A Intuicao

20
INTUIÇÃO Dividimos este trabalho em quatro etapas: 1) O que é intuição. 2) A importância da Intuição. 3) A Intuição matemática. 4) Considerações Finais. - 1°- O que é intuição? Sexto sentido? Fantasia? 1

description

Intuição

Transcript of A Intuicao

INTUIO

Dividimos este trabalho em quatro etapas:

1) O que intuio.

2) A importncia da Intuio.

3) A Intuio matemtica.

4) Consideraes Finais.

- 1-

O que intuio?

Sexto sentido? Fantasia?

Numa entrevista que relatamos a seguir com a psicanalista Priscila de Faria Gaspar conheceremos um pouco do universo destes fenmenos da psique.

A doutora Priscila alega que no preciso ser mgico, mdium ou ter poderes sobrenaturais para ter intuies.

Prestar a ateno nas coisas, aprender a aceitar os registros inconscientes que volta e meia irrompem na nossa conscincia, procurardesenvolver a criatividade, lidar bem com emoese estar com a mente relaxada j so ferramentas mais do que suficientes para que voc consiga se beneficiar com esta caracterstica humana: a capacidade de intuir.

Sabe aquele insight que, de repente, ilumina uma difcil deciso ou aquela sensao de que "alguma coisa lhe diz" paraagir desta ou daquela maneira?

Pois , estas so provavelmente manifestaes dasua intuio.

E,se voc aprender a lidar com elas,issopode realmente facilitar sua vida.

A intuio sempre intrigou os pensadores e estudiosos.

Plato, o filsofo grego que viveu aproximadamente entre 428 e 347 a.C., afirmava existirem trs formas de conhecimento:

1 crena.

2 opinio.

3 raciocnio e intuio.

J no sculo 20, mais especificamente no ano de 1921, o psiquiatra suo Karl Gustav Jung, numlivro chamadoTipos psicolgicos,registrou os avanos importantes sobre o polmico e intrigante assunto.

Nele, Jung se refere a quatro atividades mentais: sentimento, pensamento, sensao e intuio.

Para Jung, longe de ser uma caracterstica "irracional", a intuio uma funo de juzo, tanto quanto o pensamento e, ao contrrio, da sensao e do sentimento.

O que intuio?

A palavra intuio vem do latim intuire, que significa "ver por dentro".

No entanto, o conceito de intuio varia um pouco conforme a linha de pensamento.

Para Jung, a intuio uma capacidade interior de perceber possibilidades, enquanto que o filsofo Emerson a considera uma sabedoria interior que se expressa por si prpria.

Kant v a intuio como o conhecimento que se relaciona imediatamente com os objetos, ou seja, que mostra realidades singulares e que no depende da abstrao, ou seja, aquilo que se sabe, sem precisar deduzir para concluir.

Kaplan diz que a intuio , provavelmente, uma condensao de uma ou mais linhas de pensamento racional num nico momento no qual a mente rene rapidamente uma gama de conhecimentos e passa para a concluso, que a parte do processo que ele recorda. Muitas vezes, a intuio condensa anos de experincia e de aprendizado num claro instantneo.

Quando nos remetemos ao conceito de Kaplan, a intuio passa a ser algo que nos revelado num certo momento, por insight. Isso implica em um processo, que inclui raciocnios anteriormente elaborados e com seqncia lgica. Como esse processo se passa de forma inconsciente, temos a impresso de que atemporal, quando na verdade trata-se apenas da concluso sbita de algo que j estava sendo elaborado. A cincia positivista s permite avaliar os dados observados objetivamente e a intuio, por ser um processo eminentemente interno, no pode ser estudada pelo mtodo cientfico convencional.

Seria tema,portanto, da Filosofia.

No entanto, o fato de no poder ser estudada pela Cincia no significa que no seja aceita pelos cientistas.

Ao contrrio, so muitas as histrias a respeito de teorias cientficas que se iniciaram a partir de uma intuio, para, num segundo momento, serem testadas pelo mtodo cientfico.

