A PARTIDA a partida... · 2017-11-06 · Emoções como a tristeza e a raiva podem surgir na...
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A PARTIDA Guia Prático para a Família Militar
Centro de Psicologia Aplicada do Exército
Elaborado pelo Núcleo de Apoio Psicológico e Intervenção na Crise
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Centro de Psicologia Aplicada do Exército
Núcleo de Apoio Psicológico e Intervenção na Crise
Programa de Apoio à Família Militar
A PARTIDA Guia Prático
Diretor do CPAE
Cor Inf Fernando Cruz
Equipa de Psicólogos do NAPIC
Maj Inf Renato Pessoa Santos
Alf Psi Andreia Matias
Alf Psi Catarina Brito
Lisboa, 2013
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As famílias dos militares em missão, nos diversos Teatros de Operações, sofrem um
forte impacto emocional, por vezes numa escala sem precedentes. O impacto
ocasionado por estas longas separações físicas é uma preocupação crescente e
transversal a toda a hierarquia militar. Diferentes estratégias são necessárias para
ultrapassar cada uma das fases da missão.
É necessário um esforço convergente dos oficiais, sargentos e praças, profissionais
de saúde e dos próprios elementos da família para antecipar e prevenir o impacto
negativo, ou minimizar o trauma familiar.
A FASE INICIAL – O PRÉ-DESLOCAMENTO
Esta fase inicia-se com a notícia que partirá para uma missão e termina quando o
militar deixa fisicamente os seus. Esta fase é geralmente caracterizada por uma
flutuação de sentimentos e emoções diferentes, que vão desde a negação à
expectativa de perda.
A/O companheira/o muitas vezes pergunta: “Tu tens realmente de ir, não é?” os
militares começam cada vez mais a falar sobre a missão e sobre os seus “novos”
camaradas. Apesar deste comportamento ser o reflexo da coesão grupal,
fundamental para o êxito da missão, por outro lado cria-se um sentimento de
distanciamento físico-emocional em relação à(ao) companheira/o. Como resposta
ouve-se: "mais-valia teres já partido"… é como se já estivesse partido!
No entanto, esta pode ser uma oportunidade para aprender mais sobre si mesmo, de
desenvolvimento quer a nível pessoal, quer da própria relação. A/O companheira/o
que fica em casa terá que se “defender por si mesmo/a”. Combinar o trabalho, a
educação dos filhos e a administração do lar exige um sério esforço. É possível
que se surpreenda consigo próprio(a) ao verificar que é mais forte, e capaz de lidar
com situações difíceis, do que se pensava inicialmente.
Pretende-se com este guia fornecer um conjunto de informações que
ajudem as famílias dos militares a responder de forma proactiva à
separação física iminente.
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Fases Ciclo Emocional
Pré-deslocamento Antecipação da partida
“Últimos dias” antes da partida
Deslocamento
Desorganização emocional
Recuperação e estabilização
Antecipação do regresso
Pós-deslocamento Adaptação e renegociação
Reintegração e estabilização
A fim de proporcionar um quadro comum de referência, o ciclo emocional é
dividido em sete fases distintas e que correspondem à experiência do militar e
da sua família durante as três fases: Pré-deslocamento, Deslocamento e Pós-
deslocamento.
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Nas 6-8 SEMANAS antes da PARTIDA o militar e os seus familiares irão preparar-
se para lidar com a expectativa da separação física.
Haverá um misto de sentimentos e emoções:
Excitação;
Negação;
Medo;
Raiva;
Ressentimento;
Agressão verbal.
É provável que com a aproximação da partida, haja um distanciamento
emocional com o vossa/o companheira/o.
É uma estratégia de defesa natural para lidar com a situação.
Nesta fase a/o companheira/o pode tornar-se irritada/o consigo, chegando
por vezes a conflitos.
Nos últimos dias antes da partida poderá acontecer algum isolamento emocional
por parte de cada um. Este comportamento pode levar a possíveis sentimentos
de:
Confusão;
Ambivalência;
Raiva.
