A Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada Na Salvação Dos Pecadores • Cap. 13 - The Total...

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  • A INFINITA SABEDORIA DE

    DEUS DEMONSTRADA NA

    SALVAO DOS PECADORES

    A. W. PINK

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    Traduzido do original em Ingls

    The Total Depravity of Man

    By A. W. Pink

    A presente traduo consiste somente na Captulo 13, Remedy, da obra supracitada

    Via: EternalLifeMinistries.org

    Traduo por Camila Almeida

    Reviso e Capa por William Teixeira

    1 Edio: Maro de 2015

    Salvo indicao em contrrio, as citaes bblicas usadas nesta traduo so da verso Almeida

    Corrigida Fiel | ACF Copyright 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bblica Trinitariana do Brasil.

    Traduzido e publicado em Portugus pelo website oEstandarteDeCristo.com, com a devida permisso

    do Ministrio Eternal Life Ministries (EternalLifeMinistries.org) sob a licena Creative Commons

    Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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    A Infinita Sabedoria De Deus

    Demonstrada Na Salvao Dos Pecadores Por Arthur Walkington Pink

    Parte 1

    Talvez alguns de nossos leitores mais jovens e mais impacientes estejam inclinados a ob-

    jetar: Por que dedicar um captulo especial para isso? Ns j sabemos tudo sobre isso: o

    remdio para o homem arruinado encontra-se na salvao de Deus. Mas isso uma viso

    muito superficial a tomar, e uma viso injusta tambm; pois a maior e mais grandiosa de to-

    das as obras maravilhosas de Deus nunca deve ser falada de forma to banal e desprezada

    to superficialmente. Alm disso, a questo est muito longe de ser to simples quanto is-

    so, e uma vez que h essa ignorncia generalizada sobre a doena em si, necessrio

    exa-minar de perto e entrar em alguns detalhes sobre a descrio da cura para a mesma.

    O fato precisa ser profundamente percebido desde o incio para toda perspiccia natural,

    que a condio do homem natural e cado est alm do reparo, de forma que enquanto a

    autoajuda ou habilidade humana considerada, o seu caso sem esperana. Sim, nenhum

    outro alm do prprio Filho de Deus declarou: Aos homens isso impossvel (Mateus

    19:26), e isto apenas como ns percebemos, em alguma mnima extenso, os vrios as-

    pectos em que essa impossibilidade baseia-se, para que possamos comear a apreciar o

    milagre da graa que assegura a recuperao dos pecadores perdidos.

    A doena mortal que se apoderou do homem no algo simples, mas complexo, no con-

    sistindo de um nico elemento, mas de uma combinao destes, cada um dos quais fatal

    em si mesmo. Olhem para alguns deles. A prpria natureza do homem totalmente corrom-

    pida, mas ele no sensato, e nem fica horrorizado por causa disso. O pecado no ape-

    nas parte integrante do seu ser, mas ele profundamente apaixonado por ele. Ele est

    cheio de inimizade contra Deus, e seu corao to duro quanto uma pedra. Ele est total-

    mente paralisado para ir a Deus, e completamente sob o domnio e influncia de Satans.

    Ele no somente est desprovido de justia, mas um pecador culpado sem uma centelha

    de santidade, um leproso moral. Ele completamente incapaz de ajudar a si mesmo, pois

    ele est fraco (Romanos 5:6). A ira de Deus permanece sobre ele, e ele est morto em

    delitos e pecados. O homem cado no est apenas em perigo de runa e destruio, mas

    j est afundado na mesma. Ele como um tio prximo de um fogo intenso, que rapida-

    mente ser consumido a menos que a mo Divina o arranque dali (Zacarias 3:2). Sua condi-

    o no apenas infeliz, mas desesperada, na medida em que ele totalmente incapaz de

    conceber qualquer expediente para a sua cura.

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    O pecador culpado, e nenhuma criatura pode fazer expiao por ele. Ele um pria de

    Deus, aterrorizado por Suas prprias perfeies, e, portanto, faz o possvel para ban-lO de

    seus pensamentos. Nenhuma lngua pode expressar ou corao adequadamente afetado

    com a situao lamentvel e abjeta misria do homem natural. E tal ser o seu caso para

    sempre a menos que Deus intervenha. No entanto, tudo isso representa apenas um lado

    do problema e o menos ruim isto , que mesmo assim ele permanecer no caminho

    onde o homem ainda pode ser recuperado. Para a inteligncia finita pareceria que uma

    criatura to vil e contaminada, to desobediente e rebelde, to desagradvel justa mal-

    dio da Lei, est alm de toda esperana, e que no seria incompatvel honra Divina

    salvar tal verme. Como um transgressor pode ser perdoado de forma coerente com os re-

    quisitos daquela Lei que ele desprezou e ignorou, e ser liberto da penalidade que ela justa-

    mente demanda, e como ele poderia ser recuperado at o favor de Deus em concrdia com

    a manuteno do governo Divino, apresentou-se uma dificuldade que nenhuma sabedoria

    angelical poderia resolver. Este foi um segredo escondido em Deus at que Ele teve o

    prazer de faz-lo conhecido.

    H aqueles, sem considerao com a Palavra da verdade, que supem ao fato de que Deus

    deve perdoar e receber em favor aqueles que renunciam s armas de sua rebelio contra

    Ele e pedem misericrdia. Mas a soluo para o problema est longe de ser to simples

    quanto uma questo como esta. Encontrando essas pessoas em seu prprio terreno, deve

    ser salientado que a razo humana no pode promover nenhum argumento vlido e sufici-

    ente pelo qual Deus deveria perdoar o pecador somente porque ele se arrepende, ou que

    isso poderia ser feito de forma consistente com o Seu governo moral. Em vez disso, o con-

    trrio evidente. A contrio de um criminoso no o exonerar em um tribunal humano de

    direito, pois isso no oferece nenhuma satisfao e reparao por seus crimes. Qualquer

    pecador que acalenta a ideia de que seu arrependimento lhe oferece uma reivindicao de

    clemncia e favor Divinos demonstra que ele um estranho ao verdadeiro arrependimento;

    e nunca se arrepender at que ele abandone tal presuno. A experincia e observao

    universais, bem como a Escritura, atestam plenamente o fato de que nenhum dos homens

    jamais se arrepende enquanto deixado a si mesmo, e no so feitos os sujeitos daquelas

    operaes Divinas para as quais eles no tm nenhuma reivindicao, e que a mera razo

    incapaz de concluir que Deus lhes conceder.

    Que um adequado remdio para a doena complexa e fatal pela qual o homem est atingido

    deve ser de Deus muito bvio; necessrio que seja da Sua concepo, Sua providncia,

    Sua aplicao, Sua realizao eficaz do mesmo. Isso apenas outra maneira de dizer que

    isso deve ser inteiramente dEle do incio ao fim, pois se qualquer parte disso for deixado

    para o pecador, em qualquer fase, a falha certa. Ainda assim, necessrio ser destacado

    mais uma vez que Deus no tinha obrigao alguma de efetuar tal disposio, pois quando

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    o homem deliberadamente apostatou dEle, perdeu toda recompensa favorvel do seu Cria-

    dor. No somente Deus poderia agora justamente infligir a pena total de Sua Lei violada

    sobre toda a raa humana, mas, de acordo com a Sua santa natureza, Ele poderia ter deixa-

    do toda a humanidade perecer eternamente naquela condenao em que eles mesmos ha-

    viam se lanado. Se Ele inteiramente abandonasse toda a posteridade do apstata Ado e

    os deixasse como os anjos irremediavelmente cados, isso no teria qualquer repercusso

    sobre a Sua bondade, mas sim uma demonstrao de Sua inexorvel justia. Portanto,

    sempre que a redeno mencionada, ela constantemente descrita como procedente da

    graa soberana e pura misericrdia (Efsios 1:3-11).

    No entanto, algo mais do que um desgnio gracioso foi exigido da parte de Deus a fim de

    que qualquer pecador fosse salvo. A graa de fato a fonte disso, ainda assim, ela no foi

    suficiente em si mesma. Algum pode ser preenchido com as intenes mais amveis, mas

    ser incapaz de realiz-las. Quo frequentemente o terno amor de uma me impotente est

    na presena de seu filho em sofrimento! Deve haver tambm a aplicao de poder Divino

    se o propsito da graa deve ser cumprido. E no qualquer poder ordinrio, mas, como a

    Escritura afirma: a sobreexcelente grandeza do seu poder sobre ns, os que cremos,

    segundo a operao da fora do seu poder (Efsios 1:19). Demanda o exerccio de muito

    mais fora para recriar uma criatura cada do que demandado para criar o universo a par-

    tir do nada. Por que isso? Porque nisto no havia oposio, nada para resistir Sua obra;

    enquanto no caso do homem cado, h a hostilidade de sua vontade, a alienao de seu

    corao, a inimizade inveterada de sua mente carnal a serem superadas. Alm disso, h a

    malcia e a oposio de Satans a serem neutralizadas, pois ele se esfora com todas as

    suas foras para manter o seu domnio sobre suas vtimas. O Diabo deve ser despojado da

    vantagem que ele tinha obtido, pois no consistente com a glria de Deus, que lhe seja

    permitido triunfar em seu sucesso.

    Porm, algo mais do que o exerccio do poder de Deus ainda era necessrio: a oniscincia

    deve ser exercida, bem como onipotncia. A fora em si mesma no construir uma casa:

    deve haver tambm a arte de planejar e harmonizar os materiais. A habilidade o principal

    requisito de um arquiteto. Permitam fracamente ilustrar o que procuramos expressar aqui.

