a conclusao do Curso de Especializac;:ao...
Transcript of a conclusao do Curso de Especializac;:ao...
VANIA A. MALAGUTTI DA SILVA FIALHO
A DIVULGACAO E A IMPLANTACAO
DA MUSICOTERAPIA EM GOIOERE
Monografia apresentada como requisito parcial aconclusao do Curso de Especializac;:ao emMetodologia do Ensino da Arte - UniversidadeTuiuH do Parana.
Orientador: Prof. Evandro Gauna.
Curitiba2000
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SUMARIO
rRODUCAO ••...........•••••............•.•••...............•••••............•••••••••.........•••.••••.............••.•••............••••......1
'IUSICOTERAPIA .•..........•...•.•............•...•...... . 5
I FUNDAMENTACAoTE6R1CA DA MUSICOTERAPIA..... . 9I 0 MUSICOTERAPElTfA.. . .. 13, A SUPERVlSAO EM MUSICOTERAPIA.. . I;I METODOLOGIA GERAL DA MUSICOTERAPIA E SUA APLICACAo 18
\IUSICOTERAPIA EI\1 GOIOERE 26
I AMO~TRAGEM A ., DIVUl.GA<;AO DA MU$ICOTERAPIA EM GOIOERE ..
AMOSTRAGEM B ..
. 27
. ..........••••.•.•• 3-1-. 37
)NSIDERAC:;::OES FINAIS ........•.•.....•...............••.•...........•••..•...............•...•.•.••.............•..•••..•..............&5
\:01 - COMPLEXO SOM - SER "UM.ANO - SOM ...•...•..•........•.•.•.........•.•......•.......•.•............... 52
\:02 -APLlCAC:;::AO DA I\1USICOTERAPIA. ...............•...............................•...............•.•............ 53
\:03 - (:ASO CLiNICO: UM PROCESSO MUSICOTERApICO ........•.•.......•............................ 5..&
'<0..& - REPORTAGEM SOBRE MUSICOTERAPJA ...........•..................................................•... 59
\:05- FOLOER ...•............•.•.•••..........•.•.............................................•.••......•....•.•.•.••.•.•.....•.•.......... 60
\:06- CERTIFICADO DE RECONUECll\fENTO ....•......•..........••.....••...................................... 62
\:07- CARTA DE ACRADECI1\1.ENTO .........................................••••........•.•........•.............•...... 63
XO 8 - GOIOERE .•...••.•..........•.•.••••••.•.•••.•.•.•......•.•.•.•................................•.........••••••.........••.••••••.••'"
"'ERENeIAS nJBLIOGRAFICAS .....•............................•...............•...•.............•....•.•.•.....••...........• 87
HRODUCAO
A busca par tratamentos que englobam a homem como um ser dotado de
irito e materia, tern suscitado a estruturagao metodol6gica de diversas
Ipi8S que, aD longo dos tempos, tsm sido usadas somente com base no
:1lrismo.
A Musicoterapia entra, nesse contexto, como sendo a usa dos sons, da
jlea e do movimento visando a abjetivos terapeuticos. Dessa forma sla
!ttva a melhor qualidade de vida do individuo como urn todo.
A Musicoterapia, como ciemcia, ainda e consideravelme~e nova. Sua
.Jtura~io e reconhecimento deu-se na segunda Guerra Mundial, porem, 0 usa
1usica com finalidade terapeutica data de tempos remotes.
Sendo hoje considerada urn tratamento eficaz e fundamental para diversas
logias, a Musicoterapia conquista espa90 na area de saude. Nos grandes
ros, a mesma ja faz parte do corpo clinico de diversas instituic;6es, tais como:
hospitais clinico-gerais ,
hospitais pSiquiatricos,
cHnicas,
centros de recupera~o,
escolas especiais;
outras.
Contudo, na maioria das pequenas cidades, as ciencias mais jovens ainda
J pOUCClconhecidas, como e a caso da Musicoterapia em Goioere.
GOloere se caracteriza como uma cidade do interior do Parana, que conta
1uma populayiio de 31.634 habitantes (IBGE-1996). Sua atividade econ6mica
dominante esta alicen;ada na agricultura. Possui desenvolvimento significativo
setar industrial e uma boa desenvoltura no setor comercial.
Sendo situada em uma regiao interiorana, Goioere possui uma
sideravel desvantagem no acesso a informa¢es e atualiza96es s6cio-
1tifico-Gulturais.
Tendo em vista que a cidade gira em torno da agricultura, os demais
xes, como educagao e cultura, ficam em uma condigao desfavon3vel. Isso
1 a maioria dos jovens a mudarem para centres maiores em busca de
hecimento, estudos.
Das pessoas que vao em busca de uma formagao academica, sao raras
:Jue retornaram a Goioere. Os recem-profissionais que voltam, enfrentam a
afio de conquistar seu espa90, em um mundo onde 0 conhecimento e as
rma96es ainda nao sao capazes de reconhecer, entender e aceitar novas
as de cltua9aO.
Fei essa realidade que a musiceterapeuta Vania A. Malagutti da Silva
10 encontrou ao retomar a Goioere, ap6s ter concluido a curso de
~lcoterCipia na capital do Estado.
Visando a implantayao da Musicoterapia na cidade, a musicoterapeuta
tiu da hip6tese que a populac;ao goioerense pouco conhecia sabre esta area
saude.
A partir dessa hip6tese, fai desenvolvido urn projeto que objetivou tomar a
sicoterapia conhecida e reconhecida na cidade.
Oada a importancia desse objetivo, resolveu-se que a registro monografico
mesma seria conveniente. Buscou-se, em um primeiro momenta, uma
jamenta~o te6rica da Musicoterapia. Assim, foi feito urn levantamento
lografico s6lido e estruturado, abordando 0 hist6rico, a defini~a, 0
sicoterapeuta e a metodologia e aplicac;ao geral da mesma.
Na sequencia, planejou-se fazer uma investigayao para checar 0
hecimento pratico que a populac;ao goioerense possuia sabre esta area da
de.
Para isso foi feita uma pesquisa, buscando uma amostragem da situayao
da popula9iio.
Toda a pesquisa e divulga9iio da Musicoterapia tornaram-se 0 ponto
::Ial e fundamental deste trabalho academico.
o registro, as comentar;os e as dados numericos da pesquisa e da
,lga980, comp6em 0 segundo capitulo deste trabalho. Para melhor
preen sao dos resultados obtidos, foram colocados graficos ap6s cada dado
erico pertinente, buscando uma visualizayao pratica.
Em paralelo as pesquisas e divuJgay6es, foi feita uma coleta dos
cadores de Goioere, todos os aspectos que 5e fizeram importantes para 0
envolvimento deste trabalho. Dentre os aspectos abordados, encontram-se:
Dados hist6ricos;
Ficha tecnica do municfpio;
Infra-estrutura;
Aspectos demograficos;
Aspectos sociais;
Aspectos territoriais;
Aspectos econ6micos;
Aspectos administrativos.
Todos os dados sobre Goioere estao anexados ao trabalho, como parte
Jrantee fundamental do mesmo.
Em anexo tambem constam complementos sabre a Musicoterapia e alguns
ria is que foram usados na divulgac;ao da mesma.
, MUSICOTERAPIA
Par1indo do principia que todo movimento produz sam, ainda que inaudivel,
emos afirmar que 0 mesma e tao antigo quanta a criac;:ao do mundo, logo que
JU Deus as ceus e a terra [ ...] e 0 Espirito de Deus S9 movia sabre as faces
aguas" (Genesis, 1:1-2). Sendo 0 som a materia prima da musica, e facil
·,nder por que esta e tao antiga quanto a humanidade.
Atravss da historia podemos constatar que, na antigOidade, a musica e a
llcina estiveram extremamente vinculadas, sendo passivel perceber tambem a
Ir que as pavos anti905 Ihe atribuiam, tanto na reli9iao quanta na vida socia-
tlca-economica.
Alguns estudiosos consideram como re9i5tro das primeiras referencias da
lea como agente terapeutico 0 usa que David fez de sua harpa para rnudar 0
Jdo de espirito do rei Saul, conforme consta na Biblia (Samuel, 16:23).
Caminhando pela evoluyao humana encontramos, na Gracia, vaJiosos
Idos sabre a musica e a fisica dos sons que possuem principios que perduram
os dias atuais. Observa-se que os 9re90s possuiam consciencia do poder que
.,usica exercia sobre 0 estado emocionaJ do homem, uma vez que
IClonavam cada modo musical grego com determinadas rea90es que estes
savam no ouvinte. Segundo Casidoro, citado por Clotilde Leinig (1977), 0
10 doria estava ligado com a modestia e a pureza; 0 modo frigio era 0
mulante a combatividade; 0 modo eolio recompunha transtornos mentals e
Jzia ao sono; 0 modo jonio estimulava os intelectos melanc61icos e provocava
Jesejo de objetos celestiais; 0 modo !idio aliviava as almas oprimidas por
ocupa~:6es.
Se Hip6crates e considerada 0 pai da Medicina, a musicoterapia pade
anhecer como seus precursores Platao e Arist6teles. Platao indicava a musica
a a saude da mente e do corpo, e "Arist6teles admitia seus beneficos efeitos
::;emoc;6es incontrolaveis e 0 seu poder em provocar catarse destas emog6es~,
1forme 0 cita Clotilde Leinig (p.15: 1977).
A musica, assim como toda arte e ciencia, depende do pensamento do
nem de acordo com cada perfodo hist6rico. Assim sendo, durante a Idade
dia, tanto a Musica quanto a Medicina estiveram sob 0 poder da Igreja e,
lsequentemente , foram vitimas de urn retardo em seu desenvolvimento como
mentos para a bern estar do homem.
Com 0 Renascimento, todo 0 pensar humano tomou outro rumo, e 0
nem passou a ser valorizado, favarecendo a retomada da produc;ao de novos
lhecimentos em todos os campos, contribuindo novamente para 0 uso da
sica E)m tratamentas de individuos portadores de diversas patalogias,
lCipalmente 0 doente mental.
o perfodo Barraco veio nos brindar com a Teoria dos Afetos que, segundo
mo Kiffer, em seu texto ainda nao publicado, 0 periodo Barraco: Musica
3matica, "partia do principio que os intervalos, os acordes, os elementos
nicos E! ate os timbres dos instrumentos possufam determinadas qualidades
ocionais pr6prias ... n Essa teoria induzia diversos compositores a fazer musica
lsando em uma unidade emocional.
Ainda segundo Bruno Kiffer, a Teoria dos Afetos possui uma base
dadeira, porem, nao considera 0 contexte da obra musical e, dependendo do
ltexto, e possivel ainda que a elemento musical adquira express6es que
ldigam com a Teoria dos Afetos, uma vez que a mesma prega, por exemplo,
~ uma ter~ menor transmite um sentimento de tristeza, enquanto que uma
:::a maior garante emog6es alegres.
Indiscutivelmente 0 periodo Barraco procurau dar aos ouvintes e amantes
musica emog6es intensas, alargando 0 aspecto emocional. Durante esse
[odo, a musica foi usada quase que exclusivamente em tratamentos
quiatricos. Urn dos primeiras medicos a observar e a utilizar a musica para
,e fim foi Robert Burton, em 1632.
o seculo XVIII e marcado pelos grandes sanatorios. A Medicina passa a
er uma separagao entre 0 tratamento fisico e 0 tratamento psiquico. A musica
;sa a ocupar urn lugar privilegiado na busca de terapias satisfat6rias para 0
~nte mental, 0 que prapiciou 0 surgimento dos primeiros tratamentos
lusivarnente musicoterapicos.
o seculo XIX traz as grandes obras de psiquiatria, salientando a
:analise com base na palavra como meio de cura. Oiante dis so, a
sicoterapia volta a adormecer, e somente os eruditos interessados em Musica
1edicina, reconhecem e valorizam a arte dos sons.
A contemporaneidade chega trazendo consigo um desenvolvimento
nol6gico que se estende par todo a sEkula XX. Essa evoIUl;;aopropiciou, em
lsequEmcia, valiosas descobertas para a campo da Medicina, como a ultra-
n, a medicina nuclear, a laser, etc.
Com a desenvolvimento tecnol6gico e musical, a rela~o do homem com a
sica tambem sofreu mudan~s consideraveis, pais, com a surgimento do radio,
taca-discos (vitrola), da televisao, e outros aparelhos eletr6nicos, a musica
ssou a ser uma constante na vida das pessoas.
Emoldurada par tantas mudan~s, a Musicoterapia ressurge durante a
neira Guerra Mundial como uma tentativa anti-depressiva para com as
Jreviventes da guerra nos Estados Unidos. Os resultados satisfat6ries do usa
musica na recuperac;ao desses doentes de guerra proporcionaram a
gimento dos primeiros cursos de formac;aode musicoterapeutas.
Atualmente a musicoterapia esta sendo exercida em todos os continentes.
novas associa96es de musicoterapia sendo inauguradas, e a numero de
Jlica((6es direcionadas a divulgac;ao de resultados clinicos e de estudos
51coterapicosaumenta a cada dia.
