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Nome do autor
TÍTULO DO PROJETO
Projeto de pesquisa apresentado ao prof.
___________ como requisito parcial para a
obtenção de nota na disciplina ___________ do
curso de ___________ das Faculdades Integradas de Patos – FIP.
Orientador(a):
Pato
Pró-Reitoria de Graduação
Curso de Educação Física
Trabalho de Conclusão de Curso – TCC II
A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL EM
FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA TELEMONT, NA PREVENÇÃO
DA LER/DORT.
Autora(s): Hélen Monteiro de Souza e Ellen Oliveira Bezerra
Orientador: Esp. Waldir Delgado Assad
Brasília - DF
2014
HÉLEN MONTEIRO DE SOUZA
ELLEN OLIVEIRA BEZERRA
A IMPORTÂNCIA DA GINASTICA LABORAL EM
FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA TELEMONT, NA
PREVENÇÃO DA LER/DORT.
Artigo apresentado ao curso de graduação em
Educação Física da Universidade Católica de
Brasília, como requisito parcial para obtenção
do Título de Bacharelado em Educação Física.
Orientador: Esp. Waldir Delgado Assad
Brasília
2014
Artigo de autoria(s) Hélen Monteiro de Souza , Ellen Oliveira Bezerra intitulada “A
Importância Da Ginastica Laboral Em Funcionários Da Empresa Telemont, Na Prevenção Da
Ler/Dort”, apresentada como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharelado em
Educação Física da Universidade Católica de Brasília, em 12 de Junho de 2014, defendida e
aprovada pela banca examinadora abaixo assinada:
_____________________________________________________
Esp. Waldir Delgado Assad
Orientador
Educação Física - UCB
_____________________________________________________
Msc. Nilza Maria do Valle Pires Martinovic
Avaliadora
Educação Física - UCB
Brasília
2014
4
A IMPORTÂNCIA DA GINÁSTICA LABORAL EM FUNCIONÁRIOS
DA EMPRESA TELEMONT, NA PREVENÇÃO DA LER/DORT.
Souza, Hélen.
Bezerra, Ellen.
RESUMO
O presente estudo trata de uma avaliação do programa de ginástica laboral de uma
empresa de telecomunicação do estado do Distrito Federal. O objetivo deste trabalho é
analisar a importância da Ginástica Laboral como indicador preventivo do fenômeno
LER/DORT no setor empresarial em prol do bem-estar do funcionário bem como verificar
segundo a percepção dos trabalhadores, se a prática da ginástica laboral contribui para a sua
saúde e a prevenção da LER/DORT, avaliando também se a prática da ginástica laboral
influencia para adoção de um estilo de vida saudável. A amostra foi composta por 20 (vinte)
trabalhadores de ambos os sexos e faixa etária, selecionados aleatoriamente. Foi aplicado um
questionário a estes trabalhadores que participam do programa de ginástica laboral. Os
resultados apontam para a confirmação de que o programa de ginástica laboral desenvolvido
há três anos na empresa proporciona aos seus funcionários administrativos e operacionais
melhoria no seu desempenho funcional e também para mudanças em alguns aspectos do estilo
de vida, como a prática de exercícios, nível de estresse, alimentação e lazer. Ao final do
trabalho verifica-se que o investimento em programas de qualidade de vida oferece benefícios
tanto para o funcionário como para a empresa, que contará com bons serviços prestados e
satisfação do cliente. Assim, conclui-se que a ginástica laboral, enquanto uma atividade física
e uma qualidade de vida é um investimento que precisa cada vez mais ser fortalecido e
implantado por muitos segmentos da sociedade.
Palavras chaves: Educação Física; Ginástica Laboral; Bem-estar; LER/DORT.
INTRODUÇÃO
Há algum tempo tem se falado muito sobre a Ginástica Laboral (G.L), onde a
princípio era denominada “ginástica de pausa para operários”. As primeiras manifestações de
atividades físicas em empresas têm mais de 100 anos, onde os registros informam que a
ginástica ocorreu em 1925, na Polônia, no qual também foi aderida por outras localidades
como a Holanda, Rússia, Bulgária, Alemanha, etc. Já no Brasil, suas primeiras manifestações
foram registradas em 1901, mas sua proposta só foi publicada em 1973 (BERGAMASCHI,
2004).
Silva Netto (2000) coloca que a G.L teve origem no Japão em 1928, sendo aplicada
diariamente, em funcionários dos correios visando à descontração e o cultivo da saúde. Após
a Segunda Guerra Mundial, o hábito foi difundido por todo o Japão.
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Por G.L, pode-se entender como uma modalidade de exercícios físicos destinados
aos trabalhadores, com o objetivo de amenizar as lesões causadas por esforços repetitivos e
distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho onde os funcionários são direcionados à
prática de ginástica através de exercícios físicos, alongamentos, relaxamento muscular
e flexibilidade das articulações (OLIVEIRA, 2006).
De acordo com Castro (2007), G.L nada mais é do que a combinação de algumas
atividades físicas que tem como característica comum, melhorar sob o aspecto fisiológico, a
condição física do indivíduo em seu trabalho. Emprega exercícios de fácil execução que são
realizados no próprio local de trabalho que contribuirão para um melhor condicionamento,
desempenho físico, concentração e um melhor posicionamento frente aos postos de trabalho.
A G.L é um programa executado somente por profissionais registrados da Educação
Física ou representantes destes profissionais, que vão às empresas diariamente realizar uma
série de exercícios elaborados. (REVISTA DO CONFEF, 2004).
Esta atividade tem como objetivo a saúde dos trabalhadores em seu local de trabalho,
através de exercícios físicos. O desenvolvimento desta atividade pode trazer a empresa e ao
funcionário o total sucesso empresarial devido ao menor índice de afastamento por doenças
diversas (BERGAMASCHI, 2004).
Marquesini e Pagliari (2002) coloca que há três tipos de G.L:
1. Preparatória: Ginástica com duração geralmente de 5 a 10 minutos realizada
antes do início da jornada de trabalho. Tem como objetivo principal preparar o funcionário
para sua jornada de trabalho, aquecendo os grupos musculares que serão utilizados nas suas
tarefas e despertando-os para que se sintam mais dispostos ao iniciar o trabalho.
2. Compensatória: Ginástica com duração geralmente de 10 minutos, realizados
durante a jornada de trabalho, interrompendo a monotonia operacional e aproveitando pausas
para executar exercícios específicos de compensação aos esforços repetitivos e às posturas
inadequadas utilizadas nos postos operacionais.
3. Relaxamento: Ginástica com duração geralmente de 10 minutos, baseada em
exercícios de alongamento realizados após o expediente, com o objetivo de oxigenar as
estruturas musculares envolvidas na tarefa diária, evitando o acúmulo de ácido láctico e
prevenindo as possíveis instalações de lesões.
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Para Polito e Bergamaschi (2004) na Revista do Conselho Federal de Educação
Física (CONFEF), existe dois tipos de G.L:
Preparatória: é realizada antes ou logo nas primeiras horas do início
do trabalho. Na maioria das vezes não é possível implantar em todos os
setores antes de iniciar a jornada, mas logo no seu início e isso não
descaracteriza como preparatória. Ela é constituída de aquecimentos e ou
alongamentos específicos para determinadas estruturas exigidas. O objetivo é
aumentar a circulação sanguínea, lubrificar e aumentar a viscosidade das
articulações e tendões. Geralmente tem duração de 5 a 10 minutos.
Compensatória: é realizada no meio da jornada de trabalho, como uma pausa
ativa para executar exercícios específicos de compensação. Praticada junto às
máquinas, mesas do escritório e eventualmente no refeitório ou em espaço
livre, utilizando exercícios de descontração muscular e relaxamento, visando
diminuir a fadiga e prevenir as enfermidades profissionais crônicas (POLITO
E BERGAMASCHI, 2004 p. 4 - 11).
No entanto Santos (2013) classifica a G.L em quatro tipos principais:
Ginástica Laboral Compensatória
Exercícios físicos praticados durante o expediente de trabalho, normalmente
aplicando-se uma pausa ativa de 3 a 4 horas após o início do expediente, tendo como objetivo
aliviar a tensões e fortalecer os músculos do trabalhador.
Ginástica Laboral de Relaxamento
Indicada principalmente em trabalhos com excesso de carga horária ou em serviços
de cunho intelectual. Praticada ao final do expediente, tem como objetivo relaxar o corpo e,
especificamente, extravasar tensões das regiões que acumulam mais tensão.
