A INFLUÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT NO CLIMA ... · objetivo fazer uma análise sobre a...
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FACULDADE CESMAC DO SERTÃO
AMELIARE SILVA DO NASCIMENTO SANDES AUDENIZE FIRMINO DA SILVA
A INFLUÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT NO CLIMA ORGANIZACIONAL: um problema do indivíduo ou do seu
contexto de trabalho.
PALMEIRA DOS ÍNDIOS- ALAGOAS 2018/1
AMELIARE SILVA DO NASCIMENTO SANDES
AUDENIZE FIRMINO DA SILVA
A INFLUÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT NO CLIMA ORGANIZACIONAL:um problema do indivíduo ou do seu
contexto de trabalho.
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Administração da Faculdade Cesmac do Sertão, sob a orientação da Profª. Dra. Laís Macêdo Vilas Boas e coorientação da Profª. Mestra Marcela Carnaúba Pimentel.
PALMEIRA DOS ÍNDIOS- ALAGOAS 2018/1
AMELIARE SILVA DO NASCIMENTO SANDES AUDENIZE FIRMINO DA SILVA
A INFLUÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT NO CLIMA ORGANIZACIONAL:um problema do indivíduo ou do seu
contexto de trabalho.
Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito final para conclusão do curso de Administração da Faculdade Cesmac do Sertão, sob a orientação da Profª. Dra. Laís Macêdo Vilas Boas e coorientação da Profª. Mestra Marcela Carnaúba Pimentel.
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APROVADO EM: ____/_____/_____
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Orientador(a) – Dra. Laís Macêdo Villas Boas
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Examinador 1
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Examinador 2
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Examinador 3
AGRADECIMENTOS
Sou imensamente grata a Deus, o meu guia em todos os meus passos,
e meu protetor, aquele que não me deixou cair e me fez acreditar que sou
capaz de conquistar todos os meus sonhos, basta ter fé acima de tudo e
perseverança. Agradeço a nossa orientadora, profª Dra. Laís Macêdo, por ter
nos aceitado e dividir conosco todo o seu vasto conhecimento com tanta
paciência, a todos os nossos professores que contribuíram imensamente em
minha formação, obrigado por toda a paciência. Grata a minha mãe que me
apoia em todas as minhas escolhas e torce sempre por mim, entende os
meus medos, fragilidades e soube entender as minhas ausências. Ao meu
amado esposo, que sempre acreditou em mim, esteve ao meu lado me
incentivando, me fazendo acreditar que sou capaz e que vibra tanto com
minhas conquistas, obrigada por toda paciência, amor e motivação. A minha
companheira de tcc e de tantas outras conquistas já vivenciadas, o meu
agradecimento por toda calmaria, motivação, compreensão e dedicação a
todo o momento. A todos que torceram por mim o meu muito obrigado.
Ameliare Silva do Nascimento Sandes.
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado saúde, força e
paciência para conseguir realizar este trabalho. A minha mãe e toda minha
família por todo o apoio e estímulo que mim deram durante este percurso.
Agradeço a minha amiga de longas datas Ameliare Nacimento, por termos
seguido trilhar esse caminho de altos e baixos, juntas desde a escola até a
faculdade, agradeço por fazermos essa dupla e conseguirmos entregar este
trabalho. Grata a todos os professores que passaram pela minha formação, e
em especialmente a nossa professora orientadora Dra. Láis Macêdo Vilas
Boas, por ter nos apoiado e nos conduzido à realização deste trabalho. E por
fim agradeço a mim mesma pela coragem e determinação que tive em seguir
essa caminhada.
Audenize Firmino da Silva.
A INFLUÊNCIA DA SÍNDROME DE BURNOUT NO CLIMA ORGANIZACIONAL:um problema do individuo ou do seu contexto de trabalho.
THE INFLUENCE OF BURNOUT SYNDROME IN THE ORGANIZATIONAL
CLIMATE: a problem of the individual or his work context.
Ameliare Silva do Nascimento Sandes Graduanda do curso de Administração
[email protected] Audenize Firmino da Silva
Graduanda do curso de Administração [email protected]
Orientadora: Profª. Dra. Láis Macêdo Villas Boas [email protected]
Coorientadora: Profª. Mestra Marcela Carnaúba Pimentel [email protected]
RESUMO
Este trabalho tem o objetivo de apresentar qual a influência que a síndrome de burnout pode trazer para o clima das organizações, considerando de fundamental importância o clima vivenciado dentro das organizações, como fator decisivo na saúde do trabalhador e nos rendimentos da empresa. Citando as suas consequências, causas e meios de prevenção, destacando qual a intenção do gestor ter o conhecimento sobre as doenças mentais que podem afetar um trabalhador, mediante os momentos vividos dentro de uma organização. Serão destacados os profissionais que tem um maior índice do acometimento da síndrome e quais os fatores de risco vivenciado por eles. Serão mostrados alguns relatos de momentos de angústias vivenciados por um profissional diagnosticado com burnout e os resultados pelo desconhecimento da doença, por gestores, colaboradores e até mesmo a dificuldade que os médicos têm para o diagnóstico da doença. Traz referências bibliográficas de diversos autores da área de psicologia e administração, onde pode concluir idéias para redução ou prevenção dos fatores estressores dessa doença ocupacional.
PALAVRAS-CHAVE: Burnout. Clima organizacional. Fatores de risco. Profissionais. ABSTRACT This paper aims to present the influence that the burnout syndrome can bring to the organizational climate, considering as fundamental importance the climate experienced within the organizations, as a decisive factor in the health of the worker and in the income of the company. Citing its consequences, causes and means of prevention, highlighting the intention of the manager to have knowledge about mental illness that can affect a worker, through the moments lived within an organization. The professionals who have a higher index of the syndrome's involvement and the risk factors experienced by them will be highlighted. We will show some reports of moments of distress experienced by a professional diagnosed with burnout and the results due to the lack of knowledge of the disease, by managers, employees and even the difficulty that doctors have in diagnosing the disease. It brings bibliographical references of several authors of the area of psychology and administration, where it can conclude ideas for reduction or prevention of the stressors factors of this occupational disease.
KEYWORDS: Burnout. Organizational climate. Risk factors. Professionals.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................6 2 FATORES DE RISCO DA SÍNDROME DE BURNOUT.....................................11 2.1 Definição da síndrome de burnout...............................................................11 2.2 Definição do clima organizacional...............................................................17 2.3 A influência da síndrome de burnout no clima organizacional.................19 3 ANALISAR A INCIDÊNCIA DO ACOMETIMENTO DA SÍNDROME TIPIFICANDO OS PROFISSIONAIS MAIS AFETADOS......................................22 3.1 Profissionais com um maior índice do acometimento da síndrome de burnout..................................................................................................................22 3. 2 A importância do conhecimento de burnout para o administrador.........27 3.3 Prevenção.......................................................................................................31 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................35 5 REFERÊNCIAS..................................................................................................37
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1 INTRODUÇÃO
O presente trabalho de conclusão de curso apresenta um breve estudo sobre
a influência da síndrome de burnout no clima organizacional, tendo por objetivo
esclarecer a predominância da síndrome no ambiente laboral e evidenciar os
problemas que a mesma traz para organização e para os profissionais afetados. O
trabalho se divide em dois capítulos, no primeiro serão discutidos os fatores de risco
da síndrome de burnout, esclarecendo a sua definição, causas, consequências e
sintomas, definindo também o clima organizacional e ressaltando a sua influência no
ambiente de trabalho. No segundo capitulo foi realizado um estudo sobre os
profissionais mais acometidos pela síndrome, enfatizando a importância do
conhecimento de burnout para o administrador, citando algumas formas de prevenir
a doença. Nas considerações, foi feita a contextualização do tema com os
resultados obtidos através das pesquisas literárias feitas.
A metodologia usada é apresentada em uma forma básica, tendo como
objetivo fazer uma análise sobre a influência da síndrome de burnout no clima
organizacional, destacando quais suas causas e fatores de risco, junto aos fatos
apresentados. Foi feito um estudo bibliográfico sobre sua ocorrência e uma revisão
de literatura, na qual foram analisadas publicações científicas referentes à síndrome.
Toda a pesquisa foi realizada através de documentos bibliográficos necessários para
que se possa entender o tema abordado, através de livros, artigos, mamografias e
revistas, como também fontes de pesquisas virtuais como, Scielo e EBSCOhost.
Tendo como principal fonte literária os autores Michel Delbrouck no livro Síndrome
de Exaustão (burnout) e Mendonça et al, no livro Síndrome de Burnout do
tratamento ao diagnóstico, que tipificam os profissionais afetados e apresentam uma
breve história sobre a síndrome e sua exemplificação.
A partir deste estudo constatou-se que burnout começou a ser estudada por
volta de 1974 nos Estados Unidos pelo Dr. Freunderberger, e vem sendo analisada
por outros profissionais no decorrer dos anos. Segundo Pereira Benevides (2002)
burnout é uma resposta a um estado prolongado do estresse que se da pela
cronificação, quando o estresse já está em nível irreversível. E logo em seguida a
mesma autora argumenta que, estresse é o resultado do esgotamento, da decepção
e da perda do interesse pelas atividades laborais principalmente em profissões que
lidam direto e diariamente com pessoas. A síndrome de burnout é considerada como
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uma doença do trabalho, já que não advém do ambiente externo e sim da relação de
trabalho, esse problema laboral afeta diretamente o trabalhador e
consequentemente o desenvolvimento, a produtividade e o relacionamento
interpessoal da empresa.