Hoje ha diverses fatores que favarecem 0 trabalho da musicoterapia. Um
as e a pr6pria liberdade que a musica contemporanea sugere, pais todo a
1, independente de sua altura, timbre ou textura, e cansiderado um elemento
pode ser utilizado na composic;ao de uma obra musical. Temas tambem a
je!ncia do uso do silencio, e a uso nao convencional de instrumentas musicais,
10 a obra de Jonh Cage ilustra.
Cage mostra a integrayao do movimento e a instancia pSicodramatica, 0
~ nos leva a afirmar que os aspectos da evolU9aO das buscas terapeuticas
Ircham em paralelo com as buscas do artista. Arte e terapia cam in ham juntas
descobrimento de novas fontes. Assim sendo, a Musicoterapia lanc;amao de
:a uma gama de elementos sonoras para usa terapeuticos.
A lv1edicina moderna tambem abre alas medicinais alternativas e ao
Jalho em equipe, favorecendo, assim, a Musicoterapia. Oeste modo, as
sicoterapeutas apostam em uma abertura de campo de trabalho, e em um
.Jnhecirnento cada vez maior do uso da musica como terapia.
FUNDAMENTACAO TEORICA DA MUSICOTERAPIA
o conceito de musicoterapia mais difundido no Brasil e 0 elaborado pelo
luiatra argenlino Dr. Rolando O. Benenzon. Segundo ele, a Musicoterapia
e ser vista sob dais aspectos, 0 cientifico e 0 terapeutico.
Com respeito ao primeiro, Benenzon a define como Uuma especializa~o
ltifica que se ocupa do estudo e investiga~o do complexo som/ser humano,
j 0 som musical ou nao, tendente a buscar os elementos diagn6sticos e as
'odos t,,,apeuticos do mesmo" (R. Benenzon - p.11:1985)
8aseado na hist6ria, e posslvel perceber a quanta a musica esteve ligada a
Jla e as lendas. Porem, a Musicoterapia se respalda na ciencia, buscando
os musicoterapicos cientificamente comprovados.
10
o complexo som/ser humano (ver aneXQ 1) diz respeito:
a tudo quanto produz som;
aDs estimulos necessarios para que 0 som seja produzido ou nao;
ao caminho que as vibray6es sonoras percorrem de acordo com suas leis
aos 6rgaos do corpo humane que recebem as sons emitidas;
.:3 perceP980 e impressao efetuadas pelo sistema nervoso com rela~o aos
jons que chegam ate ele, sua inter-relayao aos demais sistemas, como a
"md6crino e outros;
'1 repercussao psicol6gica e biologica, assim como a elaborar;a,o de resposta
-10 estimulo; et par fim,
resposta, que pode ser de ordem matara, sensitiva, organica ou de
omunicac;ao par meiD de atitudes como a danya, a voz, a canto, 0 choro.
Sob 0 aspecto terapeutico. Benenzon, considera que
"a Musicoterapia e uma disciplinaparamecJica que utiliza 0 som, amusica e 0 movimento para produzirefeitos regressivos e abrir canais decomunicaqao, com objetivo deempreender atraves deles 0 processode freinamenfo e recuperaqao dopaciente para a sociedade".(Benenzon - p. 11:1985)
Desse modo, em ambos os aspectos, a musicoterapia utiliza a musica, 0
, e 0 movimento em sua mais ampla concepc;ao. Logo, a musica, 0 som e 0
IImento estao intertigados de forma a se condensarem em uma s6 coisa.
Ainda, de acordo com Benenzon, a musicoterapia se completa ajudando na
ca de diagn6sticos. As respostas do organismo humane frente a estimulos
oros admitem 0 aumento do conhecimento anatomofisiol6gico do ser humano,
; ha determinadas rea'!(6es que sao desencadeadas apenas via estimulos
Itivos, como e 0 caso da epilepsia musicogemica(1).
Segundo 0 entender do psiquiatra argentino, Dr. Benenzon, a musica e 0
1 possuem a capacidade de provocar estados regressivos no ser humano.
1m sendo, a Musicoterapia busca, nas etapas primitivas do desenvolvirnento
10mem,elementos que permitem uma comunicac;ao pre-verbal ou nao-verbal
e 0 paciente e 0 terapeuta. Pela regressao e possivel chegar ao bloqueio do
isto e. a nega~o do pr6prio eu, desprovendo-o de mecanismos de defesa, e
10 trabalhar tais processos que podem desencadear uma esquizofrenia, entre
as patologias. A regressao que realmente interessa a Musicoterapia e a que
espeito a etapa anterior a diferenciayao final do ego.
Urn dos objetivos especificos da musicoterapia e a abertura dos canais de
unica.,ao. Baseada na teoria de Benenzon, esta abertura 56 e possivel
1do houver urn processo regressiv~, onde 0 indivfduo se desarma de suas
sas psiquicas.
epilepsia musicogenica 0 estimulo sonoro funciona como fator desencadeante dos ataques.)ticos, (... ) sendo que os estimulos musicais variam desde a musica classica a musica deas musicas romantieas e as can¢es populares- - (Leinig p.201 :1977)
12
Diversas Qutras areas da saude utilizarn as canais de comunicayao abertos
a Musicoterapia para conseguirem efetuar a trabalho que Ihes compete.
Tais canais referem-se a abertura que 0 terapeutizando permitiu ap6s urn
mulo que foi ao encontro de suas aspira90es. Esta abertura pode se dar sob a
18 de urn dialogo sonoro, de express6es corporais, OU ate mesmo de
oles troca de olhar diante de algo que chamou a aten<;Bodo paciente para 0
lcoterapeuta ou objeto estimulante. Compete ao profissional ter a
:iJbilidade de captar par qual caminho sera mais tacil acessar uma
:Jnicac;ao satisfat6ria com seu paciente.
Atingindo urn canal de comunicac;ao, 0 musicoterapeuta da continuidade no
osso que Ihe cabe, objetivando, dentre outras metas, 0 ingresso do paciente
JCiedacie.
Finalizando, Benenzon sintetiza a Musicoterapia, colocando que a mesma
'ao "0 campo da Medicina que estuda 0 complexo som-ser humano-som,
utilizar a movimento, 0 som e a musica, com 0 objetivo de "abrir canais de
nicac;ao no ser humano, para produzir efeitos terapeuticos psicoprofilaticos e
,bilita<;Bono mesmo e na sociedade." (Benenzon - p.11: 1988).
Por sua vez, a Comissao de Pratica Clinica da Federa<;BoMundial de
aterapia Inc. - 1996, coloca a defini<;B0de Musicoterapia como:
"a uUlizac;ao da musica e/ou seuselemenfos (som, fifmo, melodia eharmonia) por urn musicoferapeufaqualificado, com urn pacienfe augrupo, num processo para facilitar epromover a comunica9ao, rela9ao,
13
aprendizagem, mobilizaqao,expressao, organizaqao e QUirosabjetivos terapeuticos relevantes, nosentido de alcan,ar necessidades!isicas, emocionais, mentais, sociais ecognitivas.
A Musicoterapia objetivadesenvolver potenciais e/ourestabe/ecer funr;6es do individuopara que 0 mesmo possa a/can,aruma me/h~r integrac;ao intra e/auinterpessoal e, consequentemente,uma me/hor qua/idade de vida, pe/apreven,8o, reabi/ita,8o outratamento". (Revista Brasi/eira deMusicoterapia- Ano I - r1' 02 - 1996pAJ.
o MUSICOTERAPEUTA
Oiante do amplo conceito de musicoterapia, 0 musicoterapeuta necessita
.ma formayao s61ida e diversificada. E importante que a mesma conheva a si
~IO, seus medos, limites, ambi90es, seus conhecimentos, sua bagagem
ra, sua "musica interior". enfim, passui urn auto-conhecimento notavel.
Apes urn processo de introspecyao e reconhecimento de si mesmo, 0
:oterapeuta podera ouvir a Dutro e ter urn relacionamento saudavel com seu
'e/paciente, sem 0 risco de negaPl, projetaf'), reprimi,-(4l,ou fazer uso de
!c;:ao: ·consiste no bloqueio de certas percepc;6es do mundo extemo, ou seja, ° individuoa determinadas situac;6es intoleraveis da realidade extema, inconscientemente nega sua'cia para proteger·se do sofrimenlo." (D'Andrea· p.23)'-'!~o: ~E 0 processo automatico pelo qual alribulos da propria pessoa, nao aceilos·"nlemenle, sao impulados a outrem, sem levar em conla os dados da realidade.~ (D'An~~
~.,S\OADf 0~ "?
~ IJISlIOTECA ~$"... I.,.,... ...•••dS;.'••
ras mecanismos de defesa(5) que sao inconvenientes durante a processo
)peutico.
A forma~o de um musicoterapeuta requer um consideravel conhecimento
determinadas areas. No Brasil (especificamente no Parana) as tres areas de
hecimento difundidas no curso de musicoterapia, de acordo com a
sicoterapeula Sheila Beggialo Volpi(S) ,sao:
Area Musical - que visa a atender a aluno em suas necessidades de um maior
::onhecimento pratico e teerica da musica, que e a principal instrumento de
:rabalho do musicoterapeuta,
Area de Sensibiliza~o: objetiva, atraves de disciplinas especificas,
jesenvolver a sensibilidade do aluno enquanto ser humano e futuro
:Jrofissional do campo da saude, au seja, musicoterapeuta.
I\rea Cientifica: proporciona conhecimentos cientificos do Homem normal e do
Jortador de determinadas patologias, visando a com preen sao e a aceita~o do
"5er humano, assim como orientar de que forma se deve utilizar a
nusicoterapia nas diversas linhas do conhecimento e nas rna is variadas
)atologias.
oressao: "f: 0 processo automatico que manlem fora da consciencia, impulsos, ideias oumentos inaceitaveis, os quais nao podem tomar-se conscientes atraves da evocayaotaria.e (D'Andrea - p.24)..anismosde defesa: sao atitudes, geralmente inconscientes, que 0 ser humano esta sujeito a
I r, diante de um conflito interior. ~Osmecanisme de defesa prolegem as pessoas contrasos ou afetos que possam ocasionar aqueles conflilos que sao fontes de angustia."ldrea - p.21)Isla 8rasileira de Musicoterapia Ano 1- NO 2·1996 p.546
Embora seja de suma importancia a formac;ao academica do
sicoterapeuta, 0 fator determinante para seu born desempenho profissional
a contido na personalidade do mesmo, pois sao essenciais uma maturidade e
controle afetivo e emocional, assim como uma imaginac;ao munida de uma
mplar capacidade de observa<;aoe perceP9c3odo mundo interior e exterior do
'Ing musicoterapico(7).Tambem a paciencia, 0 tato, a perseveran~ e 0 born
'lor deverao ser atributos do musicoterapeuta.
Apesar de todos esses aspectos acima relacionados, necessarios para
atua~ao musicoterapica, e ainda imprescindivel a alualiza<;ao cientifica,
stlca e s6cio-cultural, pois, diante do desenvolvimento expansivo do mundo, e10rdial uma constante atualiza~o de conhecimentos.
Contudo, e ao longo do tempo que 0 musicoterapeuta complementara sua
ac;aode acordo com sua capacidade e experiencia pessoal e profissional, as
s proporcionarao um acrescimo que se samara ao exilo de seu trabalho.
A SUPERVISAo EM MUSICOTERAPIA
A supervisao em musicoterapia caracteriza-se na busca de um sentido,
o e coerente, de uma experiemcia vivida em um enquadre musicoterapico.
busca envolve 0 musicoterapeuta supervisando e a musicoterapeuta
n9 Musicoterapico: espa~ protegido onde acontece a sessao de musicoterapia.
ervisor que, como 0 proprio termo sugere, procura conduzir 0 supervisando a
)Ihar ampliado da sessao e/ou processo musicoterapico.
Desse modo, 0 supervisor atua como urn questionador, que visa a levar a
~rvisando aver, escutar e encontrar pontos intrinsecos e fundamentais do
esso nlusicoter<3pico. Assim, 0 supervisor ideal pode ser vista como 0 grande
·010Socrates, refletido por Gaarder ( 1996 )
o ponto central de toda aatua,ao de Socrates como filosofoestava no fato de que ele nao queriapropriamente ensinar as pessoas.Para tanto, em suas conversas,Socrates dava a impressao de elemesmo nao querer aprender comseu interlocutor. Ao "ensinar', elenao assumia a posiqao de urnprofessor tradicional. Ao contra no,ele dialogava, discutia (...).Geralmente, no come,o de umaconversa, freqOentementeconseguia levar seu interlocutor aver pontos fracos de suas propriasrefiexoes. Uma vez pressionadocontra a parede, 0 interlocutoracabava reconhecendo 0 queestava certo e 0 que estava errado",
Sendo a Musicoterapia uma area onde a musica ocupa urn lugar
;amental, uma sessao de supervisao pode integrar a verbal e 0 musical.
m, de acordo com Stephens (1984), a supervisao em musicoterapia pode
rer de quatro modos diferentes:
Verbal - verbal. Ocorre quando a supervisanda "precisa analisar uma serie
Je eventos, tanto musicais quanta verbais, no curso de terapia. Ele ou ela
luer entender os eventos mais claramente e escolher uma dire~a para 0
"turo trabalho" (Stephens, op cit p 32)
Musical - verbal. Este modo e aquele em que 0 musicoterapeuta ~usasua
propria atuayao para revelar 0 material, 0 qual se torna 0 foeo da diseussaon,
Steph,ms( op cit p. 32 ) exemptificacitando um supervisandoque, inseguro
quanta ao significado da mensagem de seu cliente, repete a produc;:ao musical
do cliente, tocando como 0 cliente: reproduzindo sua postura corporal, seus
movimentos, seus ritmos, as dinamicas e os fraseados que ele usa; podendo,
assim, 0 supervisando buscar percep.;6es novas que 0 ajudem a encontrar
dire<;oes a serem tomadas para que a trabalho se realize.
