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     A CRIMINALIDADECOMPARADA 

    Gabriel TardeTradução de Maristella Bleggi Tomasii

    eBooksBrasil

     

     A Criminalidade Comparada – Gabriel Tarde(La Criminalité Comparée, Félix Alcan, Paris,

    1886)

    Trad!"o# $aristela %le&&i Tomasini

    mtomasini'cpoonet

    *bra baseada na 8a edi!"o +rancesa de 1-.,com notas e coment/rios

    Fonte di&ital# 0ocmento da Tradtora

     ers"o para e%oo2 e%oo2s%rasil

    3 -44. –$aristela %le&&i Tomasinimtomasini'cpoonet

     

    http://www.ebooksbrasil.org/nacionais/ebooklibris.htmlhttp://www.ebooksbrasil.org/http://www.ebooksbrasil.org/http://www.ebooksbrasil.org/nacionais/ebooklibris.html

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     !ea"Gabriel #de$ Tarde#%&'("%)*'$

    5/ m minimm de prest&io 7e m&oerno n"o pode dispensar, e 7e se

    +ndamenta, primeiro, sobre spersti!es elendas poplares, ilminras do direito

    diino, erro +ndamental m dia e ital dassociedades 9ando ele se desanece, é

    preciso procrar otras bases para a

    atoridade, mas s"o sempre :c!es, apenasmais arti:ciais, o se;a, mais racionais, e maisconscientemente +abricadas

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    41 Caracteres anatmicos * corpo A cabe!a Contraste per+eito com o tipo ideal de5e&el

    4- Caracteres :siol>&icos e patol>&icosDtilidade dessa descri!"o +sica4E Caracteres psicol>&icos Analo&ias com osela&em, di+erencia!es do locoelatiidade do crime, n"o da locra Fatos7ali:cados como crimes em diersas épocasesponsabilidade do criminoso e n"o do

    loco Por 74. Caracteres sociol>&icos Grandesassocia!es de mal+eitores# CamorraHen=ma similitde com as tribos sela&ensTata&em e &ria das prises de +or!adosGra+olo&ia criminal4I Tentatia de explica!"o As ml=eres tm

    o tipo criminal *s tipos pro:ssionais46 Atena!"o possel do rs criminal noaman="

    Captlo

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    4I $a&istratra &ica

    e&ra te>rica das aria!es de 7e se tratam4-

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    por casas +sicas, mas por casas sociais 7e+a@em marc=ar a ciili@a!"o do $eio0ia aoHorte e do Leste ao *este nos tempos

    modernos Ali/s, tendncia da ciili@a!"o emirradiarse em todos os sentidos4- 5omicdio e rcios %ertillon *sicdio militar4E * Aman=" do Crime0pla ertente das sociedades olptosidade crescente 0e:ni!"o do delito Amplia!"o pro&ressia dos dois crclosconcntricos da moral * pr>prio pro&resso

    moral operado pelas descobertas imitadasCada ciili@a!"o tende a deorar sa pr>priacriminalidade Jmbriolo&ia do delito * ideal+tro4. Ciili@a!"o e $entiraLi&a!"o entre a delitosidade e o esprito dementira

    *ra, tilidade, sen"o necessidade, em todocaso, niersalidade social da mentira9est"o de saber se o pro&resso tende aen+ra7ecla o a +orti:c/la ela!"oinersa entre a erdade e a eracidade, entrea mentira e o erro is"o =ist>rica Lo&o,necessidade da ima&ina!"o B ista da ils"onecess/ria B ni"o social eli&i"o doaman="

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    Hotas

     

    Pre./,io

     

    *s estdos 7e se "o ler ;/ apareceram

    na maior parte na Revue philosophique, e aatalidade – in+eli@mente mito eidente – dese assnto leame a reprod@ilos ecomplet/los Jm toda parte, na Fran!a comono estran&eiro, na Mt/lia, notadamente, as7estes da criminalidade e da penalidades"o a ordem do dia Dma necessidade dere+ormas, 7e nada tem de arti:cial, +a@sesentir a7i Jla n"o é proocada apenas pelotransbordamento do delito, mas pelaconscincia cada dia mais ntida desse malcrescente, de ses caracteres e de sascasas, &ra!as aos pro&ressos da estatsticaJssa +onte totalmente noa de in+orma!es,7e =abito o p?blico contemporNneo a eros +atos sociais em &randes propor!es, n"ocon+sos e didosos como os iam as&era!es de otrora, mas t"o precisos e t"ocertos 7e cada m de ses detal=es o cond@a tratar todas as 7estes sociais como=omem de Jstado ela n"o é in?til, porexemplo, na renoa!"o da economia poltica,onde o anti&o indiidalismo, – ainda 7e

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    adindo de se socialismo de escolaatalmente na moda, – doraante +a@ setempo * mesmo método introd@, no estdo

    dos +atos precisamente opostos aos +atoseconmicos, – 7ero di@er, os +atos delitosos,– m esprito no mesmo sentido inoador H"oé mais permitido ao criminalista do presenteser m simples ;rista, exclsiamentepreocpado com os sa&rados direitos doindido, a aplicarl=e as conse7Qncias de

    ses atos, com a l>&ica de m comentadorciil, a cada caso B parte ele dee ser mestatstico:l>so+o, preocpado, antes detdo, com o interesse &eral H"o é ma 7ese;a também m poco alienista eantrop>lo&o, por7e, ao mesmo tempo em7e a estatstica criminal nos mostra os

    delitos e os delin7Qentes em &rpos, aantropolo&ia criminal acredita descobrir ali&a!"o da tendncia aos diersos crimes comcertos caracteres corporais =eredit/rios, demodo al&m indiidais e a patolo&ia doesprito, pelo con=ecimento mais aan!ado dosistema neroso, – sem nem mesmo +alar

    sobre as experincias da s&est"o anormalentre os =ipn>ticos, – +or!anos a reedi:carsobre bases mais pro+ndas a teoria daresponsabilidade penal, a procrar, mitoalém do indido, a erdadeira ori&em e o erdadeiro alcance de ses atos Jstatstica,antropolo&ia, psicolo&ia :siol>&ica, tantoscamin=os cient:cos noos, onde o estdorenoado do crime, a criminalidade

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    comparada, – se me permitem este nome, – é,de 7al7er sorte, a encr@il=ada R certo7e n"o se pretende, no 7adro restrito deste

     olme, resoler os problemas 7e elesblea

    R s:ciente ao ator aportar sa parte dedados e resen=as B7eles 7e elaboram assol!es $as deese conir também 7ema preocpa!"o sistem/tica +oi a almaescondida deste trabal=o e a li&a!"o estreitadesses +ra&mentos esparsos Jle procro aaplica!"o e o controle de m ponto de istaparticlar, ao 7al est/ =/ mito tempo :xadoem cincia social, e 7e acredita bastantepr>prio a esclarecer m campo deexplora!es bem sperior B7ele deste liro0essa coletNnea citada mais acima, no crsode diersos arti&os a7i n"o reprod@idos, ele+e@ so mitas e@es

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    0esde 7e aparece este pe7eno liro, acorrente re+ormadora, da 7al ele +oi o dese;oe o an?ncio, estendese e +orti:cose alémde nossas esperan!as Pderamse er, no&icas de pre+erncia Bs biol>&icas, ea repress"o do delito demandando meios deordem moral de pre+erncia B natral, – tendea di+ndirse e a rec=a!ar cada e@ mais atese contr/ria

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    essencial B express"o de m pensamento 7eme parece erdadeiro B sa =ora, do 7al as aria!es sobreindas depois n"o me :@eram

    a+astar mito Certas passa&ens deste olme, é erdade, – em pe7eno n?mero, seme parece, ali/s, – enel=eceram mas aspessoas 7e est"o ao corrente dessas7estes saber"o +acilmente discernilas e,7anto B7elas 7e n"o discernirem, nadater"o a perder com se interesse por elas

     

    Ca03tulo Primeiro

    O Ti0o Crimial

     Jstais criosos para con=ecer a +ndo o

    criminoso, V n"o o criminoso de ocasi"o 7ea sociedade pode imptarse na maior parte,V mas o criminoso nato e incorri&el pelo7al a natre@a, 7ase nicamente, di@emnos, é respons/elS Lede a ?ltima edi!"o de O Homem Delinqüente de LombrosoW1X 7e +oi,=/ dois anos, trad@ida para o +rancs9anto é lament/el 7e ma obra dessa+or!a e dessa densidade, ma talconcentra!"o de experincias e deobsera!es t"o en&en=osas 7antoperseerantes, e onde se resme o trabal=on"o de todo estéril de ma ida inteira, de

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    toda ma escola inoadora, n"o pde,mal&rado a +or!a dos erros, tentar a plma dem tradtor +rancsY Tale@, para di@er a

     erdade, o assnto n"o pare!a de incio mitointeressante Jssa anatomia ilstrada, +sica emoral de =omicidas, de &atnos, de odiososs/tiros (stupratori) é t"o minciosaY lo&o o, depre+erncia, n"o se nos deemos espantar de er, se&ndo as pretenses ;sti:cadasdanuova scola, a criminologia (este é o ttloda ?ltima obra de Garo+aloWEX) entrar comom caso particlar na

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    *% 4 Cara,teres aat5mi,os6 O ,or0o6 A,abeça6 Cotraste 0er.eito ,om o ti0oideal de 7egel6

     

    Jxaminemos, pois, separadamente, oscaracteres anatmicos, :siol>&icos,patol>&icos, psicol>&icos, en:m, 7e se

    prod@em com ma +re7Qncia not/el entreos mal+eitores =abitais, e 7e parecemsinalar, entre eles, os mal+eitores=eredit/rios H>s nos ocparemos dos adltosapenas, e principalmente dos =omens

     Anatomicamente, o criminoso é, em &eral,alto e pesadoW.X J n"o di&o +orte, por7e é+raco de m?sclos, ao contr/rio Pelo setaman=o e se peso médio, ele ltrapassa amédia das pessoas =onestas, e essasperioridade é mais acentada no assassino7e no ladr"o J deo di@er, todaia, 7e asmedidas de Lombroso sob esse ponto de ista,tomadas na Mt/lia, est"o em contradi!"o com

    as medidas tomadas na Mn&laterra porT=ompson e Zilson, e n"o est"o sempre deacordo com a7elas de se compatriota ir&ilio Acrescento 7e, se&ndo Lombroso,ele mesmo, as ml=eres criminosas s"oin+eriores Bs ml=eres normais em peso *7e parece +ora de d?ida é o &rande

    comprimento dos bra!os, 7e aproximaria o

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    criminoso dos 7adr?manos Dma otrasin&laridade, n"o menos bem estabelecida, e7e e acredito a prop>sito notar desde

    a&ora, V ainda 7e ela se;a :siol>&ica depre+erncia a ser anatmica, V é aextraordin/ria propor!"o de ambidestrosJles s"o três vezes mais nmerosos entre oscriminosos, e quatro vezes entre ascriminosas, +rente Bs pessoas =onestas

