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A argumentaçãoA argumentaçãoÍndice

Argumentação: organização interna

Roya

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ree

A argumentação

Argumentação:um arranjo linguístico

Argumentação ou dissertação

Os textos argumentativos

O Editorial

Operadores e recursos argumentativos

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A argumentaçãoA argumentação

Argumentar é... ...com o intuito de... ...expressar um posicionamento em relação a um assunto...

...construir um encadeamento lógico de ideias guiado pelo raciocínio...

...influir no ponto de vista do outro.

...apresentar um ponto de vista de forma clara.

...levantar elementos para uma possível análise ou reflexão: argumentos, fatos, dados, testemunhos etc...

...desenvolver e concluir uma tese.

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A argumentaçãoA argumentação

Para os contrários aos meios de massa, o produto cultural perderia inevitavelmente a sua qualidade caso fosse veiculado por TV ou rádio. Uma sinfonia, por exemplo, não teria a mesma qualidade daquela executada em um concerto. Essa posição, radical, como se vê, levou o estudioso italiano Umberto Eco a qualificar de apocalípticos os que criticam a priori os meios de comunicação, não os aceitando como culturais.

Para os contrários aos meios de massa, o produto cultural perderia inevitavelmente a sua qualidade caso fosse veiculado por TV ou rádio. Uma sinfonia, por exemplo, não teria a mesma qualidade daquela executada em um concerto. Essa posição, radical, como se vê, levou o estudioso italiano Umberto Eco a qualificar de apocalípticos os que criticam a priori os meios de comunicação, não os aceitando como culturais.

Para os contrários aos meios de massa, o produto cultural perderia inevitavelmente a sua qualidade caso fosse veiculado por TV ou rádio. Uma sinfonia, por exemplo, não teria a mesma qualidade daquela executada em um concerto. Essa posição, radical, como se vê, levou o estudioso italiano Umberto Eco a qualificar de apocalípticos os que criticam a priori os meios de comunicação, não os aceitando como culturais.

O autor do texto não concorda com aqueles que são contrários aos meios de comunicação.

posição defendida O autor reforça sua posição, trazendo o testemunho de um “estudioso”, de quem dificilmente alguém discordará.

Souza Jésus Barbosa de.Meios de comunicação de massa:Jornal, televisão, rádio.São Paulo: Scipione, 1996.

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A argumentaçãoA argumentação

A partir de 1920, a repercussão do novo meio de comunicação de massas era notável. Uma demanda febril de aparelhos receptores assolou os Estados Unidos e a Inglaterra. Em 1921 o número de emissoras nos Estados Unidos era de 4, passando a 29 em 1922 e a 382 no início de 1923. A publicidade começava a veicular, o que tornava o novo meio bastante viável economicamente. Em 1927, havia 7 milhões de aparelhos somente nos EUA.

A partir de 1920, a repercussão do novo meio de comunicação de massas era notável. Uma demanda febril de aparelhos receptores assolou os Estados Unidos e a Inglaterra. Em 1921 o número de emissoras nos Estados Unidos era de 4, passando a 29 em 1922 e a 382 no início de 1923. A publicidade começava a veicular, o que tornava o novo meio bastante viável economicamente. Em 1927, havia 7 milhões de aparelhos somente nos EUA.

A partir de 1920, a repercussão do novo meio de comunicação de massas era notável. Uma demanda febril de aparelhos receptores assolou os Estados Unidos e a Inglaterra. Em 1921 o número de emissoras nos Estados Unidos era de 4, passando a 29 em 1922 e a 382 no início de 1923. A publicidade começava a veicular, o que tornava o novo meio bastante viável economicamente. Em 1927, havia 7 milhões de aparelhos somente nos EUA.

A partir de 1920, a repercussão do novo meio de comunicação de massas era notável. Uma demanda febril de aparelhos receptores assolou os Estados Unidos e a Inglaterra. Em 1921 o número de emissoras nos Estados Unidos era de 4, passando a 29 em 1922 e a 382 no início de 1923. A publicidade começava a veicular, o que tornava o novo meio bastante viável economicamente. Em 1927, havia 7 milhões de aparelhos somente nos EUA.

A partir de 1920, a repercussão do novo meio de comunicação de massas era notável. Uma demanda febril de aparelhos receptores assolou os Estados Unidos e a Inglaterra. Em 1921 o número de emissoras nos Estados Unidos era de 4, passando a 29 em 1922 e a 382 no início de 1923. A publicidade começava a veicular, o que tornava o novo meio bastante viável economicamente. Em 1927, havia 7 milhões de aparelhos somente nos EUA.

levantamento de dados

datas números

indiscutíveis para o leitor

Souza Jésus Barbosa de.Meios de comunicação de massa:Jornal, televisão, rádio.São Paulo: Scipione, 1996.

