A Explosão Demográfica da Língua
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A Explosão Demográfica da Língua
1. Avaliando a Humanidade 2. Invenção da Língua
3. As Várias Etapas do Avanço 4. O Avanço em Cada Etapa
5. Explosão 6. A Demografia da Língua
7. A Luta pela Sobrevivência da Língua mais Apta
8. Medidas Atuais de Aptidão 9. O Gosto na Língua
10. Pala-dar
Vitória, terça-feira, 26 de maio de 2009. José Augusto Gava.
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Capítulo 1 Avaliando a Humanidade
Cada século, cada década, ano, mês, dia, até
segundo é uma linha que avalia a humanidade pela permanência; mas é um plano te tempespacial que tem o tempo de duração como uma das coordenadas e o espaço ocupado como outra (este tem tradicionalmente três coordenadas: longitude-horizontal-x, latitude-vertical-y e altitude-profunda-z); uma quinta coordenada é dada pelo quantitativo presente (agora 6,7 bilhões de indivíduos); uma sexta pelo qualitativo, que é o tipo de produção-refinada de que é capaz a espécie racional – nisso a humanidade avançou bastante, mas não tanto. Uma sétima poderia ser o quanto da Natureza que é gasto, isto é, quão afinada em minimax (máximo com mínimo) é a espécie.
AVALIADOR SISTEMA DE COORDENADAS
três coordenadas de espaço:
1. x-longitude; 2. y-latitude; 3. z-altitude;
4. uma coordenada de tempo, t; 5. uma coordenada de quantidade q; 6. uma coordenada de qualidade, c;
7. uma coordenada de afinação produtivorganizativa, minimax, m.
NO TOTAL: xyztqcm.
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UMA CURVA DE AVALIAÇÃO QUANTITATIVA
CADA TRAÇO É UMA AVALIAÇÃO: SE FICA OU SE MORRE
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Crescimento da população mundial
População Ano Tempo para o próximo bilhão (em anos)
1 bilhão 1802 126
2 bilhões 1928 33
3 bilhões 1961 13
4 bilhões 1974 13
5 bilhões 1987 12
6 bilhões 1999 13
7 bilhões* 2012 16
8 bilhões* 2028 22
9 bilhões* 2050 20
10 bilhões* 2070 26
11 bilhões* 2096 não calculado
Époc Fatos População
10.000 a.C.
Fim da última era glacial, com os humanos vivendo em cavernas e
dependendo de caça, pesca e frutas
4.000.000
8.000 a.C Revolução agrícola, e começa a criação de animais 5.000.000
1 Início da Era Cristã 285.000.000 550 Queda de Roma 200.000.000
1567 Dois milhões de indígenas sul-americanos morrem de febre
tifóide 450.000.000
1825 Começa o transporte ferroviário de passageiros 1.000.000.000
1900 Início do século XX. Primeiras
experiências de vôo em veículos mais-pesados-que-o-ar
1.600.000.000
1954 Criada a vacina contra
poliomielite. Três anos depois, 20 milhões de chineses morreriam de
fome. 3.000.000.000
1984
Em Bophal, na Índia, morrem 3.300 pessoas e 20 mil sofrem
outras conseqüências do vazamento de gases tóxicos de
uma indústria
5.000.000.000
1999 China e Índia são os países mais
populosos do planeta. 12/10/1999 foi o Dia do 6º Bilhão
6.000.000.000
1/1/2006 Estimativa do U.S. Census Bureau 6.488.578.564
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1/7/2010 Previsão do U.S. Census Bureau atualizada em 26/4/2005 6.825.750.456
1/7/2020 Previsão do U.S. Census Bureau atualizada em 26/4/2005 7.563.094.182
1/7/2030 Previsão do U.S. Census Bureau atualizada em 26/4/2005 8.206.457.382
1/7/2040 Previsão do U.S. Census Bureau atualizada em 26/4/2005 8.759.140.657
1/7/2050 Previsão do U.S. Census Bureau atualizada em 26/4/2005 9.224.375.956
Podemos ver na geo-história humana que várias coisas nos impulsionaram, umas mais importantes que outras; das mais importantes a fundamental é a língua, que nem consta na lista das invenções.
Capítulo 2 Invenção da Língua
A língua é realmente uma invenção (sem patente),
uma descoberta entre todas as possibilidades; externaliza o ser humano e propõe toda uma linha EXTERIOR psicológica de construção. Desinternaliza: o ser humano deixa de ser interno e paradisíaco no eu/ego para ser externo e infernal, conflituoso; mas tem a suprema chance de crescer.
Passa de ser a devir, a vir-a-ser, o ser em permanente construção.
Ser (ao ser – humano –
deixa cada um de ser-verbo para
ser-substantivo,
objeto)
A SUPREMA AVENTURA
A reflexão em torno do ser constitui um dos temas centrais da tradição filosófica ocidental. Os diferentes significados
que se atribui a esse conceito, no entanto, levaram seus estudiosos a adotarem os mais variados enfoques.
Do ponto de vista gramatical, o termo "ser" pode ser entendido como verbo ou como substantivo. A forma verbal
tem dois sentidos possíveis: de existência, como em "algo é", ou de ligação, como em "algo é x". O substantivo refere-se a
uma essência, ao ser intrínseco de algo. Ainda que esses significados tenham estreitas relações entre si, a filosofia
tende a privilegiar a última acepção e a definir o ser de modo geral como o princípio constitutivo único e a razão
fundamental da realidade. O filósofo grego Parmênides, no final do século VI a.C.,
formulou pela primeira vez a noção de um ser único, homogêneo, infinito e imutável, que conteria em si tanto a
ordem ideal quanto a material. Com base nesse conceito, ele negou a existência do "não-ser" -- o nada -- e do movimento
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ou da transformação dos fenômenos tais como percebidos pelos sentidos. Essa tese foi combatida pelos atomistas, que defenderam a existência de um "não-ser" e postularam uma concepção dinâmica da realidade. Platão retomou-a no século V a.C. Embora tenha admitido a existência de movimento no plano dos sentidos, Platão considerou o mundo sensível uma cópia imperfeita da ordem imutável das idéias ou essências
transcendentes, partícipes da natureza do ser. A fim de resolver essa controvérsia, fundamentalmente centrada em torno da oposição entre "permanência" e
"transformação", Aristóteles enfatizou a dupla natureza do significado do ser: por um lado, o fato de ser é a única
característica comum a todas as coisas; por outro, concebe-se o ser como princípio essencial da realidade, sua própria
"razão de ser". De acordo com o primeiro aspecto, só é cognoscível aquilo que se manifesta no existente; de acordo com o segundo, o ser é imutável e eterno. Tal concepção foi resgatada pela escolástica medieval mediante a distinção entre ens ("ente", em latim) e esse ("ser", em latim). O
primeiro termo alude ao que a realidade é, e o segundo, à causa de que a realidade seja.
A partir do século XVII a polêmica sobre a natureza do ser assumiu outro enfoque e passou a se concentrar na afirmação ou na negação da existência real de uma
substância, ou princípio fundamental da realidade. Assim, os filósofos racionalistas e idealistas tenderam a postular tal existência, enquanto os pensadores empiristas, positivistas
e, em geral, todos aqueles que se filiaram a abordagens materialistas, consideraram que noções como "ser" ou
"substância" eram meras especulações abstratas. No século XX, a progressiva rejeição às postulações
metafísicas fez com que esse problema fosse aos poucos abandonado. Várias correntes passaram a considerar a
chamada "pergunta pelo ser" como uma falsa questão. O filósofo alemão Martin Heidegger, no entanto, resgatou-a na
década de 1920, ao considerar o ser como o problema central de toda filosofia e ponto de partida para a
compreensão plena da existência humana. devir Devir
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. Devir é um conceito filosófico que qualifica a mudança
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constante, a perenidade de algo ou alguém. Surgiu primeiro em Heráclito e em seus seguidores; o devir é exemplificado pelas águas de um rio, “que continua o mesmo, a despeito de
suas águas continuamente mudarem.” Devir é o desejo de tornar-se. Recebe também a acepção Nietzscheriana do
"torna-te quem tu és", usada em um dos seus escritos.Traduz-se de forma mais literal a eterna mudança
do ontem ser diferente do hoje,nas palavras de Heráclito:"O mesmo homem não pode atravessar o mesmo rio, porque o
homem de ontem não é o mesmo homem, nem o rio de ontem é o mesmo do hoje".
vir a ser O SER E O “VIR-A-SER” A mais famosa controvérsia da filosofia antiga ocorreu
entre os sistemas e aforismos apresentados pelos filósofos pré-socráticos Parmênides e Heráclito.
Platão costumava dizer, com justa razão, que os pré-socráticos eram as “crianças da filosofia”, por
desenvolverem um sistema filosófico universal baseado em premissas fragmentárias da realidade.
Parmênides era, por excelência, o filósofo do ser, da essência imutável que paira inalterada no âmago de todas as coisas. Ele afirmava que “Aquilo que é, é Jamais pode deixar
de ser, embora passe por mudanças superficiais, que, de modo algum afetam, a “seidade essencial”, ou o ser em si (ontos) que é a verdadeira natureza da criatura em suas
dimensões mais profundas e transcendentes”. Heráclito afirmava justamente o oposto: “Um homem não
pode entrar duas vezes num mesmo rio, porque na segunda vez em que entrar, o homem já não é o mesmo, e o rio também não é o mesmo”. Heráclito era o filósofo da
existência, do devir, do movimento dialético, das mudanças e das transformações inevitáveis de tudo o que existe.
Causava espanto aos antigos gregos como dois gigantes do pensamento podiam divergir de forma tão frontal e sustentar pontos de vista diametralmente opostos.
Como dizia Platão, os pré-socráticos eram profundos em sua filosofia , mas ainda imaturos em sua cosmovisão (ou
antropovisão). Sua visão de mundo era sustentada por pressupostos particulares, como na parábola dos três cegos que apalpavam um elefante e debatiam sobre sua forma: O primeiro deles tocou a tromba e afirmou: “um elefante é
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como uma grande serpente”. O segundo tocou a perna e disse: “um elefante é como um tronco de árvore”. O terceiro
tocou a orelha e sentenciou: “um elefante é como uma espessa folha de bananeira”.
