A Europa e o Mundo no limiar do do sec.XX - PP 9º ano
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A Europa e o Mundo no limiar do A Europa e o Mundo no limiar do séculoséculo XXXX
• 1. Hegemonia e declínio da influência europeia
• A) Imperialismo e colonialismo
• O apogeu da Europa
História O Professor – Alberto Telmo Araújo
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A Europa e o MundoA Europa e o Mundo• A superioridade da Europa em relação aos outros
continentes no início do Séc. XX devia-se sobretudo ao rápido crescimento provocado pela industrialização e ao domínio cultural sobre extensas zonas do globo.
De facto a Europa tinha-se tornadoDe facto a Europa tinha-se tornado:
1. A “fábrica do mundo” => assegurava mais de metade da produção industrial mundial, exportando para toda a parte os seus produtos, (tecidos, máquinas, etc),
2. O “banqueiro do mundo” => investia os seus capitais em todas as actividades lucrativas de todos os continentes (plantações, minas, caminhos-de-ferro, portos), sendo europeus 87% dos capitais investidos mundialmente;
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Continuação:Continuação:3. O “comerciante do mundo” => pertenciam-lhe quase todas as
grandes companhias de transporte, através das quais controlava o comércio mundial (62% das trocas internacionais eram realizadas pelos europeus).
Um desenvolvimento desigual
Nem todos os países da Europa tinham o mesmo grau de desenvolvimento:
As potências mais industrializadas eram a Inglaterra, a Alemanha, a França e a Bélgica.
Ao contrário, os países do Sul (Itália, Espanha e Portugal) e do Leste (caso da Rússia), só lentamente começaram a industrializar-se.
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Os países rivais da EuropaOs países rivais da Europa
Os EUA tinham começado a tornar-se, a partir da segunda metade do século XIX, um grande rival da Europa, retirando-lhe a pouco e pouco, o domínio de alguns mercados mundiais. No início do século XX, eram já o maior produtor em áreas como a energia e a metalurgia pesada.
Quanto ao Japão, era, no começo do século, uma potência industrial em franco crescimento. Os salários dos trabalhadores eram muito baixos, pelo que conseguia fabricar produtos a preços muito competitivos, que exportava sobretudo para os vizinhos mercados asiáticos.
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A – Um novo colonialismoA – Um novo colonialismo• Industrialização e imperialismo
Entre os séculos XV e XVIII, vários países europeus, como Portugal, Espanha, Holanda, Inglaterra e França, tornaram-se grandes potências coloniais. Foi a primeira fase do colonialismo europeu no Mundo.
A partir do fim do século XVIII, o colonialismo europeu parecia começar a recuar, primeiro com a independência dos EUA e, depois com a independência das colónias da América Central e do Sul.
Todavia, no século XIX, o rápido crescimento do capitalismo industrial e financeiro fez com que os países mais industrializados procurassem não só alargar os seus territórios coloniais como reforçar o domínio sobre os países menos desenvolvidos. É a esse esforço de expansão territorial e de dominação económica e política que se chama imperialismo (Conceito).
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Continuação …Continuação … Quais os objectivos da política imperialista? Obter matérias-primas
a baixo preço, fazer investimentos rentáveis e criar novos mercados para escoar os produtos industriais. Além disso, procurava-se também encontrar destinos para a emigração dos países europeus, então num período de grande crescimento demográfico. (M. Imp.)
• Da dominação económica e política … O imperialismo europeu manifestou-se sobretudo pela
ocupação de novas colónias na África e na Ásia. Além disso as grandes potências também conseguiram dominar países politicamente independentes, mas economicamente subdesenvolvidos. Tornou-se grande, por exemplo, a influência europeia sobre Estados independentes como a China e o Irão. Por sua vez, os países da América Central e do Sul estavam, em grande parte, sob a dependência económica dos Estados Unidos.História
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Continuação …Continuação …
… à dominação cultural
Além da dominação económico-financeira e da dominação política, esses territórios ficavam também sujeitos à dominação cultural.
De facto, os colonizadores impunham a sua língua, a sua religião e os modelos culturais de origem europeia aos povos colonizados. Havia de facto um preconceito racista, já que se partia do princípio que os povos e a civilização da Europa eram superiores aos povos não brancos e ao seu tipo de cultura. (ver Doc.º 2 – Pág. 15).
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A partilha do mundoA partilha do mundo• Cobiça pela África
Uma das mais evidentes manifestações da vaga imperialista do século XIX foi o interesse dos europeus pelo continente africano. A partir de 1850 realizaram-se várias viagens de exploração patrocinadas pelas grandes potências. Os exploradores Stanley, Livingstone e Brazza, percorreram, no interior de África, grandes extensões até aí desconhecidas dos Europeus.
