO, 2006) Fernando Dolabela é também consultor de

importantes instituições em todo o Brasil. Participou e publicou dezenas de artigos

em congressos nacionais e internacionais. Os seus dois primeiros livros, "O Segredo

de Luísa", um romance sobre empreendedorismo, e "Oficina do Empreendedor",

sobre a metodologia de ensino que desenvolveu, foram publicados em 1999, em

maio e dezembro, respectivamente. Em 2000 publicou o livro Empreendedorismo,

Ciência, Técnica e Arte, em co-autoria com Filion, L.J.; Brockhaus, R. e Formica, P.

e também os livros "A vez do sonho", contendo "casos" de empreendedorismo e

"Boa Idéia! E agora?Plano de Negócio, o caminho mais seguro para criar gerenciar

sua empresa", um livro técnico completo sobre empreendedorismo. É também autor

do software de Plano de Negócios, MakeMoney.

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2. ANÁLISE DA OBRA

Capítulo 01 – As sepulturas das figueiras

Luisa sai de casa para um encontro secreto, passa em frente a igreja e relembra das

figueiras derrubadas simplesmente, porque o vigário havia reformado a faxada da

igreja.

Capítulo 02 – O Sereia Azul

A garotinha tenta passar despercebida pelo bar de sua Tia Fernanda o “Sereia Azul”,

onde todas as tardes comparecia para ajudar e escutar as conversas alheias.

Recebia elogios dos freqüentadores do estabelecimento e em alguns casos ( como

de sua avó ), eram feitos até planejamentos futuros para sua vida. Luisa gostava de

ficar no “Sereia Azul”, pois lá aprendia a lidar com todo tipo de pessoa, sendo ela

boa ou má.

Capítulo 03 – Maria Sete-Saias

Após passar pelo “Sereia Azul”, Luisa é surpreendida por uma louca de rua

conhecida como Maria Sete-Saias. Luisa compreendia o estado da mulher e ao

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contrário das outras crianças que fazia pouco caso desta, dava atenção as suas

estórias. Mas naquele momento não poderia pois tinha pressa.

Capítulo 04 – A ponte do rio Piranga

De alguma forma, toda vez eu Luisa atravessava a ponte do rio Piranga, algo

mágico acontecia. No momento da travessia desta vez, viu o mundo mudar de cor e

coisas lindas aparecerem no ar, nas águas e na terra. Isso sempre acontecia a ela

quando atravessava a ponte do rio Piranga, nas demais pontes nada acontecia.

Capítulo 05 – Maria

Luisa possui uma amizade proibida pela sua mãe, com Maria uma menina da

periferia da cidade. Ambas se conheciam desde os nove anos e simpatizaram uma

com a outra no momento em que se conheceram. Luisa queria lhe contar as

novidades da praia onde passou logo após o Natal.

Capítulo 06 – Amigas pelo sonho

Maria e Luisa tinha um pensamento em comum que as unia: sonhar era a melhor

coisa que existia. Sonhavam vários passeios e presentes juntas, sendo que muitos

destes sonhos, o que para Maria eram sonhos ( casa própria, comida farta,

emprego, etc ) para Luisa era uma coisa corriqueira. Maria ensinou a Luisa que,

melhor que sonhar é correr atrás do sonho desejado.

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Capítulo 07 – A distância que não deveria existir

Certa vez Luisa levou sua amiga Maria para almoçar em sua casa. Após alguns

questionamentos de sua mãe a menina pobre, Luisa recebeu de sua mãe o

conselho de que não encontrasse ou falasse mais com Maria, pois não era uma

amizade boa para ela. Luisa não pensava assim, e tinha em mente continuar com a

sua amizade a menina.