A divergência antológica de Parmênides e Heráclito pode ser resolvida através de uma frase magistral do filósofo
francês Henri Bergson: “Tudo muda sobre um fundo de permanência”. Esse conceito de Bergson equilibra a verdade existente e ambos os sistemas, estabelecendo uma unidade conciliadora para as verdades parciais de Parmênides e de
Heráclito. A teósofa Helena P. Blavatsky também contribuiu para
clarear esse assunto, afirmando: “Do ponto de vista subjetivo, tudo é um eterno ser. E do ponto de vista
objetivo, tudo é um eterno Vir-a-ser”. Essa é outra visão unificadora, onde o ser e o “vir- a- ser”
coexistem, formando um equilíbrio de contrários abarcado pela harmonia maior que transcende
todas as oposições. A conclusão que podemos extrair dessas duas sínteses
magistrais é que o ser humano é uma unidade na diversidade (exatamente como o macrocosmo ou o universo).
O homem é um microcosmo em formação. O mais grave erro de todas as concepções fechadas, definitivas e acabadas
sobre a natureza humana é que ignora o fato de que o homem é um processo e não uma coisa acabada.
Tudo o que podemos perceber sobre uma pessoa ou sobre a humanidade, de modo geral, é apenas um pequeno segmento
de uma longa jornada, ou de um prolongado processo de desdobramento de causas, efeitos e aprendizado ao longo do
tempo. Não temos a capacidade de ver as causas remotas, nem os efeitos que se desdobram na direção do futuro.
O ser é centro imóvel de onde provêm a vida e a consciência. O Vir-a-ser é a capacidade do Ser de manifestar-se de forma cada vez mais completa, transformando em atos a
potência que traz dentro de si. A vida é a eterna dinâmica do Ser e do Vir-a-ser: a perpétua transformação e movimento em torno de um centro estático.
E a harmonia consiste no equilíbrio dessas duas forças, de modo que o movimento ocorra sempre, porém centrado e
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focado no ponto Laya ou centro de origem, sem o qual o movimento se dissiparia em atividade periférica, dispersiva
e caótica. O fracasso de nossa atual civilização decorre do
fato de que não conseguiu fazer a síntese equilibrada entre esses dois princípios. A
civilização ocidental perdeu- se no caos dispersivo da periferia. E a civilização oriental ficou presa
ao quietismo imóvel do centro. Cabe ao novo período cíclico de evolução da
humanidade fazer essa nova síntese e encontrar através dela uma forma sustentável de
civilização. A SOLUÇÃO DO MODELO
NATUREZA
(é tríplice, é quádrupla, é quíntupla)
i (ELI, Elea, Ele/Ela, Deus-
Natureza)
DEUS
devir, vir-a-ser Bergson: Ser “Tudo muda sobre um fundo de
permanência” Blavatsky: “Do
ponto de vista subjetivo, tudo é um
eterno ser. E do ponto de vista objetivo, tudo é um eterno Vir-a-ser”
A língua PROJETOU O SER HUMANO PARA FORA, diretamente para o sentido-de-construção, que chegou ao construtivismo atual, a superafirmação da construção.
A língua criou a humanidade enquanto espalhamento no espaço, no tempo, na percepção (que também tem três dimensões, fora o tempo: quantidade (q, tese), qualidade (c, antítese) e quantidade-qualidade (k, afinação, síntese).
a) três espaciais (xyz); AS CORDENADAS DO CRESCIMENTO HUMANO
b) uma temporal (t); c) três perceptivas (qck). A língua permitiu ao que é interno, Natureza,
caminhara para o que é externo, Deus – campo caminhando para o tempo, a percepção da construção.
Capítulo 3 As Várias Etapas do Avanço
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Não obstante, o que a língua faz? Como disse numa classe de aula de português, ela
é um transmissor de pensamentos; assim, todos somos telepatas e todos ouvimos os pensamentos dos outros, desde que eles falem.
a) ANTES E DEPOIS DA LÍNGUA
a.1. indivíduos isolados (não devemos zombar das linguagens animais e primatas; eles realmente falam uns com os outros, só que numa base de memória e articulação lingüística MUITO mais estreita); a.2. famílias (os animais e os primatas vão até aqui); a.3. grupos (idem, para a maior parte); a.4. empresas (ou empreendimentos, grupo de grupos; os primatas e depois os hominídeos tiveram as primeiras iniciativas válidas desse tipo);
PESSOAS:
b) b.1. cidades-municípios (a invenção dos neanderthais levou a isso, começando nas cavernas e lançando-se para fora como pós-cavernas, pré-cidades e cidades); b.2. estados (aqui a Língua geral já funcionava plenamente); b.3. nações; b.4. mundo (agora a língua está em processo de globalização).
AMBIENTES:
1. primatas;
AS ETAPAS CORRESPONDENTES DA SAPIENTIZAÇÃO LINGUÍSTICA
2. 3. neanderthais (humanos sapiens, com língua);
hominídeos; ACESSO À SUPERIORIDADE
4. humanos SS, nós.
1. invenção da língua (provavelmente na África, desde 300 ou 200 mil anos após o aparecimento da Eva Mitocondrial e do Adão Y):
A FASE LINGUÍSTICA E AS SUBFASES
2. invenção da escrita (na Suméria há 5,5 mil
anos, outro tanto depois da primeira cidade, Jericó, há 11 mil anos em Jerusalém):
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3. invenção dos tipos móveis (na China, depois
postos em funcionamento geral por Gutenberg há 550 anos):
primeira expansão popular (o conhecimento é liberado ao povo por Gutenberg)
4. invenção da ARPANET pelos tecnocientistas dos militares americanos, depois sua disseminação como INTERNET a partir de 1985 no mundo e de 1995 no Brasil (tem menos de ¼ de século):
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ABERTURA DO MUNDO
(a consciência passou de individual a global em poucos milênios, menos de seis desde a invenção da escrita) - abecedário
ESSAS QUATRO MONTAGENS, OPERANDO, SE ESPALHARAM PELO MUNDO (montando o futuro)
1. língua: até milhares; 2. escrita: até milhões; 3. impressão: até bilhões (estamos em 6,7 bilhões
em um planeta só); 4. Internet: até trilhões. A EXPANSÃO DA LÍNGUA E DA COMUNICABILIDADE DA LÍNGUA (a língua se reinventa cada vez mais larga, alta e profunda)
1, A 2, B 3, C
4, D
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Capítulo 4 O Avanço em Cada Etapa
Que avanços aconteceram em cada etapa? O que digo agoraqui não é ciência, precisa ser
pesquisado e estabelecido; sempre é discurso, sujeito a testes e teorização, que os tecnocientistas proverão (ou não).
FUNDAÇÃO (ou invenção)
A FUNDAÇÃO E O IMPÉRIO ANOS TAXA (de
compressão) IMPÉRIO (ao que levou, enquanto
expansão do ambiente)
estabele-cimento da língua
300 a 200 mil
--- cidades-municípios (e a evolução até
eles) escrita 5.500 600/1 estados
tipografia 550 10/1 nações Internet 25 22/1 mundo (e salto para
fora do planeta) A língua está criando uma superlíngua para a
terceira natureza N.3 informacional-p.4, em que as mentes estarão diretamente ligadas por rádio ou qualquer mecanismo equivalente (como já falei).
A língua monta a complexidade a partir da simplicidade. Claro que a língua não inventou os seres humanos para se propagar, assim como os genes não o fizeram, mas é verdade que - ao descobrir um modo de se comunicarem - os primeiros humanos deram um salto definitivo, o que fez toda a diferença.
O QUE CADA SALTO SIGNIFICOU
SALTO
(procure pensar nas utilidades variadíssimas) – partilhamento maior.
SIGNIFICADO (alcance ambiental) língua Pensar e memorizar com a cabeça dos outros,
aproveitar experiências, etc.:
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escrita Conservar as experiências das vidas que
terminaram, isto é, preservar além dos indivíduos:
tipografia Difundir rapidamente os conhecimentos e trazer
de longe, traduzidas, as experiências de outros povos:
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Internet Colocar a serviço de todos e cada um as capacidades universais:
A LÍNGUA LEMBRA ESSA PIADA
O palestrante falava de um conhecimento novo e foi interrompido por uma senhora.
MADAME – professor, pra quê serve isso? PROFESSOR – minha senhora, para quê serve uma criança?
(que aconteceu, só não lembro com quem) – quando ela nasceu não tinha grande utilidade.
Capítulo 5 Explosão
Evidentemente foi a demografia humana que
“explodiu”, mas podemos dizer sem erro que alguns instrumentos foram MUITO MAIS responsáveis que outros por grande parte desse aceleramento. Está bem, a roda foi importante, muito devemos a ela, porém podemos, fácil, fácil imaginar uma civilização sem ela. Até algo muito mais difícil, como o fogo, poderíamos perfeitamente pensar em dois ótimos cenários para ficção científica.
Contudo, sem a língua nada seria possível, a menos que fôssemos telepatas, algo muito próximo da língua falada, com grande dificuldade para imprimir diretamente da mente ou difundir à Gutenberg ou ter uma telinternet (contudo, seria legal, outro motivo excelente para FC).
EXPLOSÕES
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Explosões agem com grande intensidade num tempo curto a curtíssimo: teria acontecido isso com a humanidade? Naturalmente 12 mil anos desde os primórdios no fim da Glaciação (ou 5,5 mil anos contando da escrita ou se contarmos dos 80 a 70 mil dos SS ou dos 300 a 200 mil anos do neanderthais) parecem muito, mas a Terra é realmente velha para nossos tempos de vida, quaisquer que sejam os limites que adotemos para trás. E, se contarmos apenas dos 5,5 mil anos da escrita, dos 550 anos da difusão gutenberguiana e dos 25 da Internet em grupos de 25 anos, teremos isso:
CONTANDO PARA TRÁcomeço da Internet em
1985 (25 anos até 2010)
S (de 25 em 25 anos) 1
expansão gutenberguiana em torno de 1450
22
início da escrita na Suméria há 5,5 mil anos
220
Eva Mitocondrial e Adão Y dos neandertais há 300 mil anos (presumo que tenham inventado a
língua)
12.000
começo dos hominídeos há 10 milhões de anos
400.000
princípio dos primatas há 100 milhões de anos
4.000.000
aurora da vida na Terra há 3,8 bilhões de anos
152.000.000
Está havendo uma compressão formidável, o que merece um daqueles gráficos exponenciais.
Capítulo 6 A Demografia da Língua
Quais as línguas mais competentes para expressar
o pensamento? Dizem que é o alemão, mas eu (seguindo o TAO, a dialética e o modelo) diria que são as línguas mais simplórias e mais sem estrutura sintática, quer dizer, sem dificuldades para apreensão popular, algo assim bem ruinzinho como, dizem, é o inglês.