NAPIC: QUEM SOMOS?
Somos psicólogos do Centro de Psicologia
Aplicada do Exército (CPAE) que prestamos
apoio psicossocial e intervenção na crise a
militares, funcionários civis e familiares diretos.
Pré-deslocamento
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Pré-deslocamento: Antecipação da partida
Permita-se sentir e
expressar estas
respostas emocionais;
Incentive todos os seus
familiares a
compartilhar os
sentimentos;
Envolva toda a sua
família na preparação
para a separação física;
Confira o checklist da
partida com a (o) sua
(eu) companheira (o);
Visualize a rede de
suporte social da sua
(eu) companheira (o);
Crie oportunidades para
memórias futuras (e.g.,
fotografias).
Reações comuns:
- Flutuações nos níveis de energia e humor;
- Fantasiar;
- Sentimentos de tristeza, raiva, excitação, agitação;
- Ansiedade, tensão, frustração, ressentimento e depressão.
Como lidar:
Inclua o seu filho no grupo de pessoas a
informar e a preparar.
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Aceite os seus
sentimentos, como uma
reação normal às
circunstâncias.
Comunique de forma
tão aberta e honesta
possível.
Seja paciente consigo
mesmo e com os
familiares.
Dedique o último dia
livre para a família.
Ignore rumores e confie
nas fontes oficiais de
informação.
Pré-deslocamento: “Últimos momentos”
Reações comuns:
- Redução de intimidade emocional e sexual;
- Sentimentos de desespero, desesperança, impaciência ou dormência.
Como lidar:
Nesta fase, o militar prepara-se psicologicamente para
cumprir a sua missão. O seu foco é direcionado para a
missão e para a sua unidade. Preocupa-se com a
relação com os seus camaradas, tendo como uma das
suas preocupações a coesão.
Esta preocupação natural do familiar militar pode criar
um distanciamento emocional com a(o)
companheira(o). Emoções como a tristeza e a raiva
podem surgir na relação conjugal, contudo o objetivo é
auto proteger-se do sofrimento/dor da separação
física, que em breve acontecerá.
Como lidar:
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Na preparação para uma missão, o(a) militar e a sua companheira(o) precisam compreender
exatamente o que este conceito significa e implica para uma criança. Uma melhor compreensão sobre o
impacto que a ausência física prolongada de um progenitor/educador constitui para a(s) vossa(s)
criança(s) vai ajudar-vos a prever o que poderá acontecer.
Este capítulo é um recurso que vos ajudará a “navegar” pelos desafios inerentes a fase
do pré-deslocamento (aprontamento).
Na fase do pré-deslocamento, e antes da partida do militar, é muitas vezes caracterizada por
uma falta de informação concreta e de uma manifestação de apreensão sobre o desconhecido
que contagia todos os elementos da família. As crianças podem experienciar sintomas que
refletem ansiedade, choque, incredulidade, confusão e negação.
As crianças são significativamente afetadas pelas tensões que aparecem durante esta fase:
alteração da rotina, perceção de insegurança aparente e instabilidade do seu mundo interior.
Nesta fase pode-se verificar o intensificar nas crianças os medos: que os seus pais/cuidadores
serão incapazes de o cuidar ou que o cuidador militar que irá partir não irá voltar.
Dialogar com as crianças sobre a sua partida
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As crianças podem vivenciar um conjunto de emoções, manifestando algumas mudanças
comportamentais. Como sinais de stress as crianças podem manifestar:
O choro fácil e “inconsolável” Comportamentos/atitudes de isolamento e de tristeza
Forte vinculação (aumento no apego) Perturbações do sono (exemplo: insónias e/ou pesadelos)
Aparecimento ou aumento dos medos Birras “anormais”
Episódios de ansiedade Comportamentos de irritabilidade e agressividade
Sintomas psicossomáticos (exemplo: dores de estômago, dores de cabeça)
Comportamentos de inquietação (exemplo: roer as unhas e hiperatividade)
A mudança pode preocupar o(a) seu(ua) filho(a): Ele(a) precisa de se SENTIR CAPAZ de compartilhar os
seus pensamentos e sentimentos sobre o que está acontecer, … e da forma como eles fazem sentido para si.