    Aqueles que so salvos no so apenas os produtos da maravilhosa graa de Deus e poder

    onipotente, mas eles tambm so feitura Sua (Efsios 2:10). Maravilhosamente a sabedo-

    ria de Deus aparece no belo tecido de Sua graa, no templo espiritual que Ele ergue para

    a Sua prpria morada. Ele para isto mesmo nos preparou (2 Corntios 5:5); como as pe-

    dras so esculpidas e polidas, assim os crentes so pedras vivas nesse edifcio em que

    Deus habitar para sempre. Ora, o que excelente na execuo serve para fazer manifesta

    a excelente habilidade no planejamento da mesma. A contrapartida da Lei de Deus nos co-

    raes dos Seus filhos vivificados no menos o fruto de Sua sabedoria do que ela escrita

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    em tbuas de pedra: sabedoria na primeira formao disso, sabedoria tambm na impres-

    so dela sobre a compreenso e as afeies.

    No nem nas maravilhas da criao, nem nos mistrios da providncia que as profundida-

    des e riquezas da sabedoria de Deus devem ser encontradas: antes, no plano e frutos da

    redeno que elas so mais plena e ilustrativamente reveladas. Isso fica claro a partir de

    vrias Escrituras. no Mediador Deus-Homem em quem esto escondidos todos os tesou-

    ros da sabedoria e da cincia (Colossenses 2:3): Sim, Ele expressamente denominado

    sabedoria de Deus (1 Corntios 1:24). Aos principados e potestades nos cus agora est

    sendo manifesta, por meios, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus (Efsios 3:10).

    A elaborao de um mtodo pelo qual uma parte da humanidade deve ser resgatada de

    sua condio miservel de fato a obra-prima da sabedoria Divina: nada, seno a prpria

    oniscincia poderia ter encontrado uma maneira de efetuar tal triunfo de uma forma ade-

    quada para todas as perfeies Divinas. Os sbios deste mundo so chamados de prnci-

    pes (1 Corntios 2:6, 8), mas os anjos so designados principados e potestades nos luga-

    res celestiais, por causa de sua dignidade, sabedoria e fora superiores. No entanto, ape-

    sar de serem to grandes em inteligncia, sempre contemplando a face do Pai, ainda assim,

    uma nova e grandiosa descoberta da sabedoria de Deus feita a eles por meio da Igreja,

    pois a Sua obra na redeno dela transcende em muito a compreenso natural deles.

    As hierarquias celestes testemunharam a desonra que havia sido feito autoridade de Deus

    e a discrdia trazida para a esfera de Seu governo pelo pecado e rebelio de Ado. Era,

    portanto, necessrio, moralmente falando, que esse desafio ao governo de Deus fosse tra-

    tado, e que essa afronta ao Seu trono fosse corrigida. Isso no poderia ser feito a no ser

    pela imposio daquela punio que na regra inaltervel e padro de justia Divina era de-

    vida para isso. A tolerncia do pecado em quaisquer outros termos deixaria o governo de

    Deus em indizvel desonra e confuso. Porque, onde est a justia do governo se o maior

    pecado e provocao que a nossa natureza era capaz de praticar, e que trouxe confuso

    sobre toda a criao, ficasse para sempre impune? A primeira intimao expressa que Deus

    deu de Sua justia no governo da humanidade foi a Sua ameaadora punio equivalente

    ao demrito da desobedincia em que o homem poderia cair: no dia em que dela comeres,

    certamente morrers [Gnesis 2:17]. Se Ele revogasse e invalidasse esta sentena, como

    a glria de Sua justia no governo de tudo ser conhecida? Mas como essa punio deveria

    ser sofrida, a qual consistia na runa eterna do homem, e ainda assim o homem ser salvo

    eternamente, foi uma obra para a sabedoria Divina idealizar (John Owen).

    No apenas era necessrio honra da justia de Deus, sendo Ele o Governador moral e

    Juiz supremo de toda a terra, que o pecado fosse sumariamente punido, mas foi neces-

    srio que houvesse uma obedincia a Deus, e tal obedincia como que traria mais glria a

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    Ele do que a desonra e oprbrio que resultou da desobedincia do homem. Isto foi devido

    glria da Sua santidade ao dar a Lei. At isso foi feito, a excelncia daquela Lei como

    sendo a santidade de Deus, e como um efeito disso, no poderia ser feita manifesta. Pois,

    se esta nunca fosse mantida em qualquer instncia, nunca cumprida por qualquer pessoa

    no mundo, como a glria dela seria declarada? Como a santidade de Deus seria represen-

    tada por ela? Como seria evidente que a transgresso no era antes algum defeito na pr-

    pria Lei, do que de qualquer mal naqueles que deveriam ter rendido obedincia a ela? Se

    a Lei dada ao homem nunca fosse cumprida, sobretudo, em perfeita obedincia por qual-

    quer um que seja, poderia ser pensado que a prpria Lei no era adequada nossa nature-

    za, e impossvel de ser assim cumprida (John Owen). Ele no se tornou o Reitor do uni-

    verso para dar ao homem uma Lei cuja espiritualidade e equidade nunca pudesse ser

    exemplificada em obedincia. Essa Lei no foi imposta, principalmente, para que o homem

    sofresse justamente por sua transgresso, mas sim para que Deus fosse glorificado em seu

    desempenho. Mas, desde que a ofensa de Ado trouxe runa sobre toda a sua posteridade,

    de forma que eles so incapazes de responder s suas demandas, como poderia uma

    perfeita obedincia ser prestada a ela? Somente a oniscincia poderia fornecer a resposta.

    Oh, que coisa verdadeiramente surpreendente , leitor Cristo, que a sabedoria de Deus,

    por meio de nossa redeno, fez daquilo que a maior desonra possvel a Ele tornar-se a

    ocasio de Sua maior glria! Ainda assim, tal verdadeiramente o caso. Nada to desa-

    gradvel ao Altssimo quanto o pecado, nada desonra tanto a Ele, pois isto em sua prpria

    natureza inimizade contra Deus, desprezo a Ele. O pecado uma vergonha Sua majesta-

    de, um insulto Sua santidade, uma insurreio contra o Seu governo. E, no entanto esta

    coisa abominvel, que Ele odeia (Jeremias 44:4), para a qual Ele no pode olhar, seno

    com infinito desfavor (Habacuque 1:13), feita por ocasio do maior bem possvel. Que

    milagre dos milagres que o Senhor faa a ira do homem louv-lO (Salmos 76:10), que o

    prprio mal que visa destronar a Ele transmute-se em meios de magnificao dEle; sim,

    pois, assim Ele fez a grandiosa manifestao de Suas perfeies que sempre existiram. O

    pecado lana desprezo sobre a Lei de Deus, no entanto, por meio da redeno, aquela Lei

    extremamente honrada. Nunca o Rei do Cu foi to gravemente menosprezado como

    quando aqueles feitos Sua imagem e semelhana irromperam em revolta contra Ele;

    nunca tal honra foi prestada ao Seu trono, como pela forma com a qual Ele escolheu efetuar

    a salvao de Seu povo. Nunca a santidade de Deus foi to menosprezada como quando

    o homem preferiu prestar lealdade antiga serpente, o Diabo; nunca a santidade de Deus

    brilhou to rutilantemente como na vitria que Ele obteve sobre Satans.

    Igualmente maravilhoso , leitor Cristo, que Deus planejou uma maneira pela qual um

    transgressor flagrante deve tornar-se inocente, e que aquele que completamente destitu-

    do de justia seja justificado ou declarado justo pelo Juiz de toda a terra. Houvesse coisas

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    como estas sido submetidas soluo, elas sempre pareceriam ser contradies irreconcili-

    veis para todas as compreenses finitas. Parece ser absolutamente impossvel para um

    culpado condenado o ser inocentado de qualquer acusao contra ele. O pecado implica

    necessariamente em punio, como pode, ento, qualquer transgressor fugir da devida

    recompensa de suas obras (Lucas 23:41), exceto por uma manifesta violao da justia?

    Deus declarou claramente que Ele no inocenta o culpado (xodo 34:7). Ele tem determi-

    nado por um decreto inaltervel de que o pecado deve ter a paga de seus salrios; ento

    como pode o culpado ser isentos da sentena de morte? Nem menos formidvel o proble-

    ma de como Deus pode, com equidade perfeita, declarar justos aqueles que no tm cum-

    prido as exigncias da Lei. Conceder a declarao de obedincia quele cujo registro de

    desobedincia ao longo da vida parece ser algo pior do que uma anomalia. No entanto, a

    Oniscincia planejou uma soluo para ambos os problemas, uma soluo que , em todos

    os aspectos, uma soluo perfeita e gloriosa.

    Sem essa soluo, a restaurao de qualquer um da humanidade no favor e na comunho

    e gozo do prprio Deus seria totalmente impossvel. Isso seria assim no somente por cau-

    sa da prpria depravao total do homem, mas por causa da relevncia da glria das per-

    feies Divinas em nosso pecado e apostasia. Eles no somente estavam acometidos de

    uma doena fatal, da qual no havia a menor esperana de libertao, a menos que fosse

    fornecido um remdio sobrenatural, mas o governo de Deus estava to gravemente indig-

    nado com nossa revolta, que a compensao integral deveria ser feita ao Seu cetro insul-

    tado, e a completa satisfao oferecida Sua Lei violada, para que o trono do Cu pudesse

    ser satisfeito. Muito alm da concepo da inteligncia finita como foi a dificuldade de repa-

    rar os danos causados em toda a nossa constituio e ser pelo pecado, ainda mais longe

    estavam os obstculos que permaneciam no caminho do exerccio da graa e da misericr-

    dia de Deus na restaurao do pria. Essa maneira de restaurao deve ser algo no qual

    Deus seja magnificado, Sua justia vindicada, Suas ameaas cumpridas e Sua santidade

    glorificada. A maneira pela qual todos esses fins foram alcanados e esses resultados ga-

    rantidos a maravilha adorada, semelhantemente, pelos redimidos e pelos anjos.