    9anto aos crNnios, 7anto aos cérebros,eles a7i in+ormam mito mal aosantropolo&istas, e Lombroso é obri&ado acon+essar 7e se trabal=o +oi+re7Qentemente mito mal recompensadoPrimeiramente# a capacidade craniana dosmal+eitores é in+erior B nossaS Msso parecepro/el Lombroso e Ferri di@em sim, como Amadei, %enedict e otros %ordier e 5e&erdi@em n"oWIX 0e acordo com este ?ltimo, oscriminosos ltrapassam em n?meroprecisamente nas capacidades speriores,a7elas de 1I44 a 1[44 cm\ Jm todo caso, écerto 7e, nas capacidades intermedi/rias e erdadeiramente normais, se n?mero é mais

    +raco, de sorte 7e sa sperioridade, 7andoela se prod@, teria os caracteres de maanomalia

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    similitdes, como eremos mais adiante 0irseia 7e a re&ress"o da forma +oi até certoponto compensada neles, como entre certos

    &randes e&etais de tipo in+erior, pelopro&resso, ao menos relatio, da matéria A7ilo 7e e n"o entendo bem, por exemplo,é 7e a cabe!a dos assassinos +oi encontradamais +orte 7e a dos ladres H"o énecess/rio, todaia, mais inteli&ncia paracalclar m robo 7e m assassinatoS Msso

    pode se deer, di@emnos, a 7e abra7ice+aliaW6X domine entre os assassinos ea dolicoce+aliaW[X entre os ladres, por7e a+orma redonda da cabe!a é mais anta;osa7e a +orma alon&ada do ponto de ista do olme A prop>sito, obserase 7e Gall,tale@, =oesse tido ma inti!"o ;sta,

    locali@ando nas tmporas a bossa dacreldade $as, ainda a7i, a d?ida épermitida pela contradi!"o dos dados e, alémdisso# a bra7ice+alia dos assassinos, +osse elaadmitida, seria ma ra@"o a mais paraassimil/los aos nossos primeiros ancestraisSH"o, se obserarmos com 9atre+a&es,

    notadamente, 7e esses s"o os tro&loditasbra7icé+alos do LesseW8X, c;os =/bitosino+ensios s"o atestados pela asncia de7al7er arma de &erraU, en7anto os=omens de Canstadt e Cro$a&non(dolicocé+alos) se nos apresentammani+estando todos os instintos depopla!es ca!adoras e &erreirasWXU

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    Jm reanc=e, parece certo 7e osmal+eitores tm a +ronte +&idia, estreita eslcada, as arcadas sperciliares salientes, as

    caidades oclares mito &randes, V comoa7elas das aes de rapina, V os maxilaresproeminentes e mito +ortes, as orel=asa+astadas e &randes, em asa: eis a os tra!osbem ntidos da sela&eriaW14X Acrescentamse diersas anomalias, o 7e seria mitolon&o enmerar e, em particlar, a +alta de

    simetria craniana o +acial pronnciada e+re7Qente Jssa irre&laridade mais o menosc=ocante, 6[ e@es em 144, +oi obserada porossel sobre criminosos Tmse, pois,ra@es nas 7ais n"o se acreditaa, 7ando sedi@ia de m =omem icioso 7e ele eraesconso A mesma assimetria +re7Qente

    obserase entre os sela&ensS *santropolo&istas n"o di@em nada * 7e maisimporta notar, di@ nosso ator, é 7e areni"o de mitas anomalias de ma s> e@nm mesmo crNnio apresentase, entre oscriminosos, .E e@es em 144, en7anto cadaanomalia n"o se apresenta isolada sen"o -1

     e@es em 144U Jlas relacionamse, pois,intimamente mas Bs otras, como+ra&mentos de m tipo 7e procra seconstitir, o se reconstrir, dirseia

    Lombroso atribi ma importNnciaparticlar V e 7ase paternal V a maanomalia 7e ele descobri, a saberW11X,

    a7ela da +osseta média, 7e se encontra em

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    l&ar da crista, sobre o osso occipital, napropor!"o de 16^ entre os criminosos e deI^ entre os n"ocriminososU A propor!"o é

    de 14 a 1-^ entre os locos, de 1.^ nasra!as pré=ist>ricas e de -6^ para osind&enas da América, mas acrescentese 7eela é de --^ entre os ;des e os /rabes, en"o nos es7e!amos de 7e, de acordo com aestatstica criminal +rancesa na Ar&élia, acriminalidade dos /rabes é bem in+erior

    B7ela dos eropesW1-X 0a e conclo 7e,se o criminoso pode lembrar o sela&em, ob/rbaro o o semiciili@ado, tal similitde,ali/s, criosa n"o contribi de nen=m modopara explicar por 7e ele é criminoso

    Hota bem poco lison;eira para o nossosexo# a ml=er criminosa, por ses caracterescraniol>&icos, é mito mais masclina 7e aml=er =onesta

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    at>psias dos spliciados, é mito raro n"oencontrar a constata!"o de leses cerebraismais o menos pro+ndasU Jst/se, todaia,

     ;/ em condi!es de determinar as anomaliasdo cérebro 7e caracteri@am o criminosocomo se pde, até certo ponto, especi:cara7elas de se crNnioS H"o ApenasLombroso acreditase atori@ado a conclir7e o desio +re7Qente do tipo normal lembraa7i, no raramente, as +ormas pr>prias aos

    animais in+eriores o as +ormasembrion/riasU tese, seriamaterialmente pro&ressia e intelectal emoralmente retr>&rada 0i&amos também7e, de acordo com Jtec2s (citado em notapor Lombroso), as anomalias dascircnol!es cerebrais, no criminoso, s"o

    de das espécies, e a7elas da primeiracate&oria n"o se relacionam a nen=ma +ormaanimal o =mana, a 7al7er tipo normal,mesmo in+erior

    H"o nos omitimos de ponderar a7iobsera!es bastante sin&lares# o criminoso(e também a criminosa) é muito mais

    +re7Qentemente morenoW1EX 7e loroW1.X, é

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    mito cabeldo e tem poca barba –0escon:ai do imberbe, di@ m proérbioitaliano – Jn:m, n"o tem 7ase nnca o nari@

    direito o ladr"o temno leantado, parece, e oassassino, adnco

    Jsta ?ltima obsera!"o pode +a@er sorrirmas, lendoa, lembrome da importNncia mpoco bi@arra, n"o sem pro+ndidade,todaia, 7e o el=o 5e&el, emsa !sth"tique, atribi B +orma do nari@, paraexplicar a bele@a do per:l &re&o Jntre a+ronte, onde se concentra a express"oespirital da +ace =mana, e o maxilar, onde abestialidade se exprime, o nari@ parecel=eser o >r&"o intermedi/rio 7e contribipoderosamente para +a@er pender a balan!aem +aor de ma o de otra * nari@ tende,de acordo com 5e&el, a tornar a besta o oesprito predominante, se&ndo, por malin=a direita, apenas crada, ele se naintimamente a ma +ronte reta, na e pra,c;a re&laridade, por assim di@er, prolon&ese nele o, destacado da +ronte deprimida eescaada de r&as, por ma lin=a 7ebrada, e

    ele pr>prio ac=atado o mesmo a7ilino,incorporese de pre+erncia B boca e aomaxilar, sobretdo se eles s"o &rosseiros eproeminentes Jsta explica!"o, e con+esso,n"o é das mais cient:cas e n"o enri7ecemito a antropolo&ia $as e n"o sei se ser/+/cil a esta cincia +ornecernos ma

     ;sti:catia simplesmente tilit/ria, de

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    nen=m modo estética, das di+erentes +ormasdo nari@W1IX R certo ao menos 7e, por sa+ronte e nari@ retilneos, por sa boca estreita

    e &raciosamente ar7eada, por se maxilarretrado, por sa orel=a pe7ena e colada Bstmporas, a bela cabe!a cl/ssica +orma mper+eito contraste com a7ela do criminoso,c;a +ei?ra é, em sma, o car/ter maispronnciado

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    apenas pr>prios B mordida e B masti&a!"o,mas ainda ao sorriso e B palara, s"o belos, es"o tanto mais belos 7anto ambas as +n!es

    sociais de +alar e de sorrir mais ltrapassemneles as +n!es indiidais de morder e demasti&ar *ra, m maxilar &rosseiro, porexemplo, é mito bom para masti&ar, masmito incmodo para exprimirse Também osantropolo&istas nos d"o a se&inte re&ra# A mandbla é mais pesada em rela!"o ao

    crNnio entre os antrop>ides 7e entre os=omens, entre as ra!as in+eriores 7e asciili@adas, entre os =omens 7e entre asml=eres, entre os adltos 7e entre ascrian!asU Jstas das ?ltimas obsera!esd"o o 7e pensar Jm todo caso, a +acilidadede eloc!"o das ml=eres n"o é didosa

    ( Revue #cienti$que, de ;l=o de 1881)Para terminar com os sinais de

    identi:ca!"o anatmica, m car/ter 7ase t"oinde:nel 7anto importante, por si mesmo,mais 7e todos os demais, é o ol=ar Jle éopaco, +rio, :xo no assassino ele é in7ieto,obl7o, errante no ladr"o Jssa obsera!"o

    merece, sobretdo, ser estabelecida, por7eela se aplica aos mal+eitores de n"o importa7e nacionalidade e ela n"o é a ?nicasimilitde desse &nero 7e se prod@,atraés de ma sin&lar coincidncia, entreindidos pertencentes a ra!as di+erentes,tornados, dessa sorte, semel=antes entre eles,

    como se +ossem parentes Lombroso sinala

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    esse +ato em mitas passa&ens A +re7Qnciadas r&as da +ronte %seni frontali&, di@ ele, edo desenolimento da arcada sperciliar, é

     erdadeiramente sin&lar, e é esse car/tertale@, 7e, acrescido B +ronte +&idia,expli7e a semel=an!a criosa dos criminosositalianos com os criminosos +ranceses ealem"esU Jle conida, ali/s, o leitor (p -6I)a comparar mitas +oto&ra:as 7e eledesi&na, e +a@ obserar, com ra@"o, 7e elas

    se parecem espantosamente, ainda 7etomadas de diersas ra!as eropéias Assim ocriminoso tornarseia sin&lar, n"o somentena7ilo 7e escaparia ao se tipo nacional,mas ainda na7ilo em 7e sas anomalias,sob esse ponto de ista, acompan=ariam ama re&ra, e sa atipia, ela mesma, seria

    tpica R estran=o, e e n"o sei até 7e pontoas teorias dar]inianas s"o pr>prias para darconta dessas similitdes n"o prod@idas,parece, pela ia =eredit/ria J n"o pediriamais sen"o er +enmenos de ataismo e darl=es assim, por casa, ma =ereditariedade7e remontasse a mais além $as e n"o

    posso me impedir de ima&inar essas +amliasnatrais de esprito liter/rio 7e

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    pomar espirital, 7e essas ores dplas deima&ina!"o poética es&otadae so(recultivada s"o eoca!es de m

    lon&n7o passado, de reminiscncias=eredit/rias do =omem sela&emS Hoentanto, e n"o contesto a =ereditariedade,nem a sele!"o, nem o pro&resso mas e mepermito spor, por baixo de tdo isso, m&rande descon=ecido ainda a real!ar *pini"otale@ dos idealistas do aman=" 7e,

    proaelmente, ali/s, n"o se parecer"o emnada B7eles do passadoW18X ximos de se parecerem, em todos os pasese em todos os tempos, 7e os celerados

    consmadosS

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    *8 4 Cara,teres 9siol:gi,os e0atol:gi,os6 ;tilidade dessa des,rição.3si,a6