A síndrome se dar pela existência de alguns fatores de riscos que passam a
refletir na vida dos profissionais como, a exaustão emocional, o esgotamento
emocional e físico, que chega a levar as pessoas ao seu limite, através de
constantes situações em que os mesmos não possuem métodos para lidar e
enfrentar os problemas do dia a dia. A síndrome de burnout começa a ser percebida
ao se diagnosticar alguns sintomas, que podem ser tanto físicos como psíquicos,
emocionais e comportamentais. Dividem-se pela sensação de fadiga constante e
progressiva, distúrbios do sono, dores musculares, baixa resistência imunológica,
cansaço intenso e transtornos cardiovasculares. Como também pela falta de
atenção, diminuição da memória, diminuição da capacidade de tomar decisões,
desânimo, perda de entusiasmo, perda de alegria, ansiedade, depressão, irritação,
pessimismo e baixo autoestima, o isolamento, perda de interesse pelo trabalho, pelo
lazer, perda de iniciativa em fazer seu trabalho, lentidão no desempenho das
atividades, agressividade, e até uso de drogas também fazem parte dos sintomas.
O clima representa o ambiente psicológico e social que existe em uma
organização e que condiciona o comportamento dos seus membros. O clima
organizacional passa por algumas transformações mediante os padrões que são
estabelecidos por algumas organizações, influenciado assim no comportamento das
pessoas. No que diz respeito ao clima organizacional, Chiavenato Idalberto (2007)
diz que:
O clima organizacional influencia a motivação, o desempenho humano e a satisfação no trabalho. Cria expectativas, que quando positivas tendem a aumentar a motivação das pessoas. É dever do gestor, selecionar, desenhar cargos, treinar, liderar, motivar, avaliar e remunerar a sua equipe, como meio para alcançar a eficiência e eficácia e desta maneira também obter a satisfação dos objetivos pessoais (p. 53).
O clima organizacional se torna o reflexo da cultura da organização e a
convivência dos indivíduos que dela faz parte. Já no processo de trabalho, o clima
das organizações pode comprometer o estado físico ou mental do trabalhador que
pode evidenciar em um mau desempenho de atividades, de relacionamento e de
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produtividade, podendo ocasionar conflitos. Chiavenato Idalberto define que,
“Conflito significa a existência de ideias, sentimentos, atitudes ou interesses
antagônicos e colidentes que podem se chocar” (2011, p.284).
Manter um ambiente de trabalho com condições adequadas é fundamental
para manter o equilíbrio e um bom relacionamento entre empresa e funcionário. As
mudanças tecnológicas e financeiras pode ser um dos principais vilões para o
estresse e exaustão profissional, tais como também o excesso de regras, rotinas, e
excesso de trabalho. Essa exaustão permite que o colaborador perca o equilíbrio
entre a sua relação de trabalho, prejudicando sua comunicação e desenvolvimento
entre colegas de trabalho, chefes e os que lhe cercam. A síndrome de burnout é
uma interação negativa entre o local de trabalho e seu grupo profissional. Desta
maneira, segundo Pereira Benevides (2002) deve-se:
Conhecer a síndrome e pôr em prática estratégias de prevenção e intervenção faz-se imprescindível, sobretudo no mundo atual, onde as exigências por produtividade, qualidade, lucratividade, associadas à recessão, vêm gerando maior competitividade e, consequentemente, problemas psicossociais (p. 16).
Para realizar seus projetos de vida, o homem depende de sua realização
profissional e o trabalho quando é prazeroso torna-se sua fonte de satisfação, mas
quando recebe apenas frustração, torna-se algo doloroso, o que antes era algo de
motivação e realização, passa a ser algo sacrificante, interferindo no clima
organizacional da empresa, na produtividade e toda sua vida profissional dentro da
organização.
A síndrome atinge diversos profissões e níveis organizacionais que podem
refletir na qualidade de vida do trabalhador. Cada indivíduo reage de maneira
distinta diante da realidade que lhe é imposta diariamente, no qual essa reação se
difere em fatores prejudiciais tanto a sua saúde, quando ao seu bem-estar. Assim,
Jodas e Haddad (2009) citado por Cracco, Cavalcante e Salvador Anjos (2010)
afirmam que:
A síndrome de burnout corresponde à resposta emocional às situações de estresse crônico em razão de relações intensas de trabalho com outras pessoas, ou de profissionais que apresentem grandes expectativas com relação a seu desenvolvimento profissional e dedicação à profissão e não alcançam o retorno esperado. Decorre de um processo gradual de desgaste no humor e desmotivação acompanhado de sintomas físicos e psíquicos.
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A dedicação extrema ao trabalho resulta em maiores incidências de casos da
síndrome, que ocorre em cargos que requerem essa dedicação e maior
envolvimento do profissional, onde o mesmo gera expectativas que não condiz com
a realidade vivida por ele. Percebe-se que a síndrome de burnout é extremamente
complexa e pode ser investigada nos diferentes níveis de uma organização, ou seja,
tanto no nível individual como organizacional (ROSSI; PERREWÉ; MEURS, (2011)
apud Brito et al (2015).
Dentre as diversas profissões, os casos mais propícios para desenvolver a
síndrome são professores, bombeiros, profissionais de saúde, advogados,
jornalistas, policiais, agentes penitenciários e bancários. O burnout é muito mais
complicado do que se possa imaginar, um trabalhador que esteja sofrendo a
síndrome, precisa urgente de tratamento, o problema não se revolve com férias ou
folgas prolongadas, pois se for feito isso, quando o profissional retorna ao trabalho
os problemas voltam a surgir novamente.
Tendo como evidencias a exaustão emocional, que é a situação em que o
trabalhador percebe que suas energias estão esgotadas e que não pode dar mais de
si mesmo, junto à despersonalização que passa a ver imagens negativas de si
mesmo, e a falta de envolvimento pessoal no trabalho, junto com a diminuição na
realização de habilidades para a concretização das tarefas, prejudicando seu
desempenho profissional.
Para Lima Souza (2015) dessa maneira, os profissionais necessitam
desenvolver habilidades para superar os desafios e as carências cotidianas, como a
escassez, ou mesmo inexistência de infraestrutura e de recursos materiais, a
constante exposição a diversos tipos de riscos, a falta de reconhecimento
profissional, a baixa remuneração, processos de trabalho burocráticos, as relações
conflituosas com as equipes de trabalho, gerência, usuário, sua família, e a pressão
para atender a todas as necessidades de saúde que a comunidade possui.
Toda essa cadeia de informações e frustrações que virmos relativas a
cobranças, tecnologias e mudanças no mercado, é o que leva o desgaste total do
indivíduo e influencia de forma negativa na sua realização como profissional e como
ser humano. A respeito de minimizar esses efeitos negativos as empresas devem
tentar oferecer segurança no trabalho, proporcionar apoio social, promover um
ambiente agradável, com qualidade e incentivos ao colaborador.
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Diante do exposto temos a necessidade de esclarecer a seguinte
problemática, quais as consequências que a síndrome de burnout pode gerar para o
ambiente de trabalho?
O estudo do tema ressalta a importância dos profissionais e gestores
conhecerem sobre a síndrome de burnout, e aponta as causas que levam o
indivíduo a desenvolver a mesma. Evidencia–se que o desgaste emocional resulta
na perca de estímulos e total confiança em si mesmo, deixando o trabalhador em
péssimas condições de trabalho, assim como a exaustão profissional, que dificulta a
realização de suas atividades laborais. Cada fator instiga ao preparo das
organizações para lidarem com essa doença. Tendo como meios de entendimento
priorizar a importância das organizações investirem na qualidade de vida do
trabalhador, e conscientizar os seus gestores e funcionários para o aparecimento de
possíveis doenças relacionadas ao trabalho, para que não haja dificuldade no
processo de diagnóstico, tratamento e as formas de enfrentamento.
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2 FATORES DE RISCO DA SÍNDROME DE BURNOUT
Este capítulo tem a finalidade de fazer uma definição da síndrome de burnout
e clima organizacional, apontando quais os fatores de risco vivenciados no ambiente
laboral podem contribuir para o acometimento da doença, também irá ser abordada
a influência entre a síndrome e o clima organizacional, citando quais as
consequências que a mesma irá trazer para o desenvolvimento da organização,
tendo como referências bibliográficas Pereira Benevides (2002), Chiavenato
Idalberto (2002), Michel Delbrouck (2006), entre outros que irão ser citados no
decorrer de todo esse trabalho.
2.1 Definição da síndrome de burnout
A síndrome de burnout, ou esgotamento profissional é uma doença
relacionada ao ambiente de trabalho, que decorre de um estresse prolongado e
crônico, provocado por condições de trabalho desgastantes, em que o funcionário
tenta se adaptar a situações claramente desconfortáveis que ocasiona em um
esgotamento físico e mental. O surgimento ocorre quando toda a força do
trabalhador acaba, e a motivação dá lugar à irritação, à falta de concentração, à
sensação de incapacidade, à desmotivação por suas atividades laborais. O
resultado é um enorme esgotamento, o que compromete a atuação como
profissional.