    Como outros antes de ns tm apontado, se o governo Divino fosse vindicado, toda a obra

    do nosso resgate deveria ser realizada em nossa natureza, e a prpria natureza daqueles

    que pecaram, e que viriam a ser recuperados desde as runas da Queda e trazidos felici-

    dade eterna: a partir da natureza humana, mas esta teria que ser no somente livre de qual-

    quer contaminao, mas intrinsecamente santa. Quanto salvao de pecadores, nenhu-

    ma satisfao poderia ser feita para a glria de Deus, devido, depravao da natureza

    apstata do homem e todos os frutos malignos desta, contudo deveria ser por uma natureza

    igual daqueles que pecaram e deveriam ser salvos. A entrega da Lei por Deus aos nossos

    primeiros pais foi por si s um efeito de Sua sabedoria e santidade, em que a glria delas

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    seria exaltada, se essa regra de justia fosse cumprida por uma natureza de um tipo total-

    mente diferente? Se um anjo a cumprisse, a sua obedincia no seria nenhuma prova de

    que a Lei era adequada natureza do homem, para a qual ela foi originalmente prescrita;

    antes, poderia um cumprimento angelical da Lei ter sido um reflexo da bondade Divina em

    conced-la aos homens. Nem poderia ter havido a necessria relao entre a natureza do

    substituto e aqueles em nome de quem o substituto agiu e sofreu, e, portanto, tal arranjo

    no teria magnificado a sabedoria Divina, antes teria sido, na melhor das hipteses, uma

    obra insatisfatria.

    As Escrituras so muito explcitas em seu ensino sobre a necessidade da natureza ser a

    mesma entre o fiador e aqueles a quem ele representava, como sendo condescendente

    sabedoria de Deus. Falando sobre a forma de nosso auxlio, o apstolo declarou: E, visto

    como os filhos participam da carne e do sangue, tambm ele [o Resgatador] participou das

    mesmas coisas (Hebreus 2:14). A natureza humana foi aqui expressa por: da carne e do

    sangue, que deveria ser liberta, e, portanto, era em natureza humana que esta libertao

    deveria ser feita. O apstolo entra em detalhes considerveis sobre este ponto em Roma-

    nos 5:12-21, a soma disso : se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graa

    de Deus, e o dom pela graa, que de um s homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos

    [v.15]. A mesma natureza que transgrediu deve operar o remdio para a mesma. Mais uma

    vez, em 1 Corntios 15:21: Porque assim como a morte veio por um homem, tambm a res-

    surreio dos mortos veio por um homem. A nossa runa no poderia ser recuperada, nem

    a libertao de nossa culpa ser efetuada, exceto por algum em nossa prpria natureza.

    Alm disso, deve ser observado que a libertao para ser assegurada deve ser feita por al-

    gum cuja substncia foi derivada de nossos primeiros pais. No havia encontrado as exi-

    gncias do caso para que Deus criasse um segundo homem do p da terra, ou de qualquer

    coisa que seria de natureza diferente de ns mesmos, pois, nesse caso, no haveria nexo

    e relao entre ele e ns, e, portanto, no teramos, de modo algum, uma participao em

    qualquer coisa que ele fizesse ou sofresse. Essa aliana dependia apenas disso, que Deus

    de um s sangue fez toda a gerao dos homens (Atos 17:26). Todavia, neste momento

    uma dificuldade adicional foi apresentada, uma que outra vez se provava insupervel a

    todas as inteligncias criadas, no houvesse o nico Deus sbio revelado a Sua proviso

    para a resoluo da mesma. Qualquer libertador de homens pecadores deveria derivar sua

    natureza de suas aes originais, mas ele no deveria trazer junto com ele a menor mcula

    de corrupo ou a mesma responsabilidade, que temos em nossa prpria conta, pois, se a

    sua natureza se contaminasse, se ela carecesse da imagem de Deus, ele no poderia fazer

    nada que fosse aceitvel a Deus, e ele estaria sujeito penalidade da Lei por conta prpria,

    ento ele no poderia fazer nenhuma satisfao pelos pecados dos outros. Mas, desde que

    todo descendente de Eva formado em pecado e concebido em iniquidade, como poderia

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    qualquer um de sua semente estar sem pecado? Somente a Oniscincia poderia trazer algo

    imaculadamente puro da completa impureza.

    No devemos perder de vista os fundamentos em que a corrupo e culpa aderem nossa

    natureza, como elas atuam em todos os indivduos. Primeiramente, toda a nossa natureza,

    quanto participao nela, estava em Ado como nossa cabea pactual e representante

    federal. Portanto, sua ofensa era nossa tambm, e justamente imputada a ns. Porque ns

    pecamos nele, nos tornamos por natureza filhos da ira, os sujeitos do desagrado judicial

    de Deus. Em segundo lugar, ns derivamos a nossa natureza de Ado por meio de gerao

    natural, de modo que a sua profanao comunicada a todos os seus descendentes. Ns

    somos as plantas degeneradas de uma vinha degenerada. Assim, ainda outra dificuldade

    foi apresentada: a natureza de um libertador para o homem cado deveria, como em sua

    substncia, ser derivada de nossos primeiros pais, mas de modo a no ser em Ado como

    representante legal, nem ser derivado dele por gerao natural. Mas como isso poderia

    ocorrer: que sua natureza estivesse verdadeiramente relacionada a Ado, como a nossa,

    e ainda assim, no sendo participante da culpa de sua transgresso, nem participando de

    sua contaminao? Tal prodgio estava totalmente fora do conceito de toda mente finita.

    Parte 2

    No ltimo captulo, nos dedicamos a algumas das dificuldades, sim, aparentemente impos-

    sibilidades que estavam no caminho do resgate de qualquer um dos filhos cados de Ado,

    mostrando que precisava haver algo mais do que um benigno propsito da graa da parte

    de Deus para efetuar o mesmo, algo mais do que aplicar o Seu grande poder, de forma que

    os obstculos que precisam ser removidos eram tantos e to grandes que a multiforme

    sabedoria de Deus (Efsios 3:10) tambm precisou ser convocada para a ao. A dificulda-

    de do lado humano era o estado desesperado do pecador: como sua escurido poderia ser

    transformada em luz, sua inimizade em amor, sua falta de vontade em vontade, sem qual-

    quer tipo de violncia sendo feita em sua agncia moral. Os obstculos do lado Divino eram

    como o Altssimo poderia restaurar tais desgraados ao Seu favor, e ainda assim no com-

    prometer as Suas perfeies: como Ele poderia ter relaes com leprosos morais, sem

    manchar a Sua santidade, inocentar o culpado sem repudiar a Sua Lei, exercer misericrdia

    em coerncia a Sua justia, e, contudo, fornecer um remdio para tal doena, e faz-lo de

    uma maneira que honrasse Seu trono, estava muito alm do alcance da inteligncia criada.

    Ns vimos que, a fim de salvar um pecador legalmente condenado e merecedor do infer-

    no era necessrio que algum mtodo e meio fosse concebido pelo qual ele seria liberto de

    todas as consequncias da Queda, e ao mesmo tempo atendesse a todas as exigncias

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    do governo Divino. O pecado tinha que ser tratado severamente, mas os transgressores

    deveriam ser eximidos de sua merecida condenao. Uma plena conformidade Lei deve-

    ria ser realizada, mas por algum na mesma natureza que aqueles que a tinham violado.

    Isso foi claramente esboado sob os tipos do Antigo Testamento: o redentor tinha que ser

    um parente de quem ele favorecia (Levtico 25:25; Rute 4:4-6). Alm disso, as exigncias

    da Lei somente poderiam ser atendidas por um algum cuja natureza fosse derivada da

    mesma linhagem como a daqueles em nome de quem ele efetuou, mas a sua humanidade

    no deveria ser maculada em menor grau pela corrupo comum deles. Era necessrio

    que ele fosse um homem da descendncia de Ado (Lucas 3:38) e Eva (Gnesis 3:15), no

    entanto, um homem absolutamente puro e santo, pois nenhum outro poderia pessoal e

    perpetuamente obedecer em pensamento, palavra e ao. Mas ningum assim existia: Na

    verdade que no h homem justo sobre a terra, que faa o bem, e nunca peque (Eclesias-

    tes 7:20), nem jamais haveria algum se a raa humana fosse deixada por si mesma. Nada,

    seno a multiforme sabedoria e poder sobrenatural de Deus poderiam produzi-lo.

    Ainda assim, algum que era mais do que o homem, mesmo algum perfeito, sim, muito

    superior queles seres celestiais que cobrem o rosto na presena da Divindade era neces-

    srio, a fim de quitar as responsabilidades dos pecadores depravados, e renov-los em

    santidade. Isto evidente a partir de vrias consideraes. A criatura mais exaltada, sim-

    plesmente porque uma criatura, obrigada a prestar obedincia perfeita ao seu Criador,

    e, portanto, no poderia merecer nada em nome de outros. Se ele cumpriu plenamente o

    seu dever, ele de fato, aperaria uma justia e direito recompensa da Lei; mas ele necessi-

    taria daquela justia em sua prpria conta, e, portanto, esta no estaria disponvel para a

    imputao a outro, e menos ainda a muitos outros. Mais uma vez, a obra que ele tinha de

    fazer, a saber, pagar integralmente a dvida incalculvel incorrida por aqueles que deveriam

    ser salvos, fazer expiao por todos os seus pecados, reconcili-los com Deus, restaur-

    los ao Seu favor, faz-los encontrar a herana dos santos na luz, estava muito alm da

    abrangncia de qualquer mera criatura, no importa quo alta fosse a sua posio. Alm

    disso, qualquer libertador dos apstatas filhos de Ado deveria ser essencial e infinitamente

    santo, pois ningum menos poderia ser qualificado para pr de lado a infinita culpa das

    inmeras iniquidades deles.

