A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

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VERÃO N.80 VERÃO 2015 N. 80 siemens.pt Em Foco O FUTURO DA INDÚSTRIA NA FEIRA DE HANNOVER 2015 Tema de Capa OS DESAFIOS DA INDÚSTRIA PORTUGUESA Destaques 110 ANOS DA SIEMENS EM PORTUGAL A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

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Page 1: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

VERÃO N.80

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01

5 • N

. 80

siemens.pt

Em FocoO FUTURO DA INDÚSTRIA NA FEIRA DE HANNOVER 2015

Tema de CapaOS DESAFIOS DA INDÚSTRIA PORTUGUESA

Destaques110 ANOS DA SIEMENS EM PORTUGAL

A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Page 2: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Energia · Indústria · Infraestruturas · Saúde

Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905E isso vê-se em todos os momentos nos pequenos e grandes projetos.

siemens.pt/110anos

A Siemens celebra este ano 110 anos de presença em Portugal e isso faz com que seja um dos mais antigos parceiros do país. Esteve com Portugal nas primeiras experiências de eletrificação do território e no cresci-mento da rede ferroviária. Ajudou a indústria especializada e, ao longo dos anos, dos eletrodomésticos ao equipamento médico, a Siemens foi sempre uma presença constante nos grandes momentos do país.

Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905.

2014 A Siemens Portugal foi

nomeada um dos 30 lead countries do Grupo a nível global, ficando com a res-ponsabilidade por apoiar o desenvolvimento do negócio em Angola e Moçambique.

Inauguração do Centro de Competências IT

Global Operation Lisbon.

2011 Para a central hidroelé-

trica de Venda Nova III (EDP) a Siemens, S.A. forneceu o equipamento eletromecânico.

2012 Fornecimento de

soluções aeroportuárias para quatro aeroportos de Angola - Soyo, Dun-do, Saurimo e Luena.

2013 A Siemens soma 12

Centros de Competên-cia nas áreas Energia, Infraestruturas e Saúde assim como serviços partilhados (recursos

humanos, compras, finanças, etc).

1876 Fornecimento de

um forno para a in-dústria vidreira na Marinha Grande.

1895 Motores Siemens

equipam elétricos da Companhia

Carris, no Por-to.

1913 Fornecimento de equi-

pamentos para a cen-tral hidroelétrica de Santa Rita (Fafe) e para a central termo-elé-

trica de Massarelos (Porto).

1934 Estabelecimento da

Siemens na Rua Augusta. Introdução do negócio de eletrodomésticos.

1955 Fornecimento de 24

carruagens para o Metropolitano de Lisboa.

1964 A Siemens inicia a atividade

fabril em Portugal, através da aquisição da Motra-Equipa-mentos Elétricos produtora de motores e transformadores.

1971 Arranque da nova Fábrica

em Évora, produtora de relés (Material de Telecomunicações).

1987 Entrega da primeira

central pública digital em Portugal no âmbito da substituição da rede telefónica pública por

equipamento digital. 1989

Inauguração da nova Sede “Dois Moinhos”, em

Alfragide.

1990

Assinado com a CP o contrato de fornecimento de unidades elétricas para a linha de Sintra.

Assinados contratos com CTT e TLP para implementação da primeira rede móvel.

1992 Constituição da Fábrica

do Seixal - disjuntores e quadros elétricos.

1995 Entrada em funciona-

mento do novo Hospital de Leiria, projeto “chave na mão” realizado pela Siemens.

Carlos Melo Ribeiro é o primeiro português a

liderar a empresa em Portugal.

1996 Constituição da Siemens

Semicondutores, S.A., Vila do Conde.

10 comboios pendulares da CP são equipados com siste-mas elétricos de controlo e

tração Siemens.

1997 Início de atividades da

Fábrica Condensadores de Tântalo em Évora com um investimento inicial no valor de 50 milhões de euros.

1998 A Expo’98 teve a colaboração

da Siemens como patrocinadora e fornecedora de equipamentos e serviços tecnológicos.

2000 Início de funciona-

mento da central da Tapada do Outeiro, projeto “chave na mão” desenvolvido

pela Siemens.

2001 Instalação do centro

de Competências para aplicações UMTS. Contrato para renovação da Cen-

tral do Ribatejo.

2010 Protocolo com o MOBI-E

(a entidade portuguesa responsável pela dinamiza-ção da mobilidade elétrica em Portugal) para soluções de carregamento de carros elétricos.

2009 Assinatura protocolo com

EMEF para criação de com-petências nacionais na área da montagem de material circulante ferroviário.

2008

Início da construção da cen-tral de Ciclo Combinado do Pego, uma das mais eficien-tes centrais do mundo.

2006

Aquisições da Bayer Diagnostics, da Diagnostic Products Corporation e da CTI tornam a Siemens líder mundial em diag-nóstico integrado

in-vivo e in-vitro.

2005 Estabelecimento de parceria com

a Gulbenkian para a Biologia Computacional.

Projeto do Hospital da Luz: fornecimento de soluções de imagiologia, tecnologias de informação entre outros

sistemas.

2004 Fornecimento de soluções

integradas para nove dos dez estádios de futebol do Euro-2004. Desenvolvimento e operação do Terminal de Passageiros temporário criado para fazer face ao fluxo

de passageiros no aero-porto de Lisboa.

2003 Criação do Laboratório

de Redes Óticas e de um Centro Mundial de I&D de software para as redes de UMTS e

GPRS.

2002 Um milhão de

telemóveis vendidos. Adjudicação do projeto

“chave na mão” para o Metro Sul do Tejo: mate-rial circulante e infra-

-estruturas eletro-mecânicas.

1905

A Companhia Portuguesa de Eletricidade Siemens inicia as suas atividades em Portugal.

https://www.facebook.com/siemensportugalhttps://twitter.com/SiemensPortugalhttps://www.youtube.com/user/ptsustentavelhttps://instagram.com/siemensportugal/

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Energia · Indústria · Infraestruturas · Saúde

Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905E isso vê-se em todos os momentos nos pequenos e grandes projetos.

siemens.pt/110anos

A Siemens celebra este ano 110 anos de presença em Portugal e isso faz com que seja um dos mais antigos parceiros do país. Esteve com Portugal nas primeiras experiências de eletrificação do território e no cresci-mento da rede ferroviária. Ajudou a indústria especializada e, ao longo dos anos, dos eletrodomésticos ao equipamento médico, a Siemens foi sempre uma presença constante nos grandes momentos do país.

Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905.

2014 A Siemens Portugal foi

nomeada um dos 30 lead countries do Grupo a nível global, ficando com a res-ponsabilidade por apoiar o desenvolvimento do negócio em Angola e Moçambique.

Inauguração do Centro de Competências IT

Global Operation Lisbon.

2011 Para a central hidroelé-

trica de Venda Nova III (EDP) a Siemens, S.A. forneceu o equipamento eletromecânico.

2012 Fornecimento de

soluções aeroportuárias para quatro aeroportos de Angola - Soyo, Dun-do, Saurimo e Luena.

2013 A Siemens soma 12

Centros de Competên-cia nas áreas Energia, Infraestruturas e Saúde assim como serviços partilhados (recursos

humanos, compras, finanças, etc).

1876 Fornecimento de

um forno para a in-dústria vidreira na Marinha Grande.

1895 Motores Siemens

equipam elétricos da Companhia

Carris, no Por-to.

1913 Fornecimento de equi-

pamentos para a cen-tral hidroelétrica de Santa Rita (Fafe) e para a central termo-elé-

trica de Massarelos (Porto).

1934 Estabelecimento da

Siemens na Rua Augusta. Introdução do negócio de eletrodomésticos.

1955 Fornecimento de 24

carruagens para o Metropolitano de Lisboa.

1964 A Siemens inicia a atividade

fabril em Portugal, através da aquisição da Motra-Equipa-mentos Elétricos produtora de motores e transformadores.

1971 Arranque da nova Fábrica

em Évora, produtora de relés (Material de Telecomunicações).

1987 Entrega da primeira

central pública digital em Portugal no âmbito da substituição da rede telefónica pública por

equipamento digital. 1989

Inauguração da nova Sede “Dois Moinhos”, em

Alfragide.

1990

Assinado com a CP o contrato de fornecimento de unidades elétricas para a linha de Sintra.

Assinados contratos com CTT e TLP para implementação da primeira rede móvel.

1992 Constituição da Fábrica

do Seixal - disjuntores e quadros elétricos.

1995 Entrada em funciona-

mento do novo Hospital de Leiria, projeto “chave na mão” realizado pela Siemens.

Carlos Melo Ribeiro é o primeiro português a

liderar a empresa em Portugal.

1996 Constituição da Siemens

Semicondutores, S.A., Vila do Conde.

10 comboios pendulares da CP são equipados com siste-mas elétricos de controlo e

tração Siemens.

1997 Início de atividades da

Fábrica Condensadores de Tântalo em Évora com um investimento inicial no valor de 50 milhões de euros.

1998 A Expo’98 teve a colaboração

da Siemens como patrocinadora e fornecedora de equipamentos e serviços tecnológicos.

2000 Início de funciona-

mento da central da Tapada do Outeiro, projeto “chave na mão” desenvolvido

pela Siemens.

2001 Instalação do centro

de Competências para aplicações UMTS. Contrato para renovação da Cen-

tral do Ribatejo.

2010 Protocolo com o MOBI-E

(a entidade portuguesa responsável pela dinamiza-ção da mobilidade elétrica em Portugal) para soluções de carregamento de carros elétricos.

2009 Assinatura protocolo com

EMEF para criação de com-petências nacionais na área da montagem de material circulante ferroviário.

2008

Início da construção da cen-tral de Ciclo Combinado do Pego, uma das mais eficien-tes centrais do mundo.

2006

Aquisições da Bayer Diagnostics, da Diagnostic Products Corporation e da CTI tornam a Siemens líder mundial em diag-nóstico integrado

in-vivo e in-vitro.

2005 Estabelecimento de parceria com

a Gulbenkian para a Biologia Computacional.

Projeto do Hospital da Luz: fornecimento de soluções de imagiologia, tecnologias de informação entre outros

sistemas.

2004 Fornecimento de soluções

integradas para nove dos dez estádios de futebol do Euro-2004. Desenvolvimento e operação do Terminal de Passageiros temporário criado para fazer face ao fluxo

de passageiros no aero-porto de Lisboa.

2003 Criação do Laboratório

de Redes Óticas e de um Centro Mundial de I&D de software para as redes de UMTS e

GPRS.

2002 Um milhão de

telemóveis vendidos. Adjudicação do projeto

“chave na mão” para o Metro Sul do Tejo: mate-rial circulante e infra-

-estruturas eletro-mecânicas.

1905

A Companhia Portuguesa de Eletricidade Siemens inicia as suas atividades em Portugal.

https://www.facebook.com/siemensportugalhttps://twitter.com/SiemensPortugalhttps://www.youtube.com/user/ptsustentavelhttps://instagram.com/siemensportugal/

Page 4: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Caso queira participar uma violação às regras de conduta internas “Business Conduct Guidelines”, contacte pelo e-mail: [email protected]

Disponível em versão

ipad e android

Tema de Capa: A nova era da indústria nacional

Entrevista: António Pires de Lima – “A indústria é motor de desenvolvimento” Entrevista: Diogo da Silveira – “O crescimento da utilização do e-mail impulsionou a venda de papel”

Opinião: António Mira DIRETOR-GERAL

DA DIGITAL FACTORY AnD PROCESS InDUSTRIES

AnD DRIVES DA SIEMEnS “A resposta à quarta revolução industrial”

P Á G I N A 1 2

TEMA DE CAPAFOCO

P Á G I N A 5

Clipping – A Siemens nos media Relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa

O futuro da indústria

IMPRESSUM: Diálogo Publicação da Siemens em Portugal PROPRIETÁRIO E EDITOR: Siemens, S.A. DIRETORA: Joana Garoupa - Tel.: 214 178 225 joana.garoupa@

siemens.com COORDENAÇÃO GERAL: Ana Ribeiro - Tel.: 214 178 504 [email protected] e Sandra Pimentel - Tel.: 214 178 587 [email protected]

COLABORADORES: Cátia Rocha, Hugo Modesto, Inês Delgado, Inês Luís, Ira Litwinoff, Luísa Silva, Paula Baixinho, Rita Conde, Rita Silva, Salomé Faria, INFORMAÇÃO:

CG - Communications & Government Affairs, Siemens, S.A. - Tel.: 214 178 504 ENDEREÇO POSTAL: R. Irmãos Siemens, 1 . 2720-093 Amadora . internetrequest.pt@

siemens.com EDIÇÃO, DESIGN E PAGINAÇÃO: serviço Custom Publishing da PURE Ativism SEDE DE REDAÇÃO: R. Irmãos Siemens, 1 - 2720-093

Amadora PERIODICIDADE: Trimestral TIRAGEM: 4000 exemplares NÚMERO DE REGISTO ERC: 124 862 DEPÓSITO LEGAL n.º 22.851/88 A DIÁLOGO NA INTERNET:

http://www.siemens.pt - Conteúdos escritos ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

P Á G I N A 2 4

ENERGIA SUSTENTÁVEL: PáGInAS 22 A 28INFRAESTRUTURAS INTELIGENTES: PáGInAS 29 A 37FUTURO DA INDÚSTRIA: PáGInAS 39 A 40SAÚDE: PáGInAS 41 A 44 ANGOLA E MOÇAMBIQUE:PáGInAS 45 A 50

BUSINESS TO SOCIETY

DESTAQUESP Á G I N A 7 3

Resultados sólidos – A levar a“Engenharia made in Portugal aos quatro cantos do Mundo”

Portos com alma lusa Lisbon Business Connections Uma pegada com 110 anos

P Á G I N A 8 0

I LOVE SIEMENS

O setor da indústria em resumo A marca nas Redes Sociais

P Á G I N A 5 1

CENTROS DE COMPETÊNCIA

Centro de Tecnologias de Informação comemora um ano de vida

Reconhecimento na área dos autocarros elétricos em Portugal

Centro Global de Gestão de Imobiliário ganha terreno internacional

P Á G I N A 5 4

SUSTENTABILIDADE

ST

Geração 2015 – Desafio para jovens e futuros engenheiros

Regresso a casa Centro Infantil da Cruz Vermelha Portuguesa recebe remodelação

ATEC promove empreededorismo jovem

Aposta na diversidade em Portugal

P Á G I N A 6 4

RAIO-X INOVAÇÃO

Laboratório de PlasmasHipersónicos apoia indústria espacial

Pictures of the Future – Cenário 2030: Rumo à realidade

Crescimento sustentável Valorização do talento em Portugal

Pioneirismo no setor energético nacional

30 anos de inovações em ressonância magnética

Page 5: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

MELO RIBEIROAdministrador Delegado e Chief Executive Officer

Indústria 4.0: Por um Portugal Digital

A indústria é um dos motores decisivos para o desenvolvimento do país, sendo o grande impulsionador das exportações nacionais. A aposta na exportação e internacionalização foi, talvez, a melhor resposta das indústrias portuguesas aos efeitos da crise financeira que o país tem vindo a atravessar.

Para que este setor de atividade seja bem- -sucedido, além de melhorias de produtividade é necessária uma forte política de inovação em relação a produtos, processos produtivos e co-merciais, e uma decisiva captação de talentos. Todos estes fatores são relevantes, ainda mais quando sabemos que Portugal e a Europa estão no limiar de uma nova revolução industrial.

Tal como as três revoluções industriais an-teriores, a atual, a quarta – Indústria 4.0 –, assinala uma nova era na produção que visa interligar os fluxos de dados entre parceiros, fornecedores e clientes e a integração vertical dos ciclos produtivos dentro das organizações, desde o desenvolvimento até ao produto aca-bado. O mundo real irá fundir-se com o virtual neste processo, em sistemas onde sensores e chips identificam e localizam produtos e em que estes conhecem o seu próprio histórico e o seu estado atual.

Este novo panorama traz ganhos de eficiên-cia e um aumento exponencial no dinamismo do setor, trazendo novos players e tecnolo-gias para o mundo industrial. É verdade que

o processo não irá decorrer de um dia para o outro. Mas as bases do futuro já estão lan-çadas, até porque muitos componentes da Indústria 4.0 já estão disponíveis. Basta lem-brar que o Fórmula 1 de Sebastian Vettel e o Mars Rover “Curiosity” foram desenvolvidos, no mundo virtual, com a ajuda do software de gestão do ciclo de vida do produto (PLM) da Siemens, o que dispensou meses de testes práticos desnecessários.

Para preparar já hoje os recursos humanos que irão ditar as regras desta nova era, esta-belecemos com o Estado português o proto-colo Engenharia Made in Portugal que dotou as principais universidades e escolas técnico- -profissionais com licenças de software e kits de automação Siemens, aproximando o ensi-no teórico/prático das necessidades reais da indústria nacional e da sua modernização. A iniciativa também pretende criar condi-ções para que os futuros engenheiros acedam a uma formação cada vez melhor, fundamen-tal para impulsionar a indústria e desenvolver a economia portuguesa.

Nos dias de hoje, enquanto o universo da In-dústria 4.0 começa a ganhar forma, vamos aprendendo e desenvolvendo o potencial que tem para se tornar um impulsionador de ex-portação, não só em Portugal, como também no resto da Europa. Se ficarmos parados, fica-mos para trás.

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Page 6: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

FOCO

I M P R E N SA

ORDEM DOS ENGENHEIROS ENTRA NO PRÉMIO NOVA GERAÇÃOANTÓNIO MIRA

EM ENTREVISTA

A PERSONALIDADE DOS EDIFÍCIOS DO FUTURO

SIEMENS LIGA TEORIA ACADÉMICA À INDÚSTRIA

Revista InGenium1 de janeiro de 2015

Revista Indústria1 de janeiro de 2015

Vida Imobiliária1 de fevereiro de 2015

Expresso28 de fevereiro de 2015

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A Siemens nos MediaA indústria do futuro precisa de novos talentos. Esta é uma aposta da empresa.

A Ordem dos Engenheiros (OE) associou-se à iniciativa Prémio Nova Geração|15, um concurso de ideias que visa distinguir e reconhecer as melhores propostas para o futuro da indústria portuguesa.Uma iniciativa da Siemens a que se juntaram a OE, a CIP e a COTEC, e que visa estimular a formação na área da engenharia.

O responsável pelas divisões da Indústria foi entrevistado pela revista Indústria, onde explicou o Prémio Nova Geração|15 no âmbito do projeto “Engenharia Made in Portugal”.“A competição foi pensada e desenvolvida com o objetivo de aproximar o ensino teórico e prático das necessidades reais da indústria nacional e da sua modernização”, avançou António Mira. Uma entrevista onde também se falou do papel da Siemens enquanto empresa de engenharia, na modernização da indústria nacional e na sua entrada na quarta revolução industrial.

As “qualidades verdes” dos edifícios – consumo de recursos, construção e operação sustentável – são e continuarão a ser um importante fator de diferenciação no setor imobiliário. Uma entrevista de

A multinacional Siemens quer incentivar os jovens futuros engenheiros a criarem uma indústria mais moderna e inovadora.

Luís Mourato, responsável pela divisão Building Technologies.

PRÉMIO NOVA GERAÇÃO|15

Correio da Manhã19 de abril de 2015

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A Siemens vai receber durante seis meses quatro estudantes universitários para estagiarem nos seus departamentos, como notícia a secção dedicada às novas tecnologias do Correio da Manhã. Esta oportunidade surge no âmbito do Prémio Nova Geração|15.

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SIEMENS PROCURA NOVOS TALENTOS

A Siemens Portugal está a desenvolver diversos projetos em parceria com cerca de 200 escolas e universidades nacionais que já envolveram mais de 47 mil alunos, disse ao Diário Económico António Mira. O responsável da Siemens pelo setor da indústria explicou, também, que o objetivo é encontrar novos talentos na área da engenharia. António Mira referiu, ainda, ao DE a

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Page 7: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

CENTRO DE COMPETÊNCIAS PARA A ENERGIA

20 ANOS DE CARREIRA

SIEMENS APOSTA NA PROMOÇÃO DA CARREIRA DAS EXECUTIVAS

PRESIDENTE DA SIEMENS RECEBIDO E AGRACIADO EM BELÉM

Revista Exame1 de maio de 2015

Diário Económico28 de abril de 2015

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Diário Económico13 de maio de 2015

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A Siemens está a terminar mais um grande projeto de investimento em Portugal, desta vez na área da energia. Trata-se do 17.º Centro de Competências que o grupo abriu em Portugal. Numa entrevista ao Diário Económico, o responsável por esta divisão no país, Fernando Silva, fala dos desafios futuros e da estratégia da Siemens para a área da energia. Segundo este responsável, estamos a falar de uma equipa constituída por 350 pessoas na divisão de Energy Managment.

Carlos Melo Ribeiro conta como foi o seu percurso na empresa, os desafios da economia protuguesa e como fintou a crise. Ajudar a fazer crescer os negócios

das empreendedoras portuguesas é objetivo do programa “The Mentoring Empresarial Connect to Success” que foi lançado pela embaixada norte-americana em Portugal. O programa prevê que grandes empresas portuguesas disponibilizem uma equipa para responder aos desafios do desenvolvimento de negócio destas mulheres. A Siemens é uma das empresas que disse sim a este convite. Entrevista a Joana Garoupa, diretora de Comunicação da Siemens Portugal.

O presidente da Siemens AG, Joe Kaeser, foi recebido pelo Presidente da República, Cavaco Silva, que o agraciou com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial, por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal.

existência de outros projetos da empresa alemã a este nível, como a Automation Academy e o programa PLM.

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ETV: “Capital Humano”2 de abril de 2015

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CRESCIMENTO VERDE

TSF4 de março de 2015

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R Á D I O

Entrevista com Joana Garoupa, diretora de Comunicação da Siemens, sobre a Semana Nacional para o Crescimento Verde, Green Business Week, que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa.