A síndrome vem atingindo cada vez mais pessoas, porém ainda é muito difícil
o seu diagnóstico, devido à doença ser confundida com alguns transtornos mentais,
como a depressão e a ansiedade, ou apenas com o estresse. Pereira Benevides
(2002) assevera que:
Burnout é a resposta a um estado prolongado de estresse, ocorre pela cronificação deste, quando os métodos de enfrentamento falham ou foram insuficientes. Enquanto o estresse pode apresentar aspectos positivos ou negativos, o Burnout tem sempre um caráter negativo (distresse). Por outro lado, o Burnout está relacionado com o mundo do trabalho, com o tipo de atividades laborais do indivíduo (2003, p. 45).
O burnout é o resultado de todo o investimento que o trabalhador faz em seu
local de trabalho e não obtém retorno desejado, ocasionando elevados níveis de
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estresse e desmotivação, tornando-se uma condição de sofrimento psíquico
relacionado ao trabalho. A relação do colaborador com atual profissão vai se
desgastando, o contentamento de antes dá lugar a vontade de distanciar-se do local
de trabalho e de cortar relações com membros do grupo. Assim, o trabalho torna-se
uma tortura física, mental e emocional.
Na atualidade, a grande maioria dos trabalhadores passou ou irá passar por
dificuldades no decorrer de seu trabalho, a qual exige que todos os seus limites
sejam ultrapassados. As novas formas de trabalho que surgem, exigem cada vez
mais habilidades de superar problemas e ressurgir mais forte do que antes.
No universo do trabalho cobranças são feitas constantemente, como uma
busca frequente de superar os limites expostos repetidamente, por meio de
momentos penosos; uma extrema competitividade e exigências cada vez maiores.
Ocorre uma desumanização dos trabalhadores e, como consequência, surge um
esgotamento físico, mental e emocional com relação as suas capacidades laborais.
Tais elementos acarretam o desenvolvimento da síndrome de burnout, que segundo
Delbrouck Michel (2006, p.41), “A síndrome completa é composta por uma trípode
de fases progressivamente evolutivas: a exaustão profissional, a despersonalização
e o sentimento de incompetência”.
Para Malach (2011) citado por Brito et al (2015), exaustão profissional refere-
se ao sentimento de esgotamento, físico, emocional, moral e psicológicos dos
indivíduos. O colaborador sente que não pode contribuir em mais nada a nível
profissional e se sente sem energia. O nível de estresse fica tão elevado a ponto de
fazer o sujeito pensar que não tem mais forças para continuar.
Uma outra característica típica é a despersonalização, que é relativa a
atitudes de ironia, cinismo, hostilidade, distanciamento e indiferença nas relações de
trabalho. No sentimento de incompetência profissional, evidencia-se o sentimento de
insatisfação a si próprio com relação ao seu desempenho no trabalho, diminuição
das expectativas pessoais, desmotivação, baixa autoestima, sentimento de fracasso
e baixa eficiência no trabalho. O autor Delbrouck Michel (2006) diferencia a exaustão
profissional da depressão, quando afirma que:
O que diferencia exaustão profissional de depressão, ainda que a primeira possa alterar-se e conduzir à segunda, é que, ao contrário da pessoa profissionalmente, esgotada, a realmente depressiva vê todas as esferas da sua vida atingidas por esse estado asténico. Enquanto uma pessoa
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depressiva terá tendência para se sentir culpada pelo que lhe acontece, o prestador de cuidados em exaustão sentirá fúria (p. 44).
Estes sentimentos levam o indivíduo ao total desequilíbrio profissional e a
incapacidade de sentir prazer no trabalho, deixando-o inapto de realizar suas
atividades, além de resultar em problemas físicos e psíquicos desestruturando toda
sua vida profissional e pessoal. O burnout quando não é tratado, pode ir além de um
esgotamento profissional, pois se torna um fator de risco para o desenvolvimento da
depressão, que diferente da síndrome que atinge apenas o campo profissional, a
depressão pode atingir toda a esfera da vida do indivíduo e desencadear para outras
doenças psicológicas mais complexas. Desse modo, percebe-se que:
A conceituação mais difundida da Síndrome de Burnout, presente com razoável consenso na maioria dos estudos, trata de caracterizar o fenômeno como síndrome psicossocial, reativa à tensão emocional crônica, determinada por estressores interpessoais do contexto laboral (MENDONÇA et al, 2014, p. 33).
O burnout é similar ao estresse, porém não deve ser confundido de forma
alguma com o mesmo, uma vez que o estresse é apenas uma resposta do nosso
organismo, quando somos submetidos a algum esforço e temos que abrir mão de
alguma necessidade de realização pessoal ou profissional. O estresse é mais fácil
de identificar, tratar e até mesmo controlar, pois existem diversas formas de controlar
e amenizar os sintomas e consequências geradas pelo o estresse, como por
exemplo, ceder férias e folgas ao trabalhador, para que o mesmo possa revigorar
suas energias e voltar com uma mente descansada e pronta para recomeçar.
Segundo Fiorelli Osmir (2004), o estresse é um conjunto de “perturbações
que causam distúrbios agudos ou crônicos no bem-estar das pessoas, e podem
surgir em função de estímulos físicos e ou emocionais” (p. 9). Fatores estressores
estão presentes no cotidiano de qualquer pessoa, onde eles podem causar ou não o
estresse, isso depende de pessoa para pessoa, uma vez que o fator estressante
pode ser algo de prazer para outra.
Existem diversos fatores estressores, entre eles os traumáticos que são
resultados de algum momento de dor para aquela pessoa, os estressores do
cotidiano causados pelo trânsito ou no bairro em que mora, os estressores críticos
que podem ser bons ou ruins, isso vai depender da forma de enfrentamento, são
aqueles momentos que causam uma reação emocional de longa duração e os
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estressores crônicos que são os mais preocupantes e os responsáveis no
desenvolvimento de outras doenças, são aqueles episódios repetidos que duram por
um longo tempo, tais como o excesso de trabalho ou o desemprego. Huffman,
Vernoy e Vernoy (2003) apud Fiorelli Osmir (2004,p. 467) alerta que:
Deve-se observar que, “além dos tipos crônicos de estresse, uma grande quantidade de estresse diário está na forma de aborrecimentos pequenos problemas do dia-a-dia, que não são em si significantes, mas que podem acumular-se e tornar-se uma fonte importante de estresse.
O prosseguimento dessas ações e as tentativas de resolvê-las podem
sobrecarregar o nosso organismo e como resposta a elas, ocasionar em um
estresse crônico que irar gerar doenças psicológicas e físicas como a síndrome de
burnout, que é altamente prejudicial à saúde e mais difícil de diagnosticar e tratar.
O funcionário diagnosticado com burnout é acompanhado de seus problemas
onde for, mesmo que receba um descanso, ou até mesmo diminuição de seus
afazeres. Se não houver o tratamento adequado, os problemas irão surgir
novamente e acompanhar o colaborador no seu labor diário. Fioreli Osmir (2004)
destaca que com o passar do tempo à digestão é afetada; em consequência, o
humor; passa a ter dificuldades para iniciar o sono (à noite adormece lembrando-se
de detalhes desagradáveis do relacionamento com o chefe), são dores de cabeça
constantes e a prática de automedica-se tem como resultados o aparecimento de
outras doenças.
Os aspectos individuais associados às condições e relações do trabalho
formam uma constelação de todos os sentimentos que levam as pessoas a se
sentirem desmotivadas e inúteis gerando resultados indesejáveis. Os principais
fatores são a sobre carga de trabalho, as expectativas profissionais, os sentimentos
de injustiça e iniquidade nas relações laborais, os conflitos entre colegas, os horários
de trabalho extensos e os conflitos de papel. Todos esses elementos se enquadram
em fatores de risco, ou seja, condições que estão associadas ao aumento da
probabilidade de ocorrência de resultados indesejáveis Reppold, Pacheco, Bardagi e
Hutz, (2002), no caso, a consequência negativa é a síndrome de burnout.
Mendonça et al (2014, p.36), afirma que “os fatores de riscos não são
necessariamente as causas diretas de Burnout, mas podem gerar respostas que
produzem este transtorno mental”. Eles contribuem para que se possa ter um melhor
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entendimento da mesma, pois alguém pode vivenciar todas essas situações e
mesmo assim não adquirir a síndrome ou qualquer abalo psicológico, entretanto
alguém pode vivenciar apenas um desses fatores e adquirir a doença. Os fatores
que geram os riscos a saúde mental, estão crescendo cada vez mais, devido às
várias exigências e cobranças que são impostas ao profissional e que muitas vezes
excedem sua competência de adaptação.
Autores como Mendonça et al (2014), argumentam que podemos definir
alguns fatores de ricos como fatores organizacionais, fatores individuais, fatores
físicos e fatores sociais. Diante da argumentação acima, podemos citar como alguns
fatores organizacionais as normas institucionais rígidas, que impede o trabalhador
de ter autonomia e sentir-se no controle de suas tarefas.
A burocracia e excesso de normas que interferem na participação criativa e
na tomada de decisões, resultando em um trabalho demorado e cansativo e as
mudanças organizacionais, que muitas delas provocam insegurança estimulando o
funcionário a cometer erros. Podemos citar também a comunicação ineficiente que
acaba provocando distorções e lentidão na disseminação de informações. E os
conflitos de papel, que se dar quando um indivíduo está sendo forçado a assumir
papéis distintos e incompatíveis, ou seja, a ambiguidade de papel.