AJUDE a criar um ambiente em que ele(a) possa falar abertamente e honestamente consigo, com a sua
família, com os amigos, com os seus professores ou com outros adultos que confiam:
Todos os pais sabem o valor de passar tempo juntos com
qualidade, … e também sabem que não é a dar
guloseimas ou presentes especiais que o conseguem, mas
simplesmente apreciar as coisas simples na companhia de
quem gostamos!
Antes de partir tenha como prioridade prever o TEMPO e
o ESPAÇO para estar com o(a) seu(ua) filho(a) para ouvi-
lo(a). Uma boa oportunidade para conversar (e
tranquilizar) pode ser durante o banho ou na cama, ao
deitar.
TRANSFORME CONVERSAS SIMPLES SOBRE O DIA-A-DIA
NUMA ROTINA COM O SEU(UA) FILHO(A).
(estes momentos especiais irão dar-lhe também a oportunidade de perceber
alguns sinais de perturbação que seu filho possa estar a sentir)
DÊ TEMPO DE QUALIDADE AOS SEUS FILHOS
Os pais que reservam um TEMPO DE QUALIDADE regular para conversar com os seus
filhos ainda crianças, como uma simples tarefa de rotina, tendem a desenvolver melhores
relacionamentos e ser mais acessível. Seja sensível ao facto do(a) seu(ua) filho(a) não querer
falar consigo sobre algumas coisas,… mas ao menos diga-lhe: "Posso saber o que te está a
incomodar/aborrecer? Podes partilhar comigo para saber como te posso ajudar!”
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…Mas ele(a) pode ter muito mais perguntas... escute-o(a) com atenção… deixe-o(a) falar ... incentive-o(a) a
compartilhar o que sente, o que pensa ... e…
responda de forma simples, clara e evite o excesso de detalhes... juntamente com a sua(eu)
companheira(o) para não o(a) confundir!
Para onde vais?
Como é que é lá?
Quando é que partes?
Quanto tempo é que vais demorar?
Porque é que vais?
O que vais fazer?
Vais com quem?
Será que as regras cá em casa vão
mudar?
Vou ter que fazer trabalhos extras?
Eu ainda vou ser capaz de [fazer] ......?
Quem vai cuidar de mim se acontecer …?
As perguntas que lhe faz!...
… ou as perguntas que
pensa, mas não diz!...
Eu vou para… (recorra a um mapa e descreva
o percurso e compare com alguma distância
que a criança conhece).
Eu vou de … e vou passar por…
Penso que lá é … (descreva o terreno, as
condições, … - muitas vezes as crianças mais
pequenas só querem saber como dorme, o que
come, etc.)
As respostas que lhe darei...
Quando vens?
Regresso em … RESPONDA SÓ QUANDO TIVER A CERTEZA!
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FALE com o(a) seu(ua) filho(a):
DIGA-LHE que vai porque está a fazer um trabalho especial e muito importante para o
país.
DIGA-LHE que trabalhou e treinou muito e ficou altamente preparado.
DIGA-LHE que vai fazer todo o possível para ficar sempre em segurança.
As crianças mais velhas muitas vezes têm consciência de algumas informações sobre o
local para onde o familiar militar parte para a missão. Geralmente são baseadas em
informações da televisão, da internet e dos jornais. Mas fale na mesma,… vale a pena
falar para dissipar preocupações, bem como verificar que não estão a enviesar as
informações ou a assistir às mesmas de forma obsessiva.
As crianças pequenas, por vezes, têm ideias extremas na relação causa-efeito. Elas podem pensar que a
razão da sua partida é porque elas fizeram algo de errado... ou que já não gosta mais delas.