Capítulo 08 – A casa de Maria

No momento em que chegou ao local onde ficava o barraco onde Maria vivia na Vila

Alvarenga, encontrou escombros e imaginou o pior. Após pensar que havia entrado

em algum lugar errado, resolveu voltar para casa e novamente na ponte teve visões,

que desta vez não foram maravilhosas e sim tristes e assustadoras. Ela percebeu

que a Ponte Mágica refletia seus sentimentos.

Capítulo 09 – Alguém morreu?

Após retornar para casa, durante o jantar o pai de Luisa, seu Geraldo comentou

sobre a chuva e enchente que ocorrerá na cidade. Pelos comentários de seu pai

sobre o prefeito e as ações tomadas por ele, nada prático iria acontecer para ajudar

os desabrigados da enchente. Luisa entendeu que, para os políticos as discussões

entre eles eram mais importantes que os problemas do povo.

Capítulo 10 – A fortaleza da Curva

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Na manhã seguinte, vovó Mália foi tomar café na casa de Luisa e comentou ter lido

nos jornais sobre, terem encontrado o corpo de uma menina debaixo de escrombos

na Vila Alvarenga. A menina lembrou-se do esconderijo onde brincava com a amiga.

Arrumou uma desculpa na escola e resolveu verificar se a mesma estava abrigada

no esconderijo. No entanto, quando estava do lado de fora do esconderijo ( uma

casa velha que chamava de Fortaleza da Curva ), uma cobra enrolou em seu

tornozelo. Luisa deu uma pancada na cobra, mas caiu no foço da casa desacordada.

Capítulo 11 – Eva e Piedade

Ao acordar, Luisa se encontrava dentro do esconderijo e ao seu lado estava a mãe

de Maria, Piedade, junto com sua filha mais nova, a pequena Eva. Piedade havia

matado a cobra. Luisa percebeu que a mãe e sua filhinha estavam em situações

precárias de sobrevivência: não possuíam comida, nem roupas e a água que

conseguiam era do rio poluído próximo da casa.

Capítulo 12 – Miró

Ao voltar para casa, Luisa preferiu um caminho mais discreto do que costumeiro que

cruzada a praça principal. Conseguiu entrar em casa pulando o muro de trás, mas

seu carchorro Miró, latiu e assumiu postura de defesa no momento que a menina

derrubou a sacola com a cobra morta, que levava como troféu. Seus pais já sabiam

que a mesma havia mentido para sair do colégio, mas não tinham idéia de onde

estava.

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Capítulo 13 – Presa pela camisola

D. Maria Helena mãe de Luisa, colou a mesma de castigo impedindo-a de sair de

casa, a não ser para ir a escola, para comer, ir ao banheiro e a missa. Tanto o pai,

seu Geraldo, quanto a mãe, não queria aplicar o castigo, mas nenhum deles

interferiu justificando-se mentalmente que não deveria tirar a autoridade um do

outro. Luisa aceitou o castigo sem reclamações. A idéia de Maria estar morta ainda

a atormentava. D. Maria Helena para evitar escapadas de Luisa, trancava as roupas

da menina em um armário que tinha cadeado, imaginando assim que se esta

estivesse sozinha e sem roupas ( pois a deixava só de camisola ) não iria sair de

casa. Luisa no entanto, só pensava em como ajudar a mãe e a irmã de sua amiga.

Capítulo 14 – Uma aula diferente

No dia seguinte, na escola Luisa teria sua primeira “aula do sonho”. Assim ela

chamava a aula de empreendedorismo. A professora Helena, com sua paciência,

voz calma e ótima didática, fazia Luisa e as outras crianças se deliciarem com a

aula. Pela primeira vez, Luisa ouviu alguém dizer que a escola fazia as pessoas

desaprenderem. Desaprenderem a ser empreendedores, baseando-as em modelos

que julgam corretos. A professora contou uma história, citando o exemplo de um pai

que tira um sonho da cabeça de seu filho e este obedece, acreditando estar correta

a idéia do pai.

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As crianças ficaram maravilhadas com as idéias da professora, mesmo quando

Delcídio descordou da idéia da professora argumentando que, os pais tomam

atitudes por querer proteger os filhos.