"Esta Ii uma oportunidade para setrabalhar a partir da intui980 musicaldo terapeuta e poder se ganhargrandes insights em relaqao aexpressao do cliente. (...) Depoisdesta re-cria9ao, existir8 geralmentemais material para se discutir. Ossentimentos devem aparecer ondeantes nao eram reconhecidos. aterapeuta pode descobrir passiveisdire90es para encorajar 0 cfiente;dinamicas intepessoais podemtamMm ser discutidas." ( Stephens,op cit p. 32)
Musical - musical. Nesse modo 0 trabalho supervisor e feito a partir do
'l1usical. E a musica que conduz a uma solury8.o passive!. ~O terapeuta pode
ser encorajado a atuar da mesma mane ira que a cliente esta atuando para
~ue Sf! descubra, de uma rnaneira organica, para onde a musica esta
:onduzindo: (Stephens, op cit p. 33), aqui a supervisao esta atuando
:onforme urn enquadre nao-verbal, e busca, assim, explorar a campreensao
jas dificuldades e a busca das solu<;oes musicais atraves, igualmente, do
nusical.
18
Verbal - musical. No quarto modo, ua musica e usada para aprofundar uma
questao particular QU ajudar 0 terapeuta a entrar rnais em contata com ele au
;,Ia propria relativamente a quest6es especificas." ( Stephens, ob. cit, p 33)
METODOLOGIA GERAL DA MUSICOTERAPIA E SUA APLICACAO
A metoctologia da musicoterapia recebe enfoques e tratamentos diferentes
acordo com a linha de trabalho de cada profissional. Entretanto, hi! uma
lea preconizada no Brasil que segue 0 modelo estruturado par Benenzon.
De acordo com a referida tacnica, 0 processo musicoterapico consta de
:> partes: a diagn6stica e a terapeutica.
Em urn primeiro momento, da-se a entrevista inicial, cnde acontece 0
eire cantata entre a cliente/paciente e 0 musicoterapeuta. Nesse cantato e:amental que 0 musicoterapeuta transmita confianya e proporcione seguranc;a
au cliente/paciente.
Sendo a entrevista inidal bern sucedida, 0 musicoterapeuta tera a chance
bter dados biograficos do individuo em questao para um estudo do mesma,
'1chendo, assim, a ficha musicoterapica.
Ainda fazendo parte do diagn6stico do cliente/paciente, segue-se a
cagao musical do mesma, onde 0 musicoterapeuta ira tra98r uma hip6tese
'~rfil sonora do individuo, com base nas reac;6es psicofisiol6gicas deste em
19
lc;.aO a Instrumentos, musicas e sons a ele apresentados. Durante a testifica~o
~ntao, passivel detectar qual 0 instrumenta, 0 som e/ou a musica com que 0
·nte/paciente demonstrou maior afinidade. As preferimcias do cliente/paciente
;erao, e ate deverao, servir de objeto intermediario entre ambos
sicoterapeuta e cliente/paciente).
A segunda etapa do trabalho refere-s9 as sess6es de musicoterapia
:xiamente ditas. Nelas 0 cliente/paciente e 0 musicoterapeuta desenvolverao
processo ativD. Neste ponto 0 principal objetivo e abrir, ou restabelecer,
)IS de comunjca~o, mediante a identidade sonora do individuD, visando a
maior integrac;.ao do mesmo em todos os sentidos.
As sess6es de musicoterapia devem acontecer em urn setting
coterapico, ou seja, em urn ambiente protegido. 0 cliente/paciente deve ter a
'za de que tudo 0 que acontecer entre ele e 0 musicoterapeuta e confidencial
;,Ioso.
o processo de atendimento pode variar conforme 0 espar;:o, podendo se
~m instituir;:oes ou clinicas particulares, e, ainda, tendo a possibilidade de
jimentos individuais ou em grupo. Existem, segundo Benenzon, seis grandes
s de aplicacyao da Musicoterapia (ver anexo 2). A primeira diz respeita ao
Jimento individual, onde os casos rna is complexos sao encaminhados e
~rem tecnicas e conhecimentos especificos de acordo com cada patologia.
A segunda aplicac;iio se refere a forma grupal. Neste caso, 0 grupo e,do de acordo com os pontos em comum dos clientes/pacientes, ou seja,
-mte 0 diagn6stico e a idade mental e/ou fisiol6gica dos mesmas.
Cabe afirmar que ambas as farmas de aplicac;aa sao indicadas para
Iquer etapa evolutiva da vida do homem, desde 0 primeiro ano de vida ate a
eira idade.
Continuando, he a aplica~o no grupo familiar; a aplica~o da
;,caterapia didatica (que e indicada para as musicaterapeutas e profissianais
area da saude mental, objetivando que as mesmos passem pelo processo
:-;Icoterapico para que S8 deparem com suas capacidades e bloqueios); a
.:.ac;.aonas instituic;oes e, par fim, a aplica~o psicoprofilatica que "assume
'~rtfmcia fundamental durante a etapa da gestac;ao,no primeiro ano de vida e
3nte a Elscolaridade" (Benenzon p: 65: 1988).
Recentemente 0 musicoterapeuta Fernando de Oliveira Pereira (Bacharel
Musicoterapia pela FAP - 1986) desenvalveu um metoda de Musicaterapia
1 gestantes, abjetivanda "demanstrar que a relac;ao maelbebe e casallbebe
e S8 tamar excelente desde a gestayao~, segundo a autor da tecnica. 0
esso musicoterapico para futuras mass e seu bebe S8 inicia a partir do quinto
Todo 0 trabalho tern par base uma orientayao sabre a desenvolvimento
IIVO e taW da crian.ya, ressaltando a importancia do relaxamento e dos
cicios praticos de comunicat;:ao pre-natal atraves da voz: cantando, falando e
ando hist6ria, complementando, ainda, com audir;ao de musicas
clonadas.
De acordo com Clarice Moura Costa (1989), existem duas grandes
"?ntes da Musicoterapia: uma utiliza as tecnicas receptivas, onde 0
te/paciente e submetido a audiyaD de musicas, e Dutra prefere as tecnicas
s, onde 0 clientelpaciente "fai' a mtisica.
As tecnicas receptivas foram desenvo!vidas, principalmente na Franc;a.
e elas destacam-se 0 metodo Jost e 0 metodo GIM - Guided Imagery and
:;IC.Contudo, uma vez que no Brasi! as tecnicas musicoterapicas ativas
suem um numero maior de adeptos, cabe, entao, deter-se mais nestas.
Uma das tecnicas ativas bastante uti!izada entre os musicoterapeutas e a
envolvida par Verdeau - Pailles e Guiraud - Caladou. Essa tecnica
1preendeexercidos de percussoes corporais e percuss6es instrumentais.
A principio, a percussao corporal predomina, e 0 cliente/padente e
"Idado a imitar 0 musicoterapeuta a explorar 0 proprio corpo produzindo ritmos
Dies, como palmas e batidas de pes. Gradativamente 0 musicoterapeuta, ou
membra do grupo (quando em grupo) manta celulas ritmicas mais complexas
cliente/paciente, ou 0 restante do grupo, 0 imita. A introduc;aode sons vocals,
wras, frases, e importante para que a atividade nao se tome monotona.
Os instrumentos de percussao, ap6s serem apresentados, ficam a
)osic;aopara uma explora~o de suas possibilidades sonoras. Em seguida sao
;eridas improvisa9fjes, dialogos melodico - ritmicos, acompanhamento de
c;6es folcl6ricas ou criadas pelo(s) cliente(s)/paciente(s), e ainda contos
oros e outras atividades, de acordo com a capacidade do individuo ou do
;)0 e com os objetivos do musicoterapeuta. Na verdade, essa tecnica e a
zac;:aodo metodo Olft de musicalizac;:ao,porem os objetivos sao terapeuticos e
pedag6gicos.
Ha, ainda, 0 metodo desenvolvido pelo prof. australia no Schmelz, que
~tiva 0 aumento da atengao, da concentra~o e da capacidade de escutar 0
.ron. Esse metoda parte da reproduc;ao real e variada de um som ouvido.
A improvisac;ao musical e, tambem, bastante comum entre os
Issionais que desempenham as teenicas ativas. Segundo K. Bruseia (1991),
:3 tecnica diz respeito aos momentos em que 0 paciente "faz" musica, as vezes
Indo, (Jutras cantando, criando uma melodia, fitmo, som ou uma peya
umental. 0 paciente pode improvisar um "solo", au participar de um dueto,
au conjunto que tambem inclua 0 musicoterapeuta, ou outros pacientes,
ldo em grupo. Pode usar sua voz, ou algum instrumento musical que escolha
Jndo sua capaeidade ( tambores, pratos, xilofones, piano ).
Nessa tecnica 0 musicoterapeuta tem a func;:ao de ajudar 0 paciente a
ovisar criando um acompanhamento musical que estimule ou oriente sua
~ugao sonora, dando a ele um tema ou estrutura musical que sirva de base para
.a improvisac;ao (urn ritmo , melodia, escala, forma), ou dando uma ideia nao
cal a ser expressa atraves da improvisac;ao (uma imagem, sentimento,
mento, situac;ao dramatica).
A tecnica de improvisac;ao e indicada a pacientes que necessitam
nvolver:
Espontaneidade;
Criatividade;
Liberdade de expressiio;
Senso de identidade;
Habilidades interpessoais.
Alem disso, a improvisayao e usada para ajudar 0 musicoterapeuta a
OIbelecer um meio de comunicayao com 0 paciente, habilitando-o a expressar
IImentos que sao diffceis de expressar verbalmente. Produz, tambem, um lugar
.-.Jro de experimentac;ao de comportamentos, papeis, ou modelos de interaryao,
;uanto desenvolve a habilidade de fazer coisas e tomar decis6es dentro de
'es estabelecidos. Denlro das lecnicas ativas ainda ha a re-criaryao musical e a
posi~o musical.
A re-criaryao musical refere-se ao fazer musical reproduzido. Na sessao,
ente e/ou terapeuta se utilizam de uma criac;ao ja composta e a reproduzem no
ng musicoterapico.
Segundo Bruscia (1991), a re-criayao e indicada principalmente a pacientes
necessitam:
desenvolver habilidades sens6rio-motoras;
aprender comportamentos adaptados;
manter a orienta~o da realidade;
dominar diferentes papeis comportamentais;
iclentificar-se com sentimentos e ideias de outros;
trabalhar em metas cooperativamente comuns.
A composic;:ao musical diz respeito a produryao musical estruturada e
mentada no setting musicoten3pico. Nessa tecnica 0 paciente, normal mente,
;nvolve a melodia e/ou escreve a letra da canc;ao com a conduyao do
sicoterapeuta e este se encarrega da parte tecnica, a notayao musical e a
nonia.
Ainda de acordo com Bruscia (1991). a composi<;iio e de grande valia no
::esso com pacientes que precisa:
desenvolver atiludes hoje;
consiguir tomar decis6es;
aprender a selecionar ease comprometer;
organizar sentimentos e pensamentos internos.
Dentro da tecnica passiva tem-se a audiyao. Esta se refere a
edimentos auditivos, onde 0 paciente ouve a musica e reage a mesma.
A audiyao pode enforcar diversos aspectos:
fisicos
emocionais
intelectuais
esteticos
espirituais
Frente a audiyao, Bruscia (1991) coloca que 0 paciente pode responder
.es de:
relaxamento ou meditayao;
seqGencia de a~6es;
movimentos livres ou estruturados;
tarefas perceptivas;
associag6es livres;
contar histaria;
recordar;
imaginar;
dramatizar;
outros.
o musicoterapeuta possui a direito de passar do usa de uma determinada
llca a outra, no decorrer das sessoes, au mesma, durante uma unica sessao
'3m, tal procedimento requer uma salida formayao. No entanta, a profissional
for capaz de atuar dessa forma, sem duvida possui um leque maior opt;oes
llcaS diante de situat;oes inesperadas.Possui, portanto, uma gama enorme de
llcaS e metodos musicoterapicos. 0 musicoterapeuta deve tamar uma postura
te a uma au mais tecnicas, de acardo com sua personalidade, fundamento e
ficando a(s) forma(s) adotadas como meio de tratamento dos quadros
JI6gicosau naa que a ele se apresentarem.