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T E L E V I SÃO

O NEGÓCIO DA SAÚDE

RTP2: “Página 2”24 de fevereiro de 2015

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João Seabra, diretor-geral da região sudoeste da Europa, da divisão Healthcare, tendo a seu cargo a gestão de seis países, foi o convidado do programa “Página 2”. É responsável pela gestão do negócio em França, Itália, Espanha, Portugal, Grécia e Bélgica.

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Diário Económico27 de abril de 2015

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Page 8: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL
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Depois de uma reunião com o manage-ment da Siemens Portugal para discutir plataformas de crescimento da empresa, o CEO da Siemens AG, Joe Kaeser, foi para a Presidência da República para ser agra-ciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial.

Já depois de ter recebido as insígnias, o pre-sidente da Siemens manifestou a sua “gran-de honra” em receber a distinção, dedicando--a a todos os colaboradores da Siemens em Portugal, notando que têm sido eles “a fazer a diferença”. “Estamos aqui há 110 anos e fica-remos cá por mais 110 anos”, prometeu.

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, sublinhou a relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa, conside-rando que a empresa tem ajudado a projetar o país como uma localização competitiva para o investimento. “Consideramos que a Siemens, como grande empresa global que é, tem ajuda-do a projetar Portugal como uma localização competitiva para o investimento. A Siemens está em Portugal há 110 anos e, ao ser obser-vada por outros investidores internacionais, pode contribuir para que sejam tomadas deci-sões para que os outros invistam em Portugal”, afirmou o chefe de Estado, Cavaco Silva.

Cavaco Silva, que falava antes de condeco-rar o presidente da Siemens, Joe Kaesar, lem-brou que a empresa é um dos mais antigos grupos empresariais a operar no país, tendo ao longo do tempo contribuído para o desen-volvimento económico e social. Atualmente, referiu, emprega direta e indiretamente

colaboradores “altamente qualificados” e es-tabeleceu parcerias com universidades e ins-tituições científicas, contribuindo desta for-ma para a investigação, o desenvolvimento e a inovação em Portugal, ao mesmo tempo que criou centros de competência que projetam o país por todo o mundo. “Há, portanto, uma relação de confiança – podemos dizer assim – entre a Siemens e a economia portuguesa”, frisou. Referindo-se à sua visita em 2009 à sede da empresa, em Munique, o Presidente da República recordou a forma como ficou impressionado com os projetos inovadores que então lhe foram apresentados, alguns dos quais trabalhados em Portugal e que depois

“levam o talento português aos cinco conti-nentes. “A Siemens é uma das maiores em-presas a nível mundial, penso que tem a nível mundial mais de 300 mil colaboradores, é co-nhecida pela excelência da sua engenharia, da inovação, das soluções tecnológicas, pela procura incessante de resposta para os pro-blemas do mundo moderno”, acrescentou. Complementarmente, e por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal, a visita de Joe Kaesar terminou com um almoço com alguns dos clientes Siemens e o ministro da Economia, Pires de Lima.

Joe Kaeser visitou Portugal em maio por ocasião do 110.º aniversário da presença da empresa em Portugal e foi homenageado pelo Presidente da República Portuguesa

Relação de confiança entre a Siemens e a economia portuguesa

Joe Kaeser, CEO da Siemens AG, é agraciado por Cavaco Silva, Presidente da República,

com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Empresarial, Classe do Mérito Industrial

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Page 10: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

O futuro da indústria

A Siemens apresentou as mais recentes ino-vações no caminho para a produção do futu-ro na edição de 2015 da Feira de Hannover, aquela que é considerada o maior certame do mundo sobre tecnologia industrial.

Sob o lema “A Caminho da Indústria 4.0 –Impulsionar a Empresa Digital”, o stand de 3500m2 da Siemens apresentou, aos seus clientes industriais, uma visão abrangente do vasto portefólio da empresa.

O espaço reuniu soluções integradas para otimização da produção nas áreas da eletri-ficação, automação e digitalização, aquelas em que a empresa vai continuar a apostar nos próximos anos por serem as de poten-cial mais elevado.

A Siemens apresentou, no certame, uma vas-ta gama de produtos, soluções e serviços que podem ajudar a conseguir mais eficiência, inteligência e flexibilidade na produção in-dustrial ao longo de toda a cadeia de valor. A chave para isso é a transformação digital em contexto industrial. Esta evolução, que ainda se encontra nos estágios iniciais de de-senvolvimento, está a abrir novas vias para um futuro de sucesso, no qual a indústria será capaz de desempenhar o seu papel como mo-tor de inovação, crescimento e estabilidade social. A Siemens, empresa especialista líder a nível global, está em desenvolvimento con-tínuo neste campo e fez da digitalização uma prioridade. É por isso que os seus produtos e serviços irão continuar a fortalecer a compe-titividade das empresas no longo prazo.

As diversas zonas temáticas do stand em Hannover 2015 foram encenadas de forma apelativa, com exemplos visualmente im-pressionantes. Foi dada uma ênfase espe-cial à digitalização da indústria no contexto dos temas-chave: “O Futuro da Produção” e “Energia Sustentável”.

No seu “Fórum de Digitalização”, que ocupou uma área de cerca de 1000m2 do stand com um palco próprio, a Siemens recriou exem-plos de aplicações reais das indústrias trans-formadoras e de embalagem, do setor de engenharia mecânica e de produção aditiva. O Fórum também foi palco de uma apresen-tação central que abordou os diferentes as-petos da digitalização e mostrou como a Sie-mens interliga o mundo real com o virtual.

Soluções integradas com vista à otimização da produção industrial com ligações entre o mundo real e virtual

são o cenário perfeito para conhecer o mundo 4.0

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Page 11: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

30

km de cabos

23

pontos wi-fi

120.000visitantes

3.000doses de salsicha

25.000cafés e cappuccinos

10.000litros de bebidas

23delegações de 19 países

85

toneladas de aço

3.500m2

Stand da Siemens

> 120apresentações de produtos

Hannover 2015

Visita oficial no stand Siemens: Angela Merkel, chanceler alemã, o primeiro-ministro indiano Narendra

Modi com Joe Kaeser, CEO da Siemens AG, e Klaus Helmrich, membro do Managing Board

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Page 12: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

TEMA DE CAPA13-15

A indústria nacional é um pilar fundamental da sustentabilidade do modelo económico e social em Portugal. O investimento em tecnologia e inovação, captação de talento e a aproximação entre o ensino, a investigação e a indústria são alguns dos desafios.

O papel da indústria como motor de desenvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positiva.

ENTREVISTA16-19

ANTÓNIOPIRES DE LIMA

DIOGO DA SILVEIRA

A partilha mais rápida entre utilizadores ilimitados contribuiu para o crescimento do volume de impressão devido à preferência das pessoas por lerem documentos em papel.

OPINIÃO20-21

ANTÓNIO MIRA

O sucesso futuro da indústria nacional passa pela captação de talento, pela inovação em termos de produtos, processos produtivos e comerciais e pela melhoria da produtividade.

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Page 13: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A indústria é o cerne de uma economia forte. Contribui, em média, para 77% da inovação de cada país, 70% das suas exportações e re-presenta 17% do seu produto interno bruto (PIB). A política indus-trial da União Europeia (UE) integra-se na estratégia de crescimento Europa 2020 e visa o crescimento sustentável e a criação de empre-go através do uso eficiente dos recursos disponíveis. Como a indús-tria nacional é um pilar fundamental da sustentabilidade do modelo económico e social em Portugal, o relançamento do setor deve ba-sear-se nesta estratégia. O seu sucesso depende da capacidade da in-dústria de ultrapassar vários desafios. Entre estes encontram-se o investimento em tecnologia e inovação, captação de talento e a apro-ximação entre o ensino e a investigação e a indústria.

Portugal tem de se apoiar numa economia do conhecimento que leve à inovação tecnológica, comercial e de produto que permita às em-presas nacionais terem sucesso por fazerem e oferecerem diferente e melhor. Um estudo recente da Comissão Europeia (CE) demonstra que a União Europeia (UE) poderia criar 3,7 milhões de postos de tra-balho e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) anual em 795 mil milhões de euros até 2025 ao consagrar 3% do seu PIB à investiga-ção e desenvolvimento. A economia portuguesa tem apostado nisso, com o apoio de sucessivos governos, aplicando cada vez mais recur-sos financeiros e humanos em investigação, desenvolvimento e ino-vação. Este esforço resultou na melhoria de alguns rankings e indi-cadores relativos à despesa, qualificação em ciência e tecnologia e à publicação científica do país, com exceção de 2012 devido ao impac-to da crise. Mas para o setor industrial recuperar é necessário apos-tar ainda mais em inovação, procurando antecipar tendências e po-tenciando o conhecimento e tecnologia ao seu alcance, dentro e fora das instalações fabris, para conseguir oferecer, ao mercado global, produtos diferenciados. Para que isso aconteça é necessário, entre outros, que o país se torne mais produtivo, investindo ainda mais na modernização tecnológica da indústria nacional.

A captação de talento e a qualificação do capital humano, atra-vés de uma coordenação e relação eficaz entre as escolas e uni-versidades e o setor industrial, em termos de políticas de ensino e

formação, tem assumido um papel importante no aumento da com-petitividade das empresas.

No entanto, a capacidade de atrair os melhores passa pela melho-ria da imagem do setor industrial nacional em relação à sua capa-cidade tecnológica e pelo aprofundar do seu envolvimento nas vá-rias fases do ensino secundário, profissional ou superior. Isso pode ser feito através da sua participação na definição dos programas escolares. Mas também implica o desenvolvimento e disseminação de case studies para apoio curricular em determinadas disciplinas. Desta forma, a indústria promove uma perspetiva prática sobre os principais temas do setor, fornecendo conhecimento mais adequa-do aos seus futuros trabalhadores.

Este tipo de ações contribui para o setor promover a sua imagem e para melhorar a sua capacidade de atração junto de um público cujo processo formativo está cada vez mais orientado para o setor terciário. Se a indústria captar talento dotado de algum conheci-mento prático, reforçando-o, depois, com as ferramentas e meto-dologias de produção mais recentes, poderá ter acesso a um quadro de trabalhadores mais autónomos, motivados e criativos logo des-de a sua integração.

Outro dos desafios do setor industrial é que poucas empresas olham com atenção para o seu acervo tecnológico e conseguem fa-zer uma análise sobre a rotura tecnológica prevista para um futuro próximo. Por isso é muito relevante o reforço da ligação entre o te-cido empresarial e o meio académico, pois o conhecimento gerado nas universidades pode ser essencial para a criação de vantagens competitivas no mercado e para ultrapassar barreiras técnicas que ocorrem em processos de investigação e desenvolvimento que de-corram no seio das empresas.

É essencial a indústria nacional apostar na inovação tecnoló-gica e de produto para poder concorrer no mercado global, até porque já não consegue competir pelo baixo custo dos produtos que coloca no mercado.

O setor industrial nacional está a apostar cada vez mais em inovação, potenciando o conhecimento e tecnologia nacionais para oferecer, ao mercado global, produtos diferenciados. A inovação começa agora

A nova era da indústria nacional

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Por isso, o caminho da indústria portuguesa passa por aprovei-tar, de forma mais eficiente, o potencial científico e técnico ge-rado no meio académico e no tecido empresarial para encontrar as melhores soluções para melhorar a sua capacidade concorren-cial. Isto implica a necessidade de adaptar os modelos de negócio aos novos desafios económicos globais, incluindo o investimen-to em tecnologias mais eficientes e produtivas. Existem bons exemplos disso nos setores da pasta e do papel, de componentes para automóvel, de moldes e de têxtil e calçado nacionais, entre outros. A mudança feita no setor de calçado, por exemplo, per-mitiu que este setor consiga vender cada par de sapatos a cerca de 24 euros, o segundo valor mais elevado a seguir aos italianos, registando exportações crescentes nos últimos anos. E vendem--se principalmente à custa de inovação. Não só tecnológica, mas também comercial e em termos de design.

O trabalho já realizado por algumas das empresas nacionais per-mitiu-lhes competir no mercado global com um posicionamento completamente diferente do tradicional. Está, hoje, mais associa-do a estratégias de diferenciação e inovação de produto e de pro-cesso. Ou seja, não fazem apenas coisas novas. Também produzem de forma diferente.

O sucesso futuro da indústria nacional implica a captação de talen-to, a melhoria da produtividade e a inovação em termos de produtos, processos produtivos e comerciais. Isto acarreta mais investimento em formação, investigação e desenvolvimento e em novas e melhores tecnologias. Tudo é relevante, até porque a indústria portuguesa é um motor decisivo para o desenvolvimento nos próximos anos.

A grande indústria nacional

As grandes empresas industriais são as maiores exportadoras portuguesas. Por exemplo, a Autoeuropa representa sensivelmente 6% das exportações nacionais de mercadorias, incorporando componentes de várias empresas nacionais, muitas delas PME, sem, no entanto, deixar de lhes colocar as mesmas exigências que impõe aos seus restantes fornecedores certificados. A Portucel Soporcel, cuja atividade está ligada à produção e comercialização de pasta e papel, representa cerca de 3% das exportações nacionais e quase 1% do PIB. O grupo diferencia-se pela integração vertical do seu modelo de negócio – investigação aplicada, floresta, pasta de celulose, energia renovável e papel – e pelo elevadíssimo Valor Acrescentado Nacional (VAN), direto e indireto, que incorpora nos produtos que fabrica e exporta na sua quase totalidade. A sua posição de liderança internacional, a forte contribuição para a economia nacional e a estratégia de crescimento e inovação que prossegue, a par das credenciais éticas e de sustentabilidade, levaram a que o grupo fosse nomeado, em junho de 2013, como a “Melhor Empresa da Europa” pelos European Business Awards.

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ANTÓNIO PIRES DE

LIMA MINISTRO DA ECONOMIA

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DIÁLOGO: A indústria tem um papel essencial na economia. Qual tem sido o seu desempenho como motor de desenvolvimento para a necessária recuperação de Portugal? ANTÓNIO PIRES DE LIMA: A elevada concentração do setor dos ser-viços na estrutura produtiva em detrimento da indústria tem sido uma forte tendência observada em Portugal e na generalidade dos países desenvolvidos desde o final dos anos 90 face aos países emergentes, nomeadamente a China.

Entre 2000 e 2014 o VAB gerado pela indústria transformadora e extrativa no país desceu de 17,7% para 12,9% do total, e o emprego respetivo desceu de 22,1% para 16,7% do total. A análise inter-re-gional do VAB em Portugal revela que esta tendência se refletiu, embora de forma heterogénea, em todas as regiões.

Apesar desta evolução, tem-se registado uma alteração significa-tiva no padrão de especialização da indústria transformadora em Portugal. Assim, transitou-se da dependência de atividades indus-triais tradicionais baseadas em baixos custos de produção para uma situação em que predominam empresas competitivas dos se-tores tradicionais e novos setores, ambos com maior incorporação tecnológica, com peso crescente na economia e uma dinâmica de crescimento. Destacam-se, entre outros, o vestuário, calçado, agro- -alimentar (nos setores tradicionais), mas também o setor auto-móvel e componentes, a eletrónica, o setor químico e farmacêutico e as indústrias relacionadas com as novas tecnologias de informação e comunicação. Mais recentemente, e em termos de variação homó-loga, os dados encadeados em volume ao nível do VAB gerado na in-dústria têm registado valores positivos desde 2010 (6,8%). De acor-do com os dados já conhecidos de 2014, a variação homóloga deste índice atingiu os 1,8%. Também ao nível do investimento assiste-se atualmente a uma inversão da tendência de decréscimo do seu peso no PIB, que se registava desde o início do século. Este crescimento do investimento explica-se pelo reforço do setor industrial, no qual os projetos de empresas multinacionais como a Siemens tiveram, e continuam a ter, um papel muito importante.

É preciso não esquecer que o papel da indústria como motor de de-senvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positi-va e o equilíbrio externo da economia portuguesa. D: O que ainda falta fazer? Quais são as principais oportunidades atuais para o setor industrial nacional? APL: As empresas industriais enfrentam hoje um contexto de mui-to maior exigência, com uma concorrência cada vez mais global, que impõe a necessidade de ganhar competências distintivas e afirmar a diferenciação. A indústria europeia enfrenta enormes desafios inerentes à globali-zação da produção e dos mercados, pelo que tem de fazer valer os seus pontos fortes: design reputado, engenharia capaz de desenvolver e fabricar produtos inovadores e complexos, standards de fabrico ele-vados com imagem de precisão e fiabilidade, liderança no fabrico de maquinaria e equipamentos, vanguarda na segurança e nas preocupa-ções ambientais, elevado nível de formação dos recursos humanos e capacidade científica e tecnológica de topo.

As políticas que contribuam para uma aposta no desenvolvimento da indústria – nomeadamente da indústria transformadora – têm vin-do a ser consideradas estratégicas para a retoma do crescimento na Europa e uma das condições para a saída da crise. A este nível, as po-líticas que estão a ser implementadas em Portugal, nomeadamente com a Estratégia de Fomento Industrial para o Crescimento e para o Emprego (EFICE) e o Acordo de Parceria 2020, visam uma melhoria do ambiente de negócios (sobretudo para empresas inovadoras) e das condições para registo da propriedade intelectual, a par de uma redu-ção da carga administrativa e simplificação do ambiente regulatório, com impacto direto na competitividade das empresas. Por outro lado, pretende-se o aumento da qualidade das infraestruturas diretamente associadas à atividade produtiva, como as energéticas, os portos e a ferrovia, bem como um melhor funcionamento do mercado de traba-lho e a adequação das competências e qualificações dos trabalhadores às necessidades das empresas e da economia.

Para o ministro da Economia, António Pires de Lima, o papel da indústria como motor de desenvolvimento é ainda mais relevante ao nível das exportações, o que tem contribuído para assegurar uma balança comercial positiva

A indústria é motor de desenvolvimento

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Só assim será possível reforçar o valor acrescentado da produção nacional, designadamente pela maior ligação a centros de inves-tigação e tecnológicos, universidades e outros agentes, apostando no potencial dos clusters para apoiar o crescimento e internacio-nalização das empresas. Por fim, mas não menos importante, que-remos também reforçar condições de acesso ao financiamento em condições competitivas para empresas com valor e economicamen-te viáveis, com o objetivo de facilitar a integração progressiva das empresas em cadeias de valor mundiais, aumentar a sua competi-tividade e assegurar o acesso aos mercados externos em condições de concorrência mais favoráveis.

Estas reformas vão continuar a ser implementadas, de forma a me-lhorar a competitividade e a atratividade da economia nacional, e centradas na valorização da produção nacional, ao longo da cadeia de valor, tendo sempre como objetivos principais a criação de em-prego e o reforço das exportações.

D: Hoje, tanto no nosso país como na Europa, a necessária reindustria-lização não passa por modelos assentes em fatores de competitividade como mão de obra barata mas pela inovação. Como é que a indústria portuguesa se vai diferenciar neste mercado global? APL: Para se afirmar num mercado crescentemente globalizado, a indústria portuguesa precisa de ser efetivamente mais competi-tiva nos segmentos onde pretende atuar. Importa repensar o po-sicionamento da indústria portuguesa nas cadeias de valor inter-nacionais mais atrativas às nossas competências, apostando em

produtos transacionáveis de elevado valor acrescentado, investin-do em tecnologia de ponta, na modernização de processos e méto-dos de trabalho e na maior qualificação dos recursos humanos. A inovação e as mudanças tecnológicas são motores determinantes para a evolução dos processos de fabrico através, nomeadamente, da combinação de tecnologias e de novas técnicas de produção, num contexto onde novos materiais avançados desempenharão igual-mente um papel relevante. Em particular, as biotecnologias indus-triais, os bioplásticos, os biocombustíveis de próxima geração e as nanotecnologias irão desempenhar um papel cada vez mais impor-tante em segmentos da indústria transformadora.

A dinamização da indústria nacional passa, assim, pelo avanço tecnológico e pelo aumento do VAB dos setores mais tradicionais. Aproximar as universidades e os centros de investigação das em-presas industriais, de modo a facilitar e acelerar a transferência de tecnologia e a aplicação do conhecimento, é uma forma de fo-mentar a competitividade mais eficiente e com menores custos. Para isso, o país produz já um recurso endógeno da maior qualida-de: o potencial científico e técnico gerado no meio académico e no tecido empresarial.

Nestas questões, a estratégia de clusters tem também um papel de-terminante. O desenvolvimento de clusters, num ambiente de equi-líbrio entre grandes e pequenas empresas, com escala, agilidade, inovação e empreendedorismo, será decisivo num processo de re-lançamento da indústria como setor de relevância no país à escala

Em termos de rankings internacionais respeitantes à inovação e I&D, no Índice de Competitividade Global 2014-2015 do Fórum Económico Mundial Portugal subiu 15 posições, ocupando a 36.ª posição em 144 economias avaliadas.

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internacional, colocando as empresas portuguesas num patamar de elevada competitividade nos seus mercados externos-alvo.

As questões logísticas e de energia são também uma preocupação porque os custos são elevados e, principalmente, porque nem sempre estão adaptadas às reais necessidades das empresas. Investir no de-senvolvimento dos transportes, nomeadamente em plataformas ma-rítimas e ferroviárias, e na integração no mercado europeu de ener-gia, é uma via para fomentar a indústria portuguesa e, em especial, a sua internacionalização.

É muito importante lembrar que, na última década, Portugal tem re-gistado uma melhoria na especialização em serviços intensivos do conhecimento. Como tal, a partir de 2012 a Balança de Pagamentos Tecnológica (BPT) entre Portugal e o estrangeiro passou a ser positiva.