    Para que qualquer parte da humanidade fosse eternamente salva para a glria de Deus,

    era necessrio que no somente a obedincia impecvel fosse prestada Lei de Deus,

    mas tal obedincia como que trouxesse mais honra Sua santidade do que a desonra que

    foi lanada sobre ela por meio da desobedincia de todos; afirmar que pouco importa o que

    acontea com a glria de Deus, desde que os miserveis pecadores sejam salvos de uma

    maneira ou outra no seno o vmito blasfemo da mente carnal. Onde Deus revrencia-

    do e amado acima de tudo, mui diferentes sero os sentimentos de tal pessoa; ou seja,

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    bem melhor que toda a raa de Ado perea do que o carter da Deidade ser manchado e

    os fundamentos de Seu trono prejudicado. Mas tal obedincia no poderia ser prestada por

    qualquer mera criatura, no importa quo puro a sua natureza ou eminente a sua posio,

    pois, necessariamente, no h algo do Divino nele, para que o seu desempenho possua

    um valor infinito. Nem deve esta obedincia ser constrangida, mas sim ser voluntria, pois

    o que forado no procede do amor e sem valor. Nem deve a sua conformidade Lei

    ser uma em que ele seja pessoalmente responsvel a render-se a ela, pois em tal caso,

    isso no poderia ser aceito como uma devida compensao pela desobedincia de todos.

    No era apenas uma nica pessoa que devia ser resgatada a partir da Queda e ser trazida

    para a glria, mas milhares (Judas 1:14), e cada um deles tinha mais pecados em sua

    conta do que cabelos sobre a cabea, e cada pecado tinha em si uma culpa imensurvel,

    uma vez que fora cometido contra a infinita Majestade do Cu. A desventura em que todos

    eles eram ofensivos tambm era infinita, posto que a durao desta era eterna, tudo indes-

    critivelmente terrvel e doloroso para que a nossa natureza seja capaz de suportar. Nem

    eles poderiam ser libertos da terrvel consequncia do pecado, sem uma satisfao adequa-

    da sendo feita justia ofendida de Deus. Afirmar o contrrio como se algum dissesse

    que no importa para Deus se Ele obedecido ou desobedecido, se Ele honrado ou de-

    sonrado em e por Suas criaturas, e isso seria negar Seu prprio ser, visto que diretamente

    contrrio glria de todas as Suas perfeies. Mas, onde estava a pessoa qualificada e

    capacitada para realizar a requerida propiciao pelo pecado? Onde estava a pessoa apro-

    priada para agir como mediador entre Deus e os homens, entre o Santo e o profano? Onde

    estava o nico que poderia conceder vida aos mortos, e mrito de bem-aventurana eterna

    para eles?

    Se um remdio providenciado aos pecadores, ele deve ser aquele que lhes restaura que-

    la mesma condio e dignidade em que foram colocados antes da Queda. Pois, recuper-

    los a alguma menor honra e bem-aventurana do que aquelas que eram as deles original-

    mente no consistiria tanto com a Divina sabedoria ou recompensa. Sim, considerando

    isso, a infinita graa, bondade e misericrdia de Deus para restaur-lo, parece agradvel

    para a glria das Divinas excelncias em suas operaes que ele deve ser levado a uma

    condio melhor e mais honrosa do que a que ele tinha perdido (John Owen). Em seu esta-

    do primitivo o homem no estava sujeito a ningum, seno ao seu Criador. Embora ele fos-

    se menos digno do que os anjos, ainda assim, ele no lhes devia nenhuma obedincia, eles

    eram seus conservos do Senhor Deus. Obviamente [como Owen tambm apontou], se o

    pecador fosse salvo por qualquer mera criatura, ele no poderia ser restaurado ao seu pri-

    meiro estado e dignidade, pois, nesse caso, ele deveria fidelidade e subservincia quela

    criatura que o havia redimido, ele se tornaria a propriedade de quem o comprou. Isso no

    somente introduziria maior confuso, mas o pecador estaria em um caso ainda pior do que

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    estava antes da Queda, pois ele no estaria na posio em que ele devia sujeio e honra

    apenas a Deus.

    A partir do exposto, ser visto que o nico suficiente libertador dos homens cados deve ser

    algum possuidor de infinita dignidade e merecimento, a fim de que ele seja capaz de mere-

    cer bnos infinitas. Ele deve ser uma pessoa de poder e sabedoria infinitas, porque a o-

    bra que ele deve executar no poderia ser realizada com sucesso por ningum menos. Ain-

    da mais, era necessrio que ele fosse uma pessoa que era infinitamente querida de Deus

    Pai, a fim de conceder um valor infinito s suas operaes na estima do Pai, e que o amor

    do Pai por ele pudesse equilibrar a ofensa e a provocao de nossos pecados. Ele tambm

    deveria ser uma pessoa que poderia agir nesta questo em seu prprio direito, que, em si

    mesmo, ele no fosse um servo e sujeito ao Altssimo; caso contrrio, ele no poderia mere-

    cer alguma coisa por aqueles que ele salvaria. Alm disso, ele deveria ser uma pessoa do-

    tada de infinita misericrdia e amor, pois ningum voluntariamente assumiria uma tarefa to

    rdua, to humilhante, e envolvendo tanto sofrimento indizvel, por criaturas to indignas e

    sujas quanto os homens cados. Mas onde, em todo o universo algum assim seria encon-

    trado? Nenhuma pessoa criada possua as qualificaes necessrias. Quando o apstolo

    Joo contemplou (na viso) o livro com sete selos, nos dito que ele chorava muito, porque

    ningum no cu ou na terra foi achado digno de abrir o livro (Apocalipse 5:1-4), e no tivesse

    a multiforme sabedoria de Deus encontrado a soluo para todos esses problemas, homens

    e anjos, igualmente, ficariam para sempre perplexos por eles.

    Os vrios elementos do complicado problema da salvao para qualquer um dos filhos de

    Ado esto longe de estar esgotados naqueles j foram apontados. O homem foi feito para

    servir e glorificar a Deus. Em esprito, alma e corpo, em todas as suas faculdades e foras,

    em tudo o que foi dado e confiado a ele, ele no era seu prprio, mas em lugar de um servo.

    O mesmo era, igualmente, o caso com os anjos. Uma criatura e algum que em todos os

    aspectos est em sujeio ao seu Criador so termos conversveis. Mas a essa condio

    e posio a raa humana em Ado se revoltou, determinando ser como deuses, senhores

    sobre si mesmos. H algo disso em cada pecado: a preferncia da vontade prpria e rejei-

    o da vontade do Todo-Poderoso. Por sua insurreio, o homem caiu em completa escra-

    vido ao pecado e a Satans. A fim de libertar o pecador de seu cativeiro, era necessrio

    para qualquer libertador tomar a posio que o homem originalmente ocupou, ele deveria

    entrar no lugar de absoluta sujeio a Deus, subordinando inteiramente a sua prpria von-

    tade dEle, pois de nenhuma outra maneira poderia ser feita adequada compensao ao

    insultado governo de Deus, e os danos causados pelos nossos primeiros pais serem repa-

    rados. Mas, como qualquer ser incriado ocuparia a posio de uma criatura? Com que pro-

    priedade um possuidor de infinita dignidade e excelncia poderia sofrer tamanha humilha-

    o? Como poderia aquele que estava acima de toda a Lei, submeter-se Lei e prestar-

    lhe obedincia?

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    Mais uma vez, em seu estado original o homem no tinha nada, seno o que o Criador con-

    cedesse a ele. Feito do p da terra, ele era dotado de inteligncia e agncia moral, mas pa-

    ra serem empregadas no servio Divino. Ele tambm era dependente de seu Criador para

    cada movimento de sua respirao. Esse estado de necessidade e dependncia ele delibe-

    radamente abandonou, determinando enriquecer a si mesmo e assumir o domnio absoluto.

    Mas o seu terrvel crime trouxe sobre ele e todos a quem ele representava a perda de seus

    dons originais: ele perdeu a imagem de Deus, o seu direito s criaturas aqui abaixo, sua

    prpria alma. Consequentemente, qualquer salvador para ele deveria necessariamente ex-

    perimentar a degradao e a pobreza que o pecador tinha trazido sobre si mesmo, de modo

    que ele no teria aonde reclinar a cabea. Mas como essa experincia foi possvel para

    quem seria infinitamente rico em si mesmo, e em seu prprio direito? Desde que Ado re-

    presentava e agia em nome de todos aqueles a quem ele representava legalmente, segue-

    se que qualquer salvador no deveria servir em uma capacidade privada, mas como a cabe-

    a da aliana daqueles a quem ele devia resgatar. Finalmente, uma vez que Deus fez o pri-

    meiro homem senhor da terra, dando-lhe o domnio sobre todas as criaturas nela, cujo do-

    mnio ele perdeu na sua Queda, ento, um libertador deveria ser capaz de recuperar a pro-

    priedade perdida. Mas onde estava aquele que era capaz de comprar to vasta herana?

    As coisas que so impossveis aos homens so possveis a Deus (Lucas 18:27). A Onis-

    cincia encontrou uma soluo para todos os problemas que sempre haviam confundido

    as mentes dos homens. A Escritura lana no pouca nfase sobre isso. referida como a

    sabedoria de Deus, oculta em mistrio, a qual Deus ordenou antes dos sculos para nossa

    glria, ou seja, a nossa salvao (1 Corntios 2:7). Em mistrio denota aquilo que in-

    sondvel pela razo humana, incompreensvel para a capacidade finita, completamente

    escondido at que fosse Divinamente revelado, e, mesmo assim, para alm dos nossos po-

    deres de compreender plenamente. Em Efsios 1:8, somos informados de que: ele fez a-

    bundar para conosco em toda a sabedoria e prudncia. A palavra abundou tem a fora

    de jorrando, transbordando. chamado de toda a sabedoria, por sua excelncia. No foi

    um nico conceito ou ato, mas um conjunto de muitos excelentes fins e meios para a glria

    de Deus. sabedoria adicionada a prudncia: a primeira refere-se ao planejamento e-

    terno de um caminho, a prudncia refere-se ordenao de todas as coisas ao cumprimen-

    to dos conselhos ou propsitos de Deus; sabedoria na elaborao, a prudncia na execu-

    o. Em Efsios 3:10, isso designado como: a multiforme sabedoria de Deus por causa

    de sua complexidade e variedade; a salvao dos pecadores, a derrota de Satans, a plena

    revelao da Santssima Trindade, em suas diferentes pessoas, operaes separadas,

    aes combinadas e expresses de bondade; e por causa da vastido de sua extenso.