     

    Podemos ser brees sobre os caracterespatol>&icos e :siol>&icos 0i@er, com nossoator, 7e o criminoso é m loco é di@er 7eele é m doente Jle é muito su)eito Bsdoen!as do cora!"o notadamente, e também a

    diersas a+ec!es da is"o, tais como odaltonismo e o estrabismoW1X $as como,com isso, sa lon&eidade, – 7e sainsensibilidade expli7e tale@, – é das maisnot/eis, n"o =/ 7e se apiedar mito tempocom sas en+ermidades Msso mesmo ;/ nosaderte para ol=ar das e@es antes de

    consider/lo como m doente e, porconse&inte, como m loco Locra elon&eidade se exclem

     Asse&ramnos 7e o criminoso tem, em&eral, ma o@ de tenor o de soprano s alcan!amos os caracteres

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    psicol>&icos aos 7ais temos pressa dec=e&ar

     Antes de ir mais lon&e, todaia,per&ntemonos 7ais serentias pr/ticaspode render ;/, B ;sti!a criminal, ocon=ecimento dos resltados 7e amosesbo!ar 0ado m =omem 7e apresente no+sico o tipo criminal bem caracteri@ado, dirnos"o 7e isso é s:ciente para terse odireito de imptarl=e m crime cometido nasa i@in=an!aS Hen=m antropolo&ista sériose permitiria tal ∽̱o $as, de acordo comGaro+alo, se constatarmos essas anomaliastpicas sobre m indido 7e em decometer se primeiro crime, podese, antesmesmo 7e ele =a;a reincidido, estar se&rode 7e ele é incorri&el e trat/lo emconse7Qncia disso Tale@ a&ora isso se;a irmito lon&e Pareceme 7e, entre essaopini"o e o ceticismo exa&erado deQdin&erW-4X, =aeria m meiotermo a&ardar e 7e, a ttlo de indcios tale@, masapenas indcios, como di@ %onecc=iato, essestra!os acsadores deam ser leados em

    considera!"o Ferri asse&ranos 7e, sobremitas centenas de soldados examinados porele, +oi srpreendido por obserar m, apenasm, c;o +sico esti&mati@aria o =omicida edisseraml=e 7e este in+eli@ +ora, com e+eito,condenado por =omicdio

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    completo, e 7in@e o de@esseis e@es o tipo7ase completo Jntre os condenados, apropor!"o era ma de@ena de e@es mais

    +orte 9antos ma&istrados instrtores n"oacreditam perder se tempo procrandopenosamente menores presn!esY 9andoe ima&ino 7e se é +re7Qentemente obri&adoa con:ar nessas in+orma!es, nessescerti:cados +ornecidos por m pre+eito editados pela camarada&em o pelo interesse

    eleitoralY sticoJntretanto, a7i como na medicina, asmel=ores descri!es n"o poderiam sprir o

    contato +re7Qente e m?ltiplo com os doentes,e 7ero di@er, com os mal+eitores A necessidade de ma cl+nica criminal +a@sesentir, como complemento da Jscola de0ireito, para so dos ;oens 7e se destinemB ;sti!a penal, e para 7em é t"o mnima aba&a&em, como obsera ;stamente Ferri, de=aer apro+ndado o 0i&estoW--X, mesmo oC>di&o Ciil A +re7Qncia obri&at>ria Bs

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    prises, drante seis meses, l=es aleria de@anos de exerccio Jstimo, com esse eminenteescritor, 7e ma lin=a de demarca!"o 7ase

    intransponel deeria separar, porconse&inte, ambas as ma&istratras# a7ela7e se ntre de crimes e a7ela 7e ie deprocessos

     Ap>s a pblica!"o das lin=as precedentesna Revue Philosophique, +i conidado porLombroso a desenoler a idéia asmariamente indicada, e +a@la ob;eto dem relat>rio ao Con&resso Mnternacional de Antropolo&ia Criminal 7e se reni em omaem noembro de 188I, e onde, di&asecasalmente, min=a tese assim +ormlada deo 7e disctir# *s estdantes de 0ireito n"oseriam admitidos no crso de 0ireitoCriminal, sen"o com a condi!"o de se +a@erempreliminarmente inscreer como membros dema sociedade de patrona&em de prisioneirospresidida por se pro+essor Hessa 7alidade,eles seriam obri&ados, se;a isoladamente, se;aem &rpo, a isitas =ebdomad/rias Bs prises,sobretdo Bs prises cellares, as mais

    pr>ximas do local de ses estdos, eaprenderiam, dessa sorte, a con=ecer osdelin7Qentes e os criminosos, ao mesmotempo em 7e aprenderiam a praticar e apropa&ar m dos mais e:ca@es remédioscontra o a&elo da reincidncia A tilidadeseria tripla# para os estdantes, para os

    condenados e para o p?blicoU Ha min=a

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    asncia, Jnrico Ferri +e@me o +aor deemprestar ami&aelmente se talentoorat>rio a essa proposi!"o adotada por ele

    Também, ap>s ma ia discss"o, o relat>rio:nal (pblicado na Revue #cienti$que de de ;aneiro de 1886) recomendaa aceitar essaidéia, mal&rado as di:cldades 7e sblea,em aparncia, sa aplica!"o

    Jntretanto, obserese, se colocarmos emparalelo as contribi!es erdadeiramente+ecndas, se;am pr/ticas, se;am mesmote>ricas, 7e o criminalista dee Bantropolo&ia, com os ensinamentos de todo&nero 7e l=e +ornece a estatstica:loso:camente interpretada, deerse/con+essar 7e, destas das +ontes 7e, – comodi@ noamente com ra@"o Ferri, – a HoaJscola lar&amente exploro para reier o0ireito Penal, a se&nda é mito maisabndante e mais esclarecida H"o se dee+altar em perceblo, se comparamosos uovi Orizzonti do estatstico 7eacabamos de citar com o -omodelinquenteW-EX

     

    *( 4 Cara,teres 0si,ol:gi,os6 Aalogias,om o seles do lou,o6Relati

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    Jxistem a7i estran=e@as * criminosomostrase poco sensel ao +rio, mas mitosensel B eletricidade, B aplica!"o de metais

    e Bs aria!es meteorol>&icas Jle é pocoa+etado pela dor so+rida e é iamenteimpressionado pelo medo de m peri&o, talcomo a ista de m pn=al o o an?ncio dem interro&at>rio pr>ximo * di+cil éencontrar sa corda sens+vel. Lombrosoprocroa com amor, podese di@er, com m

    amor cient:co, antropol>&ico, 7e n"operde nen=ma boa ocasi"o de medir e deci+rar $edir todo o mensr/el, com e+eito, étornar indiretamente mensr/el a7ilo 7en"o o é diretamente H"o est/ a o ob;etio dacincia, como o ob;etio da literatra é o deexprimir e o de s&erir a7ilo 7e n"o se

    pode exprimirS Lear ao exa&ero, no 7erespeita ao =omem, a primeira de sasnecessidades é a tare+a do antropolo&ista,tanto 7anto do psioco:siolo&ista, en7antonossos literatos e artistas realistassperexcitam o se&ndo Cercar a realidadepor todos os lados de ma e@, eis o ob;etio

    comm Hada =/, pois, a desclpar emLombroso no 7e sa osadia possa ter deestran=o Complacentes pati+es permitiraml=e examinar e re&istrar, sobre pranc=as adhoc, com a a;da do es:&m>&ra+oW-.X, amaneira pela 7al batiam ses cora!es, soba impress"o de m elo&io adlador a elesendere!ado, de ma moeda de oro o dema +oto&ra:a de donna nuda apresentada,

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    de ma &arra+a de in=o o+erecida Jssascras s"o criosas Jlas mostram o mal+eitoressencialmente aidoso, menos c?pido e

    menos &alante 7e bbado A es:&mo&ra:a,ali/s, n"o é a ?nica a atest/lo A estatsticatestemn=a 7e o pro&resso do alcoolismo éparalelo B7ele da criminalidade A obsera!"o direta dos criminosos proa 7ese son=o n"o é a ml=er precisamente, masa or&ia 7e eles amam a or&ia, a noce, como

    os prncipes amam ma &rande ca!ada o asml=eres, m &rande baile $as, de sasconersas e sas a!es, o 7e ressalta,sobretdo, é, além de sa insensibilidade e desa impreidncia pro+ndas, saincomensr/el aidade 0a se ridcloamor pela toilette e pelas ;>ias e sa

    prodi&alidade +astosa ap>s o crimeW-IXHosso ator c=e&a a pretender 7e a aidade dos delin7Qentes ltrapassa a7elados artistas, dos literatos e das ml=eres&alantesYU enamos a7i a in&an!a e a+erocidade, a ale&ria cnica, a paix"o do ;o&oe, en:m, a pre&i!a 7e c=e&a mitas e@es

    até a s;eira corporal Msso n"o é tdo Jacrescentaria, de boa ontade, o &osto damentira pela mentira

    * criminoso assemel=ase, pois, bemmais, moralmente, ao sela&em 7e aoalienadoU * sela&em também é in&atio,crel, ;o&ador, bbado e pre&i!oso $as o

    loco, V Lombroso é +or!ado a recon=ecer

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    a7i, V distin&ese do mal+eitor, pordi+eren!as importantes, psicol>&icas tanto7anto anatmicas e :siol>&icas * loco n"o

    ama nem o ;o&o nem a or&ia# ele toma =orrora sa +amlia, e o mal+eitor ama+re7Qentemente a sa ele procra a solid"o,tanto 7anto o mal+eitor procra a sociedadede ses semel=antes e os compls s"o t"oraros nos =ospitais de alienados 7anto+re7Qentes nas prises de +or!ados e

    presdiosU9anto B inteli&ncia dos criminosos, ela

    é sper:cial Jles n"o s"o inteli&entes, masasttos, di@ $adsleO, em se liro sobre ocrime e a locra Cada m deles tem sesmétodos, sempre os mesmos Jles serepetem, esses especialistas do delito

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     As di+eren!as morais 7e acabo de indicarentre o criminoso, mesmo incorri&el, e oloco s"o caractersticas ao me sentir e,

    ainda 7e existam a nmerosos soi/disant criminosos 7e s"o erdadeiros locos,– por exemplo, GiteaW-6X, – eles eitam secon+ndir, em &eral, ns com os otrosW-[X$as a 7est"o merece ser examinada commais cidado * loco, ser isolado, estran=o atodos, estran=o a ele mesmo, é por natre@a

    m ser insoci*vel, tanto7anto inconseqüente, e tale@ m por contado otro Jle n"o ésupra/social, de 7al7ersorte, como o =omem de &nio Jle n"o ésen"o e0tra/social. * criminoso, ele, é anti/social e, por conse&inte, soci/el até certo&ra Também ele tem sas associa!es, ses

    sos, sa lin&a&em pr>pria, como eremos ase&ir Apenas ele é menos soci/el do 7edee, o 7e é s:ciente, nma dadasociedade, para ser antisocial 0ois trenscom elocidade desi&al podem se c=ocarainda 7e diri&idos para m mesmo sentidoJis por 7e esses in+eli@es, V nos 7ais a

    con+orma!"o at/ica lembra, por =ip>tese, aomenos nma certa medida, a7ela dossela&ens primitios, V s"o m peri&o paranossa ciili@a!"o, ainda 7e eles possam ser,V al&ns, ao menos, V o ornamento e a elitemoral de ma tribo de pelesermel=as Jlesn"o seriam tale@ todos criminosos ent"o$ais de m, sem 7al7er d?ida,permaneceria li&ado aos costmes e aos