Em termos de rankings internacionais respeitantes à inovação e I&D, no Índice de Competitividade Global 2014-2015 do Fórum Económico Mundial Portugal subiu 15 posições, ocupando a 36.ª posição em 144 economias avaliadas. Neste Índice destacam-se a qualidade das institui-ções de investigação científica (18.º lugar), a disponibilidade de cientis-tas e engenheiros (8.ª posição global e 3.ª entre países da EU), mas tam-bém o 4.º lugar na qualidade das nossas escolas de gestão e o 5.º lugar na facilidade e rapidez para iniciar uma nova atividade (empreendedoris-mo). São resultados muito positivos e que nos enchem de orgulho. D: Qual tem sido o contributo do uso de novas tecnologias como a digita-lização para que isso aconteça? APL: A economia digital tem ajudado as micro e pequenas e médias empresas portuguesas a serem mais competitivas. Ao estimular a utilização de ferramentas digitais permite-se o acesso a novos mercados, a melhoria da gestão e torna-se mais eficiente a relação com os clientes e fornecedores.

Com a adesão às redes de informação, a produtividade das PME pode hoje ser melhorada com um leque de soluções que até há pou-co tempo apenas eram acessíveis às grandes empresas. Desde a co-municação com clientes e fornecedores à gestão total do negócio, estas ferramentas permitem às empresas serem mais organizadas, rentáveis e competitivas.

Aém de publicitar a localização do negócio e os produtos ou servi-ços disponibilizados, a Internet é uma extraordinária plataforma internacional de venda de produtos e serviços. Um meio através do qual as empresas – mesmo as mais pequenas – podem ambicionar fazer negócios em todo o mundo.

Segundo o “Plano de Ação Empreendedorismo 2020” da Comissão Europeia, o crescimento das PME é duas a três vezes mais rápido quando adotam as TIC. A digitalização e a libertação dos dados dos documentos físicos permitem, entre outras vantagens, melhorar o processo de tomada de decisões empresariais e ajudar a fazer um melhor planeamento do futuro. O programa “PME Digital”, inicia-tiva do Ministério da Economia, disponibiliza às PME as soluções

tecnológicas de gestão de negócios baseadas em Internet mais re-centes e em condições extremamente acessíveis.

Por outro lado, além de uma cada vez maior utilização das tecno-logias de informação, existe uma crescente combinação de proces-sos de fabrico avançados com vários serviços ao utilizador final, o que está associado a uma maior incorporação do conhecimento na indústria transformadora. Em paralelo, uma maior eficiência na utilização de recursos constitui um desafio central para os setores envolvidos, permitindo desenvolver processos mais integrados no quadro de cadeias de valor nacionais e europeias.

No que se refere à fileira das Tecnologias de Produção e Instrumentação – que inclui empresas que disponibilizam produtos e serviços para a indústria transformadora, nomeadamente fabricantes de má-quinas, integradores de sistemas, software houses e empresas de engenharia e consultoria para processos industriais, entre outros – esta representa cerca de 11% das empresas da indústria trans-formadora, 8% do pessoal e 7% do seu volume de negócios. D: Quais são os melhores exemplos de sucesso no uso da inovação no setor industrial nacional, ou seja, quais têm sido as indústrias mais inovadoras? APL: Existem alguns exemplos na indústria portuguesa de altera-ções profundas nos modelos de negócio que permitiram a algumas empresas competirem no mercado global (veja-se o caso da indús-tria têxtil e da indústria do calçado), com um posicionamento com-pletamente diferente do tradicional mais associado a estratégias de diferenciação e inovação de produto e de processo.

Estas indústrias aproveitaram a sua flexibilidade, evoluindo para produtos individualizados e pequenas séries (personalizadas) com grande qualidade, com entrega rápida em mercados exigentes. Um pequeno país como Portugal terá grande dificuldade em competir com grandes economias massificadas em produtos pouco valoriza-dos, e terá que usar a flexibilidade da sua mão de obra para apro-veitar rapidamente as oportunidades.

O calçado, um setor antes completamente dependente de tecnologia e de design importado, que passou de importador de tecnologia para exportador e líder mundial em alguns segmentos, procura agora afir-mar-se como o maior exportador europeu e principal criador de ten-dências de moda, com um impacto muito significativo em termos de imagem do setor e do país. Este setor fez parcerias com o INESC Porto para o desenvolvimento de tecnologias de informação, automação, otimização e outras ligadas à organização empresarial, à logística in-tra-empresarial e aos armazéns automáticos, entre outros.

Por fim, também não faltam bons exemplos na indústria transfor-madora, onde em matéria de inovação se destacam, por exemplo, a química, moldes e injeção de plásticos, indústria automóvel e aero-náutica e respetivos componentes, metalomecânica, têxteis técni-cos, novos materiais e produtos compósitos.

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DIOGO DA SILVEIRACEO DA PORTUCEL SOPORCEL

IDADE: 54 anos

FORMAÇÃO ACADÉMICA:

Engenharia na École Centrale de Lille,

França, investigador na Universidade

de Berkely UC e MBA no Insead.

O QUE ME FAZ FELIZ: O meu

quotidiano familiar, profissional,

com os amigos e desportivo.

MAIOR DESAFIO QUE JÁ

ENFRENTEI : O atual desafio

profissional, levar para um

novo patamar um grupo que já

é uma referência mundial.

O QUE MUDAVA EM PORTUGAL:

A dimensão. Um país ainda

“maior” e com mais população.

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DIÁLOGO: Como vêem, na Portucel, a evolução dos processos indus-triais? Quais foram as principais mudanças nos últimos tempos? Como se adaptaram a elas? DIOGO DA SILVEIRA: A evolução dos processos industriais tem sido pautada pela procura de uma maior sustentabilidade, traduzida na melhor utilização dos recursos, da matéria-prima e da energia.

A investigação, desenvolvimento e inovação aplicadas à indústria da pasta e do papel, onde os conceitos físico-químicos que regulam os processos se têm mantido imutáveis, têm permitido encontrar tecnologias e métodos cada vez mais sofisticados e especializados.O trabalho que temos feito para adotar processos de fabrico mais eficientes e ambientalmente adequados, como a utilização de com-postos químicos menos agressivos, é muito relevante. Exemplos como o branqueamento das pastas sem recurso ao cloro livre, e sim ao oxigénio, ozono e peróxido de hidrogénio, ou a recolha e trata-mento dos gases não condensáveis, e mal odorosos, e a sua queima na caldeira de recuperação, demonstram-no.

D: Atualmente, os maiores desafios colocados às indústrias são o aumento da produtividade, da capacidade de resposta, da flexibilidade e uma cada vez maior necessidade de personalização dos produtos. De que forma é que a entrada na nova era da indústria – indústria 4.0 – pode ajudar a melho-rar estes indicadores?DS: Estou certo que um dos fatores de sucesso do Grupo Portucel Soporcel reside no elevado nível de automação de floor level e de in-tegração e interface, desde as funções de order entry até às funções de shipping planning. As de manutenção também são suportadas por sistemas de monitoragem on-line do “estado de condição”. A gestão de energia é apoiada por sistemas de automação e os sistemas DCS e QCS estão presentes de forma generalizada nos processos produti-vos. É ainda muito elevado o grau de automação das operações, movi-mentação e armazenagem das áreas de transformação de papel.

D: Diz-se que o papel tem os dias contados neste mundo cada vez mais di-gital. Como encaram este desafio sabendo que grande percentagem do vosso negócio vem diretamente da venda de papel e de produtos associados?DS: O conceito de paperless office tem vindo a ser comunicado há décadas, sem nunca se ter efetivamente concretizado por diversas razões. Uma delas tem a ver com o que designamos “democratiza-ção da impressão”.

Os equipamentos de cópia e impressão originais necessitavam de in-vestimentos avultados, estando apenas ao alcance de poucos utili-zadores, quase exclusivamente corporativos ou públicos. Por outro lado, o crescimento da utilização do e-mail, considerado inicialmen-te uma ameaça ao consumo de papel, tornou-se, na realidade, um dos seus maiores impulsionadores, pois a partilha mais rápida entre utilizadores ilimitados, associada à sua preferência por lerem docu-mentos em papel, levou a que o volume de impressão tivesse cresci-do consideravelmente.

Além disso, o uso de smartphones e tablets tem levado ao desenvol-vimento de aplicações que permitem a impressão on-the-move aos utilizadores. Exemplo disso é a possibilidade de impressão de car-tões de embarque, em terminais existentes em alguns aeroportos, a partir de aplicações instaladas em smartphones e tablets.

Os consumidores também estão mais informados. Por isso, quando optam por utilizar papel com origem em florestas geridas de forma responsável, sabem que estão a utilizar materiais renováveis e de sustentabilidade garantida. O papel, ao contrário do plástico e ou-tros materiais habitualmente usados para fabricar equipamentos informáticos, é um produto que usa madeira de florestas especifi-camente plantadas para o efeito, que são repostas mantendo, desta forma, o ciclo do carbono.

Segundo Diogo da Silveira, CEO da Portucel Soporcel, a partilha mais rápida entre utilizadores ilimitados contribuiu para o crescimento do volume de impressão devido à preferência das pessoas por lerem documentos em papel

O crescimento da utilização do e-mail impulsionou a venda de papel

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A indústria é o motor das economias fortes e sustentáveis e a sua evolução constante au-mentou a sua complexidade. Hoje a indústria tem a capacidade para suprir as necessida-des individuais dos seus clientes. A passagem de modelos de produção local para modelos tecnológicos de base digital fez, deste setor, um motor de crescimento da economia glo-bal. Hoje há 17500 programadores de soft- ware a trabalharem em empresas como a Siemens em todo o lado do mundo, com co-nhecimento específico sobre indústria.

A procura de produtos cada vez mais es-pecíficos e adaptados às necessidades dos clientes é cada vez maior. A globalização trouxe desafios de produtividade, flexibili-dade e de capacidade de resposta às empre-sas, a que estas têm de responder constan-temente. Caraterizada pelo uso crescente da digitalização e da interligação entre pro-dutos, cadeias de valor e modelos de negó-cio, a quarta revolução industrial (Industry 4.0) é a melhor resposta a estes desafios. Já há atualmente exemplos de processos pro-dutivos extremamente otimizados, como acontece na unidade fabril da Siemens em Amberg, onde são produzidas cerca de 1000 referências diferentes, de forma flexível e eficiente, através do uso das mais recentes ferramentas de software. Estas contribuí-ram para melhorias significativas de quali-dade nos últimos 20 anos, e vários aumen-tos dos volumes de produção realizados pelo mesmo número de pessoas.

A empresa digital que a Siemens prevê para o futuro é uma abordagem holística que se estende por uma cadeia completa de valor agregado que inclui fornecedores. Utiliza os seus recursos de forma eficiente poupando, por exemplo, 70% da energia através do uso de tecnologias de acionamento de velocida-de variável em motores que poupam energia.

Com a utilização do Portal de Automação Totalmente Integrada (TIA), a nova estrutu-ra de engenharia unifica todas as ferramen-tas de software de automação num único ambiente de desenvolvimento e a Siemens persegue o objetivo de disponibilizar uma plataforma integrada para a implementação de soluções de automação – em todas as in-dústrias do mundo. A automação totalmente

integrada tem sido o principal suporte para mais de 100 mil produtos de automação e per-mite otimizar fluxos de trabalho e reduzir até 25% dos custos de engenharia das empresas.

O software PLM da Siemens e as suas soluções de automação permitem também reduzir até 50% do tempo de resposta às solicitações do mercado. A Siemens tem disponível igualmen-te o Industry Mall, o catálogo on-line com mais de 100 mil referências e configurações, repre-sentando 35,8% da faturação total do ano pas-sado da Industry Portugal.

O futuro da indústria depende daqueles que estão à altura dos desafios e fornecem re-sultados fiáveis.

A resposta à quarta revolução industrialANTÓNIO MIRADiretor-geral Digital Factory and Process Industries and Drives da Siemens

Caraterizada pelo uso crescente da digitalização e da interligação entre produtos, cadeias de valor e modelos de negócio, a quarta revolução industrial (Industry 4.0) é a melhor resposta a estes desafios. Já há atualmente exemplos de processos produtivos extremamente otimizados, como acontece na unidade fabril da Siemens em Amberg, onde são produzidas cerca de 1000 referências diferentes, de forma flexível e eficiente, através do uso das mais recentes ferramentas de software.

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• Software Industrial• Controlo industrial• Control Panel Engineering• Comunicação Industrial • Eficiência Energética• Identificação Industrial• Automação de Processos• Controladores• Fonte de Alimentação• TIA Portal• Acionamentos• Integrated Drive Systems (IDS) • Automação baseada em PC• HMI - Interface Homem Máquina• Motores• Redutores• Controlo de Movimento• Serviços Industriais• Totally Integrated Automation

PORTEFÓLIO SIEMENS

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BUSINESSTO SOCIETYb2S “This company has a purpose in the society because it produces

stuff which makes living and life and societal development better.” Joe Kaeser, CEO da Siemens AG

Siemens adquire Rolls-RoyceA Siemens aumentou o seu portefólio através da integração dos produtos e soluções de negócio da empresa Rolls-Royce Energy

Com esta estratégia de aquisição, integrada no programa Visão 2020, a Siemens agre-gou à empresa o negócio de compressão e as turbinas de gás da Rolls-Royce Energy, bem como a vasta presença dos seus produ-tos no mercado.

O principal objetivo da empresa é fortalecer a sua posição junto da indústria petrolífera e de gás. Numa fase em que este setor se encontra em processo de liberalização, a Siemens en-tra, assim, no novo mercado das empresas dis-tribuidoras de equipamentos de energia.

Com a aquisição da Rolls-Royce Energy – com uma carteira de pequenas e médias turbinas a gás – a Siemens vem complementar a sua tec-nologia e portefólio de turbinas a gás.

Deste negócio faz ainda parte um acordo de acesso exclusivo à futura tecnologia de tur-binas, bem como o acesso ao fornecimento privilegiado e serviços de engenharia du-rante 25 anos.

Em paralelo a Siemens anunciou o acordo para a aquisição da Dresser-Rand. O abran-gente portefólio de compressores, turbinas a vapor, turbinas a gás e motores desta empre-sa cotada na Bolsa de Nova Iorque faz desta organização uma das principais fornecedoras para a indústria.

“Como marca premium no mercado global de infraestruturas de energia, a Dresser-Rand cabe na perfeição no portefólio da Siemens. As operações das duas empresas, que se in-terligam, vão gerar o aparecimento de um fornecedor ao nível mundial para os crescen-tes mercados do petróleo e do gás”, afirma o presidente e CEO da Siemens AG, Joe Kaeser.

A Siemens prevê finalizar a operação de acordo entre as duas empresas já durante este verão.

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A empresa Port’Ambiente é responsável pela operação e manutenção das instalações da Lipor II que trata cerca de 400 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos por ano de oito municípios da área do Grande Porto. Ciente das responsabilidades do seu cliente a Power Generation Services começou a trabalhar em parceria com a Port’Ambiente para que fosse possível garantir por mais 10 a 15 anos o fun-cionamento que se espera desta central de in-cineração de resíduos sólidos urbanos.

Assim, entre março e dezembro do ano pas-sado a Siemens realizou na Lipor II um pro-jeto de manutenção e modernização do equi-pamento produtor de energia da central. O projeto foi liderado pela Power Generation Services e envolveu a Siemens Alemanha, as-sim como o centro de competências de instru-mentação da Power Generation.

Tendo em vista dotar a central com a plena ca-pacidade de operar por mais um longo período

de tempo decidiu-se, além da extensa inter-venção de manutenção e reparação dos equi-pamentos produtores de energia, instalar a mais recente tecnologia da Siemens para o sistema de comando e controlo (T3000), a realização de um upgrade ao equipamento de excitação e ainda a proteção do gerador.

Pela primeira vez foram incorporadas em Portugal todas as valências deste centro de competência, tendo este sido responsá-vel pela engenharia, procurement, monta-gem e colocação em serviço do novo sistema. Este centro de competências é já largamen-te conhecido pela implementação de proje-tos em vários países espalhados pelo mundo como o Brasil, Canadá, Espanha, China, Árabia Saudita e Índia, entre outros.

Como é natural numa intervenção desta di-mensão o período de indisponibilidade dos equipamentos é de extrema importância, tendo para isso sido necessário um acom-panhamento rigoroso da equipa encarregue pelo projeto devido à quantidade de frentes de trabalho e da logística necessária à exe-cução do mesmo. Durante o reduzido perío-do de indisponibilidade foi necessário en-viar diversos equipamentos pesados para os centros de reparação na Alemanha, além de uma série de modificações realizadas na ins-talação. “A Siemens cumpriu o especificado, em plena colaboração com as nossas equipas, destacando-se o elevado empenho e qualida-de de trabalho por todos”, referiram os res-ponsáveis da Lipor II.

A Power Generation Services realizou com sucesso para a Port’Ambiente um dos maiores projetos de manutenção

Lipor II faz paragem das 100 mil horas para manutenção

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A Portucel Soporcel adjudicou, à Power Ge-neration Service da Siemens, a extensão do contrato de manutenção dos equipamentos de produção de energia da central de cogeração da Figueira da Foz. A empresa irá fornecer toda a engenharia, peças de reserva e serviços neces-sários para garantir a produção de energia elé-trica nesta instalação nos próximos sete anos.

Num mercado de frotas com alguns anos de trabalho que requer cada vez mais eficácia no combate às mudanças climáticas, na conser-vação dos recursos naturais e na resposta às necessidades impostas pela expansão global da população, a Siemens procura, de forma contí-

nua, melhorar o desempenho das centrais dos clientes. Faz isso através de extensões de tem-po de vida útil, usando tecnologias avançadas para melhorar a sua eficiência e capacidade com o objetivo de produzirem mais eletricidade consumindo o mesmo volume de combustível.

A unidade da Figueira da Foz do Grupo Portucel Soporcel está instalada no Complexo Industrial de Lavos e é uma das mais eficientes unidades fabris de pasta e papel da Europa. A sua opera-ção está integrada verticalmente, da floresta ao papel, e dá origem à produção de cerca de 800 mil toneladas de papéis finos não revesti-dos e de energia verde a partir de biomassa.

A Portucel Soporcel ocupa uma posição de destaque no setor da energia renovável em Portugal, onde é o principal produtor na-cional a partir de biomassa, constituída por subprodutos da matéria-prima usada no seu processo produtivo e biomassa residual da floresta. A energia elétrica e térmica produ-zida nos três complexos industriais do grupo é gerada, em simultâneo, nas suas centrais de cogeração a biomassa e a gás natural. A tér-mica é totalmente utilizada nos processos de fabrico de pasta e papel e a energia elétrica excedentária é injetada na rede nacional.

Projeto visa garantir a produção de energia e vapor na Central de Cogeração da Figueira da Foz, uma das instalações fabris do maior grupo de produção de pasta e papel nacional

Siemens estende contrato de manutenção na Portucel Soporcel

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Page 28: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A ENEOP – Eólicas de Portugal, constituída pelos promotores eólicos EDPR, ENEL Green Power, GENERG e pelo parceiro industrial Enercon, foram os parceiros na construção e operação de 1200 MW de energia eólica.

O concurso, lançado pelo Estado em 2005, pre-viu a criação de um cluster industrial associa-do ao desenvolvimento de um projeto para a energia eólica. Associado a este consórcio, a

Enercon criou em Viana do Castelo um pólo industrial com três fábricas para o forneci-mento dos aerogeradores – no âmbito deste projeto e para a exportação futura.

A participação e envolvimento da Siemens neste projeto começou em 2006, mas a im-plementação do mesmo desenrolou-se efeti-vamente entre outubro de 2008 e novembro de 2014. A empresa participou como forne-cedor de equipamentos de tecnologia avan-çada – desde a gestão de contrato/projeto, en-genharia, comissionamento ao fornecimento de transformadores de potência, GIS, equi-pamentos de alta tensão e muito alta tensão, quadros metálicos de média tensão, transfor-madores de serviços auxiliares, reactâncias de neutro, sistemas de proteção, comando e controlo e sistemas de contagem.

No âmbito do cluster eólico foi necessário construir e dotar a rede elétrica de infraes-truturas elétricas capazes para a interligação destas novas instalações. O projeto contou, assim, com a construção de cerca de 50 insta-lações, desde postos de corte e subestações de alta e média tensão, assim como subestações de alta e muito alta tensão.

O Cluster eólico, que contempla os parques eólicos de norte a sul do país, foi e tem sido um projeto de clara importância estratégica para Portugal e conta com equipamentos e tecnologias da Siemens

Parceiro estratégico no Cluster eólico

(...) construção de cerca de 50 instalações, desde postos de corte e subestações de alta e média tensão (...)

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Page 29: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A Siemens Portugal continua a apoiar o desen-volvimento de projetos nacionais, neste caso específico a REN, que está a dar continuidade ao melhoramento da rede elétrica no país.

Neste âmbito, a companhia elétrica portu-guesa adjudicou à Siemens a aquisição de Sistemas de Proteção, Comando e Controlo – SPCC para duas subestações: Porto Alto e Vila Nova de Famalicão.

Em Porto Alto registar-se-á a remodelação da subestação, já em Vila Nova de Famalicão tra-ta-se de uma subestação nova.

Para a REN esta atualização do sistema de Porto Alto e a construção da subestação de Vila Nova de Famalicão são fundamentais, pois os sistemas de proteção, comando e con-trolo garantem a gestão e interligação de sistemas de energia complexos, bem como a integração fiável e segura de unidades de pro-dução à rede elétrica.

As soluções de monitorização ajudam a otimi-zar a utilização da rede graças à gestão contí-nua da informação sobre o estado de todos os seus componentes.

Os objetivos principais da implementação destas soluções são: reduzir os períodos de indisponibilidade do sistema, reduzir os cus-tos de vida útil e alargar a vida útil de todos os componentes da rede.

