A cartografia comunista
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A cartografia comunista
Rodrigo Rodrigues Tavares.
Doutor em História Social – FFLCH (USP)
Um mapa é a “representação
gráfica e convencional, em papel,
cartolina, tela etc., dos dados referentes
à superfície do globo terrestre, a uma
região dessa superfície”1. Portanto
envolve tanto a superfície parcial como
total do planeta. Se fosse possível
reunir todos aqueles publicados
anualmente pelos jornais comunistas
teríamos um “Atlas vermelho”. De
posse deste, poderíamos adentrar nas
técnicas, conceitos, omissões, ênfases e
escolhas da cartografia comunista. Se
reuníssemos vários destes Atlas, nas
suas sucessivas edições ao longo dos
decênios de existência do PCB,
teríamos ainda a possibilidade de
comparar cada uma das edições para
analisarmos o impacto do contexto histórico nas diversas mudanças ocorridas nas edições,
bem como a visão de mundo que estes mapas ajudaram a criar.
O número de mapas pesquisados nos jornais comunistas é de quase 300, abrangendo
um período que vai de 1926 até 1964, sendo extremamente irregular sua distribuição no
tempo. As duas primeiras representações localizadas são do jornal Solidário de Santos e da
Classe Operária, o periódico oficial do partido, datadas, respectivamente, de 1926 e 1928.
Ambas possuem traços em comum: utilizam o famoso lema que conclui o Manifesto
Dicionário Virtual Houais.
Solidário. Santos 13 de maio de 1926
Comunista, “trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!”; desenham o globo na sua totalidade
e os personagens estão nus ou semi-nus.
Classe Operária. Rio de Janeiro, 1 de maio de 1928.
Esses três elementos convergem para o que pode ser característico desse momento
histórico, a permanência da visão de que a Revolução Russa era o início de uma nova era
para a civilização. Ainda não estava, nas imagens, configurado o “socialismo num só país”
de Stalin e o culto a sua imagem e personalidade. Vale ressaltar que não há culto a nenhum
dos principais personagens do marxismo, mesmo Lênin, Marx e Engels aparecem na forma
de livros, mostrando a força de suas idéias e não de sua “personalidade”. A representação
de todo o globo, e não de partes dele, e também o lema do Manifesto Comunista, estariam
reforçando o contexto internacionalista da época, embora o movimento comunista já
estivesse numa fase de refluxo.
Com relação à ausência de vestimentas, poderíamos levantar a hipótese de que,
simbolicamente, o homem nu, ou semi-nu, representava a libertação em relação ao passado
e a configuração de um “homem novo”. Essa representação do nu como o novo homem que
surgiria sem as marcas do capitalismo era comum na iconografia anarquista, como
demonstrou Ângela Martins2. Valeria levantarmos a hipótese de, como o PCB surgiu com
elementos egressos do anarquismo, essa representação comunista ecoe, ainda que
inconscientemente, o padrão anarquista.
Essa hipótese fica mais forte com relação
à primeira imagem, onde o homem está
completamente nu, pois o periódico onde
foi publicado é o Solidário, de Santos,
cidade com forte presença anarquista no
passado recente, inclusive na própria
redação do jornal. A própria ênfase na
educação do trabalhador, embora não
exclusivo do anarquismo, era ponto
importante para os acratas. Na União
Soviética, nos pôsteres comunistas
impressos pelo governo não era comum a
representação do nu3.
Já do período 1930 até 1937,
quando o stalinismo já estava
consolidado, também é pequeno o
número de imagens envolvendo mapas,
são dez: oito mostram o mapa do Brasil e os outros o da China e o da Espanha. Nove dele
são do período 1934 - 1937, portanto após o fim do governo provisório varguista e com a
2 Angela Maria Roberti Martins. Pelas páginas Libertárias: anarquismo, imagens e representações. 2006.
Tese (Doutorado em História) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 3 Cf.BONNEL, Victoria. Iconography of Power: Soviet political Posters under Lênin and Stalin.University of
California, 1997.
A Marcha. Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1935
conseqüente flexibilidade advinda da convocação da Assembléia Constituinte. Ainda que a
amostragem seja pequena, vale para demonstrar indícios do imaginário comunista e,
posteriormente, como base de comparação com períodos posteriores.