Algumas mudanças nas rotinas da família serão necessárias quando existe apenas um dos
pais/educadores em casa. Por essa razão, tente manter ao máximo a rotina familiar,
como por exemplo o horário das refeições e a hora de dormir.
MANTENHA AS ALTERAÇÕES AO MÍNIMO
Mantenha as suas regras e expectativas habituais e a forma que as aplica. Isso evitará problemas no reajuste quando a família se juntar novamente!
NÃO LHE DIGA “Se NÃO ajudares o teu
pai/mãe eu não vou querer regressar, por isso
porta-te bem!”.
Não ameace a criança na altura do seu
regresso “Quando voltar, eu…".
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NÃO SUBESTIME A CAPACIDADE DE RESILIÊNCIA DAS SUAS CRIANÇAS.
As crianças mais velhas precisam saber que têm um papel a desempenhar. Muitas vezes querem
compartilhar as tarefas.
ESSES PODEM SER BONS MOMENTOS PARA CONVERSAR
Mostre ao(à) seu(ua) filho(a) que está orgulhosa(o) dele(a) e agradeça a ajuda extra que lhe vai dar.
SER O CUIDADOR “SOLITÁRIO” NÃO É TAREFA NADA FÁCIL!
Mas… não diga ao seu(ua) filho(a) que agora são as responsáveis
Contudo, pode dar-lhe tarefas apropriadas à idade (aquelas que ele(a)
não tem dificuldade a realizar): ajudar a levar o lixo, “pôr” a mesa, levar o
cão a passear, etc.
Ter atividades extraescolares ajudam as
crianças a ficarem ocupadas, manter e criar
novas amizades…
…e ajuda o cuidador que ficou em casa a
equilibrar o tempo com outros familiares,
realizar tarefas atrasadas e sobretudo permite-
lhe ter tempo para si.
Estamos preparados para a/o apoiar. Asseguramos um
espaço de conforto e a necessária CONFIDENCIALIDADE
respeitante ao apoio que é prestado.
Compartilhe alguns dos
seus sentimentos com o(a)
seu(ua) filho(a), mas não o
sobrecarregue com
preocupações ou temores.
Saber que tem sentimentos
ajuda o(a) seu(ua) filho(a) a
gerir os dele(a).
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A escola pode ser uma âncora de ajuda que poderá contribuir para a rotina e estabilidade das crianças
durante o seu deslocamento a um Teatro de Operações (TO).
É fundamental que a escola seja pró-ativa em planear e aplicar estratégias de apoio.
FALE com os professores e com outros funcionários da escola!
Eles podem ser um excelente recurso!
A escola
Envolva a administração da escola, o serviço de apoio aos alunos, os professores das disciplinas, o psicólogo da escola, os auxiliares, etc.. Convide famílias que já experienciaram momentos similares a contribuir para o planeamento de atividades sobre como a comunidade escolar pode apoiar os alunos cujos pais partem para uma missão. Incentive as famílias a discutir estas questões (por exemplo, em reuniões “caseiras”). É importante falar sobre as estratégias utilizadas e que contribuíram para a estabilidade emocional das crianças.
FAÇA UM PLANO ANTES DA PARTIDA É O MELHOR, E O MAIS CORRETO! Identifique os recursos possíveis dentro da comunidade escolar, incluindo os profissionais de saúde mental e os assistentes sociais. Estes técnicos podem proporcionar formação aos professores (e pais) sobre as necessidades e os sinais de stress dos alunos cujos pais estão deslocados num TO. Se entender, contate o Centro de Psicologia Aplicada do Exército (CPAE) para ministrar formação específica à comunidade escolar interessada. Nem todos os militares são homens e pais! Podem ser mães, irmãs, tias, … Certifique-se que a ajuda da comunidade escolar está a empregar uma linguagem inclusiva. Incentive a escola a ter um espaço “seguro” para que as crianças possam falar sobre seus sentimentos. FALE sobre o deslocamento do pai/educador/familiar de forma aberta. Caso o aluno o queira, incentive os professores a estimular o diálogo/escrita sobre o momento pelo qual está a passar. Proporcione os conhecimentos necessários, através de uma linguagem simples e clara (e com termos que elas possam compreender), que ajude as crianças a desenhar, escrever ou discutir sobre as questões relacionadas com as missões dos militares no estrangeiro.