Falo mais de 115 línguas Estudo ao menos um idioma por ano. Esse é um dos segredos da minha facilidade
Dono da história: Marlos Freire, 77 anos, professor aposentado, Florianópolis, SC Reportagem: Marco Antônio Miguel
AS LÍNGUAS MAIS FÁCEIS DE FALAR E AS FACILIDADES DO INGLÊS
Não sei dizer que línguas são mais
fáceis ou difíceis de aprender. Quanto mais você estuda, mais fácil fica
Foto: arquivo pessoal
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Já ouviu falar em bislama, urdu ou hitita? São idiomas, como o espanhol e o inglês. Após mais de 50 anos de estudos, sei traduzir todos esses. Conheço palavras em mais de 115 idiomas. Agora, estudo o
120º, o tamaxeque, falado pelos beduínos que vivem no deserto do Saara, no Norte da África. Sou o recordista mundial em línguas. Se você me der um tempo, falo com qualquer pessoa no mundo! O pessoal se espanta. Fui o único latino-americano em um congresso de idiomas na Macedônia, no Leste
Europeu. Lá, um jornalista veio falar comigo. Como eu não dominava o macedônio, dei a entrevista em russo. Marcamos outro bate-papo para dali
um mês, e voltei a estudar o idioma. O jornalista ficou surpreso ao me ver falar a língua dele... O italiano foi minha primeira língua gringa
Minha paixão vem de criança. Um tio me ensinou italiano. Eu morava em Dom Pedrito, na fronteira com o Uruguai, então já tinha contato com o espanhol. Na escola, estudávamos latim, francês e inglês, e eu
tirava boas notas. No ensino médio, tive contato com o alemão. Depois, cursei Letras e conheci árabe, russo, sueco...
Nesse período, tomei uma decisão: estudar ao menos um idioma por ano. Já se passaram 50 anos... Ou seja, estudei, em média, duas línguas a cada 12 meses.
No regime militar, eu trabalhava na Petrobras. Como eu sabia falar russo e chinês, acharam que eu era comunista! Fui demitido e, sem opções de trabalho, consegui uma bolsa para estudar na Europa. Fui
para lá com minha família. Passei mais de 20 anos lá, principalmente na Espanha e na Itália, dando aulas de português. Lecionei
nos EUA e no Uruguai. Conheci China, Turquia, Japão... Na antiga Iugoslávia, tive um susto. Explodiu um conflito entre cristãos e muçulmanos, a guerra dos
Bálcãs. Vi bombardeios e tiroteios. Tive de sair correndo! Aconteceu a mesma coisa no Irã. Houve uma revolução em 1979, e eu não fiquei por lá, não!
Nos anos 80 — veja só a ironia — o governo brasileiro me contratou para ser adido cultural na Bolívia. Morei lá por dez anos e aprendi duas línguas indígenas, o quéchua e o aimará.
Minha família virou poliglota também Meus filhos cresceram no exterior. Nenhum deles mora aqui. Um casou com uma italiana, outro com uma alemã. Minha filha casou com um grego, separou-se e está com um espanhol. Todos me deram
netos. Pra falar com minha família, só sendo poliglota! Gosto muito de traduzir. Lancei um livro em que passo para o português poemas em 60 línguas. A
Universidade de Cambridge, na Inglaterra, me considera um dos 2 mil intelectuais mais importantes do século 21 na minha área. Não importa: mais que títulos ou recordes, busco o conhecimento.
Dicas para aprender um idioma estrangeiro Não sei dizer que línguas são mais fáceis ou difíceis de aprender. Quanto mais você estuda, mais fácil fica. Se você sabe alemão e inglês, pega o holandês. Já o russo é próximo do polonês e do tcheco. E,
sabendo português, fi ca fácil aprender francês e espanhol. As três têm a mesma raiz: o latim. Certos povos têm uma maneira totalmente diferente de ver o mundo. Por isso, é importante trocar idéias com eles. Em cada universidade que eu trabalhava, procurava pessoas de todas as línguas. Para conhecer os idiomas, é preciso ter contato com quem os fala. Quando isso não for possível,
procure livros e gravações. Mas o importante são as pessoas. A língua é só um amontoado de regras. O conselho para aprender idiomas é se interessar pela cultura do país. Aí, você pode tentar entender as
pessoas, os hábitos e costumes do lugar e pensar na língua local.
Eu sou uruguaia e adoro aprender línguas, estudo português e inglês! Acho que a língua mais fácil de aprender deve ser a "INTERLINGUA",que é uma língua artificial que os falantes de línguas românticas(derivadas do latim) podem
entender sem tê-la estudado,eu li algumas coisas na internet e entendi quase tudo,além disso vc só tem que aprender algumas regras e mais nada.
Acho que ESPANHOL tb deve ser fácil pra vcs xq o espanhol e o português são muito similares.Tb acho que é mais simples pra vcs aprender espanhol do que pra nós o
português xq vcs têm na sua língua a maioria dos sons do espanhol e nós não temos muitos sons do português!
O ITALIANO tb é bastante parecido ao português. O INGLÊS É tem uma gramática simples,a conjugação dos verbos é facilíssima só que
a sua pronuncia é difícil. E haverá aí alguma ligação com a prosperidade
econômico-financeira? AS LÍNGUAS QUE MAIS AVANÇARAM NO DOMÍNIO DO MUNDO (dizem que foram os povos, mas de repente as línguas estimularam o povo através dos sonhos poético-prosódicos ou artísticos em geral): as línguas mais faladas no mundo, 2009.
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Mais de cem milhões de falantes nativos
Lugar Idioma Família Estatuto oficial Número de falantes
1° Mandarim Sino-tibetana
Língua oficial em: República Popular da
China, Taiwan e Singapura.
867 milhões de nativos
2º Hindi
Indo-européia,
Indo-ariana
Língua oficial na Índia, além de ser usada como
língua franca pelos hindus em todo o mundo.[carece de
fontes?]
425 milhões de nativos + 300 milhões como
segunda língua = 725 milhões no
total.
3° Espanhol (castelhano)
Indo-européia, Itálica,
Românica
Língua oficial em: Argentina, Bolívia, Chile,
Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, El Salvador, Equador,
Espanha, Estados Unidos da América (no Novo México), Guatemala,
Guiné Equatorial, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto
Rico, Uruguai e Venezuela.
390 milhões de nativos + 110 milhões como
língua estrangeira = 500 milhões no
total
4° Inglês
Indo-européia,
Germânica, Ocidental
Língua oficial em[1]: África do Sul, Antígua e
Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados,
Belize, Botswana, Brunei, Camarões, Canadá (com
exceção de Quebec), Dominica, Filipinas,
Gâmbia, Gana, Granada, Guiana, Ilhas Fiji, Ilhas
Marshall, Ilhas Salomão, Índia, República da
Irlanda, Jamaica, Kiribati, Lesoto, Libéria, Malawi,
Maldivas, Malta, Maurícia, Micronésia,
Namíbia, Nauru, Nigéria, Nova Zelândia, Palau, Papua-Nova Guiné,
Paquistão, Reino Unido (e
350 milhões de nativos + 380 milhões como
segunda língua = 730 milhões no
total
20
20
em todos os territórios britânicos e dependências
da Coroa Britânica), Samoa, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Serra Leoa, Estados Unidos da América ,
Seychelles, Singapura, Suazilândia, Tanzânia,
Tonga, Trinidad e Tobago, Tuvalu, Uganda,
Vanuatu, Zâmbia, Zimbabué, embora na maioria desses lugares
seja meramente segunda língua.
5° Árabe
Afro-asiática, Semíticas
Língua oficial em: Arábia Saudita, Argélia, Bahrain, Comoros, Chade, Djibuti, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Eritreia, Iémen, Iraque, Israel, Jordânia, Koweit Líbano, Líbia, Marrocos, Mauritânia,
Omã, Qatar, Síria, Somália, Sudão, Somália,
Tunísia.
280 milhões de nativos + 200 milhões como
segunda língua = 480 milhões no
total.
6° Português
Indo-européia, Itálica,
Românica
Língua oficial em: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe,
Timor-Leste e na R.A.E. de Macau.
215 milhões de nativos + 20
milhões como segunda língua = 235 milhões no
total (sem contar 4 milhões do
Galego)
7° Bengali
Indo-européia,
Indo-ariana
Língua oficial em: Bangladesh, Índia
(Bengala Ocidental, Tripura).
171 milhões de nativos + contando
14 milhões de Chittagonian + 10,3 milhões de Sylheti = 195,3 milhões no total
8° Russo
Indo-européia, Eslava, Oriental
Língua oficial na: Abecásia (de jure partes
da Geórgia) , Bielorrússia, Cazaquistão, Quirguistão,
170 milhões de nativos + 110 milhões como
segunda língua =
21
21
Rússia, Transnístria(de jure parte de Moldávia)
280 milhões no total
9° Japonês
Altaica (controverso),
Japônica
Língua oficial no: Japão e Palau (Angaur).
125 milhões de nativos
10° Francês
Indo-européia, Itálica,
Românica
Língua nacional ou oficial na: Bélgica (Bruxelas e
Valônia), Benim, Burkina Faso, Burundi, Camarões, Canadá (nacionalmente e
em New Brunswick, Quebec, e territórios
externos), Chade, Comoros, Congo, Costa
do Marfim, Djibuti, Estados Unidos da
América (Luisiana), Vanuatu, França
(incluindo territórios externos), Gabão, Guiné, Guiné Equatorial, Haiti,
Índia (distritos de Karaikal e Pondicherry), Itália (Vale de Aosta), Líbano, Luxemburgo,
Madagáscar, Mali, Martinica, Maurícia,
Mônaco, Níger, Reino Unido (Guernsey, Jersey),
República Centro-Africana, Ruanda,
Senegal, Seychelles, Suíça (Berna, Cantão de
Friburgo, Cantão de Genebra, Jura, Neuchâtel,
Valais, Vaud), Togo.
115 milhões de nativos + 250 milhões como
segunda língua + 150 como lingua estrangeira = 515 milhões no total
11° Alemão
Indo-européia,
Germânica, Ocidental
Língua oficial na:Alemanha, Áustria,
Bélgica (Cantão Ocidental), Itália (Tirol
Meridional), Liechtenstein,
Luxemburgo, Suíça (Aargau, Appenzell Exterior, Appenzell
Interior, Basiléia-Campo, Basiléia-Cidade, Berna,
Friburgo, Glarus,
110 milhões de nativos (105
milhões de alemão padrão, 5 milhões de alemão suíço, 60 milhões como segunda língua = 170 milhões no
total
22
22
De trinta a cem milhões de falantes nativos
Lugar Língua Família Status Oficial Número de falantes
13° Javanês
Austronésia, Malaio-
Polinésia, Sunda-
Sulawesi
Língua nativa na Indonésia
(Originalmente na ilha de Java). Comunidades Significativas na França
(Nova Caledônia), Malásia, Suriname
76 milhões
14º Coreano
Altaica (controverso)
Língua oficial na: Coréia do Norte, Coréia
do Sul, República Popular da China
(Yanbian). Comunidades
Significativas na: Austrália, Estados
Unidos (Guam, Havaí, Marianas Setentrionais,
Japão.