A finalidade da implementação de Sistemas de Proteção, Comando e Controlo é garantir o cumprimento dos parâmetros de qualidade de serviço que permitem a otimização da ex-ploração da rede.

São soluções e equipamentos que garantem a fiabilidade e performance dos sistemas.

Na subestação de Porto Alto trata-se de uma remodelação de todo o sistema de proteção, comando e controlo dos níveis de 150 e 60 kV,

que deverá estar concluído no final de 2016. Quanto à subestação de Vila Nova de Famalicão, numa primeira fase a REN adjudi-cou o sistema de proteção, comando e contro-lo referente a três painéis de linha nos 400 kV e sistemas centrais, com conclusão prevista para o final deste ano.

A Siemens Portugal vai proceder à instalação de sistemas de proteção, comando e controlo nas subestações da REN em Porto Alto e Vila Nova de Famalicão, numa clara aposta na inovação

Inovação em subestações da REN

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Page 30: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A Siemens Portugal está atualmente a par-ticipar em diversos projetos de referência no arquipélago de Cabo Verde. Ligados à produção e distribuição de energia elétrica em diversas ilhas, visam estabilizar o forne-cimento, melhorar a qualidade da energia distribuída e aumentar a penetração das fontes renováveis.

A Smart Grid Solutions & Services, da Siemens, está a desenvolver um estudo de seletividade e coordenação de proteções re-lativo às redes de energia elétrica das ilhas de Santiago, São Vicente e Sal. O projeto in-tegra-se no Programa de Redução de Perdas e Melhoria da Qualidade de Energia Elétrica da empresa elétrica cabo-verdiana Electra e será o ponto de partida para a redução de perdas não técnicas nas três ilhas do arqui-pélago. Também contribuirá para a melhoria da qualidade da energia distribuída e propor-cionará o aumento sustentável da penetração das renováveis nestes territórios.

Este projeto, adjudicado à Siemens pela con-sultora portuguesa Gesto – Energia, empre-sa com presença relevante no mercado cabo- -verdiano, compreende a elaboração de simu-lações e inclusão de propostas de melhoria.

O forte envolvimento da Siemens na fase ini-cial de expansão e desenvolvimento tecnoló-gico das redes, em Cabo Verde, aumentará o envolvimento e melhorará a eficácia da em-presa na realização de novos projetos. É, as-sim, um passo importante para o crescimento

da presença da Siemens Portugal no arquipé-lago. Neste âmbito, a unidade Medium Voltage & Solutions, da Siemens, forneceu equipa-mento elétrico a três centrais de produção de energia a fuel, situadas nas ilhas de Santo Antão, São Nicolau e Fogo.

Este projeto, desenvolvido para estabilizar o fornecimento à rede nas três ilhas, foi finan-ciado com fundos do governo holandês, atra-vés do programa ORET, com fiscalização dos Laboratórios KEMA e adjudicado pela EST,

cliente Siemens para a componente elétrica. A Electra será a responsável pela exploração e manutenção das instalações.

Realizado em parceria com a Empresa de Serviços Técnicos, de Leiria, o projeto incluiu o fornecimento de diversas soluções de média tensão, como celas SIMOSEC e celas NXAIR M, produzidas na fábrica de Corroios, e transfor-madores, assim como toda a engenharia, en-saios em fábrica e nas instalações do cliente.

Empresa contribui para melhorar a produção e distribuição de energia no arquipélago

Mais e melhor energia em Cabo Verde

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Projeto do Reino Unido pode ser referência para Portugal

Todos os dias meio milhão de pessoas via-jam neste comboio suburbano para se deslo-carem ao centro de Londres. A linha inclui um percurso de 225 km com 50 estações e liga Bedford a Brighton, permitindo o acesso aos aeroportos de Luton e Gatwick. Elevada capacidade e elevada frequência de serviço, comboios mais longos e a extensão das plataformas, bem como a construção de novas estações, fazem deste projeto um dos maiores de sempre no Reino Unido.

Há cerca de oito anos o Ministério dos Trans-portes britânico anunciou que Thameslink seria considerada uma prioridade de in-vestimento no setor ferroviário do país. O projeto incluía a modernização da linha e a aquisição de uma nova frota de comboios suburbanos, de modo a assegurar a passa-gem de comboios de três em três minutos durante as horas de ponta. Para isso seria necessário implementar uma combinação de sistemas de segurança e controlo, topo de gama (ETCS nível 2 em combinação com sistema ATO), com comboios altamente so-fisticados e de tecnologia de ponta.

A Siemens ganhou o contrato de forneci-mento de ambos os sistemas, com o valor global de 1,8 mil milhões de euros. Para este projeto vão ser fornecidas 1140 car-ruagens, uma das maiores encomendas de sempre recebidas pela empresa, que inves-tiu cerca de 50 milhões de euros no desen-volvimento desta nova plataforma de com-boio, o suburbano bitensão – Desiro City. As primeiras carruagens serão entregues a partir de 2016 e atingem uma velocidade máxima de 160 km/h. O sistema de tração, instalado numa só carruagem, possibilita configurações de três a doze carruagens, conforme as necessidades específicas de transporte de passageiros em cada horário. Portas com a largura de 1,5 m facilitam a entrada e saída de passageiros num tempo de paragem de 45 segundos.

A Siemens irá também assegurar a manu-tenção da frota, uma referência a adicionar aos diversos projetos de manutenção que realiza no Reino Unido através dos quais as-segura que diariamente mais de 350 com-boios entrem em serviço.

O Thameslink é, sem dúvida, um projeto de referência que pode ser replicado um pouco por todo o mundo. Em Portugal, por exem-plo, a linha de Cascais é um dos projetos a aguardar desenvolvimentos e que poderá usar como referência as premissas tecnoló-gicas e de serviços usadas neste projeto.

Atualmente com 25 km e 18 estações, a li-nha de Cascais liga esta vila ao Cais do Sodré, em Lisboa. Tem uma procura diária média de mais de 80 mil passageiros. Nela opera uma frota de 30 comboios que, embora tenham

sido objeto de uma modernização nos anos 90, quando foi implementado o ar condicionado e substituídos alguns interiorismos, mantêm a estrutura original, estando em final do ciclo de vida e colocando já ao operador diversos problemas ao nível da disponibilidade e de se-gurança dos passageiros.

A modernização de ligações suburbanas como a linha de Cascais é, por isso, essen-cial. Apesar dos desequilíbrios estruturais que a economia portuguesa enfrentou nos últimos anos é necessário retomar o inves-timento no desenvolvimento do país, in-cluindo uma rede de transportes adequada aos objetivos do desenvolvimento urbano e do seu impacto na economia.

Investimento essencial

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Page 32: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Objetivos

• Divisão das intervenções de manutenção intermédias em pacotes de trabalho passíveis de serem concluídos durante o turno noturno, aumentando assim significativamente a disponibilidade das locomotivas de passageiros para o serviço comercial.

• As ações de formação avançadas, que permitiram aos técnicos do SIMEF adquirirem pleno conhecimento sobre o funcionamento e diagnóstico de avarias nas locomotivas.

Desde 2011 que o SIMEF executa a manuten-ção de 54 locomotivas elétricas da CP dedi-cadas ao transporte de passageiros e de mer-cadorias, com uma qualidade amplamente reconhecida pelo cliente e pelos utilizadores dos comboios.

O SIMEF é um ACE que reúne a Siemens – um dos maiores fabricantes mundiais de material circulante ferroviário, deten-tor de um vasto know-how tecnológico – e a EMEF – o maior prestador de serviços de manutenção de material circulante ferro-viário em Portugal. A parceria surge de um desafio lançado em 2009 às duas empre-sas para assumirem não só a manutenção da série de locomotivas LE4700 – montada pela Siemens nas instalações da EMEF en-tre entre 2007 e 2009 – como também da série LE5600, entregue pela Siemens em 1995. Em resposta a este desafio foi criado o SIMEF – Serviços Integrados de Manutenção e Engenharia Ferroviária – que opera em oficinas especialmente remodeladas para

o efeito no Entroncamento e em Lisboa – Santa Apolónia, contando com 52 colabora-dores oriundos maioritariamente da EMEF.

Os objetivos contratualmente definidos pelo cliente afiguravam-se exigentes desde o iní-cio, tendo o seu integral cumprimento apenas sido possível graças à estreita colaboração entre as duas empresas e à implementação de conceitos de manutenção inovadores.

A introdução de ferramentas de diagnóstico especialmente desenvolvidas para o SIMEF tornaram possível medir a condição dos equi-pamentos das locomotivas e identificar aque-les com avarias iminentes.

Para o futuro, o SIMEF pretende continuar a investir fortemente na formação dos seus co-laboradores, na transferência de know-how tecnológico e na implementação contínua de novos paradigmas, designadamente no do-mínio da manutenção sob condição, estando para esse efeito planeada a instalação de um

sistema de monitorização em tempo real do funcionamento das locomotivas – permitin-do, com base nos dados recolhidos, apoiar re-motamente na recolocação das locomotivas em circulação em caso de imobilização em li-nha, bem como implementar a capacidade de análise de Big Data com o objetivo de anteci-par e obviar a ocorrência de possíveis avarias.

O SIMEF é hoje um caso de sucesso. Presta um serviço com elevados padrões de quali-dade, criando valor, quer para o cliente CP, através de uma resposta flexível às suas ne-cessidades operacionais e da incorporação contínua de uma elevada componente tec-nológica nos serviços de manutenção, quer para os parceiros EMEF e Siemens. A parce-ria entre estas duas entidades traduziu-se no aumento das respetivas competências e no desenvolvimento da engenharia ferroviá-ria portuguesa potenciando, assim, outras oportunidades vindouras.

Manutenção ferroviária de referência

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Page 33: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A divisão de Soluções para Logística e Aeroportos (LAS) da Siemens adquiriu a AXIT, empresa de software especializado em pla-taformas de tecnologias de informação (TI) apoiadas na nuvem de computadores e bases de dados interligados pela Internet (cloud- -based) para gestão de processos logísticos. Esta operação permitirá, a ambas as organi-zações, a exploração de novas áreas do negó-cio de software de logística.

A AXIT é líder europeia no fornecimento de soluções de software cloud-based na área da logística e tem uma importante base de

clientes no setor. Sediada em Frankenthal, na Alemanha, dispõe também de um Centro de Desenvolvimento de Software em Wroclaw, na Polónia. “Para a AXIT, este é o caminho certo para um crescimento rápido dos ne-gócios a nível internacional. A LAS tem uma boa organização e uma forte rede global de vendas da qual iremos beneficiar”, refe-re Holger Schmidt, CEO da empresa. Já para Michael Reichle, CEO da divisão de Soluções de Logística Aeroportuárias da Siemens, “as TI, o software e a capacidade de utilizar in-formações logísticas importantes para acres-centar valor aos nossos clientes constituem

os aspetos-chave da nossa estratégia de ino-vação. A AXIT tem, no seu portefólio, produ-tos de excelência. Sendo especialista nes-te ramo, ocupa uma posição reconhecida no mercado alemão que sai bastante reforçada desta fusão”. A fusão com a AXIT vai permi-tir à Siemens tornar-se pioneira nesta tec-nologia inovadora, disponibilizando um por-tefólio melhorado e integrado de soluções de TI a partir de um único fornecedor. As duas empresas vão partilhar as suas competên-cias para desenvolverem soluções inovadoras e explorarem novos mercados.

Operação dá, à Siemens, a possibilidade de dispor um portefólio melhorado e integrado de soluções de TI a partir de um único fornecedor

Aquisição de empresa de software de logística

Equipa de Sucesso

A equipa portuguesa da Siemens Postal, Parcel & Airport Logistics tem um papel relevante na estratégia da empresa, contribuindo para a inovação e desenvolvimento na área dos aeroportos. Há exemplos de sucesso do seu trabalho em geografias tão variadas como Portugal, Angola, China, Índia, Singapura, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos da América.

A fusão com a AXIT vai permitir à Siemens tornar-se pioneira nesta tecnologia inovadora, disponibilizando um portefólio melhorado e integrado de soluções TI.

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Page 34: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

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Page 35: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Ao fim de 40 anos, o Grande Auditório da Fundação Calouste Gulbenkian apresenta-se agora como um espaço renovado

Quando foi inaugurada, em 1975, a sede da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, tornou-se um dos principais centros culturais da capital. Ativa na promoção da arte, ciên-cia, educação e beneficência, a Gulbenkian é a mais conhecida e reputada instituição fi-lantrópica presente em Portugal.

É pela sede da Fundação, em Lisboa, que passa grande parte do seu trabalho em prol da cul-tura. Além do museu e de um centro de expo-sições – incluindo também o Centro de Arte Contemporânea – ainda se junta o Grande Auditório da Gulbenkian, por onde passaram alguns dos mais importantes espetáculos de música e bailado realizados nas últimas déca-das em Portugal.

Mais de 40 anos depois, a Fundação decidiu remodelar as suas infraestruturas. Desta forma, o Grande Auditório foi sujeito a uma recuperação completa, com novas soluções técnicas de última geração. A Siemens foi o parceiro escolhido para os trabalhos de for-necimento e instalação dos equipamentos de iluminação cénica, áudio, vídeo e comunica-ções técnicas. Adicionalmente, fazem parte da renovação os trabalhos de infraestruturas elétricas associadas.

Apesar da rigorosa manutenção a que são sujeitos anualmente todos os equipamen-tos, a passagem do tempo provocou alguma desatualização das soluções instaladas no Grande Auditório.

Com o objetivo de se modernizar e respon-der às necessidades atuais e futuras foi rea-lizada uma profunda renovação do espaço e equipamentos, instalando os parâmetros mais avançados em termos de funcionalida-de, capacidade tecnológica, segurança, con-forto e acessibilidades.

Depois de sete meses de obras o Grande Auditório abriu portas, já com um espaço to-talmente remodelado e equipado com tecno-logia de ponta. Este projeto de intervenção faz parte de um programa de renovação e rea-bilitação dos edifícios e jardins da Fundação iniciado em 2005.

Pronto para o futuro

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Page 36: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A Siemens oferece um conjunto de soluções para automação, segurança e proteção con-tra incêndios de edifícios. Nestas incluem-se produtos, sistemas e serviços destinados a ga-rantir a máxima eficiência energética e con-forto em edifícios, bem como a segurança de pessoas, processos e bens. Há soluções espe-cíficas para empresas, datacenters, hospitais, aeroportos, hotéis e também edifícios comer-ciais, cidades e suas infraestruturas.

A inovadora plataforma Desigo CC™, a mais recente tecnologia de gestão de edifícios da Siemens, permite controlar e otimizar todos os sistemas dos edifícios. O que a torna verda-deiramente única no mercado é a sua estru-tura abrangente, pois é uma plataforma inte-grada de gestão de edifícios aberta, eficiente, flexível e fácil de usar.

A Desigo CC™ oferece uma série de benefí-cios aos seus clientes. Garante que todos os sistemas do edifício trabalham em conjunto, evitando cenários indesejáveis antes que se descontrolem e oferecendo aos seus ocupan-tes o nível máximo de segurança e conforto. Operações fiáveis e ininterruptas, que obede-cem aos mais elevados padrões de qualidade, melhoram automaticamente a performance dos edifícios. Desta forma será criado o me-lhor ambiente possível para condóminos de edifícios e pacientes, visitantes e empregados de hotéis, hospitais e edifícios de escritórios.

Também haverá uma redução significativa de custos. Quando se interligam todos os siste-mas disponíveis apenas tem de se investir, ge-rir e treinar os operadores num sistema. Isso diminui significativamente os custos de ope-ração, que representam 80% dos gastos com

a gestão de edifícios, a que se acrescentam poupanças energéticas até 20%, confirma-das pelas aplicações já realizadas. Ou seja, a Desigo CC™, contribui para reduzir custos de forma significativa.

UM SISTEMA ABERTO

Projetada para atender às necessidades de au-tomação e segurança atuais e futuras de edi-fícios, esta plataforma tem uma arquitetura flexível e aberta, que deixa os nossos cilentes solidamente preparados para o futuro, pois não os sujeita a investirem num sistema fe-chado. Como trabalha com muitos protocolos standard da indústria, é um verdadeiro siste-ma aberto, que permite a sua integração com outras soluções existentes no mercado.

A Desigo CC™ é a primeira plataforma pro-jetada para integrar todos os sistemas do edifício, como os de AVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado), iluminação, sombreamento, energia, segurança e prote-ção contra incêndios. Desta forma elimina muitos dos desafios dos sistemas de gestão tradicionais dos edifícios.

AMBIENTE SEGURO PARA PROMOVER O CONFORTO E A PRODUTIVIDADE

A Desigo CC™ tem também a capacidade de integrar o controlo do edifício com os equi-pamentos de segurança de vida e de prote-ção contra incêndios, além dos de deteção de intrusão, vigilância por vídeo e controlo de acesso. Gráficos detalhados ajudam as pes-soas que a usam a conhecê-la melhor, para apoiar e sustentar as suas decisões.

Plataforma única e inovadora, a Desigo CC™ é muito mais do que uma nova tecnologia. É uma solução que traz benefícios para todos os que vivem, trabalham e gerem os edifícios atuais e do futuro.

Lançamento da nova Desigo CC™, uma plataforma inovadora que assegura a gestão integrada e eficiente

da energia, segurança e conforto dos edifícios

A nova geração de gestão centralizada

A inovadora plataforma Desigo CC™, a mais recente tecnologia de gestão de edifícios da Siemens, permite controlar e otimizar todos os sistemas dos edifícios (...) é a única plataforma integrada de gestão de edifícios aberta, eficiente, flexível e fácil de usar.

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Page 37: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

UM SISTEMA DE GESTÃO DE EDIFÍCIOS QUE ESTÁ A FAZER HISTÓRIAOs requisitos de construção são cada vez mais exigentes. A escassez de recursos, o aumento dos custos operacionais, os riscos legais, a criação de redes de edifícios individuais em complexos de edifícios: todos esses fatores colocam enormes desafios aos gestores e utilizadores.

Modular e expansível: isolada, combinada e multidisciplinar.

Desigo™ é a resposta a estes desafios e a plataforma de gestão do edifício inovador Desigo CC™ é um marco na história da construção de tecnologia. Com Desigo CC™ é possível controlar e otimizar todos os sistemas do edifício.

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Page 38: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

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Page 39: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

O processo de modernização da fábrica da Fisipe, no Seixal, conta com a tecnologia de ponta e o know how da Siemens na adaptação da sua produção para o fornecimento de materiais em fibras de carbono

Com efeito, a Siemens foi a empresa tecnoló-gica escolhida pela Fisipe para equipar o seu novo projeto de adaptação de parte da pro-dução da sua fábrica para o fornecimento de materiais em fibra de carbono, que permitirá à empresa a entrada noutros setores do mer-cado. Esta fábrica, que produzia exclusiva-mente matéria-prima para a indústria têxtil (fibras), é agora também capaz de oferecer novos produtos aplicados à indústria auto-móvel e aeronáutica.

A empresa, detida pelo grupo alemão SGL, apostou num caminho inovador através da

conversão de parte das suas linhas para a produção destes novos compostos sintéticos. E a escolha do parceiro tecnológico recaiu, mais uma vez, sobre a Siemens Portugal, com a qual assinou um contrato de fornecimento global para os sistemas que acionam, contro-lam e monitorizam a produção da nova fibra.

Este projeto incluiu o desenvolvimento do se-tor elétrico e de automação da Fisipe, o for-necimento da instrumentação de campo/pro-cesso e dos sistemas de automação, Simatic S7, a supervisão WinCC, o fornecimento dos quadros de baixa tensão, o desenvolvimento

do projeto elétrico e de automação, o softwa-re e o comissionamento de todo o sistema.

Numa colaboração que data de 2005, e na qual a aposta nos engenheiros portugueses da Siemens Portugal é clara, as duas em-presas deram mais um importante contri-buto para a modernização do tecido indus-trial português, que conta agora com mais uma unidade de produção de tecnologia de ponta completamente virada para a expor-tação, num setor de enorme potencial fu-turo e numa empresa onde a exportação representa 99% da produção.

Modernização da fábrica de Fisipe

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Page 40: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Klaus Helmrich, membro do Managing Board da Siemens AG, dá as boas-vindas (à direita) ao grupo português liderado pelo António Mira, diretor-geral da Digital Factory and Process Industries and Drives (à esquerda)

Quem passou pelo espaço da Siemens teve a oportunidade de estar, hoje, lado a lado com as soluções do futuro.

A Siemens Portugal fez-se representar por uma comitiva total de 20 pessoas, na grande maioria distribuidores da área da automa-ção industrial, proteção e controlo industrial, acionamentos, instrumentação e da baixa tensão e que puderam ver os futuros proces-sos industriais e a digitalização da produção que permitem combinar o mundo virtual e real demonstrando como a indústria do ama-nhã proporcionará avanços inovadores, efi-cientes e eficazes em toda a cadeia industrial. Quando já todos pensavam que nada mais ha-via a experimentar, aparecem em cena as gé-meas mais conhecidas de Hannover 2015. Em interação com um orador, uma figura aparece num ecrã mas a mesma rapidamente se torna real, interagindo não só num mundo virtual como também num real. Este robot (conheci-do pelas gémeas) permitiu uma experiência interativa com os visitantes do certame.

Distribuidores nacionais vivenciam a indústria de amanhã… hoje!

Viagem ao futuro

Maserati Ghibli foi estrela no stand

Não é de estranhar que este modelo seja ape-lativo. O veículo representa a fusão perfeita entre a paixão italiana por carros desportivos e design sofisticado com os métodos mais evoluídos de planificação, desenvolvimento e fabrico. O novo Maserati Ghibli foi um dos mostruários de digitalização da Siemens du-rante a feira de Hannover 2015.