Os fatores individuais que influenciam para o desenvolvimento da doença são
as características de personalidade, são aqueles colaboradores competitivos,
esforçados, impacientes, que sofrem com necessidade de controlar as situações e
tem uma grande dificuldade em tolerar frustrações.
Os fatores físicos incluem o calor, o frio e os ruídos excessivos ou iluminação
insuficiente e lugares insalubres. Por último os fatores sociais, que é a falta de
suporte familiar, que impede o indivíduo a contar com o apoio de seus colegas e
familiares. Os valores e normas culturais podem incrementar no impacto dos
agentes estressores para o desencadeamento do burnout.
As maiorias das pessoas que não conseguem responder a estes fatores de
forma adaptativa, acabam por prejudicar sem perceber, o seu estado físico e
psicológico. Assim conflitos em seu dia a dia e em sua vida organizacional são
ocasionados.
A síndrome de burnout começa a ser percebida ao se diagnosticar alguns
sintomas que podem ser físicos, psíquicos, emocionais e comportamentais. Os
sintomas físicos se definem pela sensação de fadiga constante e progressiva,
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distúrbios do sono, dores musculares, baixa resistência imunológica, cansaço
intenso e transtornos cardiovasculares.
Os sintomas psíquicos podem ser caracterizados, pela falta de atenção,
diminuição da memória, diminuição da capacidade de tomar decisões, delírios de
perseguição, sentimento de alienação e impaciência. Os emocionais são
caracterizados pelo desânimo, perda de entusiasmo, perda de alegria, ansiedade,
depressão, irritação, pessimismo e baixa autoestima.
Já os comportamentais são definidos pelo isolamento, perda de interesse pelo
trabalho, pelo lazer, perda de iniciativa em fazer seu trabalho, lentidão no
desempenho das atividades, agressividade, e até uso de drogas que podem ser
tanto licitas como ilícitas. Pereira Benevides define que:
A pessoa com a síndrome de burnout não necessariamente deva vir a denotar todos esses sintomas. O grau, tipo e o número de manifestações apresentados dependerá da configuração de fatores individuais (como predisposição genética, experiências socioeducacionais), fatores ambientais (locais de trabalho ou cidades com maior incidência de poluição, por exemplo) e a etapa em que a pessoa se encontra no processo de desenvolvimento da síndrome (2002 p.44).
A síndrome de burnout é consequência de um processo de longa data que se
inicia de maneira lenta e tem resultados devastadores que, quando percebida, já tem
tomado grandes proporções. A pessoa afetada acaba não conseguindo buscar
meios de tratamento e de enfrentamento para que se possa lidar com a mesma,
além do diagnóstico ser tardio, o reconhecimento da doença por parte do doente
também é um fator negativo, já que muitas vezes a doença não é reconhecida por
parte do indivíduo que tem sentimento de culpa e medo do que as outras pessoas
irão falar e que acaba não tendo o tratamento e meios de enfrentamento adequado.
A síndrome acaba sendo a responsável pela destruição e irrealização do
colaborador ocasionando em casos específicos que chega até em suicídio.
Assim, considera-se de grande importância compreender as características
comportamentais, individuais, emocionais, físicos e psíquicos que cercam os grupos
que se apresentam com fortes indícios e exposição aos riscos ligados aos fatores
estressantes que norteiam as atividades laborais em longo prazo, essas atividades
implicam na ocorrência da síndrome de burnout.
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2.2 Definição do clima organizacional
As organizações entre si possuem culturas e comportamentos diversos de
acordo com seus princípios e visão de mercado. A relação de trabalho é movida por
diversos fatores que engloba toda estrutura de uma empresa, entre eles, e um dos
mais importantes é chamado clima organizacional, tendo como objetivo visar e
prezar pela boa relação e o bom convívio entre todos os membros que formam uma
empresa. O clima organizacional surge como indicador de satisfação ou insatisfação
dos colaboradores para a empresa, influência na produtividade e no
comprometimento do colaborador durante a realização de suas atividades mediante
a motivação e incentivos por parte dos gestores.
Idalberto Chiavenato afirma que, “o clima organizacional constitui o meio
interno, a atmosfera psicológica característica de cada organização” (2002, p.183).
O clima está relacionado aos fatores que ligam a organização como condições
estruturais, como o tipo de tecnologia usada na empresa, às políticas usadas, os
regulamentos internos, o comportamento social e as atitudes que são tomadas
dentro da empresa entre as regras, rotinas e relações sociais que venham a existir
na organização.
Um ambiente constituído por pessoas requer cuidados diversos que vai da
comunicação ao bem estar dos colaboradores, podendo tornar um clima receptivo e
agradável de forma positiva e elas se sintam bem, por outro lado um clima não
receptivo afasta as pessoas e as inibe, ao realizar suas atividades ocasionando um
baixo índice de motivação. A busca em manter um clima organizacional agradável é
bem desafiadora para qualquer organização, pois nela existem diversas pessoas
com personalidades e pensamentos distintos que acaba gerando um mix de
culturas, crenças e valores a serem compreendidos, analisados e adaptados ao
ambiente laboral procurando manter o controle e a disciplina na organização.
Mediante esse contexto, o clima organizacional pode ser mudado
constantemente, de acordo com sua capacidade de sofrer mudanças e com a sua
forma de adaptação na empresa a resolver problemas do meio a qual está inserida.
Deve agir de maneira flexível a fim de evitar conflitos, e criar sensos coletivos,
reunindo valores e princípios que contribuem no comportamento das pessoas e na
integração de objetivos. De forma que obtenha comprometimento de todos os
participantes da organização e estabelecer objetivos de longo prazo.
18
A satisfação dos colaboradores pode ser feita ao se realizar algumas tarefas,
como ao indicar e apoiar as decisões dos gestores ou fazer a mensuração
de como está a qualidade de vida no trabalho dos colaboradores,
estabelecer referências confiáveis sobre um ambiente específico para implementar
ações de motivação, gerando um grupo participativo e efetivo com um nível de
produtividade e comprometimento maior.
Dessa maneira, pode haver um aumento na eficácia por intermédio de um
clima que satisfaça a pretensão dos indivíduos e que direcione o comportamento
gerado para execução das atividades organizacionais. Para Chiavenato Idalberto
(2002):
Da mesma forma que uma organização tem expectativas acerca de seus participantes, quanto às suas atividades, talentos e potencial de desenvolvimento, também os participantes têm suas expectativas em relação à organização. As pessoas ingressam e fazem parte da organização para obter satisfação de suas necessidades pessoais através de sua participação nela. Para obter essas satisfações, as pessoas estão dispostas a fazerem investimentos pessoais na organização ou a incorrer em certos custos. Por outro lado a organização recruta pessoas na expectativa que elas trabalhem e desempenhe suas tarefas (p.151).
Essa relação de organização e pessoas influi diretamente na produtividade e
na qualidade do trabalho que tanto conduz a um clima de confiança e respeito
quanto a um ambiente desconfortável e que não induz o colaborador a evoluir, isso
depende do seu contexto e forma de lidar com as situações qual o indivíduo tenderá
a aumentar suas contribuições e elevar suas oportunidades de êxito psicológico ou
se desleixar totalmente e perder o controle da situação.
Existem alguns indicadores que são relevantes do clima organizacional, o
Turnover é um deles, conhecido pela sua rotatividade de pessoal e falta de
comprometimento por parte dos colaboradores, ou algo fora do normal na empresa,
é um sinal de que a mesma pode não está satisfazendo as necessidades dos
funcionários, como também o absenteísmo que é o resultado de faltas frequentes
dos colaboradores, que também pode ser ocasionado devido à insatisfação com o
ambiente de trabalho, seguindo um modelo de avaliação de desempenho, deve-se
observar a baixa produtividade de alguns colaboradores, o estado de ânimo e apatia
em relação à empresa, para não ocasionar em climas desagradáveis e gerar
conflitos tanto interpessoais quanto interdepartamentais.
19
Dessa forma o clima organizacional se torna o reflexo de todas as situações
que ocorrem na organização de forma geral podendo ser caracterizado como de
momento, dependendo o estado e o comportamento dos colaboradores da
organização.
2.3. A influência da síndrome de burnout no clima organizacional
A busca da realização profissional e pessoal do homem no trabalho persiste
sempre em alcançar perfeição em suas atividades. Essa busca constante resulta,
muitas vezes, em distúrbios psicológicos, físicos e emocionais, que influem no
comportamento relacionado ao trabalho e no clima organizacional, provocando
emoções e reações diversas que estão relacionadas à síndrome de burnout, como o
excesso de atividades desenvolvidas, regras e rotinas. A síndrome acaba
atrapalhando o convívio e a comunicação das pessoas na empresa, devido a suas
reações, ela provoca desconfortos emocionais no trabalhador que dificulta a
realização do trabalho. Dejours, Abdoucheli e Jayet (1994) citado Fioreli Osmir
(2004, p.269), afirma que “Existe um „paradoxo psíquico do trabalho‟: para uns, ele é
fonte de equilíbrio; para outros, causa de fadiga”.
