A cartografia comunista

16
A cartografia comunista Rodrigo Rodrigues Tavares. Doutor em História Social FFLCH (USP) Um mapa é a “representação gráfica e convencional, em papel, cartolina, tela etc., dos dados referentes à superfície do globo terrestre, a uma região dessa superfície” 1 . Portanto envolve tanto a superfície parcial como total do planeta. Se fosse possível reunir todos aqueles publicados anualmente pelos jornais comunistas teríamos um “Atlas vermelho”. De posse deste, poderíamos adentrar nas técnicas, conceitos, omissões, ênfases e escolhas da cartografia comunista. Se reuníssemos vários destes Atlas, nas suas sucessivas edições ao longo dos decênios de existência do PCB, teríamos ainda a possibilidade de comparar cada uma das edições para analisarmos o impacto do contexto histórico nas diversas mudanças ocorridas nas edições, bem como a visão de mundo que estes mapas ajudaram a criar. O número de mapas pesquisados nos jornais comunistas é de quase 300, abrangendo um período que vai de 1926 até 1964, sendo extremamente irregular sua distribuição no tempo. As duas primeiras representações localizadas são do jornal Solidário de Santos e da Classe Operária, o periódico oficial do partido, datadas, respectivamente, de 1926 e 1928. Ambas possuem traços em comum: utilizam o famoso lema que conclui o Manifesto Dicionário Virtual Houais. Solidário. Santos 13 de maio de 1926

Transcript of A cartografia comunista

Page 1: A cartografia comunista

A cartografia comunista

Rodrigo Rodrigues Tavares.

Doutor em História Social – FFLCH (USP)

Um mapa é a “representação

gráfica e convencional, em papel,

cartolina, tela etc., dos dados referentes

à superfície do globo terrestre, a uma

região dessa superfície”1. Portanto

envolve tanto a superfície parcial como

total do planeta. Se fosse possível

reunir todos aqueles publicados

anualmente pelos jornais comunistas

teríamos um “Atlas vermelho”. De

posse deste, poderíamos adentrar nas

técnicas, conceitos, omissões, ênfases e

escolhas da cartografia comunista. Se

reuníssemos vários destes Atlas, nas

suas sucessivas edições ao longo dos

decênios de existência do PCB,

teríamos ainda a possibilidade de

comparar cada uma das edições para

analisarmos o impacto do contexto histórico nas diversas mudanças ocorridas nas edições,

bem como a visão de mundo que estes mapas ajudaram a criar.

O número de mapas pesquisados nos jornais comunistas é de quase 300, abrangendo

um período que vai de 1926 até 1964, sendo extremamente irregular sua distribuição no

tempo. As duas primeiras representações localizadas são do jornal Solidário de Santos e da

Classe Operária, o periódico oficial do partido, datadas, respectivamente, de 1926 e 1928.

Ambas possuem traços em comum: utilizam o famoso lema que conclui o Manifesto

Dicionário Virtual Houais.

Solidário. Santos 13 de maio de 1926

Page 2: A cartografia comunista

Comunista, “trabalhadores de todo o mundo, uni-vos!”; desenham o globo na sua totalidade

e os personagens estão nus ou semi-nus.

Classe Operária. Rio de Janeiro, 1 de maio de 1928.

Esses três elementos convergem para o que pode ser característico desse momento

histórico, a permanência da visão de que a Revolução Russa era o início de uma nova era

para a civilização. Ainda não estava, nas imagens, configurado o “socialismo num só país”

de Stalin e o culto a sua imagem e personalidade. Vale ressaltar que não há culto a nenhum

dos principais personagens do marxismo, mesmo Lênin, Marx e Engels aparecem na forma

de livros, mostrando a força de suas idéias e não de sua “personalidade”. A representação

de todo o globo, e não de partes dele, e também o lema do Manifesto Comunista, estariam

Page 3: A cartografia comunista

reforçando o contexto internacionalista da época, embora o movimento comunista já

estivesse numa fase de refluxo.

