A política expansionista de D. João II e a rivalidade luso castelhana1
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P. 33 – q. 1 – MEIOS TÉCNICOS
Os portugueses tinham domínio de técnicas de navegação (navegação à bolina, navegação astronómica...); domínio de técnicas de orientação (bússola, quadrante, astrolábio, portulanos...)
Explica com base no doc. 4, a prioridade portuguesa na expansão
• Os portugueses, como tinham estabilidade política, lançaram-se na expansão porque tinham: espírito de cruzada; desejo de se apoderar do ouro da Guiné; queriam procurar o Preste João (rei cristão que os ajudasse na luta contra os muçulmanos); encontrar a rota das especiarias orientais.
Identifica a partir do doc.4, os interesses de cada
grupo social nesse movimento expansionista. O clero estava interessado na expansão porque tinha
espírito de cruzada e queria combater os muçulmanos. A Burguesia queria dominar o comércio da Guiné. A Burguesia e a Nobreza queriam encontrar a rota das
especiarias orientais, cargos e glórias. A Coroa queria encontrar um aliado para ajudar
Portugal a dominar os muçulmanos não só a nível religioso mas também económico e político.
Identifica a partir do doc. 2, os motivos da conquista de Ceuta
• Ceuta localizava-se à entrada do mar Mediterrâneo.
• Dava acesso aos mercados de cereais e às rotas do ouro africano e das especiarias orientais.
• Era um bom porto estratégico que servia de base à pirataria que controlava os barcos que passavam o estreito de Gibraltar.
2. Interesse do infante pela colonização da Ilha da Madeira
• A ilha da Madeira tinha bons terrenos para a cultura do trigo.
• Era propícia à cultura da cana-de-açúcar• Era propícia à cultura do vinho;
• Os Açores eram propícios à cultura de cerereais; de plantas tintureiras como o pastel e à criação do gado.
Descoberta e Exploração da Costa Africana
OBJECTIVOS: chegar aos locais de produção do ouro controlar o comércio nessa região.
MODO DE EXPLORAÇÃO ECONÓMICA:
feitorias-fortaleza contrato de arrendamento (1469-1475)
PRODUTOS: ouro especiarias escravos marfim
RUMOS DA EXPANSÃO QUATROCENTISTA
Infante D. HenriqueConquista, descobrimentos e colonização
• Ilhas atlânticas• Cabo Bojador• Arguim• Serra Leoa
D. Afonso VConquista, descobrimentos (arrenda-mento a Fernão Gomes), colonização
• Cabo de Santa Catarina• Conquistas no Norte de África
D. João IIPlano das Índias
• Rivalidade luso-castelhana• Tratado de Tordesilhas
Aula anterior
Aula actual
A política expansionista de
D. João II e a rivalidade luso-
castelhana
O mostrengo que está no fim do marNa noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrarNas minhas cavernas que não desvendo,Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:«El-rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?De quem as quilhas que vejo e ouço?»Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
três vezes rodou imundo e grosso.«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visseE escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:«El-rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,E disse no fim de tremer Três vezes:«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,Manda a vontade, que me ata ao leme,
D' El-rei D. João Segundo!» Fernando Pessoa in Mensagem
“O Mostrengo”
D. João II
O Príncipe Perfeito
(1455-1495)
Que acontecimentos
desencadearam a rivalidade luso-
castelhana e como a tentaram
sanar
Disputas entre Portugal e Castela
Linha de Alcaçovas (1479)
Castela
Portugal
Tratado de Alcaçovas-Toledo (1479/1480)
O rei e a rainha de Castela e Aragão prometeram de agora e para todo o sempre que não molestarão, nem inquietarão os ditos senhores rei e príncipe de Portugal, nem seu reino, nem suas ilhas, terras, costas descobertas e por descobrir, achadas e por achar; ilhas da Madeira, Porto Santo, Desertas e todas as ilhas dos Açores e assim as ilhas de Cabo Verde e quaisquer outras ilhas que acharem e conquistarem das ilhas das Canárias para baixo (...) Todas as ilhas Canárias ficam para os reinos de Castela.
Tratado de Alcaçovas (adaptado)
Como se caracterizou a política
expansionista de D. João II?
Plano para descobrir o caminho marítimo para a Índia
1483
1488
III – PadrãoO esforço é grande e o homem é pequeno.Eu, Diogo Cão, navegador, deixeiEste padrão ao pé do areal morenoE para diante naveguei....E ao imenso e possível oceanoEnsinam estas quinas, que aqui vês,Que o mar com fim será grego ou romano:O mar sem fim é Português.
E a Cruz ao alto diz que o que me há na almaE faz a febre em mim de navegarSó encontrará de Deus na eterna calmaO porto sempre por achar.
Fernando PessoaFoz do rio Zaire ou Congo
Diogo Cão dirigindo a colocação do Primeiro Padrão (S. Jorge) na costa africana II Padrão (S. Agostinho), na costa africana - Diogo Cão
De cabo das tormentas a cabo da Boa Esperança
“Partidos ali, houveram vista daquele grande e notável cabo, encoberto havia centena de anos. (...) Ao qual Bartolomeu Dias e os da sua armada puseram o nome de Tormentoso, por causa dos perigos e tormentas que passaram ao dobrá-lo. Mas el rei D. João II, quando eles chegaram ao reino, lhe deu outro nome mais ilustre, chamando-lhe cabo da Boa Esperança, pela esperança que ele prometia da tão esperada e há tantos anos procurada chegada à Índia.”
João de Barros, décadas da Ásia, séc. XVI
Qual foi a importância da sua passagem?
Mas, a rivalidade luso-castelhana
foi agravada por outro
acontecimento...
Exerc. 1 e 2 da F.T.
Que acontecimento foi este?E quem o protagonizou?
Linha de Alcaçovas (1479)
Açores
Canárias
Viagem de idaViagem de regresso
A Viagem de Colombo - 1492Exerc. 3 da F.T.
De que modo se resolveu a
rivalidade luso-castelhana?
Houve negociações...
"Em que artigo de seu testamento Adão repartiu a Terra entre portugueses e espanhóis?“Luís XII
Linha de Alcaçovas (1479)
Linh
a de
Tor
desi
lhas
(149
4)
Linh
a de
Tor
desi
lhas
(149
4)
Prop
osta
de
Parti
lha
(149
3)
ÁREA DE DOMÍNIO ESPANHOL
ÁREA DE DOMÍNIO ESPANHO
L
ÁREA DE DOMÍNIO PORTUGUÊS
1494: Tratado de TordesilhasExerc. 4 do C.A.
Porquê a insistência nas 370 léguas?
RIVALIDADE LUSO-CASTELHANA
séc. XIV 1492
fez-se sentir no foi agravada em
com a disputa das com a descoberta da
Canárias Américao problema
resolveu-se com oAs divergências
resolveram-se com o
Tratado de Alcaçovas-Toledo
(1479-80)
Tratado de Tordesilhas
(1494)
Mare Clausum
instituiram o princípio do
Formatação: Carla Carvalho