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MAS PARA A CRIANÇA, PODE TER IMPACTO POSITIVO?
Saiba que…
… a ausência do familiar militar também pode ter alguns efeitos positivos sobre a criança.
O tempo que o militar está ausente fisicamente pode apresentar muitas oportunidades de
crescimento para uma criança.
Vários estudos demonstram que, apesar do stress que uma criança defronta durante a
ausência do familiar militar, existem significativos ganhos de desenvolvimento
durante o mesmo período pela mesma.
Aumento na sua maturidade
Quando um militar está deslocado, a
criança tem a oportunidade de aprender
mais sobre o mundo e “ganhar”
responsabilidades adicionais nas tarefas
diárias. Ao assumir estas responsabilidades
adicionais, a criança pode desenvolver
novas competências, interesses e aptidões.
Apoio à independência
Em comparação com outras crianças, as crianças de filhos militares tendem a
serem mais criativas e auto suficientes. O estilo de vida “militar” estimula as
capacidades das crianças para enfrentar e gerir novas situações. Isto levará ao
aumento da sua autoconfiança, logo tem uma maior propensão de construir
novas amizades.
Fortalecimento dos laços familiares
Durante o deslocamento, a criança terá que fazer reajustes emocionais que
podem levá-la a descobrir novas “fontes” de força e de apoio nos seus irmãos e
no seu cuidador não-deslocado.
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Cuide de si! Lembre-se que:
Precisa de uma pausa de vez em quando
Precisa de manter os bons hábitos
(exercício físico regular e uma dieta equilibrada)
AJUDANDO-SE faz com que lide melhor com os novos desafios.
NÃO ESTÁ SOZINHA(O)
Existem muitas pessoas que a podem apoiar e ajudar.
MANTENHA O CONTACTO com a família e com os seus amigos.
Cuidar de si é cuidar do seu filho!
Arranje tempo para si.
Arranje tempo para falar
sobre os seus sentimentos e
preocupações com outros
adultos.
Não gaste o tempo a pensar o
que pode correr mal.
FOCALIZE-SE nos aspetos
positivos e nas estratégias
para ultrapassar os desafios
e “andar em frente”.
Para si que fica!
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Saiba que…
…este afastamento temporário pode ser oportunidade de desenvolvimento pessoal.
É bem possível que descubra durante missão do seu companheiro(a) que você é mais forte, … é capaz de gerir mais facilmente as situações difíceis do que pensava à-partida.
Ao ser obrigada(o) a assumir a gestão da casa, talvez, possa encontrar interesse nas novas
responsabilidades.
FALEM previamente sobre a distribuição de tarefas.
Antes da partida, o planeamento dos aspetos mais práticos poderá prevenir dificuldades futuras. Por exemplo, é importante ajustar a questão financeira ou simplesmente antever as futuras inspeções (técnicas e de manutenção) e o seguro de carro.
Fique CONECTADA com
a sua família e amigos.
FALE dos seus
sentimentos, medos e
preocupações.
Manter a sua rotina diária da melhor maneira possível.
Reserve tempo para as coisas que gosta, mesmo para as pequenas coisas que lhe dão prazer.
Desligue a TV ou o rádio se a(o) estão a deixar ansiosa(o).
Aproveite os seus filhos. Promova momentos diários que lhe trazem alegria.
Contate a unidade para receber informações mais precisas. Não se deixe influenciar pelos rumores!
Se considerar procurar ajuda profissional de um psicólogo – CONTACTE-NOS!