Com relação à ausência de vestimentas, poderíamos levantar a hipótese de que,

simbolicamente, o homem nu, ou semi-nu, representava a libertação em relação ao passado

e a configuração de um “homem novo”. Essa representação do nu como o novo homem que

surgiria sem as marcas do capitalismo era comum na iconografia anarquista, como

demonstrou Ângela Martins2. Valeria levantarmos a hipótese de, como o PCB surgiu com

elementos egressos do anarquismo, essa representação comunista ecoe, ainda que

inconscientemente, o padrão anarquista.

Essa hipótese fica mais forte com relação

à primeira imagem, onde o homem está

completamente nu, pois o periódico onde

foi publicado é o Solidário, de Santos,

cidade com forte presença anarquista no

passado recente, inclusive na própria

redação do jornal. A própria ênfase na

educação do trabalhador, embora não

exclusivo do anarquismo, era ponto

importante para os acratas. Na União

Soviética, nos pôsteres comunistas

impressos pelo governo não era comum a

representação do nu3.

Já do período 1930 até 1937,

quando o stalinismo já estava

consolidado, também é pequeno o

número de imagens envolvendo mapas,

são dez: oito mostram o mapa do Brasil e os outros o da China e o da Espanha. Nove dele

são do período 1934 - 1937, portanto após o fim do governo provisório varguista e com a

2 Angela Maria Roberti Martins. Pelas páginas Libertárias: anarquismo, imagens e representações. 2006.

Tese (Doutorado em História) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 3 Cf.BONNEL, Victoria. Iconography of Power: Soviet political Posters under Lênin and Stalin.University of

California, 1997.

A Marcha. Rio de Janeiro, 16 de outubro de 1935

Page 4: A cartografia comunista

conseqüente flexibilidade advinda da convocação da Assembléia Constituinte. Ainda que a

amostragem seja pequena, vale para demonstrar indícios do imaginário comunista e,

posteriormente, como base de comparação com períodos posteriores.

Nessas imagens do mapa brasileiro, fica caracterizada a luta nacionalista. Desta

maneira, o imaginário do PCB fazia dois recortes importantes, o primeiro era não colocar as

divisões estaduais, para dar a idéia de unidade do país e não fomentar o regionalismo; e, em

segundo lugar, isolar o Brasil do contexto da América Latina. Este último era feito de duas

maneiras: ou ignorado a América do Sul - o país aparece sem fronteiras a oeste - ou

mostrando só o contorno leste, litorâneo, do Brasil. Este último recurso ressaltava, com o

extenso litoral, nossa vulnerabilidade externa, principalmente ao imperialismo. Numa das

imagens temos um brasileiro, sem camisa, que defende a pátria da invasão de personagens

representando as potências estrangeiras.

Vale ressaltar que o fato de estar sem

camisa, num mapa do Brasil, pode ser uma

estratégia para tentar associar o corpo do

trabalhador ao “corpo da nação”. Se o

procedimento mapa/trabalhador sem camisa

for constante ficaria claro a intenção de

associar a “invasão imperialista” ao mapa do

Brasil como uma agressão ao próprio

trabalhador.

Correlata a essa visão seria a idéia de

enfrentar os inimigos de “peito aberto”,

portanto disposto a derramar seu sangue, daí

a simbologia do punho em riste. Também

vale ressaltar o integralista como auxiliar dos

imperialismos, ressaltando a sua traição à

pátria. A idéia de pátria/ameaçada/agredida

também pode ser vista quando são mostradas

imagens de rifle em cima de nossa bandeira

Juventude. São Paulo, Presídio Maria

Zélia, 1 de janeiro de 1937.

Page 5: A cartografia comunista

ou um punhal no mapa brasileiro, como nos exemplares do Juventude de junho de 1935 e

de uma brochura comunista contra a Constituição de 1937, respectivamente.

Já os desenhos de países estrangeiros desse período (1930 – 1937) se restringem à

China e à Espanha. Em comum, ambos focam o próprio país, sem fazer referência ao papel

internacional da luta, e fazem apologia do caráter bélico do conflito, algo que contrasta

muito com o período do pós-guerra. No mapa espanhol, dois soldados caminham pelo

desenho, sob um fundo rubro, com “legenda” da militante comunista espanhola Dolores

Ibarruri: “não passarão!”. São raros os jornais coloridos, exceção a alguns bicolores após

1945, mas este foi feito na cadeia, manualmente. O vermelho no desenho representa o

sangue derramado em favor da causa republicana, que conclama a luta com os soldados

caminhando e não de maneira estática, como uma alegoria. O movimento dos soldados

também quer dar a impressão que os republicanos avançam militarmente sobre os

franquistas. Já o mapa chinês, também mostra o avanço dos exércitos da China soviética.