Encontramos vrios exemplos em livros que tratam de histria da cincia e tambm em algumas publicaes de Filosofia.

Ser que a intuio aponta sempre para o caminho certo?

A intuio pressupe uma condensao de conhecimentos e raciocnios lgicos, que so revelados de forma sbita.

No entanto, mesmo tendo fundamento lgico, no quer dizer que esteja sempre certa.

Jung dizia que a intuio uma forma de se prever possibilidades.

Por condensar uma srie de conhecimentos, a intuio tem grande probabilidade de estar certa, mas isso no significa que estar sempre certa! E, ateno ainda maior deve ser prestada para evitar confundir intuio commedos, pressentimentos e at mesmo supersties.

Um pressgio, ao contrrio da intuio, no tem nenhum fundamento lgico e se baseia mais em medos e supersties do que em conhecimentos anteriores.

De um modo geral, as pessoas criativas so mais intuitivas e tm facilidade de entrar em contato com as emoes e com a imaginao. Processam rapidamente as informaes, relacionando automaticamente as experincias passadas s informaes importantes e ao momento presente.

Conhea-se a si mesmo.

Outro ponto importante aprender a diferenciar o que uma experincia objetiva de uma subjetiva. Uma experincia objetiva aquela que pode ser compartilhada por outras pessoas, como por exemplo, observar um objeto e descrev-lo (forma, cor, tamanho etc.)

A experincia subjetiva depende de valores, crenas e afetos do observador, por exemplo, se o objeto observado feio ou bonito, se provoca sentimentos agradveis ou desagradveis, se faz lembrar de outro objeto ou de um fato etc. Para isso, entrar em contato com seu mundo subjetivo essencial. A psicanlise uma das tcnicas que permite esse tipo de auto-conhecimento, estimula o imaginrio, bem como as associaes e a percepo interna.

- 2-

A importncia da intuio

No fcil conceituar a intuio. Se consultarmos os dicionrios, encontraremos algo do tipo: a intuio o ato de ver, perceber, discernir, pressentir. Fica-nos, ento, aquela impresso de que a intuio o ato de ver algum objeto ou fenmeno de maneira diferente daquela normalmente vista pela maioria das pessoas que olham para esse objeto ou fenmeno.

Por exemplo: bilhes de pessoas, no decorrer de milhares de anos, j devem ter se deparado com um cenrio, ao cair da tarde, onde, por trs de uma macieira repleta de frutos, visualiza-se a Lua, fixa no firmamento.

Quantos viram algo alm de mas e da Lua?

Pois bem possvel que num cenrio como este e em seu stio, o jovem Isaac Newton, com apenas 24 anos de idade, tenha visualizado, alm de mas e da Lua.

Naqueles "anos admirveis" , Newton, na fazenda de sua me, fez uma das observaes mais famosa: viu uma ma caindo ao cho. Esse fenmeno o levou a pensar que haveria uma fora puxando a fruta para a terra e que essa mesma fora poderia, tambm, estar puxando a Lua, impedindo-a de escapar de sua rbita. Levando em considerao os estudos de Galileo e Kepler, como tambm os seus estudos sobre o assunto, foi que Newton formulou o seguinte princpio:

"A velocidade da queda de um corpo proporcional fora da gravidade e inversamente proporcional ao quadrado da distncia at o centro da Terra".

Entre a viso normal, ou o ato puro e simples de olhar, e a viso sofisticada, qual seja, o ato de ver, de perceber, de discernir, de pressentir, reside o segredo da intuio, tambm descrita como a contemplao pela qual se atinge a verdade por meio no racional.

Vamos, ento, trabalhar um pouco mais este conceito no sentido de esclarecer o que aqui entendemos por verdade e por que o processo intuitivo seria no racional. O cientista , diferentemente dos outros, um homem que procura pela verdade e que, portanto, assume a existncia dessa verdade.

Nessa procura, admite como certo o que poderamos chamar de verdade provisria. Digamos, ento, que esta ltima seja o que consideramos como verdade cientfica, e o que a distinguem das demais verdades provisrias, encontradas pelos que no so cientistas, seria o seu acoplamento ao mtodo cientfico ou experimentao.