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    preconceitos de se meio, mais apropriado aose temperamento J n"o é isso 7e, emtodos os tempos e em todos os pases, se

    c=ama m ser =onestoS Por7e, V e isso noslea a sinalar ma otra &rande di+eren!adespercebida entre a locra e o crime, V ocrime é coisa relatia e conencional demaneira totalmente di+erente da locraJsse tipo criminal 7e Lombroso nos esbo!a éele de nossa época o de nossa era $as, 7e

    ele se;a o n"o ma sobreincia dos temposem 7e a sela&eria cobria o &lobo, é claro7e, nesse primitio perodo =ist>rico, o tipocriminal era otro, a saber, tale@ m tipo deartista e de re:nado, de ml=eres sensais esenseis, pessoas impr>prias B pil=a&em dastribos i@in=as e nascidas al&ns séclos mais

    cedo0os de@ crimes 7e as leis =ebraicas, de

    acordo com T=onissen, pniam com alapida!"o (a saber, a idolatria, a excita!"o Bidolatria, a consa&ra!"o a $oloc=, a ma&ia, aeoca!"o de espritos, a desobedinciaobstinada aos pais, a pro+ana!"o do sab/, a

    blas+mia, a iola!"o da noia de otrem, am/ condta da ;oem atestada pela asnciados sinais de ir&indade no momento de secasamento), =/ noe 7e cessaram de serdelitos, mesmo em nossas sociedadeseropéias, e o décimo, a saber, a iola!"o danoia de otrem, permanece crime, mas nm

    sentido completamente di+erente, por7e a

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     iolncia +eita a ma ml=er como tal é 7epnida a&ora, e n"o o ltra;e +eito B7ele de7em a noia +oi iolada *tros crimes eram

    pnidos pelo +o&o, o &l/dio o oestran&lamento# a +alsa pro+ecia, a profeciamesmo verdadeira feita em nome de deusesestrangeiros, o adltério da mulher , &olpes omaldi!es contra ascendentes, robo empre;@o de m israelita, =omicdio olnt/rio,bestialidade, sodomia, incesto se ainda

    7e mitos desses crimes n"o s"o se7ercontraen!es, e 7e a &raidade relatia dosotros mdo mito Ho J&ito, o maior doscrimes era matar m &ato s Por7e o sistema das irtdes n"o émenos +re7Qentemente remane;ado no crsoda =ist>ria 7e a7ele dos crimes e dos

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     cios Aos ol=os dos /rabes, as trs irtdescardeais s"o ainda, V n"o a probidade, oamor ao trabal=o, a bene:cncia, V mas a

    cora&em, a =ospitalidade e o ardor em vingar o sangue

    Gardemos, sobretdo, o +ato de 7e a&raidade proporcional dos diersos crimesmda consideraelmente de época paraépocaW-8X Ha Mdade $édia, o maior doscrimes era o sacrilé&io 0epois in=am os atosde bestialidade o de sodomia e, bem lon&e, ase&ir, o =omicdio e o robo Ho J&ito, naGrécia, era o +ato de deixar os pais semsepltra A pre&i!a tende a tornarse, emnossas sociedades laboriosas, o mais &raedelito, en7anto otrora o trabal=o erade&radante C=e&ar/ tale@ o momento em7e o crime capital, sobre m &lobo c=eio,ser/ o de ter ma +amlia nmerosa, en7antootrora a er&on=a era ser sem :l=osHen=m de n>s pode se or&l=ar de n"o serm criminoso nato relatiamente a mdeterminado estado social passado, +tro opossel >s tendes &ostos liter/rios, ma

    &rande tendncia a +a@er ersosS Tomaicidados erse;ar ai tornarse m +enmenode ataismo, m robo de ossa ;ornada detrabal=o cometido contra a comnidade, maexcita!"o criminosa, antimalt=siana, aoamor e B +amlia * +ndador de ordensmendicantes e erradias al&ma e@ acredito

    7e a mendicidade e a adia&em se tornariam

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    delitosS *b;etarme"o, no entanto, 7eexistem instintos, tendncias inatas li&adas ama or&ani@a!"o +sica correspondente 7e,

    em todos os estados sociais ima&in/eis,seriam ;l&ados nocios, antisociais,delitososS J o ne&o Admito apenas, V eisso n"o d/ no mesmo se, ao menos,acreditarse, como e, na especi$cidade dastendncias natrais, V 7e certos atosespec:cos tm sido, em todos os tempos,

    considerados como criminosos, notadamente,o +ato de matar e de robar uma pessoa dogrupo social do qual se faz parte. TaOlorobseroo mito bem Ali/s, mesmo atendncia B creldade coarde o Brapacidade astciosa e0ercida fora desseslimites, V exercida Bs e@es, também e por

    exce!"o, no interior desses limites, 7ando ocostmeW-X o permitia, V tee sa tilidadesocial Lo&o, n"o e;o nen=m tipoantropol>&ico 7e, em todos os tempos, =a;amerecido o epteto de criminal

    Por conse&inte, é sempre permitidodi@er de m criminoso V 7al7er 7e ele

    se;a V 7e, colocado em se l&ar, ele seriam =omem =onesto, tale@ m =er>i $astodas as cate&orias de demncia erdadeira7e n>s con=ecemos +oram erdadeiraslocras, tanto no passado 7anto nopresente, ainda 7e, no passado, mitasdessas doen!as cerebrais, como mitas das

    doen!as corporais, ten=am sido mal

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    con=ecidas, e 7e nmerosas ext/ticas e+eiticeiras, V mas re@ando de ;oel=os, otras7eimadas ias, V ten=am sido simples

    =istéricas Jsses erros postos na sa contan"o nos impedem de a:rmar 7e os locosreptados o n"o reptados tais em setempo o +ossem realmente, 7andoencontramos, em sas bio&ra:as, os sintomasmani+estos de sas desordens or&Nnicas, odesacordo de sas sensa!es com a natre@a

    exterior 7e n"o mdo $as sabemos bem,de m =omem 7e mato o robo otrora,7e n"o temos sempre o direito de lo comom criminoso, pois 7e a criminalidade é marela!"o, V n"o com a imt/el natre@a, Vmas com a opini"o e a le&isla!"o cambiantesdo meio social

    Jn:m, se nos colocarmos do ponto de ista de Lombroso, entre a locra e o crime=aeria precisamente a mesma di+eren!a 7eentre a elo7Qncia e a poesia Hascesecriminoso, di@emnos, mas se nos tornamoslocos, é certo A locra, com e+eito, est/sob a dependncia de casas sociais, e emo

    la crescer regularmente em nosso séclo, namesma propor!"o em 7e os pro&ressos dainstr!"o da ida rbana, da ciili@a!"oparticlar da 7al s+rmos R o mesmocom o crime, ali/s J +alo do crime =abital,da reincidncia, c;a pro&ress"o a+eta mare&laridade n"o menos assstadora

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    criminoso nato, entendermos 7al7erreincidente (n"o é esta, ali/s, a idéia de nossoator), a assimila!"o do crime B locra

    tornarseia possel desse ponto de ista,sen"o plasel $as ent"o n"o se deeriadi@er 7e a =ip>tese do criminoso natoimplica na constNncia 7ase ni+orme da ci+rade crimes 7e l=e s"o impt/eis, e +elicitarse, V em apoio a esta =ip>tese, V o =aerdescoberto, em decompondo os n?meros

    anais e sempre crescentes +ornecidos pelosreincidentes, 7e o n?mero de =omicdios ede assassinatos permanece 7aseestacion/rio Por a, é erdade, os ladres,c;a ci+ra amenta sem cessar, seencontrariam excldos da cate&oria dosdelin7Qentes de nascen!a Jm determinado

    trec=o, leado pelo dese;o de erestatisticamente con:rmada a existnciadestes ?ltimos, o s/bio criminalista comete oerro &rosseiro de a:rmar casalmente(p/&ina I.) oretorno constante e peri1dico de mdeterminado n?mero de delitosU em &eral

    *ra, de das ma

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    ci+ras ari/eis, o reincidente bem pode seridenti:cado ao loco, mas esta é ma proade 7e o reincidente n"o é, V o n"o é

    sempre, V m criminoso natoLacassa&neWE4X con+essa, mesmo

    pro+essando as idéias de Lombroso, 7e oscriminosos locos constitem ma +racaexce!"o, mesmo entre os reincidentes $asele identi:ca, ele também, a locra criminale o tipo criminal *ra, tal con+s"o pareceme&ratita * tipo criminal é con&nito alocra criminal pode aparecer, como a otra,nm =omem portador do mais normal e=onesto semblante, e ;amais se proo 7eela se prod@iria sempre entre indidoscon+ormados criminalmente Ao contr/rio,entre os criminosos natos e os locos,sinalamse +re7Qentemente di+eren!as mitontidas de con+orma!"o Lombroso, sentindobem essas di:cldades, c=ama aos criminososnatos de semilocos (mat>ides)WE1X $as asemilocra, V por7e se pode bem desi&narassim a espécie de extraa&Nncia pr>pria aomat>ide, V é con+orme ao semidelito o B

    semi+ealdade# o mndo est/ c=eio dela, amaioria é +ormada por eles A locracompleta é 7e é a exce!"o, como a ra@"ocompleta, 7e é se par (e 7e se deemltiplicar, sem d?ida, no crso daciili@a!"o, para compensar simetricamente ocrescimento nmérico da demncia) Jsse

    estado nada tem 7e sin&lari@e, para di@er a

    http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n30http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n31http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n30http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n31

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     erdade, o criminoso de nascen!a, do pontode ista da responsabilidade social de sesatos, o 7e nos interessa, sobretdo

    esponsabilidade, para m determinista,implica, V n"o em liberdade, V pois 7enin&ém é lire, nem o s/bio nem o locomas em casalidade, identidade pessoal epre;@o casado a otrem R necess/rio,primeiro, 7e o acsado ten=a dese;ado saa!"o, 7e a =a;a 7erido ele pr>prio, n"o por

    conta de ma s&est"o =ipn>tica, porexemplo sem isso, ele n"o seria, social epsicolo&icamente, a causa Tal condi!"o ;/elimina mitos atos de locra Jm se&ndol&ar, com i&al pre;@o, o mais respons/eldos dois a&entes olnt/rios é a7ele 7emenos mdo depois de sa +alta, 7e é mais

    +or!ado a recon=ecerse o mesmo, se;apor7e decorre m mnimo lapso de tempo(de onde a prescri!"o das a!es), se;a por7ea onda de sa eol!"o interna +oi mais lentae menos irre&lar, menos tortosa e maiscalma A nidade sistem/tica das idéias, anidade =ier/r7ica dos dese;os, o liame

    estreito dessas das nidades e sa :xide@s"o o mais alto &ra de identidade pessoal7e se pode atin&ir ao contr/rio, a dispers"o,a incoerncia, a contradi!"o dos ob;etios edos &ostos, das a:rma!es e das paixes s"oma contna aliena2o da pessoa * s/bio é,pois, in:nitamente mais respons/el 7eo alienado, t"o bem denominado $as, entreos semi/outros o os semimesmos 7e