A parte do mapa controlada pelos comunistas não foi pintada, só possuí o contorno,

para mostrar a naturalidade do lado soviético contra o que é provisório e agressivo,

justamente em tracejado, a área controlada pelas potências estrangeiras. A idéia subjacente

é que há uma naturalidade da China ser soviética, pois a parte não soviética não têm

chineses e sim americanos, italianos, franceses, como afirmam as legendas. Além do que

seria “natural” esperar o comunismo de um país que faz fronteira com a URSS.

Panfleto Comunista. São Paulo julho de 1935. Pront 1110. Acervo

DEOPS/SP, Arquivo do Estado

Page 6: A cartografia comunista

Classe Operária. Rio de Janeiro, 15 de junho de 1946.

Do período correspondente ao Estado Novo, 1937 até 1945, ainda não localizamos

nenhum mapa. A repressão constante dificultava a imprensa comunista, mas, mesmo assim,

precisaríamos analisar as imagens publicadas para tentarmos compreender se há algum

motivo específico para essa carência, além de ampliarmos a pesquisa para confirmarmos a

ausência deles no material da imprensa comunista do período que resistiu à repressão.

É a partir do pós-guerra até o golpe de 1964 que está a maior concentração de

mapas. Vamos destacar alguns elementos mais presentes nessa cartografia comunista e que

perpassam todo o período.

No contexto de Guerra Fria, uma das estratégias da representação comunista era a

de mostrar os EUA como agressor e a URSS como vítima: esta como a grande líder da luta

pela paz, o que faz com que a representação de pombas permeie a imprensa pro - Rússia.

Os mapas publicados na imprensa comunista fugiam da perspectiva tradicional,

eurocêntrica, com a União Soviética a leste e os EUA a oeste. Esta perspectiva não

privilegiava a ameaça representada pelos EUA pois a Europa ficava no meio e ela era

metade comunista e metade capitalista. Dessa maneira, a imprensa usava outras

perspectivas do globo terrestre para transformar a América em um adversário mais

agressivo e temível.

Page 7: A cartografia comunista

Nesse primeiro mapa, com a perspectiva a partir do Pólo Norte, fica maximizada a

ameaça norte americana4 pois o Alasca, território originalmente russo e comprado no final

do século XIX, fica mais próximo da URSS, quase uma base avançada do país ameaçando

os bolcheviques. O mapa inclusive cria uma fronteira terrestre onde não existe, não só

aumentando a ameaça, mas talvez lembrando que aquele território já pertenceu à Rússia.

Ademais, há a contraposição entre as setas que saem do território russo e do americano.

Estas, cujo traçado saí do território estadunidense, cruzam o oceano e chegam próximo à

URSS, dando a impressão de movimento , de agressão, de ataque , quase como se fosse

mísseis contra a Rússia, quando na verdade são bases norte americanas. As setas da Rússia

são menores e estão no Europa oriental, que sob a perspectiva adotada pelo mapa, ficam

pequenas, minimizando a “ameaça comunista” à Europa ocidental. Enquanto os “mísseis”

americanos, na verticalização das setas, parecem cercar a URSS, os da “pátria do

socialismo” são mais laterais e, portanto, menos ameaçadores pois não estão apontados para

o rival. Padrão que se mantém também no mapa seguinte, onde setas atacam a URSS e as

bases soviéticas na Europa ocidental são simplesmente ignoradas.

No mapa abaixo, a idéia também é mostrar a intimidação dos EUA, mas a

perspectiva, embora não seja a tradicional, também não é a centrada no Pólo Norte e sim no

mundo comunista URSS/China. Essa aliança entre russos e chineses do ponto de vista

gráfico é constante, como se formassem um único bloco. Nessa perspectiva cartográfica,

4 Os americanos também utilizavam estratégias parecidas para maximizar a “ameaça russa” Cf. BLACK,

Voz Operária. Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1951.