Para resumir, poderamos dizer que a verdade cientfica uma verdade provisria tomada por emprstimo da natureza e da forma como ela aparenta ser.

A no racionalidade, atribuda intuio, retrata o seu carter essencial, mas no engloba, propriamente, todo o processo intuitivo.

Digamos que se refere ao insigh, ou estalo, ou ainda, percepo de alguma coisa estranha, no notada nas outras vezes em que se observou o mesmo objeto ou fenmeno.

bvio que esta percepo, ao ser trabalhada racionalmente, poder vir a se constituir numa conjectura ou hiptese.

No entanto, mesmo antes de formularmos uma conjectura ou hiptese, j estamos frente a algo a que podemos associar o conceito de verdade provisria.

Existe um conceito popular que diz: Gato escaldado tem medo de gua fria.

Seria isto equivalente a admitir que o gato raciocina?

Seria isto coerente com a afirmao de que o gato formula hipteses (a gua queima) e as generaliza (as prximas guas queimaro)?

Provavelmente no!

Podemos, pelo exemplo, simplesmente inferir que o gato est dotado de uma intuio primitiva e da capacidade de memorizar fatos e, em conseqncia disso, em condies de aprender por um meio no racional.

Se a cincia experimental comea pela intuio, poderamos concluir que o intuitivismo a base fundamental de todos os conhecimentos humanos oriundos das cincias empricas.

importante no confundir intuitivismo com intuicionismo.

O intuicionismo relaciona-se doutrina que faz da intuio o instrumento prprio do conhecimento da verdade: Ver para crer.

Mesmo porque o cientista parte da contemplao do que realmente existe, e interpreta esta verdade seguindo um raciocnio lgico aprisionado ao mtodo cientfico.

O cientista, ento, parte da verdade (intuitivismo) e procura por novas verdades cientficas por meio da construo e da corroborao de teorias.

Afirmar que a cincia comea pela intuio , portanto, bem diferente de dizer que a cincia comea pela observao.

(Texto de Alberto Mesquita Filho, extrado pela internet.)

- 3-

A Intuio matemtica

Reproduzimos abaixo parte de um e-mail entre o Prof. Duda e Prof. Paulo Santa Rita em 23 de Maio de 2002 sobre o que A Intuio Matemtica

Ibero-americana (questo pessoal do Duda)

Date: Thu, 23 May 2002 13:16:33 -0300

S para no ficar completamente sem matemtica, vai a uma questo:

Como funciona a intuio matemtica? Por que a mente de muitas pessoas conseguem enunciar conjecturas complicadas sem saber demonstr-las?

De onde vem essa matemtica fantasma?

Duda.

Resposta

Ola Duda e demais

Colegas desta lista,

Eu no sei responder a pergunta que voc fez acima, mas acredito que a

Intuio matemtica esta para a mente de um matemtico assim como a intuio sensvel esta para a mente humana...

Quando voc olha para um objeto voc IMEDIATAMENTE deduz varias propriedades SEM USAR NENHUM RACIOCINIO MEDIADOR.

Por exemplo, voc tem uma IDEIA INSTANTANEA (INTUIAO SENSIVEL) do tamanho, da cor, da forma, da proximidade dele para com outros objetos, etc. (Todos esses conhecimentos so validos e foram obtidos por INTUIAO SENSIVEL PERCEPAO INSTANTANEA), isto e, sem que fosse necessrio usar um RACIOCINIO LOGICO OU DISCURSIVO para se chegar a eles.

Parece-me que a intuio matemtica se aproxima disso. Voc "olha" (com o olhar da mente matemtica) os objetos do mundo matemtico E SENTE que Eles devem ter ou manter determinadas relaes, sem que voc consiga, de imediato, forjar uma demonstrao para estas relaes ou propriedades.

Veja como Gauss fala em dois momentos:

1) "Encontrei um maravilhoso teorema, mas, infelizmente, ainda no consigo demonstrar"

Ele fala sobre a lei da reciprocidade quadrtica. Veja bem. Ele estava convencido, (teve a intuio), da correo do teorema ANTES DE DEMONSTR-LO.