Ginástica Laboral Corretiva
Visa combater e, principalmente, atenuar as consequências decorrentes de aspectos
ergonômicos inadequados ao ambiente de trabalho, com exercícios que visam fortalecer os
músculos fracos e alongar os músculos encurtados com a finalidade de recuperar casos graves
de lesões, de limitações e de condições ergonômicas.
Ginástica Laboral Preparatória
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São exercícios realizados antes da jornada de trabalho, com objetivo principal de
preparar o indivíduo para o início do trabalho, aquecendo os grupos musculares utilizados em
suas tarefas, despertando-os para que se sintam mais dispostos.
Vivenciar esta prática traz ao funcionário a segurança do recebimento de um
fundamental apoio na sua qualidade de vida por parte da empresa. Onde, além das orientações
adequadas para a realização de atividade física, tenham também a motivação e consciência de
que ele mesmo pode dar continuidade aos exercícios, tornando-se responsável pelo cuidado
do seu bem-estar pessoal e profissional.
Carvalho (2003) define os benefícios que se constroem de cada lado.
Na empresa:
a) Diminuir os problemas de saúde no trabalhador é sinônimo de aumento de
produtividade na empresa.
b) Essa afirmativa pode ser verificada de diversas formas, mas os principais pontos
notados são a diminuição na ocorrência de faltas ao trabalho por motivos médicos e também
a diminuição dos acidentes de trabalho.
Portanto, se por um lado o fator de sofrimento humano é significativamente
reduzido, por outro lado a empresa é beneficiada ao promover programas orientados de
Ginástica Laboral.
Há estatísticas citando um retorno de 3 a 5 vezes sobre a verba aplicada por uma
empresa em um programa de ginástica e hábitos de saúde, considerando faltas, encargos
sociais e outros fatores relacionados à saúde afetando a produtividade da empresa.
Para o trabalhador:
Os benefícios dependem diretamente do tipo de trabalho realizado. A maioria dos
exercícios diminui o efeito da solicitação constante do músculo a que é submetido um
trabalhador ao executar determinada tarefa, seja ela uma tarefa física ou não.
Desse modo o trabalhador que utiliza de seus músculos para manejar instrumentos,
ferramentas ou produtos podem ser beneficiados por um programa de atividades para
trabalhadores braçais. Por exemplo, trabalhadores em uma linha de montagem de uma fábrica
necessitam de exercícios específicos para os grupos musculares utilizados para que não ocorra
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lesão muscular por contínua utilização, similar, por exemplo, a lesão de um atleta ao final de
uma competição extrema, afinal, a jornada de trabalho pode durar até mais de 10 horas, na
maioria das vezes.
Por outro lado, trabalhadores administrativos como digitadores, secretárias,
atendentes, etc. são acometidos de problemas posturais, musculares ou visuais. Assim, um
bom programa de atividades para trabalhadores administrativos ajudará a diminuir lesões por
tais fatores.
Cardoso (1996) relata que nos Estados Unidos, por exemplo, a mineradora Kennecott
Cooper contabilizou para cada dólar investido no programa de atividade física, em 1966, um
retorno de outros seis dólares na forma de aumento de produtividade ou economia de dinheiro
que seria gasto em tratamento de doenças ocupacionais.
Considera-se que a G.L além de oferecer uma melhora na qualidade de vida do
funcionário, traz ainda uma série de fatores positivos como a redução do estresse, uma
melhora no sedentarismo diário, uma melhora no desempenho funcional e também se encaixa
como um preventivo nas Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e Distúrbios Osteomusculares
Relacionados ao Trabalho (DORT), dentre outros diversos fatores provocados pelo trabalho
contínuo e a falta de exercícios físicos no seu cotidiano (OLIVEIRA, 2006).
Teixeira (2001) coloca que as Lesões por Esforço Repetitivo (LER) ou os Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são os nomes dados às afecções de
músculos, de tendões, de sinoviais (revestimento das articulações), de nervos, de fáscias
(envoltório dos músculos) e de ligamentos, isoladas ou combinadas, com ou sem degeneração
de tecidos. Elas atingem principalmente, porém não somente os membros superiores, a região
escapular (em torno do ombro) e a região cervical. Têm origem ocupacional, decorrendo (de
forma combinada ou não) do uso repetido ou forçado de grupos musculares e da manutenção
de postura inadequada.
Cristiane (2009) coloca que existem algumas controvérsias entre profissionais e
estudiosos a respeito da linguagem e da diferenciação entre LER e DORT. Para começar, as
LER/DORT não representam uma doença, e sim um conjunto heterogêneo de afecções do
sistema músculo esquelético relacionado ao trabalho, diz ainda que a LER pode não estar
diretamente relacionadas ao contexto ocupacional, como no caso de uma criança que passa
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muito tempo jogando no computador ou em videogames, com movimentos repetitivos e
postura inadequada (o que pode causar lesões de estruturas nervosas e musculoesqueléticas).
Segundo Novaes (2014) a melhor definição de Lesões por Esforços Repetitivos -
LER é de uma "síndrome clínica", caracterizada por dor crônica, acompanhada ou não por
alterações específicas como inflamação, e que se manifesta devido à repetição do mesmo
movimento em uma frequência elevada ou fora do eixo normal. Nestes casos específicos
a LER se equiparará à DORT, permitindo a correlação do quadro clínico com a atividade
ocupacional efetivamente desempenhada pelo trabalhador. Este princípio básico da inter-
relação entre trabalho e lesão serviu de base para nova terminologia Distúrbios
Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT), nestes casos, equiparando-os a LER.
Estima-se que o trabalho contínuo em uma mesma atividade durante horas, pode
causar alguns problemas à saúde de qualquer trabalhador. Tendo em vista que esse fator
ocorre com os empregados, com o objetivo de aumentar a produtividade,
os trabalhadores empenham-se em serem bons profissionais e se esquecem de cuidar da saúde
física e mental.
Atualmente, não continua competitiva no mercado a empresa que
não se volta à qualidade de vida de seus funcionários, visto que a
produtividade é diretamente proporcional à saúde do indivíduo. E é no
âmbito de se promover saúde mental, amenizando o estresse, e física,
combatendo os males como sedentarismo e esforços repetitivos que a
tecnologia proporciona, é que a ginástica laboral tem sido uma importante
alavanca nesse processo (PAGLIARI, 2002 p.75).
Segundo Martins (2000), a G.L está entrando cada vez mais em nosso espaço de
trabalho, aonde tanto ganha o trabalhador, quanto o empresário (que vinha apresentando
resistência com o programa), procurando cada vez mais melhorar a qualidade de vida dos
trabalhadores, onde certamente os empresários lucram com o aumento da produtividade e
diminuição do absenteísmo.
A G.L quando bem orientada, oferece vários benefícios tanto para as empresas como
para os funcionários. Tendo em vista que a ginástica laboral como prevenção, pode alcançar
resultados positivos, sendo esta de extrema importância para este estudo, passasse a
questionar se existe diferença nos resultados da ginástica laboral quando implantada pela
empresa com o objetivo de uma melhor qualidade de vida do trabalhador.
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O presente estudo tem por objetivo analisar a influência da G.L como indicador
preventivo do fenômeno LER/DORT no setor empresarial em prol do bem-estar do
funcionário bem como verificar segundo a percepção dos trabalhadores, se a prática da
ginástica laboral contribui para a sua saúde e a prevenção da LER/DORT, avaliando também
se a prática da ginástica laboral influência para adoção de um estilo de vida saudável.
METODOLOGIA
Para a realização do presente estudo foi realizada uma pesquisa de campo, de caráter
investigativo, com características quantitativas e qualitativas, buscando analisar através de
questionário a importância da G.L como preventivo do fenômeno LER/DORT no setor
empresarial em prol do bem estar dos colaboradores.
Após a coleta foi feita a análise estatística destes dados, contidas no instrumento de
mediadas, por meio dos valores percentuais das respostas dos colaboradores.
POPULAÇÃO E AMOSTRA
A População deste estudo foi formada por trabalhadores da empresa TELEMONT
Engenharia de Telecomunicações S.A, localizada Trecho 4 Módulo nº 1.930 – Zona
Industrial Guará da cidade de Brasília/DF, participantes do programa de Ginástica Laboral,
oferecido a estes colaboradores como benefício de uma melhor qualidade de vida. Participam
do programa, um número aproximado de 200 (duzentos) funcionários. A amostra foi formada
por 20 pessoas de ambos os sexos e faixa etária, selecionados aleatoriamente.
INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS
O instrumento escolhido foi um questionário estruturado, já validado e desenvolvido
por Pereira A. (2003), com 30 questões, sendo 29 fechadas e 01 aberta, pré-selecionadas, que
avaliaram o bem estar físico e funcional dos indivíduos praticantes da ginástica laboral.
A aplicação foi feita pelas próprias pesquisadoras durante as atividades na empresa,
onde os participantes da amostra respondiam ao questionário no local de coleta, não sendo
possível levar o mesmo para casa. Este estudo contou com o uso de materiais de apoio, tais
como canetas esferográficas, uma sala com carteiras e o próprio instrumento de estudo
denominado aqui questionário. Antes de proceder qualquer etapa, os participantes assinaram
um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
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Foi realizado um contato com os gestores da empresa, a fim de investigar o número
de funcionários, bem como sua participação nas atividades ofertadas pela própria empresa,
com ênfase na G.L. Os indivíduos que estavam dentro dos critérios de inclusão desta pesquisa
poderiam ser convidados a participar da coleta de dados, onde os funcionários selecionados
responderam ao questionário, que tem características subjetivas e finalidades qualitativas,
realizado para obter informações sobre a histórica qualidade de vida por indivíduos da G.L (se
apresentaram alguma melhora de desempenho nas tarefas diárias pré-estabelecidas).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para o entendimento dos benefícios que a G.L pode trazer quando aplicada aos
colaboradores de uma empresa, a pesquisa contou com um número de 20 (vinte) participantes,
sendo que 55% eram do sexo feminino e 45% do sexo masculino com idade entre 20 e 50
anos. Todos os participantes eram atuantes na empresa sendo que, em relação ao tempo de
trabalho na instituição, 45% dos colaboradores trabalhavam há até 1 ano; 30% trabalhavam de
1 a 2 anos; 15%, de 2 a 5 anos; 10%, de 5 a 10 anos. Quanto à lotação do setor, 60% exerciam
função administrativa; 40% operacional, contando ainda com uma jornada de trabalho onde
75% dos participantes trabalhavam 8 horas diárias; 15% trabalhavam 10 horas diárias e 10%
trabalhavam 12 horas diárias. Referente aos hábitos dos colaboradores, 5% era fumante e 95%
eram não fumantes.
Em relação à participação no programa de G.L, 30% dos participantes disseram que
participam do programa a menos de 6 meses; 15% estão neste programa por média de 6 meses
a 1 ano e 55% participam da G.L a mais de 1 ano. O nível de escolaridade apresentado pelos
respondentes está concentrado nos 45% que concluíram o 2º grau; em seguida naqueles 35%
que não concluíram o 3º grau; 10% que tem apenas o 1º grau e 10% que apresenta o 2º grau
incompleto, não sendo computado nenhum dado para o nível superior e pós-graduação.
Essencialmente todas as atividades profissionais que exijam esforço repetitivo,
quando realizado em grande intensidade, podem desencadear um quadro de LER/D.O.R.T.
sendo comuns em bancários, digitadores, datilógrafos, telefonistas, trabalhadores em áreas de
montagem onde a produção acelerada é exigida (MARTINS, 2000 aput LECH et al., (1998, p.
119)). Diante disso, serão apresentados os resultados obtidos com as respostas sobre o
programa da G.L e a participação e benefícios do mesmo. Segue abaixo a tabela apresentada
com os resultados e os demais questionamentos e pertinências abordadas pelos autores:
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Relacionam-se às Considerações Iniciais, os itens de 1 a 5 citados e dados conforme
na Tabela 1, seguem abaixo as discussões de cada questão:
Tabela 1 – Percentual de considerações iniciais.
TABELA 1
ITENS: CONSIDERAÇÃO INICIAL SIM NÃO
Item 1 “O regime da escala de serviço adotada pela
empresa possibilita a sua participação nas aulas de
GL?”
100% 0%
Item 3 “Você teve resistência em participar das aulas
de GL?”
40% 60%
Item 4 “Você considera que a duração da aula de GL
atende as suas necessidades?”
35% 65%
Item 5 “Você sente dificuldade na realização das
atividades diárias no seu trabalho?”
5% 95%
O item 1, apresentado na Tabela 1 obteve os seguintes dados: 100% dos
colaboradores responderam que a escala de trabalho possibilita a participação no programa de
G.L oferecido, o que corrobora com a leitura consultada, que afirma que a qualidade de vida
dos funcionários adeptos da ginástica laboral, proporciona um profissional mais disposto para
o trabalho. Lima DG (2003) acredita que a ginástica laboral proporciona aos colaboradores o
aumento da disposição para as atividades pessoais e profissionais.
Segundo o mesmo autor, a especificidade das atividades consistentes na prática de
exercícios físicos específicos durante o expediente de trabalho, onde o relaxamento e
alongamento muscular terão a finalidade de prevenir sintomas provenientes de doenças
ocupacionais, como os distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT) os quais
podem ser caracterizados por encurtamentos e estiramentos musculares, tendinites,
lombalgias, etc., e a manutenção do bem-estar físico e mental por meio de atividades variadas,
podem ser realizadas antes do expediente de trabalho, considerada Ginástica Laboral
Compensatória, durante o trabalho, caracterizada como Ginástica de Pausa e após as
atividades laborais, denominada Ginástica de Relaxamento.
No entanto, Silva e Marchi (1997) ressaltam dois dos principais desafios dentre
outros diversos que podem ser utilizados nas empresas. O primeiro se relaciona à necessidade
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da força em um trabalho saudável, onde a motivação e preparação são pontos cruciais
existentes em uma competição extremamente atuante. O segundo ponto é a capacidade da
empresa em responder à demanda de seus funcionários em relação a uma melhor qualidade de
vida. Estas variáveis, segundo os autores, estão profundamente interligadas e acabam
induzindo as empresas a investir mais na contratação destes programas de qualidade de vida.
Dentro do trabalho a qualidade de vida se encontra também nos aspectos
relacionados à satisfação e disposição para o trabalho, que dependem diretamente da
realização do profissional, relacionamento com os colegas de trabalho e estado emocional.
Então a qualidade de vida no trabalho é medida pelo grau de satisfação das pessoas no
trabalho (POLITO, 2002).
Observa-se no item 3 conforme descrito na Tabela 1, que a grande maioria
pesquisada relatou ter tido resistência em participar das aulas. No entanto é de total
significância o número de pessoas que não apresentaram resistência à prática deste exercício
físico (60%). Isso nos mostra o grau de conscientização que estes funcionários vivem ao
cuidar de sua saúde, mesmo não sendo o bastante, faz-se necessário adequar esse fato às
condições ideais de vida que devem ser ofertadas aos demais (40%) que apresentaram essa
resistência. O que nos motiva mais a mostrarmos a importância do nosso trabalho, contudo
por outro lado é bom saber que um pouco mais da metade da população pesquisada esta
preocupada com sua saúde utilizando-se da pratica da G.L.
Diante do percentil de 40%, Ávila (2014) enfatiza a resistência de alguns
trabalhadores perante a prática. Observa-se na tentativa de reverter esse quadro, que as
empresas buscam estratégias bem estruturadas para garantir a motivação e,
consequentemente, uma maior participação voluntária com o intuito de reverter esse quadro
de desmotivação e melhorar ainda mais a qualidade de vida dos trabalhadores. Tanaka (2007)
considera que a atitude do trabalhador ao praticar atividade física é positiva se em relação ao
seu comportamento. Esta prática deve ser livre e voluntária, contribuindo também, nos
aspectos sociais como as relações entre funcionários.
Araújo (2009) ressalta que a realização de exercícios físicos, alongamentos,
relaxamento muscular e flexibilidade das articulações, é uma prática coletiva composta pela
G.L, promovendo a descontração e a interação entre os colegas de trabalho. Além disso, ela
age psicologicamente, ajudando a aumentar o poder de concentração e motivando-os em
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sua autoestima. Já autores como Martins (2000), Polito e Bergamaschi (2004), Oliveira
(2006), Lima DG. (2003), apontam a prática regular e orientada da G.L como uma estratégia
eficaz de ação profilática no combate a DORT, sendo também um fator de suma importância.
Ainda na Tabela 1, no item 4 podemos notar a insatisfação dos trabalhadores com o
tempo de duração das aulas (65%), porém de acordo com a literatura, este é um momento de
relaxamento, descontração que é proporcionado para evitar lesões e distúrbios musculares
devido aos movimentos repetitivos por eles realizado, além de proporcionar uma maior
interação com os colegas de trabalho.