71 milhões
15º Vietnamita
Austro-Asiática, Mon-
Khmer, Viética
Língua oficial em: Vietnam. Comunidades
Significativas na: Austrália, Camboja,
Estados Unidos (Califórnia), França
(Nova Caledônia), Laos, Noruega, Vanuatu.
70 milhões de nativos + 16 milhões como segunda língua
= 86 milhões no total
16º Telugu
Dravídica, Central-Sul
Língua oficial em: Índia (Andhra Pradesh,
distrito de Yanam). Comunidades
Significativas no: Bahrain, Ilhas Fiji, Ilhas
Maurício
70 milhões de nativos + 5 milhões
como segunda língua = 75 milhões no
total
Lucerna, São Galo, Schaffhausen, Schwyz, Soleura, Zug, Zurique,
Grisões, Nidwald, Obwalden, Thurgau, Uri,
Valais).
12° Bhojpuri
Indo-européia,
Indo-ariana (incluido no
HIndi)
Língua oficial na: Índia, Nepal.
126 milhões de nativos
23
23
17º Marata
Indo-Européia,
Indo-Iraniana, Indo-Ariana, Zona Central
Língua oficial na: Índia (Damão e Diu, Goa,
Maharashtra). Comunidades
Significativas nas: Ilhas Maurícius.
68 milhões de nativos + 3 milhões
como segunda língua = 71 milhões no
total
18º Tamil Dravídica, Sul
Língua oficial in Índia (Tamil Nadu, (distritos
de Karaikal e Pondicherry),
Singapore, Sri Lanka. Comunidades
significativas em: Bahrain, França
(Reunião), Ilhas Fiji, Maurícia, Malásia
68 milhões de nativos + 9 milhões
como segunda língua = 77 milhões no
total
19º Persa
Indo-Européia,
Indo-Iraniana, Indo-Ariana, Ocidental, Sudoeste
Língua oficial no: Afeganistão, Irã,
Tadjiquistão. Comunidades
Significativas no: Bahrain, Emirados
Árabes Unidos, Iraque, Israel, Omã, Qatar,
Uzbequistão.
61-71 milhões de nativos (incluindo 50%-60% do Irã,
40% do Afeganistão, 15%-30% do Uzbequistão),
podendo incluir Mazanderani e Gilaki com 50
milhões de falantes como segunda língua
= 110 milhões no total
20º Urdu
Indo-Européia,
Indo-Iraniana, Indo-Ariana, Hindustão
Língua oficial na: Índia (Caxemira, Nova Delhi, Jammu e Uttar Pradesh), Paquistão. Comunidades Significativas na: África do Sul, Arábia Saudita,
Bahrain, Botswana, Ilhas Fiji, Maurícia,
Malawi, Omã, Qatar.
61 milhões de nativos + 43 milhões como segunda língua
= 104 milhões no total
21º Italiano
Indo-Européia,
Itálica, Românica,
Italiano
Língua oficial em: Croácia (Condado
Istriano), Eslovênia, Itália, San Marino,
Suíça (Grisões, Tessino). Comunidades
Significativas em: Argentina, Austrália,
Bélgica, Brasil, Canadá,
61 milhões de nativos (todas as
variedades, incluindo 7 milhões
de Napolitano e Calabrês + 5 milhões de Siciliana, mas não
levando em consideração o
24
24
Estados Unidos (Connecticut,
Massachusetts, Nova Jersey, Nova Iorque,
Rhode Island), França, Grécia, Liechtenstein, Luxemburgo, Mônaco,
Uruguai, Vaticano.
Sardeniano)
22º Punjabi
Indo-europeia, Indo-Iraniana, Indo-Ariana,
Língua oficial na Índia.
60,8 milhões (ocidental) + 28
milhões (meridional) + 14 milhões Siraik = 102,8 milhões no
total
23º Cantonês Sino-tibetana, Língua oficial na
República Popular da China.
66 milhões de nativos ~ 100
milhões no total
24º Turco
Altaica, Turco,
Sudoeste, Oghuz
Língua oficial em Bulgária (regional),
Chipre, República Turca de Chipre do Norte (de
facto em parte do Chipre), Turquia.
Comunidades Significativas na:
Alemanha, Austrália, Áustria, Geórgia,
Grécia, Países Baixos, Irã, Moldávia, República da Macedônia.
60 milhões de nativos + 15 milhões como segunda língua
= 75 milhões no total
25º Polaco
Indo-Européia, Eslava, Oriental
Língua oficial na: Polônia. Comunidades
significativas em: Bielorrússia, Estados Unidos da América
(Connecticut, Illinois, Nova Jérsei), Israel, Letônia, Lituânia,
Ucrânia.
50 milhões
26º Min Sino-tibetana, Língua oficial na China. 46,2 milhões de nativos ~ 100
milhões no total
27º Gujarati
indo-européia, indo-iraniana, Indo-Ariana,
Língua oficial na: Índia (Dadrá e Nagar-Aveli, Damão, Diu, Gujarate).
46 milhões
25
25
Zona Central Comunidades Significativas nas: Ilhas
Fiji.
28º Maithili
indo-européia, indo-iraniana, Indo-Ariana, Zona Oriental
Língua oficial na: Índia (Dihar). . 45 milhões
29º Ucraniano
Indo-Européia, Eslava,
Ocidental
Língua oficial na: Ucrânia, Transnístria
(de jure parte da Moldávia).
Comunidades Significativas em:
Bielorrússia, Cazaquistão,
Eslováquia, Estônia, Geórgia, Hungria, Letônia, Lituânia,
Moldávia, Quirguistão, Rússia.
39 milhões
30º Malaiala Dravídica, Sul
Língua oficial na: Índia (Kerala, Lakshadweep,
distrito de Mahe). Comunidades
Significativas no: Bahrain, Emirados
Árabes Unidos
36 milhões (1997)
31º Canará Dravídica, Sul Língua oficial na: Índia (Karnataka).
35 milhões de nativos + 9 milhões
como segunda língua = 44 milhões no
total
32º Hakka Sino-tibetana, Língua oficial na: China.
34 milhões de nativos
33º Oriya
Indo-Européia,
Indo-Iraniana, Indo-Ariana,
Magadhi
Língua oficial na: Índia (Orissa). 32 milhões
34º Birmanês
Sino-Tibetana, Tibeto-
Birmana, Lolo-Birmana
Língua oficial em: Myanmar.
32 milhões de nativos + 10 milhões como segunda língua
= 42 milhões no total
35º Azeri Altaica, Língua oficial em: 31,4 milhões de
26
26
Turco, Sudoeste,
Oghuz
Azerbaijão e Iraque. nativos + 8 milhões como segunda língua
= 39,4 milhões no total
36º Tailandês
Tai-Kadai, Kam-Tai, Be-Tai, Tai-Sek,
Tai
Língua oficial na: Tailândia.
31 milhões de nativos + 29 milhões como segunda língua
= 60 milhões no total. Incluindo tailandês do sul,
tailandês do norte/Laociano
Oriental, mas não levando em conta
Shan, Isan, ou Laciano.
De dez a trinta milhões de falantes nativos
Lugar Língua Família Status Oficial Número de falantes
37º Curdo
Indo-europeia, Indo-iraniano,
Iraniano
Língua oficial em: Iraque. 29 milhões de nativos
38º Amárico
Afro-asiática, Semítica,
Meridional
Língua oficial em: Etiópia.
27 milhões de nativos + 7 milhões como segunda língua = 34 milhões no
total
39º Sundanês
Austro-asiática, Malaio-polinésia, Sunda-Sulawesi
Língua oficial em: Indonésia.
27 milhões de nativos + 7 milhões como segunda língua = 34 milhões no
total
40º Romeno
Indo-européia, Itálica, Românica
Língua oficial em: Roménia e
Moldávia.
26 milhões de nativos + 4 milhões como segunda língua = 30 milhões no
total
41º Hausa
Afro-asiática, Chádica,
Língua oficial em: Nigéria. 24,2 milhões de nativos
42º Oromo
Afro-asiática, Cuchítica, Oriental
Língua oficial em: Etiópia. 24 milhões de nativos
lista de línguas por número total de falantes
1. chinês (mandarim) - 1.051 milhões de falantes; 2. inglês - 730 milhões de falantes; 3. hindi - 725 milhões de falantes;
4. francês - 515 milhões de falantes; 5. arabe - 480 milhões de falantes;
6. espanhol (castelhano) - 350 milhões de falantes;
27
27
7. russo - 280 milhões de falantes; 8. português - 235 milhões de falantes; 9. bengali - 199,3 milhões de falantes; 10. indonésio - 175 milhões de falantes; 11. alemão - 132 milhões de falantes; 12. japonês - 127 milhões de falantes; 13. persa - 110 milhões de falantes;
14. italiana - 100 milhões de falantes; 15. punjabi - 104 milhões de falantes;
16. urdu - 104 milhões de falantes; 17. vietnamita - 86 milhões de falantes;
18. tamil - 77 milhões de falantes; 19. javanês - 76 milhões de falantes; 20. telugu - 75 milhões de falantes; 21. turco - 75 milhões de falantes;
22. coreano - 71 milhões de falantes; 23. marathi - 71 milhões de falantes;
24. árabe egípcio - 46 milhões de falantes; 25. gujarati - 46 milhões de falantes; 26. polaco - 46 milhões de falantes;
27. kannada - 44 milhões de falantes; 28. birmanês - 42 milhões de falantes; 29. ucraniano - 39 milhões de falantes; 30. malaiala - 36 milhões de falantes;
31. oriya - 32 milhões de falantes; 32. tailandês - 31 milhões de falantes; 33. sundanês - 27 milhões de falantes;
34. curdo - 26 milhões de falantes; 35. romeno - 26 milhões de falantes; 36. somali - 25 milhões de falantes; 37. hausa - 24 milhões de falantes;
38. tagalog - 22 milhões de falantes; 39. azeri - 21 milhões de falantes;
40. pashto - 21 milhões de falantes; 41. malaio - 21 milhões de falantes;
42. uzbeque - 20 milhões de falantes; 43. sindhi - 20 milhões de falantes; 44. iorubá - 19 milhões de falantes;
45. lao - 19 milhões de falantes; 46. cebuano - 18,5 milhões de falantes;
47. oromo - 18 milhões de falantes; 48. malaio - 18 milhões de falantes; 49. igbo - 18 milhões de falantes;
50. malgaxe - 17 milhões de falantes; 51. nepalês - 17 milhões de falantes.