Continuando a explicação, a professora informou que não há aprendizagem melhor

do que a experiência vivida. Quando é tirada a possibilidade de se aprender por

experiência, a pessoa acaba exposta a não saber tomar decisões sozinhas. Por fim,

a professora Helena concluiu dizendo que empreendedorismo era sonhar e correr

atrás para realizar o sonho que se deseja. Luiza ficou em seu quarto mergulhada

nas lembranças da aula que tanto adorou.

Capítulo 15 – Como realizar um sonho?

Na segunda aula de empreendedorismo, ou “aula do sonho” como Luisa chamava, a

professora Helena, repassou as crianças um documento que seria a base para o

projeto dos sonhos de cada uma. Foi repassado também um plano de negócios e

um software para gerenciamento de empresas. Assim como a primeira, Luisa adorou

a segunda aula e após repassar mentalmente a aula, começou a fazer anotações

em seu caderno.

Capítulo 16 – O sonho de Luisa

Na mente de Luisa o “Mapa dos Sonhos”, como chamava o documento entregue

pela professora, tinha chego em boa hora. A menina começava a colocar a mente

para funcionar e anotar todas as hipóteses e necessidades para construir seu sonho.

Antes, o sonho de Maria seria ter uma vida independente como de sua Tia

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Fernanda, dona do Seria Azul, mas havia perdido prioridade. Agora sua prioridade

era construir uma casa para Piedade, Maria e Eva.

Capítulo 17 – O sonho ganha forma

Na manhã seguinte, Luisa deu alguns retoques nas anotações que fizera na noite

anterior, partindo em seguida para o colégio. Tinha em mente, já que estava de

castigo, solicitar ajuda as amigos Delcídio, Clarinha, Duda e Carolina. Luisa contou-

lhes sua aventura ao tentar encontrar Maria, não esquecendo nenhum detalhes.

Mostrou até a cobra que guardara de troféu e trazia em sua mala. Seus amigos

ouviram a narração e concordaram em colaborar.

Capítulo 18 – Lucas

Luiza arquitetou tudo de forma que Eva e Piedade não ficassem desamparadas

enquanto esta corria atrás de realizar o sonho de construir a casa. Dividiu entre os

amigos as tarefas de levar mantimentos e roupas para as desabrigadas, assim como

entregou um mapa detalhado descrevendo como chegar a Fortaleza da Curva.

Lucas, um garoto de 14 anos, tentou bisbilhotar o que Luisa e seus amigos estavam

fazendo, mas esta mais rápida, conseguiu se livrar do garoto e ainda faze-lo passar

por ridículo quando viu a cobra que carregava na mochila.

Capítulo 19 – Uma notícia inesperada

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No recreio do dia seguinte, Luisa recebeu o relatório de seus amigos sobre o que

haviam feito. Todos haviam cumprido suas tarefas com louvor. Delcídio que além da

tarefa havia sido encubido de encontrar algumas informação de Maria, não trouxe

boas notícias. Descobriu que uma garota de onze anos havia sido enterrada há oito

dias, com nome de Maria. Luisa chorou com a notícia.

Capítulo 20 – O truque das enxaquecas

A tristeza de Luísa contagia Tia Mestra e a faz arrepender-se do castigo imposto a

menina pelo pai, porém não volta atrás apenas sente pena da menina.

Capítulo 21 – Uma idéia maluca

Luísa sai escondida de casa à noite para encontrar seus amigos Delcídio, Clarinha,

Duda e Carolina na praça e contar-lhes seu sonho: construir uma casa para Maria.

Após a conversa com os amigos percebeu que não tinham recursos para a

construção (dinheiro, lote, material de construção e mão-de-obra). Foi levada pela

emoção e não pela razão.