MUSICOTERAPIA EM GOIOERE
Visando a implantac;ao e a divulgac;ao da Musicoterapia em Goioers, fei
ada, ern marc;o de 2000, urn8 amostragem quantitativa sabre 0 conhecimento
a populayaD Goioerense possui sabre esta area de saude.
A pesquisa foi planejada buscando abranger urn publico heterogeneo, com
a etaria de 16 a 65 anos, nao considerando a grau de instruyao academica,
1 0 conhecimento s6cio-cientifico-cultural do mesmo.
Assim, fcram abordadas 143 pessoas das mais variadas profiss6es, dentre
elas:
empresarios;
estudantes ( 2° e 3° graus);
medicos;
farmaceutlcos >
psic6logos;
fisioterapeutas;
enfermeiros;
trabalhadores rurais ;
domesticas/faxineiras;
vendedores;
professores;
- oulros.
AMOSTRAGEM A
Para a referida pesquisa foi elaborada uma questao objetiva chave, que
por fim uma mostragem para verificar;ao numerica da populayao que ja havia
do 0 termo Musicoterapia. A questao foi a seguinte:
Voce ja ouviu falar em Musicoterapia?
( ) Sirn ou () Nao
" base nessa pergunta foi verificado que:
A-53,7% das pessoas entrevistadas nunca tinham ouvido nada a respeito
dessa area;
B - 46,3% ja linham conhecimento do lermo.
10Questao Chave I
A B
Considerando que a Musicoterapia esta no Brasil ha quase tres decadas, a
entagem de pessoas que nunca ouviram falar sabre a mesma e relativamente
Inde, uma vez que hoje as meios de comunicar;aa sao acessfveis a grande
aria.
Para os 46,3% das pessoas abordadas que ja haviam ouvido sabre
sicoterapia, foi elaborada urn questionaria objetivo, buscando checar 0
hecimenta das pessoas sobre esta area.
Oeste modo montaram-se a seguintes quest6es e alternativas:
1- Onde voce ouviu falar em Musicoterapia?
( )TV
) colEigio/faculdade
) Revistas/jornais/livros
) Amigos
)Outro
2-0 que, na sua opiniao, vern a ser Musicoterapia?
) Tratamento atrav8s da musica
) Aula de Musica
) Recrea<;iio musical
( ) Oulra _
3- Qual 0 beneficio que a Musicoterapia pede trazer para as pessoas?
) Melhorar a qualidade de vida
) Auxiliar na preven9ao/tratamento do slress e depressao
) Estimular pessaas portadoras de deficiemcias
) Nenhum
4- Na sua opiniao, onde atua a musicoterapeuta?
( ) Escolas
) Clinicas partieulares/hospitais
) Empresas
) Outra _
5- Na sua opiniao, qual a forma\'iio do musieoterapeuta?
) Forma\'iio em Musica
) Curso Superior especifieo
) Curso Medio
) Outro _
o resultado desta amostragem foi:
- Questao 1
1 - Onde voce ouviu falar em Musicoterapia?
A - TV = 28,85%
B - colegio I faeuldade = 9,62%
C - revistas I jornais llivros = 11,54%
D - amigos = 38,46%
E - Outro = 11,53%
10Questao -11
A B c o E
Os resultados obtidas nessa questao nao causaram surpresas, apenas
IIrmaram dados ja pressupostas. Nela pode-se ainda confirmar, mais uma
o quanto a leitura se faz pouco presente na vida do brasileiro, ja que a
nativa C (revistas I jornais Ilivres) teve uma percentagem de apenas 11,54.
Contudo, cabe enfatizar que 0 meio de comunicac;ao que mais se faz
ente no interior ainda e a comunicacyaooral, a que levou a alternativa 0
gas) a obter a maior percentagem. Isso denota a quanta ainda se preza a
ato humano nas pequenas cidades, caracterizando ainda urn meio de
ga~o e comunicac;aoextremamente eficiente.
Verificou-se que a TV (alternativa A) e um meio abrangente de
JniC8ty80,a que ja era esperado. Mostrou tambem que a escola (oolegio I
dade I alternativa B) nao abrange muito assuntos gerais, ooncentrando mais
'ltos especfficos. Isso faz com que muitos assuntos passem despercebidos a
Jantes e docentes. Talvez a escola devesse proporcionar urn espatyOonde
m abordadas temas gerais, visando a uma transmissao e divulgac;ao
es de novas areas de conhecimento.
- Questao 2
2 - 0 que, na sua opiniao, vern a ser Musicoterapia?
A - Tratamento atraves da musica =90,69%
B - Aula de Musica = 2,33%
C" Recreagao musical = 4,65
o -Outra = 2,33%
'0---- - -----0=-
0/-I
0"-
cO ,,- 10Questao - 210/- !
"c:::::;p ~ "c:::::;p ./A B C 0
A questao 2 revelou que a maioria das pessoas entrevistadas (90,69%)
1m corno opiniao que a Musicoterapia e urn iraiamenia airaves da musica
~nativa A). E passivel que 0 proprio termo Musicoterapia tenha induzido a
resultado, ja que "terapia" possui um significado popular de tratar,
nento. Assim, Musicoterapia estaria ligado a alternativa A, iratamenio
es da music8.
Questao 3
3 - Qual a beneficia que a Musicoferapia pade frazer para as pessaas?
A - Melhorar a qualidade de vida =25,33%
8 -Auxiliar na preven~o/tratamento do stress e depressao = 44%
C - Estimular pessoas portadoras de deficiencias = 29,33%
D - Nenhum = 1,34%
45403530252015105o
~I
I f--p;::.l"-v- f-- f--
v- :: f-- f--Iv- f-- f-- ,v- f-- f-- I
- .c::6'~)
IOQuestao - 31
A B c o
EstCi nos calcca a quanta esta em evidencia 0 stress e depressao nos dias
:US, ja que 44% das pessoas abordadas colocam que a Musicoterapia atua na
/enc;ao e no tratamento dessas patologias - alternativa B.
As alternativas A e C receberam urna percentagem consideravel, a que
mostra que, por deduc;ao ou nao, as pessoas possuem urna ideia pre-
lutada, correta, sabre Musicoterapia.
Somente 1,34% colocaram que a Musicoterapia naD traz nenhum
aficio.
- Questao 4
4 - Na sua opiniao cnde atua 0 musicoterapeuta?
A - Escolas ~25,33%
B - Clinicas particulares/hospitais ~ 54,67%
C - Empresas ~ 11,33&
D -Oulra ~ 2,67%
10 Questao - 41
A B c o
As altemativas A e C (escolas e empresas) obtiveram 25,33% e 17,33%,
ectivamente. Esse dado surpreendeu. Evidentemente as alternativas A, B e
...tavam carretas, contudo, nao S8 esperava que as A e C fossem obter tal
~ntagem,dada a falta de informa96es sabre Musicoterapia em Goioere.
Questao 5
5 - Na sua opiniao, qual a formacao do musicoterapeuta?
A - Formac;iio em Musica =21,43%
B - Curso Superior especifico = 61,43%
C - Curso Media = 13,57%
D - Dutro __ = 3,57
80
70
60
50
40
30
20
10
o
r-'""'
I
~f1j- ,c:::::cJ ,.,=0/'
IOQuestao - 51
A B c D
Os resultadosda questao 5 Icram bastante satislat6rios, pois a grande
ria possui consciencia da necessidade de urn curso superior especifico para
ma9~10 do musicoterapeuta.
DIVULGA<;AO DA MUSICOTERAPIA EM GOIOERE
Tendo sido verificado que 53,7% da amostragem pesquisada nao
.Jiam nenhum conhecimento sabre Musicoterapia (sequer haviarn ouvido
e que 46,3% tinham sugest6es sobre 0 assunt,o porem, nenhuma
'nayao concreta, verificou-se a necessidade de planejar meios de divulga~o
~ Musicoterapia.
Para a divulga~o, foram listados diversos meios de comunicayao para
r esse intuito:
Folders informativos;
Entrevistas em radios ( AM e FM );
Entrevistas para jarnais (em Anexo);
Palestras;
Visitas a hospitals, clinicas, empresas, escolas.
A distribuiyao de Folders informativQs foi 0 primeiro passo a ser dado. Os
,mas fcram deixados em lugares estrategicos (salas de espera, farmacias,
)Ias). Foram tarnbam endere~dos folders diretamente a diversas instituic;:6es,
'llercios e pessoas ffsicas. A esses folders foi anexado urn texto contendo urn
e hist6rico da Musicoterapia e sua importancia.
A 8ntrevista na radio AM de Goioere, aconteceu par iniciativa da
coterapeuta, no dia 08 de abril de 2000 em urn programa aberto e ao vivo,
JIG Comunidade~ As quest6es levantadas na entrevista fcram as seguintes:
o que e Musicoterapia;
Qual a forma,ao do musicoterapeuta;
Com que atua 0 musicoterapeuta;
Onde atua a musicoterapeuta;
Qual a diferenya entre Educayao Musical e Musicoterapia;
o que faz 0 musicoterapeuta;
Ap6s essa entrevista, surgiu 0 convite para uma palestra aos Rotarianos
,Jioere, que aconteceu no dia 12 de abril de 2000 na Casa da Amizade de
':!re. A palestra, com durac;ao aproximada de 40 minutos, abordou de forma
va e sintetica 0 hist6rico, a definic;ao, a metodologia, os objetivos e a
'ela da Musicoterapia. 0 publico presente constou de:
Medicos;
Empresarios;
Jornalistas;
Radialistas;
Professores;
Advogados;
Donas de casa;
A palestra suscitou perguntas interessantes e pertinentes ao assunto.
Em 14 de abril de 2000 a musicoterapeuta recebeu convite para uma
~vistana radio Musical FM de Goioers. A entrevista, de carater informativo,
.IU urn roteiro similar a entrevista anterior, e surtiu urn efeito satisfat6rio, dada a
'lgsncia da radio.
As visitas junto aos hospitais, clinicas, empresas, escolas, foram
[ecenda em paralelo com as demais atividades, sendo mars intensas durante
s de maio de 2000. Durante essas visitas foi constatado que, embora com
de instruc;aoacima da media geral da cidade, as visitados demonstraram
J conhecimento sabre a Musicoterapia. Dentre as profissionais da area de
e, somente os pSic61ogose as medicos homeopatas tinham conhecimento
1 dsncia, porem a interesse dos profissionais visitados sabre a assunta fai
81. A grande maioria levantau quest6es pertinentes e instigantes sabre
;oterapia, permitindo uma abertura para informac;6ese discuss6es sabre a
18.
Em 4 de junho de 2000 a musicoterapeuta recebeu um espa<;o em uma
~mbh~ia Distrital Rotariana, onde ministrou urna palestra com a relato de urn
clinico (em anexo 3), exemplificando, assim, urn processo musicoterapico.
palestra contou com urn publico aproximado de 200 pessoas (Senhoras de
manos), as quais fcram distribuidos folders informativDs (ver anexo 5) sabre
coterapia.
Em 10 de junho de 2000 um dos jornais de Goioere publicou uma materia
.::! Musicoterapia ( em anexo 4 ), fruta de urna entrevista sabre a mesma.
Cabe colocar que esse jarna] passui urna boa aceitavao na cidade e na
10. 0 mesma 56 circula duas vezes par semana (as quartas - feiras e aos
Idos), trazendo as principais noticias da regiao.
AMOSTRAGEM B
Ap6s esses eventos de divulga~o, foi promovida urna segunda pesquisa,
,J8 toi abordada a maiaria das pessoas que na primeira amostragem nao
'n nenllum conhecimento sabre Musicoterapia, e autras que ainda nao
11 sido entrevistadas.
Para essa fase do trabalho foi usado 0 mesmo questionario da primeira
stragem, porem, com a primeira questao modificada no que se refere as
nativas. Assim sendo, esta questao foi elaborada da seguinte maneira :
Inde voce ouviu falar em Musicoterapia?
A- TV
B - Revistasfjornais/livros
C - Amigos
D - Palestra
E - Radio
F - Folders Informativos
G - Outro
Isso se deu devido aos meios de comunicayao utilizados para divulgayao
lusicoterapia, entre a primeira e a segunda amostragens deste trabalho.
Nessa etapa, foram abordadas 137 pessoas. Dessas, 53 ja haviam sido
iadas na primeira amostragem.
Para essa amostragem foi colocado que, quando 0 entrevistando
jerasse mais de uma alternativa correta, as mesmas poderiam ser
aladas. lsso deu margem para a maioria assinalar mais de uma altemativa,
0do que ha diversas quest6es em que a soma das percentagens obtidas
assa 100%. Este segundo levantamento obteve os seguintes dados:
Questao chave:
Voce ja ouviu falar em Musicoterapia?
A - Sim = 79,5%
B - Nao = 21,5%
IOQuestao Chave I
A B
Esse resultado foi extremamente satisfat6rio, dado que na primeira
:-.tragem mais de 50% das pessoas entrevistadas nao tinham conhecimento
a nomenclatura.