Nessas imagens do mapa brasileiro, fica caracterizada a luta nacionalista. Desta
maneira, o imaginário do PCB fazia dois recortes importantes, o primeiro era não colocar as
divisões estaduais, para dar a idéia de unidade do país e não fomentar o regionalismo; e, em
segundo lugar, isolar o Brasil do contexto da América Latina. Este último era feito de duas
maneiras: ou ignorado a América do Sul - o país aparece sem fronteiras a oeste - ou
mostrando só o contorno leste, litorâneo, do Brasil. Este último recurso ressaltava, com o
extenso litoral, nossa vulnerabilidade externa, principalmente ao imperialismo. Numa das
imagens temos um brasileiro, sem camisa, que defende a pátria da invasão de personagens
representando as potências estrangeiras.
Vale ressaltar que o fato de estar sem
camisa, num mapa do Brasil, pode ser uma
estratégia para tentar associar o corpo do
trabalhador ao “corpo da nação”. Se o
procedimento mapa/trabalhador sem camisa
for constante ficaria claro a intenção de
associar a “invasão imperialista” ao mapa do
Brasil como uma agressão ao próprio
trabalhador.
Correlata a essa visão seria a idéia de
enfrentar os inimigos de “peito aberto”,
portanto disposto a derramar seu sangue, daí
a simbologia do punho em riste. Também
vale ressaltar o integralista como auxiliar dos
imperialismos, ressaltando a sua traição à
pátria. A idéia de pátria/ameaçada/agredida
também pode ser vista quando são mostradas
imagens de rifle em cima de nossa bandeira
Juventude. São Paulo, Presídio Maria
Zélia, 1 de janeiro de 1937.
ou um punhal no mapa brasileiro, como nos exemplares do Juventude de junho de 1935 e
de uma brochura comunista contra a Constituição de 1937, respectivamente.
Já os desenhos de países estrangeiros desse período (1930 – 1937) se restringem à
China e à Espanha. Em comum, ambos focam o próprio país, sem fazer referência ao papel
internacional da luta, e fazem apologia do caráter bélico do conflito, algo que contrasta
muito com o período do pós-guerra. No mapa espanhol, dois soldados caminham pelo
desenho, sob um fundo rubro, com “legenda” da militante comunista espanhola Dolores
Ibarruri: “não passarão!”. São raros os jornais coloridos, exceção a alguns bicolores após
1945, mas este foi feito na cadeia, manualmente. O vermelho no desenho representa o
sangue derramado em favor da causa republicana, que conclama a luta com os soldados
caminhando e não de maneira estática, como uma alegoria. O movimento dos soldados
também quer dar a impressão que os republicanos avançam militarmente sobre os
franquistas. Já o mapa chinês, também mostra o avanço dos exércitos da China soviética.
A parte do mapa controlada pelos comunistas não foi pintada, só possuí o contorno,
para mostrar a naturalidade do lado soviético contra o que é provisório e agressivo,
justamente em tracejado, a área controlada pelas potências estrangeiras. A idéia subjacente
é que há uma naturalidade da China ser soviética, pois a parte não soviética não têm
chineses e sim americanos, italianos, franceses, como afirmam as legendas. Além do que
seria “natural” esperar o comunismo de um país que faz fronteira com a URSS.
Panfleto Comunista. São Paulo julho de 1935. Pront 1110. Acervo
DEOPS/SP, Arquivo do Estado
Classe Operária. Rio de Janeiro, 15 de junho de 1946.
Do período correspondente ao Estado Novo, 1937 até 1945, ainda não localizamos
nenhum mapa. A repressão constante dificultava a imprensa comunista, mas, mesmo assim,
precisaríamos analisar as imagens publicadas para tentarmos compreender se há algum
motivo específico para essa carência, além de ampliarmos a pesquisa para confirmarmos a
ausência deles no material da imprensa comunista do período que resistiu à repressão.
É a partir do pós-guerra até o golpe de 1964 que está a maior concentração de
mapas. Vamos destacar alguns elementos mais presentes nessa cartografia comunista e que
perpassam todo o período.