Os problemas no clima organizacional aumentam com o avanço da síndrome,
desencadeando nas organizações prejuízos tanto financeiros quanto de pessoal,
devido à rotatividade de funcionários. Quando começam a surgir ameaças no
ambiente laboral, através de cobranças nos rendimentos, eficácia e desempenho, e
a empresa não oferece recursos para o aprimoramento de suas funções, nem tão
pouco motivações, os sentimentos de insatisfação e desmotivação começam a
surgir e consequentemente os seus resultados.
A síndrome afeta o clima organizacional de maneira direta, tendo como
consequências o afastamento de funcionário, má comunicação, baixa produtividade,
conflitos e ineficiência de atividades. Há, então, uma interferência negativa nas
relações de trabalho que a pessoa tem com a empresa, a qual ela faz parte,
resultando em desproporções que podem ser irreparáveis, já que a mesma envolve
todo o sistema físico e mental do trabalhador, assim como também pode deslocar a
estrutura da empresa em relação ao clima organizacional, uma vez que, o
colaborador já não está mais produtivo e suas energias físicas e mentais
concentram-se em apenas no seu mal-estar e nos sintomas enfrentados.
20
Um funcionário desmotivado e que não tem condições de trabalho
adequadas, não se sente capaz de realizar suas tarefas, essa insatisfação pode ser
temporária ou até mesmo aumentar gradativamente e torna-se um círculo vicioso,
pois os aspectos vivenciados dentro das relações internas, gera diferentes espécies
de motivação em seus colaboradores, que é o que faz parte da qualidade de vida do
colaborador no ambiente organizacional. Insatisfação é um sentimento de
irrealização, causado quando o colaborador sente que seus objetivos ou
expectativas, não foram alcançados, gerando uma frustração, já motivação é quando
o funcionário sente a vontade de fazer algo e sente-se incentivado a buscar ou
realizar seus objetivos.
O clima é criado por um conjunto, não apenas das relações interpessoais
entres colaboradores e gestor, é caracterizado pela cultura organizacional, pela
tecnologia empregada, pela estrutura econômica, pela valorização do funcionário,
pelas oportunidades de participação. São diversas as situações que podem afetar o
desempenho e comportamento do colaborador, pois as reações de ações estão
ligadas as diferentes personalidades e motivação. Chiavenato Idalberto assevera em
seu texto que:
A satisfação de certas necessidades é temporal e passageira, ou seja, a motivação humana é cíclica: o comportamento é um processo contínuo de resolução de problemas e satisfação de necessidades à medida que vão surgindo (2002, p.52).
Por isso que o gestor deve estar atento aos sinais de seus colaboradores,
pois a empresa só irá conseguir atingir os seus objetivos, se o corpo de funcionários
estiver motivados e satisfeitos, diante das diversas situações que o cotidiano impõe,
o burnout dificulta a evolução do funcionário, comprometendo as organizações, se a
mesma não dispuser de um ambiente favorável para que os seus colaboradores
obtenham satisfação e motivação para se trabalhar o desempenho se torna muito
difícil. O gestor deve estar atento aos sinais que seus colaboradores passam, pois
conforme o que já foi dito no decorrer desse trabalho, cada empresa tem suas
características únicas, objetivando em ambientes que podem ser prazerosos ou
dolorosos, a síndrome está presente nestes momentos dolorosos, relacionado ao
esgotamento psíquico e físico que cada pessoa adquire no seu local de trabalho,
devido as suas desproporções e situações laborais inadequadas.
21
O clima organizacional é uma das partes mais importantes para o crescimento
e fortalecimento das empresas e das pessoas, por isso é de suma importância para
o gestor obter o conhecimento sobre as doenças que afetam o trabalho,
principalmente os transtornos mentais. Devem-se criar ações eficazes na prevenção
e conscientizasse da influência que a síndrome de burnout pode trazer para dentro
das organizações e que todos os aspectos estão interligados, pois a saúde mental
do trabalhador tem um resultado direto no desempenho de cada colaborador,
levando a baixa produtividade, a relação interpessoal desagradável, diminuição de
participação, contribuindo para o aumento de rotatividades e afastamentos por
tempo indeterminados de suas funções laborais. Serão abordadas ações de
prevenção à saúde mental do trabalhador no capítulo seguinte.
22
3 ANALISAR A INCIDÊNCIA DO ACOMETIMENTO DA SÍNDROME TIPIFICANDO
OS PROFISSIONAIS MAIS AFETADOS
Este capítulo tem o propósito de apresentar os profissionais com um maior
índice do acometimento da síndrome, destacando a importância de o gestor ter o
conhecimento sobre a doença, apontando suas consequências e formas de
prevenção, baseado em elementos textuais dos autores: Osmir Fioreli (2004), os
autores Mendonça et al (2014), dentre outros que serão expostos no texto.
3.1 Profissionais com um maior índice do acometimento da síndrome de
burnout
Pouco reconhecida, mas recorrente, a síndrome de burnout, que tem origem
da constante pressão emocional vivenciada no ambiente laboral, afeta trabalhadores
que estão no limite do estresse relacionado ao trabalho, ocasionando consequências
emocionais, psicológicas e físicas. A dedicação exagerada, falta de autonomia sobre
o trabalho, falta de reconhecimento e as pressões diárias que são impostas ao
colaborador, podem desencadear a síndrome, que em fase inicial pode ser
confundida com a depressão, pelo fato das duas serem patologias mentais e
apresentarem sintomas semelhantes, mas as características dos transtornos e seus
fatores de risco são diferentes.
A síndrome se dá pelo o esgotamento físico e mental, retratado através de
comportamentos de irritabilidade, isolamento, tristeza, falta de concentração,
ausência ao trabalho, dentre outras consequências apresentadas. Apesar de todos
esses sinais, os profissionais portadores da doença tendem a trabalhar mais do que
os que não são portadores, o motivo dessa afirmação se dá pelo fato das pessoas
que são portadores da síndrome, realizar a mesma tarefa várias vezes, devido a sua
exaustão, falta de concentração e baixa produtividade. Por isso que a síndrome
causa um impacto na organização, devido aos problemas psicossociais que afetam
aos trabalhadores e consequentemente a organização e todos que englobam a
mesma.
A síndrome pode afetar qualquer pessoa que esteja com vínculo laboral,
entretanto, existem profissionais que estão mais propícios em adquirir a doença e
apresentam uma maior incidência do acometimento da síndrome de burnout. São
23
profissionais cuja profissão exige um envolvimento interpessoal e intenso vivenciado
diariamente, que cause algum impacto direto à vida de outras pessoas, por exemplo,
aqueles que lidam frequentemente com problemas destes, como cuidados com a
saúde, segurança, educação e serviços humanos.
O autor Delbrouck Michel (2006) afirma que a exaustão pode ser reconhecida
como uma doença profissional que atinge principalmente pessoas que exercem
profissões de envolvimento constante com outras, por exemplo, profissionais de
ensino e de cuidados com a saúde.
Entre diversas profissões que estão ligadas a essa afirmação, podemos citar
como exemplo os assistentes sociais, advogados, bancários, professores, agentes
penitenciários, policiais, bombeiros, profissionais em geral da área da saúde como
médicos, psicólogos, enfermeiros e fisioterapeutas, veterinários, administradores,
cuidadores, e funcionários públicos.
Entretanto, Delbrouck Michel (2006, p.136) afirma que, “Não existe
verdadeiramente uma personalidade patológica específica para o desenvolvimento
da exaustão, uma vez que todo prestador de cuidados, seja ele qual for, pode ser
atingido”. Porém, existem alguns profissionais que estão mais oportunos no
desenvolvimento da síndrome. Podemos usar como exemplo dessas profissões os
médicos e professores, pois é uma das ocupações que lidam constantemente com
os problemas e a escassez de recursos para solução dos mesmos.
Os médicos estão mais propícios devido a sua prestação de serviço constante
e raramente ser um beneficiário de cuidados médicos, pois dificilmente os
profissionais se consultam e a dedicação a outras pessoas é extrema. Contudo,
acabam preocupando-se pouco com a própria saúde. “Assim, os médicos tratam-se
pouco, mal e, sobretudo, autotratam-se. Ora, o autodiagnóstico e a automedicação
são fatores de risco importantes para o agravamento de uma doença”.
(DELBROUCK, 2006, p. 48). Eles têm uma visão mais humana acerca de seu
trabalho, sensibilidade e dedicação no intuito de ajudar pessoas, se envolvem
cotidianamente com situações de sofrimento, dor e perdas.
Na maioria das vezes esses profissionais exercem a sua profissão em
condições desfavoráveis, insalubres, penosas com uma baixa remuneração e
desvalorização profissional. Além disto, ainda tem que lidar com diversos fatores na
organização hospitalar, como a redução frequente nos custeamentos para prestação
de serviços aos cidadãos, sobrecarga de trabalho e conflitos de valores. Todos
24
esses fatores contribuem de forma negativa, causando um choque e desinteresse
com os serviços da saúde e o seu desempenho profissional, desencadeando para
síndrome. O profissional da saúde, por subestimar os seus sintomas, acaba não
buscando, o que causa a piora deles.