Page 8: A cartografia comunista

boa parte da África e a totalidade da América do sul ficam de fora, um recorte do mundo

que privilegia justamente as ameaças mais sensíveis aos interesses bolcheviques, o cerco ao

mundo comunista. A omissão fica por conta do bloco soviético na Europa, pois não

aparecem bases russas e as americanas ocupam quase a Europa inteira.

Essa omissão européia é constante nos mapas comunistas pois poderia dar a

impressão de maior força soviética pois a Europa oriental poderia ser vista como

continuação do território da URSS. No mapa abaixo, por exemplo, vemos o máximo da

polarização pois a Europa simplesmente some do mapa. E as bases norte americanas

parecem barcos aportando na Rússia. Aliás, as bases norte americanas no seu território,

significativamente, não são desenhadas para não mostrar algum viés defensivo.

Jeremy Maps and Politcs..University of Chigago Press, 1997

Fundamentos. 1 de fevereiro de 1950.

Page 9: A cartografia comunista

Todavia a ameaça não se restringia à URSS, o país vítima por excelência da

“agressão ianque”, mas também à China, nação que na representação gráfica muitas vezes

formava um dueto com o país do socialismo, pelo menos até a crise sino-soviética. Dessa

maneira, a China que vimos lutando na guerra civil dá lugar a um país pacífico e ameaçado

por uma ilha. No mapa abaixo, a ameaça de Formosa, local de refúgio dos nacionalistas

derrotados na guerra civil, é superdimensionada, algo constante no período. Formosa é

colocada como contraponto a uma ilha nos EUA. A mensagem é: e se essa ilha norte-

americana fosse comunista? Ao mostrar nos dois mapas abaixo somente uma parte da

China (o litoral), enquanto Formosa está completa, dá um caráter desproporcional ao

tamanho de ambos. Se o recorte abarcasse toda a China, teríamos maior consciência da

relatividade da “ameaça” enfrentada pelo país de Mão Tse Tung. Ademais, o mapa abaixo

utiliza um estratagema para aumentar o tamanho físico do território americano pois não

desenha o Canadá. Não há nenhuma fronteira entre a maior parte do território ianque e o

Canadá, dando a impressão que toda a região forma um único país.

Classe Operária. Rio de Janeiro, 14 de setembro de 1946.

Page 10: A cartografia comunista

Todavia, o caráter belicista dos EUA não era a única característica da representação

cartográfica do período pois, afinal, também era preciso mostrar o mundo comunista. Se

por um lado os americanos avançavam na força, o mundo comunista também crescia com a

descolonização da Ásia e da África. Dessa maneira, há um contraponto “pacífico” ao

avanço ianque. O enquadramento é significativo pois omite os espaços em que o

comunismo não avançava, como o continente americano. Ao centrar na África e Ásia, dava

uma dimensão maior aos países sob influência comunista, mesmo que eles não se

tornassem comunistas, pois sair do colonialismo já era uma maneira de infringir uma

derrota ao imperialismo. Essa supervalorização da influencia da URSS era uma amostra da

inexorabilidade da teoria de Marx do fim do capitalismo.

Imprensa Popular. Rio de Janeiro, 27 março de 1955. Voz Operária. Rio de Janeiro , 18 de setembro de

1954

Page 11: A cartografia comunista

E o que significaria se libertar do colonialismo e adentrar na órbita de influência da

URSS? A cartografia comunista auxiliava a dar uma dimensão do que seria o mundo sob a

égide dos bolcheviques. As relações dos soviéticos com os demais países não seriam

marcadas pela exploração, guerra e imperialismo, mas sim pela solidariedade como vemos

no “mapa da ajuda universal” abaixo.

Novos Rumos. Rio de Janeiro, 16 de julho de 1959.

Novos Rumos. Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1963.

Page 12: A cartografia comunista

Novamente a ênfase recai na África-Ásia, dando a impressão que o mundo está mais

na órbita soviética do que na realidade: o mapa ajudando a provar o avanço comunista.

Especificamente neste desenho o ponto principal é mostrar as vantagens do campo

socialista, os benefícios em bens de produção e infra-estrutura que estariam ao alcance

desses países a partir da ajuda soviética. Assim, a pobreza e penúria do colonialismo já

eram recompensadas com as melhorias do campo socialista. Enquanto os comunistas

“ignoravam” a América, faziam ironias justamente com os EUA não reconhecerem a China

após a revolução de 1949.

