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Aula Campal : visita a pedra da Ingá- no dia 07/02/2015 na Disciplina de História Antiga, ministrada pela professora Clenice Paulino- turma 237 A Pedra do Ingá Mensagens cuidadosamente desenhadas e indecifráveis há mais de 5.000 mil ou 6.000 anos atrás, continua sendo um dos maiores mistérios da arqueologia mundial. Fato debitado as controvérsias sobre a autoria (ou autores) das inscrições rupestres, fenícia ou hitita e extraterrestre. Sabe-se também que índios habitaram essa região, mas, segundo informes históricos, não possuíam um nível cultural compatível para elaboração dessa escrita, já que não tinham nenhum conhecimento ou domínio sobre ela. E isso nos leva uma dicotomia consensual sobre a idade da pedra. Vê-se, portanto, impasse cronológico, quenada impedede uma solução plausível e definitiva para que o sítio arqueológico do Ingá venha assumir de vez o seu lugar contextual (destaque) na História da Antiguidade. Pedra do Ingá. Sem sombra de dúvida, o mais importante monumento arqueológico do Brasil. Sua verdadeira identidade: Itacoatiara, (palavra oriunda do tupi itá, pedra e küatiara, riscada ou pintada), está situado em um terreno rochoso que possui inscrições rupestres entalhadas na rocha. Sua formação rochosa é em gnaisse e ocupa uma área de 250m². Lá se encontram diversas inscrições cujos significados não foram decifrados. Dentre eles, estão entalhadas diversas figuras como animais, frutos, humanos e constelações, inclusive a de Órion.Por conta de sua complexidade de desenhos e escritos, todos entalhados nessa Itacoatiara, ainda não se sabe seu significado, quem os fez e em que data. Pesquisadores já atribuíram que existe semelhança com a escrita do Oriente Médio, há 18.000 mil anos, usada pelos hititas. Contudo, não há indícios que apontem para essa semelhança com outras escritas, o que torna a sua excepcionalidade ainda mais intrigante. Não se pode negar que várias teorias surgiram para explicar a origem dos símbolos esculpidos na obra, como figuras geométricas, linhas, animais, humanos e desenhos com muita semelhança a uma galáxia. Existem, no total, cerca de 400 desenhos na rocha de 24 metros de comprimento por três metros de altura, faz da Pedra do Ingá a maior referência mundial em pintura rupestre com todos os seus símbolos esculpidos permanentemente intactos até hoje. COM O TEMPO Apesar do desgaste natural ocasionado pelo tempo e pelas depredações humanas para o fabrico de paralelepípedos, a Pedra do Ingá perdeu um pouco de sua originalidade, mas ainda comporta perfeitamente um modelo rudimentar de escrita (ou pré-escrita) cuja decodificação se perdeu com o passar dos

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Aula Campal : visita a pedra da Ingá- no dia 07/02/2015 na Disciplina de História Antiga, ministrada pela professora Clenice Paulino- turma 237

A Pedra do Ingá

Mensagens cuidadosamente desenhadas e indecifráveis há mais de 5.000 mil ou 6.000 anos atrás, continua sendo um dos maiores mistérios da arqueologia mundial. Fato debitado as controvérsias sobre a autoria (ou autores) das inscrições rupestres, fenícia ou hitita e extraterrestre. Sabe-se também que índios habitaram essa região, mas, segundo informes históricos, não possuíam um nível cultural compatível para elaboração dessa escrita, já que não tinham nenhum conhecimento ou domínio sobre ela. E isso nos leva uma dicotomia consensual sobre a idade da pedra. Vê-se, portanto, impasse cronológico, quenada impedede uma solução plausível e definitiva para que o sítio arqueológico do Ingá venha assumir de vez o seu lugar contextual (destaque) na História da Antiguidade.