    Essa multiforme sabedoria de Deus, agora exibida diante dos anjos na redeno da Igreja,

    dita ser segundo o eterno propsito que fez em Cristo Jesus nosso Senhor (Efsios

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    3:11). O Filho eterno de Deus, predestinado a ser o mediador Deus-homem o grande me-

    io, capacidade e manifestao da oniscincia Divina e, portanto, Ele chamado de A Pala-

    vra de Deus (Apocalipse 19:13), e sabedoria de Deus (1 Corntios 1:24). Tornando a ns

    conhecido o mistrio da Sua vontade, segundo o Seu beneplcito, que propusera em Si

    mesmo, de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensao da plenitude dos

    tempos, tanto as que esto nos cus como as que esto na terra (Efsios 1:9-10). O mist-

    rio da vontade de Deus so os Seus conselhos referentes Sua prpria glria eterna na

    santificao e salvao da Igreja aqui na terra, para ser unida quela acima. A origem

    absoluta disso foi o Seu prprio prazer, ou a atuao soberana de Sua sabedoria e vontade.

    Mas tudo isso devia ser efetuado, em Cristo, o qual o apstolo repete duas vezes: Ele reuniu

    tudo naquele que a cabea, Cristo, ou seja, somente nEle.

    Assim, dito dele com respeito Sua futura encarnao e obra de mediao que O Se-

    nhor me possuiu no princpio de seus caminhos, desde ento, e antes de suas obras. Desde

    a eternidade fui ungida, desde o princpio, antes do comeo da terra (Provrbios 8:22-23).

    A eterna existncia pessoal do Filho de Deus estava nestas expresses... sem isso nenhu-

    ma dessas coisas poderiam ser afirmadas sobre Ele. Mas h uma relao de ambas, a Sua

    futura encarnao e a realizao dos conselhos de Deus por meio desta. Com relao a

    isso, Deus O possuiu no princpio de Seus caminhos, ungiu-O desde a eternidade. Deus O

    possua eternamente como a Sua sabedoria essencial, pois Ele sempre foi e sempre esteve

    no seio do Pai, no amor mtuo, inefvel do Pai e do Filho, no vnculo eterno do Esprito.

    Mas Ele notavelmente O possua no princpio de Seu caminho como a Sua sabedoria

    atuando na produo de todos os caminhos e obras que existem exteriormente nEle. O

    incio do caminho de Deus antes de Suas obras so os Seus conselhos que lhes dizem

    respeito, assim como os nossos conselhos so o incio de nossas maneiras com relao

    aos trabalhos futuros. E Ele O ungiu desde a eternidade como o fundamento de todos os

    conselhos de Sua vontade, e por meio de quem eles deveriam ser executados e cumpridos

    (John Owen).

    O oitavo captulo de Provrbios um captulo extremamente profundo, mas tambm mui

    abenoado. Nele, como o primeiro versculo demonstra, a voz da sabedoria ouvida falar.

    Que h uma pessoa que est ali em vista evidente, mais uma vez, a partir do versculo

    12: Eu, a sabedoria, habito com a prudncia, e versculo 17: Eu amo aos que me amam.

    Que esta uma pessoa Divina pode ser visto a partir do versculo 15: por mim reinam os

    reis. Mas igualmente claro a partir da linguagem dos versculos 24 e 25, fui gerada, e

    eu estava com Ele [o Pai]... perante Ele [versculo 30], que tais expresses no podiam

    ser predicadas ao Filho de Deus absolutamente, que co-eterno e co-igual com o Pai. No,

    sabedoria aqui deve ser entendida como o Filho enquanto Mediador Homem-Deus em

    suas duas naturezas, como o Algum ordenado para ser a encarnao da sabedoria de

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    Deus (1 Corntios 1:24). Quando Ele diz: O Senhor Me possuiu: princpio [no hebraico

    sem o no] de Seus caminhos, desde ento, e antes de suas obras, este o Mediador

    falando na subsistente aliana que Ele tinha diante de Deus antes que o universo fosse

    chamado unio com o Filho eterno, era o princpio (Apocalipse 1:8) dos caminhos do

    Deus Triuno, pois em todas as coisas Ele deve ter a preeminncia (Colossenses 1:18).

    O primeiro conselho de Deus relacionou-se ao Homem Cristo Jesus, pois Ele foi nomeado

    para ser no somente a cabea da Sua Igreja, mas o primognito de toda a criao (Colos-

    senses 1:15), Aquele a quem o Senhor dos Exrcitos indicou como o homem que o meu

    companheiro (Zacarias 13:7) foi predestinado para a graa da unio e da glria Divina. Na

    cabea [assim que est no grego] do livro est escrito de Mim (Hebreus 10:7). Sendo Ele

    o Objeto e Sujeito do decreto original de Deus. Nosso Redentor saiu do ventre de um de-

    creto desde a eternidade, antes que Ele sasse do ventre da virgem no tempo. Ele esteve

    escondido na vontade de Deus antes que Ele se manifestasse na carne de um Redentor.

    Ele era um Cordeiro que foi morto no propsito, antes que Ele fosse morto na Cruz. Ele foi

    possudo por Deus no princpio ou no incio de Seus caminhos (a Cabea de Suas obras),

    e ungido desde a eternidade para ter as Suas delcias entre os filhos dos homens (Char-

    nock). A pessoa do Deus-Homem Mediador foi a origem dos conselhos Divinos. Como tal,

    o Jeov Triuno possuiu ou abraou-o, como um Tesouro no qual todos os conselhos Divi-

    nos foram depositados, como um Agente eficaz para a execuo de todas as Suas obras.

    Cristo foi o primeiro Eleito de Deus (Isaas 42:1) e, em seguida, a Igreja foi escolhida nEle

    (Efsios 1:4).

    Desde a eternidade fui ungida [Provrbios 8:23]. Essa declarao diz respeito a Ele no

    essencialmente como Deus o Filho, mas economicamente como o Mediador: estabelecido

    ou, literalmente, ungido por uma constituio da Aliana e pela subsistncia Divina diante

    da mente de Deus. Antes de todos os mundos, no conselho de paz (Zacarias 6:13), Cristo

    foi designado e ungido com o Seu carter oficial. Antes que Deus planejasse criar qualquer

    criatura, Ele primeiro ungiu a Cristo como o grande Arquiteto e Origem. Ento eu estava

    com ele, e era seu arquiteto; era cada dia as suas delcias, alegrando-me perante ele em

    todo o tempo (Provrbios 8:30). No foi a complacncia do Pai na segunda Pessoa da

    Trindade (como tal) que est ali em vista, mas a Sua satisfao e alegria no Mediador, co-

    mo Deus O contemplou nas lentes de Seus decretos como o Repositrio de todos os Seus

    desgnios. A palavra hebraica para arquiteto tambm significa mestre construtor, e as-

    sim apresentado na Verso Revisada [da Bblia King James], quo abenoadamente isso

    descreveu Aquele que seria invocado para realizar o propsito do Pai! Em Seus pensamen-

    tos eternos e vises primitivas, o homem Cristo Jesus era o objeto do amor de Deus. Por

    Ele todas as coisas seriam criadas. Por meio dEle, vasos seriam formados para a Sua gl-

    ria. Por Ele, o grande remdio seria fornecido para as vtimas do pecado.

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    realmente lamentvel que to poucos do povo do Senhor estejam sendo instrudos nestas

    profundezas de Deus (1 Corntios 2:10), pois elas foram reveladas para sua edificao e

    consolao. O que temos procurado explicar em Provrbios 8 lana luz sobre outras passa-

    gens. Por exemplo, quantos leitores perplexos foram confundidos por Joo 6:62: Que seria,

    pois, se vsseis subir o Filho do homem para onde primeiro estava?. Em que sentido Ele

    estava no Cu como Homem antes que Ele se tornasse encarnado? Mas, ainda que ns

    sejamos ignorantes desta verdade maravilhosa, santos do Antigo Testamento no eram,

    como evidente a partir do Salmo 80:17: Seja a tua mo sobre o homem da tua destra,

    sobre o filho do homem, que fortificaste para ti. Embora o Homem Jesus Cristo ainda no

    tinha existncia histrica, Ele tinha uma subsistncia Pactual perante o Pai, como tomada

    em unio com a segunda Pessoa da Santssima Trindade. Como a f concede uma presen-

    te substncia (a palavra grega significa uma verdadeira subsistncia) no corao e

    mente do crente sobre as coisas que se esperam, a fim de que ele tenha um presente gozo

    de coisas ainda futuras, assim, na mente dEle diante de quem todas as coisas esto sempre

    presentes, Cristo como encarnado foi sempre uma realidade viva. Assim, quando Deus

    disse: Faamos o homem nossa imagem (Gnesis 1:26), a referncia final foi ao Deus-

    homem, que por excelncia a imagem do Deus invisvel (Colossenses 1:15).

    Faamos uma pausa aqui e admiremos e adoremos a gloriosa sabedoria de Deus, que en-

    controu um caminho para salvar o Seu povo, de uma forma que foi infinitamente apropriada

    e honrosa para Si prprio, e nos prostremos em admirao e adorao diante do Senhor

    Jesus, que, no obstante a vergonha e o sofrimento indizveis envolvidos nisso, agradou-

    Lhe fazer a vontade do Pai. A multiforme sabedoria de Deus vista em Sua escolha de Al-

    gum para ser a Cabea e Salvador da Igreja, em que Ele era em todos os aspectos ade-

    quado para desempenhar esse ofcio e obra, dotado de todas as qualificaes necessrias,

    e em que Ele era a nica Pessoa apropriada para isso. A sabedoria abundante de Deus foi

    demonstrada em Seu conhecimento de que Cristo era uma pessoa apta. Ningum, seno

    a prpria oniscincia poderia ter pensado sobre o querido Filho de Deus tornando-se o

    Redentor de pecadores merecedores do Inferno.