As demais quest6es tiveram as seguintes resultados:
tao 1
1 - Onde voce ouviu faJar em Musicoferapia?
A-TV = 15,2%
B - Hevistas/jornais/livros = 32,2%
C - Amigos = 25,6%
D - Palestra = 35,4%
E - Folders Informativos 51,7%
F - Radio = 59,3%
G - Outro = 3,1%
o
,0
,OJ..--'---------i
IOQuestao -11
A B c o E F G
Esta questao retrata 0 quanta as meios de divulgac;ao escolhidos foram
)gente~;. Principal mente a radio, que sem duvida e urn grande agente da
;nicac;:ao em tode 0 mundo. No interior, 0 mesmo passu; maior prestigia que
orensa jornaHstica e a TV, logo pais que as programas locais trazem,
,mente, conteudos que fazem parte do referencial da popula~o, alem de
., companheiros constantes nos estabelecimentos comerciais e resid€mcias,
e outras repartic;6es.
Nesta questao, diversas pessoas marcaram mais de uma altemativa,
an do que tiveram acesso a mais de urn meio de comunicac;ao que trazia
:;obre Musicoterapia.
,stao 2
2 - 0 que, na sua opiniao, vern a ser Musicoterapia?
A - Tratamento atraves da musica;:: 96,7%
B - Aula de Musica = 1,8%
c -Recrea~o musical = 1,4%
D -Outra 0%
,00 =80 ,-
60 ,-
40 ,-.\ 10 Questao - 21!
20 ,,-
0 ~ ~ r-7
A B C D
Um dos pontos enfatizados nas palestras e nas entrevistas dadas, foi a
'n<;a entre as diversas atividades onde se usam a musica e a Musicoterapia.
oroporcionou uma percentagem pequena nas altemativas Bee, quando
aradas a alternativa A.
Questao 3
3 - Qual a beneficia que a Musicoferapia pade frazer para as pessaas?
A - MHlhorar a qualidade de vida =67%
B - Auxiliar na preven~o/tratamento do stress e depressao;:: 75%
C - Estimular pessoas portadoras de deficiencias = 75%
o - Nenhum = 0%
\0 Questao - 3\
A B c o
Essa foi uma questao em que a maioria das pessoas abordadas
alaram mais de uma alternativa.
- Questao4
4 - Na sua opiniao onde atua a musicoterapeuta?
A - Escolas = 58,3%
B - Clinicas particulares/hospitais = 91,6%
C- Empresas = 51,2%
D -Dutra 8,2%
, ./
./
!OQuestao-4\
A B c o
A questao 4 tambem mostra que mais de uma alternativa fa! assinalada
) correta. Isso e muito positivo, pais as pessoas come<;am a verificar que os
-ficios da Mus;coterapia sao abrangentes, estendendo-se a empresas,
las e outras instituic;6es, alem de clfnicas e hospitais.
estao 5
5 - Na sua opiniao, qual a forma9ao do musicoferapeufa?
A - Forma\'iio em Musica = 45%
B - Curso superior especifico = 92,3%
C - Curso Medio = 1,2%
D - Outro 0%
10 Questao - 51
A B c o
o resultado desta questao foi consequencia foi a insistente colocac;ao pela
:oterapeuta, de que, para exercer a Musicoterapia, e necessaria uma
:lc;ao superior especifica.
Pode-se considerar que, de modo geral, esta segunda fase atingiu 0
cipal objetivo proposto: levar a populac;ao goioerense conhecimentos
stices e claros sobre Musicoterapia.
E facil perceber que as percentagens alcanc;adasna segunda amostragem,
cada questao, possuem uma vantagem consideravel em relayao a primeira.
Jentemente os resultados obtidos sao consequencias das divulgay6es feitas
e a primeira e a segunda amostragens.
Nas considerac;6es finais, serao feitos quadros comparativos de cada
.;tao, que iraQ sintetizar os resultados da primeira e da segunda amostragens.
4 CONSIDERAC;:OES FINAlS
Com a avan90 tecnol6gico e 0 ritmo acelerado com que 0 mundo atual
marcha, as descobertas, os estudos e 0 surgimento de novas conquistas
acontecem com uma rapidez surpreendente . Contudo, tais acontecimentos tern
estado restrito aos grandes centres. As cidades interioranas possuem uma
lacuna grande no que diz respeito a atualiza~o de conhecimentos. Percebe-se
que a maioria dos profissionais tern estacionado seus conhecimentos e suas
buscas. IS50 acarreta uma desinformac;ao global, que contribui para a nao
evoluyao socio-economica-cultural das pequenas cidades.
Verifica-se tam.bern que os jovens, quando atingem a adolescencia,
mudam-se para centros maiores cnde encontram mais oportunidades de estudos.
Ap6s uma formayao universitaria, a maioria das pessoas que imigraram nao
retornam as suas cidades natais. Isso acaba par gerar uma superlatayaa de
prefissionais nos grandes centres, e um deficit dos mesmas nas pequenos
centres.
Essa imigra~o desenfreada gera uma diminui~o populacional
consideravel nas pequenas cidades, como pode ser confirmado no indicador
sobre 0 aspecto populacional de Goioers (em anexo). Em 1970 havia 75.776
habitantes. No ultimo censo do IBGE (1996) havia 31.634 habitantes.
Embora haja uma evolu9.30 nos demais setores (como, par exemplo, infra-
estrutura), e chocante verificar que em 26 anos houve um deficit de mais de 40%
na populac;ao goioerense .
A busca dos dados sabre Goioere tambem mostrou a quanta a cidade
possui dificuldade no registro de sua historia. Na Biblioteca Municipal foram
encontrados dados apenas ate 1993. Na Prefeitura Municipal tambem nao foi
posslvel a acesso completo aos mesmos, de modo que foi necessaria uma
investiga<;iioapurada para obte-Ios.
Todo a levantamento dos dados de Goioere, se fez necessaria para urn
estudo sobre a cidade, a que forneceu dados para 0 desenvolvimento da
pesquisa de campo realizada.
Toda pesquisa de campo implica em uma analise de dados que fornecerao
linhas norteadoras que irao embasar a seqOencia do trabalho.
o resultado da primeira amostragem confirmou a hip6tese inicial, da
necessidade de uma divulgac;ao ampla e acessiva a popula9ao, pais revelou que
53,7% das pessoas abordadas nunca tinham ouvido nada a respeito da
Musicoterapia. Sequer conheciam tal nomenclatura. A maioria das 46,3% das
pessoas entrevistadas ,que ja tinham ouvido algo a respeito, possuiam apenas
uma vaga ideia.
Em funr;ao disso optou-se par urn questionario objetivo que propiciava ao
entrevistando perceber e/ou deduzir as respostas corretas . Dessa forma ao
mesmo tempo em que se checava a conhecimento do entrevistando, tambem
divulgava-se a Musicoterapia. Par exemplo, a questao 2:
2-0 que, na sua opiniao, vem a ser Musicoterapia?
) Tratamento atraves da musica
) Aula de Musica
) Recrea.,ao musical
) Outra _
Nesta questao, a alternativa A recebeu 90,69 %. A mesma e a alternativa
correta, porem, vale frisar que 0 proprio termo musicoferapia e a alternativa se
correspondem, uma vez que musicoferapia sugere um tratamento. Contudo uma
pequena percentagem nao tinha a menor ideia. embora 0 termo nao fosse
estranho.
Apos a verifica9Bo dos dados obtidos no primeiro momenta da pesquisa de
campo, foi efetuado uma divulgac;ao direcionada e objetiva, visando a preparar a
populac;ao para a segunda amostragem.
A segunda amostragem trouxe um resultado satisfatorio. Evidentemente,
nessa segunda lase, a popula.,ao, de modo geral, ja havia ouvido ou lido algo
sobre Musicoterapia.
Assim, a segunda amostragem, em relac;ao a primeira, foi melhor
sucedida. Na questao chave, Voce ja ouviu faJar em Musicoterapia?, os 53,7%
que nao haviam ouvido nada na primeira amostragem, foram reduzidos para
21,5% na segunda. Diante desse resultado, fica claro que a divulga980 foi
abrangente.
As demais quest6es da segunda amostragem tambem tiveram um avan~o
notavel, mesmo levando-se em conta que em meio as pessoas selecionadas
aleatoriamente, estavam as 53 que, tendo ja participado da primeira amostragem,
receberam mais informa90es a respeito do assunto.
Com um quadro comparativo entre a primeira e a segunda amostragem, epossivel visualizar com clareza as diferenyas entre os resultados obtidos em
cada questao.
Questao chave:
Voce ja ouviu falar em Musicoterapia ?
SimNao
1 - Onde voce ouviu falar em Musicoterapia?
Amostragem A Amostragem BTV 28,85% 15,2%Coh"qio/Faculdade 962% -Revistas/Jornais/Livros 11,54% 31,2%Amiqos 3846% 256%Palestras - 35,4%Folders Informativos - 51,7%Radio - 59,3%Outre 11,53% 3,1%
2 - 0 que, na sua opiniao, vem a ser Musicoterapia?
Amostraqem A Amostraqem BT ratamento atraves da musica 90,69% 96,7%Aula de musica 233% 1,8%Recre¥o musical 4,65% 1,4%Outra 2,33% 0%
3 - Qual a beneficia que a Musicaterapia pade trazer para as pessaas?
Amostragem A Amostragem BMelhorar a qualidade de vida 25,33% 67%Auxiliar na prevenciio/tratamento do stress 44% 75%Estimular pessaas. partadaras de deficiencias 29,33% 75%Nenhum 1,34% 0%
4 - Na sua opiniaa onde atua a musicaterapeuta?
Amostragem A Amostragem BEscolas 25,33% 58,3%Clinicas Particulares/Hospitais 54,67% 916%Empresa 11,33% 51,2%Outra 2,67% 8,2%
5 - Na sua apiniaa, qual a forma<;aa do musicaterapeuta?
Amostragem A Amostragem BFormagao em Musica 21,43% 45%Curso Superior especifico 6143% 923%Curso Medio 13,57% 1,2%Outro 3,57% 0%
As diferenyas entre um resultado e autro sao atribuidas a divulgar;ao feita
de forma objetiva e incessante entre a inicio de abril eo inicia de junha de 2000.
E passive I que a maior cantribuinte para as diferen<;as entre as amostragens
tenha sida a quantidade de meios de divulga<;aa (entrevistas - radios e jamal,
palestras e folders informativas) em curto espa<;a de tempo, apenas dais meses.
Ap6s a primeira amostragem foram endereryados folders a maioria das
pessoas que tinham side abordadas e que nao conheciam Musicoteraria . Isso
propiciou as mesmas 0 preenchimento conscienle do questionario da segunda
amostragem, 0 que levou a obtent;:ao dos dados acirna relacionados.
Isso prova que, em uma cidade interiorana, e possivel a divulgat;:ao e a
implantagao de um novo campo de trabalho.
Em abril de 2000, no inicio da divulgagao, a musicoterapeuta tinha apenas
dois pacientes em sua clinica particular. Em julho, 0 numero de pacientes
aumentou para seis.
No final de junho, a musicoterapeuta tambern comec;ou a atender as
crianryas de urn centro de recupera980 infantil. A conquista desse espac;o foi
resultado de uma das visitas a um medio pediatra da cidade, que percebeu 0
quanto a Musicoterapia poderia ser uti I as crianryas do centro.
A clientela desse centro constitui-se de crianryas com baixo poder aquisitivo
que, caso nao estivessem nessa instituic;ao, estariam nas ruas.
Ap6s uma avaliac;ao musicoterapica feita a essas crianryas, foi dada
prioridade de atendimento as portadoras de:
problemas emocionais e de conduta;
traumas;
disturbios de aprendizagem;
perturbac;6es na comunicac;ao;
atraso no desenvolvimento global
A aceitagiio da Musicoterapia pela equipe multidisciplinar do centro loi
satisfat6ria, de modo que a institui~o providenciou espac;o fisico e materia is
necessarios para 0 trabalho musicoterapico em urn espaC;D de quinze dias.
A divulga~o da Musicoterapia nao S8 encerra com 0 fim deste trabalho
academico, ainda ha muito a ser leito. Ja esta sendo montado um projeto para a
divulga~o da mesma na regiao de Goioere, 0 que ira pedir Dutra bateria de
palestras, entrevistas, visitas e distribui~o de folders, que poderao contribuir para
que a Musicoterapia possa S8 tamar uma area da saude conhecida, reconhecida
e aceita.