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    preenc=em o interalo entre os dois, 7al V ocriminoso de ocasi"o o o criminoso portemperamento V é o mais respons/elS R o

    ?ltimo, se&ramente, 7e a cada instante,sentese inariaelmente capa@ de recome!ara7ilo 7e se l=e reproa, e n"o o primeiro,7e sai o acredita =aer sado de si mesmocometendo o crime (Acrescentemos, porém,7e este é, ao mesmo tempo, o mais peri&oso,o mais pre;dicial) Ho momento em 7e

    comete se crime, pois, o criminoso deocasi"o, V a7ele 7e n"o apresenta ore&istro anatmico e :sionmico docriminoso, V c=e&o bem mais perto daaliena!"o mental 7e o delin7Qentetipo nomomento em 7e comete o se Lo&o, n"oexiste, parece, nen=ma ra@"o para +alar de

    locra o semilocra a prop>sito deste?ltimo mais 7e do otro A conse7Qncia é7e, se, V dando se&imento a ma idéia,ali/s, mito ;sta da noa escola, Vdestinarmos prises e penalidades di+erentes,n"o Bs di+erentes cate&orias de crimes, masBs di+erentes cate&orias de mal+eitores, a

    express"o manic3mio criminal %asilo deloucos criminosos& dada ao local de deten!"odos criminosos mais empedernidos seriaper+eitamente impr>pria J n"o est/ a apenasma 7est"o de palaras

    Mma&inase +a@er entrar o =/bito teimosodo crime nm compartimento da aliena!"o

    mental criado expressamente sob o nome

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    de loucura moral, onde, de resto, aplicarseiam também as obsera!es acima $as, Vcomo Garo+aloWE-X antes de admitir essa noa

     ariedade de demncia, na 7al seordenariam toda sorte de desordens cerebraisemprestadas, ali/s, a todas as otras espéciesde locras recon=ecidas, e n"o tendo emcomm sen"o o car/ter ?nico da asnciatotal o parcial do senso moral, V e espero7e os alienistas se colo7em de acordo sobre

    esse ponto $adsleO, é erdade, é a:rmatioa esse respeito, e sa atoridade recomendama &rande resera Além do mais, entre oloco moral V spostamente admitido, talcomo procram nos precisar, V e odelin7Qente nato existem di+eren!as 7eGaro+alo obsero com ra@"o, notadamente

    a7ela 7e, com e+eito, é capital# no loco, opr>prio cmprimento do ato delitoso é oob;etio no criminoso, n"o é sen"o o meio deobter ma anta&em, anta&em apreciadatambém pelo =omem mais =onesto do mndo*, de pre+erncia, para o loco, ele mesmo,o mal é o bem, se 7isermos, m meio de

    pra@er, pois 7e, como obsera $adsleO( Patologia do !sp+rito, p/&ina E6.), aexec!"o do =omicdio proporciona m erdadeiro alio B7ele 7e o comete em irtde de m implso m>rbido irresistelmas é a natre@a anormal desse pra@er e o+ato de n"o procrar otra coisa emcometendo o crime, 7e distin&e o alienadodo delin7Qente * delin7Qente, é erdade, tem

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    anomalias afetivas também, mas estasconsistem em ser ele mais o menoscompletamente desproido de certas dores

    simp/ticas, de certas rep&nNncias 7e s"obastante +ortes entre as pessoas =onestas, os:ciente para conter a tendncia a certasa!es Dma coisa é a presen!a interna de maatra!"o m>rbida 7e, mesmo sem prooca!"oexterior, lea B a!"o otra coisa é a asnciainterna de ma replsa 7e impe!a ceder Bs

    tenta!es exterioresH"o me é cstoso admitir 7e a asncia

    de senso moral tem por casa ma certacon+orma!"o cerebral, assim como odaltonismo o a a+asiaWEEX $as, do mesmomodo 7e a a+asia o o daltonismo s"oen+ermidades, e n"o ma espécie de locra,estimo 7e a asncia de senso moral n"o +a@de m =omem m loco, ainda 7e +a!a delem en+ermo Ale&arme"o 7e esta distin!"oimporta poco e 7e n"o se saberia reproar,a m =omem priado de senso moral, o n"o=aer sentido a imoralidade de ma a!"ocometida por ele, pela mesma ra@"o pela 7al

    n"o se saberia pnir a m daltnicoempre&ado nma estrada de +erro por n"o=aer enxer&ado m mostrador ermel=o e,por conse&inte, =aerse omitido de reali@arm sinal, na +alta do 7al m descarrilamentotee l&arS J responderei 7e, do ponto de ista penal, 7er di@er, social, a compara!"o

    n"o é admissel * sentido da is"o do

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     ermel=o é ma percep!"o pramente natrale, ainda 7e possa ser ?til o necess/ria aocmprimento de certas +n!es sociais

    determinadas, sa aboli!"o n"o torna m=omem impr>prio para a ida em sociedade* erro +oi =aerl=e con:ado as +n!es das7ais se tratam $as, ?nico dentre todos osnossos sentidos, o senso moral tem maori&em exclsiamente social e, ?nico, ele é, atodo o momento, necess/rio aos sos sociais

    Lo&o, ainda 7e recon=ecido daltnico, m=omem pode ser mantido em sa classi:ca!"osocial, em se &rpo social mas, recon=ecidoimoral de nascen!a, 7er di@er, antisocial, eledee ser colocado +ora da lei social R ma+era com +ace =mana Tal como m ti&re+&itio de sa ;ala 7e passeie por nossas

    cidades, coném expls/lo, excomn&/losocialmente *ra, as prises de +or!ados e asprises comns s"o ;stamente a express"o,?nica até a7i, desta maior o menorexcomn="o

    lera, com ma &raidade calma deexector olmpico, o in+eli@ 7e +osse se alo$as como n"o é de se esperar nem de sedese;ar, por otras ra@es, 7e a maioria dos=omens alcancem essa impassibilidade ideal,

    deese deixar, sem mitos remorsos, a

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    in+Nmia da opini"o li&arse Bs condena!es ;diciais, 7ando elas casti&am mesmo, se;am criminoso de nascen!a, se;a m =omem

    leado ao crime por ma imoralidademomentNnea, sscetel de repetirse A menos 7e reer&amos todos os criminosos,sem exce!"o, da de&rada!"o social 7eacompan=a sa expls"o da sociedade, deese mantla em rela!"o a todos os criminosos,de nascen!a o de ocasi"o, pois, por ser

    momentNnea, a imoralidade destes ?ltimosn"o est/ menos relacionada Bs condi!escerebrais 7e a determinam

    J diria, além disso, a Lombroso# =/ dasteses sperpostas na terceira edi!"o de ossoliro A primeira, a anti&a, é a7ela docriminoso assimilado ao sela&em primitio,do crime explicado pelo ataismo >srebateis ent"o a =ip>tese do crimelocra$as, desde ent"o, cedendo, V di@ei >s, apotentes ra@es, V adotais esta ?ltimaexplica!"o sem, ali/s, abandonar asprecedentes Jlas alternamse em ossotrabal=o e, dirseia 7e, a ossos ol=os, se

    +orti:cam mtamente Todaia, n"o s"o elasem parte contradit>riasS A locra é m +rtoda ciili@a!"o, da 7al ela se&e o pro&ressoaté certo ponto# ela é 7ase descon=ecidaentre as classes iletradas e, ainda mais, entreas popla!es de ra!as in+eriores

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    m loco, n"o pode ser m sela&em Jntreessas das teses, é necess/rio escol=er, o, Vse entre elas criarse m compromisso,

    +alando de semilocra (por 7e n"o tambémde psedoataismoS), V deese saber 7een+ra7ecemos e mtilamos ma pelaotraWE.X

    *ra, a mais sedtora das das n"o é aprimeiraS Jla é mito inteli&el e con+ormeaos mais pros princpios dar]inianos Jla+ornece ma resposta en&en=osa ao menos amitos problemas Jla é otimista com isso,lison;eira para a ciili@a!"o, o o crime n"oseria m resdo, 7e dimini sem cessar, dasela&eria anti&a e, se ela est/ em desacordocom a estatstica criminal de nosso tempo,podese di@er 7e nosso retrocesso moralatal é m acidente e+mero, m redemoin=onma corrente Além disso, ela se completacom +elicidade pelo resltado de estdosmito noos e mito interessantes sobrea criminalidade infantil, da 7al n"o teremostempo de nos ocpar Jsta é ma idéiarecebida pelos eolcionistasWEIX, e ma idéia

    assa@ plasel# 7e a crian!a reprod@ emparte o sela&em, por sa lin&a&em, saimpreidncia, sas paixes, ses tra!osmesmo 0eese acrescentar# por sesinstintos criminais, se erdadeiramente o erdadeiro criminoso +or o sela&em 0aessas +>rmlas# a criminalidade n"o é sen"o a

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    in+Nncia prolon&ada, o bem, n"o é sen"o asela&eria sobreiente

     A&ora, esse ?ltimo ponto de ista, elemesmo, dee ser acol=idoS J em 7e medidamerece sloS J o mel=or n"o seria tale@, –para escapar ao dilema acima, – aterse Bmin=a prdente tese de 7e o crime é t"osimplesmente ma pro:ss"o, =eran!a dopassado, sem d?ida, e de m passado mitoanti&o, mas =eran!a mito bem cltiada Bs e@es e amentada pela ciili@a!"o 7e aacol=eS Para responder a essa noa 7est"o,coném estdar en:m o criminoso =abitalsob se aspecto sociol>&ico, 7er di@er, comomembro de ma sociedade sin&lar 7e temses costmes, di@emnos, ses costmes ese idioma

     

    *' 4 Cara,teres so,iol:gi,os6 Gradesasso,iaç>es de mal.eitores Camorra6Neuma similitude ,om as tribosseles

    de .orçados6 Gra.ologia ,rimial6 

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    7al a m/:a siciliana é sem d?ida m ramodestacado, é ma excelente amostra dessas?ltimas Jla nos dispensar/ de examinar a

    $"o He&ra andal@a, o niilismo rsso, etc A camorra, – di@ LaeleOe em sas Cartas so(rea 4t*liaWE6X, – é simplesmente a arte dealcan!ar ses :ns atraés da intimida!"o o,para di@er mel=or, a organiza2o daintimida2o e a e0plora2o da covardiahumana. Jla explora essa tendncia =mana,

    como otras ind?strias exploram adeassid"o, a aidade, o alcoolismoU >sencontrareis camorristas em toda parte,desde as ielas de s tomais m coc=e, eeis a 7e m camorrista recol=e ma moeda

    ao coc=eiro Jm cada ra, encontramsecamorristas 7e sbtraem a taxa do medo aosretal=istasU Como al&ém se tornacamorristaS 0a mesma maneira como setorna membro de m crclo, de ma lo;ama!nica, de m elenco teatral, de maassocia!"o ciil o comercial 7al7er# por

    ma elei!"o, e depois por ma proa re&larse&ida de m est/&io mais o menos lon&o,drante o 7al o noo compan=eiro é m=milde seridor, bastante mal pa&o, de msociet/rio Dm belo assassinato l=e ale, emassembléia &eral, a =onra de ser sa&radocamorrista e de prestar, nessa 7alidade,sobre das espadas cr@adas, o ;ramento7e e c=amaria de pro:ssional# J ;ro ser