Em 2014, a Maserati não só celebrou cem anos de vida da marca, como também comemorou o melhor ano de sempre da sua história com as vendas deste modelo. O sucesso do Maserati

Ghibli é o exemplo perfeito dos benefícios que os fabricantes de automóveis já estão a ter devi-do à digitalização dos seus processos. Os com-ponentes foram desenvolvidos no software Siemens PLM NX, o processo de produção foi simulado eficientemente, e ao pormenor, atra-vés da utilização do portefólio de soluções digitais Tecnomatix e do TIA Portal, Portal de Automação totalmente integrado da Siemens, que é utilizado para automação flexível da li-nha de produção. Os complexos processos de produção são planeados, otimizados e monito-rizados com o software SIMATIC IT MES.

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Page 41: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A abertura do Hospital Privado de Gaia é “um marco importante, que fecha um ciclo de in-vestimentos realizados na zona Norte do país”, afirma Artur Osório, administrador do Grupo Trofa Saúde.

De acordo com Artur Osório o Hospital Privado de Gaia encontra-se “localizado numa zona onde a oferta privada ainda é re-lativamente pequena e a oferta pública tem algumas dificuldades”, como tal esta unida-de vem “preencher uma lacuna” com base em muita qualidade, uma grande “oferta de ser-viços a todos os níveis, tanto na capacidade de diagnóstico, como na capacidade terapêu-tica, com muito boas equipas clínicas e uma boa organização também”.

Por parte do Trofa Saúde houve uma clara aposta na qualidade e na inovação tecnoló-gica, nomeadamente na área de diagnóstico. A tecnologia selecionada para esta nova uni-dade é da Siemens, tendo havido um grande investimento nomeadamente em equipamen-tos de ressonância magnética, tomografia computorizada e radiologia de intervenção, o que possibilita diagnósticos precisos e mais rápidos, em particular nas áreas das lesões ortopédicas, da oncologia, da cardiologia e da neurologia. Esta parceria resultou, assim, num hospital dotado de “equipamentos de úl-tima geração, do melhor que existe no merca-do, com uma qualidade de imagem muitíssimo boa, o que permite aos médicos fazerem um diagnóstico preciso e, por conseguinte, ofe-recerem aos pacientes o melhor tratamento possível”, realça Artur Osório.

Altamente criterioso na seleção dos equipa-mentos médicos, o Grupo Trofa Saúde teve em atenção, em primeiro lugar, a qualidade dos equipamentos, em segundo a assistência oferecida pelo fabricante, que deve ser cons-tante, e por último a relação custo-benefício. E, neste sentido, a parceria com a Siemens tem funcionado perfeitamente. “Neste momento a Siemens tem demonstrado ser a melhor e en-quanto nos continuar a garantir qualidade será sempre a nossa parceira de eleição”, su-blinha Artur Osório.

Para o futuro o Grupo Trofa Saúde está focado no crescimento interno das unidades de saúde já existentes e na expansão para a região de Lisboa, em especial para as zonas periféricas, e também para países de língua portuguesa.

O Hospital Privado de Gaia, o mais recente projeto do Grupo Trofa Saúde, é sinónimo de inovação e modernidade

Inovação ao serviço da saúde

Artur Osório, Administrador do Grupo Trofa Saúde

HO

OD

0516

2002

2510

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A Saúde da Mulher tem sido uma área em crescente evolução nos últimos anos. E neste campo, a prevenção e deteção precoce assu-mem, cada vez mais, um papel determinante em doenças como o cancro da mama ou do colo do útero. Opinião que é partilhada pelos mé-dicos José Luís Fougo, coordenador do Centro de Mama do Centro Hospitalar de São João, e Faustino Ferreira, diretor clínico e vogal da Comissão Executiva dos SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde.

José Luís Fougo afirma que “a conscienciali-zação das mulheres para o cancro da mama é cada vez maior”. E atribui o facto à divulgação

quase diária de notícias e informação relati-va à doença. “Este facto, aliado à oferta de um Programa Nacional de Rastreio para o Cancro da Mama no Serviço Nacional de Saúde, fa-cilita a procura de cuidados médicos nesta área”, sublinha o especialista.

Faustino Ferreira explica: “Nos SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde dedicamos há muito uma especial atenção à prevenção e de-teção precoce da patologia oncológica nas nossas beneficiárias e utentes. Poderemos dizer que há uma consciência generalizada da sua importância.”

O responsável dos SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde lembra, mesmo, que nos últimos 20 anos não há conhecimento de pa-tologia oncológica avançada do colo do útero fruto do rastreio sistemático desta patologia e do seu tratamento em fases iniciais. E que, re-lativamente à patologia oncológica da mama, são disponibilizadas consultas e exames de rastreio, com elevada percentagem de adesão.

Quando se fala mais especificamente em cancro da mama, José Luís Fougo sublinha a importân-cia da tecnologia no rastreio e diagnóstico de tumores muito pequenos. “Neste campo a tec-nologia é determinante, permitindo a correta

A importância da tecnologia no rastreio e diagnóstico precoce

Saúde da Mulher

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identificação de lesões no seio do tecido ma-mário. Hoje em dia a tecnologia disponível fa-cilita o trabalho do médico porque a qualidade da imagem é muito boa. Além disso, a segu-rança dos exames e dos equipamentos é cada vez maior.”

Faustino Ferreira defende que a mamografia continua a ser o método standard por excelên-cia para a deteção precoce de patologia mamá-ria. “A mais baixa dose possível de radiação é um objetivo que todos procuramos, de acordo com as normas europeias, garantindo contudo que a qualidade de imagem não se perca.”

Opinião partilhada por José Luís Fougo que re-lembra que “a mamografia é uma radiografia da mama e, portanto, aplica radiação X sobre o corpo. Mas uma mamografia normal, com qua-tro imagens, aplica uma dose de radiação mui-to baixa, inferior à radiação que todos rece-bemos durante um ano, na nossa vida normal, sem fazermos exames radiológicos”.

Tanto o Hospital de São João como os SAMS Prestação Integrada de Cuidados de Saúde já dispõem de um mamógrafo digital da Siemens, com tecnologia PRIME, que permi-te reduzir a baixa dose de radiação já disponi-bilizada pelo sistema em 30%, possibilitando

contudo uma qualidade de imagem excecional para diagnóstico.

“O Centro de Mama foi pioneiro em Portugal na forma como se organizou para prestar cui-dados nesta área. É uma organização multidis-ciplinar onde cirurgiões, radiologistas e ana-tomo-patologistas convivem diariamente, no mesmo espaço físico, permitindo que os doen-tes realizem, no mesmo dia, a consulta médi-ca, os exames de imagem e as biópsias”, refere José Luís Fougo, para quem as mais-valias que o novo mamógrafo trará situam-se ao nível do incremento do diagnóstico.

“Algumas lesões que anteriormente nos dei-xavam algumas dúvidas serão agora melhor esclarecidas, o que poderá poupar exames adi-cionais”, conclui.

Faustino Ferreira refere que a principal vanta-gem deste equipamento da Siemens, que cara-teriza como “topo de gama”, é a possibilidade de passarmos a dispor da tomossíntese, o que nos permite abordar doutra forma áreas suspeitas pela aquisição de volume. Aumenta assim muito a especificidade dos resultados, sendo que para a doente aumenta quer a segurança dos resulta-dos quer a segurança do próprio exame devido à menor dose de radiação recebida”, defende.

Tanto o Hospital de São João como

os SAMS Prestação Integrada de

Cuidados de Saúde já dispõem de um

mamógrafo digital da Siemens, com

tecnologia PRIME, que permite

reduzir a baixa dose de radiação já

disponibilizada pelo sistema em 30%.

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A centralização das compras de medicamentos e equipamentos de diagnóstico para as 15 Unidades de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo permite à ARSLVT uma redução de custos em mais de 50%

A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) centrali-zou o processo de compras de medicamen-tos e outros produtos farmacêuticos para as Unidades de Saúde existentes no território. Pela primeira vez, está a decorrer um pro-cesso de aquisição centralizada de meios complementares de diagnóstico para 15 Agrupamentos de Centros de Saúde, entre os quais a análise sumária de urina, vulgarmen-te denominada “Urina Tipo 2”. Na totalidade são cerca de 400 equipamentos de urinálise, da Siemens, que permitem o registo de todas as análises existentes, com a possibilidade de leitura visual e automática.

Neste momento as responsáveis da farmácia da ARSLVT já conseguem fazer um balanço do processo de centralização de compras, que consideram bastante positivo, e sublinham a importância do acompanhamento que a Siemens tem feito aos seus equipamentos.

“Houve sempre duas vertentes a ter em con-ta: a da descida dos preços e a qualidade do serviço. E ambas foram alcançadas”, avançou Nadine Ribeiro, coordenadora da Unidade Orgânica de Farmácia (UFO) desta entidade. “Com este projeto, o custo dos produtos bai-xou e a sua qualidade aumentou”, salienta.

A coordenadora dos Serviços de Farmácia, Alice Santos, defende que “a relação preço/qualidade atingida foi muito boa. E a descida de custos foi superior a 50%”, complementada

com um suporte constante, como refere a far-macêutica Lurdes Lourenço, “há sempre al-guém a quem podem recorrer tecnicamente e tirar dúvidas, porque há formação”.

No final, já é com um sorriso na cara que as responsáveis referem as dificuldades que enfrentaram ao longo de todo o processo: a dispersão geográfica, a heterogeneidade dos processos de aquisição, dos produtos es-colhidos, da sua qualidade e preços, quando

se pretendia homogeneidade e uma econo-mia de escala.

No entanto, concordam que o maior desa-fio foi fazer as estimativas das quantidades reais que se consomem, pois não havia um histórico de consumo, tanto no setor do me-dicamento, como nos equipamentos de diag-nóstico. Algo que foi colmatado com a aposta num sistema informático com regras e meto-dologias específicas.

ARS de Lisboa e Vale do Tejo centraliza aquisição

de medicamentos

Nadine Ribeiro, Alice Santos e Lurdes Lourenço da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo

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A Tecnimed, empresa angolana sediada em Luanda e que trabalha há mais de 30 anos no mercado da saúde, caminha de mãos dadas com a Siemens Healthcare desde 1997.

Uma parceria que começou na área do diag-nóstico por imagem e que recentemente se es-tendeu ao diagnóstico laboratorial. Em 2014 a área Diagnostics da Siemens Healthcare Portugal passou a ser responsável por alguns países de África, nomeadamente Angola, dan-do início a um processo de consulta ao merca-do para a escolha do distribuidor em Angola, que recaiu sobre o parceiro Tecnimed.

Já no início deste ano foi assinado o contra-to de distribuição, que deu início a um con-junto de instalações e projetos a decorrer no

momento. A Siemens está a investir na forma-ção da equipa técnica da Tecnimed para que esta fique preparada para prestar assistência de forma autónoma, contando sempre com o suporte contínuo da equipa portuguesa.

A Tecnimed, enquanto empresa com uma vasta experiência no setor da saúde e uma excelente presença junto dos operadores deste mercado, é, para Ivan França, respon-sável da área Diagnostics, “um parceiro mui-to importante, com o qual se prevê um au-mento significativo do volume de faturação da empresa em Angola”.

De realçar que a Tecnimed já foi distinguida pela Siemens enquanto parceira nesta área, nomeadamente com o Siemens Healthcare

setor – Ultrasound Awards 2011 (S-Class Outperformer 2011), Sales Partner Award 2012 – Multi Modality Deals, e o Siemens Healthcare Sales Partner – Excellence Award 2014.

“Esta parceria é estratégica, pois a experiên-cia que temos obtido ao longo destes anos com a imagiologia da Siemens Healthcare é ótima. A organização, a clareza dos objetivos traçados, o apoio dispensado e a qualidade dos equipamentos e serviços têm sido fulcrais para o sucesso da Tecnimed no mercado ango-lano”, afirma Rui Coelho, administrador desta empresa angolana.

A parceria da Siemens Healthcare com a empresa angolana Tecnimed continua a dar frutos e os projetos para 2015 já estão em marcha

Parceria com a Tecnimed, uma aposta reforçada

A Tecnimed já foi distinguida pela Siemens enquanto parceira nesta área, nomeadamente com o Siemens Healthcare Sales Partner – Excellence Award 2014.

Saidy Pereira e Vysolela de Oliveira, da Tecnimed, e José

Almeida, da Siemens Healthcare

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A Siemens Angola foi recentemente reconhe-cida com a atribuição do primeiro service cen-ter da empresa em Angola e o único do género em África, o “SubSea Service Center – Angola”. Este centro atuará na área da instalação, ins-peção, manutenção, peças de substituição, remodelação e serviços técnicos e de repara-ção, competências reconhecidas pela Siemens Noruega, localização central de todas as com-petências para o SubSea na área do Oil & Gas.

De realçar, neste contexto, a importância das soluções do SubSea Service Center, agora adotadas, no apoio ao desenvolvimento do ne-gócio da Siemens neste país, bem como para o crescimento da economia angolana.

Conhecedora da realidade deste país africano e das suas necessidades, a aposta da Siemens no mercado angolano é contínua. As mais re-centes aquisições da empresa, nomeadamen-te das atividades energéticas da Rolls Royce no final de 2014, vieram permitir a diversi-ficação do portefólio de produtos e serviços

para o setor do Oil & Gas, nomeadamente através da disponibilização ao mercado de turbinas aeroderivativas a gás desta empresa britânica na área da energia.

A criação do SubSea Service Center Angola, o primeiro centro deste género no continente africano que vai trabalhar em estreita colabo-ração com a Siemens na Noruega e Inglaterra, é apenas mais um exemplo do envolvimento da empresa neste setor crítico para o sistema económico-financeiro angolano.

O primeiro SubSea Service Center da Siemens em Angola, e o único do género da empresa em África, já está operacional

Angola conquistaSubSea Service Center

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A Siemens organizou, no Hotel de Convenções de Talatona, em Luanda Sul, Angola, um workshop sobre centros de despacho e condu-ção para infraestruturas de produção, trans-porte e distribuição de energia.

O evento abordou os sistemas de teleconta-gem para contagem e faturação da energia que transita entre os operadores da rede e contou com a presença de vários represen-tantes do Ministério da Energia e responsá-veis de empresas de relevo do setor.

No workshop estiveram presentes respon-sáveis de vários dos principais intervenien-tes no mercado da energia de Angola, como o Instituto Regulador do setor Eléctrico de Angola (IRSE), a Empresa Pública de Produção de Electricidade (PRODEL), a Rede Nacional de Transporte (RNT) a Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) e o Ministério da Energia e Águas.

Este evento, onde participaram vários res-ponsáveis da Siemens, pretende demons-trar a experiência e competência da empresa

na implementação e operacionalização de Soluções Integradas para Gestão de Energia. Estes sistemas são fundamentais para respon-der aos atuais desafios da rede, impostos pelo elevado ritmo de crescimento económico re-gistado em Angola, bem como a crescente pro-cura de energia por parte dos consumidores.

As soluções apresentadas – baseadas na plata-forma Spectrum PowerTM – são consideradas referências de mercado a nível tecnológico e disponibilizam numa plataforma única todas as aplicações necessárias ao planeamento, gestão e operação das redes de energia, estan-do já preparadas para integrar e gerir os ele-mentos que constituem uma Smart Grid.

Estas soluções são fundamentais para au-mentar a disponibilidade e fiabilidade dos sistemas de produção e das redes de dis-tribuição e transmissão de energia, contri-buindo para aumentar a sua eficiência, indo assim ao encontro dos objetivos de susten-tabilidade económica e ambiental da rede de energia angolana.

A Siemens pretendeu com esta iniciativa re-forçar as parcerias que tem vindo a desen-volver nesta área e o seu compromisso com o país no seu desenvolvimento socioeconómico.

Segundo Sérgio Filipe, responsável da Siemens Angola, “este workshop surge na altura opor-tuna uma vez que a energia é um dos temas--chave do país, base de desenvolvimento e aumento de qualidade de vida. Durante os dois dias em que o mesmo decorreu houve oportunidade de, em conjunto, procurarmos melhorar os níveis de aplicabilidade e segu-rança deste recurso que é fundamental para levar Angola onde queremos – um país de su-cesso e crescimento.”

Partilha de visão e conhecimento com as entidades públicas responsáveis do setor elétrico angolano

Workshop sobre energia elétrica

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A tecnologia SIPROTEC, com mais de cem anos, é uma das soluções-chave para a pro-teção de redes de energia em todo o mundo. A Siemens lançou recentemente uma nova geração de equipamentos desta família, o SIPROTEC 5.

Trata-se de um equipamento mais flexível e inovador, que a Siemens instalou em Angola com a construção de uma subestação para a alimentação energética da fábrica da EPC, ASC-Angola Steel Corp.

A Danieli, empresa subcontratada pela EPC para a construção de uma nova unidade fabril para a produção de aço, manifestou a necessi-dade de trabalhar com uma empresa de con-fiança e com a mais alta tecnologia para cons-truir a subestação de 220 Kv contígua a esta unidade fabril. A Siemens foi a empresa elei-ta. Com início em setembro 2012, este proje-to em Barra do Dande, na província do Bengo, deverá estar concluído ainda este ano.

Neste projeto o material fornecido pela Siemens passou, ainda, por equipamento de alta tensão (transformadores de tensão, transformadores de corrente, transformado-res de potência, disjuntores, seccionadores, isoladores, descarregadores de sobretensão), reactância de neutro, sistema de proteção, co-mando e controlo, comissionamento e super-visão de montagem do equipamento AT.

Experiência no fornecimento e supervisão de montagem de equipamento de AT e no for-necimento de proteção, comando e controlo,

aleada à excelência da engenharia e produtos Siemens são, sem dúvida, os pontos fortes de todo este projeto.

Trata-se de uma parceria de elevada im-portância estratégica para a Siemens, que

continua focada nas oportunidades de negó-cio que possam proporcionar possibilidade de trabalhar com clientes de referência nos principais setores de atividade da economia angolana, nomeadamente nas áreas da ener-gia, óleo e gás.

Angola, um mercado de incontornável importância nos dias de hoje, recebeu o primeiro equipamento SIPROTEC 5

Primeiro SIPROTEC 5para Angola

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Este é um projeto que se reveste de eleva-da importância, não só para o desenvolvi-mento da rede elétrica de Moçambique, mas igualmente para o aumento da qualida-de de vida da população moçambicana, e a Siemens é a parceira de eleição para ultra-passar esses obstáculos.

Com o decorrer da ampliação da subestação de 220 kV de Matambo, cabe agora à Siemens fornecer uma solução portátil e compacta que permita garantir o fornecimento de energia à população durante o desenvolvimento des-te projeto. A solução escolhida é uma subes-tação móvel. Esta permitirá ainda, em qual-quer ponto geográfico, colmatar falhas no

fornecimento de energia, próprias de um país em explosão demográfica e com uma rede elé-trica ainda frágil.

Esta solução da Siemens é composta por três trailers (um trailer de Alta Tensão – 220 kV), baseado na tecnologia compacta GIS, um se-gundo trailer para um transformador de po-tência 220/30 kV 25 MVA e, por fim, um trai-ler de média/baixa tensão que, num único contentor, incluirá não só a distribuição a 30 kV, mas igualmente os sistemas auxiliares, de proteção, comando e controlo.

Na subestação de Tete será realizado o au-mento da potência instalada através do

fornecimento de um novo transformador de potência 66/33 kV 50 MVA, assim como a ampliação do quadro de distribuição em mé-dia tensão dos sistemas auxiliares, de prote-ção, comando e controlo.

Num financiamento do World Bank ao Estado moçambicano, uma vez mais a Siemens é o parceiro selecionado por garantir a melhor solução técnica que permitirá assegurar a a melhoria da rede elétrica e consequente melhoria da qualidade de vida da população moçambicana, não só nas regiões de Tete e Matambo, mas em todo o país.

Com o fornecimento de uma subestação móvel para Matambo e a ampliação da subestação de Tete, em

Moçambique, a Electricidade de Moçambique (EDM), pretende tornar a sua rede elétrica mais eficiente e fiável

A energia da Siemens chega a Matambo e Tete

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Page 50: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

O Banco de Moçambique está a expandir a sua ação a todo o território deste país afri-cano. Segundo o governador desta institui-ção, Ernesto Gove, no ano passado foram abertos 52 balcões um pouco por todo o ter-ritório. O objetivo é a “diversificação da gama de serviços e produtos financeiros ofereci-dos aos seus clientes e a expansão da inter-mediação financeira”, acrescenta o gestor.

O empreendimento tem tido o apoio da Siemens, desde a fase de desenvolvimento ao projeto de execução. As novas agências estão a ser equipadas com produtos de solu-ções Siemens como quadros de média tensão, transformadores de potência, quadros de baixa tensão e sistemas de comando de ilu-minação KNX.

Os vários investimentos que o banco cen-tral do país está a realizar visam acompa-nhar o desenvolvimento exponencial de Moçambique, que precisa do apoio das insti-tuições financeiras e das entidades regulado-ras para se manter sustentável.

O maior projeto em curso da instituição é a construção da sua nova sede, que passará a integrar quatro edifícios. A obra está a ser erguida no mesmo espaço da anterior e inclui, além do edifício sede, que irá manter a facha-da, uma nova torre de escritórios com 30 pi-sos, um silo-auto com 20 andares e um polo técnico com seis pisos. Nos novos edifícios fi-carão sediados todos os serviços centrais des-ta entidade reguladora moçambicana.

Este é atualmente o maior projeto que a Siemens está a desenvolver em edifícios do setor terciário em Moçambique. A empresa está a apoiar a obra de construção da sede do Banco de Moçambique desde a fase de desenvolvimento ao projeto de execução. Por isso, o corpo técnico da Siemens desen-volveu um projeto Totally Integrated Power (TIP), de integração total e otimizada dos equipamentos fornecidos pela empresa, e apoiará a evolução da obra até ao final da construção, previsto para 2015.