2) Durante este outono, preocupei-me largamente COM AS CONSIDERACOES GERAIS sobre as superfcies curvas, o que conduz a um campo ilimitado. Essas pesquisas se ligam fortemente com a metafsica da geometria e no sem ingentes esforos que consigo me arrancar das conseqncias que dai advm.

Qual seria o verdadeiro sentido da raiz quadrada de -1? Nestes momentos, sinto vibrar vivamente em mim o verdadeiro significado destas coisas, mas creio que ser terrivelmente difcil exprimir este significado em palavras".

V se aqui que Gauss PRIMEIRO, SENTE A REALIDADE DO MUNDO MATEMATICO. E SO DEPOIS ele vai exprimir o que sente atravs das teorias e formulas matemticas.

Primeiro voc pensa, vale dizer, vivenciar internamente e emotivamente, atravs da imaginao, os objetos e fatos da matemtica, depois, quanto mais viva for essa vivencia, mais profundas sero suas concluses e mais fcil ficar a posterior e necessria demonstrao.

Ainda a esse respeito e interessante destacar que, conforme relata Voltaire, uma vez perguntaram a Newton como ele havia descoberto a lei de gravitao.

Newton respondeu: Pensando continuamente sobre ela!

Quer dizer, imaginando e vivenciando os objetos voc desvela os mistrios que os encobrem... , que sua intuio j previra ou revelara.

Eu concluo que:

Pesquisa EMOCAO PURA! ENTUSIASMO! INTUICAO! MAGICA!

esse emocional que gera a intuio!

Um abrao

Paulo Santa Rita

- 4-

Consideraes finais

O "Aurlio" define intuio como a capacidade de pressentir.

A enciclopdia Abril diz que a compreenso imediata e direta de uma verdade.

Em filosofia, diz-se que a percepo de uma verdade diferente daquela que se atinge por meio da razo ou do conhecimento objetivo.

Podemos at chamar de intuio estas definies poticas:

"Todas as coisas visveis dizia Lao-Tse

so setas que apontam para o invisvel"

Em seus versos, Jos Amrico de Almeida confirmava,

Ver bem no ver tudo.

Ver bem ver o que os outros no vem"

BUDA dizia:

No creiais em coisa alguma pelo fato de mostrarem o testemunho escrito de algum sbio antigo. Aquilo porm, que se enquadrar na vossa razo, e depois de minucioso exame, for confirmado pela vossa experincia, (ou Intuio), conduzindo ao vosso prprio bem e a de todas as outras coisas vivas, a isso aceitai como verdade. Para isso pautai a vossa conduta.

Poderamos dizer que intuitivamente pautamos nossa conduta!?

Verificamos anteriormente, no conceito de Kant, que a intuio um insight , ou claro, que em um instante nos fornece resposta de como proceder.

No vem pura e simplesmente do irracional, mas sim de uma profunda analise processada em um nico momento no qual a mente rene rapidamente uma gama de conhecimentos e passa para as concluses, que parte do processo que ele recorda.

Muitas vezes a intuio condensa anos de experincias e aprendizado num claro instantneo.

Em latim temos uma frase que diz:

NIL NISI CLAVIS DEEST

Nada precisamos alm da chave.

(Frase inscrita no pergaminho que envolve a chave, no grau correspondente. Significa que sem o conhecimento interno, os smbolos no tm vida, e que, por grandioso que seja o ensinamento que tenhamos, ainda h mais para aprender, se nos encaminharmos eretos pela senda do progresso Manico.)

Poderamos perfeitamente substitu-la por:

NIL NISI INTUITO DEEST

Nada precisamos alm da intuio.

Ningum pode nos dar a intuio, nem a chave.

Trata-se de uma metfora, principalmente partindo da premissa que algo que surge no interior de cada um, em menor ou maior intensidade.

O que se condensa nesta frase que com ajuda externa podemos desenvolver, acentuar esta caracterstica, mas sempre limitada ao pleno esforo que cada um dedicar a esta prtica.