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    :el aos associados e inimi&o do &oerno, n"oentrar em rela!"o com a polcia, n"odennciar os ladres, am/los, ao contr/rio,

    com toda a min=a alma, por7e eles arriscamsa idaU Todas as di:cldades interiores s"oresolidas absoltamente como em nossassociedades comerciais, atraés de renies e ota!es H"o existem apenas ritos eni+ormes, mas m c>di&o especial – malobedecido – é erdade A condena!"o B morte

    é otada contra a7ele 7e se recsa aexectar m assassinato ordenado pelo c=e+e5/ +ncion/rios Todos os domin&os, osecret/rio, assistido por m contador e mtesoreiro, +a@ a distribi!"o das taxasobtidas, como se sabe, do p?blico,principalmente sobre as casas de ;o&os o de

    tolerNncia e daspris5es * camorrista, di@Lombroso, era (podese di@er 7e ele é ainda)o ;i@ natral das pessoas do poo Jlemantin=a a ordem nas espelncas e prises,prote&endo, bem entendido, a7ele 7e l=e=aia pa&o a taxaU

    H"o se deeria comparar o 7e precede a

    ma passa&em de 0iodoro da

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     Povos 6ntigos, t M, p/&ina 166) pensa 7e setrataa de m bando de /rabes nmades epil=antes, aos 7ais se pa&aa, sob a +orma de

    assinatra, V como a7ela 7e se praticaainda com os bednos da prias rapinas $asn"o era t"o simplesmente ma camorrae&pciaS Msso é isto em todos os tempos,simplesmente em maior escala nma épocamais recente A camorra por excelncia, V

    podese concordar com Taine, ap>s =alolido atentamente, V é a sociedade ;acobina,polo de mil bra!os 7e aperto, s+oco,exploro a eol!"o * +ato é 7e, n"o +osseo catecismo estreito e +also, catecismo, en:m,todaia, desse coil de &oernantes, aassimila!"o seria per+eitaWE8X

    Jis a7ilo 7e esto no direito de nomearcomo a &rande ind?stria criminal Jla é rara,por7e nossas condi!es sociais n"o s"o=abitalmente +aor/eis a esse &nero de&randes ma&a@ines, a menos 7e, – como seteria bem o direito, – classi:c/ssemos nessacate&oria certas a&ncias corrompidas pela

    c=anta&em, cal?nia e +alsos testemn=os em&rande escala, das 7ais mitos processosretmbantes nos reelaram a existncia $as,em reanc=e, contamse inmer/eispe7enas 7itandas do crime, por assim di@er,compostas de m patr"o e de m o doisaprendi@es, de m el=o reincidente e de

    al&ns ;oens &atnos Lombroso obsera

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    mito ;stamente a esse respeito 7e o+eril=ar, em ma cidade o na!"o, denmerosos pe7enos &rpos de mal+eitores, –

    reptados, ali/s, poco alarmantes, – é m&rae sintoma, bem sperior em &raidade B+orma!"o de al&ns &randes bandosle&end/rios dos 7ais a mltid"o se apaoraJstas ?ltimas associa!es deem saexistncia ao prest&io mal+a@e;o de m ?nico=omem e podem desaparecer com ele mas

    a7elas nascem em toda parte por sa e@ ereelam a triste tendncia, a doen!a socialdo pas em 7e elas sr&emU R assim 7e,para ;l&ar até 7e ponto ma popla!"o énatralmente indstriosa e laboriosa, e a 7e&nero de trabal=o a cond@em sas atitdes,é necess/rio ter em ista a7i a di+s"o

    espontNnea da pe7ena ind?stria, porexemplo, da pe7ena cltra do solo, depre+erncia Bs maiores, e se :car/ mais bemin+ormado sobre esse assnto atraés dordo das pro:sses de tecel"o o B ista dosest/blos de camponeses nas campan=as, do7e pela isita a ma &rande +a@enda modelo

    o a ma &rande +/brica, tale@ criadas porm estran&eiro

    Jm sma, é a ma corpora!"o indstrial7e se parecem as sociedades criminais demodo al&m a ma tribo de sela&ens,sociedade essencialmente +amiliar e reli&iosa,onde se in&ressa por =eran!a e n"o por

    elei!"o, onde tdo é dolo o +etic=e, é

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    sa&rado o é tab 7e é mito mais+re7Qentemente pastoral e ino+ensia 7edepredadora e &erreira, assim como tem,

    necessariamente, mais pe!as de ca!a 7eca!adores 7e, Bs e@es, – e apelo a

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     ;amais entre os locos, obserese, – praticase, por exce!"o, o =/bito de prod@ir incises:&radas sobre a pele

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    aproximatio da ml=er amada o s"o sasiniciais :&radas dessa sorte Msso lembra osmono&ramas entrela!ados 7e os amorosos

    &raam sobre as /rores Ha +alta de cascasde /rores, os prisioneiros tili@am sa pele*tras e@es, o tatado tra@ os sinais de sapro:ss"o# ma Nncora, m iolino, mabi&orna o ainda ma diisa onde se >dioprocra eterni@arse, Bs e@es, m +alo Tdoisso é pro diertimento o paix"o ociosa R

    insi&ni:cante o in?til * mal+eitor n"oprocra prod@ir nen=m e+eito, diertindoseassim, desen=ando :&ras de +antasia sobrepartes de se corpo 7e ele esconde=abitalmenteW.4X $as, 7ando o ;oem da*ceania, ele, sbmete se corpo inteiro e, emprimeiro l&ar, se rosto, tdo 7anto ele

    expe B ista de todos, a ma crel opera!"oimposta pelos ritos de sa tribo, ele con=ece omotio sério 7e o determina e a anta&emséria pela 7al anseia

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    as inscri!es de ma crian!a sobre o mro dem edi+cio Jle é imitatio, n"o expressio *7e pode ter em comm, salo o nome, com a

    nobre tata&em polinésia, por exemplo, 7e éma erdadeira obra de arte encarnada noartista, como o per+eito desempen=o de matorS

    Passemos B &ria Ainda m car/terpro:ssional bem marcado Toda pro:ss"oanti&a tem sa &ria particlar 5/ a7ela dossoldados, dos marin=eiros, dos pedreiros, doscaldeireiros, dos limpadores de c=aminés, dospintores, dos ado&ados mesmoW.-X, como =/a7ela dos assassinos e dos ladres *slocos, entre parnteses, n"o a tm# noaimportante di+eren!a a notar en passant. $asé a &ria ma lin&a&em especialS 0e +ormaal&ma Toda &ram/tica da ln&a ordin/ria,7er di@er, a7ilo 7e a constiti, a est/conserado sem altera!"o, di@ Lombroso, elemesmo Dma pe7ena parte do dicion/riosomente é modi:cada Jssas modi:ca!es, erecon=e!o, lembram a&amente o +alarsela&em o o +alar in+antil Primeiro, os

    ob;etos s"o desi&nados por eptetos, o bico de&/s – oinconveniente8 o ado&ado –o tintureiro8 o boné – a corrente Além disso,as onomatopéias abndam# tap,marc=a tic, rel>&io fric/frac, a liberta!"o dapris"o Jn:m, mitas redplica!es# toc/toc, manaco t9/t9, tipo&ra:a (i/(i, %ictr

    eW.EX, coco, ("(", ami&o Por a, o tipo

    http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n42http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n43http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n42http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n43

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    lin&Qstico encontrase certamente rebaixadoem m o dois &ras, 7ase como o co&melo7e cresce sobre m caral=o, e 7e pertence

    a ma +amlia botNnica bem in+erior B7eladesta /rore ma;estosaW..X $as, no +ndo, ocar/ter dominante da &ria é o cinismo Jlan"o é material e concreta como as ln&asprimitias Jla é &rosseira e bestial, ebestiali@a tdo a7ilo 7e toca, tra!oper+eitamente de acordo, de resto, com o tipo

    +sico da7eles 7e a +alam A pela c=amase couro8 o bra!o, asa8 aboca, (ico8 morrer,arre(entar W.IX A &ria é,antes de tdo, sinistramente ale&re Consisteem ma cole!"o de =ediondos tra!os deesprito :xados e capitali@ados, met/+orass;as, mas ;o&os de palara, etc er um

    polichinelo na gaveta, isto si&ni:ca estar&r/idaW.6X $as a ln&a do sela&em étotalmente di+erente, sempre &rae, mesmoem sa +erocidade, ;amais irnica, ;amais@ombeteira, n"o procrando nnca s;ar oob;eto de se pensamento, simples e rral emsas met/+oras, abndante em +ormas

    &ramaticais per+eitas e ori&inaisW.[X Acrescentarei en:m 7e a literatra dos

    criminosos, V da 7al Lombroso nos +orneceamostras mito interessantes, V em nada separece B7ela dos poos primitios, tanto7anto m +rto arrinado n"o tem o sabor de+rto erdeS $as e n"o abordo, por +alta de

    tempo, esse crioso captlo H"o direi

    http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n44http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n45http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n46http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n47http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n44http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n45http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n46http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n47

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    também das obsera!es grafol1gicas +eitassobre a escrita dos delin7Qentes *sassassinos, parece, assinalarseiam, – como

    em &eral, de resto, todas as pessoasenér&icas, – pelo prolon&amento ntido eacentado da barra do t, pelo ar deenla!amento lire e +/cil de todas as sasletras, assim como pelas complexidades=iero&l:cas de sa assinatra *s ladresrecon=ecerseiam pelo car/ter +roxo,

    apa&ado, m poco +eminino de sa maneirade escreer J, a esse respeito, como é bempossel 7e o leitor se;a tentado a tomar os&ra+>lo&os por astr>lo&os o 7iromantes,+arei obserar 7e experincias recentes+eitas na rio dessas experincias, com pranc=asde apoio, na Revue Philosophique de abril de1886)

     

    * 4 Tetati

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    sociol>&icas, incontest/eis com o sela&empré=ist>rico o atal, o criminoso nato n"o ém sela&em, tanto 7anto n"o é m loco

    Jle é m monstro e, como mitos monstros,ele apresenta tra!os de re&ress"o ao passadoda ra!a o da espécie, combinandoos,contdo, de modo di+erente R necess/rio&ardarse de ;l&ar nossos ancestrais deacordo com essa amostra 9e nossosancestrais, – como n>s mesmos, poos

    ciili@ados, – deemos ter sido,primitiamente, erdadeiros sela&ens, en"o contesto, ainda 7e os mais anti&osdocmentos os mostrem, no estado desimples barb/rie, com as mesmas +ormascorporais 7e n>s, mais belas apenas $asexistem bons sela&ens Zallace, 0ar]in,