Referências
1. ↑ Os Estados Unidos da América não oficializaram nenhum idioma, embora de
facto se use o inglês
28
28
Speaks Portuguese THURSDAY, 27. NOVEMBER 2008, 15:21:56
PORTUGISISK, ポルトガル語, PORTUGIES, PORTEKIZCE, KIRENO, PORTUGISISKA, PORTYNGALEK, PORTUGAIS, תילגוטרופ, PORTUGALI,
PORTÚGALSKA, لاغتیرپ نابز , PORTUGUESE, PORTOGHESE, PORTUGALSKI, PORTUGUÈS, ΠΟΡΤΟΓΑΛΙΚΆ, ةيلاغتربلا, PORTUGISISKT, PORTUGHEZĂ, PORTUGUÉS, PORTUGALI KEEL, ПОРТУГАЛЬСКИЙ, პორტუგალიური
([P'ORT'UGALI, ISIPUTUKEZI, PORTUGALŠTINA, KAPAMPANGAN, PORTUGALSKI JEZIK, PORTIWGALEG, ILOCANO, PORTUGALÎ, PORTUGALIMIUSUT, 葡萄牙, PORTUGEES, PORTUGIESISCH, ПОРТУГАЛЬСЬКА, PORTUGALEG, CEBUANO:
PORTUGES, PORTUGALA LINGVO, LINGUA LUSITANA
Falado em: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste e em cerca de 18 outros países.
Total de falantes: 230 milhões (aprox.) Posição: 6.ª como língua nativa ou segunda língua; 5.ª como língua nativa [1]
Família:Indo-europeia Itálica – Românica - Românica ocidental - Galo-ibérica - Ibero-românica -
Ibero-ocidental - Galaico-portuguesa - Português
A língua portuguesa, com mais de 215 milhões de falantes nativos, é a quinta
29
29
língua mais falada no mundo e a terceira mais falada no mundo ocidental. É o idioma oficial de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial,
Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, sendo também falada nos antigos territórios da Índia Portuguesa (Goa, Damão, Diu
e Dadrá e Nagar-Aveli), além de ter também estatuto oficial na União Europeia, no Mercosul e na União Africana.
O português é primeira língua em Angola, Brasil, Portugal, São Tomé e Príncipe e Moçambique.
A língua portuguesa é também a língua oficial de Cabo Verde, da Guiné-Bissau e uma das línguas oficiais da Guiné Equatorial (com o espanhol e o
francês), de Timor-Leste (com o tétum) e de Macau (com o chinês). É bastante falado, mas não oficial, em Andorra, Luxemburgo, Namíbia e
Paraguai. Crioulos de base portuguesa são as línguas maternas da população de Cabo Verde e de parte substancial dos guineenses e são-tomenses.
O português é falado por cerca de 187 milhões de pessoas na América do Sul, 16 milhões de africanos, 12 milhões de europeus, dois milhões na América do
Norte e 330 mil na Ásia.
O português nasceu na antiga Galécia (Gallaecia) (Galiza e Norte de Portugal)
ao noroeste da península Ibérica e desenvolveu-se, na faixa ocidental da mesma incluindo parte da antiga Lusitânia e da Bética romana. O romance galaico-português nasce do latim falado, trazido pelos soldados e colonos
romanos desde o século III a.C.. O contacto com o latim vulgar fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de uma variedade de latim com características galaicas. Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras
línguas ibéricas através do contacto das diferentes línguas nativas locais com o latim vulgar, o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços
individuais ainda no período romano.
A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras
30
30
línguas românicas depois da queda do Império Romano, durante a época das invasões bárbaras no século V quando surgiram as primeiras alterações
fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo século IX, e no século XV tornara-se numa
língua amadurecida, com uma literatura bastante rica.
Capítulo 7 A Luta pela Sobrevivência da Língua
Mais Apta Como as línguas sobrevivem?
• pela produçãorganização socioeconômica; A SOBRE-VIVÊNCIA DAS LÍNGUAS
• pela produçãorganização do Conhecimento (Magia-Arte, Teologia-Religião, Filosofia-Ideologia, Ciência-Técnica e Matemática);
• em particular, pelas P/O tecnartísticas nas artes do corpo (da visão, da audição, do paladar, do olfato, do tato: são 22 as que descobri), por exemplo, através das composições de Camões, de Fernando Pessoa e outros no português (Shakespeare e outros no inglês), que fazem sonhar e comunicam novas palavras;
• pela combinação de palavras simples em conjuntos complexos que dilatam os pensamentos;
• muitos outros modos que os pesquisadores & desenvolvedores irão descobrir ao pesquisar a fundo.
31
31
O DESENVOLVIMENTO DA LÍNGUA
A língua portuguesa
Autor Adelardo Adelino Dantas de Medeiros
Colaboradores • Antonios Sarhanis
• Augusto Borges Amado
Índice A língua portuguesa
1. Prefácio 2. História
2.1. O período pré-românico 2.2. O período românico 2.3. O galego-português 2.4. O português arcaico
2.5. O português moderno 3. O português no mundo
3.1. O mundo lusófono 3.2. O português na Europa
3.2.a. Portugal 3.2.b. O galego
3.3. O português na América 3.3.a. História da língua no Brasil 3.3.b. Zonas dialectais brasileiras
3.4. O português na África 3.4.a. Angola
3.4.b. Cabo Verde 3.4.c. Guiné-Bissau 3.4.d. Moçambique
3.4.e. São Tomé e Príncipe 3.4.f. Outras regiões da África
3.5. O português na Ásia 3.5.a. Timor-Leste
32
32
3.5.b. Outras regiões da Ásia 4. Fontes
5. Informações adicionais Pequena história da língua portuguesa
João S. Magalhães 05 de abril de 2009
É interessante saber um pouco sobre o português porque se trata de um idioma falado por cerca de 240 milhões de pessoas, em quatro continentes do mundo.
Fala-se português nos oito países que integram a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP): Angola (África), Brasil (América do Sul), Cabo Verde (África),
Guiné-Bissau (África), Moçambique (África), Portugal (Europa), São Tomé e Príncipe (África), e Timor- Leste (Ásia).
Também fala-se português nas seguintes regiões: Galiza (província da Espanha,
Europa); Goa, Diu e Damão (Índia, Ásia); Macau (China, Ásia), Málaca (Malásia, Ásia) e Zanzibar (Tanzânia, África).
A escrita da língua portuguesa é semelhante em todos os países da CPLP, com poucas variações gramaticais.
O que muda, de forma mais evidente, é o significado de palavras, de região para região; o modo de se utilizar formas verbais; e o estilo erudito, isto é, o modo de se construir
frases e contextos literários. Quanto ao falar, um brasiliense só se entenderá com um lisboeta, por exemplo, se
ambos conversarem vagarosamente e falarem pronunciando bem as sílabas das palavras. Se Portugal é o portão de entrada da Lusofonia no Velho Continente - a Europa -, o
Brasil é o gigante do bloco. Originária do tronco indoeuropeu e derivada do latim vulgar, a língua portuguesa desenvolveu-se na Lusitânia, que compreende Portugal e a província espanhola da
Galiza, a partir do fim do século III antes de Cristo, quando o Império Romano conquistou a região e instituiu o latim como língua oficial. A Galiza fica no noroeste da
Espanha e ao norte de Portugal. No século 8, os árabes começaram a dominar a Península Ibérica, até o século 12,
quando Portugal foi criado. Surge o galego-português. Um dos primeiros documentos escritos nessa língua é de
1198, um poema, conhecido como Cantiga da Ribeirinha, do trovador Paio Soares de Taveirós.
Em 1385, a dinastia Avis oficializa a língua portuguesa, que entre os séculos XV e XVI é espalhada na África, Ásia e América.
No Brasil, a língua portuguesa sofreu influências do tupi-guarani (América do Sul), do iorubá (Nigéria, África) e do quimbundo (Angola, África), bem como de imigrantes
europeus. Por exemplo: os amazônidas, no dia-a-dia, utilizam grande número de palavras tupis; na Bahia, termos de línguas africanas; e o sotaque paulistano sofreu
influência da acentuação italiana. Mas, embora com sotaques tão diversos, num país continental, o Brasil manteve sua
unidade lingüística. O belenense - natural de Belém do Pará, Estado da Amazônia Oriental - é o cidadão
brasileiro que mais lembra a língua portuguesa lisboeta, ao flexionar o “tu” com o verbo - Tu foste?
É do maior interesse dos governos desenvolver as línguas como modo de facilitar o trânsito das idéias e das emoções.
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AS OFICINAS DA LÍNGUA
• aplicações no lar;
(orientadas a aplicações, neste caso na Chave da Proteção)
• aplicações no armazenamento; • aplicações na saúde; • aplicações na segurança; • aplicações nos transportes.
É claro que cabem pesquisas & desenvolvimentos em todos os setores da produçãorganização.
A Língua geral deve ser capaz de fornecer motivações psicológicas para os avanços civilizatórios em filmes, em romances, em tudo mesmo. Deve ser simples para os desprovidos de sutilezas e complexa para os apuradores dos conhecimentos.
Enfim - embora a língua (portuguesa) seja a mesma para todos nós –, penso que deveríamos ter escaninhos especiais para cada especialidade (como existe dicionário de física, quer dizer, definições dos verbetes conforme as aplicações físicas). Isso não era possível ou era muito difícil com o papel, mas hoje com os computadores e a Internet ficou tudo mais fácil, podendo-se oferecer milhares de dicionárienciclopédicos a milhares de profissões.
E é isso que os governos deveriam estar providenciando, o que só viria nos enriquecer.
• PIB (o inglês foi mais longe, através dos EUA);
OS CRITÉRIOS DA LUTA
• população (o mandarim foi mais longe, acumulando 1,0 bilhão de falantes em 1,3 bilhões de habitantes da China);
• território habitado, através da densidade de ocupação que permite sobrevivência fora do centro (a Rússia tem o maior território, mas a densidade é baixíssima na Sibéria;
• invenções (que interessam aos que se candidatam a usá-las: eles deverão passar pela língua);
• livros surpreendentes; • filmes extraordinários; • conhecimento superior grandemente
facilitador de conquistas ulteriores; • outros.