Capítulo 22 – Sentindo-se só

Luísa sentia-se sozinha, perdida porque não tinha tido uma idéia boa o suficiente

para convencer a si mesma e aos amigos. Ficaria à noite toda acordada pensando

em como resolver aquela situação. Em contra partida Dna. Maria Helena decidiu que

convenceria Geraldo a tirar Luísa do castigo, mas não foi preciso usar sua

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argumentação porque Geraldo também não concordava com o castigo. E Luísa

escutando a discussão sabia que o castigo acabaria.

Capítulo 23 – Quando é melhor ter dúvidas

Livre do castigo, Luísa foi ao cemitério de Palmeiras onde são enterrados os

indigentes para tentar encontrar a sepultura de Maria, porém não se convenceu de

nada que o funcionário do cemitério lhe disse sobre uma criança que fora enterrada

ali. Luísa foi embora feliz e satisfeita com sua dúvida.

Capítulo 24 – Goiabada com queijo

Enquanto Luísa ainda desfrutava de sua liberdade, Dna Maria Helena e Tina

estavam em casa fazendo faxina. Durante a arrumação Dna. Maria Helena

descobriu as escapadas de Luísa. Conclusão: Luísa voltou ao castigo assim que

chegou a casa. Mas mesmo assim ela só pensava em como ajudaria Piedade, Eva e

como encontraria Maria.

Capítulo 25 – Segunda-feira brava

Segunda-feira, escola, recreio e o confronto foram inevitáveis com Lucas. Luísa

havia se preparado como nunca prevendo todas as possíveis reações que Lucas

teria, mas foi mais fácil do que ela imaginava. Ele mordeu a isca e disse que como o

favor não era para ela talvez ele pudesse ajudar.

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Capítulo 26 – Aniversário do colégio

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 27 – Luisa faz um projeto de lei

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 28 – Nem tão pancrácio

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 29 – Um novo castigo?

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 30 – Pernilongos têm problemas?

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Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 31 – Apenas um milagre?

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 32 – Sem cálculo, custo alto

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 33 – Será um capricho?

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 34 – As damas da noite

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Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 35 – Com quantos tijolos se faz uma casa

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 36 – Um negócio difícil

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 37 – Preços salgados

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 38 – Pobre não faz parte da sociedade?

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Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

Capítulo 39 – Segredos que são notícias

Mãe de Luisa fala sobre a alta de preços dos produtos de limpeza em Ponte Nova e

da criação do MDCPN, Movimento das Donas de Casa de Ponte Nova.

Luisa tem a idéia de fabricar produtos de limpeza. Para tal, procura em seu quarto o

caderno de anotações da aula de Ciência.

Neste capítulo também são apresentadas às receitas da fabricação de filtros de

água, desinfetantes, amaciante de roupas e detergentes.

Capítulo 40 – Luisa planeja a empresa

Luisa procura sua professora Helena para auxiliá-la no desenvolvimento de um

plano de negócio para viabilizar sua idéia de fabricação dos produtos de limpeza.

A professora Helena então fornece o software "Minha Empresa" para a criação do

plano.

Luisa batiza a empresa de Limpeza Pura.

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Neste trecho é apresentado ao leitor o plano de negócios com nível de detalhamento

macro, ou seja, somente com perguntas iniciais como, por exemplo, a finalidade e

viabilidade da empresa.

Capítulo 41 – Uma região proibida

Luisa leva seus amigos ao local onde estão os tijolos que servirão na construção de

uma casa para Maria.

Luisa então conta qual foi seu plano para retirar os tijolos do fundo do lago e sobre a

compra do lote por meio de seu trabalho no bar de sua madrinha, o Sereia Azul.

Capítulo 42 – Ninguém gosta de risco

Luisa expõe suas idéias sobre a empresa Limpeza Pura e mostra seu plano de

negócios.

A personagem explica que obteve os dados para a confecção do plano por meio de

pesquisas na internet e telefone.

O grupo então define algumas responsabilidades, como por exemplo, a criação da

logomarca e compra de matéria-prima.