A intuio, pode ser a chave para abrir nossa mente racional para o irracional, isto , chegar a concluses apenas porque sua intuio assim o induz, descartando o que a razo e experincias anteriores exigiriam, como uma analise mais profunda pautada em conhecimentos adquiridos pessoalmente ou atravs de convivncia e assimilao de experincias de terceiros.

Nos que pertencemos Ordem, temos constantemente, em nossas reunies, informaes morais, intelectuais, simblicas, litrgicas, etc. que certamente nos induzem a agir conformes os sublimes preceitos Manicos.

Certamente nos momentos de aes em que temos os indcios intuitivos pautados no resumo e analise destes conhecimentos assimilados tanto inconscientemente como racionalmente, vem o estalo, que nos sugere como devemos agir.

Intuitivamente j sabemos o que fazer. Mas o agir propriamente dito ser determinado pela importncia que cada um de nos d, mais ou menos para a intuio ou mais ou menos para a razo.

Para os que desejam estimular a intuio, relatamos o exerccio a seguir:

EXERCICIO PARA EXPANDIR A CONSCINCIA E A INTUIO

Esta tcnica, de origem chinesa, consiste em fazer seu sol interno nascer ao mesmo tempo em que o Sol csmico surge no horizonte.

No incio, pode ser que voc no consiga fazer as mentalizaes, mas, com o tempo aprender a se concentrar e a visualizar adequadamente.

Levante-se bem antes do Sol nascer, tome um banho e vista roupas brancas.

Sente-se na posio de ltus, com a coluna ereta e as pernas cruzadas frente do corpo.

Feche os olhos e procure sentir o corpo bem relaxado...

Visualize um sol de cor alaranjada nascendo na altura do seu umbigo.

Imagine que o calor emanado por esse sol aquece todo o seu corpo, enquanto uma luz dourada o envolve completamente.

Visualize o sol elevando-se do seu umbigo at o seu corao.

Imagine que dessa regio parte uma grande e bela ave branca que voa para longe, levando com ela todas as suas tristezas.

Imagine que esse sol se eleva ainda mais, at chegar no centro energtico localizado entre as sobrancelhas.

Faa ento o sol ganhar uma intensa colorao dourada e subir para o alto da cabea, de onde ele se expandir at explodir como uma luz que se junta do sol csmico.

O pitagrico Hirocles diz que duas coisas so necessrias vida: a ajuda dos parentes e a benevolente simpatia do prximo.

A dualidade nos d os contrastes do Bem e do Mal, tais como o humano e a natureza, noite e dia, luz e trevas, conhecimento e ignorncia, mido e seco, quente e frio, sade e doena, verdade e erro.

Exatamente o que o nosso mosaico simbolicamente nos transmite atravs dos contrastes do branco e do preto, assim como a Razo e a Intuio.

Os ingleses definem a Maonaria, dizendo que a Cincia da Moral, velada por alegorias e ilustrada por simbolos

Precisamos primeiro distinguir entre emblema, alegoria e smbolo.

O EMBLEMA uma representao que deriva simples e espontaneamente de uma idia. Por exemplo: o touro o emblema da fora; o co o emblema da amizade, fidelidade. No emblema h o sentido exotrico, isto , o ensino pblico ou a interpretao natural.

A ALEGORIA uma interpretao figurada, independente do sentido literal. A alegoria pode ser um aplogo ou uma parbola. O aplogo uma alegoria moral, a parbola uma alegoria religiosa. Cristo ensinou por parbola.

O SIMBOLO a representao criada espiritualmente sobre uma idia. Todo smbolo tem uma interpretao anaggica, isto , exige um plano elevado de interpretao.

No h compreenso de smbolo sem anagogia, isto sem que o esprito se eleve do sentido natural e literal para o sentido mstico (ou intuitivo). Por isto se diz que no smbolo h o sentido esotrico da idia, ou o sentido secreto ou interpretao sublimada.