Diante do percentil de 65% de não adequação do tempo para esta prática, Polito
(2002) afirma que o tempo adequado de duração da G.L em empresas deve ser de acordo com
a situação de trabalho, como já comentado, os ganhos com a implantação de um programa de
G.L apresentam muitos benefícios tanto para a empresa quanto para os funcionários, mas
ainda alguns gerentes e empresários questionam a aparente perda de tempo relacionado às
pausas para a G.L.
Segundo a autora, dentre as atividades propostas por um profissional de Educação
Física e/ ou de um Fisioterapeuta num programa de ginástica laboral pode-se destacar
primeiro as atividades de curta duração (10-15 minutos), depois as atividades de pouca
exigência física como relaxamento, recreação e consciência corporal no ambiente de trabalho;
e por fim, os exercícios desenvolvidos no próprio local de atividades do funcionário
(PEREIRA, 2003).
No entanto Maciel (2010) entende G.L como sendo a realização de exercícios físicos
de baixa e/ ou média intensidade, cuja duração pode variar de 5 a 15 minutos por sessão
(dependendo da modalidade adotada e dos objetivos específicos estipulados pelo
profissional). Para esse autor a prática da G.L também deve considerar as características
laborais e a organização do trabalho de cada setor/empresa, e ser realizada pelo menos três
vezes por semana, com o objetivo geral de preparação ou compensação dos aspectos
biopsicossociais do indivíduo, e os objetivos secundários, será determinado de acordo com a
modalidade adotada (preparatória, compensatória, relaxamento).
Conforme expresso na Tabela 1, o item 5 apresenta dados relevantes quando se trata
da dificuldade na realização das atividades diárias dos indivíduos. Por se tratar de atividades
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de alongamento como a G.L, o feedback apresentado é positivo por parte dos funcionários
(95%), principalmente quando se trata do interesse por esta atividade. Entretanto, estima-se
que este dado poderia ser gradativo se a população que apresentou dificuldade (5%) tivesse
um ritmo de vida mais ativo, sendo que esta hipótese se enquadraria mesmo àqueles que
dizem não sentir nenhuma dificuldade, podendo melhorar o desempenho nas suas atividades
profissional.
Tanaka (2007, apud Anderson, (1998, p 08)) o alongamento mantém os músculos
tonificados e as articulações flexíveis, fazendo com que diminua os riscos de lesões,
facilitando o trabalho, desenvolvendo assim, a consciência corporal.
Já segundo Mendes e Leite (2004), a G.L também é uma forma de trabalhar o
cérebro, a mente, o corpo e estimula o autoconhecimento, visto que amplia a consciência
corporal e a autoestima, além de proporciona um melhor relacionamento consigo mesmo, com
os outros e com o meio, levando a uma mudança interna e externa das pessoas.
Corroborando Cañete (2001, apud Mendes e Leite, (2004)), concluíram que as
práticas de “exercícios físicos específicos em ambiente de trabalho reduziram
significativamente as dores localizadas, o que contribuiu para a melhoria de qualidade de
vida, trazendo benefícios para a empresa, como aumento de produtividade e diminuição do
absenteísmo”.
Interessantes dados foram obtidas no item 2, apresentando pontos de suma
importância para o acontecimento do projeto como a G.L. Conforme plotagem de resultados,
representado no gráfico abaixo:
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Gráfico 1: “De que maneira ocorreu o seu ingresso nas aulas de GL nessa empresa?”
70%
10%20%
0%Percentual Gráfico
Iniciativa Própria Influência dos Colegas Convite da Empresa Outros
Em relação ao ingresso nas aulas de G.L. verificamos que não existem sujeitos na
categoria compreendida como “outros”. Já se constata que há uma predominância na categoria
de ingressos por iniciativa própria, seguida por convite da empresa e sua minoria na categoria
influenciada pelos colegas com 10%. Tal análise nos remete à conclusão de que os
participantes da pesquisa buscam em seu exercício profissional uma melhor qualidade de
vida.
Diante dos resultados apresentados, Lima (2004) ressalta que a prática de exercícios
quando realizada coletivamente durante a jornada de trabalho, deve ser prescrita de acordo
com a tarefa exercida pelo trabalhador, com o objetivo de promover bem-estar individual por
intermédio da consciência corporal como conhecer, respeitar, amar e estimular o seu próprio
corpo, através da G.L. Além do que Lima enfatiza, assim como outros autores, que a G.L é
um momento de descontração que promove maior interação entre os funcionários,
proporcionando uma maior satisfação na realização das atividades diárias.
Lima (2003) coloca ainda a G.L como um contribuinte para redução da sensação de
cansaço e de fadiga. Na fadiga visual os trabalhadores em atividades que demandam fixação
do globo ocular por longos períodos, como trabalhadores de linha de produção e controle de
qualidade, são beneficiados pela pausa ativa proporcionada pela G.L; na fadiga corporal, a
pausa para a realização dos exercícios interrompe a rotina de movimentos repetitivos ou com
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sobrecarga física e postural e na fadiga mental a G.L promove mudança na monotonia do
ambiente de trabalho, fazendo o trabalhador “desligar-se” momentaneamente das
preocupações, pressões e problemas do dia-a-dia.
Pagliar (2002) ressalta os benefícios de fatores psicológico e sociais que são
apontados ao compreender o favorecimento à mudança da rotina: reforça a autoestima;
demonstra a preocupação da empresa com seus funcionários; melhora a capacidade de
concentração no trabalho; desenvolve o conhecimento corporal; o surgimento de novas
lideranças; aumento do contato pessoal; promoção da integração social; favorecimento no
sentido de grupo – sentem-se parte de um todo; melhora o relacionamento interpessoal.
Os itens 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 relacionam-se aos Benefícios da G.L que aborda
aspectos psíquicos e sociais, na medida em que a prática favorece a descontração, estimula o
autoconhecimento e a auto-estima, além de proporcionar uma possível melhora no
relacionamento interpessoal entre os funcionários da empresa, motivo qual essa atividade
física é estimulada e implantada por diversas organizações. Logo abaixo na Tabela 2, veremos
os percentis levantados através da coleta de dados de cada questão.
Tabela 2 – Percentual de benefícios proporcionados pela G.L.
TABELA 2
ITENS: BENEFÍCIOS DA G.L SIM NÃO
Item 6 “Você considera que a G.L contribuiu para a
preservação da sua saúde?”.
100% 0%
Item 7 “Você sente melhora na flexibilidade do seu corpo a
partir das aulas de G.L?”.
95% 5%
Item 8 “Você consegue realizar todos os exercícios das aulas
de G.L?”.
50% 50%
Item 9 “Você se sente motivado(a) para os exercícios da
G.L?”.
100% 0%
Item 10“A sua saúde melhorou com a prática da G.L?”. 90% 10%
Item 11 “A G.L despertou em você maiores cuidados para
uma alimentação mais balanceada?”.
40% 60%
Item 12 “Você sente dificuldade para dormir a noite?”. 30% 60%
18
Produzir hoje, sem desenvolver danos à saúde dos trabalhadores, não se trata de uma
utopia. Vejamos ao indexar as empresas estrangeiras e de algumas nacionais como exemplo,
afinal é cada vez maior o número de adeptos que descobrem, nos programas de G.L, meios
eficazes e saudáveis para reduzir os casos ocupacionais de doenças. Diante disso o item 6,
apresentado na Tabela 2, traz dados significativos ao tratar a G.L como um grande
contribuinte de preservação à saúde dos colaboradores.
Barros (1998, p. 33) ressalta a importância do movimento para o ser humano,
dizendo que todo ser humano tem no movimento uma necessidade natural e espontânea,
indispensável à vida. O homem contemporâneo, impelido pelo progresso da máquina, já não
se move e se desloca do mesmo modo que seu antepassado. O movimento corporal apresenta-
se, como uma necessidade a mais no conjunto de atividades da vida atual.
Atualmente a tendência do ser humano ao sedentarismo, e os indicadores de que
mais de 50% dos trabalhadores das empresas não praticam atividade física, faz com que as
empresas invistam em programas voltados ao combate do sedentarismo. Além disso, a falta de
atividade física colabora para o aparecimento de doenças cardiovasculares (SILVA e
MARCHI, 1997).
Nahas (2001) destaca a importância da resistência muscular para a saúde. A boa
condição muscular melhora o desempenho e reduz a fadiga. Músculos fortes protegem mais
as articulações, evitando lesões de ligamentos e problemas de dores musculares em geral e
lombalgias. Assim, manter um bom nível de resistência muscular com o avanço da idade pode
auxiliar na prevenção de osteoporose e de quedas. Já, a baixa aptidão muscular, pode
ocasionar algumas implicações para a saúde como lesões musculares e problemas articulares
frequentes entre outros mais.