A Siemens desenvolveu um projeto Totally Integrated Power (TIP) para os quatro edifícios da nova sede do Banco de Moçambique

Nova sede do Banco de Moçambique

Segundo o governador desta instituição, Ernesto Gove, no ano passado foram abertos 52 balcões um pouco por todo o território.

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Page 51: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

CENTROSDE COMPETÊNCIA

Os centros de competência Siemens a funcionar em Portugal atuam nas áreas de energia, infraestruturas, saúde, tecnologias de informação e serviços partilhados, fornecendo serviços e soluções dentro do mundo Siemens que são utilizados em 200 países nos cinco continentes.

O IT Global Operations Lisboa comemora em 2015 o seu primeiro aniversário enquanto líder de soluções de TI e serviços inovadores para todo o universo Siemens.

Tendo iniciado a sua atividade em janeiro de 2014 e apostado em realizar atividades de nearshoring a nível de TI, a equipa con-ta já com mais de 100 especialistas em TI e está em franca expansão, graças aos re-sultados apresentados nestes 12 meses de atividade que comprovam que a estraté-gia da Siemens é benéfica não apenas para a empresa como para o país.

Mas a capacidade de Portugal não é somen-te assinalada pela Siemens. Muitas outras entidades descobriram o mercado nacio-nal e o valor das equipas de TI, tornando o acesso aos profissionais cada vez mais res-trito. Para continuar a fase expansionista, a Siemens iniciou projetos com universida-des e também com a academia de formação ATEC, podendo assim criar especialistas à medida das necessidades existentes.

“Ser um empregador atraente, com ambien-tes de trabalho state-of-the-art e benefí-cios para atrair a melhor equipa de TI, já não é suficiente”, afirma Andy Maertz, di-retor de Operações Globais. E acrescenta: “Proporcionar uma perspetiva de longo pra-zo à nossa equipa, investir e lançar progra-mas educacionais e promover uma relação com os alunos, que se encontram numa fase muito precoce no seu processo educacional,

são as únicas formas de garantirmos os me-lhores profissionais.”

Esta é também a razão pela qual o departa-mento de Operações Globais pondera abrir um escritório satélite no Porto – para capi-talizar a proximidade com as universidades do norte de Portugal.

Uma pool atrativa, constituída com recur-sos humanos das diversas universidades ou de start-ups e incubadoras, é uma estraté-gia muito apelativa para os projetos de ex-pansão nesta área. Particularmente com a recente decisão estratégica do Conselho de TI na Alemanha, que preconiza o au-mento da procura de recursos humanos al-tamente qualificados e que decide colocar em Portugal uma nova responsabilidade, o Cyber Security.

Este novo centro é especializado no contro-lo e defesa dos sistemas de informação da Siemens e até há bem pouco tempo apenas estava implementado nos Estados Unidos. Com o aumento do fluxo de informação e consciência do seu valor, a Siemens decidiu criar um novo centro com este mesmo ob-jetivo, desta vez na Europa, e Portugal foi o país escolhido. Este novo centro de Cyber Security já está instalado em território na-cional, presta serviços a todo o continente europeu e pode vir a expandir os seus servi-ços para o continente asiático.

Para a Siemens Portugal, a atribuição des-te novo centro de competências é mais uma prova da competência dos recursos huma-nos nacionais e da capacidade de resposta às necessidades da empresa.

O centro de competência IT Global Operations Lisboa comemora um ano e avança com o nascimento de uma nova área, Cyber Security

Centro de Tecnologias de Informação comemora um ano de vida ANO DE ABERTURA: 2014

N.º DE PESSOAS: >100

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A aposta das cidades na preservação do am-biente é cada vez maior. Um pouco por todo o mundo surgem novos projetos para a imple-mentação de autocarros elétricos no sistema de transportes públicos. Trata-se de proje-tos que têm em vista uma política para o de-senvolvimento sustentável e ecologicamente consciente dos centros urbanos.

O reconhecimento da engenharia da Siemens Portugal neste domínio surge na sequência do projeto desenvolvido em parceria com a Salvador Caetano Indústria, que consistiu na conversão de um APRON Bus (autocarro que faz o transporte de passageiros do ter-minal até ao avião em aeroportos) da versão diesel para uma versão 100% elétrica, crian-do, assim, o primeiro autocarro de aeroporto 100% elétrico.

Além de se criar uma opção eficiente para o transporte de passageiros em ambiente aero-portuário, este projeto vem requalificar um veículo em fim de vida que fica, assim, prepa-rado para um ciclo de mais 10 anos.

Este foi um projeto ambicioso, tendo na matu-ridade da tecnologia envolvida em todo o sis-tema um dos principais obstáculos vencidos, e que deu o mote para uma aposta sólida nesta área. O envolvimento neste projeto, bem como nos que se seguiram, levou à construção de um

conjunto de conhecimentos técnicos por parte da equipa Siemens, que a tornou numa das re-ferências mundiais, e ao aparecimento deste centro de competência Siemens.

Este recém-criado centro de competência em eBus dedica-se às atividades de engenharia, simulação de operação, desenvolvimento de projetos e consultaria na área da segurança para sistemas de autocarros elétricos, nomea-damente carregadores ultra-rápidos e inte-gração de sistemas de bordo para fabricantes de autocarros a nível mundial.

A Siemens Portugal foi reconhecida como centro de competência para todos os projetos mundiais de eBus (autocarros elétricos), numa aposta clara nas novas tecnologias amigas do ambiente ao serviço dos transportes coletivos

Reconhecimento na área dos autocarros elétricos em Portugal

Siemens apoia educação

Tendo sempre em vista a partilha do conhecimento e o incentivo aos jovens engenheiros portugueses, os engenheiros Pedro Grossmann, gestor de Projetos da MO-UT, e António Silva Amaral, diretor da DF-FA da Siemens, participaram no seminário “Autocarro Elétrico – Integração de Sistemas Elétricos e Soluções de Carregamento”, que decorreu na Escola Superior de Tecnologia de Setúbal, do Politécnico de Setúbal.

ANO DE ABERTURA: 2014N.º DE PESSOAS: <50

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Responsável pelo desenvolvimento de ati-vidades de suporte administrativo para a Siemens Real Estate (SRE), este centro de competência da Siemens Portugal alargou as suas responsabilidades além-fronteiras. A partir de setembro deste ano, este centro irá gerir 3600 mil metros quadrados de espaço Siemens e mais de 660 centros de custo.

Com uma equipa de 40 elementos, que será alargada a 47 muito em breve, de 16

nacionalidades e com backgrounds acadé-micos bastante diversos – nos quais se in-cluem arquitetura, engenharia aeronáutica, técnicos oficiais de contas, TI e consultoria, este centro presta serviços a 12 países e em setembro estas mais-valias serão alargadas a 22 países dentro do Europe Middle East and Africa (EMEA).

Esta equipa dá apoio na gestão de contratos, no desenho de plantas em CAD, faturação dos

espaços e serviços que o SRE presta, assim como todo o suporte em controlling e accoun-ting na gestão de mais de 600 edifícios.

O processo de expansão deste centro para no-vos mercados, dentro do universo Siemens, foi desenvolvido em seis meses, um tempo re-corde que mereceu o reconhecimento interno internacional através do prémio Exceptional Achievement atribuído a Angela Delicado, responsável por este centro de competência.

Alargou as suas responsabilidades e vai dar cartas além-fronteiras

Centro Global de Gestão de Imobiliário ganha terreno internacional

A partir de setembro deste ano, este centro irá gerir 3600 mil metros quadrados de espaço Siemens e mais de 660 centros de custo.

ANO DE ABERTURA: 2014N.º DE PESSOAS: ≤50

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Page 54: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Sustentabilidade

Empresa lança concurso de ideias com o objetivo de aproximar o ensino das necessidades reais da indústria nacional

Geração 2015Desafio para jovens e futuros engenheiros

“Ideias para a modernização da indústria por-tuguesa” é o tema do Prémio Nova Geração|15 que a Siemens Portugal lançou este ano. O seu objetivo principal é aproximar o ensino teó-rico/prático das necessidades reais da indús-tria nacional e da sua modernização. A inicia-tiva também pretende criar condições para que os futuros engenheiros acedam a uma formação cada vez melhor, fundamental para impulsionar a indústria e desenvolver a eco-nomia portuguesa.

Inserido no protocolo Engenharia Made in Portugal, assinado em 2013 entre a Siemens e o Estado português para promover o ensi-no da engenharia no país, este concurso de ideias inovadoras visa reconhecer jovens talentos da engenharia nacional e explorar novas ideias junto dos futuros engenhei-ros portugueses, incentivando o desenvol-vimento de projetos que os aproximem do mundo empresarial e facilitem a sua entra-da no mercado de trabalho.

O Prémio Nova Geração|15 destina-se às uni-versidades e escolas técnico-profissionais, abrangidas pelo protocolo Engenharia Made In Portugal, que receberam o software Solid

Edge e os kits de Automação da Siemens, compostos pelo Simatic S7-1200, Human Machine Interface e o software TIA – Portal de Programação, indispensáveis para a rea-lização dos projetos. A sua execução é total-mente livre, mas deverá incluir uma forte componente de inovação que será valorizada por um júri composto pela Siemens, Cadflow, CIP, COTEC e a Ordem dos Engenheiros. A Siemens e a Cadflow são responsáveis pela criação das shortlists dos projetos finalistas, cinco por categoria, e todos os elementos do júri irão definir os vencedores finais.

O eleito a título individual ou a equipa ven-cedora de cada uma das categorias (univer-sidades ou escolas técnico-profissionais) be-neficiarão de estágios com a duração de seis meses na Siemens, um dos quais na Alemanha, no centro de Investigação & Desenvolvimento da empresa. As escolas com mais alunos/ equipas registadas receberão kits de automa-ção para dotarem as salas técnicas de equipa-mentos modernos que permitam a melhoria dos métodos de ensino. Todos os vencedores serão anunciados publicamente na página www.siemens.pt/premionovageracao.

Como participar?

Para participar no concurso basta ser aluno de uma das instituições abrangidas pelo protocolo, ter mais de 18 anos e ser fluente em inglês. A participação pode ser individual ou em equipas de dois elementos.

Visite o site www.siemens.pt/premionovageracao para saber tudo sobre esta iniciativa, os critérios de avaliação, o júri e como realizar a sua candidatura que deverá ter lugar até dia 30 de setembro.

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Page 55: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

www.siemens.pt/premionovageracao

Prémio Nova Geração | 15

Está na altura da tua ideia sair do papel e ganhar asas.

O Prémio Nova Geração |15 é um concurso de ideias inovadoras que visa distinguir as melhores propostas para o Futuro da Indústria, em parceria com várias escolas técnico-profissionais e de ensino superior, a nível nacional.

Este desafio resulta do projeto “Engenharia Made In Portugal”, estabelecido entre a Siemens e o Estado Português, através da disponibilização de software e hardware da marca nas escolas parceiras.

Sobre o tema “Ideias para a modernização da Indústria Portuguesa”, o Prémio Nova Geração, edição de 2015, vai reconhecer alunos, professores e escolas com prémios aliciantes.

Põe as tuas ideias em prática! Consulta o site, inscreve o teu projeto e prepara-te para altos voos, contribuindo para um Portugal mais competitivo.

Prémio Nova Geração |15 Novas ideias. Para uma nova geração.

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Page 56: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Patrícia Alves decidiu sair do país. Queria continuar a aprender através do contacto com outras realidades e esteve a trabalhar em Zurique, na Suíça, onde ficou um pouco mais de dois anos como gestora de projetos numa empresa de telecomunicações, a Sunrise. As suas funções passavam por diversas áreas, desde sistemas de suporte ao cliente ao de-senvolvimento integral de soluções de maior complexidade, assegurando os projetos na íntegra, desde a implementação aos testes. O estudo de uma nova língua estrangeira, o alemão, veio da sua vontade de aprender e enfrentar novos desafios, e tornou-se uma mais-valia aquando do seu regresso.

No final de 2013 recebeu uma chamada de uma empresa de recrutamento portuguesa

que lhe apresentou o projeto da Siemens. Gostou do desafio e resolveu aceitá-lo após algumas entrevistas.

De regresso a Portugal, iniciou a sua nova ati-vidade em abril de 2014, como responsável pela Global Operation Lisbon – Testcenter, do centro de operações da empresa no nosso país. A solidez do desafio profissional aliou-se às condições financeiras para incentivar o re-gresso de Patrícia Alves.

A equipa que dirige até hoje, composta por 16 pessoas, é responsável por testar apli-cações de recursos humanos utilizadas nos 200 países onde a empresa está pre-sente, garantindo a sua qualidade. Patrícia Alves considera que a Siemens, enquanto

multinacional que opera nas áreas da ener-gia, saúde, infraestruturas e indústria, ofe-rece muitas perspetivas de progressão de carreira. Acrescenta, como exemplos do seu apoio aos colaboradores, o plano de desen-volvimento de carreira e as formações pro-postas pela empresa. Além do projeto pro-fissional, a Siemens promove uma série de iniciativas para proporcionar maior equilí-brio entre a vida profissional e a vida pes-soal, que Patrícia Alves também valoriza. Esta profissional é apenas um dos “cére-bros” portugueses que voltou a um país que precisa, cada vez mais, dos recursos qua-lificados que forma. Numa altura em que Portugal e a Europa apostam cada vez mais na inovação e no empreendedorismo, é es-sencial investir nas pessoas qualificadas.

Após um período na Suíça, Patrícia Alves aceitou o desafio da Siemens para gerir o centro de competência Global Operation Lisbon – Testcenter e voltou a Portugal

Regresso a casa

Patrícia Alves tem 39 anos, estudou em Portugal e tem formação em engenharia informática e gestão no Instituto Superior de Gestão. É casada e mãe de três filhos, com idades entre os 14 e os 18 anos.

GLOBAL SERVICE IT – GLOBAL OPERATION LISBON

O Global Service IT – Global Operation Lisbon é um centro de competência que desenvolve plataformas de suporte à dinâmica interna da Siemens na área das Tecnologias da Informação que são utilizadas nos 200 países onde a multinacional alemã está presente.

PATRÍCIA ALVES

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Sensibilizada para as dificuldades que a Cruz Vermelha tem sentido, a Siemens apoiou a realização de obras de beneficiação num dos equipamentos desta instituição chama-do Centro Infantil Ni Nó Ni com valências de creche e jardim de infância.

A remodelação desta instituição está a de-correr em duas fases. Na primeira foi reves-tida a cozinha, refeitório, casas de banho e uma das salas com um novo pavimento. Foram também efetuadas pequenas obras de

reparação e pintura nas paredes destes espa-ços. Esta intervenção incluiu ainda a compra de uma máquina de lavar loiça industrial e de uma televisão de ecrã plasma. Com a res-tante verba irão ser colocados, em agosto de 2015, novos pavimentos nas duas salas re-manescentes, corredor e escadas, e serão pintadas as restantes paredes e portas.

A Siemens acredita que o negócio só é sus-tentável se estiver ao serviço da sociedade. Aquilo que a empresa cria é para todos, para

benefício dos seus clientes em Portugal e no mundo. Na vertente social da sua estraté-gia de sustentabilidade a empresa continua empenhada em apoiar, de forma consisten-te e sustentada, a sociedade, tendo totaliza-do, nos últimos cinco anos, 4750 horas de vo-luntariado empresarial. Só no ano passado, os colaboradores da Siemens dedicaram 950 horas do seu tempo a ações de voluntariado promovidas pela empresa, tendo beneficiado diversas instituições.

A empresa apoiou a instituição na recuperação de um dos seus centros infantis

Centro Infantil da Cruz Vermelha Portuguesa recebe remodelação

Uma boa causa

• O centro infantil presta serviços sócio-educativos (creche e pré-escolar) com alimentação incluída e em horário alargado (7h30m às 19h) a crianças dos 2 aos 6 anos • Apoio de 45 crianças e 43 famílias

• A delegação de Lisboa presta ainda ajuda alimentar às famílias mais carenciadas

A Siemens acredita que o negócio só é sustentável se estiver ao serviço da sociedade. Aquilo que a empresa cria é para todos.

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Palmela Edf. ATEC, Parque Industrial da Volkswagen Autoeuropa 2950-557 Quinta do Anjo • [email protected] • 212 107 300

Porto Edf. Siemens, Av. Mário Brito (EN 107), nº 3570 – Freixieiro 4455-491 Perafita • [email protected] • 229 996 407

Formação e Consultoria

Page 59: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A ATEC voltou a promover a participação dos seus formandos no programa de empreende-dorismo jovem “A Empresa” dinamizado pela Junior Achievement Portugal. Com a partici-pação neste programa, a ATEC pretende de-senvolver nos jovens competências ao nível do trabalho em equipa, criatividade e inova-ção, mas principalmente espírito empreen-dedor que os ajude futuramente a serem pro-fissionais mais competitivos.

Com o apoio da ATEC e tutoria de Margarida Alves da Siemens, os quatro formandos do curso de aprendizagem em Eletrónica, Automação e Comando criaram a miniempresa

DTEC. Após vencer a Feira (I)limitada tam-bém dinamizada pela Junior Achievement, a DTEC conseguiu o 2.º lugar na VIII Competição Nacional, no dia 25 de maio, no Museu da Eletricidade. Visionaire é o nome da bengala eletrónica concebida pelos jo-vens e que promete melhorar a qualidade de vida de pessoas invisuais. Equipada com sensores que permitem evitar obstáculos, GPS com suporte áudio e apoio à linguagem braille e sistema de alerta por sms, a bengala foi totalmente projetada e programada pe-los jovens empreendedores. Para a forman-da Gabriela Facury, diretora-geral da DTEC, “este projeto foi bastante desafiante não

só pelas portas que abre a todos os partici-pantes como também pela experiência que acabamos por ganhar. Poder representar a ATEC na Competição Nacional, assim como ter a oportunidade de defender o nosso pro-jeto, já representou uma grande vitória para nós. Foi uma experiência que nos ajudou bas-tante tanto a nível pessoal como a nível pro-fissional e nem sempre ficar em primeiro lugar é o melhor prémio numa competição. Conseguimos provar isso com a conquista do 2.º lugar que nos vai proporcionar um está-gio na Renova, que decerto vai ser uma expe-riência que vamos levar para toda a vida.”

Formandos da ATEC vencem 2.º lugar no programa A Empresa

ATEC promove empreendedorismo jovem

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Fortalecer a economia portuguesa apoian-do empresas detidas maioritariamen-te por mulheres e promovendo a igualda-de de género são os principais objetivos do programa de mentoring empresarial que a Embaixada dos Estados Unidos lan-çou recentemente em Portugal e do qual a Siemens é parceira.

Nesta primeira edição foram selecionadas para integrar o projeto um total de 28 empre-sas nacionais. A Siemens está já apoiar a PHS – Premium Aviation and Handling Services, uma microempresa sediada em Braga que se dedica à gestão e operação de aeronaves.

A PHS Aviation tem um certificado de Operador Aéreo pela EASA AOC (European Aviation Safety Agency, Air Operator Certificate)/INAC – Instituto Nacional de Aviação Civil, bem como o Certificado de Operador de Trabalho Aéreo (fotografia aé-rea, reboque de manga, combate a incên-dios florestais, pulverização), e é, ainda, certificada em Gestão da Continuidade de Aeronavegabilidade.

Patrocinado pela embaixatriz norte-ameri-cana em Portugal, Kim Sawyer, o “Connect to Success” é um programa de orientação com o objetivo de ajudar mulheres empreendedoras a desenvolverem as suas próprias empresas.

A implementação deste projeto em Portugal vai ao encontro de uma das principais con-clusões do mais recente estudo realizado pela Mercer com o objetivo de avaliar, a ní-vel global, o impacto das práticas e das po-líticas das organizações na representação e

na progressão da carreira das mulheres. De acordo com a investigação, o envolvimento ativo de líderes seniores na promoção da igualdade de género conduz a uma maior e mais rápida representação das mulhe-res em funções executivas, no entanto esta ainda não é uma realidade que faça parte dos nossos dias.

APOSTA NA DIVERSIDADE

Na Siemens a promoção do género feminino é uma realidade que faz parte da estratégia de diversidade da empresa, através da qual são implementadas políticas e iniciativas que fa-vorecem a inclusão dos diferentes géneros, de diferentes formas de pensar, experiências, idades e qualidades individuais a todos os ní-veis da organização.

Programa de mentoring empresarial, lançado pela Embaixada dos Estados Unidos em Portugal, visa apoiar empresas de mulheres portuguesas

Aposta na diversidade em Portugal

O contexto empresarial no femininoPERFIL (mais de 680 mil mulheres representadas)

• Representam 41% da força de trabalho no mundo mas só 36% desempenham funções a nível de gestão e 26% ocupam posições como gestoras seniores e 19% como executivas.

O PAPEL DAS MULHERES NO SETOR DA ENGENHARIA

• 30% das mulheres afirmam que é dada luz verde ao desenvolvimento das suas ideias mas só 25% afirmam verem as suas ideias efetivamente implementadas.

BARREIRAS À INCLUSÃO DAS MULHERES NAS EMPRESAS

• 39% referem a existência de uma cultura tradicionalmente masculina nas empresas onde trabalham mas só 28% lutam contra este padrão.

Fonte:

• Estudo Mercer “When Women Thrive, Business

Thrive” com participação da Siemens.

Patrocinado pela embaixatriz norte-americana em Portugal, Kim Sawyer, o “Connect to Success” é um programa de orientação com o objetivo de ajudar mulheres empreendedoras a desenvolverem as suas próprias empresas.

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Page 61: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

“O envolvimento e participação da Siemens no projeto ‘Connect to Success' está total-mente alinhado com aquele que é, há muito, o nosso posicionamento sobre a diversidade e a inclusão dos diferentes géneros no mundo empresarial”, afirma Joana Garoupa, direto-ra de Comunicação da Siemens Portugal, que sublinha: “Estamos, por isso, muito satisfeitos e motivados para colaborar, dentro da nossa esfera, para o sucesso empresarial desta em-presa que já demonstrou ter todos os ingre-dientes para o alcançar.”