Com relação aos professores, os fatores estressantes do dia a dia são os que
mais contribuem para o desenvolvimento dessa doença, junto às mudanças
tecnológicas e culturais decorrentes nas escolas, além das cobranças por bons
rendimentos por parte da sociedade. Constantemente eles têm a sensação de
esgotamento físico, pois por muitas vezes eles precisam trabalhar os três horários
para aumentar sua renda, sem contar que o exercício laboral se estende para além
dos portões da escola, na medida em que levar várias atividades para sua casa tais
como, cadernetas, provas para corrigir, o planejamento da aula e em casos de
educação infantil as atividades que chamam de “lembrancinha” para as datas
comemorativas e as atividades lúdicas.
O professor é uma das profissões que exige um grau elevado de estudo, pois
são os responsáveis pela formação de outros profissionais. Essa história pessoal de
grande envolvimento no trabalho é vista como prioridade de vida ou uma missão que
o professor leva consigo e acaba sendo um fator relevante da síndrome de burnout.
Outros fatores que também afetam o rendimento dos professores principalmente os
das redes públicas de ensino, são as salas de aulas lotadas, falta de estrutura, falta
de segurança, mudanças de turno, falta de treinamentos para capacitação desses
profissionais. Há a necessidade em lidar com alunos que não possui interesse em
aprender ea insegurança do professor para cobrar rendimentos do aluno, devido o
alto índice de agressões aos professores.
Na escola, o professor presencia de tudo um pouco e essa carga de emoções
e informações o deixa desnorteado, e impossibilitando-o de exercer seu trabalho
com excelência. Os docentes tendem a realizar dupla ou tripla jornada de trabalho,
tendo pouco tempo para descansar e dedicar-se à família, resultando em um
elevado desgaste mental e físico. Essas situações de envolvimento com o meio
interno e externo, aflige a vida emocional do professor, e a partir do contato direto
com os problemas sociais, seja de alunos ou da sociedade, o mesmo se sente na
obrigação de resolvê-los e quando o mesmo não consegue resolver, surge o
sentimento de frustração e incompetência. Com isso a sobrecarga de trabalho
25
aumenta, porque o profissional fica leviano com relação a suas atividades e não
consegue executar suas atribuições. Michel Delbrouck (2006) ressalta que:
Freudenberguer considerava a exaustão uma doença do ideal. Está doença atinge pessoas que se envolvem a fundo em tudo o que fazem, que durante muito tempo obtêm com isso uma profunda satisfação e que, até então, testemunhavam energia de sobra. (p.170)
No livro Síndrome de exaustão do Michel Delbrouck (2006), temos o relato de
uma médica diagnosticada com a síndrome de burnout, que revela suas angústias e
medos vivenciados ao decorrer da doença. A Dra Laurence Jennart, relata que
desde criança tinha o desejo de ser médica e que aos 9 anos de idade já
conversava com seus pais sobre o desejo. Porém, ela não imaginava que o
exercício da profissão seria além de um trabalho, mas sim uma máquina de devorar
todo o seu tempo livre e a vida familiar.
Em seu relato, fala que estava sempre estressada, apressada, que sua vida
parecia mais uma corrida desenfreada para dar conta de afazeres da casa, de sua
vida como mãe e cumprir com sua obrigação como médica. Fala dos sintomas que
se fizeram presente em sua vida, os quais não conheciam há 3 anos atrás. A
solidão, angústia, impotência e tristeza diante das mortes e ainda ter que lidar com
cobranças dos seus familiares e pacientes. E mesmo sendo difícil tudo isso ter que
manter a mente clara, científica e desperta o tempo todo.
Padial (2016) cita no portal nova escola o relato de um professor que
apresentou todos os sintomas da síndrome de burnout, embora ele não tenha tido
esse diagnóstico. O professor Everson Melo, nunca teve dúvida do que queria fazer
pelo resto de sua vida, tendo como sua maior inspiração a sua esposa que
conheceu nessa paixão pela educação, o educador nunca pensou em se afastar de
suas atividades, até que um dia o mesmo não conseguia mais entrar em sala de
aula, devido a um estresse agudo.
O fato ocorreu no período de reestruturação do colégio onde ministrava suas
aulas, sua classe que era composta por 25 alunos, passou para 49, sem ventilador,
com o sol invadindo as salas de aula e alunos mudando o tempo inteiro de lugar por
não aguentar a temperatura. A experiência com esses fatores estressantes faz com
que o professor comece a se sentir culpado por não dar mais conta de lecionar
naquela situação precária, assim, foi perdendo o seu idealismo e dando lugar a
26
desmotivação. Relembra o dia em que foi a gota d‟água de seus problemas e foi
necessário o afastamento por ordem psiquiatra.
O fato ocorreu quando o professor em uma de suas aulas foi separar a briga
de duas alunas, e após ser destratado por uma delas, veio em sua mente à imagem
em que empurrava a aluna escada abaixo. Após esse episódio o educador ficou
desesperado e procurou ajuda na direção do colégio e tratamento com especialista.
Os dois casos citados mostram a relação dos fatores estressores vivenciado pelos
profissionais, tais como a sobrecarga de trabalho, sentimentos de insegurança,
medo e culpa, que leva o profissional para uma irrealização profissional.
Situações como essas descrevem momentos infelizes vivenciados por
pessoas acometidas pela doença, são relatos dos momentos de angústia, dor,
noites mal dormidas e sentimento de tortura psicológica causada pelo ambiente de
trabalho. Os autores, Mendonça et al afirmam que burnout:
Tratasse de uma condição de sofrimento psíquico relacionada, ao trabalho, determinada por fatores como: sobrecarga, níveis de atenção e concentração exigidos para a realização das tarefas combinados com o nível de pressão exercido pela organização do trabalho, falta de condições para exercer o trabalho, insegurança quanto a permanência no emprego, falta de suporte da equipe/chefia, sentimento de desmoralização pessoal no ambiente de trabalho, sentimento de injustiça (p.30).
O ser humano, para concretizar seus objetivos de vida depende parcialmente
do sucesso de seu trabalho, que na medida em que a sociedade vai se
modernizando e se qualificando, as cobranças e exigências também vão
aumentando, e o mesmo que pode conduzir a situações de satisfação e
enriquecimento no trabalho, pode ocasionar em fatores de estresse que
continuamente pode levar a síndrome de burnout, gerando várias consequências,
em razão de que nenhum funcionário gosta de trabalhar estando infeliz e
desmotivado, não se tem vontade para a realização de suas tarefas, o dia de
trabalho se torna interminável, gerando um desgaste que irá refletir no rendimento
profissional, comprometendo o sucesso profissional do colaborador e
consequentemente o sucesso da empresa, já que o colaborador é a peça chave
para esse acontecimento, pois para o crescimento da empresa no mercado de
trabalho, não basta apenas à alta tecnologia, estruturas organizacionais bem
27
definidas e instalações modernas, a organização, como um todo, é o conjunto de
tudo isso, com o mais importante que são os colaboradores.
3.2 A importância do conhecimento de burnout para o administrador
A habilidade de gerenciar e trabalhar com pessoas envolve uma vasta
responsabilidade como o recrutamento e a admissão do colaborador em uma
empresa. Envolvem funções e responsabilidades desafiadoras para o administrador,
como saber qual o cargo ideal para cada colaborador, para que não ocorram
conflitos de papeis. As organizações são constituídas por diferentes combinações de
poder e competências que visa sempre produtividade e bons resultados movidos por
desenvolvimento no trabalho, que envolve as necessidades das pessoas e influencia
o seu comportamento na sociedade.
A administração está associada a solucionar problemas, isso envolve a
capacidade de saber lidar com as mudanças que ocorre no mercado de trabalho que
cada vez mais são mais rápidas e profundas caracterizando um cenário competitivo
e cheio cobranças a fim de se obter bons resultados. Em razão dessa complexidade
os líderes têm o papel de influenciar e saber administrar o comportamento das
pessoas no ambiente laboral, tendo como desafio principal, estabelecer na empresa
uma cultura solida que associe o alto desempenho no trabalho com a qualidade de
vida e a necessidade de autorrealização pessoal e profissional de cada
pessoa. Gullo Jose enfatiza que:
A administração tem como objetivo aplicar suas funções à empresa para, através de recursos materiais e humanos, concretizar os processos executados em todas as suas áreas, considerando seu ambiente interno e o ambiente externo que a envolve. O administrador, de dentro da empresa, analisa os elementos que compõem o ambiente externo, para poder adaptar o ambiente interno de sua empresa a esse ambiente externo e, com isso, poder traçar um caminho de sucesso para a empresa (2016, p.14).
Com o crescimento do mercado econômico e tecnológico as empresas
sentem a necessidade de buscar alternativas de crescimento para se obter maior
rentabilidade a partir dos seus serviços ou produtos, agregando tempo e
produtividade como fator essencial, tanto na empresa pública como privada. A partir
disso a gestão passa a perceber que os meios de se trabalhar não são como os de
28
antigamente e acaba cobrando cada vez dos colaboradores, exigindo mais agilidade
e competência para acompanhar o ritmo acelerado do mercado. Manter condições
de trabalho favoráveis é uma questão de responsabilidade de urgência nos dias
atuais, pois mediante a essa revolução de mudanças que ocorre no mercado às
pessoas estão mais propícias a desenvolver vários problemas envolvendo a saúde
física e mental. A partir dessas mudanças as doenças começam a surgir
atrapalhando a vida das pessoas e consequentemente o desenvolvimento das
empresas resultando em altos índices de afastamento de funcionários e problemas
que vão do relacionamento a produtividade.