ANEXO 1 - COMPLEXO SOM - SER HUMANO - SOM
If'if: D..ENCIORaATIYO
11 rfu..-'~--t SISn:MAAUDITIVO
Ruid.linWtiJaiI i1PffiCll'(:AO .•.tn •••uti<:t1an:. <----
CORPO lr~='~c~~~ SIS1lMADEHUMANO Tf{E-::}M~ •• <----
0 pmCEPCAO
n --t ';l INrnlNA
~ 1iELEMmTOS PAl.AVRAS
~PRODUTORES INSlRUMENTOS ESTIMULOS il SlS11MATA.11LDE MUSICAlSSONOROS li Ruinos i1<---- ",11
APAR.D.HOS --t ~'n~ SISTEMA VISUALFl.ErRONJCOS
H INFR.II.-SONS
OlTlROS 11OlTfROS
A
MOTRIZ<-
HIPOF1SE i1CEREBRO
~lr4~~~<---
0SENSITNA
0 11:> , <------+ " TALAMO ORGANICA
'" (Sistema suhcorticil)Z i1 ---+., .Uo~-'~':.: COMUNICAf;AO ESTiMuLos
'" (Grito)...(Chm)
<- '" I1 ---+(Voz)
Q.iUsica) <-(Gesms)
MEDULA nSISTEMA.---+ VAGO-SIMPATICO CONDUfA
<- ---+D B
ANEXO 2 - APLICACAO DA MUSICOTERAPIA
MUSICOTERAPIA(APLICAf;:AO)
Autistasa) INDIVIDUALAf:U:ic:osPertub~oes fEnl.Ocionais I&i.coses
L COMuta L NeurosesDeficieru:ia MenialPertub~oeB motoras
~
cego.De:&ciencias s@nsoriais
SurdosAfeq:oes psicossomamasEnfermos iemUnaisc"riairia
b)GRUPAL
c) FAMILIAR
d) DIDA TICA (FOrm<ll;9.0)
e) INSlITUCIONAL ~HoSPitaisComunidadesInstitulo.&colas
1) PSICOPROFILATICA ~Cravid.eZPrimeiro ano de vida&colaridade
ANEXO 3 - CASO CLiNICO: UM PROCESSO MUSICOTERAplCO
PACIENTE: Maria Jose das Neves.
NASCIMENTO: 15/09/55.
NATURALIDADE: Caruaru - PE.
INTERNAMENTO: 30103/99
INTRODUCiio
A paciente chegou ao hospital em estado catatonico tipico. Recebeu a
diagnostico de psicotica cr6nica com as sintomas de confusao mental, insonia, falta
de apetite, apatia e ideias fixas. A paciente recebeu atendimento em musicoterapia
no periodo de 06 de abril a 01 de junho de 1999, duas vezes por semana, com
sess6es de 30 minutos, totalizando 12 atendimentos, sendo que no periodo de 25
de abril a 02 de maio a paciente esteve de alta pedida, retornando em 03 de maio,
apresentando as mesmas sintomas iniciais.
ENTREVISTA INtCIAL
Na entrevista inicial a paciente apresentou-se muito tensa e sem expressao
facial e corporal. Sua mem6ria estava prejudicada, nao sabendo responder a
perguntas como a propria idade e naturalidade, entre Qutras. Quando explicado a
ela sabre a musicoterapia, disse que naa sabia cantar, nem tocar e que ouvia pouca
musica.
AVALIACAO MUSICOTERAPICA E TESTIFICACAo MUSICAL
Para a 1a sessao a sala foi preparada com diversas instrumentos de percussao
aos pares, e selecionadas musicas antigas e recentes dentro do estilo sertanejo.
Durante a sesseo a paciente participou tocando e cantando, porem escolheu
sempre a mesmo instrumento que a musicaterapeuta estagiaria havia escalhido.
Quando solicitado a paciente para escolha de musica au instrumenta, a mesma nao
a fazia, pedindo que a musicoterapeuta estagiaria a fizesse.
Desta sessao a paciente apresentou um ritmo metrico, porem aD cantar a linha
mel6dica era emit ida com pouco contomo, mas dentro de tom. A sua fala era
sempre em forma de pergunta: uVace naa ia tocar este instrumento?", unao esta na
hora de aeabar?". Mostrou ainda uma obsessividade quanta a limpeza dos pes ao
entrar na sala e a organiza980 da mesma ao sair, a que foi comprovado nas
sess6es seguintes.
Na 2a sesseo a paciente apresentou um interesse pelo coco dizendo, ao
aponta-Io: Ueste e um born instrumento, ne?~
Seu discurso continuou sempre em forma de perguntas nas primeiras sess6es.
Foi constatado uma baixa-estima evidente, uma dificuldade de tamar iniciativa,
memoria remota prejudicada, dificuldade em auto-expressar-se. Com base nessas
observar;6es a trabalho de musicoterapia foi organizado visando atender a estas
necessidades da paciente. Assim foram utilizadas as tecnicas de audiyao musical.
OBJETIVOS TERAPEUTICOS
Com base na avaliayao musicoterapica estabeleceu-se as seguintes objetivos:
- estabelecer e fortalecer vinculo terapeutico;
- buscar a melhora na auto estima;
- incentivar a tomada de iniciativas;
- resgatar a memoria remota;
- oportunizar a auto-expressao da paciente.
DESENVOLVIMENTO DO PROCESSO MUSICOTERAPICO
A partir da 3a sessao nao foi levado mais instrumentos aos pares, objetivando
a favorecimento de situa96es onde a paciente pudesse tamar iniciativas e possuir
escolhas proprias, a que comec;ou a acontecer depois de muito estimulada.
Aos poucos a paciente foi se colocando nas sessoes, a linha melodica foi
ficando mais nitida, evidenciando uma melhora do estado emocional e afetivo, que
se refietiu no elemento musical (melodia) que mais se identifica com as aspectos
citados.
A 5a sessao foi baslante significativa ao Iratamento. Nesta a paciente se
emocionou ao ouvir a musica uDebaixo dos carac6is dos seus cabelos", de Roberto
Carlos, e comec;ou a chorar, expressando-se sem defesas.
Nas sess6es que se seguiram foi feilo um trabalho de Re-criac;ao e
composic;ao musical a partir da musica que a mobilizou. Utilizando a letra da musica
foi pedido para a paciente grifar os versos e/ou as estrofes que rna is gostava na
seqOencia criar mais estrofes para a musica, 0 que foi feito com sucesso. Esta
proposta oportunizou a surgimento de lembranc;as da cidade natal e saudades da
familia, principal mente da mae. Fai possivel, assim, resgatar a memoria remota, que
ate entao nao havia se manifestado.
A paciente trouxe entao, musicas que faziam parte de sua vivemcia em
Pernambuco (Amado Batista), as quais conhecia.
As duas ultimas sess6es foram desenvolvidas par meio das musicas do
Amado Batista, as quais foram danc;adas e cantadas, explorando mavimentos
corporais e espacialidade flsica da sala, com a conduc;ao da musicoterapeuta
estagiaria. A paciente conhecia e cantou todas as musicas que continha no disco
que estava sendo usado, cantando em, ula_la_lan os interludios entre uma eslrofe e
outra.
Nestas ultimas sess6es a paciente apresentou-se bern, sempre sorrindo e
dizendo que estava feliz, sua obsessividade com organizaC;ao e limpeza nao mais
se manifestava e ja estava se posicionando e tomando iniciativas, (0 que refietia
com clareza na escolha dos instrumentos, canc;6es, atividades). 0 vinculo
terapeutico apresentava-se solido, 0 que propiciava um desenvolvimento
musicoterapico produtivo e positivo. 0 fazer musical apresentava melhoras
significativas, 0 canto surgia tranqOilo e melodioso, 0 ritmo metrico e leve.
Todos os objetivos pre-estabelecidos estavam sendo trabalhados com exito,
sendo que alguns foram atingidos somente parcialmente, em func;ao da alta da
paciente.
ANEXO 4 - REPORTAGEM SOBRE MUSICOTERAPIA
Jarnal: Tribuna da Regiiia -1 0106100
.. - --
1IIIillilHIlI 111111
ANEXO 5 - FOLDER
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ANEXO 6 - CERTIFICADO DE RECONHECIMENTO
ANEXO 7 - CARTA DE AGRADECIMENTO
Rotary InternationalService Above Sell-He Profits Most Who Servs Best
A-;kon,&:-un.Jlriohflma-",-"""",,,,,,,,,,,,,,,,,,,)(1
GoiQeriJ (I'U). 10 dc)ullJ/O de 20(}O.
A .101"!:111
Dr". Vania M. da S,J.·u Fiullw
(":'";1/ :A/roves desio, \'I"mo.r a preSC11ra de V.S~ para oprcsclliar-Ihe:i O.t
/w.uos .~illcerf1.f o~radccime/llQs pcfa sua porficipopJu como Poles/roll/e /:1/1
/IOS.\'(1A.\"scmbl';ia Di~'lril(J1 QCorrida em 0./ de 11.111110 ullimo, I/O ACENG.
o assullio almrdado por v.~ - "MUSIC01'EHAI'IA" • jot
cmpu/gwllC e ttl.'!! /utal aproveilolllclI/() 110$ ~!fjl/Qras de Rotariollol qlleI,OI/I·irull/upu/cslra.
Es.vc f!I'C/UO, comOl1 emil a /1l1rlicipoFiv (Ie fIIais de 6{)(1 pes,Wlas.
de -Ij cidw/cs qlle coli/poem u Dis/rita Umaria .JuJUc fui corwde de sucessoJotal e llIillgiu "leI/ameli/I.! IIOSSOSob)cfil'os.
SOIllO!i (lrafimdoml!lIle gratos por luJu.
~"r,,,,,o,a""""2J::;;
_ 4J< __ f«b.;!!fd/_. ~Ncls C.!) inkuwG '--'2tt!liliO 1.v7os
GOl'cmmlor 2lJOO·100J Sccrefario Dis/rita!
~.•",••",.'6""""'", "'<"'. '00""'.',,,("IO"." ••.C.,,,,,,,,,01.c•.•••,.301>«!0 • ...- •• PR •••••
".' I•••"" ••••.~'1·_ .•••:C••("H'"c[P.,_)OO<>DO·~.·''''·&o ••
ANEXO 8 - GOIOERE
DADOS HISTORICOS DE GOIOERE
Situ ado na regiao Noroeste do Parana, 0 municipio de Goioere, como
muitos outros da mesma zona geografica, e fruto de urn longo trabalho de
coloniza98o e poYoamento do planalto paranaense que, apesar de ser conhecido
desde 0 Seculo XVI, somente nos tempos modernos foi efetivamente explorado,
povoado, e aproveitado no desenvolvimento de urna nova zona urbana.
A hist6ria de Goioere, assim como a das demais unidades administrativas
do Noroeste Paranaense, e a pr6pria hist6ria de tada urna extensa regiao que
constitui as bacias dos rios Tibagi, Ivai e Piquiri, conhecida par espanh6is e
lusitanos desde a segunda metade do Seculo XVI. Porem, somente em 1934
fundaram-se as primeiras fazendas de cafe as margens do rio Goioere, de
propriedade dos IrmaDS Scarpari. Os mesmos lanc;aram, alguns anos mais tarde,
os fundamentos de uma cidade. Organizaram uma firma que recebeu 0 nome de
Sociedade Goioere. A esta empresa coube a responsabilidade de planejar e
executar a ideia de construgao de urn centro urbano, medindo e demarcando os
lotes que deveriam constituir as espac;os urbanos e rurais.
ORIGEM DO NOME
o voC<ibulo Goioers provem da lingua Caigangue, onde GOIO significa
"agua" e ERE significa "Iimpa e clara". (Parana e seus Municipios 1996).
FORMACAo ADMINISTRATIVA
A urbaniza"ao do povoado iniciou-se em 1953. No ana seguinte, Goioere
foi elevado a categoria de Distrito Judiciario do Municipio de Campo Mouriio.
A Lei n.' 048, de 10 de agoslo de 1955, elevou Goioere a categoria de Municipio,
que foi inslalado a 14 de dezembro de 1956, dala em que tambem foi empossado
o seu primeiro prefeito Francisco Scarpari.
1. Ficha Tecnica do Municipio
... Dados Indicadores
... Instalado em 14/dezembro/1955
... Localiza"ao 24 10' latitude sui e a 52 57'longiludeoeste-GR
...Superficie 659,077 km'
... Popula"ao 1996 31.634 habilantes
...Allitude media em rela,iio ao 550 metrosnivel do mar..Distimcia da capital 530 km... Limites Moreira Sales, Mariluz, Quarto
Centenario, Rancho Alegre D'Oeste,Formosa D'Oeste e Janiopolis
... Concentracoes Populacionais Vila Jaracatia com 1.506 habitantes
... Regiiio do Estado OesteFonles. IBGEI Governo do Estado - 1996/97/98
2. Aspectos Territoriais
Relevo o releva apresenta-se ondulado, suavemente ondulado, em declividadeconstante no sentido nordeste-sudeste, onde toda a bacia do municipiodesagua no rio Piquirf, na divisa com 0 municipio de Formosa D'Oeste.A se~e S9 situa numa pequena colina entre 0 Ribeirao Agua Branca e 0Rio Agua Bela.