As cartas têm a vantagem de poderem ser lidas e relidas quantas vezes for desejado. Juntamente com elas vai o cheiro, os traços pessoais expressos em letras, palavras e frases! Uma carta pode fazer “milagres”.
Para o(a) companheiro(a) militar é muito bom ler uma carta acompanhada com um desenho, uma pequena foto de si mesmo ou dos vossos filhos.
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Não entre em descontrolo Esta sugestão pode parecer despropositada, mas é uma dica importante para se lembrar. O descontrolo leva ao caos, e o caos é a última coisa que você quer ou precisa neste momento. Organize-se Economize tempo e frustração. Registre num bloco: uma lista com tarefas a realizar, senhas e outras informações pertinentes. Fale com os seus filhos Conhece e compreende os seus filhos melhor do que ninguém. Deixe que esse conhecimento seja o seu guia. Procuração A procuração permite que tenha acesso a contas bancárias e a cartões de crédito durante a ausência do seu(ua) companheiro(a). A procuração concede-lhe a autoridade para tomar decisões em nome dos dois. Outros documentos importantes Faça cópias com antecedência para economizar tempo e evitar um excesso de atividades posteriormente (certidões de nascimento, licença de casamento, documentos de hipoteca, etc.). Finanças Muitos casais têm contas conjuntas e individuais. A maioria das empresas de cartão de crédito, bancos e outras instituições financeiras não vai falar consigo se o seu nome não aparece na conta. Ambos têm que decidir o que é melhor para si. Bilhete de identidade ou cartão de cidadão Certifique-se de todos os elementos da família têm os cartões válidos. Finanças (exemplo IRS) Não se esqueça de anotar o nome de usuário e a senha de acesso. Contactos Registar contactos importantes: Cruz Vermelha, INEM, PSP, GNR, companhia de água/luz/gás, etc. Se surgir uma emergência não vai quer perder tempo. Seguros Verifique as datas de pagamento e datas de validade. Encontre tempo de qualidade
Ao longo desta fase, ainda que agitada, não se esqueça de reservar momentos para
apreciar momentos como casal e como família. Tire muitas fotos. Faça vídeos. Viaje
em família. As boas recordações ajudam a passar os momentos menos fáceis.
Crie uma rede de apoio! Como? Com a
ajuda do Mapa Mínimo de Relações
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MAPA MÍNIMO DE RELAÇÕES (MMR)
O mapa é composto por quatro quadrantes.
Cada quadrante representa as diferentes relações sociais: família, amigos, trabalho e/ou escola, e as relações comunitárias (com uma subdivisão - sistemas de saúde e instituições sociais).
Os quadrantes são subdivididos em três círculos concêntricos que indicam a proximidade das relações.
O interno representa as relações mais íntimas, o intermedio as relações sociais e/ou profissionais e o externo os conhecidos e as relações mais “afastadas”.
JUNTAMENTE COM O SEU(UA) COMPANHEIRO(A) preencha o MMR. Pode colocar informação adicional como por exemplo os contactos.
Exemplo:
As atividades em família são acontecimentos criados para o gozo das mesmas. O NAPIC/CPAE produziu
um conjunto de atividades divertidas orientadas para si e para os seus filhos – estas atividades têm
como objetivo promover e manter a aproximação do militar e da família ao longo das fases da missão.
CONTACTE-NOS!
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.
A maioria das crianças (e adultos) é suscetível de sentir
tristeza. É uma reação normal e natural, embora
existam algumas coisas que se pode fazer para ajudar.
Preparar a partida
Coisas que podem fazer a diferença:
Manter as rotinas da família, o mais possível, até o dia da partida;
Lembrar de situações semelhantes que eles têm sido capazes de lidar;
Fazer planos para manter um contacto regular;
Envolver TODOS nas preparações para a partida;
Planear o que fazer para acontecimentos e datas “especiais” que acontecem
durante a missão;
Realizar despedidas curtas.