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    trans+orma!"o socialmente anta;osa daimoralidade, 7e em ma erdadeiramorali@a!"o indiidal Ali/s, B medida 7e os

    e+eitos erdadeiramente morali@adores dacrescente sociali@a!"o come!am a penetraraté o san&e das na!es o das classes maisciili@adas, o se;a, =/ lon&o tempo reinantes,estas na!es o estas classes n"o tardam emser recobertas e reabsoridaspela fecundidade sempre superior das

    classes, seno das na25es, inferiores. Tais s"oos e+eitos morais da sele!"o natral aplicadaBs nossas sociedades A mel=ora moral n"otem tempo de +a@er trabal=ar a=ereditariedade a se +aor e de a seconsolidar em instintos pro+ndos eindestrteis atestados por ma re+ndi!"o

    do crNnio e dos tra!os Por conse&inte, obem 7e a7i se opera, e mesmo sedesenole, deese a casas mito maissociais 7e itais, deese a ma a!"oprolon&ada, pac:ca, sedimentar da edca!"oe do exemplo, dos 7ais, in+eli@mente, o ;orrobrsco dos +atos polticos o militares rompe

    as camadas cada instante 9e se reita natilidade, e c=e&aria a di@er na necessidadeda mentira, da per+dia, da dre@a de cora!"opara se encer nma elei!"o, nm campo debatal=a, nm con&resso de diplomatasY

    Tal n"o si&ni:ca 7e e conteste aapari!"o, por ataismo, por ricoc=ete

    =eredit/rio a &rande distNncia, de caracteres

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    o de al&ns caracteres pr>prios aodelin7Qente nato R necess/rio 7e a idaretire de al&ma parte os elementos de

    monstrosidades acidentais 7e l=e escapamJ de onde os tomaria ela, a n"o ser damem>ria de sas passadas composi!es, amenos 7e n"o se;a do tesoro, raramenteaberto, de sa ima&ina!"o criadora, a7ilo7e ela +a@ 7ando en&endra m &nio, n"o7ando excreta m monstro, m criminoso o

    m locoS $as a7ilo 7e e contesto é 7e adelitosidade do criminoso nato se expli7epor a R assim 7e as ml=eresapresentariam também, com o criminoso denascen!a, similitdes srpreendentes, o 7en"o as impede de serem quatro vezesmenosdadas ao crime 7e os =omens, e e poderia

    acrescentar 7atro e@es mais leadas aobem

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    com nossos mal+eitores J n"o é tdo $esmaimpreidncia nelas, mesma aidade, doiscaracteres 7e Ferri sinala, com ra@"o, como

    dominantes entre os criminosos 0otraparte, mesma esterilidade de inen!"o,mesma tendncia B imita!"o, mesma olbilidade de esprito 7e simla,erroneamente, a ima&ina!"o, mesmatenacidade exel de m 7erer estreito$as a ml=er, em reanc=e, é eminentemente

    boa e deotada Jssa ?nica di+eren!a bastariapara contrabalan!ar todas as analo&iasprecedentes Além do mais, ela é li&ada B satradi!"o +amiliar, B sa reli&i"o e aos sescostmes nacionais, é respeitosa da opini"o A7i também ela se a+asta pro+ndamente docriminoso, mal&rado al&mas spersti!es Bs

     e@es sobreientes neste Hisso, aocontr/rio, ela se aproxima do sela&em, dobom sela&em, ao 7al, com e+eito, ela separece bem mais do 7e o criminoso H>s n"odeemos nos srpreender, tendo aprendidocom os natralistas, até 7e ponto o anti&omodelo da ra!a é sempre :elmente &ardado

    pelo sexo +eminino, e sabendo, ali/s, 7e aciili@a!"o é coisa essencialmente masclinapor sas casas e por ses resltados Porsas casas, pois 7e as inen!es das 7aisela se compe tm 7ase todas por atores os=omens por ses resltados, pois 7e ela tem isielmente por e+eito amentar, em proeitodo =omem, a distNncia entre os dois sexosLo&o, se 7iserdes +a@er ma idéia de nossos

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    primeiros pais, é a ml=er – e n"o o assassinoo o ladr"o =abital – 7e n>s deemos ol=arHela, como nm espel=o a&o e embele@ador,

    mas n"o mito in:el tale@, n>sencontraremos a ima&em apaixonada e ida,in7ietante e &raciosa, peri&osa e in&na, da=manidade primitia $ais precisamente,a7ilo 7e +a@ se encanto e mesmo sainocncia, a7ilo 7e ela tem de mel=ormoralmente n"o é o sabor de +rto sela&em

    7e nela persiste, a despeito de toda cltra,ap>s todos os atestados de capacidadesimples o speriorS H"o nos apressemos,pois, em decidir, sem m exame mais amplo,7e nossos crimes nos m de nossosancestrais, e 7e nossas irtdes nicamentenos pertencemWI4X

    $in=as crticas n"o se baseiam, se,sen"o sobre a interpreta!"o dada porLombroso aos caracteres +sicos o otros t"o+re7Qentemente apresentados pelosmal+eitores Tais crticas, em nada abalam arealidade do tipo criminal Apenas restanosexplicar, por nossa e@, o 7e entendemos por

    isso Tratemos, pois, de classi:careste tipo entre otras entidades de mesmonome 7e elabora o coleciona oantropolo&ista, este ontolo&ista sem o saberPodese, pareceme, distin&ir dois sentidosda palara tipo. Como exemplo do primeiro,podese citar o Homem americano de *rbi&nO,

    assim como, a exemplo do se&ndo, o Homem

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    delinqüente Pelo primeiro, entendemos ocon;nto de caracteres 7e distin&em cadara!a =mana o cada ariedade e

    sbariedade nacional de ma mesma ra!aassim di@se o tipo in&ls o alem"o, o tipoespan=ol, italiano o +rancs, o tipo ;de o/rabe 9er isso di@er 7e estes diersostra!os distintios se encontram sempre entreos nacionais dos diersos poos de 7e setrataS H"o istos em con;nto, eles s"o

    raros em estado +ra&ment/rio, s"o mito+re7Qentes $as n"o est/ a ma ob;e!"o sériacontra a erdade dos esquemas +ormadosdessa sorte nem contra a realidade de seob;eto erdade abstrata, realidade pro+nda7e consiste na tendncia mais o menosmani+esta, mais o menos enér&ica da ra!a o

    da ariedade em 7est"o entre&e a elamesma, se nen=m cr@amento a entraar, apropa&ar, de pre+erncia pela=ereditariedade, o &rpo total de caracteres7e se di@ l=e serem pr>prios, a torn/lo cada e@ mais +re7Qente e, en:m, exclsio sobre7al7er otro, como se ela n"o encontrasse

    sen"o a se e7ilbrio est/el, est/elmomentaneamente

    R nm sentido totalmente di+erenteda7ele 7e se di@ o tipo do pescador, doca!ador, do campons, do marin=eiro, dosoldado, do ;rista, do poeta Jsta noaacep!"o do mesmo termo é, por assim di@er,

    transersal, perpendiclar B primeira 0o

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    mesmo modo como, ia;ando, se recon=ecem in&ls, m /rabe, m c=ins como tais,se;a 7al +or a pro:ss"o o a ra!a a 7e

    perten!am, da mesma maneira, de m lado aotro a Jropa o do mndo, n"o serecon=ece m campons, m militar, mpadre como tais, 7al7er 7e se;a sa ra!ao sa nacionalidadeS Jssa impress"o, em&eral, é con+sa e n"o se a analisa, mas oexemplo de Lombroso e de ses cole&as, 7e

    resta a se&ir, mostra 7e ela é sscetel dem &ra impreisto de precis"o an/tomo:siol>&ica J é necess/rio 7e n"o se nosen&anemos sobre o alcance de mepensamento, sobre a pro+ndidade dassemel=an!as 7e constitem, e creio, ostipos pro:ssionais o sociais recon=eceis,

    7ase os mesmos, atraés de ra!as+re7Qentemente as mais diersas J n"o melimito a di@er 7e existem a7i =/bitosmsclares o nerosos idnticos, natos (porimita!"o) da rotina de ma mesma pro:ss"o ecapitali@ados, por assim di@er, em tra!os+sicos inatos Jsto persadido, além disso,

    de 7e certos caracteres anatmicos tra@idosno nascimento, de ordem exclsiamente ital, e de modo al&m social, em sas casas,+ormados pela &era!"o apenas, e onde aimita!"o n"o entra em nada, +a@em partetambém do assinalamento médio pr>prio Bcada &rande pro:ss"o, sen"o B cada &randeclasse social H"o é sem ra@"o 7e se di@ dem =omem 7e ele possi o +sico de se

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    empre&o, 7e ele tem a :&ra de m militar,de m ma&istrado, de m membro do cleroJis para o semblante $as por 7e n"o seria o

    mesmo para o corpoS &icas,+oto&r/:cas, etc, experincias an/lo&as

    B7elas de Lombroso sobre centenas omil=ares de criminosos, é extremamentepro/el 7e c=e&aramos a constatar +atosn"o menos srpreendentes, a saber, porexemplo, 7e os ado&ados em &eral,principalmente os ado&ados not/eis,os advogados natos, de 7al7er sorte, –

    contrabalan!ando aos criminosos natos, enascidos para de+ender estes ?ltimos, – tm,em média, a estatra, o peso, a capacidadecraniana speriores o in+eriores em tantoscentmetros, em tantos &ramas, em tantosmilmetros c?bicos B estatra, ao peso, Bcapacidade craniana da média dos demais

    =omens pertencentes B mesma ra!a e aomesmo sexo 0escobrirseia, ainda, 7e,entre os obreiros entre&es a tal pro:ss"o, enesta sendo vencedores, a propor!"o decan=otos o de ambidestros di+ere dapropor!"o ordin/ria, e 7e a di+eren!a podeser expressa em ci+ras 7e sa sensibilidadeB dor, ao +rio, B l@ e Bs aria!es elétricastm m &ra pr>prio, &eral e permanente até

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    certo ponto 7e eles s"o maisimpressionados pela ista de ma boa &arra+ade in=o do 7e por a7ela de ma bela

    ml=er, o iceersa, assim como resltariados batimentos comparados de se plsore&istrados pelo es:&m>&ra+o, e assim, porconse&inte, até Bs nan!as intelectais emorais mais +&idiasWI1X

    J pree;o, se, os resltados 7eproaelmente daria ma asta cole!"o deestdos antropol>&icos cond@idos se&ndo ométodo dos s/bios criminalistas dos 7ais e+alo, e aplicados a todas as pro:sses, comose os aplica ao metier  do crime $as o 7e =/de mais natral 7e esta sposi!"oS Por 7e acarreira criminal teria nicamente essepriilé&io de possir m +sico caracterstico,do 7al as demais carreiras seriamdesproidasS Ao contr/rio, temse o direito depensar, a priori, 7e o assinalamentoantropol>&ico da7elas dee ser maisacentado, por7e a primeira se recrta mpoco em toda parte, mais indi+erentemente7e as otras, e exi&e aptides mito mais

    especiais J, pois, se o leitor ;l&a 7eo retrato gen"rico a GaltonU, dado porLombroso ao homem delinqüente és:cientemente ntido e preciso, ele deer/presmir, a fortiori, 7e m retrato &enéricoassim io do =omem pescador, do =omemca!ador, do =omem larador, do =omem

    comerciante, etc é possel e a&arda se

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    +ot>&ra+o se o interesse inesperado desse&rosso olme sobrecarre&ado de ci+ras assa@mal or&ani@adas e de replsios docmentos

    =manos

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     ia e n"o obtsa, e o plso mais aceleradopor ma ima&em de amor 7e por maperspectia de embria&e@ e se, sob todas

    essas analo&ias, elas se a+astariam tanto7anto os mal+eitores da média dos =omensciili@ados, porém em sentido inerso