A síndrome de burnout é uma doença que ao longo do tempo vem atingindo
diversos colaboradores, movido pelo cansaço físico e emocional é um dos motivos
principais pela qual as empresas estão afastando funcionários, sendo o principal
causador de conflitos mediante a relação de trabalho. Não conhecida por muitos
gestores à síndrome de burnout acaba se tornando um fator estressante e
conflituoso no dia a dia das organizações, isso se dar pelo não conhecimento da
doença que leva a tomada de decisões erradas.
Na maioria dos casos, o doente é afastado da empresa sem que o gestor
saiba o real motivo da demissão, já que a doença é confundida com outras doenças
laborais e acaba passando despercebida ou atrelada a outros problemas, deixando
a organização escassa de bons funcionários, já que os mais envolvidos e dedicados
à organização estão mais propícios em adoecer, devido sua dedicação extrema ao
trabalho.
Essa doença que também acaba sendo uma das principais causas de
rotatividade de funcionários nas empresas deixa os colaboradores desmotivados e
sem interesse de trabalhar, já que é resultado da exaustão física e emocional, que
quando é atingida desestrutura toda uma pessoa e toma diversas proporções. Essa
dimensão de reprimir a realização profissional ou ausência de envolvimento pessoal
ressalta a sensação de ineficiência referindo-se a sua ocupação ou sua vida
pessoal. Os profissionais tendem a fazer uma avaliação negativa de suas atitudes,
afetando assim a realização do trabalho e isso requer uma visão ampla do
administrador para saber intervir nesses casos.
Para Fiorelli Osmir (2004), ao administrador não cabe realizar qualquer
espécie de diagnostico da doença nos colaboradores, o que se espera é que o
próprio tenha a compreensão de prezar pela saúde mental e a qualidade de vida
29
dentro da empresa, possuir conhecimentos mínimos sobre transtornos mentais e ter
uma noção da importância da saúde do trabalhador na organização.
O administrador além, de possuir conhecimento de áreas específica de
gestão, precisa conhecer outros campos que se não obter o conhecimento pode
prejudicar o rendimento da instituição, inclusive deve obter conhecimento sobre
estas doenças psicológicas, que provocam sensações dolorosas, níveis elevados de
estresse e distúrbios mentais nos colaboradores. Sendo uma doença que provém
exclusivamente da relação de trabalho, o burnout pode determinar a permanência do
colaborador ou não no emprego. Mendonça et al relatam que:
Dessa forma, os distúrbios mentais relacionados ao trabalho representam uma importante causa de afastamento de trabalhadores do seu ambiente laboral. Dentre as consequências geradas a partir do desequilíbrio na saúde do profissional, destacam-se o absenteísmo por doença no trabalho, levando-o às licenças por auxílio-doença, bem como a necessidade, por parte da organização de reposição de funcionários, transferências, novas contratações, novo treinamento, entre outras despesas (2014, p.21).
Os trabalhadores quando estão satisfeitos com o seu emprego e estão
saudáveis fisicamente e mentalmente interagem e executam suas atribuições
corretamente. Já os empregados que se sentem ameaçados na estabilidade do
emprego ou mesmo na forma de conduzir suas atividades devido às reações da
síndrome precisam de gestores que inspirem confiança e defina rumos certos a
serem seguidos e que saiba nortear soluções para enfrentar junto ao colaborador
estes problemas.
É de responsabilidade do administrador reconhecer e valorizar o bom trabalho
das pessoas com quem mantém contato, e remunerar esse trabalho de forma
compatível promovendo o equilíbrio entre o esforço que a pessoa dedica à empresa
e os benefícios que ela recebe além de organizar recursos criando bons trabalhos
em equipe e estabelecer obrigações, deveres, responsabilidades de acordo com seu
trabalho das pessoas. Para o autor Delbrouk Michel (2006), a entidade empregadora
deve sentir – se responsável. Devem assegurar condições de trabalhos favoráveis,
proporem objetivos intangíveis e reconhecer os esforços e os resultados.
Nem sempre os gestores estão preparados para responder às demandas de
problemas que surge junto a suas equipes, o que pode resultar em conflitos
desgastantes para os empregados, para os gestores e para a organização, essa
falta de preparo resulta em um descontrole total dos indivíduos que regem a
30
organização, sem falar nas reclamações trabalhistas que o empregado pode mover
contra a empresa.
O não conhecimento do gestor sobre este assunto reflete no despreparo para
lidar com as situações que prejudicam o seu ambiente de trabalho e atrapalha a vida
da empresa. O principal ativo de uma organização é o ser humano, e este precisa
ser motivado, conhecendo os seus direitos e deveres. É indispensável saber
administrar, realizando uma gestão eficaz, e antes de qualquer coisa, ter ciência que
administrar envolve vários conjuntos que liga esforços que tenham objetivo de
planejar, organizar, a direcionar e liderar a coordenação e o controle das atividades
de um grupo de pessoas que tenham objetivos em comum.
Uma gestão de qualidade deve está sempre atenta e atualizada das situações
pertinentes que envolvem o ambiente de trabalho, para que não se tenha perdas de
funcionários e principalmente o desperdício de boa mão de obra, trabalhadores que
sofrem dessa doença e não conseguem ser diagnosticados e tratados, pois antes
disso são demitidos ou afastados por não ter conhecimento do assunto e muito
menos a gestão saber do que se trata, aumentando desgastes tanto para empresa
quanto para o funcionário, já que a síndrome muitas vezes é confundida com a
depressão e outras doenças psicológicas
Há uma grande relevância quanto aos gestores e os colaboradores que
precisam ter ciência de que necessitam encontrar uma solução que atenda os
interesses dos dois. Isso leva a medir a satisfação dos empregados com os
aspectos organizacionais associando o relacionamento hierárquico, o volume de
serviços individuais e coletivos, as expectativas individuais relativamente à carreira e
a qualidade de vida, como também as relações interpessoais no trabalho, a fluidez
no processo organizacional e a satisfação do grupo ou individual.
Para reduzir os conflitos e a perda de bons funcionários, o empregador deve
estar sempre atento às mudanças que ocorre no comportamento dos seus
funcionários, monitorando e selecionando pessoas de acordo com suas
necessidades e cargos adequados, estabelecer uma cultura organizacional e um
clima organizacional adequado para se trabalhar, investir em programas de
incentivos ao colaborador e ter a disposição da empresa profissionais que ajudem a
lidar com estes tipos de situações.
31
3.3 Prevenção
A paixão pelo trabalho é um fator essencial para que se possa ter um bom
desempenho como profissional, está sempre disposto a buscar novas conquistas e
crescer profissionalmente é, sem dúvida primordial na vida do ser humano, mas
existem algumas adversidades que podem atrapalhar este trajeto. Essas
adversidades aparecem fatores que interfere na vida do profissional ocasionado
conflitos e falta de estímulo para continuar a exercer o seu papel.
Os profissionais enfrentam uma grande dificuldade em seu dia a dia e
acabam precisando usar alguns recursos adaptativos para manter-se nos seus
empregos isso devido aos agentes estressores negativos que se desenvolve no
ambiente de trabalho e interfere nesse caminho em busca de sucesso profissional.
O trabalho pode motivar gratificar e incentivar as pessoas como também pode
favorecer o desgaste físico e mental dos mesmos.
A organização do trabalho muitas vezes pressiona o indivíduo levando-o a
estados de desgaste, gerando inúmeras consequências que resulta em um
funcionário desmotivado, impaciente, agressivo e ansioso que passa a apresentar
uma exaustão emocional e física elevada o impossibilitado de concluir seu trabalho.
Um bom relacionamento interpessoal pode contribuir e fortalecer a amizade, as
formas de interação e confiança entre colegas de trabalho e liderança, influenciando
de forma significativa a tomada de decisões e o bom relacionamento dentro das
empresas tornando um clima organizacional agradável que gere retornos e
comprometimento no trabalho.
A falta de incentivos e segurança no trabalho também é um interceptor que
prejudica a realização das atividades laborais, de contrapartida, a sensação de
segurança no trabalho é cada vez menor, afetando psicológico das pessoas gerando
doenças psicológicas e problemas de relacionamento com o meio, afetando assim a
convivência do trabalhador com a empresa.
A síndrome de burnout é uma dessas doenças que atrapalha a trajetória de
vida de muitas pessoas, essas que são movidas pelo sentido de culpa de não
conseguir realizar-se profissionalmente e passam a ter uma visão negativa de si
mesmo. Essa mentalidade de querer fazer tudo sozinho e com perfeição é um fator
de risco para desencadear a síndrome, que segue uma linha de entusiasmo idealista
que a pessoa cria tentando fazer com que o trabalho se torne uma única forma de
32
conseguir realizar- se como pessoa e como profissional. Estala- se nas pessoas
uma paralisação onde o trabalho deixa de ser considerado crucial e começa a ser
evidenciado como vilão prejudicando a sua vida.
As organizações atuais são movidas por cobranças e exigências extremas e
não escolhe a quem vai afetar. Para que o indivíduo não chegue a perder o
entusiasmo e o amor pelo trabalho precisa prevenir-se de alguma forma, como
também a organização precisa criar métodos de prevenção e incentivos para que
possa deixar a síndrome longe de seu ambiente laboral, para que não chegue a um
patamar de frustração e perdas.