No contexto de Guerra Fria, uma das estratégias da representação comunista era a
de mostrar os EUA como agressor e a URSS como vítima: esta como a grande líder da luta
pela paz, o que faz com que a representação de pombas permeie a imprensa pro - Rússia.
Os mapas publicados na imprensa comunista fugiam da perspectiva tradicional,
eurocêntrica, com a União Soviética a leste e os EUA a oeste. Esta perspectiva não
privilegiava a ameaça representada pelos EUA pois a Europa ficava no meio e ela era
metade comunista e metade capitalista. Dessa maneira, a imprensa usava outras
perspectivas do globo terrestre para transformar a América em um adversário mais
agressivo e temível.
Nesse primeiro mapa, com a perspectiva a partir do Pólo Norte, fica maximizada a
ameaça norte americana4 pois o Alasca, território originalmente russo e comprado no final
do século XIX, fica mais próximo da URSS, quase uma base avançada do país ameaçando
os bolcheviques. O mapa inclusive cria uma fronteira terrestre onde não existe, não só
aumentando a ameaça, mas talvez lembrando que aquele território já pertenceu à Rússia.
Ademais, há a contraposição entre as setas que saem do território russo e do americano.
Estas, cujo traçado saí do território estadunidense, cruzam o oceano e chegam próximo à
URSS, dando a impressão de movimento , de agressão, de ataque , quase como se fosse
mísseis contra a Rússia, quando na verdade são bases norte americanas. As setas da Rússia
são menores e estão no Europa oriental, que sob a perspectiva adotada pelo mapa, ficam
pequenas, minimizando a “ameaça comunista” à Europa ocidental. Enquanto os “mísseis”
americanos, na verticalização das setas, parecem cercar a URSS, os da “pátria do
socialismo” são mais laterais e, portanto, menos ameaçadores pois não estão apontados para
o rival. Padrão que se mantém também no mapa seguinte, onde setas atacam a URSS e as
bases soviéticas na Europa ocidental são simplesmente ignoradas.
No mapa abaixo, a idéia também é mostrar a intimidação dos EUA, mas a
perspectiva, embora não seja a tradicional, também não é a centrada no Pólo Norte e sim no
mundo comunista URSS/China. Essa aliança entre russos e chineses do ponto de vista
gráfico é constante, como se formassem um único bloco. Nessa perspectiva cartográfica,
4 Os americanos também utilizavam estratégias parecidas para maximizar a “ameaça russa” Cf. BLACK,
Voz Operária. Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1951.
boa parte da África e a totalidade da América do sul ficam de fora, um recorte do mundo
que privilegia justamente as ameaças mais sensíveis aos interesses bolcheviques, o cerco ao
mundo comunista. A omissão fica por conta do bloco soviético na Europa, pois não
aparecem bases russas e as americanas ocupam quase a Europa inteira.
Essa omissão européia é constante nos mapas comunistas pois poderia dar a
impressão de maior força soviética pois a Europa oriental poderia ser vista como
continuação do território da URSS. No mapa abaixo, por exemplo, vemos o máximo da
polarização pois a Europa simplesmente some do mapa. E as bases norte americanas
parecem barcos aportando na Rússia. Aliás, as bases norte americanas no seu território,
significativamente, não são desenhadas para não mostrar algum viés defensivo.
Jeremy Maps and Politcs..University of Chigago Press, 1997
Fundamentos. 1 de fevereiro de 1950.
Todavia a ameaça não se restringia à URSS, o país vítima por excelência da
“agressão ianque”, mas também à China, nação que na representação gráfica muitas vezes
formava um dueto com o país do socialismo, pelo menos até a crise sino-soviética. Dessa
maneira, a China que vimos lutando na guerra civil dá lugar a um país pacífico e ameaçado
por uma ilha. No mapa abaixo, a ameaça de Formosa, local de refúgio dos nacionalistas
derrotados na guerra civil, é superdimensionada, algo constante no período. Formosa é
colocada como contraponto a uma ilha nos EUA. A mensagem é: e se essa ilha norte-
americana fosse comunista? Ao mostrar nos dois mapas abaixo somente uma parte da
China (o litoral), enquanto Formosa está completa, dá um caráter desproporcional ao
tamanho de ambos. Se o recorte abarcasse toda a China, teríamos maior consciência da
relatividade da “ameaça” enfrentada pelo país de Mão Tse Tung. Ademais, o mapa abaixo
utiliza um estratagema para aumentar o tamanho físico do território americano pois não
desenha o Canadá. Não há nenhuma fronteira entre a maior parte do território ianque e o
Canadá, dando a impressão que toda a região forma um único país.