Mediante observação na Tabela 2 o item 7, 95% afirma que a flexibilidade melhorou
com as práticas de ginástica durante seu trabalho, ao mesmo tempo em que 5% afirmam não
sentir nenhum tipo de melhora.
Martins (2000) em seus estudos coloca que, apesar de algumas empresas brasileiras
já apresentarem dados que comprovem a eficácia da ginástica laboral (apresentados
posteriormente), não são conhecidos resultados que expressem determinados fatores, como
19
por exemplo, a flexibilidade de seus praticantes ou alterações em seu estilo de vida fora do
ambiente de trabalho.
Martins (2000) em seus estudos coloca que, apesar de algumas empresas brasileiras
já apresentarem dados que comprovem a eficácia da ginástica laboral (apresentados
posteriormente), não são conhecidos resultados que expressem determinados fatores, como
por exemplo, a flexibilidade de seus praticantes ou alterações em seu estilo de vida fora do
ambiente de trabalho.
Para Achor Júnior, (1994); (1996); Nahas, (1989); Guedes&Guedes,(1995) cita a
flexibilidade como valência física ou componente da aptidão física onde é considerada como
um importante componente da aptidão física relacionada à saúde (AFRS) e do desempenho
atlético, opinião compartilhada por MATHEWS (1980); HIGAJO et al. (1991) e WEINECK
(1999).1
Os autores apontam ainda que a flexibilidade decresce com a idade, apontando para
perdas mais acentuadas a partir de 30 (trinta) anos, perdas associadas mais à falta de
treinamento do que ao processo de envelhecimento. E que após os 40 (quarenta) anos de
idade, há novamente uma aceleração na perda da flexibilidade que é bastante influenciada por
outros fatores, tais como padrão de atividade física e nível de saúde.
Baseado na analise da Tabela 2 no item 8, observasse que 50% dos colaboradores
apresentavam dificuldades na realização dos exercícios propostos pela G.L. Logo Brito (2012)
aborda que as pequenas empresas podem influenciar seus empregados a realizarem mais
atividade física com baixo custo e alta eficácia. O autor ainda diz que uma vez assimilados os
benefícios que a atividade física pode trazer, é grande a probabilidade dos empregados
continuarem a realizar este tipo de atividade, mesmo sem tantos incentivos por parte da
empresa.
A G.L propõe medidas de prevenção aos trabalhadores para proteger sua saúde
contra os riscos encontrados no local de trabalho, além de preparar o trabalhador “para as
atividades laborais diárias, ativando a circulação geral e o aparelho respiratório, prepara
também as estruturas músculo-ligamentares de forma que os funcionários fiquem menos
propensos a problemas de saúde” (MILITÃO, 2001, p.32).
20
Na Tabela 2, o item 9 aborda a questão da motivação na realização das atividades de
G.L. Diante dos dados coletados, Maciel (2010, apud Weinberg e Gould (2001)) define
motivação como, a direção e a intensidade do esforço empregado por uma pessoa. Para esse
autores devemos entender e considerar tanto a pessoa como a situação e o modo como esses
fatores se interagem. Seguindo essa linha de pensamento, Samulski (2008) ainda citado por
Maciel, define motivação como um processo ativo, internacional e dirigido a uma meta, o
qual depende da interação de fatores pessoais (intrínsecos) e ambientais (extrínsecos).
Portanto, a motivação pode ser entendida como o resultado da relação entre pessoa-
tarefa-ambiente. Em busca de aumentar a motivação deve-se realizar uma análise e
compreender não apenas a personalidade de uma pessoa, mas também a interação das
características pessoais e situacionais em ambientes externos.
Zenith (2012) enfatiza ao dizer que o mercado é cada vez mais competitivo e
exigente. Movido pelos avanços tecnológicos redefine o trabalhador como sendo a verdadeira
potência. A motivação e o comprometimento são os combustíveis dessa potência, portanto, a
promoção de qualidade de vida nas empresas vem se tornando a maneira essencial para
manter-se a motivação e o comprometimento. Muitas empresas intituladas como “as melhores
em gestão de pessoas” têm se destacado em aumento da produtividade, baseando-se na
qualidade de vida no trabalho, ao inseri-la em seu planejamento e gerenciamento dos recursos
humanos.
Os exercícios ajudam a reavaliar o modo de pensar, organizar seu tempo, espaço e
atuação, compreensão, alimentação saudável, descontração, fatores preventivos dos sinais de
estresse, ou seja, os programas de atenção à saúde do trabalhador que modificam a rotina e
relaxam o indivíduo, propiciando um ambiente de trabalho menos formal e mais agradável
(NETTO, 2002).
Analisando o item 10 na Tabela 2, verificou-se que quase toda a população
pesquisada afirma ser importante a prática da G.L nos locais de trabalho, principalmente ao
destacar que a G.L trouxe uma melhora na saúde destes colaboradores. Cañete (2001, p. 610),
ao lembrar-se dos anos 90, destaca que nesta década foi reconhecido formalmente pela
medicina, o fato da atividade física ser vital para a saúde do corpo. Já, Sharkey (1998), afirma
que o estilo de vida ativo é um importante determinante para a saúde das pessoas uma vez que
funciona como um ímã atraindo comportamentos saudáveis. Causando uma grande reflexão,
21
para que se possa realizar, em um todo o trabalho de forma a ajudar estes profissionais a cada
dia mostrando a importância desta atividade.
Os aspectos de saúde relacionados à disposição podem estar relacionados à ausência
de desconfortos físicos, doenças que limitem a capacidade para o trabalho e sedentarismo.
Neste sentido os trabalhadores que praticam atividades físicas apresentam uma maior
disposição para o trabalho em relação aos sedentários (POLITO, 2002).
Ferreira (2012) cita Polito e Bergamachi (2003) ao informar que em 1973 houve uma
experiência pioneira no país, com base na seguinte proposta elaborada pela Federação de
Estabelecimento de Ensino Superior em Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (FEEVALE): a
elaboração de exercícios, baseada em análise biomecânica para relaxar os músculos agônicos
pela contração dos antagônicos, em face da exigência funcional unilateral, o projeto foi
intitulado de “Educação Física Compensatória e Recreação”, e tinha por finalidade, esclarecer
as linhas gerais que deverão nortear a criação de centros de Educação Física junto aos núcleos
fabris.
Conforme apresentado na tabela 2 o item 11 voltado para uma alimentação
balanceada, destaca a importância de fatores que refletem no trabalho, pois uma nutrição
adequada é capaz de diminuir o estresse, ansiedade e a irritabilidade, além de facilitar
o controle de peso e do humor. Auxilia também no combate a diversas doenças, e ajudam a
lidar com alterações naturais do envelhecimento (POLITO, 2002).
Pereira (2003) destaca que uma alimentação adequada contribui para a melhora do
desempenho funcional, para o aumento da produtividade, resultando na redução do
absenteísmo.
Segundo Brito e Martins (2012) a alimentação adequada e balanceada é efetiva para
uma boa qualidade de vida e para o desempenho das tarefas diárias, dentro e fora do ambiente
de trabalho.
O trabalhador do mundo moderno tem alimentação desequilibrada, vida sedentária,
lazer insuficiente e estresse constante, gerando irritabilidade, pouca autoestima, depressão,
ansiedade e distúrbios físicos, como úlcera e enfarte (PINTO, 1997). Sem questionar o
provável círculo vicioso de que tais fatores fazem parte, estas ações e reações refletem-se no
22
trabalho deste indivíduo da maneira mais improdutiva possível, ao torná-lo um alvo fácil de
doenças e acidentes de trabalho.
A insônia pode ser considerada como uma alteração na qualidade e também na
quantidade de sono, fazendo com que a pessoa durma menos, ocasionando prejuízos às suas
atividades durante o dia. Em se tratando de sono a Tabela 2 traz no item 12, a estimativa que
(30%) dos nossos entrevistados sofrem com essa dificuldade, porém (70%) não apresenta
problemas com esse fator crônico.
De acordo com Pereira (2003, apud Rizzo (1998)), 40% da população brasileira têm
algum tipo de distúrbio ligado ao sono. Ele enfatiza que a “qualidade do sono está diretamente
ligada à qualidade de vida no trabalho”. Entretanto alterações nas atitudes diárias do indivíduo
indicam uma melhora tanto da quantidade como na qualidade do sono.