    Parte 3

    A escolha de Deus sobre a Pessoa que deveria ser o Restaurador de Sua honra, o Con-

    quistador de Satans, o Vitorioso sobre a morte, e o Libertador de Seu povo cado, foi uma

    escolha que nada, seno a prpria oniscincia fez. Quem, seno Aquele dotado de infinita

    sabedoria alguma vez teria pensado em selecionar o Seu Filho unignito para um empre-

    endimento to temvel? Pois, Cristo, como Deus, uma das Trs Pessoas eternas que foi

    ofendida pelo pecado, e contra quem os homens haviam se rebelado. Eles eram seus ini-

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    migos declarados, e dEle, eles mereciam infinita punio. Quem, ento, O conceberia como

    Aquele que ps Seu corao sobre miserveis depravados, que exerceria infinito amor e

    compaixo para com eles, estando disposto a prover um remdio todo-suficiente para todos

    os males deles? Mas quando essa escolha foi feita, dificuldades insuperveis pareciam per-

    manecer no caminho de sua realizao. Como era possvel para uma Pessoa Divina entrar

    no lugar de pecadores arruinados, vir sob a Lei e prestar-lhe perfeita obedincia, e assim

    elaborar uma justia perfeita para quem no tinha nenhuma? E como poderia ser possvel

    para o Ser Santo ser feito uma maldio, para o Senhor da glria sofrer a penalidade da

    Lei violada, para o Amado do Pai experimentar o fogo da ira Divina, para o Senhor da vida,

    morrer? Tais problemas como estes teriam desconcertado todos as inteligncias criadas.

    Mas a sabedoria Divina encontrou uma soluo.

    Em primeiro lugar, a multiforme sabedoria de Deus ordenou que Seu Filho amado seria

    constitudo o ltimo Ado, que, como Ele fez um pacto de obras com o primeiro homem que

    esteve na terra, assim Ele faria uma Pacto da Graa com o segundo homem, que o

    Senhor do cu. Que, como o primeiro Ado permaneceu como a cabea da aliana e repre-

    sentante federal de toda a sua posteridade, assim, este ltimo Ado ficaria como a Cabea

    pactual e representante de toda a Sua descendncia. Mas, como o primeiro Ado quebrou

    o Pacto de Obras e trouxe runa sobre todos aqueles que ele representava, portanto, este

    ltimo Ado deveria cumprir os termos do Pacto da Graa, e, assim, garantir a bem-aventu-

    rana eterna de todos em nome de quem Ele efetuou. Assim, um pacto foi firmado entre o

    Pai e o Filho, o Pai prometendo uma recompensa gloriosa sobre o cumprimento pelo Filho

    de todas as condies deste. Esta maravilhosa transao referida no Salmo 89:3-5: Fiz

    uma aliana com o meu escolhido, e jurei ao meu servo [o antitpico] Davi [que significa

    Amado], dizendo: A tua semente estabelecerei para sempre, e edificarei o teu trono de

    gerao em gerao (Sel). E os cus louvaro as tuas maravilhas, Senhor, a tua fideli-

    dade tambm na congregao dos santos. Essa passagem, como Provrbios 8, leva-nos

    de volta para os eternos conselhos de Deus, pois o Salmo 89:19 declara: Ento falaste em

    viso ao teu santo, e disseste: Pus o socorro sobre um que poderoso; exaltei a um eleito

    do povo, plenamente capaz de realizar Meus grandiosos e graciosos desgnios.

    Esse Pacto da Graa foi um compacto mtuo que foi voluntariamente assumido entre o Pai

    e o Filho, Aquele prometendo uma rica recompensa em troca do cumprimento dos termos

    acordados: o Outro solenemente comprometendo-se a desempenhar as suas estipulaes.

    Muitas so as Escrituras que falam de Cristo em conexo com o pacto. Em Isaas 42:6,

    ouvimos o Pai dizendo a Ele: Eu, o Senhor, te chamei em justia, e te tomarei pela mo, e

    te guardarei, e te darei por aliana do povo, e para luz dos gentios. Em Malaquias 3:1,

    Cristo designado o mensageiro da aliana porque Ele veio aqui para fazer conhecido o

    Seu contedo e proclamar as suas boas novas. Em Hebreus 7:22, Ele designado um

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    fiador de melhor aliana, em 9:15: o mediador de um novo testamento, enquanto em

    13:20 lemos sobre o sangue da aliana eterna. Nesse pacto, o Filho concordou em ser a

    Cabea dos eleitos de Deus, e fazer tudo o que era necessrio para a glria Divina e a

    garantia da bem-aventurana eternal deles. A isso, faz-se referncia em segundo o seu

    prprio propsito e graa que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos dos sculos

    (2 Timteo 1:9), uma relao federal, ento, subsistiu entre Cristo e a Igreja, embora a mes-

    mo no foi plenamente manifesta at que Ele Se encarnou. Foi, ento, que o Filho foi desig-

    nado para o ofcio de Mediador, quando Ele foi estabelecido ou ungido, quando foi gera-

    do a partir do decreto eterno (Provrbios 8:23-24) e concedido um pacto de subsistncia

    diante do Deus Triuno.

    Foi proposto e livremente pactuado que o Amado do Pai tomaria sobre Si a forma de servo

    e seria feito em semelhana da carne do pecado. Assim, quando veio a plenitude dos

    tempos, Ele foi nascido de mulher, tendo um esprito, alma e corpo humanos em unio

    perptua conSigo mesmo. Como o corpo de Ado foi feito de maneira sobrenatural a partir

    da terra virgem pela imediata mo de Deus, assim o corpo de Cristo foi sobrenaturalmente

    feito da substncia da Virgem pela operao imediata do Esprito Santo. Assim tambm a

    unio da alma e do corpo em Ado prefiguraram a unio Hiposttica de nossa natureza

    com o Filho de Deus, de forma que Ele no duas pessoas em uma, mas uma Pessoa com

    duas naturezas, no sendo estas naturezas confundidas, mas cada uma preserva as suas

    propriedades distintivas. Owen bem fez a observao: Sua concepo no ventre da Vir-

    gem, como integridade da natureza humana, foi uma operao milagrosa do poder Divino.

    Mas a preveno desta natureza de qualquer subsistncia de si mesma, por sua assuno

    unio pessoal com o Filho de Deus, em primeira instncia de sua concepo, aquela

    que est acima de todos os milagres, nem pode ser designada por esse nome. Isto mist-

    rio, assim, muito acima da ordem de todas as operaes da criao e providenciais, que

    transcende totalmente a esfera daqueles que so os maiores milagres. Nisto, Deus glorifica

    todas as propriedades da natureza Divina, agindo em uma maneira de infinita sabedoria,

    graa e condescendncia.

    Aquele que era o Senhor de todos, e no devia nenhum servio ou obedincia a qualquer

    um, sendo em forma de Deus e igual a Ele, desceu em uma condio de submisso absolu-

    ta. Como Ado deliberadamente abandonou o lugar de completa submisso a Deus, que

    era adequado sua natureza e adequado a Deus, aspirando por senhorio, assim o Filho

    de Deus deixou o estado de domnio absoluto que era Seu, por direito, e tomou sobre Si o

    jugo da servido. A descida do Filho envolveu muito maior humilhao para Si mesmo do

    que a glria da ascenso que o primeiro homem aspirava em seu orgulho. Como j foi mos-

    trado, esta auto-humilhao do Senhor da Glria a um estado de completa sujeio referi-

    da pelo apstolo em Hebreus 10:5, onde Cristo ouvido dizendo: corpo me preparaste.

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    Essas palavras so uma parfrase explicativa de os meus ouvidos abriste, a margem

    escavada no Salmo 40:6, o que por sua vez, remota a xodo 21:6, onde um estatuto foi

    nomeado para o efeito de algum que voluntariamente se entregou ao servio absoluto e

    perptuo, significava o mesmo que ter a orelha furada com uma sovela. Assim, Hebreus

    10:5, luz do Salmo 40:6 e xodo 21:6, implica que o corpo de Cristo foi preparado para

    Ele com o desgnio expresso de Seu servio absoluto a Deus nele.

    Por Sua assuno da natureza humana, Cristo no foi capacitado apenas para prestar su-

    jeio a Deus, mas Ele se tornou qualificado para servir como mediador entre Deus e os

    homens. Pois, necessrio que o mediador seja relacionado a ambas as partes que se re-

    conciliariam, e seja igual a cada uma delas, assim, um anjo no estaria qualificado para es-

    te ofcio, j que ele no possui nem a natureza Divina, nem a humana. Era necessrio que

    Cristo fosse homem de verdade, assim como Deus, a fim de realizasse a obra da redeno.

    Homem, para que Ele fosse suscetvel a sofrer, qualificado para oferecer a Si mesmo como

    um sacrifcio, e fosse capaz de morrer. Assim tambm a assuno da natureza humana

    capacitou a Cristo para ser um Substituto de Seu povo, a no somente agir em seu nome,

    mas em seu lugar e proveito. Verdadeiramente, tomar o lugar deles na Lei e prestar plena

    satisfao a esta, obedecendo seus preceitos e suportando a sua penalidade. Mas isso,

    por sua vez, exigiu que Ele fosse seu Fiador e Responsvel; ou seja, fosse to relacionado

    a eles de forma legal e federal que pudesse apropriadamente servir como seu Substituto.

    Como havia uma unidade federal e representativa entre o primeiro Ado e aqueles a quem

    Ele representava, ento deveria haver uma semelhante unidade entre o ltimo Ado e

    aqueles por quem Ele tratou, de forma que, como a culpa do primeiro foi cobrada na conta

    de sua posteridade, assim, a justia do ltimo fosse imputada a toda a sua descendncia.