O velho professor

representando os EUA vê um aluno

que com o dedo parece questionar o

estranho globo. O que nos mapas

comunistas era sutil, o desenho

ignorava a América, fica escancarado

nas charges sobre os mapas

educacionais americanos para dar o

efeito cômico. Assim, o globo sem a

China seria uma crítica aos EUA como

donos do mundo, sendo os seus

adversários excluídos do “mundo”.

Daí, na visão comunista, a importância

capital da descolonização. O desenho

abaixo mostra como os comunistas

encaravam o processo e o que

esperavam de seu resultado. A figura

clássica que representa o burguês, com

a cartola e o charuto, carrega o mundo

na “barriga”, parte de seu corpo, como sua propriedade, extensão de seu apetite de dinheiro

e poder.

Democracia Popular. Rio de Janeiro, 22 de junho

de 1954.

Page 13: A cartografia comunista

Antes o burguês dominava o mundo, mas, paulatinamente, ele começava, a ver e

sentir a reação dos povos. Estes buscando a fatia que lhes correspondia por representar seu

povo. Cada expropriação do território burguês é uma facada no estomago da burguesia até

o golpe final em que o globo exposto se assemelha a boca aberta do burguês e o golpe final

dos personagens que representam a Índia e a África põe fim a degustação do mundo levada

a cabo pela burguesia. .

As primeiras representações cartográficas comunistas que mostravam a totalidade

do globo sendo apropriado pelos trabalhadores de todo o mundo, uma das esperanças

surgidas com a Revolução Russa, deram lugar ao mundo sendo tomado pelos povos

colonizados: o nacionalismo substitui o ímpeto classista.

Novos Rumos. Rio de Janeiro 13 de março de 1959.

Page 14: A cartografia comunista

Bibliografia.

AZEVEDO, Raquel. A Resistência Anarquista: Uma Questão de Identidade (1927-1937).

São Paulo, Imprensa Oficial/Arquivo do Estado, 2002.

BAITZ, Rafael, Um Continente em Foco : a Imagem Fotográfica da América Latina nas

Revistas Semanais Brasileiras (1954-1964), São Paulo, Humanitas/FFLCH/USP,

2003.

BANDEIRA, M; MELO, C; ANDRADE, A.T. O Ano Vermelho: A Revolução Russa e seus

Reflexos no Brasil. São Paulo, Brasiliense,1980.

BLACK, Jeremy. Maps and Politcs.University of Chigago Press, 1997.

BONNEL, Victoria. Iconography of Power: Soviet political Posters under Lênin and

Stalin.University of California, 1997.

BRANDÃO, Gildo. A Esquerda Positiva. As Duas Almas do Partido Comunista. São

Paulo, Hucitec, 1997.

BURKE, Peter & BRIGGS, Asa. Uma História Social da Mídia: de Gutenberg à Internet,

Rio de Janeiro, Zahar, 2004

CAPELATO, Maria Helena. Multidões em Cena: Propaganda Política no Varguismo e no

Peronismo. São Paulo, Papirus, 1998.

CARNEIRO, Maria e KOSSOY, Boris (Org.) A Imprensa Confiscada pelo DEOPS, 1924-

1954. São Paulo, Ateliê Editorial, Imprensa Oficial e Arquivo do Estado, 2003.

CARONE, Edgard. _______________. O PCB (1922-1943). São Paulo, DIFEL, 1982.

_______________. O PCB (1943-1964). São Paulo, DIFEL, 1982.

_______________. O PCB (1964-1982). São Paulo, DIFEL, 1982.

COELHO, Marco Herança de um Sonho: as Memórias de um Comunista. São Paulo,

Record, 2000.

DONDIS, Donis. Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo, Martins Fontes,1991.

DULLES, Jhon. O Comunismo no Brasil (1935 – 1945). Rio de Janeiro, Nova Fronteira,

1985.

___________. Anarquistas e Comunistas no Brasil. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1977.

Page 15: A cartografia comunista

FERREIRA, Jorge. Prisioneiros do Mito: Cultura e Imaginário Político dos Comunistas no

Brasil, Rio de Janeiro, UFF, 2003.

FRANCASTEL, Pierre. A Realidade Figurativa. São Paulo, Perspectiva, 1982.