Capítulo 8 Medidas Atuais de Aptidão
Aqui vou deixar um quadro a ser preenchido pelos
interessados em vasculhar o mundo para fundamentar essa nova perspectiva das línguas em luta.
34
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Capítulo 9 O Gosto na Língua
A língua ganhará tanto espaço-tempo quanto os
seus falantes gostem dela e se expressem nela com gosto, isto é, com dedicação e amor, especialmente os do Conhecimento e os tecnartistas, que devem ser financiados com bastante intensidade (veja o desenvolvimento das línguas onde apareceram os mecenas, os financiadores dos artistas).
MECENATO DA LÍNGUA
Mecenato Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(ela se espalha com a prodigalidade dos Médici da vida, pois os artistas adoram falar de seus patronos e prodigalizar elogios a eles: veja o grego de Péricles, o italiano dos Médici, o inglês dos magnatas americanos)
Cosmo de Médici, um dos mais importantes mecenas do Renascimento
Mecenato é um termo que indica o incentivo e patrocínio de artistas e literatos, e mais amplamente, de atividades artísticas e culturais. O termo deriva do nome de Caio
Mecenas (68 a.C. - 8 a.C.), um influente conselheiro de Otávio Augusto que formou um círculo de intelectuais e poetas, sustentando sua produção artística.
O comportamento de Mecenas tornou-se um modelo e vários governos valeram-se de artistas e intelectuais para melhorar a própria imagem. O termo mecenas, nos países de
línguas neolatinas, indica uma pessoa dotada de poder ou dinheiro que fomenta concretamente a produção de certos literatos e artistas. Num sentido mais amplo, fala-
se de mecenato para designar o incentivo financeiro de atividades culturais, como exposições de arte, feiras de livros, peças de teatro, produções cinematográficas,
restauro de obras de arte e monumentos. Esse tipo de incentivo à arte se tornou prática comum no período renascentista, que buscava inspiração na Antiguidade grega e romana, e vivenciava um momento de
pujança econômica com o surgimento da burguesia.
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• Mecenas *
• Mecenato A
• Assis Chateaubriand
C • César Bórgia
E • Ema Gordon
Klabin • Ramón de Errazu
E (continuação) • Eva Klabin
F • Francisco I de França • Francisco Matarazzo
Sobrinho G
• Galeazzo Maria Sforza
J • Jaime Campomar
M • Maria Luísa
Americano • Cosme de Médici
M (continuação) • Lourenço de Médici
O • Olívia Guedes
Penteado • Oscar Americano
P • Adelaide de Sousa
Pereira Cordeiro S
• Policarpo Sanz Y
• Yolanda Penteado
E VEJA O NÚMERO DE EDITORAS, DE LIVRARIAS, DE LABORATÓRIOS DA LÍNGUA NAS UNIVERSIDADES
TIPO
(os centros lingüísticos são importantíssimos, fundamentais, assim como as academias, apesar do ranço passadista destas, que deve ser pós-contemporanizado)
QUANTIDADE (listas dos maiores do mundo) academias
bibliotecas
congressos lingüísticos
O Inglês é o idioma mais falado no mundo atualmente. É a ferramenta de comunicação internacional. A maioria
dos congressos e reuniões de grandes empresários é feita em Inglês.
É a língua materna de cerca de 400 milhões de pessoas e
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36
é falada como língua estrangeira por mais de 750 milhões. Os estudantes da língua Inglesa ao redor do
mundo somam mais de 1 Bilhão de pessoas.
departamentos de
lingüística nas
universidades e escolas isoladas
Departamento de Linguística (JAG: tem de ser estimulados)
editoras
escritores e
poetas trabalhando ativamente
37
37
livrarias
(outros)
Em resumo, quais são os multiplicadores ou os fatores da língua? Pense que os falantes do inglês em 1500 eram os da população da época na Inglaterra, talvez 10 milhões, ao passo que agora há mais de 500 milhões deles, multiplicação por 50. Os falantes de português deram um salto ainda mais assombroso, porque passam agora de 300 milhões, ao passo que os habitantes de Portugal eram apenas dois milhões em 1500: multiplicação por 150.
AS MAIORES MULTIPLICAÇÕESMetade da população portuguesa? Humm, eu acho isso muito. Portugal sempre foi um país com uma população pequena, especialmente na altura em que o Brasil era colônia Portuguesa. Presume-se que entre 1500 e 1600 a população de Portugal era à volta de 1 milhão de pessoas, talvez um pouco mais, portanto não iriam simplesmente abandonar o país pra ir para outro no outro lado do oceano, e deixar Portugal à mercê dos Espanhóis, pois a população deles era 10 vezes maior que a de Portugal. Mas muitos portugueses começaram a emigrar para lá, a partir do século IX, muitos mesmo. Tanto que se crê
que a (maioria) dos Brasileiros tem sangue Português, nem que seja só um pouco.
(algo a pesquisar)
A vida em Lisboa A vida na corte era difícil: riqueza e pobreza dividiam o reino de Portugal.
No porto de Lisboa escoavam as riquezas de toda a Europa Os batedores de carteiras circulavam pelas ruas próximas ao porto mais movimentado do
mundo, em Lisboa no ano de 1500, época do descobrimento do Brasil. As mulheres, aos gritos, vendiam cuscuz e tripas cozidas naquela cidade de contrastes. A vida na corte era difícil:
riqueza e pobreza dividiam o reino de Portugal, governado pelo rei Manuel I. A marginalidade emergente das ruas de Lisboa somava-se às tramas engendradas nos castelos, onde os segredos das expansão marítima eram trancafiados a sete chaves,
protegidos dos espiões italianos e espanhóis, que ofereciam fortunas pelos os mapas com as rotas exclusivas dos portugueses.
Para se ter noção do quanto os mapas e os segredos da indústria naval eram importantes para a Coroa Portuguesa, dom João II, antecessor de dom Manuel, punia os traidores com a forca, mas antes, exibia seus requintes de crueldade: mandava costurar a boca dos trai-dores com
anzóis. Pelo porto de Lisboa entravam e saíam as riquezas do mundo ocidental no século XV e XVI. Lisboa tinha nesse período cerca de 60 mil habitantes, sendo empório de produtos europeus,
asiáticos e africanos. As ruas e becos eram estreitos e sinuosos - as dezoito mil casas na época eram amontoadas e tinham poucas janelas, chegando a ter três andares. Nelas, também
moravam os mouros e africanos, minorias discriminadas.
Em 1500, Portugal tinha 1,2 milhão de habitantes. Um censo feito na época com propósito de cobrar impostos encontrou em Lisboa 270 ruas e 89 becos,
pavimentados com lajes desiguais. No rio Tejo, porta aberta de Lisboa para o mundo, os lisboetas jogavam seus dejetos. O lixo era despejado nas ruas. Os portugueses não gostavam
de tomar banho e não tinham bons hábitos higiênicos. Nas casas não havia banheiro e, por isso, a peste rondasse pela Lisboa manuelina.
Por causa de toda a sujeira que era despejada nas ruas e a falta de higiene dos moradores da cidade mais importantes de Portugal, o país passou por sucessivas epidemias de peste. Nem
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os conselhos dos médicos para que a população tomasse banho conseguiram mudar os hábitos dos lisboetas. A peste chegou a matar quase metade dos habitantes de Portugal, que
só estabilizou depois do século XVII. O poeta português Fernando Pessoa, num de seus poemas, fala da importância desse rio: "... E o Tejo entra no mar em Portugal ... Pelo Tejo vai-se para o mundo..." Enquanto a esquadra
deslizava ao meio-dia com direção ao Atlântico, o lisboetas seguiam sua vida normal. O dia na cidade começava com o pregão dos vendedores.
Verbete 1 - O crescimento de Lisboa como centro cosmopolita obrigou a Coroa a se transferir de Lagos para a capital do reino com o objetivo de controlar de perto o comércio ultramarino.
Verbete 2 - As péssimas condições de higiene em Lisboa dos séculos XIV a XVI, levou a população enfrentar várias epidemias de peste. Isso obrigava a nobreza afastavam-se da capital do reino, mas isso não impediu que a rainha Filipa de Lencastre,
mulher do primeiro rei Dom João I, em 1415, morresse de peste. LÍNGUA A: FALANTES DA NAÇÃO
ORIGINAL EM 1500 (milhões)
B: FALANTES ATUAIS
(milhões)
A/B
português 1,2 (Portugal) 230 192 inglês 3,5 (Inglaterra) 730 209 Outra das conseqüências da Revolução Industrial foi o rápido crescimento
econômico. Antes dela, o progresso econômico era sempre lento (levavam séculos para que a renda per capita aumentasse sensivelmente), e após, a renda per capita e a população começaram a crescer de forma acelerada nunca antes vista na história. Por exemplo, entre 1500 e 1780 a população da Inglaterra aumentou de 3,5 milhões para
8,5, já entre 1780 e 1880 ela saltou para 36 milhões, devido à drástica redução da mortalidade infantil.
4° Inglês
Indo-européia,
Germânica, Ocidental
Língua oficial em[1]: África do Sul, Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas,
Barbados, Belize, Botswana, Brunei, Camarões, Canadá (com exceção de
Quebec), Dominica, Filipinas, Gâmbia, Gana, Granada, Guiana, Ilhas Fiji, Ilhas
Marshall, Ilhas Salomão, Índia, República da Irlanda, Jamaica, Kiribati, Lesoto,
Libéria, Malawi, Maldivas, Malta, Maurícia, Micronésia, Namíbia, Nauru, Nigéria, Nova Zelândia, Palau, Papua-Nova Guiné, Paquistão, Reino Unido (e
em todos os territórios britânicos e dependências da Coroa Britânica), Samoa, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, São
Vicente e Granadinas, Serra Leoa, Estados Unidos da América , Seychelles,
Singapura, Suazilândia, Tanzânia, Tonga, Trinidad e Tobago, Tuvalu, Uganda,
Vanuatu, Zâmbia, Zimbabué, embora na maioria desses lugares seja meramente
segunda língua.
350 milhões de nativos + 380 milhões
como segunda língua = 730 milhões no
total
E aí temos os instrumentos, as máquinas, os aparelhos, os programas, tudo que é escrito com uso da língua: evidentemente o inglês dominou o cenário, por conta da computação.
Linguagem de programação Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
AS LINGUAGENS DA COMPUTAÇÃO
Uma linguagem de programação é um método padronizado para expressar instruções
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para um computador. É um conjunto de regras sintáticas e semânticas usadas para definir um programa de computador. Uma linguagem permite que um programador especifique precisamente sobre quais dados um computador vai atuar, como estes
dados serão armazenados ou transmitidos e quais ações devem ser tomadas sob várias circunstâncias.