Solo o solo e constituido por pequena predominancia de latossolo vermelhoescuro destrofico, texturas argil050 misto, ar9i1050 arenoso e ainda
areno argiloso. Esta predominancia ocorre na divisa com 0 municipio deQuarto Centenario e 0 distrito de Bandeirantes D'Oeste (a oeste). Noleste, onde se localizam a sede e 0 distrito de Jaracatia, ocorre numaarea de menor percentagem a predominancia do podezolico vermelho-amarelo, textura media. Em menor quantidades, encontramos terra roxaestrutura entrofico com percentagem de ocorrencia de 4%
Fonte. Prefeltura MUnicipalde GOloere- 1999
Hidrografia Rio Agua BelaRio CaracolCorrego Farias~gua do LimoeiroAgua Ouro VerdeAgua TaquariRibeirao dos ReisC6rrego ChiqueiroRio VoraRio PiquiriRio do Saito
Clima Clima subtropical umido mesotermico, com verDes quentes egeadas pouco frequentes, com tendencia de concentragaodas chuvas nos meses de verao, sem estac;ao seca definida.A media das temperaturas nos meses mais quentes esuperior a 22° C e ados meses mais frios e inferior a 18- C.
Pluviosidade Leitura OcorrenciaMedia 165mm I Ao long" do anaMenor 25mm JulhoMaior 440mm Setembro- ..Fontes. CoagellEmaterl Cartao Chmalico do ParanaliAPARIPrefeltura Municipal
de Goioers -1998
3. Aspectos Demograficos
3.1. Evolugao
Urbana Rural Total
1970 13.726 62.050 75.776• % relativQ 18,1 81,9 100,0
1980 22.319 26.461 48.780• % relativo 45,8 54,2 100,0
1991 29.476 15.052 44.528
• % relativo1996 '
• % relativoFonte: IBGE - 19961('j Popula<;ijo ap6s 0 desmembramento de Quarto Centenario.
3.2. Distribui<;ijo par sexo
Sexo Masculino Feminino Total
1996 15.577 16.057 31.634
·% relativo 49,2 50,8 100,0Fonte.IBGE-1996(.) Populac;ao ap6s 0 desmembramento de Quarto Centenario.
3.3. Densidade Demografica
1996 (habitantes por km')
·Gaioere 48,0
· Parana 45,1
· Brasil 18,4-3.4. Popula<;ao Pro)etada
3.5. Distribui<;iioda Faixa Etaria (Estimada)
Faixas Total % relativQ
· 1 a4anos 3.163 10,0· 5a9anos 3.290 10,4· 10 a 14 anos 3.385 10,7
· 15 a 19 anos 3.480 11,0· 20 a 24 anos 3.258 10,3
· 25 a 29 anos 2.910 9,2· 30 a 34anos 2.467 7,8· 35 a 39 anos 2056 6,5· 40 a 44anos 1.740 5,5
· 45 a 49 anos 1.487 4,7· 50 a 54 anos 1.234 3,9
· 55 a 59 anos 917 2,9
· 60 a 64anos 822 2,6· 65 a 69 anos 633 2,0· + de 70 anos 792 2,5Total 31,634 100,0
Fonte. IBGE - 1996
4. Aspectos Sociais
4.1. Habita<;iio
Indicadores Habitacionais Urbana Rural Total
· Numero de domicilios 7.971 2.201 10.172
·% relativo 78,4 21,6 100,0·Media de habitantes por 3,1 3,2 3,1domicilio
Fonte. Censo IBGE - 1996
Plano de expansao habitacionalprevisto
• Respons;3vel: Cohapar• Imoveis Urbanos: 1.336• Im6veis Rurais: 94• Total de Imoveis: 1.430
Fonte. Prefeltura MUnlclpal/Cohapar 19994.2. Saude
4.2.1. Tipos de Estabelecimentos
Tl)lo Quantidade
· Hospital Geral 3
· Pronto Socorro 1
· Posto de Saude 5
· Laborat6rio de Analises 3· Consultarios OdontolciQicos 15
· Consult6rios Medicos 5· Farmacia 13
· Clinica do Cora<;iio 1
· Clinica de Oftalmologia 1
· Clinica de Fisioterapia 3Fonte. Censo Economlco - 1999Departamento de Tributa<;iio do Municipio - 1999
4.2.2. Leitos
TIpo Quantidade
· Numero de Leitos em Gaioers 140Numero de habitantes por leito· Goioere I 226
· Parana I 240
· Brasil 274Fonte. Hospitals de GOloere - 1999Ministerio da Saude - 1998
4.2.3. Profissionais de Saude
TIpo Quantidade
Medicos 21Dentistas 25Farmaceuticos 20Profissionais de Enfermagem 66Psic6logas 02
4.2.4. Habitantes per Profissienais de Saude
Tipo Goioere Parana Brasil
· Medicos 1.506 826 673· Oentistas 1.265 1.005 1.050
· Farmaceuticos 1.582 1.682· Profissionais de 479 348 236Enfermagem
Fonte. Prefeltura MUniCipal/Hospitals de GOloere/CFO/CFF/CFM/CFE - 1999
4.2.5. Outros Indicadores
Par 1000 habitantes Goioere Parana Brasil
· Natalidade Bruta 17,5 20,6 20,9· Taxa de Mortalidade 5,3 5,9 6,7· Taxa de Mortalidade Infantil 21,7 20,7 39,8..Fonte. Secretana Estadual de Saude/Mlnlsteno da Saude -1998
4.2.6. Cobertura Vacinal - 1 de ana
Vacina 1995 1996 1997· BCG 112,92 74,08 78,71• Triplice 89,79 75,24 58,34• Antipolio 90.66 75,24 65,70• Anti-Sarampo 94,57 68,70 102,37· Hepatite B 14,98 62,91 31,14
0Fonte. Governo do Estado/dados expressos em Yo4.3. Educal'ao
4.3.1. Estabelecimentos de Ensino
Depend€mcia Quantidade
· Municipal 14
· Estadual 7
· Federal 0
· Particulares 3Total 24
4.3.2. Alunos
Dependencia Quantidade
· Municipal 5.034
· Estadual 4.281
· Federal 0
· Particular 592Total 9.907
4.3.3. Alunos par grau de ensino
Ensino Total
· Fundamental 6.982
· Educac;iio de Jovens e Adultos 1.047
· Media 1.617
· SUQ.erior 261Total 9.907
4.3.4. Professores
Quantidade
353
71
Numero de alunos por professor
· Goioere 28
· Parana I 21
· Brasil I 23-Fonte. Secretana MUnicipal de Educa""o - 1999
4.4. Seguran""
Indicadores Numeros
· Policia Militar 48
· Policia Civil 7Fonte. Policla Mllitar e C,v,l de GOloere -1996
5. Infra-estrutura
5.1. Energia Eletrica
Numero de Consumidores orClasseClasse 1996 1997 1998
· Residencial 8.032 7.352 7.297
· Industrial 92 94 90• Comercial 1.045 914 909
· Rural 891 510 519• Poder publico 133 111 111
· lIumina\'iio publica 5 30 35
• Servi~s publicos 16 8 8
· Consumo proprio 6 4 4Total 10.220 9.023 8.973
Fonte. Capel -1998
• Residencial
Classe
· Industrial 12.598 15.361 17.993
· Comercial 7.075 7.001 6.996
· Rural 3.808 2.074 1.953
· Poder publico 1.164 1.209 1.204
• lIuminac;iio publica 3.084 2.991 2.941
• Servico publicos 1.456 1.151 1.059
· Con sumo proprio 83 66 66Total 42.500 42.102 44.583
Fonte. Copel -1998
5.2. Comunica,.ao
Dislribui<;ao dos Terminais Telefonicos Numeros
· Postos de Service 14
· T elefones em Servico 3.504
· Telefones Publicos 76
· Terminais em ServiCD 2.667
·Terminais Celulares - Moveis 333
· Terminais Celulares - Rurais 29Fonte. Telepar - 1997
Acesso aos Principais Canais de Comunicac;aoTipo de veiculo Otde. Empresa
· Radio AM 1 · Radio Goioere
·Radio FM 9 · IIha Grande FM
· Studio FM· Bianca· Jovem Pan· Pantanal
· Aline· Panorama· Musical FM· Capital
· Jornal 4 · Tribuna da ReQiao
· Gazeta ReQional
· Folha do Parana· o Estado do ParanaFonte: Prefeltura Municipal de GOloere - 1999
5.3. Agua
Indicadores Numeros
· Extensiio da rede 133km
· Numero de liga90es 7.779
· Residencial 7.021
· Camerdal 594
· Industrial 31· Utilidade Publica 46· Poder Publico 87Popula~ao Urbana Abastecida com Agua Tratada
Goioere 97%Parana I 98%Brasil 87%Fonte. Sanepar - Ipea - 1997
5.4. Saneamento Sasico
Indicadores Numeros
· Extensiio da rede 17,2 km
· Numero de liQacoes 861
· Residencial 564
· Comercial 271
· Industrial 5
· Utilidade Publica 9
· Poder Publico 12Fonte. Sanepar - 1997
5.5. lixo
• 0 destino do lixo e a pedreira, em alerro apropriado. Sem ameaya ao meioambiente;
• 0 lixo hospitalar tern 0 mesmo destino, s6 que em valas separadas e etransportado por uma kombi;
• Nao existe separayao seletiva de lixo;• Nao existe usina de reciclagem de lixo.Fonte. Prefeltura MUnlclpal- 1999
5.6. Frota de Veiculos
Frotas de Veiculos Cadastrados or ClassesClasse Qtde. %
· Total 5.613 100,0· Automoveis 3.953 70,5
· Matos 779 13,9· Caminh6es 693 12,3
· Onibus 53 0,9
· Reboques 67 1,2
· Tratores 68 1,2Numero de habitantes p~rautom6veis
· Goioers 8,0
· Parana 6,6Fonte. Detran - 1997
5.7. Estradas
Tipo Nome TrechoAslalto PR 180 Goioers - Cruzeiro D'OesteAslalto PR 180 Goioere - IV CentenarioAslalto PR472 Goioers - JurandaAslalto PR272 Goioere - JaniopolisFonte. Preleltura MuniCipal - 1999
6. Aspectos Economicos
6.1. Indicadores
Variaveis Goioere Parana
· PIB/R$ I 169.837.471,30 I 49.037.562.575,45
· PIB per capitalR$ I 4.539,00 I 5.445,00Distribui~ao do PIB do municipio
Goioere J Parana· Aqropecuaria 11,5% 18,5%
· Industria 28,3% 49,3%
· Servicos I 60,2% I 32,2%Utiliza~ao da For~a de Trabalho
Goioers Parana
· PEA - PopulaGao Economicamente Ativa I 58,6% I 48,8%Fonte. IBGEIGoverno do Estado - 199611997
6.2. Setor Primario
6.2.1. Utiliza~o das Terras
Estabelecimentos Area emhectares
· Permanentes 224 886
· Temporarias 1.113 43.845..