    Ainda assim, a verdade sobre a posio que o Filho de Deus assumiu no se expressa ple-

    namente pelas declaraes acima. No suficiente dizer que Ele se tornou o seu Fiador e

    Substituto, mas temos de ir mais para trs e perguntar: O que foi aquilo que o fez cumprir

    isso, de forma que Ele tornou-se o Fiador e Responsvel de Seu Povo diante do ofendido

    Legislador e Juiz deles? E a resposta : Sua unio pactual. Cristo serviu como seu Fiador

    e Substituto porque Ele era um com eles e, portanto, Ele poderia e Ele assumiu e cumpriu

    todas as responsabilidades deles. Na Aliana da Graa Cristo disse ao Pai: Anunciarei o

    teu nome a meus irmos, Cantar-te-ei louvores no meio da congregao. E outra vez: Porei

    nele a minha confiana. E outra vez: Eis-me aqui a mim, e aos filhos que Deus me deu

    (Hebreus 2:12-13). Mais abenoadamente isto explicado no que se segue imediatamente:

    E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, tambm ele participou das mes-

    mas coisas, portanto, Ele no se envergonha de lhes chamar irmos. A Federao a raiz

    desta maravilhosa misericrdia, a identificao da chave que a destranca. Cristo no veio

    para os estranhos, mas para os Seus irmos: Ele assumiu a natureza humana, no a fim

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    de adquirir um povo para Si mesmo, mas para garantir um povo j era Seu (Efsios 1:4;

    Mateus 1:21).

    Uma vez que existia uma unio entre Cristo e Seu povo desde toda a eternidade, inevitav-

    elmente segue-se que quando Ele veio a esta terra, Ele tomou sobre Si as suas dvidas, e

    agora que Ele foi para o Cu, eles devem ser revestidos (Isaias 61:10), com todos os frutos

    de Sua perfeita obedincia. Isto muito mais do que uma questo tcnica de teologia, sen-

    do o pilar mais forte de todos nos muros da verdade que protegem a Expiao, embora seja

    algo atacado com mais frequncia e ferocidade por seus inimigos. Os homens tm argu-

    mentado que a punio do Inocente como se Ele fosse culpado foi um ultraje justia. No

    reino humano, punir uma pessoa por algo quando ela no responsvel nem culpada est

    fora de questo, injusto. Entretanto essa objeo invlida e totalmente intil em conexo

    com o Senhor Jesus, pois Ele voluntariamente adentrou no lugar e poro de Seu povo de

    um modo to ntimo que se pode dizer: Porque, assim o que santifica, como os que so

    santificados, so todos de um (Hebreus 2:1). Eles no so apenas um em natureza, mas

    tambm so to unidos diante de Deus e diante de Sua Lei a ponto de envolver a identifica-

    o das relaes jurdicas e as obrigaes e direitos recprocos: [...] pela obedincia de

    um muitos sero feitos [legalmente constitudos] justos (Romanos 5:19).

    Foi exigido do Fiador do povo de Deus que Ele no somente prestasse uma obedincia

    plena e perfeita aos preceitos da Lei, e, assim, fornecesse os meios meritrios da justifica-

    o deles, mas que Ele tambm efetuasse a plena satisfao dos pecados deles, por ter

    visitado sobre Si a maldio da Lei. Mas antes que a punio fosse infligida, a culpa dos

    transgressores deveria ser transferida para Ele, ou seja, os seus pecados deveriam ser

    judicialmente imputados a Ele. A esse concerto o Santo Ser consentiu voluntariamente, de

    modo que aquele que no conheceu pecado foi legalmente feito pecado por eles (2

    Corntios 5:21). Deus derramou sobre Ele a iniquidade de todos eles, e, em seguida, a

    espada da justia divina O feriu (Zacarias 13:7), exigindo a plena satisfao. Sem derrama-

    mento de sangue no h remisso. A remoo das transgresses, obtendo para ns o favor

    de Deus, a compra da herana celestial, exigiu a morte de Cristo. Aquilo que exigiu a pena

    de morte foi a culpa de nossos pecados; faa com que isto seja removido, e a condenao

    para ns se vai para sempre. Porm, como a culpa poderia ser removida? Apenas por

    sua transferncia a outro. A punio devida Igreja foi levada por seu Fiador e Substituto.

    Deus demandou dEle todos os pecados de Seus eleitos e procedeu contra Ele nesse

    sentido, visitando sobre Ele a Sua ira judicial.

    Quo maravilhosos so os caminhos de Deus! Como a morte foi destruda pela morte, a

    morte do Filho; assim, o pecado pelo pecado, o maior que j foi cometido a crucificao

    de Cristo afastou a si mesmo, tanto quanto o oriente est do ocidente [Salmos 103:2].

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    Porque Deus imputou as transgresses de Seu povo ao seu Fiador, Cristo foi condenado

    para que eles fossem absolvidos. Cristo tomou sobre Si as suas dvidas acumuladas e incal-

    culveis, e por Seu pagamento do mesmo, eles esto para sempre livres e absolvidos. Por

    meio de Seu precioso sangue todas as iniquidades deles foram expiadas, para que o

    desafio triunfante ressoe: Quem intentar acusao contra os escolhidos de Deus? (Ro-

    manos 8:33). Ao longo de Sua vida e por Sua morte Cristo esteve restaurando e reparando

    todos os prejuzos que os pecados da Igreja haviam feito manifesta glria de Deus. Deus

    agora perdoa os pecados de todos os que verdadeiramente creem em Cristo, porque a

    Deidade recebeu uma satisfao vicria, mas plena para eles na Pessoa de seu Substituto.

    Atravs de Cristo, eles so libertos da ira vindoura. Necessariamente assim, pois a aceita-

    o do sacrifcio do Cordeiro de Deus obteve a redeno eterna de todos por quem ele foi

    oferecido. Da forma como uma nuvem escura se esvazia sobre a terra e, em seguida, se

    derrete sob os raios do sol, assim, quando a tempestade do juzo Divino havia se esgotado

    sobre a cruz, nossos os nossos pecados desapareceram de diante da face de Deus, e

    fomos recebidos em Seu favor eterno.

    To maravilhosa foi a obra que o Filho encarnado realizou por Seu povo, ainda assim, algo

    mais ainda era necessrio a fim de fornecer um remdio completo para complexa runa de-

    les, pois, isto cobria apenas os aspectos jurdicos da punio deles. Um milagre da graa

    necessitava ser operado neles, a fim de torn-los experimentalmente prontos para glria

    eterna; sim, tal absolutamente indispensvel para adequ-los comunho com Deus

    nesta vida. Os Seus eleitos precisam ser vivificados e levados novidade de vida, sua inimi-

    zade contra Deus precisa ser destruda, suas trevas, dissipadas, suas vontades, libertadas,

    o amor ao pecado e o dio santidade tambm precisam retificados. Em uma palavra, eles

    precisavam experimentar uma mudana completa do corao, um princpio de graa ser

    comunicado a eles, e serem feitos novas criaturas em Cristo. Que milagre da graa reali-

    zado pelo Esprito Santo naqueles que so por natureza filhos da ira, como os outros tam-

    bm (Efsios 2:3). Mas quo pouco isso compreendido hoje; a insistncia disso tem qua-

    se desaparecido do plpito moderno, mesmo naqueles que se orgulham de serem ortodo-

    xos. A obra do Esprito na salvao dos pecadores no tem lugar no credo do membro de

    igreja normal, e onde isso nominalmente reconhecida, no possui nenhum peso real e

    no exerce nenhuma influncia prtica.

    Na maioria dos lugares onde o Senhor Jesus ainda formalmente tido como o nico Sal-

    vador, o ensino atual que Ele tornou possvel que os homens sejam salvos, mas que eles

    prprios devem decidir se querem ou no querem ser salvos; e, assim, a maior de todas as

    obras de Deus deixada na dependncia da inconstante vontade dos homens quanto a

    saber se ser um sucesso ou um fracasso. Estreitando o crculo para aqueles lugares onde

    ainda considerado que o Esprito tem uma misso e ministrio, em conexo com o Evan-

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    gelho, a ideia geral que prevalece que, quando a Palavra pregada com fidelidade, o Es-

    prito convence os homens do pecado e revela-lhes a sua necessidade de um Salvador;

    mas, alm disso, muito poucos esto dispostos a ir. A viso popular que o pecador tem

    que cooperar com o Esprito: que ele deve se entregar ao Seu esforo, ou ele no ser e

    no pode ser salvo. Mas um conceito to pernicioso e insultante a Deus repudia dois fatos

    cardinais: afirmar que o homem natural capaz de cooperar com o Esprito negar que ele

    est morto em delitos e pecados, pois um homem morto impotente para fazer algo de

    bom; enquanto dizer que as operaes especficas do Esprito no corao e na conscincia

    de um homem podem ser assim resistidas, como a frustrar seus esforos, negar a Sua

    onipotncia.

    O fato solene e intragvel , meu leitor, que se Esprito de Deus fosse retirado em suas

    operaes, nem uma nica pessoa na terra se beneficiaria salvificamente da obra redentora

    de Cristo. O homem natural como um inimigo de Deus e to obstinado em sua rebelio

    que ele no aprecia um Cristo santo, e continua se opondo ao Seu caminho de salvao

    at que seu corao seja divinamente renovado. Essa criminosa escurido e iluso que

    preenche toda a alma na qual reina o pecado no podem ser removidas por qualquer agen-

    te, seno por Deus o Esprito, por meio de Seu conceder um novo corao e iluminar a

    compreenso para que perceba a excessiva malignidade do pecado. De fato, h milhares

    de pessoas dispostas a responder ao erro fatal que os pecadores podem ser salvos sem

    lanar para baixo as armas de sua guerra contra Deus; que recebem a Cristo como seu

    Salvador, mas que no esto dispostos a renderem-se a Ele como seu Senhor. Eles gosta-

    riam de obter Seu descanso, mas eles recusam submeterem-se ao Seu jugo, sem o qual

    o Seu descanso no pode ser obtido. Suas promessas agradam a eles, mas os Seus pre-

    ceitos lhes so repulsivos. Eles acreditam em um Cristo imaginrio que adequado para a

    sua natureza corrupta, mas eles desprezam e rejeitam o Cristo de Deus. Como as multides

    do passado, eles esto satisfeitos com Seus pes e peixes, mas para o Seu exame de cora-

    o, mortificao da carne, ensino condenatrio do pecado, eles no tm apetite. Nada, se-

    no o poder milagroso do Esprito pode transform-los.