O conjunto de palavras (tokens), compostos de acordo com essas regras, constituem o código fonte de um software. Esse código fonte é depois traduzido para código de
máquina, que é executado pelo processador. Uma das principais metas das linguagens de programação é permitir que
programadores tenham uma maior produtividade, permitindo expressar suas intenções mais facilmente do que quando comparado com a linguagem que um computador entende nativamente (código de máquina). Assim, linguagens de programação são projetadas para adotar uma sintaxe de nível mais alto, que pode ser mais facilmente
entendida por programadores humanos. Linguagens de programação são ferramentas importantes para que programadores e engenheiros de software possam escrever
programas mais organizados e com maior rapidez. Linguagens de programação também tornam os programas menos dependentes de computadores ou ambientes computacionais específicos (propriedade chamada de
portabilidade). Isto acontece porque programas escritos em linguagens de programação são traduzidos para o código de máquina do computador no qual será executado em vez
de ser diretamente executado. Uma meta ambiciosa do Fortran, uma das primeiras linguagens de programação, era esta independência da máquina onde seria executada.
O primeiro projeto de linguagem de programação surgiu para, por incrível que pareça, para um computador que não existia, sendo idealizada por
História
Ada Lovelace, esposa de William King-Noel. O projeto do primeiro computador foi idealizado por Charles Babbage que, após gastar fortunas e um longo tempo, não conseguiu concretizar o
projeto. A linguagem de programação ADA foi batizada em homenagem a esta primeira programadora.
Uma das primeiras linguagens de programação para computadores foi provavelmente Plankalkül, criada por Konrad Zuse na Alemanha Nazista, mas que teve pouco ou
nenhum impacto no futuro das linguagens de programação. A primeira linguagem de programação de alto nível amplamente usada foi Fortran,
criada em 1954. Em 1957 foi criada B-0, que daria origem a Flow-Matic (1958), antecessor imediato de COBOL, de 1959. Lisp e ALGOL foram criadas em 1958. Veja um mapa[1] da história
das linguagens de programação].
Uma linguagem de programação pode ser convertida, ou traduzida, em código de máquina por
Interpretação e compilação
compilação ou interpretação, que juntas podem ser chamadas de tradução. Se o método utilizado traduz todo o texto do programa (também chamado de código), para só depois executar (ou rodar, como se diz no jargão da computação) o programa,
então diz-se que o programa foi compilado e que o mecanismo utilizado para a tradução é um compilador (que por sua vez nada mais é do que um programa). A
versão compilada do programa tipicamente é armazenada, de forma que o programa pode ser executado um número indefinido de vezes sem que seja necessária nova
compilação, o que compensa o tempo gasto na compilação. Isso acontece com linguagens como Pascal e C.
Se o texto do programa é traduzido à medida em que vai sendo executado, como em Javascript, Python ou Perl, num processo de tradução de trechos seguidos de sua
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execução imediata, então diz-se que o programa foi interpretado e que o mecanismo utilizado para a tradução é um interpretador. Programas interpretados são geralmente mais lentos do que os compilados, mas são também geralmente mais flexíveis, já que
podem interagir com o ambiente mais facilmente. Embora haja essa distinção entre linguagens interpretadas e compiladas, as coisas nem sempre são tão simples. Há linguagens compiladas para um código de máquina de uma
máquina virtual (sendo esta máquina virtual apenas mais um software, que emula a máquina virtual sendo executado em uma máquina real), como o Java e o Parrot. E
também há outras formas de interpretar em que os códigos-fontes, ao invés de serem interpretados linha-a-linha, têm blocos "compilados" para a memória, de acordo com as
necessidades, o que aumenta a performance dos programas quando os mesmos módulos são chamados várias vezes, técnica esta conhecida como JIT.
Como exemplo, podemos citar a linguagem Java. Nela, um compilador traduz o código java para o código intermediário (e portável) da JVM. As JVMs originais
interpretavam esse código, de acordo com o código de máquina do computador hospedeiro, porém atualmente elas compilam, segundo a técnica JIT o código JVM
para código hospedeiro. A tradução é tipicamente feita em várias fases, sendo as mais comuns a Análise léxica, a Análise sintática ou Parsing, a Geração de código e a Otimização. Em compiladores
também é comum a Geração de código intermediário. Veja também Compilador. Classificação
As linguagens de programação podem ser classificadas e sub-classificadas de várias formas.
A Classificação da ACM
ACM mantém um sistema de classificação[2] com os seguintes sub-itens: • Linguagens aplicativas, ou de aplicação
• Linguagens concorrentes, distribuídas e paralelas • Linguagens de fluxo de dados
• Linguagens de projeto • Linguagens estensíveis
• Linguagens de montagem e de macro • Linguagens de microprogramação • Linguagens não determinísticas • Linguagens não procedurais
• Linguagens orientadas a objeto • Linguagens de aplicação especializada
• Linguagens de altíssimo nível Quanto ao paradigma
Diferentes linguagens de programação podem ser agrupadas segundo o paradigma que seguem para abordar a sua sintaxe: • Linguagem funcional
• Programação estruturada • Linguagem orientada a objetos
• Linguagem natural • Programação lógica
• Programação imperativa
• Fracamente tipada, como Quanto a estrutura de tipos
Smalltalk • Fortemente tipada, como Java
• Dinamicamente tipada, como Python
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Quanto ao grau de abstração • Linguagem de programação de baixo nível, binária, composta de zeros e uns
{0,1}, ininteligível pelo ser humano e executada diretamente pela máquina. • Linguagem de programação de médio nível, composta de símbolos muito
simples, num meio caminho entre a compreensão humana e a execução direta pela máquina, como Assembly
• Linguagem de programação de alto nível, composta de símbolos mais complexos, inteligível pelo ser humano e não-executável diretamente pela máquina, no
nível da especificação de algoritmos, como Pascal, Fortran, ALGO e SQL. Quanto à geração
• Primeira geração, as linguagens de baixo nível (Assembly) • Segunda geração, as primeiras linguagens (Fortran, ALGOL,...)
• Terceira geração, as procedurais e estruturadas (Pascal, C). Quarta geração, linguagens que geram programas em outras linguagens (Java,
C++), linguagens de consulta (SQL). • Quinta geração, linguagens lógicas (Prolog).
Referências 1. ↑ (em inglês) Mapa da história das linguagens de programação.
2. ↑ Sistema de classificação da ACM Ver também
• Linguagem compilada • Linguagem de script
• Linguagem interpretada • Lista de linguagens de programação
• Sintaxe de linguagens de programação • Paradigmas de programação
] Ligações externas • Todas as Linguagens de Programação catalogadas pelo Google.
• Enciclopédia de linguagens de programação (em inglês)
• Bibliografia
ORGANICK, E. I.;FORSYTHE, A. I.;PLUMMER, R. P.. Programming Language Structures. New York: Academic Press, 1978. 659 p. ISBN 0-12-528260-5 • WEXELBLAT, Richard L.. History of Programming Languages. New
York: Academic Press, 1981. 758 p. ISBN 0-12-745040-8 Principais linguagens de programação
Linguagens históricas (2GL, 3GL) Ada • ALGOL • Assembly • AWK • B • BASIC • BCPL • COBOL • CPL • Forth • Fortran • Lisp •
Logo • PL/I • Smalltalk
Linguagens acadêmicas Icon • Pascal • Prolog • Haskell • Lisp • Logo • Lua • OCaml • Scheme • Tcl • Unicon
Linguagens proprietárias ABAP • AWK • C# • Cω • COBOL • ColdFusion
• Delphi • Eiffel • Logic Basic • PL/SQL • PowerShell • SQL • Visual Basic
Linguagens não-proprietárias Ada • Assembly • C • C++ • Euphoria • Groovy •
Icon • Lisp • Logo • Pascal • PHP • Scheme • Smalltalk • Tcl • Unicon
Linguagens livres Boo • D • Erlang • Haskell • Java • JavaScript • Limbo • Lua • Perl • Python • R • Ruby
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Linguagens esotéricas
Befunge • brainfuck • Braintwist • FALSE • INTERCAL • Malbolge • PATH • Pbrain •
SNUSP • Unlambda • Whitespace
Sem falar de a maior parte das obras publicadas
pela tecnociência ser feita em inglês ou para ele vertida.
O INGLÊS COMO LÍNGUA INTERNACIONAL Assim como não é a direção do vento que determina o rumo do navegador,
não é a língua que o mundo fala que determinará o nosso destino. In the same way that the direction of the wind doesn't determine the sailor's destination,
the language we speak will not determine our destiny.
OBRAS TECNOCIENTÍFICAS EM INGLÊS
Ricardo Schütz Atualizado em 3 de junho de 2009
O PASSADO
Analfabetismo era comum na Idade Média. Quando um rei precisava comunicar-se com outro, contratava um escriba para desenhar a mensagem em linguagem escrita. É fato sabido, por
exemplo, que Carlos Magno, no século VIII, era analfabeto. A inexistência da imprensa dificultava a padronização da ortografia, fazendo da escrita uma arte complexa. A arte de bem escrever era uma habilidade profissional especializada, ao alcance de poucos. Esta talvez seja a razão pela qual em 1500 a expedição portuguesa sob o comando de Pedro Álvares Cabral
trouxe Pero Vaz de Caminha como escrivão da armada. Por volta de 1700 o índice de pessoas alfabetizadas na Europa era de apenas de 30 a 40 por
cento. Esse mesmo índice, por volta de 1850, já era de 50 a 55 por cento, enquanto que durante a segunda metade do século 19 a habilidade de escrever tornou-se uma qualificação
básica do ser humano. No século 20 o analfabetismo tornou-se definitivamente uma deficiência intolerável em qualquer plano social, em qualquer profissão. Um analfabeto nos
países desenvolvidos de hoje seria uma pessoa totalmente marginalizada. Isto que aconteceu com a habilidade de ler e escrever, está começando a acontecer com a
habilidade de se dominar uma segunda língua. Se compararmos a importância de se falar uma língua estrangeira 50 anos atrás com a necessidade hoje da pessoa ser bilíngüe, pode-se
facilmente entender a ameaça que o monolingüismo representa e imaginar o problema em que se constituirá quando nossos filhos tornarem-se adultos.