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É feito também uma breve análise de risco do negócio.

Capítulo 43 – De filha para Mãe

Luisa conversa com sua mãe e lhe conta sobre a idéia da empresa Limpeza Pura e

seu plano de negócios.

A personagem também conta a Dona Maria Helena sobre os planos de construir a

casa para Maria. Dona Maria Helena convoca uma reunião do MDCPN para

anunciar a fabricação dos produtos de limpeza por meio da Limpeza Pura.

Capítulo 44 – preparativos para a Olimpíada

Luisa monta sua pequena fábrica de produtos de limpeza em sua garagem. Os

produtos finais foram testados pelas donas de casa de Ponte Nova.

Neste mesmo trecho, Luisa é desafiada por Lucas sobre a vitória na Olimpíada do

Colégio. Duda, amiga de Luisa transferiu-se de time, para o time de Lucas.

Capítulo 45 – Produção em escala

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A produção em escala da empresa Limpeza Pura é iniciada. Para tal, a fábrica foi

transferida para o galpão do pai de Délcidio em Guarapiranga. Luisa consegue um

alvará de funcionamento da prefeitura para montar uma barraca para a venda dos

produtos de limpeza.

Capítulo 46 – também as mães se transformam

Neste capítulo são apresentadas ao leitor as mudanças de comportamento de Dona

Maria Helena, mãe de Luisa. A personagem percebe que sua filha de 11 anos “abriu

as portas de um novo mundo”.

Capítulo 47 – uma nuvem escura

Em “uma nuvem escura”, Luisa com a ajuda de seus amigos faz uma previsão de

custos e lucros com o objetivo de contabilizar o que ainda falta para o término da

construção da casa de Maria.

Capítulo 48 – xô, nuvem negra

Luisa conclui que uma maneira que conseguir o dinheiro faltante seria ganhar a

Olimpíada do Colégio de Ponte Nova. Os prêmios, quatro pares de tênis, seriam

vendidos e revertidos para a construção da casa.

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Capítulo 49 – o dia-a-dia na empresa

Neste trecho, Fernando Dolabela descreve a rotina de Luisa após a abertura da

empresa Limpeza Pura. Luisa era responsável pelas vendas dos produtos de

limpeza, o que garantia os lucros.

Capítulo 50 – festa da cumeeira

Novamente Luisa faz a previsão do orçamento para o término da casa de Maria e

reforça a idéia da venda dos prêmios da Olimpíada. Foi organizada a festa da

cumeeira para comemorar a finalização do telhado da casa.

Capítulo 51 – princesa de verdade

Finalmente Luisa reencontra Maria. Maria havia sido levada pela Defesa Civil e

internada em um hospital de Viçosa, onde permanecera vários dias em coma, com

leptospirose e infecção generalizada. Enfim recuperada, acabara de receber alta e

fora trazida para Ponte Nova. Estava perdida, porque não conseguia encontrar a sua

casa e nem seus familiares.

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Capítulo 52 – começa a Olimpíada

Neste capítulo é descrito quais são as regras da Olimpíada do Colégio de Ponte

Nova e as equipes participantes.

Capítulo 53 – Bente altas e finca

No trecho em questão, são apresentadas mais provas da Olimpíada e as regras

correspondentes. A classificação das equipes também é descrita. A equipe de Luisa

e de Lucas são as favoritas.

Capítulo 54 – Surpresa de última hora

Duda transfere-se para a equipe de Luisa na ultima prova, a Prova da Natação. A

disputa é acirrada entre os competidores Lucas e Duda. No final, a equipe amarela é

a vencedora da 70ª Olimpíada do Colégio Imaculada. Lucas e Luciana vencem a

prova.

Capítulo 55 – Quando todos ganham

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Lucas e sua equipe, equipe amarela, decidem dar premio a equipe azul do Luisa

para o término da casa para Maria.