Fonte. IBGE - Censo Agropecuano 1995-1996
6.2.2. Lavouras Temporarias (principais produtos)
6.2.2.1. Produtos e Valores da Produ~o AgricolaSafras - em R$I,OO
Produtos 1994/95 1995196 1996197
• Algodao 4.930.254 3.665.832 2.239.483
• Alho 7.502 15.480 5.790
• Arroz 26.102 89.628 69.580
· Fei"ao 481.414 196.938 311.427
• Mandioca 572.621 1.265.071 1.131.240
• Milho 271.430 1.579.916 890.411· SO'a 3.640.029 5.776.986 9.897.659
• Trigo 596.025 1.070.136 1.542.833Totais 10.519.377 13.659.987 16.088.423
FONTE. IBGE 1 Governo do Estado 1 EMATER (SEABIDERAL)
6.2.2.2. Produto e Area Colhida - em Ha
Produtos 1994195 1995/96 1996/97
· Algodao 6.447 4.600 1.850
· Arroz 57 267 145
· Alho 6 6 3
· Feijao 975 975 575
· Mandioca 1.080 1.000 1.100
· Milho 1.350 2.750 1.750
· Soja 8.600 9.400 14.200
· Trigo 3.000 5.000 5.700Totais 21.515 23.998 25.323
FONTE. IBGE 1 Governo do Estado 1 EMATER (SEABIDERAL)
6.2.2.3. Produto e Produ\'iio Colhida - em toneladas
Produtos 1994/95 1995/96 1996/97
· Algodao 12.391 8.004 4.023
· Arroz 112 445 277
· Alho 15 12 6
· Feijao 731 293 405
· Mandioca 21.060 22.700 22.000
· Milho 3.075 12.375 8.715
· Soja 23.478 25.390 38.240
· Trigo 3.750 7.200 9.975Totais 64.612 76.419 83.641
FONTE: IBGE 1 Governo do Estado 1 EMATER (SEAB/DERAL)6.2.2.4. Produto e Produtividade(Rendimento Medio por kg/ha)
Produtos 1994/95 1995/96 1996/97
· Algodao 1.922 1.740 2.174
· Arroz (*) 1.964 1.666 1.910· Alho 2.500 2.000 2.000
· Feijao 749 300 704
· Mandioca 19.500 22.700 20.000· Milho 2.277 4.500 4.980· So·a 2.730 2.700 2.690· Triqo 1.250 1.440 1750· -( ) - Media da produgao de sequelro e Irngado.FONTE: IBGE 1 Governo do Eslado 1 EMATER (SEABIDERAL)
6.2.3. Lavouras Permanentes (principais produtos)
6.2.3.1. Produto e Valores da Produc;iio - em R$
Produlos 1994/95 1995/96 1996/97
· Cafe 114.960,00 208.810,00 749.070,00Totais 114.960,00 208.810,00 749.070,00
FONTE. IBGE 1 Governo do Estado 1 EMATER (SEAB/DERAL)
6.2.3.2. Produto e Area Colhida - em hectares
Produlos 1994/95 1995/96 1996/97
· Cafe I 980 I 190 561Tolais 980 190 561
FONTE. IBGE 1 Governo do Eslado 1 EMATER (SEAB/DERAL)6.2.3.3. Produto e Produc;iio Colhida - em toneladas
Produlos 1994/95 1995/96 1996/97
· Cafe 120 133 517Totais 120 133 517
FONTE. IBGE 1 Governo do Estado 1 EMATER (SEAB/DERAL)
6.2.3.4. Produto e Produtividade(Rendimento Medio por kglha)
6.2.4. Efetivo do Rebanho
Topo Numero de Cabe~as
·Bovinos 29.156
· Suinos 5.459
· Ovinos 952
· Equinos 2.312
·Muares 502
· Caprinos 71
· Bubatinos 173
·GaloslFranQos 99.304
·Coelhos 57• Asininos 9· Codoma 420FONTE. IBGE II Governo do Estado I EMATER (SEABIDERAL) -1996
6.2.5. Principais Produtos de Origem Animal
PRODUTO Quantidade• Leite• Vacas ordenhadas 39.713
· Quantidade 1.000 titros 38.734· Produ<;ilo de Casutos
· Quantidade KQ: 98.057
· Ovos de Galinha
· Quantidade mil duziasL 2.735
· Mel· Quantidade em KQ 19.495
· Lenha· Quantidade em m3 250
· Madeira em tora· Quantidade em m3 50
· Carvao Mineral· Quantidade (ton) 1· Ovos de Codorna· Quantidade mil duzias 1.620FONTE. IBGE 1Governo do Estado 1EMATER (SEAB/DERAL) -1997/1998
6.3. Setor Secunda rio (Industria)
Indicadores Numeros. Numero de Empresas 127. Numero de Funcionarios 1.111Fonte. Censo Economlco - CEPPE/SEBRAE - 1999
6.4. Os 10 Principais Ramos de Atividades do Setor(em ordem de numera de empresas recenseadas)
Ramos Empresas Funcionarios1. Fabricacil0 de produtos de padaria, 35 94
confeitaria e pastelaria2. Confeccilo de outras pecas do vestuario 20 853. Fabricayao de moveis com predominancia de 10 109
madeira4. ConfeC¢o de pe93s interiores do vestuario 5 65. Servi", de impressao de material 4 15
escoJar/escritorio e de material para uscsindustrial e comerciaJ
6. Fabricacilo de artefatos texteis a partir de 4 6tecidos
7. Produyao de derivados do cacau e 3 17
elabora<;iio de chocolates, balas, gomas demascar
8. Fabrica<;iio de sorvetes 3 99. Fabrica<;iio de outros artigos do vestuario 3 6
produzidos em malharias-(tricota~ens)10.Fabrica<;iio de esquadrias de metal 3 6Fonte. Censo Economlco - CEPPE/SEBRAE - 1999
6.5. Setor Terciario - Comercio
Indicadores Numeros
. Numero de Empresas 477. Numero de Funcionarios 1498Fonte. Censo Economlco CEPPE/SEBRAE -1999
6.6. Os 10 Principais Ramos do Comercio(em ordem de numero de empresas recenseadas)
Ramos Empresas Funcionarios1. Lanchonetes e similares 125 1912. Comefcio varejista de mercadorias em geral, 50 97
com predominancia de produtos alimentfcios,com area de venda inferior a 300 metrosquadrados - exclusive lojas de conveniencia
3. Comercio varejista de Qutros produtos nao 50 87especificados anteriormente
4. Comercio varejista de artigos do vestuario e 40 142complementos
5. Comercjo varejista de artigos em geral, par 18 18catalogo ou pedido pelo correia
6. Comercio varejista de produtos farmaceuticos, 16 106artigos medicos e ortopedicos, de perfumaria ecosmeticos
7. Comercio a varejo e por atacado de pec;as e 16 48acess6rios para veiculos automotores
8. Comercio varejista de produtos de padaria, de 14 21laticfnio, trios e conservas
9. Comercio vare·ista de material de construcao, 13 83
ferragens, ferramentas manuais e produtosmetalurgicos; vidros, espelhos e vitrais; tintas emadeiras
10. Comercio varejista realizado em vias publicas, 13 17postos move;s, atraves de maquinasautomaticas e a domicilio
Fonte. Censo Economlco - CEPPEISEBRAE - 1999
6.7. Setor Terciario - Servi90s
Indicadores Numeros
. Numero de Empresas 530. Numero de Funcionarios 2.632Fonte. Censo Economlco - CEPPE/SEBRAE - 1999
6.8. Os 10 Principais Ramos dos Servi90s(em ordem de numero de empresas recenseadas)
Ramos Empresas Funcionarios1. Repara9iio de outros objetos pessoais e 80 100
domesticos2. Cabeleireiros e outros tratamentos de beleza 56 723. Manutenyao e reparayao de veiculos 45 129
automotores4. Qutros serviyos auxiliares da construy8o 35 535. Transporte rodoviario de carQas, em Qeral 22 326. Atividades de aten9iio ambulatorial 19 857. Atividades de organiza,oes reliQiosas 17 578. Reparayao e manutenyao de maquinas e de 16 35
aparelhos eletrodomesticos9. Servicos domesticos 16 1910.Outras atividades relacionadas ao lazer 12 39Fonte. Censo Economlco - CEPPE/SEBRAE - 19996.9. Composi9iio do Setor Secundario e Terciario do Municipio
Atividade Empresas % Funcionarios %
· Industria 127 11,2 1.111 21,2
· Comercio 477 42,1 1.498 28,6· Servicos 530 46,7 2.632 50,2
· Formal 607 53,5 4.484 85,6
· Informal 527 46,5 757 14,4
· Publica 75 6,6 1.510 28,8· Privada 1.059 93,4 3.731 71,2
· Micro 1.062 93,7 2.579 49,2· Pequena 66 5,8 1.584 30,2
· Media 5 0,4 728 13,9
· Grande 1 0,1 350 6,7Total 1.134 100,0 5.241 100,0Fonte. Censo Economlco - CEPPE/SEBRAE - 1999
7. Aspectos Administrativos do Municipios
7.1. Situac;iio Eleitoral
Indicadores Numeros
· Numero de Eleitores 24.076
· Sexo Masculino 11.841 49,2%
· Sexe Feminine 12.235 50,8%
Fonte. TRE - Jusllc;a Eleltorall Prefeltura MUniCipal de GDioere - 1997
Variaveis Masc. Fern. NJ. Total Em%
• Analfabetos 1.022 1.728 28 2.778 11,5
· Leern e escrevem 2.781 2.358 25 5.164 21,7
· Ensino fundamental5.172 4.887 29 10.088 41,9
completo
· Ensino fundamental691 691 2 1364 5,7
incompleto
· Ensino media completo 1.033 1.188 3 2.224 9,2
· Ensino medio incompleto 682 773 - 1.455 6,0
· Superior completo 236 271 4 511 2,1
• Superior incompleto 137 160 - 297 1,2
· Grau nao informado 87 83 5 175 0,7
Totais 11.841 12.139 96 24.076 100,0
Fonte. TRE - JUStl<;8 Eleltoral - 1997
7.2. Dados Administrativos
Sim Nao
./ C6digo de Obras X
./ C6digo de Postura X
./ Parcelamento do Solo X
./ Plano Oiretor X
./ C6digo T ributario X
v' Estatuto dos Servidores X
v' Lei do Peri metro Urbano X
v' Lei Organica X
v' Plano Basico de Recursos Humanos - Plano deCarreira
X
v' Plano de Cargos e Salarios X
v' Regime Juridico Unico - Estatutario X
-Fonte. Secretana da Admrmstra,ao - 1999
7.3. Evolur;ao do Numero de Funcionarios da Prefeitura
Exercicios 93 94 95 96 97 98 99
" Efetivo 744 692 863 808 607 437 559
" Evolur;ao -7,0% +24,7% -6,4% -24,9% -28,0% +27,3
Fonte. Departamento de Pessaa1 da Prefeltura MUnicipal de GOIoere -1999
7.4. Secretarias Municipais e Oepartamentos
v' Secretaria de Administrayao
v' Secretaria de Finan~s
v' Secreta ria de Saude e Bern Estar Social
./ Secretaria do Desenvolvimento Econ6mico
./' Secreta ria de Viac;ao, Obras Publicas, Urbanismo e Habitac;ao
Fonte. Secretana da Admlnlstrac;ao - 1999
7.5. Evoluc;ao das Finanyas Publicas do Municipio
Princl,,-ais Contas 1995 1996 1997 1998R$ R$ R$ R$· IPTU 267.623 233.825 300.903 261.431
· IWC 36.393 -x- -x- -x-· ITBI 137004 139.280 136.862 114.211
· ISSQN 195.518 217.252 195.207 154.918· TAXAS 224.583 234.128 252.346 226.787· CONTRIBUI AO DE MElHORIA -x- -x- -x- -x-· TRANSFERENCIA DO ESTADO 3.780.303 3.232.629 3.030.609 3.619.275· TRANSFERENCIA DA UNIAO 2.822.779 4.110.817 3.454.767 4.624.520
· OUTRAS RECEITAS 571.576 612.457 782.363 2037.760
TOTAL DAS RECEITAS 8.035.779 8.780.388 8.153.05711.038.90
2
· DESPESAS CI PESSOAl 5.875.044 5.835.436 5.540.565 4.270.456
· DESPESAS DE CUSTEIO 8.734.709 8.813.683 8.384.167 6.518.601· DESPESA INVESTIMENTO 1.042.244 598.305 1.242.137 990.498
· OUTRAS DESPESAS 3.368.046 3.867.634 3.417.476 3.950.278
TOTAL DAS DESPESAS19.020.04 19.115.05 18.584.34 15.729.83
3 8 5 3Fonte. Prefeltura Municipal de GOloere
5 REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
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3 BENENZON, Rolando 0.,1985, Manual de Musicoterapia. Rio de Janeiro,RJ: Enelivros Editora.
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5 COSTA, Clarice Moura, 1989,0 Despertar Para 0 Outro. Sao Paulo SP:Editora Summus.
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7 GAINZA, Violela Hemsy.de, 1964, La Iniciacion Musical del Nino., BuenosAires, Argenlina: Editora Ricordi.
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9 KENNETH, E. Bruscia, 1991, Case Studies in Music Terapy. BarcelonaPublishers.
10 -;::--::-- ,,2000, Definindo Musicoterapia. Rio de Janeiro RJ:Enelivros
11 KIEFER, Bruno,1970, Historia e significado das formas musicais. PortoAlegre, RS: Movimento.
12 LECOURT, E., 1989, La Pratique de la Musicotherapie, Paris: Les Edition,ESF.
13 LEINIG, Clotilde E., 1977, Tratadode Musicoterapia. Sao Paulo SP: SobralEditora Tecnica Artesg,,;ficas Ltda.
14 MILLER, Benjamin F.,1976, Elabora~ao - 0 Livro da Salide., Lisboa:Enciclopedia medica familiar - Sele~6es do Readers digest
15 MOORE, Thomas, 1993, Cuide de Sua Alma. Sao Paulo: Siciliano.
16 NIESKIER, Arnaldo, 1989, Educa~ao Brasileira. Sao Paulo SP: EditoraMelhoramentos.
17 PIAGET, J., 1987, Seis Estudos de Psicologia. 13' Ed., Rio de Janeiro, RJ:Forense Universitaria.
18 PLASTINO, Carlos Alberto, 1996, Os Horizontes de Proteu:considerac;oespara uma criticada modemidade. Rio de Janeiro, UERJ,IMS.
19 SCHAFER, Murray, 1991,0 Ouvido do Pensante. Sao Paulo, SP: EditoraUSP.
20 SHURMAN, F. Ernst, 1989, A Musica Como Linguagem: umaabordagem hist6rica. Sao Paulo, SP: Brasiliense.
21 SUZIGAN, Geraldo de Oliveira & SUZIGAN, 1986, Maria luiza Cruz,Educac;ao Musical - urn tator preponderante na construc;ao do ser.Sao Paulo, SP: Balieiro.
22 STEPHENS, Gillian, 1984, Group Surpevision in Music Therapy. In MusicTherapy, The Journal of American Association for Music Therapy, Vol 4, n°
23 WillEMS, E., 1981, EI valor humano de la educacion musical, Barcelona. Paidos,
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2 DETRAN, 1997. Frota de Veiculos, Goioer", PR.
3 FORUM, 1997. Justi~a Eleitoral, Goioer" , PR
4 POll CIA MILITAR E CIVil, 1996. Seguran~a, Goioere, PR.
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Goioere, Goioers, PR
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