Enfatiza-se que cada pessoa tem uma necessidade de sono, ou seja, a quantidade do
sono pode ser determinada pelo ritmo biológico de cada individuo. Pois o ser humano
necessita de períodos adequados de repouso para realizar suas atividades físicas e mentais do
dia a dia, com disposição e bem estar (PEREIRA, 2003).
Alvarez (2002), mostra em seus estudos que dormir bem ajuda a melhorar a
concentração, o humor e a motivação onde classifica ainda como aspectos relevantes da vida,
para um bom desempenho do trabalhador.
Os distúrbios do sono estão entre os distúrbios clínicos com maior impacto de saúde
e socioeconômico (VELA-BUENO, DE ICETA & FERNANDEZ, 1999). Vgontzas e Kales
(1999) diziam que os distúrbios do sono são muito presentes na população geral e que a
insônia é o mais comum, e, quando crônica, geralmente reflete distúrbios psicológicos e
comportamentais.
Outro dado interessante é o obtido no item 13, que apresenta os benefícios que a G.L
trouxe não só para os funcionários, mas também para a empresa, em relação aos riscos de
saúde. Abaixo segue a representação gráfica e a discussão dos dados.
23
Gráfico 2: “Quantos afastamentos médicos você teve nos últimos 12 meses?”
Entre outros autores consultados Martins (2000) e Lima (2003) aponta a G.L como
um dos maiores benefícios trazidos tanto para os colaboradores, como para a empresa, devido
à redução do absenteísmo, encontrado no grupo pesquisado. Dentre os participantes, 65%
afirmaram não faltar ao trabalho por problemas médicos, 25% tiveram de 1 a 3 afastamentos
nos últimos 12 meses e 10% responderam que houve 4 a 6 afastamentos médicos.
Segundo Goulart (2003), os riscos para a saúde relacionados com o trabalho
dependem do tipo de atividade profissional e das condições em que a mesma é desempenhada.
O autor complementa que os serviços de saúde, em particular os hospitais, proporcionam aos
seus trabalhadores condições de trabalho reconhecidamente piores em relação aos demais
serviços de saúde.
No entanto Vieira (2010) coloca que, os acidentes durante a jornada de trabalho
ocorrem mais durante as primeiras horas deste período por causa do estado de inércia física,
psíquica e sonolência em que se encontra o empregado. A maior parte destes acidentes atinge
os sistemas musculoesqueléticos do trabalhador (como distensões músculo-ligamentares,
entorses e lesões degenerativas), provocando seu afastamento do trabalho e,
consequentemente, prejudicando a produtividade da empresa.
24
Se tratando de desempenho a G.L é responsável pela redução de despesas por
afastamento médico, acidentes e lesões, melhorando a imagem da instituição perante os
funcionários e a sociedade, além de aumentar a produtividade e qualidade. Diante disso, os
itens 14 a 20 e o 22 abordarão logo abaixo na Tabela 3, o desempenho funcional.
Tabela 3 – Percentual do desempenho funcional.
TABELA 3
ITENS: SOBRE O DESEMPENHO FUNCIONAL SIM NÃO
Item 14 “Em sua opinião as aulas de G.L melhoraram o seu
desempenho funcional?”.
100% 0%
Item 15 “Se a empresa decidisse suspender as aulas de G.L você acredita que tal medida poderia piorar a sua disposição
no trabalho?”.
85% 15%
Item 16 “Você atualmente tem disposição para realizar alguma atividade extra-expediente?”.
55% 45%
Item 17 “Atualmente, você se cansa com facilidade ao
realizar as atividades no trabalho?”.
65% 35%
Item 18“Você participa de outra atividade física oferecida
pela empresa?”.
85% 15%
Item 19 “Você participa de atividades sócio recreativa extra-
empresarial em companhia dos colegas de trabalho?”.
70% 30%
Item 20 “Você gostaria de realizar outros tipos de atividade
física promovida pela empresa?”.
75% 25%
Item 22 “Você acredita que o seu rendimento no trabalho está vinculado às aulas de G.L?”.
60% 40%
Através dos resultados na Tabela 3, o item 14 apresenta que os colaboradores
acreditam que a prática regular e orientada da G.L, causa uma melhora significativa no
desempenho funcional dos trabalhadores que participaram do programa. Diante do referido
percentil alcançado, verifica-se a importância da prática de atividade física durante os
intervalos da jornada de trabalho.
Pereira (2003), afirma que a G.L aplicadas em empresas, melhora o desempenho
funcional e também provoca mudanças pessoais na vida dos trabalhadores. Cañete (2001)
25
complementa ao dizer que as atividades da G.L são necessárias e fundamentais para o
equilíbrio funcional dos indivíduos e para sua capacidade de manter-se produtivo, as pausa
durante a jornada de trabalho.
Segundo Polito (2002) a capacidade funcional do individuo depende do seu
condicionamento físico, do envelhecimento, do nível de estresse e da adequação pessoal que é
definida pelo estado geral de saúde e doenças anteriores e genéticas.
No entanto, Perreira (2003, apud Gebahrdt e Crump, (1990)) relata nos seus estudos
que os programas de bem estar e aptidão física realizados no local de trabalho, tem se tornado
uma parte integral das estratégias da corporação para redução dos custos investidos em
cuidados com a saúde, melhoria do humor do trabalhador, diminuição do absenteísmo e
melhoria do comportamento estão associados ao aumento da produtividade do trabalhador.
Além da diminuição da fadiga muscular; melhoria da condição física geral, social (melhoria
nos relacionamentos interpessoais no ambiente de trabalho), correção dos vícios posturais;
melhoria na disposição do trabalhador ao iniciar e ao retornar ao trabalho; diminuição de
patologias de L.E.R / D.O.R.T; redução dos níveis de estresse e tensão geral do trabalhador.
Para Maciel (2010) a atividade física possui duas pontas, dependendo do profissional
que a conduz, pode ser um instrumento de alto valor educativo promovendo a saúde ou, se
cair em mãos incompetentes poderá produzir lesões e qualidades físicas e morais irreparáveis.
As atividades laborais diárias, ativam a circulação geral e o aparelho respiratório, além
de preparar as estruturas músculo ligamentares de forma que os funcionários fiquem menos
propensos a problemas de saúde. Diante disso o item 15 na Tabela 3 vem abordar uma
suposta atitude da empresa diante da suspensão do programa da G.L.
Pensando nisso os autores Montelo, Rocha e Souza (2007), relatam que, empresas que
vêm adotando a ginástica laboral compensatória há algum tempo, tem demonstrado resultados
positivos e vários benefícios para a empresa e o trabalhador, que são expressos principalmente
através da diminuição das dores, das faltas ao trabalho, dos acidentes, das lesões por esforços
repetitivos, além de um acréscimo na produtividade e melhoria no bem-estar geral dos
funcionários, aumentando sua satisfação perante a empresa.
Estima-se que a suspensão do programa não traria nenhum benefício para os
funcionários e nem para a empresa pensando no lado empresarial. As ações desenvolvidas
para promoção da saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores, representa um investimento
com retorno garantido a médio e longo prazo. O trabalhador bem informado e consciente de
que seu comportamento pode determinar o risco maior ou menor de adoecer, é certamente,
26
mais saudável, produtivo e, possivelmente, mais feliz. Neste sentido, a implantação de um
programa de G.L busca despertar nos trabalhadores a necessidade de mudança do estilo de
vida e não apenas nos momentos de ginástica orientada dentro da empresa (NAHAS, 2001).
Ávila (2014, apud Fugimoto (2008)), enfatizam que a G.L auxilia de forma
significativa para a promoção da saúde e da qualidade de vida, contribuindo para a disposição
e consequentemente interação entre os trabalhadores. Diante das citações dos autores,
observa-se que a pratica de exercicios tende a causar uma maior disposição nos funcionários
diminuindo durante a jornada de trabalho a monotomia do dia a dia.
Ainda na Tabela 3 o item 16, visa pesquisar o efeito que a G.L traz, qual a influência
que a atividade teve na disposição deles em realizar atividades fora do expediente. Os relatos
obtidos foram de grade valia. De acordo com Militão (2001) em sua pesquisa, 55,5% dos
funcionários afirmam terem ficado mais motivados à prática de exercícios e 37% tiveram
mudanças no lazer, passando a praticar esportes no final de semana. Os trabalhadores que
decidiram aderir à prática orientada e regular de exercícios físicos fora do horário de trabalho,
dizem que a G.L foi seu principal incentivo.