Portanto a intuio a chave para desvendarmos os nossos smbolos, pois mesmo sem saber momentaneamente provar ou dar explicaes lgicas e racionais para o que sentimos perante um smbolo, intumos seu significado para a posteriori procurar uma explicao fundamentada na prpria intuio.

Finalizamos nosso trabalho preparado especialmente para este seminrio promovido pela Loja LAquila Romana, orquestrado pelo poderoso Ir.. Tullio Colacioppo e organizado com maestria pelo nosso querido Ir.. Alferio Di Giaimo Neto, cito parte do prefcio do livro Critica da Razo Pura de Emmanuel Kant.

Na terceira parte de sua Crtica da Razo Pura, na dialtica transcendental, Kant se interroga sobre o valor do conhecimento metafsico. As anlises precedentes, ao fundamentar solidamente o conhecimento, limitam o seu alcance. O que fundamentado o conhecimento cientfico, que se limita a por em ordem, graas s categorias, os materiais que lhe so fornecidos pela intuio sensvel.

No entanto, diz Kant, por isso que no conhecemos o fundo das coisas. S conhecemos o mundo refratado atravs dos quadros subjetivos do espao e do tempo. S conhecemos os fenmenos e no as coisas em si ou nomenos. As nicas intuies de que dispomos so as intuies sensveis. Sem as categorias, as intuies sensveis seriam "cegas", isto , desordenadas e confusas, mas sem as intuies sensveis concretas as categorias seriam "vazias", isto , no teriam nada para unificar. Pretender como Plato, Descartes ou Spinoza que a razo humana tem intuies fora e acima do mundo sensvel, passar por "visionrio" e se iludir com quimeras: "A pomba ligeira, que em seu vo livre fende os ares de cuja resistncia se ressente, poderia imaginar que voaria ainda melhor no vcuo. Foi assim que Plato se aventurou nas asas das idias, nos espaos vazios da razo pura. No se apercebia que, apesar de todos os seus esforos, no abria nenhum caminho, uma vez que no tinha ponto de apoio em que pudesse aplicar suas foras".

Entretanto, a razo no deixa de construir sistemas metafsicos porque sua vocao prpria buscar unificar incessantemente, mesmo alm de toda experincia possvel. Ela inventa o mito de uma "alma-substncia" porque supe realizada a unificao completa dos meus estados d'alma no tempo e o mito de um Deus criador porque busca um fundamento do mundo que seja a unificao total do que se passa neste mundo... Mas privada de qualquer ponto de apoio na experincia, a razo, como louca, perde-se nas antinomias, demonstrando, contrria e favoravelmente, tanto a tese quanto a anttese (por exemplo: o universo tem um comeo?

Sim pois o infinito para trs impossvel, da a necessidade de um ponto de partida.

No, pois eu sempre posso me perguntar: que havia antes do comeo do universo?

Enquanto o cientista faz um uso legtimo da causalidade, que ele emprega para unificar fenmenos dados na experincia (aquecimento e ebulio), o metafsico abusa da causalidade na medida em que se afasta deliberadamente da experincia concreta (quando imagino um Deus como causa do mundo, afasto-me da experincia, pois s o mundo objeto de minha experincia).

O princpio da causalidade, convite descoberta, no deve servir de permisso para inventar.

Com certeza novos seminrios sero programados, com este ou outros temas, e que outros IIr.. nos brindaro com o resultado de suas pesquisas para nosso engrandecimento intelectual.

Intuitivamente tenho certeza do sucesso deste novo desafio.

Agradeo profundamente o convite para apresentar este trabalho, pois me deu a oportunidade de pesquisar as inmeras fontes sobre o tema, descobrir que um tema aparentemente banal est muito alm da minha inteligncia e este pequeno resumo de apanhados aqui e acol, refletem uma nfima parcela da complexidade do assunto, mas mesmo assim sinto um crescimento interior no vulgar.

Recebam todos, meu T.. F.. A..

Pequeno Dicionrio.

ANAGOGIA = (do grego anagog, elevao + ia.) S. f. Elevao espiritual, estase,

arrebatamento. Misticismo. Que parte do sentido literal para chegar ao espiritual.