Deixe que os seus filhos o ajudem a preparar a “mala” (exemplo: enrolar as meias, contar as t-shirts... nada de muito
importante, mas que fazem grande diferença!).
Peça ajuda para escolher as fotografias de família que irá levar.
“Encontre” um lugar especial para as fotografias que leva.
Garanta que as crianças têm fotografias de TODA a família.
Troque “objetos de conforto" (exemplo: um peluche).
Passe um tempo individual com cada criança antes de partir.
Planeie as formas de contactar (mail, facebook, webcam, … e carta “tradicional”, etc.).
Grave as histórias preferidas das suas crianças para elas ouvirem a sua voz antes de dormir. Ouvir a sua voz pode ser
muito reconfortante. Pode ser uma gravação de vídeo.
Compre e leve para escrever postais/cartões de aniversário ou eventos importantes que ocorrem durante a sua ausência –
assim, as crianças sabem que pensou nelas.
Faça com as suas crianças um "Baú de Memórias" com objetos que lembrem momentos que estiveram juntos.
Pergunte-lhes o que querem colocar (fotos, bilhetes, distintivos, brinquedos, aftershave – quanto mais engraçado melhor).
Para si que parte, algumas ideias…
À medida que se aproxima a separação pode existir uma mistura de emoções…
Todas elas podem ser reações normais – Os abraços muitas vezes podem dizer mais do que palavras.
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O tempo passa rápido…
…quando se está ocupado!
É a hora!
Dizer Adeus… Não há nenhuma maneira fácil de fazê-lo... embora seja uma situação desconfortante é
melhor do que não se despedir.
Depois da tristeza inicial - quase todas as crianças/jovens adaptam-se. Cada criança é única, umas
podem demorar mais um pouco que outras.
Com as mudanças depois da ausência, a criança sente a casa "diferente". Neste momento,
os laços familiares são fundamentais para regular a sua vida, proporcionando-lhe o
conforto e a segurança adequada. É por isso que as rotinas são importantes e a escola faz
parte desse processo de equilíbrio emocional.
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Quando uma criança está perturbada, a reação mais comum é a regressão emocional, ou seja, a criança
pode agir/comportar como quando era mais nova (exemplo, fazer chichi na cama).
ESTA FASE É PERFEITAMENTE NORMAL E É GERALMENTE TEMPORÁRIA
As reações podem variar dependendo da idade e do desenvolvimento da criança.
As crianças podem tornar -se “pegajosas”, irritadiças, “rebeldes” e a não participar na escola.
Outras podem tornar-se mal-humoradas, irritadas e argumentativas, ou podem perder o interesse nas
coisas/atividades que lhe davam prazer até então.
UMA PEQUENA OU BREVE ALTERAÇÃO NÃO É MOTIVO DE PREOCUPAÇÃO
Como educadora(o), no passado, já terá passado com sucesso muitos acontecimentos semelhantes.
O que fez? Ouviu-o(a) com simpatia, estando paciente, calma(o) e tolerante; manteve as regras e
princípios, mas fazendo pequenas concessões; tranquilizou-o(a) e apoiou-o(a); não foi exageradamente
protecionista; acalmou-o(a) quando os sentimentos estavam “ao rubro”.
Compreenda que quando uma criança está angustiada ou chateada ela pode dizer coisas
dolorosas, mas que realmente não sente.
Seja tolerante e compreenda as mudanças emocionais e comportamentais da criança.
Tranquilize-a, sem transmitir uma falsa segurança. Explique as coisas com palavras/ideias simples.
Tranquilize-a quanto ao apoio e amor de ambos os pais. Explique que o pai/mãe ausente não o
abandonou por não gostar dela, mas sim que a ama e que pensa nela todos os dias.
CENTRO DE PSICOLOGIA APLICADA DO EXERCITO Núcleo de Apoio Psicológico e Intervenção na Crise
Praça do Comércio 1100-148
De 2ª a 6ª feira das 09h00 às 17h00
916103596