A educação do novo doente (Pharmagazine N8)
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Rui Belonae-Business Director - JRS Pharmarketing
A educação do “novo” Doente
Panorama ActualA pressão financeira e organizacional que se tem abatido sobre a Indústria Farmacêutica (IF) está num nível nunca antes visto, ao qual se juntam as políticas governamentais.
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Por seu lado, o Governo sofre uma pressão diferente, em que o envelhecimento generalizado da população está a cobrar dividendos sobre a economia. Enquanto os custos com a saúde aumentam, o rendimento obtido junto da população activa, que suporta esses mesmos custos, não acompanham essa subida.
Como resposta, a nível internacional, estão a acontecer mudanças na forma como a saúde está a ser gerida, em que todos os factores começam a apontar no sentido da responsabilização do doente pela gestão da sua saúde.
Estratégia centrada no doente
Os modelos centrados no Doente têm como pilar base as necessidades do Doente, ao mesmo tempo que exigem uma maior responsabilidade da parte do mesmo na gestão da sua saúde.
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Esta estratégia não tem regras definidas, implicando a escolha de práticas que possam trazer maior benefício para o Doente:
Assegurar que o Doente recebe o melhor tratamento a um preço razoável Sensibilizar o Doente
para as especificidades da doença
Evitar o agravamento da doença
Assim, o Doente pode esperar um melhor tratamento, desde que:
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Quem é o “novo” Doente?
O “novo” Doente não é aquele que acabou de saber que está doente… É sim aquele que vê a doença e a informação de outra forma.Ele tenta saber mais informação sobre a sua doença (ou do familiar), pesquisa na Internet, está atento às campanhas de comunicação e procura ver toda a informação disponível. O “novo” Doente prepara-se para a visita ao seu médico. Ele senta-se à sua frente, enumera os sintomas e a frequência com que os sente, leva literatura sobre a doença (geralmente retirada da Internet) que cobre as causas, os sintomas, possíveis diagnósticos e tratamentos.
Que ferramentas utilizar?
A interactividade e o multimédia devem fazer parte de qualquer acção para o “novo” Doente. As ferramentas de design permitem a produção de
conteúdos em interactivos flash e 3D, mais apelativos para estes públicos-alvo.Além disso, a retenção da mensagem transmitida apresenta um maior nível com conteúdos multimédia quando comparados com papel e vídeo. Qualquer que seja a ferramenta, ela deve permitir:
Colocar questões aos doentes e dar feedback de forma a verificar a compreensão e garantir retenção dos conteúdos apresentados. Apresentar os
conteúdos ao ritmo de
aprendizagem de cada doente ou utente. Utilizar gráficos,
animações e narração do texto de forma a atrair a atenção dos utilizadores e simplificar conceitos médicos complexos.
Que meios utilizar?
A Internet é uma ferramenta importante, que permite massificar o acesso à informação de uma forma sem precedentes. Este processo é cada vez mais possível de ser executado, já que o acesso à Internet está cada vez mais disseminado
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e a banda larga domina o ciberespaço em Portugal. No primeiro trimestre de 2009, mais de metade dos agregados domésticos (56%) tinham acesso a computador e 47,9% dispunham de ligação à Internet em casa; entre estes, 96,4% (46,2% do total de agregados) efectuava a ligação através de banda larga. A localização destas acções pode ser feita através de quiosques interactivos ou mesmo a distribuição de CD’s, permitindo controlar o local de acesso aos conteúdos.
Que conteúdos utilizar?
Uma das grandes questões acerca da informação, a que o “novo” Doente tem acesso, tem a ver com a fiabilidade. As fontes de informação são várias, mas a qualidade nem sempre é a melhor. No entanto, se formos analisar as fontes de informação, poucas têm origem na IF.Não terá a IF interesse em comunicar com a população? Diríamos que sim, mas o
que acontece normalmente são campanhas de sensibilização tímidas que alertam para uma determinada patologia mas que não veiculam nenhuma informação adicional sobre essa patologia. Isto leva a que o “novo” Doente tome conhecimento dessa patologia, mas quando vai procurar mais informação encontra fontes duvidosas e conteúdos dúbios e erróneos.
O facto de a legislação ser mais restritiva no que toca à comunicação com a população não deve servir de desculpa para afastar a IF deste tipo de acções. Os “novos” Doentes estão ávidos de informação. Na nossa experiência com o Portal de Oncologia Português, e mesmo com o RCM Pharma, somos contactados diariamente pela população a pedir mais informação sobre determinada notícia. Existe um espaço que não está preenchido junto do público em geral no qual a IF pode (e deve) ter um papel determinante.
Vantagens da educação do “novo” doente
Melhorar o resultado final da terapêutica com uma maior compliance por parte do doente; Reduzir o tempo gasto
pelos profissionais de saúde em actividades de prestação de informação e instruções; Reduzir custos
decorrentes da realização e stock de folhetos de patient education; Aumentar a satisfação
do doente/utente com serviços de qualidade e melhor utilização do seu tempo de espera (nos casos em que são colocados suportes físicos em locais onde existem situações de espera: Centros de Saúde, USF’s, Farmácias, etc.). Maior retenção dos
conteúdos apresentados.
Experimente por si… faça um pequeno teste no portal RCM Pharma.
Rui Belona
Comente este artigo na versão online disponível em www.rcmpharma.com/
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PREENCHIDONO QUAL A
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“EXISTE
JUNTO DO PÚBLICO EM GERAL
IF
UM ESPAÇO
UM PAPEL
DETERMINANTE.”
QUE NÃO ESTÁ
PODE (E DEVE) TER