ANAGGICO = Adj. Relativo anagogia. Diz-se de um conceito que permite representar de modo mais abstrato, mais figurado, um objeto de pensamento.

ANTINOMIA = (do grego antinomia, composto de Anti e Nomos (lei)) Fil. Situao de conflito onde se encontram duas proposies contraditrias, que separadamente podem justificar-se com argumentos de igual fora. A contradio de um principio com ele mesmo.

APOLOGIA = (do grego, apologia, defesa) S.f. Discurso ou escrito que defende, justifica, elogia uma pessoa ou coisa.

NOMENO= (do grego noumenon) Aquilo que pensado. S.m. Na filosofia de Kant, aquilo que pode ser objeto somente do conhecimento racionalmente puro e como tal se contrape ao fenmeno entendido como objeto do conhecimento sensvel.

PARBOLA = (do grego parabole, pelo latim parabola) S. f. Gnero literrio usados pelo judasmo, que consiste em uma narrao alegrica cujas imagens, tiradas da vida cotidiana, permitem ressaltar um aspecto da doutrina

Bibliografias, alm das j inclusas nos textos acima:

Dicionrio 28, Grolier international e Codex.

Grande dicionrio Larousse Cultural.

Dicionrio Etimolgico, Nova Fronteira.

Dicionrio de Maonaria, Pensamento.

Parte da entrevista da Priscila de Faria Gaspar que psicanalista, terapeuta de Regresso, biloga e mestre em Cincias pela USP. Para entrar em contato: 11 55850286.

Sites consultados, onde foram pesquisadas e extradas partes do trabalho acima:

http://www.ecientificocultural.com

http://www.geocities.com/magiadourada/intuicao.html

http://www.cdic.com.br/Criatividade_e_Intuicao.htm

http://www.institutomvc.com.br/costacurta/artsz02_Intuicao_nas_empresas.htm

http://www.mundodosfilosofos.com.br/kant.htm

http://www.emocoesemagia.hpg.ig.com.br/expansao.htm

http://www.terravista.pt/ancora/2254/lexa.htm

http://wwwgoogle.com.br

Pequena Biografia.

Baruch Spinoza - Filosofo, nasceu em Amsterd em 1632, filho de hebreus portugueses. Uma tuberculose enfraquecera seu corpo. Aps alguns meses de cama, Spinoza faleceu aos quarenta e quatro anos de idade, em 1677, em Haia.

Carl Gustav Jung Nasceu a 26 de julho de 1875, em Kresswil, Basilia, na Sua. morreu a 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa, beira do lago de Zurique,em Ksnacht aps uma longa vida produtiva, que marcou - e tudo leva a crer que ainda marcar mais - a antropologia, a sociologia e a psicologia.

Carl Friedrich Gauss - Matemtico, astrnomo e fsico alemo. Nasceu em Brunswick em 30/04/1777 e faleceu em 23/02/1855 na cidade de Gttingen. Aprendeu a ler e trabalhar com os nmeros sem a ajuda de ningum. Quando ainda criana, percebeu mentalmente um erro nas contas do pai, um empreiteiro. Sua educao superior, bem como a secundria foi, assegurada pelo duque de Brunswick, que se impressionava com as habilidades matemticas de Gauss. Um de seus teoremas foi a maior contribuio, na poca, que a geometria euclidiana teve em 2200 anos.Aos 12 anos criticava os fundamentos da geometria da poca. Aos 13 j projetava uma geometria no-euclidiana. Aos 16 criou um mtodo utilizado at hoje para determinar os elementos da rbita de um planeta com medidas tomadas da Terra.

Isaac Newton - fsico, matemtico e astrnomo ingls, nasceu em 25 de dezembro de 1642 na cidade de Woolsthorpe, Lincolnshire. Os ltimos anos de verdadeira glria que viveu, Newton, na Inglaterra, ocupou-se exclusivamente a complexos estudos teolgicos. Faleceu no dia 20 de maro de 1727 em Kensington, Middlesex e foi sepultado na abadia de Westminster, onde lhe foi erguido o maior dos monumentos ali existentes.