Pedra do Ingá. Sem sombra de dúvida, o mais importante monumento arqueológico do Brasil. Sua verdadeira identidade: Itacoatiara, (palavra oriunda do tupi itá, pedra e küatiara, riscada ou pintada), está situado em um terreno rochoso que possui inscrições rupestres entalhadas na rocha. Sua formação rochosa é em gnaisse e ocupa uma área de 250m². Lá se encontram diversas inscrições cujos significados não foram decifrados. Dentre eles, estão entalhadas diversas figuras como animais, frutos, humanos e constelações, inclusive a de Órion.Por conta de sua complexidade de desenhos e escritos, todos entalhados nessa Itacoatiara, ainda não se sabe seu significado, quem os fez e em que data. Pesquisadores já atribuíram que existe semelhança com a escrita do Oriente Médio, há 18.000 mil anos, usada pelos hititas. Contudo, não há indícios que apontem para essa semelhança com outras escritas, o que torna a sua excepcionalidade ainda mais intrigante.

Não se pode negar que várias teorias surgiram para explicar a origem dos símbolos esculpidos na obra, como figuras geométricas, linhas, animais, humanos e desenhos com muita semelhança a uma galáxia. Existem, no total, cerca de 400 desenhos na rocha de 24 metros de comprimento por três metros de altura, faz da Pedra do Ingá a maior referência mundial em pintura rupestre com todos os seus símbolos esculpidos permanentemente intactos até hoje.

COM O TEMPO

Apesar do desgaste natural ocasionado pelo tempo e pelas depredações humanas para o fabrico de paralelepípedos, a Pedra do Ingá perdeu um pouco de sua originalidade, mas ainda comporta perfeitamente um modelo rudimentar de escrita (ou pré-escrita) cuja decodificação se perdeu com o passar dos

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milênios (5.000 ou 6.000 anos) e que nos aponta a ocultação de algum código mnemônico de sons simples e intervalos diferentes apresente uma linguagem que reúna morfemas, lexicais e gramaticais, que expressem, através da polissíntese, palavras, frases, rítmicas completas. Porém, uma coisa é certa, sabemos que essas mensagens cuidadosamente esculpidas (desenhadas) há milênios faz com que a Pedra do Ingá continua a ser um dos maiores mistérios da arqueologia mundial.

CONTROVÉRSIAS

O fato é que ninguém sabe ao certo o autor (ou autores) das inscrições da Pedra do Ingá. Diversas origens lhes são apontadas, inclusive a origem fenícia. No início do século XX, estudos foram realizados no Nordeste em busca de vestígios fenícios que resultou uma associação rupestre do Ingá a essa escrita. Também foi associada à escrita demótica praticada pelos egípcios. Outras origens nos leva a uma obra de engenharia extraterrestre. São contundentes em afirmar fórmulas de energia quântica na Pedra do Ingá e combinações matemáticas que poderiam medir a distância da terra e a lua. Temos também defensores do ramo da arqueologia que afirmam que as inscrições rupestres do Ingá foram feitas por cinzéis há mais de 6.000 anos.

TOMBAMENTO

Para nossa alegria, este sítio arqueológico denominado Pedra do Ingá é protegido pela Lei Federal nº 3.924/61 e tombado como Monumento Nacional pelo extinto Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (atualmente o IPHAN) no dia 30 de novembro de 1944. Para dar mais visualidade ao complexo do Ingá, em 1966 foi criado um museu de história natural, cujo acervo possui fósseis de animais extintos há mais de 10.000 anos. Alguns desses fósseis são da fauna pleistocênica. E algumas peça vindas do litoral do Estado – esqueleto de baleia e gastrópode (molusco) fossilizado – ambos de origem triássica (entre 251 e 199 milhões de anos atrás). É o cenário que encontramos ao iniciar uma série de aulas de campo por sítios arqueológicos e a Pedra do Ingá foi à escolhida. E nós que compomos a turma 237 do Curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual da UVA foi deveras emocionante e incitante caminhar tão perto com a História Antiga que nos levou a pensar que a gente fosse parte daquele momento quando iniciaram as inscrições. Fomos recebidos, além dos guias, pelo Secretário de Turismo daquele município, senhor Vavá da Luz, o qual tem um blog que divulga a história e o cenário daquele maravilhoso lugar. Foi um momento impactante para todos nós, pois, não sabíamos da sua real grandeza e importância desse marco Histórico tão necessário hoje, amanhã e sempre para nosso enriquecimento didático e instrutivo.

Aluno: Fernando Roberto Barbosa de Farias (jornalista) Fotos:

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