Assim se foram revelando as enormes potencialidades africanas, sobretudo em matérias-primas, o que despertou a cobiça dos países industrializados.
Em 1885, as principais potências europeias, reunidas na Conferência de Berlim, decidiram repartir a África entre si, estabelecendo o princípio da ocupação efectiva, isto é, os territórios africanos deviam pertencer aos países que tivessem meios para os ocupar de facto. Isto só veio a favorecer os países mais poderosos. (Doc.º 2)
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• No início do século XX, a Inglaterra e a França partilhavam grande parte do mundo fora da Europa. O maior império mundial era, de longe, o Império Britânico. Englobava três tipos de territórios: os domínios (Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul), com uma grande implantação de população branca e tendo muita autonomia; os protectorados, países teoricamente independentes mas subordinados à autoridade inglesa ( ex. Egipto); as colónias, administradas directamente por funcionários ingleses. Na Ásia, a colónia britânica mais importante era a Índia. No continente africano, o império inglês ia praticamente do Egipto à África do Sul.
• O segundo império colonial, em extensão, era o Império Francês. Ocupava uma grande parte de África e extensos territórios na Ásia.
• A Alemanha, que chegara mais tarde à competição colonial, teve de contentar-se com alguns domínios, em África e no Pacífico. A Bélgica conseguiu uma grande colónia em África, o Congo Belga.
Os senhores do mundoOs senhores do mundo
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Continuação …
• Portugal, a Espanha e a Holanda conservaram alguns territórios que tinam ocupado nos séculos XV a XVII.
• O imperialismo começou por ser um fenómeno europeu. No entanto, também os Estados Unidos entraram na corrida, controlando Cuba e dominando as ilhas Hawai, Porto Rico e as Filipinas. O Japão, por sua vez, depois de guerras com a China e com a Rússia, obteve territórios em ambos os países, alargando, assim, a sua área de influência económica e militar.
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O colonialismo português em ÁfricaO colonialismo português em África
• O Império Português No fim do século XIX, Portugal mantinha ainda um extenso
império colonial, apesar da concorrência das grandes potências. Em ÁfricaÁfrica, possuía: Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe, Angola e Moçambique e, na ÁsiaÁsia, o Estado da Índia (Goa, Damão e Diu) Macau e Timor. De todos, os mais ricos e extensos eram as colónias africanas de Angola e Moçambique. No entanto poucos portugueses lá viviam e estavam concentrados junto ao litoral. De facto Portugal era um país pouco populoso e com poucos recursos para a colonização de territórios tão extensos.. Além destes aspectos, há a realçar o facto da preferência dos Portugueses. Ao longo de séculos pelo Brasil, onde viviam muitos milhares.
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A viragem portuguesa para África
• A independência do Brasil, em 1822, fez com que surgissem projectos para um melhor aproveitamento dos vastos espaços coloniais africanos. O marquês de Sá da Bandeira, que chefiou vários governos entre 1836 e 1870, foi um dos principais defensores dessa política.
• Na segunda metade do século XIX, realizaram-se dezenas de viagens de exploração em direcção ao interior, de forma a abrir caminho à colonização. Dessas expedições, as mais famosas foram as que atravessaram o continente africano, de uma costa à outra. Foram seus autores o capitão Serpa Pinto, em 1877-791877-79, e, em 18841884, os oficiais da Marinha Capelo e Ivens.
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A reacção inglesa A reacção inglesa
• Como consequência da Conferência de Berlim, acabaram por entrar em choque os interesses dos PortuguesesPortugueses e as pretensões de outros países, sobretudo da Alemanha e da Inglaterra. Portugal não tinha qualquer presença em muitos dos espaços que reivindicava no interior de África. De 1885 a 1890, foram enviadas algumas expedições militares para Angola e Moçambique e pretendeu-se mesmo ocupar as vasta zona entre os dois territórios. Este projecto ia contra o plano da Inglaterra de ligar “o Cabo ao Cairoo Cabo ao Cairo”. Em 1890, os Ingleses obrigaram Portugal a abandonar aquela zona sob a ameaça de um ultimato. No ano seguinte, um tratado entre Portugal e a Inglaterra fixou as fronteiras de Angola e Moçambique, as quais se mantiveram até hoje praticamente sem alterações.
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O Mapa Cor-de-rosaO Mapa Cor-de-rosa
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O Ultimato Britânico O Ultimato Britânico (11 de Janeiro de 1890)(11 de Janeiro de 1890)(caricatura)(caricatura)
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