A implementação do “Connect to Success” em Portugal vai, assim, ao encontro de uma das principais conclusões do mais recen-te estudo realizado pela Mercer, “When Women Thrive, Businesses Thrive”, com o objetivo de avaliar, a nível global, o im-pacto das práticas e das políticas das orga-nizações na representação e na progressão da carreira das mulheres.

A rede GLOW for Diversity (Global Leadership Organization of Women) é um dos projetos

que ajuda a materializar as estratégias de di-versidade da Siemens e que se foca na pro-moção da igualdade de género, uma vez que pretende ser uma plataforma para potenciar o crescimento das mulheres na empresa pro-videnciando oportunidades de networking e dando visibilidade aos seus membros atra-vés de várias iniciativas, de forma a contri-buir para o seu desenvolvimento e suporte pessoal e profissional.

Kim Sawyer, embaixatriz norte americana em Portugal, patrocinadora do Connect to Success

PHS – Premium Aviation and

Handling Services

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Com 50 anos de existência, o ITAU tem vindo a criar parcerias com várias empresas ao longo dos anos, prezando sempre pela qualidade e excelência do serviço e atendimento.

A nossa parceria com a Siemens é um grande exemplo, revelando uma relação de confiança e de satisfação.

À Siemens, deixamos os nossos parabéns!

Conte connosco. Sempre.

ALIMENTAMOS GERAÇÕES

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Em março foi inaugurado, no Campus Tecnológico e Nuclear do Instituto Superior Técnico (IST), Bobadela, Loures, o Laboratório de Plasmas Hipersónicos (HPL) do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear (IPFN).

A cerimónia, integrada no programa do 8.º Simpósio Europeu de Aerotermodinâmica para Veículos Espaciais, contou com a presen-ça do ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, e da secretária de Estado da Ciência, Leonor Parreira.

O HPL acolhe o Tubo de Choque Europeu para Pesquisa de Entalpia Elevada (ESTHER – European Shock Tube for High-Entaply Research), uma instalação experimental de apoio a missões de exploração planetária ca-paz de reproduzir as condições de entrada de um veículo espacial na atmosfera. É compos-to por uma câmara de alta pressão ligada a um tubo de baixa pressão com cerca de 10 m de comprimento. Nos ensaios a primeira é enchida com uma mistura de hidrogénio /oxigénio/hélio, deflagrada depois. Isso faz aumentar a sua pressão interna até aos 600 bar (600 atmosferas) e a temperatura pós-combustão até 2800º Kelvin, produzin-do o rompimento da membrana que a sepa-ra da câmara de baixa pressão e iniciando uma onda de choque que percorre o tubo a velocidades superiores a 10 km/s. A mon-tante (atrás) da onda de choque, o gás é aque-cido a temperaturas muito elevadas, o que leva à formação de um plasma de reentrada

atmosférica em que os eletrões se separam das moléculas do gás e se movem livremente no seu seio. O plasma emite uma grande lumi-nosidade (radiação) e o seu estudo contribui para estabelecer o dimensionamento mais eficaz das proteções térmicas dos veículos es-paciais, para evitar que ardam durante a sua entrada na atmosfera planetária.

A presença de gases inflamáveis e explosivos, como o hidrogénio, a temperaturas e pressões muito altas nos ensaios experimentais exi-ge precauções de segurança muito elevadas. O sistema de enchimento do ESTHER é ope-rado remotamente, através de um sistema de PLC da Siemens, o Simatic S7-1200, a partir de uma sala de controlo. “A participação da

Siemens tem sido extremamente relevante para o desenvolvimento desta obra de enge-nharia”, referiu Mário Lino da Silva (na foto, o primeiro a contar da esquerda), responsável pelo Laboratório de Plasmas Hipersónicos.

O investimento no ESTHER, a maior instala-ção de pesquisa espacial do país, foi superior a dois milhões de euros. Financiado princi-palmente pela Agência Espacial Europeia (AEE) e também pelo IST, está a ser desenvol-vido por um consórcio internacional lidera-do pelo IPFN. O laboratório irá estar opera-cional durante várias décadas e exportará serviços de investigação e engenharia para a Agência Espacial Europeia e a Indústria Espacial Europeia.

Inaugurado recentemente, estará operacional durante várias décadas e exportará serviços de investigação e engenharia para a Agência Espacial Europeia e a Indústria Espacial Europeia

Laboratório de Plasmas Hipersónicos apoia indústria espacial

Inauguração com Nuno Crato, ministro da Educação e Ciência

Raio-X Inovação

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Em 2030 até os produtos mais complexos e processos produtivos associados serão concebidos e testados até à perfeição no universo virtual. Isso permitirá que os fabricantes passem das ideias aos produtos acabados numa fração do tempo hoje necessário para o fazer. Esta história é um exemplo do que poderá acontecer no futuro, após a quarta Revolução Industrial

Pictures of the Future

Cenário 2030: rumo à realidade

Para ler o artigo completo, consulte www.siemens.com/pof64

Page 65: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Se se consegue descrever, consegue dese-nhar-se. É este o lema desta empresa de mé-dia dimensão, especializada em simulações industriais. Há alguns meses um grande construtor automóvel fez-lhe um pedido que a pôs a pensar em alta velocidade.

Os seus responsáveis queriam que criasse um assento de carro robótico que se con-seguisse destacar, com o condutor senta-do, e estabelecer um percurso através de um centro comercial ou aeroporto, sendo operado com base em comandos verbais, Internet e/ou joystick. Além disso, teria de ser capaz de viajar cerca de 15 km, ser en-viado em missões independentes e voltar ao veículo por conta própria. Prazo: 60 dias para a apresentação de um protótipo vir-tual de produção compatível.

O dossier incluía todas as especificações do cliente e modelos interativos a três dimen-sões dos veículos onde passaria a ser uma op-ção. Logo que o projeto foi ativado, um pro-grama começou a pesquisar bases de dados de fornecedores para tudo, desde pneus lu-minescentes auto-infláveis até sistemas de travagem específicos. A informação recolhi-da, tal como tudo o que ia sendo desenvol-vido, estava permanentemente disponível numa base de dados interativa e segura.

À medida que o projeto ia tomando forma, um programa integrava os dados recolhidos junto dos diversos especialistas envolvidos num objeto holístico funcional. Assim, quan-do algumas linhas de software eram altera-das, as equipas dos sistemas mecânicos e elé-tricos abrangidos podiam avaliar o impacto da mudança no seu trabalho.

MONTAGEM AUTOMÁTICA

No projeto algumas coisas eram mais fáceis de concretizar, como os componentes de vi-são, radar e navegação da cadeira para andar em supermercados. Mas o percurso nos aero-portos era mais complicado, porque o cliente queria que o XtraScoot (nome que a empresa deu ao protótipo) levasse os seus passageiros através dos detetores de segurança sem ter de parar. Isso significava que tinham de ser trans-parentes às ondas, ou seja, serem feitos de bio-plásticos, compósitos, etc.

À medida que o design do protótipo ia toman-do forma, os programas informáticos definiam o processo de produção virtual corresponden-te. Isto incluía uma espécie de mercado onde as máquinas da linha de montagem ofereciam os seus serviços e trocavam informações so-bre materiais logísticos e custos de otimização com bancos de impressoras 3D e fornecedo-res externos em tempo real. Há muito tempo, quando a concretização deste tipo de coisas ainda estava a anos-luz de ser materializada, as pessoas referiam-se a elas como se perten-cessem à quarta Revolução Industrial.

Modelos fotográficos digitais de braços ro-bóticos e pistolas de soldar, completados com especificações de software e hardware, eram avaliados e testados por cada um dos enge-nheiros envolvidos no projeto em relação à sua capacidade de troca automática de dados. Os designers da empresa supervisionavam tudo e cruzavam as sugestões dos programas com as necessidades energéticas da fábrica que iria produzir o modelo, como com a agen-da, custos, serviços envolvidos e considerações como o ciclo de vida do produto.

Analisando as simulações da linha de produ-ção dos assentos, os designers eram guiados por programas especializados que os ajuda-vam a escolher as máquinas e o software que melhor serviria o processo como um todo, em termos do seu valor de vida para o cliente.

Também foram envolvidos fabricantes de má-quinas de produção e fornecedores de compo-nentes das cadeiras. Empresas produtoras de injetores especializados na pulverização de re-vestimentos de autolimpeza das peças, apare-lhos de análise ótica da superfície de máquinas e de análise áudio do nível de som dos minimo-tores das cadeiras foram, uma atrás da outra, otimizando programas ou parcelas destes com base na plataforma centralizada de dados e no modelo que ia sendo construído. Realizavam simulações e atualizavam as suas informações até poderem ser reproduzidos de forma per-feita no mundo real. Além disso, cada uma das partes do modelo era concebida para ser reci-clada e todas as alterações eram documenta-das automaticamente.

Os protótipos virtuais da cadeira montados fo-ram testados, tal como as etapas de fabrico ne-cessárias para os produzir. Nada foi deixado ao acaso. Sessenta dias depois, tal como o cliente

Siemens AG/ Pictures of the Future

O Projeto SI-GeA – Sistema Inteligente de Apoio à Gestão Avançada de Sistemas Urbanos de Águas Residuais foi financiado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER)/União Europeia, através do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), Programa Operacional Regional de Lisboa – Sistema de Incentivos à I&DT, Projetos em Co-Promoção, e não pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade (COMPETE) como foi erradamente comunicado.

tinha solicitado, o processo produtivo e cadeia de fornecimento, incluindo embalamento e prazo de entrega, estavam prontos para a si-mulação. Os protótipos eram, na prática, idên-ticos, em todos os pormenores, aos que iriam ser fabricados.

TESTE DO PRODUTO FINAL

O gestor de projeto acompanhou o processo e visitou o website específico, que usava um mo-delo virtual a três dimensões para criar a ilusão de interatividade em tempo real num ambiente simulado. Aproveitou para verificar como é que o assento ficava nos seus automóveis e cami-nhou ao longo da linha de produção para obser-var a rapidez de movimentos dos seus braços robotizados. Enquanto escutava os zumbidos das máquinas e os sons dos componentes a se-rem montados à distância por avatares, parou perto da divisória acrílica que protegia a pode-rosa prensa. Nesse momento deixou deslizar o braço e o seu avatar fez o mesmo movimento distraído enquanto o braço mecânico da máqui-na exalava um silvo pneumático. De imediato surgiu um fio de sangue na superfície do visor. “Ouch,” exclamou quando olhava para baixo e verificava que estava a correr sangue do seu dedo virtual. “Surpreendentemente realístico”, murmurou para si mesmo.

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Page 66: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A primeira edição da Green Business Week –Semana Nacional para o Crescimento Verde – teve lugar no Centro de Congressos de Lisboa com o apoio do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia

Crescimento sustentável

Melo Ribeiro, CEO da Siemens Portugal, e Jorge Moreira da Silva, ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia

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Page 67: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

O envolvimento da empresa neste evento im-pulsionador do crescimento económico, do emprego qualificado e sustentável, da ciên-cia e investigação, da tecnologia, inovação e empreendedorismo, alavancados pelo cres-cimento a nível mundial da Economia Verde, está totalmente alinhado com a estratégia da Siemens para a área da sustentabilidade que, em 2014, lhe valeu a distinção de empresa mais sustentável do seu grupo industrial pelo Índice de Sustentabilidade Dow Jones.

Se por um lado as tecnologias do Portefólio Ambiental da multinacional permitiram aos clientes de todo o mundo reduzirem as suas emissões de CO2 em 428 milhões de toneladas métricas no ano fiscal de 2014 (uma quanti-dade equivalente a mais de metade do total de emissões de CO2 da Alemanha), por outro lado o lugar cimeiro que a Siemens alcan-çou no Índice de Sustentabilidade Dow Jones também fica a dever-se ao esforço que a em-presa tem vindo a fazer, ano após ano, para alcançar e consolidar as metas estabelecidas na área da sustentabilidade. Recorde-se que o Compromisso para o Crescimento Verde, uma iniciativa do Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, que reúne mais de 60 entidades públicas e priva-das e que surge da constatação de que o setor “verde” é fulcral para o crescimento económi-co do país, identificou 10 áreas temáticas em que é importante intervir, entre as quais a energia, cidades e território e água.

De referir ainda que este encontro decorreu em simultâneo com a 2.ª Reunião Ministerial Ambiente e Energias Renováveis do Diálogo 5+5, tendo por isso contado com a presença do ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia, Jorge Moreira da Silva.

INCUBATOR LOUNGE SIEMENS

No palco das novas ideias e projetos o grande destaque da participação da Siemens nesta primeira edição da Green Business Week foi o Incubator Lounge, que promoveu a criação de pontes entre o mundo académico, as incuba-doras e as aceleradoras de empresas.

Para o efeito a Siemens cedeu o “palco” des-te espaço, situado no seu stand, a universida-des e incubadoras para que estas pudessem apresentar projetos de investigação ou ideias relacionados com as temáticas-chave do crescimento verde – Soluções para Cidades Inteligentes; Energia, Eficiência Energética, Energias Renováveis e Alterações Climáticas, e Água, Resíduos e Ambiente. A empresa pro-cura ideias provenientes do mundo académi-co e empresarial, sobretudo em áreas como a digitalização, a eletrificação e automação, as quais a Siemens acredita serem os moto-res que vão revolucionar o futuro do mundo tal como o conhecemos hoje. Em Portugal a Siemens tem vindo a desenvolver uma polí-tica de investigação, desenvolvimento e ino-vação (IDI) assente no desenvolvimento de software, tecnologia e competências e em estreita ligação com a comunidade técnico--científica. Para Filipe Janela, Innovation ma-nager, “a sustentabilidade e a inovação/I&D são duas alavancas fundamentais para o cres-cimento e desenvolvimento económico das sociedades, pelo que na Siemens as encara-mos de forma consolidada e totalmente inte-grada, tendo na Green Business Week um es-paço de partilha e disseminação de avanços tecnológicos representativos desta visão”.

Além do Incubator Lounge a Siemens con-tou com a presença de oradores presentes nas principais conferências do evento, no-meadamente nas conferências EnergyLive/Eficiência Energética; AcquaLive/ Eficiência Hídrica e na SmartcitiesLive. Através da par-ticipação nestes debates, a Siemens preten-deu partilhar com as entidades presentes as soluções e competências que detém nestas áreas e, ao mesmo, apresentar casos nos quais teve intervenção direta.

5000VISITANTES DA GREEN BUSINESS WEEK

UNIVERSIDADES ENVOLVIDAS NO INCUBATOR LOUNGE SIEMENS:

IST– Instituto Superior TécnicoUniversidade de Aveiro

Incubadora da Universidade de AveiroUniversidade de Coimbra

MIT PortugalIPN – Instituto Pedro Nunes.

Estas universidades realizaram um total de 14 projetos inovadores enquadrados nas áreas da energia,

águas e cidades inteligentes.

(...) as tecnologias do Portefólio Ambiental da multinacional permitiram aos clientes de todo o mundo reduzirem as suas emissões de CO2 em 428 milhões de toneladas (...)

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Page 68: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Foram apresentados no Encontro Nacional de Inovação Cotec os resultados do estudo “Transforma Talento Portugal”. Promovido por esta instituição e pela Fundação Calouste Gulbenkian, teve o objetivo de enunciar um conjunto de medidas para iden-tificar, desenvolver a aproveitar o talento dos portugueses, em benefício dos próprios, das organizações que servem e das comuni-dades onde se inserem.

A metodologia usada privilegiou a audição de um conjunto de personalidades de diver-sos setores ligados à temática do talento, distribuídas pelas áreas da educação, peda-gogia, formação, cultura, empreendedoris-mo, talento, sociologia, mercado de trabalho e migração, a que se juntou o contributo de seis entidades de índole associativa. O pre-sidente do Conselho de Administração da Siemens Portugal, Carlos Melo Ribeiro, foi uma das personalidades que participou nes-te “exercício de inteligência coletiva”.

As linhas estratégicas de atuação para a transformação de talento em Portugal se-rão orientadas para um ecossistema que visa maximizar e potenciar cada uma das suas três etapas fundamentais: produção, intermediação e colocação, e valorização de talento. Será propício à sua identificação e desenvolvimento, à otimização do conheci-mento, à afetação eficiente dos talentos e à dinamização de oportunidades contínuas para a sua potencialização e realização.

Promovido pela Cotec e pela Fundação Gulbenkian, o Movimento Transforma Talento Portugal quer contribuir para descobrir e desenvolver o talento no nosso país

Valorização do talento em Portugal

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Page 69: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A Cotec e a Fundação Calouste Gulbenkian comprometem-se, agora, a implementar, na sociedade portuguesa, as 13 medidas se-lecionadas como prioritárias, entre as 40 inicialmente identificadas. Criarão, para o efeito, o Movimento Transforma Talento Portugal (MTTP) que, tal como o estudo, contará com o patrocínio da Presidência da República Portuguesa.

As medidas a implementar cobrem toda a jornada do talento, desde as idades mais tenras, em família e nos primeiros ciclos do

ensino básico, até ao conjunto da vida ati-va. Os atores do talento tanto podem ser es-tudantes, que estão ainda na fase de explo-ração e desenvolvimento dos seus talentos, como trabalhadores, estejam eles inseridos no mundo empresarial, cultural, desportivo, científico ou estatal.

Uma primeira ação a implementar, no âmbi-to do MTTP, é a iniciativa Portugal, País de Excelência em Engenharia, prémio a que se-rão convidados a concorrer, no próximo ano

letivo, todos os alunos do terceiro ciclo do ensino básico do país, apresentando protóti-pos e projetos de índole mais aplicada, expe-rimental e laboratorial elaborados durante as suas atividades escolares. Haverá tam-bém um prémio para o melhor projeto edu-cativo nestas áreas. Os alunos submetem-se a concurso juntamente com os seus profes-sores, e todos são premiados.

O prémio “Portugal, País de Excelência em Engenharia” foi instituído pela COTEC e por 41 associados desta entidade, onde se inclui

a Siemens, a quem coube a iniciativa de de-safiar a Cotec à sua instituição. Terão, como parceiro, o Ministério da Educação e Ciência e, como presidente do júri, o ex-ministro da Educação, Eduardo Marçal Grilo.

GESTÃO DO TALENTO

Na primeira etapa da jornada do talento se-rão criadas condições, nos estabelecimentos de ensino, para identificação, desenvolvimen-to e acompanhamento de talentos. A seguinte

diz respeito à entrada de estudantes no mer-cado de trabalho e é a ponte que garante que os talentos produzidos são concretizados. Para que isso aconteça, terão de ser, entre ou-tros, consolidados os mecanismos de articu-lação entre o ensino e o universo empresarial e fomentada uma maior capacitação ao em-preendedorismo, através de mecanismos de dinamização de incentivos à criatividade, ino-vação e pró-atividade.

A terceira etapa reflete a forma como o talen-to se traduz em benefícios para os próprios

atores, para as organizações onde trabalham e para a sociedade em geral. Passa, entre ou-tros, por criar práticas organizacionais de formação, avaliação e desenvolvimento dos talentos nas empresas e administração públi-ca, refletindo o caráter individual e evoluti-vo do talento, e por otimizar as estruturas de alavancagem e acompanhamento, para o de-senvolvimento de empreendedorismo inova-dor e disruptivo.

PRODUÇÃO INFORMAL

PRODUÇÃO FORMAL

Ensino Primário

Estudantes

Empreendedores

Gestores e Empresários

Desportistas

Artistas

Investigadores

Ensino Secundário

Ensino Básico

Ensino Universitário

Família

Novas Empresas

Empresas Existentes

Centros de Investigação

Identificação de Talento

Acompanhamento do Talento

Desenvolvimento do Talento

Conhecimentodo Talento

Concretização do Talento

Potencialização do Talento

Mercado de Trabalho

Sociedade Media

Ensino Profissional

Mercado de Trabalho

INTERMEDIAÇÃO E COLOCAÇÃO

VALORIZAÇÃO DO TALENTO

Fonte: ”Transforma Talento Portugal”, Cotec

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Page 70: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A Siemens venceu o concurso para o Storage InovGrid de Évora da EDP Distribuição, um projeto

que estará concluído no final deste ano

Pioneirismo no setor energético nacional

O resultado alcançado pela Siemens, que venceu o concurso para o Storage InovGrid de Évora da EDP Distribuição, volta a de-monstrar o pioneirismo na inovação e enge-nharia nacionais da empresa, que foi a con-curso com alguns dos principais players do mercado português.

A Siestorage (Siemens Energy Storage) é uma solução inovadora para o setor energético, com elevada componente de desenvolvimen-to nacional. Trata-se de uma solução de arma-zenamento de energia com recurso a baterias estacionárias, a primeira a ser desenvolvida em Portugal e que vai contar com a participa-ção de engenheiros portugueses, bem como com a unidade fabril da empresa em Corroios.

O projeto-piloto, que assenta num sistema de armazenamento com baterias estacionárias para ser integrado numa rede de distribuição de energia, vai estar ligado à Universidade de Évora, melhorará a qualidade de serviço e ser-virá como prova de conceito e como montra tecnológica no âmbito do universo InovGrid. É, por seu turno, uma solução modular, que comunica com a rede energética através de aplicações eletrónicas sofisticadas, ao mesmo tempo que armazena energia em baterias de lítio de alto desempenho.

E, por ser um sistema modular, pode ser usado em diversos tipos de aplicações, responden-do à necessidade de assegurar a estabilidade

da rede nas zonas de distribuição de média e baixa tensão e fazendo com que produtores e utilizadores de energia possam responder com muito maior flexibilidade a mudanças na procura.