Luisa apresenta Maria a seus amigos e a sua Madrinha Fernanda.

Luisa apresenta a nova casa a Maria, Eva e Piedade e concluindo seu sonho

empreendedor.

Capítulo 56 – A ponte mágica

Luisa leva seus amigos até a Ponte Mágica.

Neste trecho o autor faz uma referencia ao conceito de empreendedorismo com a

frase final “Aqueles que não tinham medo de descobrir dentro de si o poder de

realizar o sonho, reinventando o mundo e a si próprios”.

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3. CRÍTICA AO LIVRO

O livro desenvolvido, a princípio, com o intuito de ajudar no ensino sobre

empreendedorismo para crianças e adolescentes, mostra-se bastante coerente e

factível no uso para adultos, tendo em vista sua forma simples e clara com que

descreve ações e pensamentos necessários para a atitude empreendedora.

Mostra-se, porém, mais importante pelo interesse em ensinar aos futuros adultos a

possibilidade de “liberdade” e de que forma a ética e o interesse comum deve ser

sobreposto aos interesses individuais, e que só com o trabalho em grupo, a

cooperação e a busca do sonho realizado pode-se atingir essa liberdade.

Deixa claro ainda o livro, de que as formas de trabalho estão mudando e que cada

vez mais a forma “tradicional” de emprego seguro não existe mais e que devemos

buscar a alternativa empreendedora para conseguir nos adaptar aos novos tempos.

A preocupação e importância do “Capital Humano e Social” é valorizada na obra,

tendo em vista as constantes citações sobre a importância da educação, saúde,

habitação e oportunidade para todos os cidadãos.

Outra parte interessante trata-se da clareza como é colocada a questão de que não

existe regra ou um roteiro a ser seguido, pois cada pessoa deve buscar seu sonho,

de forma que cada pessoa possui um sonho único e devemos deixar de lado a idéia

coletiva de sonho, imposta pelo sistema, sobre o que devemos sonhar (alienação).

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Não menos importante mostra a importância do trabalho como força propulsora

primaria no caminho para atingir o objetivo definido.

O tema social é constantemente citado, até mesmo com exemplos da desigualdade

na distribuição de renda do Brasil, deixando claro que esse ambiente é impróprio

para o desenvolvimento do país e que vontade política é o que falta a todos nós para

mudar o estado vigente.

Algo também destacável é a forma como é colocada junto à historia a forma pratica

(com exemplos) como é viável a transformação de uma realidade, bem como atingir

um sonho a priori utópico.

A ajuda à prática vem à tona quando, por exemplo, mostra-se o “Mapa dos Sonhos”.

Uma forma simples e concreta de visualizar como deve-se começar o caminho:

definindo-o.

Outra questão diz respeito aos problemas enfrentados pelas pessoas que tentar

inovar e sair do padrão. Criticas e desmotivação vindas da família, amigos e da

sociedade em geral. Outro fator explicitamente tratado é a questão de confronto de

interesses que ocorre em relação as fabricas de produtos de limpeza frente a nova

concorrente “fora do cartel” a Limpeza Pura.

Todos esses obstáculos são cotidianos na vida do empreendedor, do inovador, seja

ele um empresário seja um colaborador de uma empresa e esses obstáculos

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podem, se não enfrentados da forma correta, atrapalhar o desenvolvimento do

sonho ou ainda findar-lo.

“Venham até a borda”, ele disse.

Eles disseram: “Nós temos medo”.

“Venham até a borda”, ele insistiu.

Eles foram.

Ele os empurrou....E eles voaram.

A forma sucintamente perfeita em que Guillaume Apollinaire traduz a inércia com

que as pessoas hoje vivem em relação ao novo, foi muito bem utilizada por

Fernando Dolabela para mostrar que devemos quebrar paradigmas. Assim com a

clássica de Platão sobre “A Caverna”, nossa sociedade precisa mudar o discurso e

para seu próprio bem e evolução deve instigar e apoiar ações e idéias criativas e

inovadoras, para que cada um possa atingir sua felicidade e liberdade, tornando

assim todo o coletivo feliz.