Segundo Montelo, Rocha e Souza, (2007) a modernidade e a tecnologia atual, fazem
com que as pessoas se submetam cada vez mais a movimentos automatizados e pouco
dinâmicos no trabalho, além de um ritmo acelerado reduzindo desta forma o tempo para o
lazer, tornando-se sedentários e consequentemente suscetíveis a distúrbios ocupacionais.
Entende-se que a valorização do lazer depende do convencimento das pessoas para que
tenham vontade de realizá-lo em tempos livres, através de atividades que satisfaçam e sejam
de sua livre escolha, isto é, “atividades cuja finalidade seja um benefício no sentido real das
necessidades individuais” (BACAL, 2003).
O item 17 apresentado na Tabela 3 visa analisar se a G.L pode causar algum
desconforto durante a realização de suas atividades do trabalho, como o cansaço com
facilidade, uma vez que o esgotamento do trabalhador em atividades ininterruptas, repetitivas,
monótonas e em muitos casos pesadas, insalubres, o que segundo Cañete (2001), representa
alto custo para as empresas, e ônus ainda mais numerosos de mutilados e incapacitados para o
trabalho produtivo e em muitos casos para a vida. Diz ainda que a prevenção pode ser feita
através de uma organização do trabalho que pense em pausa de recuperação e rodízio nas
funções, diminuindo assim a carga de movimentos realizados.
27
Carvalho (2003) em seus estudos, aponta que a variável fadiga após a intervenção de
um programa de exercícios no local de trabalho, apresentou uma redução significativa além
do número de regiões corporais acometidos por dor. Já Pereira (2003, apud Simões & Baruffi
(2002)), avaliaram os benefícios alcançados com a implantação de programas de GL em
empresa metalomecânica. Após seis meses, um dos benefícios observados foi à redução em
60% da procura ambulatorial relacionada às dores musculares. Observou-se ainda uma
melhora do bem-estar geral do trabalhador em 100% e consequentemente uma melhora da
fadiga em geral.
Os benefícios da ginástica laboral são adquiridos em médio e longo prazo e é difícil
as pessoas perceberem e acreditarem no programa de imediato. O estudo procurou mostrar os
efeitos da prática da Ginástica Laboral, sendo ela capaz de modificar e transformar a
Qualidade de Vida do Trabalhador em algo saudável para sua vida de modo geral
(EVANGELISTA, 2003).
Os itens 18, 19 e 20 apresentados na Tabela 3, abordam assuntos semelhantes ao tratar
das atividades empresariais além da G.L, que seria o caso de outras atividades como as
recreativas e físicas.
De acordo com Brasil (2001) a Organização Mundial de Saúde (OMS), recomenda
30 minutos de atividade física diária, podendo ser realizado por parte da empresa, um maior
incentivo ao empregado em dar continuidade ao novo modo de vida, sendo de grande valia a
prática destes exercícios físicos também fora da empresa.
Brito e Martins (2012), apontam que a necessidade de promover o bem-estar e a
qualidade de vida do trabalhador adequando o ambiente ocupacional, tem sido muito
enfatizado na literatura. Uma das maneiras de se alcançar benefícios para a saúde em tal
ambiente é por meio de Programas de Promoção da Saúde do Trabalhador, com destaque para
o programa de G.L, o qual engloba todas as atividades que envolvem exercício físico a partir
do e no local de trabalho, como a G.L, o atendimento individualizado do professor de G.L, o
programa de condicionamento físico, o Personal Training e a ginástica de eventos.
Convém salientar que, atualmente, muitas pessoas vivenciam a maior parte do dia no
ambiente ocupacional e, frequentemente passam despercebidos os cuidados com a saúde, mas
a aderência ao programa de G.L pode ser uma alternativa para alertar esses indivíduos sobre a
importância de manter ou adotar um estilo de vida ativo e saudável (BRITO E MARTINS,
2012).
28
Rybczynski (2000) coloca a perspectiva do trabalho, como sendo um momento a
parte com relação às atividades de lazer, historicamente situada nas mudanças que ocorrem
desde a Revolução Industrial onde a vida cotidiana antes era regida pelos ciclos da natureza
sinalizados pelo dia e a noite, ou pelas estações do ano, onde não se fazia esta separação tão
perceptível de lazer, pois os jogos e as festas estavam intimamente ligados às tarefas da
colheita.
Ainda na Tabela 3, o item 21 aborda o vínculo dos rendimentos trabalhistas com a
G.L. A importância de um diagnóstico apurado das condições e demandas musculares
relacionadas ao trabalho, para a implantação de um programa de atividade física
personalizada nas empresas. Os cronogramas destes empresários devem não somente
preocupar-se em reduzir os possíveis desgastes ocasionados pelo trabalho, mas também
motivar uma mudança no estilo de vida dos trabalhadores. A prática regular de atividade
física promove a diminuição do processo degenerativo, provocado pelo envelhecimento,
proporcionando maior longevidade com mais qualidade de vida (NAHAS, 2001).
Silva (1997) constata que, a instituição de um Programa de Promoção da Saúde no
Trabalho com a prática da G.L se configura, então, como algo capaz de atender às duas pontas
da questão: por um lado, ao motivar os funcionários, tende a aumentar a produtividade e,
portanto, a taxa média de lucratividade. Por outro, reduz os custos com assistência médica.
Assim, pode-se considerar que a ginástica laboral é uma medida preventiva coadjuvante de
uma abordagem que considere o trabalhador e quem trabalha, podendo contribuir para que se
alcance a redução dos índices de doenças ocupacionais, promovendo a saúde do trabalhador e
aumento do rendimento da empresa.
A prática regular da atividade física propicia desde bem-estar psicológico até
adaptações fisiológicas no organismo, controlando o acontecimento de doenças crônico-
degenerativas e contribuindo para uma melhor qualidade de vida (CAÑETE, 2001).
No gráfico 3 será destacado as mudanças que a G.L causou através da melhora do
bem-estar dos funcionários que praticam a Ginástica Laboral, sendo de grande significância
estes dados, por estarem se relacionando aos hábitos que a prática dos exercícios trouxeram.
29
Gráfico 3: “Dentre os itens listados abaixo, o que mudou após você fazer a GL?”.
10% 10%
55%
0%
25%
Alimentação Lazer Exercícios Álcool Estresse
Alimentação Lazer Exercícios Álcool Estresse
Zilli (2002) afirma que a Ginástica Laboral no seu contexto geral traz benefícios
significativos para indivíduos que a praticam. Positivamente constatamos através do gráfico 3
que houve uma melhora significativa do bem estar, vimos que o percentual inerente ao estilo
de vida ficou abaixo do esperado.
No entanto, Rodrigues (2000) afirma que o estilo de vida ativo é um importante
determinante para a saúde das pessoas uma vez que funciona como um ímã atraindo
comportamentos saudáveis e eliminando comportamentos negativos tais como: hábito de
fumar; consumo de álcool e alimentação desequilibrada.
De acordo com os dados apontados no quesito alimentação, evidencia-se na
literatura que além do tipo de atividade laboral realizada, o trabalhador deve possuir uma
alimentação condizente com o seu desgaste energético, ou seja, cada categoria funcional tem
necessidade para uma distribuição calórica nas suas refeições. Lois (2010, apud Grandjean
(1998,178)) em seus estudos reforça que a composição qualitativa da categoria, trabalhadores
em atividade sentada e para grande maioria das profissões femininas, vale o desafio das
limitações da quantidade em função de mais alta qualidade. Em outras palavras, a redução de
calorias com a simultânea elevação de vitaminas e sais minerais.
Nos dias atuais observa-se que o lazer vem se tornando um aspecto muito importante
na vida das pessoas. Percebe-se que o fato de passear numa praça, brincar com bola,
conversar livremente não é direito apenas das crianças nem dos idosos ou aposentados. O
30
trabalhador, o jovem estudante vem demonstrando a necessidade do seu tempo livre como
uma maneira de livrar-se das tensões do dia a dia e buscando atividades físicas como
alternativas de liberar suas emoções e sentimentos. Para Barros (1998), a definição de lazer é
dependente das diferentes formas de caracterizá-lo (como um conceito holístico, como tempo,
atividade, status social ou mental). Lazer conceitua-se neste estudo como atividade que pode
ser realizada dentro ou fora do expediente do trabalho.