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A argumentaçãoA argumentação

A televisão é o mais poderoso meio de comunicação de massas do século XX, quanto aos elementos que veicula e tendo-se em vista o alvo coletivo virtual. Ela seria uma espécie de liquidificador cultural, capaz de diluir cinema, teatro, música, literatura, tudo em um só espetáculo, fornecendo assim uma reforçada vitamina eletrônica para o público.

A televisão é o mais poderoso meio de comunicação de massas do século XX, quanto aos elementos que veicula e tendo-se em vista o alvo coletivo virtual. Ela seria uma espécie de liquidificador cultural, capaz de diluir cinema, teatro, música, literatura, tudo em um só espetáculo, fornecendo assim uma reforçada vitamina eletrônica para o público.

tese e conclusão

o autor apresenta seu argumento como uma verdade absoluta e categórica

Souza Jésus Barbosa de.Meios de comunicação de massa:Jornal, televisão, rádio.São Paulo: Scipione, 1996.

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• linguagem denotativa, objetiva, evitando figuras de linguagem e conotações;

• várias vozes: a do autor e as citações/referências;

• períodos compostos por subordinação (principalmente orações causais, consecutivas e concessivas) e coordenação (principalmente orações adversativas e conclusivas);

• expressões adverbiais que dão tom intimista ao texto e expressões valorativas positivas ou negativas;

• ordenadores e organizadores textuais.

Argumentação: um arranjo linguístico Argumentação: um arranjo linguístico

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Termos bastante utilizados na argumentação:

conjunções subordinativas

conjunções coordenativas

ordenadores e organizadores textuais

porque, que, pois, visto que, já que, embora, ainda que, se bem que, conquanto etc.

mas, porém, todavia, contudo, entretanto, logo, portanto, pois, assim, por isso etc.

do mesmo modo; não só...mas também; por um lado...por outro lado; em primeiro lugar...em segundo lugar; para começar...finalmente; por fim; para concluir; em síntese; como já foi dito etc.

Argumentação: um arranjo linguístico Argumentação: um arranjo linguístico

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Argumentação : organização interna Argumentação : organização interna

introdução

desenvolvimento

conclusão

deixa claro o tema que será abordado

apanhado geral das ideias expostas

levantamento de argumentos e encadeamento lógico de ideias

ou

ou

posição categórica do autor

uma dúvida ou interrogação

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introdução

desenvolvimento

conclusão

Como qualquer outro animal, o primeiro contato do homem com a realidade se dá pelos cinco sentidos. Na verdade, as cores dos objetos por nós percebidas resultam do bombardeio que partículas do objeto, “viajando” em ondas, fazem sobre nossa retina. O som que ouvimos são ondas que deslocam o ar e impressionam nossos tímpanos. O calor e o frio dependem de movimentos mais ou menos acelerados de moléculas em contato com a superfície de nosso corpo. Isso equivale a dizer que visão, olfato, audição, tato e paladar “sentem” as propriedades dos objetos. Sentindo os objetos, conhecemos o verde da árvore, o ruído do avião, o cheiro da pipoca, o gosto do café, a maciez do algodão.

O universo dos objetos físicos é, pois, conhecido pela sensação de suas características.

Como qualquer outro animal, o primeiro contato do homem com a realidade se dá pelos cinco sentidos. Na verdade, as cores dos objetos por nós percebidas resultam do bombardeio que partículas do objeto, “viajando” em ondas, fazem sobre nossa retina. O som que ouvimos são ondas que deslocam o ar e impressionam nossos tímpanos. O calor e o frio dependem de movimentos mais ou menos acelerados de moléculas em contato com a superfície de nosso corpo. Isso equivale a dizer que visão, olfato, audição, tato e paladar “sentem” as propriedades dos objetos. Sentindo os objetos, conhecemos o verde da árvore, o ruído do avião, o cheiro da pipoca, o gosto do café, a maciez do algodão.

O universo dos objetos físicos é, pois, conhecido pela sensação de suas características.

Como qualquer outro animal, o primeiro contato do homem com a realidade se dá pelos cinco sentidos. Na verdade, as cores dos objetos por nós percebidas resultam do bombardeio que partículas do objeto, “viajando” em ondas, fazem sobre nossa retina. O som que ouvimos são ondas que deslocam o ar e impressionam nossos tímpanos. O calor e o frio dependem de movimentos mais ou menos acelerados de moléculas em contato com a superfície de nosso corpo. Isso equivale a dizer que visão, olfato, audição, tato e paladar “sentem” as propriedades dos objetos. Sentindo os objetos, conhecemos o verde da árvore, o ruído do avião, o cheiro da pipoca, o gosto do café, a maciez do algodão.