    O homem absoluta e totalmente avesso a tudo o que bom e direito. Porquanto a incli-

    nao da carne inimizade contra Deus, pois no sujeita Lei de Deus, nem, em verdade,

    o pode ser (Romanos 8:7). V atravs de toda a Escritura, e voc encontrar continuamen-

    te a vontade do homem descrita como sendo contrria s coisas de Deus. O que disse

    Cristo naquele texto tantas vezes citado pelo Arminiano para refutar a prpria doutrina que

    ele afirma claramente? O que Cristo disse queles que imaginaram que os homens viriam

    sem a influncia Divina? Ele disse, em primeiro lugar, Ningum pode vir a mim, se o Pai

    que me enviou o no trouxer [Joo 6:44], mas Ele disse algo mais severo: E no quereis

    vir a mim para terdes vida [Joo 5:40]. Aqui reside o erro mortal: no apenas ele impoten-

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    te para fazer o bem, mas ele poderoso o suficiente para fazer o que errado, e que sua

    vontade desesperadamente tendenciosa contra tudo o que certo. Homens no viro;

    voc no pode for-los por todos os seus troves, nem atra-los por todos os seus convites,

    at que o Esprito os atraia, eles no querem vir, nem o podem (Spurgeon).

    A multiforme sabedoria de Deus to evidente na tarefa oficial atribuda ao Esprito Santo,

    como na obra que o Filho foi comissionado a executar. Os milagres da regenerao e santi-

    ficao so to maravilhosos quanto a obedincia e sofrimentos, a morte e a ressurreio

    de Cristo foram; e o santo est to verdadeira e to profundamente em dvida para com um

    quanto para com o outro. Se foi um ato de maravilhosa condescendncia para Deus, que o

    Filho deixou a glria do Cu e assumiu para Si mesmo a natureza humana, igualmente foi

    para Deus, que o Esprito descesse a esta terra e fixasse morada em homens e mulheres

    cados; e se Deus assinalou a maravilha e a importncia de algum por poderosos prodgios

    e sinais, assim o fez em relao a este ltimo a msica do coro angelical (Lucas 2:13),

    com o seu homlogo no som do cu (Atos 2:2), a glria Shekinah (Lucas 2:9) nas ln-

    guas como que de fogo. Se ns admiramos as obras graciosas e poderosas de Cristo na

    purificao do leproso, fortalecendo o paraltico, dando viso aos cegos e dando vida aos

    mortos, no menos o Esprito deve ser adorado por Suas operaes sobrenaturais na vivifi-

    cao das almas mortas, na iluminao de suas mentes, libertando-os do domnio do peca-

    do, removendo a sua inimizade contra Deus, unindo-os a Cristo, e criando neles o amor

    santidade.

    De tudo o que esteve diante de ns, ser visto quo completo e perfeito o remdio que a

    graa e a sabedoria de Deus providenciaram para o Seu povo. Como eles estavam federal-

    mente em Ado, e, portanto, tinham responsabilidade pelo que ele fez, eles esto federal-

    mente em Cristo e, portanto, desfrutam de todos os benefcios de Sua obra meritria. Como

    eles estavam arruinados pela quebra de um pacto, assim, eles so restaurados pela guarda

    de outro. Como eles estavam eram culpados pela desobedincia de Ado, sendo cobrada

    em sua conta, assim eles so justificados diante do trono de Deus, porque a justia de seu

    Fiador imputada a eles. Como eles caram sob a maldio da Lei, estavam alienados de

    Deus e tornaram-se filhos da ira, por meio da redeno de Cristo, eles tm direito recom-

    pensa da Lei, reconciliados com Deus e restaurados ao seu favor. Como eles herdam uma

    natureza corrupta de sua primeira cabea, assim, eles recebem uma natureza santa de sua

    segunda Cabea. Em todos os aspectos, o remdio corresponde enfermidade.

    ORE PARA QUE O ESPRITO SANTO use este sermo para trazer muitos

    Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

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    10 Sermes R. M. MCheyne

    Adorao A. W. Pink

    Agonia de Cristo J. Edwards

    Batismo, O John Gill

    Batismo de Crentes por Imerso, Um Distintivo

    Neotestamentrio e Batista William R. Downing

    Bnos do Pacto C. H. Spurgeon

    Biografia de A. W. Pink, Uma Erroll Hulse

    Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

    Doutrina da Eleio

    Cessacionismo, Provando que os Dons Carismticos

    Cessaram Peter Masters

    Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepo da

    Eleio A. W. Pink

    Como Ser uma Mulher de Deus? Paul Washer

    Como Toda a Doutrina da Predestinao corrompida

    pelos Arminianos J. Owen

    Confisso de F Batista de 1689

    Converso John Gill

    Cristo Tudo Em Todos Jeremiah Burroughs

    Cristo, Totalmente Desejvel John Flavel

    Defesa do Calvinismo, Uma C. H. Spurgeon

    Deus Salva Quem Ele Quer! J. Edwards

    Discipulado no T empo dos Puritanos, O W. Bevins

    Doutrina da Eleio, A A. W. Pink

    Eleio & Vocao R. M. MCheyne

    Eleio Particular C. H. Spurgeon

    Especial Origem da Instituio da Igreja Evanglica, A

    J. Owen

    Evangelismo Moderno A. W. Pink

    Excelncia de Cristo, A J. Edwards

    Gloriosa Predestinao, A C. H. Spurgeon

    Guia Para a Orao Fervorosa, Um A. W. Pink

    Igrejas do Novo Testamento A. W. Pink

    In Memoriam, a Cano dos Suspiros Susannah

    Spurgeon

    Incomparvel Excelncia e Santidade de Deus, A

    Jeremiah Burroughs

    Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvao

    dos Pecadores, A A. W. Pink

    Jesus! C. H. Spurgeon

    Justificao, Propiciao e Declarao C. H. Spurgeon

    Livre Graa, A C. H. Spurgeon

    Marcas de Uma Verdadeira Converso G. Whitefield

    Mito do Livre-Arbtrio, O Walter J. Chantry

    Natureza da Igreja Evanglica, A John Gill

    OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

    Sola Scriptura Sola Fide Sola Gratia Solus Christus Soli Deo Gloria

    Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a

    John Flavel

    Necessrio Vos Nascer de Novo Thomas Boston

    Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A C. H.

    Spurgeon

    Objees Soberania de Deus Respondidas A. W.

    Pink

    Orao Thomas Watson

    Pacto da Graa, O Mike Renihan

    Paixo de Cristo, A Thomas Adams

    Pecadores nas Mos de Um Deus Irado J. Edwards

    Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural

    Thomas Boston

    Plenitude do Mediador, A John Gill

    Poro do mpios, A J. Edwards

    Pregao Chocante Paul Washer

    Prerrogativa Real, A C. H. Spurgeon

    Queda, a Depravao Total do Homem em seu Estado

    Natural..., A, Edio Comemorativa de N 200

    Quem Deve Ser Batizado? C. H. Spurgeon

    Quem So Os Eleitos? C. H. Spurgeon

    Reformao Pessoal & na Orao Secreta R. M.

    M'Cheyne

    Regenerao ou Decisionismo? Paul Washer

    Salvao Pertence Ao Senhor, A C. H. Spurgeon

    Sangue, O C. H. Spurgeon

    Semper Idem Thomas Adams

    Sermes de Pscoa Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

    Owen e Charnock

    Sermes Graciosos (15 Sermes sobre a Graa de

    Deus) C. H. Spurgeon

    Soberania da Deus na Salvao dos Homens, A J.

    Edwards

    Sobre a Nossa Converso a Deus e Como Essa Doutrina

    Totalmente Corrompida Pelos Arminianos J. Owen

    Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

    Propsitos de Cristo na Instituio de Sua Igreja J.

    Owen

    Supremacia e o Poder de Deus, A A. W. Pink

    Teologia Pactual e Dispensacionalismo William R.

    Downing

    Tratado Sobre a Orao, Um John Bunyan

    Tratado Sobre o Amor de Deus, Um Bernardo de

    Claraval

    Um Cordo de Prolas Soltas, Uma Jornada Teolgica

    no Batismo de Crentes Fred Malone

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    2 Corntios 4

    1 Por isso, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos foi feita, no desfalecemos;

    2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, no andando com astcia nem

    falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos conscincia de todo o homem,

    na presena de Deus, pela manifestao da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho est

    encoberto, para os que se perdem est encoberto. 4 Nos quais o deus deste sculo cegou os

    entendimentos dos incrdulos, para que lhes no resplandea a luz do evangelho da glria

    de Cristo, que a imagem de Deus. 5 Porque no nos pregamos a ns mesmos, mas a Cristo

    Jesus, o Senhor; e ns mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

    que disse que das trevas resplandecesse a luz, quem resplandeceu em nossos coraes,

    para iluminao do conhecimento da glria de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porm,

    este tesouro em vasos de barro, para que a excelncia do poder seja de Deus, e no de ns. 8 Em tudo somos atribulados, mas no angustiados; perplexos, mas no desanimados.

    9 Perseguidos, mas no desamparados; abatidos, mas no destrudos;

    10 Trazendo sempre

    por toda a parte a mortificao do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

    se manifeste tambm nos nossos corpos; 11

    E assim ns, que vivemos, estamos sempre

    entregues morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste tambm na

    nossa carne mortal. 12

    De maneira que em ns opera a morte, mas em vs a vida. 13

    E temos

    portanto o mesmo esprito de f, como est escrito: Cri, por isso falei; ns cremos tambm,

    por isso tambm falamos. 14

    Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitar

    tambm por Jesus, e nos apresentar convosco. 15

    Porque tudo isto por amor de vs, para

    que a graa, multiplicada por meio de muitos, faa abundar a ao de graas para glria de

    Deus. 16

    Por isso no desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

    interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

    Porque a nossa leve e momentnea tribulao

    produz para ns um peso eterno de glria mui excelente; 18

    No atentando ns nas coisas

    que se veem, mas nas que se no veem; porque as que se veem so temporais, e as que se

    no veem so eternas.

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