    Lombroso de+endese mito mal contra aob;e!"o 7e l=e é +eita# Como podeis +alar detipo criminal, 7ando, de acordo com >smesmos, sessenta criminosos em cem n"oapresentam os caracteresSU Jle respondesimplesmente 7e a +raca propor!"o deitalianos 7e apresentam o tipo de sa ra!an"o d/ a nin&ém o direito de ne&ar o tipoitaliano, ainda menos 7e o tipo mon&ol, etc5aeria mito a di@er contra essa con+s"odos dois sentidos da palara tipo distin&idospor n>s Todaia, de nosso ponto de ista, elepoderia ter respondido a ses aders/rios#n"o apenas n"o é erdade 7e min=aspes7isas se;am sem m sério alcance,por7e elas c=e&aram ao resltado 7e >scon=eceis, como elas s"o dplamenteinstrtias Com e+eito, mal&rado a

    inconstNncia do tipo criminal entre osmal+eitores, ele n"o é menos real no sentidoacima explicado Além disso, o &ra de sa+re7Qncia, medido pelas ci+ras proporcionais7e tie o cidado de apresentar, reelam –o contribem de sa parte para reelar – onel de nosso estado social e altra ainda a

    atin&ir Has sociedades de castas +ec=adas,

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    onde n"o é por imita!"o pra e simples, mas+or!ada, s;eita B &era!"o, 7e se transmitemas diersas pro:sses, – a&ricltra,

    comércio, armas, sacerd>cio, – é certo 7e otipo pro:ssional teria pocas c=ances dereprod@irse +re7Qentemente entre aspessoas consa&radas B pro:ss"ocorrespondente e esta +re7Qncia deecrescer B medida em 7e, com o princpiosocial pro a liberarse da ida, as castas se

    +ossem sbstitindo por corpora!es, depoisadministra!es liremente recrtadas emesmo, especialmente, por cléri&os casados,por cléri&os celibat/rios * tipo ;esta, porexemplo, é bem mais di+ndido e maispermanente entre os padres da Compan=ia de Kess do 7e o seria, caso esta ordem célebre,

    – como a7ela dos brNmanes, – se propa&assepor :lia!"o natral * ideal seria, na dire!"oonde correm nossas sociedades desde a eramoderna, 7e nen=ma barreira arti:cial seopsesse ao mel=or empre&o possel das oca!es indiidais Jnt"o, em cadapro:ss"o, n"o =aeria sen"o pessoas natas e,

    até certo ponto, conformadas para ela

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    imita!"o sbordin/loia, como coném ria a repelir, como a?nica das con+orma!es +sicas e psicol>&icas

    7e se recsa absoltamente B assimila!"osocial, – atalmente ao menos, – e da 7al aelimina!"o se impe Por a, aparecenos saimportNncia e o interesse de criosidade,sen"o de simpatia, 7e se li&a B sa descri!"oexata e completaWI-X

     

    *H 4 Ateuação 0oss3

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    de Lombroso, encontrarseia m tipo +sicoespecial a cada ma das pro:sses, nosentido 7e sa presen!a deeria ser

    recon=ecida mais +re7Qentemente 7e emnen=ma otra parte, ali/s Lo&o, terseia,nma certa medida, o direito de di@er 7eexistiriam condtores natos de dili&ncias,por exemplo Msso n"o impedi 7e, no dia em7e a locomotia e o telé&ra+o elétrico +oraminentados e di+ndidos, os eclos e os

    telé&ra+os incmodos de otrora cessassemde ser +abricados J n"o 7ero insinar pora 7e seria também +/cil, mediante al&masnoas descobertas, sprimir, sbstitindo anta;osamente, a carreira do crime A esperan!a, todaia, n"o é completamente7imérica, como eremos tale@ Rnos

    s:ciente di@er, no momento, 7e a sposi!"oda 7al partimos acima, – a7ela das oca!es natrais para certos modosparticlares de atiidade social, – demandaser reti:cada o precisada A natre@a,diersi:cando ses pr>prios temas, n"o temde modo al&m em ista se empre&o

    possel pela sociedade Também n"o existempredestina!es erdadeiramente natrais,sen"o em sentido mito amplo, onde mitaspro:sses podem ser compreendidasindi+erentemente Jm sas pro+ndaspes7isas sobre a =ereditariedade e a sele!"onatral, Alp=onse de Candolle +e@ estaobsera!"o a prop>sito das aptidescient:cas J, certamente, se ela é erdadeira

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    para estas, com maior ra@"o dee slo para amaior parte das otras * =omem dotado, di@ele, de ma +orte dose de perseeran!a, de

    aten!"o, de ;l&amento, sem mitos dé:citsde otras +acldades, ser/ ;risconslto,=istoriador, erdito, natralista, 7mico,&e>lo&o o médico, se&ndo sa ontadedeterminada por ma mltid"o decircnstNncias J acredito poco nanecessidade de oca!es inatas e imperiosas

    para ob;etios especiais, exceto,proaelmente, para as matem/ticas Msto n"oé, como se , ne&ar a inncia da=ereditariedade é consider/la como7al7er coisa de &eral, compatel com aliberdade do indidoUWIEX Tale@ Candolleten=a exa&erado a7i a indetermina!"o das

    +acldades inatas Jle parece es7ecer 7e,entre todos os modos de atiidadesexperimentadas o obseradas por n>s, ésempre m, e 7ase sempre m ?nico, 7e:xa nossa pre+erncia e como, B medida 7enosso campo de tentatias preliminares seestende pelo pro&resso das comnica!es,

    aproximamonos do momento em 7e eleabran&er/ o inteiro domnio das carreirasexistentes nma época dada Msso e7iale adi@er 7e existe sempre – o 7ase sempre, –a cada instante da 5ist>ria, ma carreiraprecisa, ma ?nica, natralmentecorrespondente B cada ariedade indiidal, eexclsiamente atraente, se nada se opser Bsa escol=a Hada mais +alta para explicar a

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    +re7Qente presen!a dessa ariedade o dema ariedade i@in=a entre as pessoasentre&es a essa carreira, e a estatstica,

    assinalando tal +re7Qncia, n"o +ar/ sen"oreelar, se&ndo se costme, a a!"o de macasa constante em meio a casas ari/eis, asaber, ma inncia permanente de ordemnatral mesclada a inncias m?ltiplas emlti+ormes de ordem social 7e leam Bado!"o do camin=o de 7e se trata A 

    realidade do tipo assim esclarecida é, pois,certa $as, ao mesmo tempo, n"o é maisnecess/rio, se, sen"o a passa&em de mestado social para otro, 7er di@er, mamdan!a sobreinda no n?mero, na natre@ae nas anta&ens o nos riscos relatios Bsdiersas pro:sses, para desiar

    sensielmente a lin=a de todas as oca!es,mesmo as mais decididas Lo&o, n"o épermitido a:rmar 7e tal =omem, – =o;e+atalmente deotado ao crime, – o +oi sempree sempre o ser/, por7e é m criminoso denascen!a Hin&ém, salo al&nsmonomanacosWI.X incendi/rios o =omicidas,

    o al&ns cleptomanacos, – 7e se nosdeemos &ardar de con+ndir com oscriminosos natos, – nin&ém nasceexpressamente para matar, incendiar, iolar erobar se pr>ximo

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    aos mil=ares, ses dolos manc=ados dosan&e de sas timas, sas contnase+ses de san&e no templo e a domiclio

    como =/bitos de ida $ito bem, o ndio, 7edescende diretamente desse poo é, se&ndo%iart (Os 6stecas, p 16.), o mais doce, o maisino+ensio, o menos +ero@ dos =omens *scostmes de ses ancestrais n"o eram, pois,m e+eito da ra!a 7e n"o mdo, mas mprodto de sas cren!as reli&iosas, +ortitas

    em parte, 7e poderiam ser di+erentes, pois7e mdaram desde ent"o

    Ferri, ele mesmo, +ornecenos maconsidera!"o em apoio B nossa idéia Pararesponder B ob;e!"o de 7e o tipo criminalcaracteri@ase, – bem raramente, é erdade, –entre as pessoas =onestas o, ao menos, semcondena!"o ;dicial, ele obsera com ra@"o7e a criminalidade nata pode permanecerlatente, e 7e os criminosos natos, aos 7ais+alto a ocasi"o de cometer m crime,emparel=amse aos criminosos de ocasi"o,7e n"o nasceram para o crime Jmindidos de classes eleadas, di@ ele ainda,

    os instintos criminais podem ser aba+adospelo meio (ri7e@a, poder, maior in;uência daopinio pdi&o penal Jm l&ar de matar com opn=al, cond@se a tima aempreendimentos peri&osos em l&ar de

    robar na ia p?blica, trapaceiase na %olsa

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    em l&ar de iolar, sed@se e abandonase a timaU * pr>prio Lombroso n"o +ala deotro modo A prop>sito de associa!es de

    mal+eitores# H"o nos di@ 7e elas diminemnm pas ciili@ado, mas trans+ormamse eme7ocas associa!es polticas ocomerciaisUS 9antas sociedades annimas,7antas a&ncias, 7antos comits 7e s"ocole!es de bandidos, porém de bandidosmiti&ados pela cltraY * s/bio pro+essor

    compra@se em assimilar as cortes"s aosdelin7Qentes e a er, nas casas de tolerNncia,o e7ialente +eminino das casas de corre!"o

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    camin=o o os m?ltiplos camin=os pelos 7aisa atena!"o do rs criminal, por assimdi@er, pode ser obtida com o tempo Jsta

    atena!"o, completamente an/lo&a B7ela da7al se ocpo Paster, comporta ma sériede +ases &radais * robo, abortado, tornaseestelionato o abso de con:an!a, depoisespecla!"o na %olsa o espolia!"o doaders/rio, colorida no nome de medidapoltica, do 7e se c=ama =abilidade o

    =omicdio, abortado, tornase delo desleal,depois cal?nia rinosa o den?ncia mortal,en:m, ener&ia, insolncia e san&e+rio  +or!a de dilirse, pois, o rs acaba+re7Qentemente por tornarse m +ermento?til, e n"o seria di+cil, com e+eito, descobrir,no +ndo das mais +ecndas coisas sociais e

    das mais ciili@adoras, a ambi!"o, a cpide@,a &alanteria, a cora&em, a seia e o sabor dosinstintos sela&ens lentamente sai@adosJn:m, em se t"o interessante captlo sobrea criminalidade das crian!as, Lombrosoobsera 7anto os instintos criminosos s"o+re7Qentes nessa idade, mas com 7anta

    +acilidade eles desaparecem, em &randeparte, sob a inncia de ma boaedca!"oWI[X, acrescentese, de ma boac=ance Todaia, se a crian!a é mal edcada ein+eli@, eles persistem no adlto, e, nestecaso, podese continar a c=am/los natos,por7e de +ato o s"o $as essa persistncia,deida ao meio social, n"o e7iale B saa7isi!"o socialS $dai as condi!es, – se

    http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n57http://www.ebooksbrasil.org/eLibris/tarde2.html#n57

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    possel, – da sociedade, mito de pre+ernciaa mdar se sistema penal, e sacriminalidade modi:carse/

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     A Estat3sti,aCrimial do ltimo Meio"

    2-,ulo 

    0e ordin/rio, os olmes anais deestatstica eniados aos tribnais pelo$inistério da Ksti!a amortal=amse noscantos dos cart>rios e dos