Acerca dessa temática, Fiorelli Osmir (2004) comenta que, cabe ao
administrador buscar promoções a saúde mental, como parte de suas atividades
relativas à saúde e a segurança no trabalho e a partir daí promover a saúde mental
e compreender o combate aos transtornos mentais neutralizando os fatores que
podem favorecê-los e assim manter um ambiente adequado longe das doenças
ocupacionais.
O empregador e aos supervisores ficam encarregados de monitorar o
desempenho de cada funcionário, estabelecer programas de incentivo a saúde e
bem estar dentro da empresa, investir em formação dos trabalhadores, visar pela
redução do stress, proporcionar técnicas de aprendizagem, relaxamento e de
exercício físico que aliviam as tensões do dia a dia e melhora o humor, que façam
avaliações periódicas a saúde dos trabalhadores tanto física como psicológicas e
disponibilizem locais de convívio e meios de estímulos para realização do trabalho.
Vale também criar grupos de apoio com colegas para discutir temas relacionados ao
trabalho fazer feedback com os colaboradores para ver possíveis melhoras e o que
não está favorecendo rendimentos .
O colaborador seja qual for sua área de atuação e situação profissional, deve
prevenir-se adotando um estilo de vida saudável, dormir o suficiente, fazer
exercícios físicos ou praticar esportes regularmente, praticar exercícios de
relaxamento, aprender técnicas de manejo do stress, praticar humor sempre que
possível, buscar coisas que possa o fazer rir, manter relações estáveis com colegas
de trabalho, não acumular problemas, buscar formas para deixar o trabalho mais
interessante, controlar as emoções para evitar as que geram estresse, saber
reconhecer as próprias limitações trabalho, separar vida privada de local de trabalho,
administrar o tempo de forma eficaz e ter momentos de lazer e distrações.
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Faz-se necessário implantar guias de promoção e prevenção à saúde do
trabalhador, que objetive em minimizar os problemas nos ambientes ocupacionais
reduzindo a demanda de problemas que afetam o clima organizacional e dar apoio
aos funcionários estabelecendo meios de condições melhores para se trabalhar,
melhorando a qualidade de vida dentro das empresas e estimulando para os
colaboradores se sentirem motivados e reconhecerem a preocupação que a
empresa tem com o seu bem-estar.
Com relação aos os profissionais mais propícios a desenvolver a síndrome
como os professores e médicos citados acima, estes devem procurar uma linha de
prevenção mais ampla. Os professores devem prevenir o burnout unindo forças e
criando grupos de discussão para se rever melhores formas de se trabalhar, deve-se
também conduzir e buscar uma melhor qualificação e está sempre atento as
relações interpessoais e as necessidades de mudanças em seu ambiente laboral, no
caso nas escolas e nas salas de aulas tentando potencializar e valorizar a docência,
buscando ações direcionadas à equipe pedagógica para propiciar um espaço
institucional adequado para se trabalhar, como também manter o equilíbrio físico e
mental para poder reconhecer os estressores presentes no seu dia a dia e
programar mudanças em seu estilo de vida e sempre buscar motivação para
superar as dificuldades naturais de sua atividade profissional.
Todas as recomendações de prevenção para o burnout são adequadas
também para o seu tratamento. Porém, em virtude da seriedade dos sintomas no
caso de um burnout já instalado, uma avaliação médica-psicológica deve ser o
eventual tratamento psicoterápico especifico que podem ser feitos por psicólogos,
psiquiatras, assistentes sociais e profissionais que atuem na área da saúde.
Entende- se que a prevenção do burnout depende de todos os fatores
envolvidos dentro do processo de modificação do ambiente laboral, que cada
pessoa pode reagir de maneira distinta de acordo com seu intelectual, sendo que
seja necessário pra ela uma mudança pessoal e coletiva que envolve campos
distintos como a construção de espaços saudáveis no contexto do trabalho.
Assim como o diagnóstico é difícil em alguns casos, o conhecimento da
doença por parte do profissional atingido, também é um problema e um fator
negativo com relação ao tratamento, logo que o reconhecimento da doença é o
primeiro passo para começar a se tratar. O tratamento da síndrome
de burnout incide na quebra do círculo vicioso da sobrecarga e de frustração. Isso
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porque, no início, durante o esgotamento físico e mental, o indivíduo parece
desconhecer os seus próprios limites, por isso há a necessidade de procurar
profissionais da área que ajudara o paciente refletir sobre as suas escolhas,
atitudes, expectativas e hábitos de vida, e o incentive a sempre ter
o descanso físico, mental e a manutenção do equilíbrio entre o trabalho, lazer,
família e vida social.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
A síndrome de burnout tem o início traiçoeiro, é algo que no início aparenta
ser inofensivo, mas que vai se instalando lentamente sem que a pessoa perceba. A
síndrome é um transtorno relacionado ao trabalho, pois as suas causas são
relacionadas a situações vivenciadas no ambiente interno da organização. O burnout
foi descrito como a cronificação de um estresse vivenciado no ambiente de trabalho,
causada por incontáveis buscas de soluções e enfrentamento de problemas. Fioreli
Osmir (2004) relata que, devido ao um longo processo e a varias tentativas de lidar
com situações que envolve o estresse as pessoas tendem a desenvolver a síndrome
de burnout. Ela não escolhe um perfil de profissional para se instalar, mas aqueles
que lidam diariamente com pessoas, problemas e a dificuldade de solução, estão
mais oportunos para adquiri - lá. Portanto, burnout não se trata de um evento, mas
sim de um doloroso processo resultante da persistência de problemas no trabalho,
com tentativas de enfrentamentos falhadas.
O clima organizacional retrata o momento em que a organização está vivendo
naquele momento, ele pode oscilar constantemente, devido às influências externas e
internas que a empresa vivencia, que afeta de forma positiva ou negativa entre os
colaboradores e o clima da organização. Um bom clima proporciona um ambiente
afetuoso e saudável para se trabalhar, o que irá resultar em condições melhores
para se trabalhar e atingir os objetivos propostos pela empresa. Sabemos que não é
possível eliminar todos os fatores estressores do dia a dia de um colaborador, mas é
possível amenizá-los recorrendo a buscas constantes da melhoria de gestão,
através da valorização profissional, buscando meios de incentivos, proporcionando
treinamentos e investindo na qualificação do funcionário. Newstrom e Davis
destacam que:
Um importante tipo de mudança é a promoção. Os funcionários procuram com frequência este tipo de mudança, em busca de crescimento e mais reconhecimento. Estes tipos de mudança, apesar de desejados pelos funcionários, têm custos psíquicos substanciais (1996, p.41).
Por isso que o funcionário deve saber o seu valor e sentir-se importante,
independente do cargo exercido e das funções delegadas, o mesmo deve sentir-se
responsável no que diz respeito ao crescimento da organização. O gestor deve
deixar isso claro para o mesmo, investir no aperfeiçoamento profissional, na
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prevenção de doenças e prezar pela saúde do trabalhador, para que se possam
evitar prejuízos futuros em todas as grades da organização. Todas as
consequências que foram discutidas ao longo desse trabalho foram perceptíveis que
a síndrome de burnout influencia completamente no clima organizacional.
Pode-se concluir que todos os objetivos propostos na pesquisa foram
alcançados, através de várias pesquisas bibliográficas, foram analisadas as
consequências que a síndrome pode trazer para o clima organizacional, destacando
os profissionais propícios e os fatores de risco enfrentado por eles.
Através da pesquisa realizada, foi possível concluir que o clima de uma
organização tem grande influência na vida do colaborador, elas podem ser negativa
ou positiva, isso vai depender da forma de enfrentamento de cada indivíduo, uma
vez que os fatores estressores mudam de pessoa para pessoa, isso quer dizer que
um fator estressante pode ser algo prazeroso para outra e que um colaborador pode
vivenciar vários fatores estressores e manter-se calmo e equilibrado, sem gerar nem
um dano a sua saúde, entretanto, um indivíduo pode vivenciar apenas um fator
estressante, e esse mesmo ser o causador para várias doenças e destruição do
profissional.
As organizações precisam investir na qualidade de vida do trabalhador e
conscientizar os seus gestores e funcionários das doenças relacionadas ao trabalho,
uma vez que na maioria dos casos, os administradores e funcionários não têm um
conhecimento sobre a saúde mental, física e psicológica. O que dificulta todo o
processo de diagnóstico, tratamento e as formas de enfrentamento. O funcionário
quando é atingido pela síndrome, de início não sabe o que está acontecendo e
começar a se culpar pela sua exaustão profissional, por sua falta de concentração e
sua baixa produtividade. E o gestor que também não possui conhecimento sobre o
assunto, agrava a doença do colaborador, pois por muitas vezes, esse funcionário
começa a sentir pressões e cobranças de rendimentos da organização.
Um ambiente de trabalho agradável, com valorização profissional, condições
de trabalhos adequada, planos de carreira definidos, benefícios oferecidos ao
trabalhador e uma estrutura organizacional sólida, irá deixar o colaborador seguro,
confortável e motivado para desempenhar suas atividades com satisfação sem que
isso lhe torne uma tortura física e mental.
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REFERÊNCIAS
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