Classe Operária. Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1946.
Todavia, o caráter belicista dos EUA não era a única característica da representação
cartográfica do período pois, afinal, também era preciso mostrar o mundo comunista. Se
por um lado os americanos avançavam na força, o mundo comunista também crescia com a
descolonização da Ásia e da África. Dessa maneira, há um contraponto “pacífico” ao
avanço ianque. O enquadramento é significativo pois omite os espaços em que o
comunismo não avançava, como o continente americano. Ao centrar na África e Ásia, dava
uma dimensão maior aos países sob influência comunista, mesmo que eles não se
tornassem comunistas, pois sair do colonialismo já era uma maneira de infringir uma
derrota ao imperialismo. Essa supervalorização da influencia da URSS era uma amostra da
inexorabilidade da teoria de Marx do fim do capitalismo.
Imprensa Popular. Rio de Janeiro, 27 março de 1955. Voz Operária. Rio de Janeiro , 18 de setembro de
1954
E o que significaria se libertar do colonialismo e adentrar na órbita de influência da
URSS? A cartografia comunista auxiliava a dar uma dimensão do que seria o mundo sob a
égide dos bolcheviques. As relações dos soviéticos com os demais países não seriam
marcadas pela exploração, guerra e imperialismo, mas sim pela solidariedade como vemos
no “mapa da ajuda universal” abaixo.
Novos Rumos. Rio de Janeiro, 16 de julho de 1959.
Novos Rumos. Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1963.
Novamente a ênfase recai na África-Ásia, dando a impressão que o mundo está mais
na órbita soviética do que na realidade: o mapa ajudando a provar o avanço comunista.
Especificamente neste desenho o ponto principal é mostrar as vantagens do campo
socialista, os benefícios em bens de produção e infra-estrutura que estariam ao alcance
desses países a partir da ajuda soviética. Assim, a pobreza e penúria do colonialismo já
eram recompensadas com as melhorias do campo socialista. Enquanto os comunistas
“ignoravam” a América, faziam ironias justamente com os EUA não reconhecerem a China
após a revolução de 1949.
O velho professor
representando os EUA vê um aluno
que com o dedo parece questionar o
estranho globo. O que nos mapas
comunistas era sutil, o desenho
ignorava a América, fica escancarado
nas charges sobre os mapas
educacionais americanos para dar o
efeito cômico. Assim, o globo sem a
China seria uma crítica aos EUA como
donos do mundo, sendo os seus
adversários excluídos do “mundo”.
Daí, na visão comunista, a importância
capital da descolonização. O desenho
abaixo mostra como os comunistas
encaravam o processo e o que
esperavam de seu resultado. A figura
clássica que representa o burguês, com
a cartola e o charuto, carrega o mundo
na “barriga”, parte de seu corpo, como sua propriedade, extensão de seu apetite de dinheiro
e poder.
Democracia Popular. Rio de Janeiro, 22 de junho
de 1954.
Antes o burguês dominava o mundo, mas, paulatinamente, ele começava, a ver e
sentir a reação dos povos. Estes buscando a fatia que lhes correspondia por representar seu
povo. Cada expropriação do território burguês é uma facada no estomago da burguesia até
o golpe final em que o globo exposto se assemelha a boca aberta do burguês e o golpe final
dos personagens que representam a Índia e a África põe fim a degustação do mundo levada
a cabo pela burguesia. .
As primeiras representações cartográficas comunistas que mostravam a totalidade
do globo sendo apropriado pelos trabalhadores de todo o mundo, uma das esperanças
surgidas com a Revolução Russa, deram lugar ao mundo sendo tomado pelos povos
colonizados: o nacionalismo substitui o ímpeto classista.
Novos Rumos. Rio de Janeiro 13 de março de 1959.
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