GAWRYSZZEWSKI, Alberto. Os Traços na Imprensa Comunista Carioca. Pós-

Doutorado em História Social – Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2004.

GRUZINSKI, Serge, La Guerra de las Imágenes. De Cristóbal Colón a ´Blade Runner’.

México, Fondo de Cultura Económica, 1994.

JUNIOR, Gonçalo. A Guerra dos Gibis. São Paulo, Companhia das Letras, 2004.

KAREPOVS, Dainis & ABRAMO,F (Orgs.). Na Contra Corrente da História:

Documentos da Liga Comunista Internacionalista 1930 a 1933. São Paulo,

Brasiliense, 1987.

_______________. : A Classe Operária vai ao Parlamento. São Paulo, Alameda, 2006.

_______________. Luta Subterrânea: o PCB em 1937-1938. São Paulo, Unesp, 2003.

KOSSOY, Boris. Fotografia e Historia. São Paulo : Atica, 1989.

LIMA, Hermann. História da Caricatura no Brasil. Rio de Janeiro, José Olympio, 1963.

MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens: uma História de Amor e Ódio. São Paulo, Cia das

Letras, 2001

MARIANI, Bethania. O PCB e a Imprensa: Os Comunistas no Imaginário dos Jornais

(1922-1989). 1.ed. Rio de Janeiro, Revan, São Paulo, Unicamp, 1998.

MICELI, Sergio. Imagens Negociadas: Retratos da Elite Brasileira, 1920-40. São Paulo,

Cia das Letras, 1996.

MORAES, Dênis. O Imaginário Vigiado: A Imprensa Comunista e o Realismo Socialista

no Brasil (1947-1953). Rio de Janeiro, José Olympio, 1994.

MORAES, João Quartim de (org.). História do Marxismo no Brasil. vol. IV. Campinas, Ed.

da Unicamp, 2000.

_______________. História do Marxismo no Brasil. Vol. III: teorias e interpretações.

Campinas, Ed. Da Unicamp, 1998.

MOTTA, Rodrigo. Em Guarda Contra o “Perigo Vermelho”: o Anticomunismo no Brasil

(1917-1964). São Paulo, Perspectiva, 2002.

MOYA, Alvaro de. História da História em Quadrinhos. São Paulo, Brasiliense, 1994.

Page 16: A cartografia comunista

PANDOLFI, Dulce. Camaradas e Companheiros: Memória e História do PCB. Rio de

Janeiro : Relume Dumara, 1995.

PANOFSKY, Erwin. Significado nas Artes Visuais. São Paulo, Perspectiva /Secretaria de

Cultura, Ciência e Tecnologia de São Paulo, 1976.

PINHEIRO, Paulo. A Estratégia das Ilusões (A Revolução Mundial e o Brasil 1922-1935).

São Paulo, Companhia das Letras, 1992.

RIDENTI, Marcelo, REIS FILHO, Daniel Aarão (org.). História do Marxismo no Brasil.

vol. 5. Campinas, Ed. da Unicamp, 2002.

RUBIM, Antonio. Partido Comunista, Cultura e Política Cultural. Tese de Doutorado em

Sociologia.1986.

SANTANNA, Marco. Homens Partidos: Comunistas e Sindicatos no Brasil. São Paulo,

Boitempo, 2001.

SEGATTO, José Antonio et alli. PCB: Memória Fotográfica. São Paulo, Brasiliense, 1982.

SILVA, Marcos A. da. Caricata República: Zé Povo e o Brasil. S’ao Paulo, Marco Zero,

1990.

_______________. Prazer e Poder d`O amigo da Onça. Tese de Doutoramento em

História Social, Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas, São Paulo, 1986.

TORAL, André Amaral de, Imagens em Desordem : a Iconografia da Guerra do Paraguai,

São Paulo, Humanitas, 2001.

WAACK, William. Camaradas nos Arquivos de Moscou. A História Secreta da Revolução

Brasileira de 1935. São Paulo, Cia das Letras, 1993.

WERNECK SODRÉ, Nelson. História da Imprensa no Brasil. 2ª ed.. Rio de Janeiro:

Graal, 1977.

WHITE, Stephen. The Bolshevik Poster. Yale University Press,1998.