No tópico exercício; os especialistas das áreas médicas estimam que exercitar-se
através de uma atividade moderada regular, é considerada como umas das maneiras mais
simples de melhorar e manter a saúde. Diante disso Figueiredo e Alvão (2005) define
exercício como qualquer movimento corporal, produzido pelos músculos esqueléticos, que
resulte em gasto energético maiores que os níveis de repouso. Uma simples caminhada, uma
limpeza de casa, ou uma dança, todos produzem movimentos onde há gasto de energia, porém
existe um aspecto importante na atividade física, que é a sua sistematização, ou seja, para
manter uma saúde ideal torna-se necessário que esta atividade seja diária.
Em se tratando do álcool, observa-se que as empresas sofrem grandes prejuízos com
os trabalhadores que utilizam da ingestão de grandes quantidades de álcool, pois estes
costumam faltar ao trabalho, principalmente no primeiro dia útil da semana, devido à
indisposição que o mesmo traz no dia seguinte após o consumo. Apresentam lentidão nas
tarefas executadas e também, se apresentam mais introvertidos, causando prejuízos à
produção diária de trabalho (MACIEL, 2007)
Militão (2001) coloca que algumas empresas vêm investindo em programas de
reabilitação, pois a cada dólar investido neste tipo de programa, é gerado um retorno de sete
dólares sob a forma de aumento da produtividade com a redução do absenteísmo, redução de
despesas médicas, além do marketing relacionado à imagem da empresa.
Marchesini (2001) coloca que a variável estresse tem se associado a um aspecto que
usualmente vem se tornando uma forte queixa da classe trabalhadora em geral. Apresentando
condições que as pessoas dispõem é um fator que tem sido fortemente combatido no ambiente
de trabalho. Avalia ainda a G.L, além da compensação física, classificando como um
importante fator psicológico, físico e mental.
Verifica-se nos resultados desta pesquisa que (25%) dos respondentes consideram
que houve uma mudança no estresse após a implantação da G.L, o que indica um dado
31
significativo para um novo estilo de vida. Acredita-se que pessoas que ocupam um cargo o
qual tenham muitas atribuições estão mais suscetíveis ao estresse. Alvarez (2002) enfatiza que
as fontes de sobrecarga de estresse são múltiplas e que as mesmas podem dar origem
individualmente, podendo ser coletiva gerada pela meio social, físico e cultural. Explica ainda
que os primeiros sintomas do estresse aparecem através da mudança de comportamento da
pessoa, manifestando-se em forma de atitudes negativas, despreocupada com o trabalho,
maior consumo de álcool, fumo, abandono de hábitos saudáveis como a atividade física e
alimentação balanceada.
CONCLUSÃO
A Telemont Engenharia de Telecomunicações S.A (TELEMONT), de Brasília
Distrito Federal, alvo do presente estudo, implantou o programa de ginástica laboral no ano de
2011 com a finalidade de prevenção das LER/DORT e outras doenças ocupacionais, pois, a
empresa contava com um pequeno número de afastamentos médicos ou absenteísmo ao
trabalho por estas queixas.
Por intermédio das análises dos dados, entende-se que os objetivos deste estudo
foram alcançados, pois os relatos mostram que a G.L pode ter gerado benefícios em seus
participantes, como a melhoria da flexibilidade em seus membros e a manutenção/obtenção de
um estilo de vida fisicamente ativo e saudável.
Mais especificamente, os resultados indicaram que pode ter ocorrido melhoria das
dores musculares, disposição, flexibilidade em seus membros superiores e inferiores,
interação entre colegas de trabalho e do estilo de vida, principalmente no que se refere à
alimentação, melhorando a qualidade de vida.
Os relatos ainda apontam que houve grande aceitação e percepção da importância do
programa por parte dos funcionários e seus chefes, visto que houve reconhecimento no
tocante à seriedade da gestão do programa e de suma necessidade para a instituição.
Os benefícios que foram observados na presente pesquisa, corroboraram com os
estudos encontrados na literatura, reforçando que uma GL adequadamente idealizada e
administrada tem a capacidade de ser benéfico para a empresa e para o trabalhador, que pode
se mostrar mais satisfeito e disposto, vivenciando melhorias em várias vertentes de sua
qualidade de vida, dentro e fora do ambiente ocupacional.
32
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ANEXOS
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QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DA IMPORTÂNCIA DA GINASTICA
LABORAL EM FUNCIONÁRIOS DA EMPRESA TELEMONT, NA PREVENÇÃO
DA LER/DORT.
Conceitua se a GINASTICA LABORAL, como a combinação de algumas atividades físicas
que tem como característica comum, melhorar, sob o aspecto fisiológico, a condição física do
individuo em seu trabalho; emprega exercícios de fácil execução que são realizados no
próprio local de trabalho, que contribuirão para um melhor condicionamento e desempenho
físico, concentração e um melhor posicionamento frente aos postos de trabalho.
Responda os presente questionário, marcando um(X) na resposta que melhor lhe representa.
1. O regime de escala de serviço adotada pela empresa possibilita a sua participação
nas aulas de GL?
( ) Sim ( ) Não
2. De que maneira ocorreu o seu ingresso nas aulas de GL nessa empresa?
( ) Por iniciativa própria;( ) Por convite da empresa;
( ) Por influência dos colegas;( ) Por outros motivos.
3. Você teve resistência em participar das aulas de GL?
( ) Sim ( ) Não
4. Você considera que a duração da aula de GL atende as suas necessidades?
( ) Sim ( ) Não
5. Você sente dificuldade na realização das atividades diárias no seu trabalho?
( ) Sim ( ) Não
SOBRE OS BENÉFICIOS DA GL
6. Você considera que a GL contribuiu para a preservação da sua saúde?
( ) Sim ( ) Não
7. Você sente melhora na flexibilidade do seu corpo a partir das aulas de GL?
( ) Sim ( ) Não
8. Você consegue realizar todos os exercícios das aulas de GL?
( ) Sim ( ) Não
9. Você se sente motivado (a) para os exercícios da GL?
( ) Sim ( ) Não
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10. A sua saúde melhorou com a prática da GL?
( ) Sim ( ) Não
11. A GL despertou em você maiores cuidados para uma alimentação mais balanceada?
( ) Sim ( ) Não
12. Você sente dificuldade para dormi á noite?
( ) Sim ( ) Não
13. Quantos afastamentos médicos você teve nós últimos 12 meses?
( ) Nenhum ( ) 1 á 3 ( ) 4 á 6 ( ) 8 á 9 ( ) Mais de 9
SOBRE O DESEMPENHO FUNCIONAL
14. Em sua opinião as aulas de GL melhoram o seu desempenho funcional?
( ) Sim ( ) Não
15. Se a empresa decidisse suspender as aulas de GL você acredita que tal medida
poderia piorar a sua disposição no trabalho?
( ) Sim ( ) Não
16. Você atualmente tem disposição para realizar alguma atividade extra – expediente?
( ) Sim ( ) Não
17. Você sente atualmente cansaço com facilidade ao realizar as atividades no trabalho?
( )Sim ( )Não
18. Você participa de outra atividade física oferecida pela empresa?
( ) Sim ( ) Não
19. Você participa de atividades sócias recreativas extras empresariais em companhia
dos colegas de trabalho?
( ) Sim ( ) Não
20. Você gostaria de realizar outros tipos de atividade física promovida pela empresa?
( ) Sim ( ) Não
21. Das coisas relacionadas ao lado, o que mudou após você fazer a GL?
( ) Alimentação ( ) Lazer ( ) Hábito aos exercícios ( ) Consumo álcool ( ) Estresse
22. Você acredita que o seu rendimento no trabalho está vinculado às aulas de GL?
40
( ) Sim ( ) Não
PERFIL DO ENTREVISTADO
23. Qual o seu setor de trabalho?
( ) Administrativo ( ) Operacional.
24. Quantas horas diárias você trabalha?________ Horas
25. Quanto tempo de serviço está nesta função?
( ) 0 á 1 ano ( ) 1 á 2 anos ( ) 2 á 5 anos ( ) 5 á 10 anos ( ) 10 a 20 anos ( ) Não
26. Há quanto tempo você participa do programa de GL?
( ) Menos de 6 meses ( ) 6 meses a 1 ano ( ) Mais de 1 Ano
27. Qual sua faixa etária?
( ) 20 a 24 anos ( ) 25 a 29 anos ( ) 30 a 34 anos ( ) 40 a 45 anos ( ) 46 a 50 anos ( ) + 50
anos
28. Você fuma?
( ) Sim ( ) Não
29. Qual a sua escolaridade?
Primeiro
grau
Segundo grau
incompleto
Segundo grau
completo
Superior
incompleto
Superior Pós-
graduação
30. Gênero?
( ) Masculino ( ) Feminino