Em relação à questão pratica, mais uma vez, o autor mostra como é simples montar-

se um orçamento (no caso o orçamento da casa de Maria) e a importância de pedir

ajuda a quem entende do assunto (no caso do livro o pedreiro experiente) para que

um projeto tenha parâmetros que viabilizem a identificação da viabilidade.

Outro ponto importante é a questão da visualização de oportunidades, de como é

necessário ter uma visão holística sobre o ambiente político, econômico e social,

pois só assim podem-se perceber boas oportunidades a serem desenvolvidas.

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É ainda discutido no livro o dilema razão-emoção humano e o papel de cada uma na

obtenção do sonho. Mostra ainda que o equilíbrio é o ideal e que uma variável não

deve invadir o espaço da outra, cada uma tem seu papel fundamental e

imprescindível.

Com tudo, observa-se que a ação é importante e que a inércia não ajuda a obtenção

de sonhos. Ao mesmo tempo, “a ação” é apenas possível para os não pobres, que

possuem oportunidades de estudo e contato com o meio propicio para o

desenvolvimento de idéias. Como é colocado no livro “Por que os pobres não fazem

parte da sociedade?”. Questões como essas colocadas num livro infanto-juvenil são

de extrema importância para a divulgação da realidade bem como favorecer a

reflexão por parte dos futuros “donos do mundo”.

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CONCLUSÃO

Concluindo, podemos definir o livro como uma ótima referencia inicial no estudo

sobre empreendedorismo, e mais, um estímulo ao espírito inovador.

Além disso, a visão não capitalista do espírito empreendedor, valorizando o capital

humano e social é ponto marcante no livro, o que cria uma mudança de paradigma

brutal sobre a visão comum do empreendedor ligado à exploração da “mais valia”.

Outra diferente visão é sobre o conceito de fracasso do empreendedor “O fracasso

não é não conseguir, não é errar; o fracasso é desistir”, muito bem colocado no

capítulo 14 do livro. No qual, aliás, faz-se uma crítica ao modelo pedagógico vigente,

em que se inibe a criatividade e determina a imposição de que o correto é não errar,

seguir o que já está definido como certo, e assim, suprimir o espírito empreendedor

e questionador.

Fica para nós alunos e para todos os leitores do livro, a visão de que a mudança

deve ser realizada e questionamentos devem ser criados a fim de encontrar e

realizar nossos sonhos reais.

Que a persistência e determinação são fatores determinantes na quebra do

comodismo do mundo moderno e que a busca por esse objetivo é empolgante e

recompensadora.

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Por último e talvez mais importante, a questão de que o espírito empreendedor deve

ter como objetivo primário a ajuda ao próximo de alguma forma e não o

enriquecimento pessoal de capital.

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REFERÊNCIAS

AQUINO, Mariana. Entrevista com Fernando Dolabela. [S.I]: 2006. Disponível em http://www.geranegocio.com.br/html/reporter/reporter29.htm. Acesso em 19/05/2006.

BARAN, Paul A. & SWEEZY, Paul M. Capitalismo monopolista. Rio de Janeiro, 1966.

BERNARDES, R.; ALMEIDA, E. S. de. Nova função empresarial na coordenação de redes de inovação. Revista da Sociedade Brasileira de Economia Política, Rio de Janeiro, 1999.

DOLABELA, FERNANDO. A Ponte Mágica. São Paulo: Mirian Paglia Editora de Cultura, 2004.

PALADINO, GINA. Comentário Crítico sobre o livro A Ponte Mágica. São Paulo: Cultura, 2004.

COSTA, MIRIAN PAGLIA. Comentário Crítico sobre o livro A Ponte Mágica. São Paulo: Cultura, 2004.