Jos Amrico de Almeida - nasceu em Areia - PB, a 10 de janeiro de 1887. Destacou-se na Literatura Brasileira como autor de A bagaceira (1928), obra-prima do romance regionalista moderno, hoje com trinta e duas edies em lngua portuguesa, edio crtica e verses em espanhol, francs, ingls e esperanto. Sua obra, com dezessete ttulos, abriga ainda ensaios, oratria, crnica, memrias e poesia. Entre outros, foi deputado, senador, ministro e governador do Estado da Paraba. Em 1958, recolheu-se em retiro voluntrio, tornando-se conhecido como o Solitrio de Tamba. Aps sua morte, em 10 de maro de 1980, a casa, onde passara os ltimos vinte e dois anos de sua existncia, foi transformada em Fundao.

Kant, Emmanuel - Filsofo alemo. (1724-1804)

Kaplan, Habraham Psicanalista e Escritor. (1918 - ....)

Lao Ts - pai do Taosmo, cujo nome real era Erh Dan Li. Ele teria nascido no sul China numa regio chamada Ch'u, em torno do ano 604 a.C. Algumas lendas atribuem haver ele nascido entre 600 e 300 a.C..Sem dvidas, foi um dos mais elevados seres entre os que viveram na terra, tendo legado humanidade uma obra imortal o Tao Te Ching que atravessou milnios chegando at os nossos dias com o mesmo valor de h 2600 passados. No se trata de um livro volumoso, pois no uma obra enciclopdica e sim apenas uma coletnea de 81 pequenos aforismos, mas que representam um imenso manancial da sabedoria comum aos Grandes Mestres da humanidade. No Site www.symbolsite.com na sesso Taosmo h uma aplicao dos 81 versos relacionados a relao entre Mestre e discpulo.

Plato Filosofo grego, nasceu em Atenas, em 428 ou 427 a.C. Morreu em 348 ou 347a.C. Fez um vasto giro pelo mundo para se instruir (390-388). Visitou o Egito, de que admirou a veneranda antigidade e estabilidade poltica; a Itlia meridional, onde teve ocasio de travar relaes com os pitagricos (tal contato ser fecundo para o desenvolvimento do seu pensamento); a Siclia, onde conheceu Dionsio o Antigo, tirano de Siracusa e travou amizade profunda com Dion, cunhado daquele. Cado, porm, na desgraa do tirano pela sua fraqueza, foi vendido como escravo. Libertado graas a um amigo, voltou a Atenas.

Em Atenas, pelo ano de 387, Plato fundava a sua clebre escola, que, dos jardins de Academo, onde surgiu, tomou o nome famoso de Academia. Adquiriu, perto de Colona, povoado da tica, uma herdade, onde levantou um templo s Musas, que se tornou propriedade coletiva da escola e foi por ela conservada durante quase um milnio, at o tempo do imperador Justiniano (529 d.C.).

Ren Descartes - Filosofo francs, (1596 1650). Nascido em 1596 em La Haye - no a cidade dos Pases-Baixos, mas um povoado da Touraine, numa famlia nobre. chega a Estocolmo, em Amsterd, em outubro de 1649. ao surgir da aurora (5 da manh!) que ele d lies de filosofia cartesiana sua real discpula, a rainha Cristina. Descarte, que sofre atrozmente com o frio, logo se arrepende, ele que "nasceu nos jardins da Touraine", de ter vindo "viver no pas dos ursos, entre rochedos e geleiras". Mas demasiado tarde. Contrai uma pneumonia e se recusa a ingerir as drogas dos charlates e a sofrer sangrias sistemticas ("Poupai o sangue francs, senhores"), morrendo a 9 de fevereiro de 1650.

Voltaire, Franois-Marie Arquet de - (Paris, 1694-Paris, 1778). Escritor francs, autor, entre outras obras, de Cartas Filosficas, Tratado sobre a Tolerncia e Cndido. O Canto reproduziu (em francs) o verbete Tolrance do seu Dictionnaire philosophique.

PAGE

14