O desenvolvimento da solução para este pro-jeto irá, ainda, promover a criação de compe-tências locais na área do armazenamento de energia e micro-redes.

O Storage InovGrid de Évora é, assim, um pro-jeto que reflete os benefícios das redes inteli-gentes, designadamente a participação ativa do consumidor na gestão dos seus consumos e a maior eficácia operacional do operador da rede de distribuição.

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Page 71: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

Quando em 1983 a Siemens instalou o seu primeiro sistema de ressonância magnética (RM) de 0.35 Tesla no Mallinckrodt Institute of Radiology, em St. Louis, nos Estados Unidos, ninguém podia adivinhar a evolução que esta tecnologia na área da imagiologia te-ria nos 30 anos seguintes.

Nos dias de hoje, o sistema de RM integra software próprio, aplicações dedicadas e tecnologias específicas que tornam o diag-nóstico cada vez mais eficiente, preciso, rápido e confortável.

No entanto, a investigação tecnológica come-çou na Siemens alguns anos antes, em 1973, pelas mãos de Alexander Ganssen, e Arnulf Oppelt e da sua equipa. Estes investigadores rapidamente chegaram a um sistema de RM que, embora experimental, já permitia o estu-do de todo o corpo dos pacientes mas precisa-va, naturalmente, de alguns ajustes. Assim, em 1980 são realizados os primeiros testes.

Mas só em 1983 estes cientistas considera-ram o equipamento finalmente apto para ser utilizado. Desta vez os testes foram realiza-dos já em ambiente clínico, na Alemanha, na Escola Médica de Hannover.

Os testes decorreram com enorme sucesso, o que levou a Siemens a registar um novo produto para comercialização e a continuar as suas pesquisas nesta área. A partir daí a empresa criou avanços disruptivos que re-volucionaram a imagiologia em RM, ino-vando continuamente de maneira a dar res-posta aos casos clínicos mais complexos de uma forma mais rápida, eficaz e confortá-vel para o paciente.

A Siemens chega assim aos dias de hoje com um completo portefólio de soluções em RM preparado para dar resposta às questões clí-nicas mais complexas e suportado por um DNA robusto que assenta em quatro pilares fundamentais:

1- Obtenção de imagens clínicas de excelente qualidade, com rapidez.

2- Otimização dos processos clínicos, tornando-os mais eficientes.

3- Pioneirismo na introdução de um vasto leque de aplicações clínicas inovadoras.

4- Melhoria do conforto do paciente.

Na vanguarda da inovação, a Siemens assinala os 30 anos de uma aposta na evolução da técnica de ressonância magnética

30 anos de inovações em ressonância magnética

Ressonância Magnética Siemens – Principais Marcos

1980 – Protótipo de sistema de RM

1983 – Primeiro sistema de RM comercializado

1987 – Instalação da primeira RM em Portugal na Clínica Dr. Idálio de Oliveira

1993 – Primeiro sistema de RM aberto

2003 – Tecnologia revolucionadora Tim – Total image matrix. Primeiro sistema de RM 1.5 Tesla com 70 cm de abertura de túnel

2009 – Tecnologia TIM4G+DOTque melhora a qualidade do diagnóstico e otimiza os processos clínicos

2010 – Primeiro sistema PET/MR, combinação num sistema híbrido das tecnologias de RM e PET

HO

OD

0516

2002

2510

35

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Resultados Sólidos

A levar a “Engenharia made in Portugal” aos quatro cantos do mundo

Ao celebrar, em 2015, 110 anos de presença em Portugal, a Siemens mantém-se uma im-portante referência no que concerne ao inves-timento direto estrangeiro no país. A Siemens pode orgulhar-se de ter uma história e uma evolução que se misturam com a do próprio país no que diz respeito ao desenvolvimento de projetos estruturantes e à modernização tecnológica.

Tal como em anos anteriores, os resultados apresentados pela Siemens Portugal resul-tam de um trabalho contínuo de identifi-cação de tendências e oportunidades, bem como da adaptação atempada às necessida-des do mercado e da aposta em áreas com maior potencial de crescimento.

A Siemens Portugal terminou o ano fiscal de outubro de 2013 a setembro de 2014 com cerca de 270 milhões de euros em vendas, um resultado líquido de 6,7 milhões de euros e exportações que atingiram um valor supe-rior a 83 milhões de euros.

Para se alcançar estes resultados foi deter-minante o trabalho desenvolvido pelos 16 Centros de Competência que a empresa tem a operar em Portugal, e que atuam nas áreas da energia, saúde, infraestruturas, serviços partilhados e tecnologias de informação.

Em 2014 o destaque nesta área foi para a inauguração do Global Service IT – Global Operation Lisbon, vocacionado para a área do

Corporate IT Automation, que presta serviços de elevado valor acrescentado a 200 países e está em franco desenvolvimento. Também durante o período em análise, Portugal conti-nuou a dar apoio ao desenvolvimento do negó-cio da Siemens em Angola e em Moçambique. Este apoio foi, também, um fator determinan-te para os bons resultados alcançados pela empresa nestes dois pontos geográficos de importância estratégica.

A Siemens Portugal terminou o ano de 2014 com cerca de 270 milhões de euros em vendas e exportações que atingiram um valor superior a 83 milhões de euros.

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Luís Cabrita mudou de país e de funções. Na Alemanha, aproveita a capacidade portuguesa de adaptação e a sua experiência para ajudar a Siemens a enfrentar os reptos dos mercados sob sua responsabilidade

Portos com alma lusa

Luís Cabrita, responsável pela equipa dos Portos das regiões do Sudoeste Europeu, América Central e do Sul, mudou-se recente-mente para a Alemanha. Uma das caraterísti-cas da cidade onde trabalha, Erlangen, é a sua vasta comunidade internacional, oriunda dos quatro cantos do mundo. Nela “estabelecem--se contactos facilmente”, salienta. Apesar de esta cidade ter diversos lugares e eventos de visita imperdível, como a Bergkirchweih, a mais antiga feira da Alemanha, que remon-ta a 1755 e atrai mais de um milhão de pes-soas, Luís Cabrita e a sua família preferem o contacto com a natureza, algo que está tam-bém muito enraizado no espírito alemão.

A capacidade de adaptação dos portugue-ses e a facilidade que têm de relacionamento com outras culturas e povos têm ajudado bas-tante este responsável a adaptar-se às novas funções. Para isso também contribuíram os anos de experiência acumulados em Portugal, onde compreendeu “que a velocidade dos ne-gócios é quase sempre a do mercado e dos clientes”, explica.

Os diversos mercados das regiões sob sua res-ponsabilidade têm, em comum, a língua, o por-tuguês e o espanhol. Também têm afinidades culturais entre si. Neles, um dos principais desafios de Luís Cabrita é maximizar a quota

de mercado da Siemens ao nível dos guindas-tes portuários, apoiando-se na satisfação dos utilizadores de tecnologia da empresa, sejam eles fabricantes, terminais portuários ou in-dústria. Para este responsável, o maior repto destes mercados é a sua diversidade em ter-mos de negócio. “Há países com fabricantes de guindastes bem suportados pelas Siemens lo-cais e países que importam quantidades rele-vantes destes equipamentos com tecnologia da marca.” Por isso, uma boa articulação de atividades entre os diferentes players é fun-damental”, defende Luís Cabrita. “É também esta diversidade que torna a função interes-sante”, salienta ainda este responsável.

SIEMENS PORTUGALNO MUNDO

LUÍS CABRITAUm português no mundo40 anos, casado, com 3 filhos

FORMAÇÃO:Engenheiro Mecânico, ramo de Automação e Robótica, pelo Instituto Superior Técnico.

EM QUE PAÍSES JÁ TRABALHOU:Portugal e Alemanha.

PAÍSES VISITADOS EM SERVIÇO:África do Sul, Alemanha, Áustria, Bélgica, Brasil, Colômbia, Egito, Espanha, França, Holanda, Panamá, Portugal, Qatar, Reino Unido.

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Plataforma inovadora tem como objetivo atrair empresas e investimento para criar novos postos de trabalho em Lisboa e no país

Lisbon Business Connections

O Salão Nobre dos Paços do Concelho de Lisboa foi palco da apresentação pública da Lisbon Business Connections (LBC), plataforma que pretende captar investimento e empresas para a cidade. A cerimónia contou com a pre-sença da vereadora da Economia e Inovação da Câmara Municipal de Lisboa, Graça Fonseca, da Siemens e de vários parceiros e conectores deste projeto e representantes de 15 países.

A criação da LBC resulta do trabalho desen-volvido pela autarquia e pela agência de pro-moção e captação de investimentos da capi-tal (Invest Lisboa) na promoção económica da cidade, e conta com o apoio da Câmara do Comércio e Indústria Portuguesa (CCIP) e da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).

Através do site lisbonconnections.pt, a autar-quia quer ligar pessoas, empresas, entidades públicas e privadas através de uma rede de ideias e de contactos que permitam desen-volver projetos para reforçar a capacidade de atração de Lisboa, disse Graça Fonseca em de-clarações à agência Lusa, após a apresentação da plataforma. Também presente no even-to, o diretor-executivo da Invest Lisboa, Rui Coelho, referiu que o objetivo é chegar ao fi-nal deste ano com 250 conectores.

“Para a vereadora, as cidades são cada vez mais os atores principais no plano das relações eco-nómicas internacionais. Como a capital por-tuguesa quer assumir-se como protagonista nesse cenário, o seu papel inclui a criação de condições para dar resposta adequada e atem-pada aos desafios de quem quer investir e “co-nectar” investimento para a cidade.

A Siemens apoia esta iniciativa.

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Page 76: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A Siemens chegou a Portugal há mais de um século. Desde 1905, altura em que se oficializou no país, até hoje a empresa percorreu um caminho que se mistura na história de Portugal e dos portugueses

Uma pegada com 110 anos

Decorreram 110 anos desde a data da entrada oficial da Siemens em Portugal. Desde então, a empresa não tem parado de seguir o caminho do investimento na inovação tecnológica, introduzindo no mercado nacional as mais avançadas soluções e em diversas áreas.

“Ao celebrar 110 anos de presença em Portugal, a Siemens orgulha--se de ter uma história e uma evolução que se confundem com a do próprio país no que diz respeito ao desenvolvimento de projetos es-truturantes e à modernização tecnológica”, afirmou Carlos de Melo Ribeiro, presidente da Siemens, S.A.

PORTO RECEBE O ARRANQUE DAS COMEMORAÇÕES DA MULTINACIONAL

Na abertura do ano da Alemanha na Casa da Música assinalou-se o início das comemorações dos 110 anos de presença da Siemens em Portugal, que vão marcar todo o ano de 2015. Foi na cidade do Porto, há mais de 110 anos, que a Siemens, ainda antes de estar formalmen-te constituída como empresa, começou a sua atividade em território nacional. A empresa regressa assim onde tudo começou – à cidade do Porto –, há mais de 110 anos. Antes de estar formalmente constituída e do uso da energia elétrica estar vulgarizado, a Siemens, através do seu representante Emílio Biel (cidadão alemão, residente no Porto), equi-pou os elétricos da Companhia de Carris no Porto com motores, substi-tuindo a tração animal. Desde então o apoio a Portugal tem continuado nas diversas áreas estratégicas para a competitividade do país.

Além deste apoio ao ano da Alemanha a ligação da Siemens à Casa da Música remonta a 2006, quando a empresa desenvolveu e instalou uma solução cénica, naquele que é considerado o mais inovador equi-pamento cultural portuense, que permite diminuir o tempo de inter-valo entre os espetáculos realizados.

O PAPEL DE EMÍLIO BIEL

As primeiras referências à empresa no nosso país surgem antes, em 1876, com o fornecimento de um forno contínuo com regeneração do calor, de origem Siemens, para a indústria vidreira na Marinha

Concerto de Abertura do Ano da Alemanha, na Casa da Música, Porto

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Grande, instalado pelo engenheiro Boistel e Gally, contribuindo assim para o arranque de uma das indústrias emblemáticas nacionais. Este contrato marcou indelevelmente a presença da Siemens em Portugal e, desde então, a empresa participou em investimentos essenciais para o reforço do tecido industrial, como o processo de eletrificação do ter-ritório nacional e o desenvolvimento da rede ferroviária nacional.

E em 1885 os equipamentos Siemens começam a ser divulgados e instalados em Portugal pelo alemão Emílio Biel – a primeira ins-talação elétrica ocorreu nos Armazéns Andersen (Porto). Dez anos depois os motores Siemens equipavam os elétricos da Companhia Carris, no Porto.

Neste âmbito, e assinalando os 100 anos da sua morte, a Siemens homenageia a pessoa de Emílio Biel com a exposição “Emílio Biel – no caminho do progresso – 1838/1915” patente no SiemensForum em Lisboa e Porto.

A entrada oficial da Siemens em Portugal torna-se uma realidade in-contornável em 1905, com o estabelecimento das primeiras insta-lações da empresa no Porto. Na época era denominada Companhia Portuguesa de Eletricidade Siemens Schuckertwerke, Lda.

Exposição “Emílio Biel – no caminho do progresso”, no SiemensForum

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Em 110 anos a Siemens cresceu a par e passo com Portugal, tendo in-troduzido no nosso país diversos equipamentos e soluções, com tec-nologia de ponta, em áreas tão diversas como a saúde, a mobilidade, a energia e a indústria.

UM SÍMBOLO PORTUGUÊS

Para assinalar os seus 110 anos em Portugal, a Siemens lançou uma campanha com o mote: “Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905” e com a imagem da calçada portuguesa, símbolo típico da his-tória e cultura nacionais, que se encontra a circular nas redes sociais.

A campanha alusiva aos 110 anos está bem visível, igualmente, no website criado para assinalar a efeméride, em www.siemens.pt/110anos. Com os principais marcos da história da empresa, o cibernauta também pode encontrar neste espaço as várias ativi-dades deste ano, um contador decrescente dos dias até ao dia 24 de novembro, a data oficial de abertura da Siemens em Portugal e ainda a rubrica “Ontem, Hoje e Amanhã” onde se demonstra o pa-pel e presença da Siemens no nosso país.

Estando presente nas redes sociais como o Facebook, o Twitter e o canal Youtube, apostas da comunicação da marca, a empresa lançou também um novo canal, o Instagram da Siemens Portugal, para uma aproximação com o público mais userfriendly.

Nos últimos cinco anos, mais de 700 colaboradores da Siemens Portugal estiveram envolvidos em ações de voluntariado.

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SUSTENTABILIDADE COMEMORATIVA

A aposta na sustentabilidade ambiental e social feita pela Siemens Portugal tem sido, também, uma das grandes preocupações da em-presa. Com uma estratégia de Responsabilidade Corporativa foca-da nos eixos Educação, Sociedade e Ambiente, a Siemens Portugal tem vindo cada vez mais a promover o envolvimento dos seus cola-boradores junto da comunidade.

No âmbito dos 110 anos da Siemens Portugal, a empresa abraça este ano um projeto social de maior dimensão: a Novo Futuro. A as-sociação Novo Futuro é uma instituição fundada em 1996 que aco-lhe 74 crianças e jovens privados de um ambiente familiar seguro, facultando-lhes um lar, melhores cuidados quotidianos, redobra-da atenção, apoio e afeto. A empresa proporcionou a reabilitação de três dos atuais lares da associação e acompanha o ensino das crianças e dos jovens através de apoios à sua educação. Este projeto envolve igualmente uma forte componente de voluntariado em várias atividades planeadas ao longo dos dois anos de parceria.

Nos últimos cinco anos, mais de 700 colaboradores da Siemens Portugal estiveram envolvidos em ações de voluntariado. Por ano, a Siemens disponibiliza 16 horas a cada um dos seus colaboradores para participar em iniciativas de voluntariado. Este ano a Siemens desa-fiou ao seus colaboradores a fazerem 3000 horas de voluntariado.

Exemplo disso foi a iniciativa realizada em outubro, na qual a Siemens Portugal concretizou na vila do Samouco, concelho de Alcochete, uma das atividades de maior dimensão já organizadas pela empresa neste âmbito. Num total de 15 intervenções, cerca de 400 voluntários estiveram envolvidos na reconstrução e requa-lificação da vila, beneficiando diretamente cerca de 1260 famílias.

Jantares convívio que decorreram no âmbito do projeto comunitá-rio Serve The City juntaram diversos voluntários da Siemens que ajudaram a preparar as mesas, servir as refeições e a fazer compa-nhia a 110 sem-abrigo e pessoas carenciadas.

De cariz social realizou-se igualmente uma atividade de nome Restolho, que visou organizar uma apanha de laranjas nos jardins do Palácio de Queluz. Num pomar com 110 laranjeiras algumas dezenas de colaboradores apanharam vários quilos de laranjas destinadas à instituição EntreAjuda e ao Banco Alimentar.

EntreAjuda, Ciência Viva, Legião da Boa Vontade, Cruz Vermelha, AMIAMA e Refood são algumas das instituições e associações com as quais a Siemens está envolvida ao longo do ano comemorativo.

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Page 80: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

I LOVE SIEMENS“He who delivers the best, will ultimately remain on top; therefore I will

always prefer promotion through performance to that of mere words” Werner von Siemens

O setor da indústria em resumo

Porque a indústria não precisa de ser complicada, a empresa transformou a atualidade do setor em infografias

DESAFIOS DAS FÁBRICAS DE HOJE

1/4de toda a energia é usada pela indústria

25%de diminuição do ciclo de vida de um produto

>200%ao longo dos últimos 15

anos, a variedade de produtos mais do que duplicou

Sabia que o número de trabalhadores na área da tecnologia aplicada à indústria, em Portugal, chegaria para encher o estádio nacional do Jamor?

Sabia que a indústria é responsável por 17% do produto interno bruto a nível mundial? Conheça os desafios que as fábricas enfrentam nos dias de hoje.

Diminuição de time to market

Aumento de eficiência

Melhoria de flexibilidade

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PARCERIAS ACADÉMICAS SIEMENS

>11 000Parcerias Universitárias

>60Parcerias Universitárias

>1 000 000Alunos Abrangidos por Ano

±10%Alunos do Ensino Superior

Abrangidos por Ano

Sabia que a Siemens tem mais 11 mil parcerias com instituições do ensino superior em todo o mundo? ALUNOS UNIVERSITÁRIOS

2000

75 7922013

82 377

Sabia que só em 2013 matricularam-se 82 377 alunos na área de Engenharia?

+9%

Curiosidades sobre a marcaSE A SIEMENS FOSSE UM PAÍS, SERIA MALTA

37.ªA Siemens é a 37.ª marca

mais valiosa do mundo

A Siemens é a 53.ª empresa maior do mundo

A Siemens é a 39.ª empregadora mais atrativa no LinkedIn

A Siemens é a 6.ª melhor marca (pela Interbrand)

15.ª empresa mais inovadora do mundo (The Boston

Consulting Group)

$13 000 MILHÕES

A Siemens vale 13 mil milhões de dólares

458 000 503 637

À frente de marcas como a Audi, Gucci, Fox ou Ebay

Colaboradores Siemens

fonte: Worldometers

fonte: Forbes

fonte: Forbes fonte: Rankingthebrands

fonte: Rankingthebrandsfonte: Rankingthebrands

População em Malta

Vs

53.ª 39.ª

6.ª15.ª

Alunos matriculados no ensino superior na área de Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção

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Page 82: A NOVA ERA DA INDÚSTRIA NACIONAL

A marca nas Redes Sociais

Mais de 12 000 fãs no Facebook e 1 860 no Twitter

Conheça os seguidores de referência do canal de Twitter da Siemens Portugal – a rede social da empresa direcionada para os media.

GE do Brasil Frost & Sullivan Económico

Mais de 60 voluntários Siemens estiveram ontem no ServetheCity Lisboa! Durante cin-co horas, os nossos voluntários serviram 110 sem-abrigo e pessoas carenciadas, num jan-tar comunitário, colaborando com toda a lo-gística deste grande acontecimento solidário. A ServetheCity Lisboa é uma instituição co-munitária, presente em mais de 80 cidades de vários continentes, e um dos seus objetivos é a realização de jantares comunitários para os sem-abrigo e pessoas necessitadas.

Siemens Portugaljaneiro 22

Quantas vezes já nos “viu” hoje? Apostamos que muitas mais do que imagina.www.siemens.pt/110anos

Siemens Portugalmaio 29

Madalena de Sá, responsável financeira dos Serviços Partilhados da Siemens Portugal, e Marta Pinto Leite, responsável pela área Legal, são duas grandes referências no fe-minino da Siemens Portugal.

Siemens Portugalfevereiro 07

4 579Número de Interações

106 675Número de Visualizações

Dados 2015

95 668Pessoas Alcançadas

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FLORESTASEXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

by TAKASHI AMANOSUBMERSAS

A PARTIR DE 22 | ABRIL | 2015

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Venha ao Oceanário, respire fundo e descubra o maravilhoso mundo das florestas submersas. Uma experiência única e poderosa onde a arte e a natureza se fundem magistralmente.

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Em Portugal desde 1905. Com Portugal desde 1905.E isso vê-se em todos os momentos nos pequenos e grandes projetos.

A Siemens celebra este ano 110 anos de presença em Portugal e isso faz com que seja um dos mais antigos e mais presen-tes parceiros do país.

Esteve com Portugal nas primeiras expe-riências de eletrificação do território e no crescimento da rede ferroviária. Ajudou a indústria especializada e ao longo dos anos, entrou na casa de todos e na vida de todos: dos eletrodomésticos ao equipa-mento médico, a Siemens foi sempre uma presença constante nos grandes momen-tos do país.

Por isso, para que tal como em 1905, a parceria com Portugal seja forte e dura-doura, mais do que deixar-se levar pelos ventos da mudança, na Siemens procura--se a inovação e olhar o amanhã como um caminho para um futuro melhor.

siemens.pt/110anos

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