O universo dos objetos físicos é, pois, conhecido pela sensação de suas características.

CORDI CASSIANO ET AL. Para filosofar. São Paulo: Scipione, 2000.

Argumentação : organização interna Argumentação : organização interna

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Argumentação ou dissertaçãoArgumentação ou dissertação

argumentação dissertação• tipo característico de arranjo linguístico que pode ser concretizado por meio de diversos textos e gêneros

• tipo de texto,gênero textual predominantemente argumentativo, um gênero textual

• possibilita a expressão de um ponto de vista em comentários opinativos, ensaios, críticas de cinema, cartas de opinião etc.

• é comum em produções escolares e em exames de vestibulares

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Textos argumentativosTextos argumentativos

Gêneros textuais que apresentam o predomínio de sequências argumentativas:

• uma opinião informal ou formal, escrita ou oral, sobre um assunto;• uma tese de mestrado;• uma dissertação;• uma crítica de cinema;• o editorial de um jornal;• um sermão;• um ensaio.

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A estrutura argumentativa do A estrutura argumentativa do editorialeditorial

Editorial - texto que reflete a opinião de um jornal.Privilégios intoleráveis

A posse de um filho seu como superintendente federal da Agricultura Pecuária e Abastecimento em Pernambuco ofereceu-se ao presidente da Câmara dos Deputados como uma nova oportunidade para que ele externasse,sem meias palavras, sua convicção de que o nepotismo, ao contrário do que indica o senso geral, não é de todo repulsivo.

(...)Não é porque o nepotismo assumiu há séculos, em vários âmbitos da Administração Pública brasileira, um contorno de assustadora banalidade que todos deveremos admiti-lo como prática saudável e legítima.(...)(...)É duro reconhecer que o nepotismo não se combaterá apenas com mais leis.Só será banido da cena brasileira quando a Administração Pública profissionalizar-se num nível que a faria sempre pairar acima de poderes, de governos,humores e estilos(...)

introdução – apresenta sucintamente uma questão (perceba a ironia)

argumentação – desenvolve seus argumentos e refuta possíveis argumentos contrários

conclusão – finaliza, expondo de modo condensado sua posição(perceba a linguagem sóbria e objetiva)

O Liberal, Belém, 12abr.2005

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A objetividade e a subjetividadeA objetividade e a subjetividade

Textos argumentativos mais objetivos

Textos argumentativos mais subjetivos

• predomina o caráter impessoal • predomina a intuição ou a sensibilidade do autor

• a defesa da tese geralmente baseia-se em opiniões pessoais

• a defesa da tese geralmente baseia-se em argumentos técnicos e/ou científicos

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Operadores e recursos argumentativosOperadores e recursos argumentativos

Operadores argumentativos – palavras e expressões capazes de introduzir um significado, enfatizá-lo ou insinuá-lo.

Recursos argumentativos – seleção das ideias e sua apresentação em função do fio persuasivo.

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Operadores e recursos argumentativosOperadores e recursos argumentativos

Operadores argumentativos

• conectivos conjuncionais – explicitam a relação de sentido entre as ideias do texto (mas – oposição; nem – adição; logo – conclusão etc.);• introdutores de pressupostos – palavras e expressões denotativas (até, nem mesmo, inclusive, também etc.);

• intensificadores e modalizadores – reforçam a noção semântica ou acrescentam uma noção constrativa ao termo (só, somente, apenas, no mínimo, quando muito etc);

• modalizadores valorativos – exprimem a posição do enunciador em relação às ideias do texto (lamentavelmente, sinceramente, talvez, acreditar, supor, saber, isto, aquilo, esta, essa, bom, ruim, excelente, desastroso, divertido, chato etc.);

• reformuladores – retificam e/ou esclarecem ideias já expostas (ou seja, melhor dizendo, aliás, quer dizer etc.);

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Operadores e recursos argumentativosOperadores e recursos argumentativos

Recursos argumentativos

• perguntas retóricas – interrogações direcionadas ao interlocutor, levando-o a refletir.

• citações (polifonia) – abertura de espaço no texto para outras vozes, mostrando que o enunciador não está sozinho.

da autoridade (especialistas / pessoas respeitadas no meio)

da sociedade (provérbios e ideias do senso comum)

• exposição de dados e fatos – exemplificam, confirmam e demonstram a posição defendida.