FATOS HISTÓRICOS RECENTES A história, ao coroar o inglês como língua do mundo, sentenciou o monolingüismo nos países
de língua não-inglesa a se tornar o analfabetismo do futuro. Mas como isso aconteceu? Em primeiro lugar, devido ao grande poderio econômico da Inglaterra no século 19,
alavancado pela Revolução Industrial, e a conseqüente expansão do colonialismo britânico, o qual chegou a alcançar uma vasta abrangência geográfica e uma igualmente vasta
disseminação da língua inglesa. Em segundo lugar, devido ao poderio político-militar do EUA a partir da segunda guerra
mundial, e à marcante influência econômica e cultural resultante, que acabou por deslocar o Francês dos meios diplomáticos e solidificar o inglês na posição de padrão das comunicações
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internacionais. O PRESENTE
A atual busca de informação aliada à necessidade de comunicação em nível mundial já fez com que o inglês fosse promovido de língua dos povos americano, britânico, irlandês,
australiano, neozelandês, canadense, caribenhos, e sul-africano, a língua internacional. Enquanto que o português é atualmente falado em 4 países por cerca de 195 milhões de
pessoas, o inglês é falado como língua materna por cerca de 400 milhões de pessoas, tendo já se tornado a língua franca, o Latim dos tempos modernos, falado em todos os continentes
por cerca de 800 milhões de pessoas (Todd iv, minha tradução). Estimativas mais radicais, incluindo falantes com níveis de menor percepção e fluência, sugerem a existência atualmente de um total superior a um bilhão. (Crystal 360, minha
tradução) Além disso, há estimativas de que 85% das publicações científicas do mundo; 75% de toda
comunicação internacional por escrito, 80% da informação armazenada em todos os computadores do mundo e 90% do conteúdo da Internet são em inglês.
Acrescente-se a isso a redução de custos de passagens aéreas, o que aumenta contatos internacionais em nível interpessoal. Em paralelo, a atual revolução das telecomunicações
proporcionada pela informática, pela fibra ótica, e por satélites, despejando informações via TV ou colocando o conhecimento da humanidade ao alcance de todos via INTERNET, cria o
conceito de auto-estrada de informações. Estes dois fatores bem demonstram como o mundo evoluiu a ponto de tornar-se uma vila global, e o quanto necessário é que se estabeleça uma
linguagem comum. Ao assumir este papel de língua global, o inglês torna-se uma das mais importantes
ferramentas, tanto acadêmicas quanto profissionais. É hoje inquestionavelmente reconhecido como a língua mais importante a ser adquirida na atual comunidade internacional. Este fato é incontestável e parece ser irreversível. O inglês acabou tornando-se o meio de comunicação
por excelência tanto do mundo científico como do mundo de negócios. Philip B. Gove, no seu prefácio ao Webster's Third New International Dictionary ilustra:
Parece bastante claro que antes do término do século 20 todas as comunidades do mundo vão ter aprendido a se comunicar com o resto da humanidade. Neste processo de
intercomunicação a língua inglesa já se tornou a língua mais importante no planeta. (5a, minha tradução)
E David Crystal acrescenta: À medida em que o inglês se torna o principal meio de comunicação entre as nações, é crucial
garantirmos que seja ensinado com precisão e eficientemente. (3, minha tradução) O FUTURO
Hoje já é previsível que dinheiro e riqueza material serão substituídos por informação e conhecimento, como fatores determinantes na estruturação da futura sociedade humana e
proficiência na linguagem de então será essencial para se alcançar sucesso.
You don't need long arms to embrace the world; you need English.
REFERENCES Ammon, Ulrich. The Dominance of English as a Language of Science. Walter de Gruyter, 2001
Crystal, David. English as a Global Language. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 1997 Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of the English Language. Cambridge, UK: Cambridge
University Press, 1999 Crystal, David. The Cambridge Encyclopedia of Language. Cambridge, UK: Cambridge University
Press, 1997 Fromkin, Victoria, and Robert Rodman. An Introduction to Language. Orlando, FL: Harcourt Brace &
Co., 1993. Gove, Philip B. Preface. Webster's Third New International Dictionary. Springfield, MA: Merriam-
Webster Inc., 1986. Radwin, Eugene. Multimedia Encyclopedia. Grolier Inc., 1992.
Todd, Loreto, and Ian Hancock. International English Usage. New York: New York University Press, 1990.
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Quarta-feira, Setembro 07, 2005 Independência e corte
Hoje, dia 07 de setembro, é feriado no Brasil. Dia da Independência. Da tutela
portuguesa, entenda-se. Hoje somos República Federativa. Contraditoriamente, vemos na atualidade um mundo de fronteiras cada vez mais
frouxas para aquisição de conhecimento. Cada vez mais dependemos de um mundo de informações para tomada de decisões em geral, e boa parte dessas informações é de
fácil alcance na internet. A ciência não é uma exceção nesse caso. Em minha opinião, o Brasil está numa situação peculiar no campo científico. É
detentor de biodiversidade, possui uma boa formação de recursos humanos para a pesquisa, investe uma quantia até razoável do PIB em projetos grandiosos (eu sei que isso soa estranhíssimo e surreal, mas quando comparado a maioria dos demais países, investimos um valor razoável em ciência, sim), mas produz um número de patentes e
publicações pífio. (Todos os dados estão claramente dispostos no link "Indicadores" do site do Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil. Por exemplo, lá está que 1% do PIB do país vai para projetos na área de ciência e tecnologia.) O Brasil tem tudo para
ser mais independente, mas não o é. O que acontece?
Gasto percentual em ciência e tecnologia no Brasil e no mundo, em relação ao PIB do
país.
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45 Produção científica brasileira percentual em comparação a alguns países do mundo,
medida pelo número de publicações em revistas indexadas pela ISI.
Número de patentes depositadas no ano de 2000 por diferentes países ao escritório de
patentes americano.
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Em primeiro lugar, ciência no Brasil é basicamente uma atividade mantida pelo governo. Enquanto nos EUA, Europa e Japão, uma parcela considerável (nos EUA, mais de 65%) dos investimentos na ciência vêm de capital privado - que claramente requerem lucro como contrapartida -, no Brasil o predomínio do capital público é claro - e caro. Por outro lado, não há bons incentivos fiscais para empresas privadas adotarem uma política de investimento maciço. Além do mais, fazer ciência é intrinsecamente uma atividade cara e de retorno a longo prazo - o que talvez explicaria por que o governo é o único investidor no país. Para conquistar o capital privado para tal, é necessário ser
bem pragmático e pensar longe. Fornecer uma garantia pelo menos mínima de que o investimento trará bom retorno.
E é aí que entra o problema maior. O cientista brasileiro não é, em geral, treinado para lidar com o lado econômico da ciência. É uma falha da nossa educação científica. Não falo só em fazer pesquisa
aplicada. Você pode muito bem estudar uma pergunta altamente básica, que aparentemente não trará retorno imediato ao sistema, mas ainda pode nessa mesma pesquisa vislumbrar uma utilização
clara daquele conhecimento que sirva de "menina-dos-olhos" para algum investidor. Esse é o exercício que boa parte dos cientistas brasileiros não fazem. Somos tímidos. E é em cima dessa
estratégia básica que a pesquisa anda nos países desenvolvidos: mesmo estudando algo aparentemente inócuo, os pesquisadores sabem "vender seu peixe", de forma a angariar fundos,
gerar o conhecimento básico e potencialmente gerar também lucros para a empresa financiadora - em última análise, pro país. A ciência pode muito bem ser materializada em uma das moedas
vigentes no mercado do conhecimento: patentes, tecnologias ou publicações. E isso traz um poder de barganha muito grande frente às demais nações.
Por outro lado, existe uma dificuldade econômica mais-que-real na produção de ciência no Brasil e atende pelo nome de imposto. Custa quase o dobro para se fazer ciência em terras tupiniquins
quando comparado com outras paragens, porque boa parte dos equipamentos e materiais essenciais para o trabalho são importados, sendo portanto altamente taxados. Além disso, dependem de uma
burocracia inacreditável para entrarem no país - eu conheço casos de equipamentos que ficam sentados em portos brasileiros por muitos meses antes de serem liberados pela alfandega fiscal. E a
burocracia também permeia com vigor a máquina acadêmica, atravancando a aquisição até de coisas simples, como consertos elétricos básicos. Em face desse problema, o cientista brasileiro é
praticamente levado a ser criativo, a improvisar em boa parte do tempo, ou a ter um senso de planejamento muito além do que as instáveis leis econômicas do governo permitem. Aí vem outra questão interessante: poderíamos ser criativos e produzir alguns dos materiais e equipamentos. E somos. Mas há limites. E quando esses limites chegam (até nos países desenvolvidos existe uma interdependência muito grande de tecnologia e equipamentos estrangeiros), quando efetivamente
precisamos de algo importado, é necessário que seja feito um investimento com retorno - a ciência de saber "vender o peixe" entra aqui, mais uma vez. O diálogo entre investidor e cientista precisa
deixar clara as possibilidades de lucro em cima das descobertas e avanços que o investidor vai fazer. Uma bola de neve que passa pela educação financeira do pesquisador.
O Brasil tem um potencial científico gigantesco. Pode ser um país central no desenvolvimento de novas fontes de energia (como biodiesel, por exemplo). Pode ser fundamental na criação de
tecnologias alternativas sustentáveis. Possui uma reserva de biodiversidade invejável. O mais importante: tem cérebros brilhantes. No entanto, perde boa parte desse futuro-mais-que-perfeito em burocracia e impostos. É necessário que em algum momento demos o grito de independência desse ciclo vicioso, permitindo o corte do cordão umbilical que aliviará essa tensão tão peculiar
existente na ciência. E que levará a um desenvolvimento de tecnologias mais consistente e lucrativo pro país como um todo.
Porque o mundo deve ser encarado como muito pequeno para nossas humanas aspirações grandiosas.
Capítulo 10 Pala-dar
No Brasil existe uma gíria que fala em “dar uma
pala”, quer dizer, uma palavra, um chave, quase transferir um segredo, ajudar a caminhar. Podemos usar “pala” para compor a palavra pala-dar, dar uma “pala”, sendo paladar
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um dos sentidos do corpo-mente (externinterno, como sempre). Como paladar está ligado à língua, vão aí múltiplos sentidos.
PALADAR NOVO ATRAVÉS DA LÍNGUA NOVA
Em resumo, esse complexo fenômeno que é o falar
deve ser reinvestigado PORQUE a língua é a ligação entre o indivíduo isolado e a multiplicidade dos seres exteriores: ela é a responsável por sermos coletivos como somos hoje.
A Língua geral criou o corpomente exterior, multiplicou a humanidade por bilhões e continuará a multiplicar. Não se diz que “é falando que a gente se entende”? Na realidade, também se desentende. Contudo, falando melhor nos entenderemos melhor e seremos capazes de nos desentender menos.
Vitória, domingo, 07 de junho de 2009. José Augusto Gava.