A 4ª Revolução Industrial - ufrgs.br§ão... · Firmas gigantes, carteis e fusões. Taylorismo....
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Rodrigo Morem da Costa
Núcleo de Análise Setorial
CEES / FEE
A 4ª Revolução Industrial:
Teoria, Conjuntura e Projeções
II Fórum FCE de Debates
UFRGS
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Estrutura da apresentação
1. Teoria:
• Revoluções Industriais e Revoluções Tecnológicas
2. Conjuntura econômica mundial: • Estamos em uma Revolução Tecnológica?
3. Projeções de prováveis desdobramentos futuros: • O que podemos esperar nos próximos anos?
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Teoria: Revoluções Industriais e Revoluções Tecnológicas
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Revoluções Industriais e Revoluções Tecnológicas
• Revoluções Industriais • Novas tecnologias • Transformações sociais • Transformações na economia mundial • Mudança nas formas de existência
• Do capital • Dos processos de organização do trabalho • Do papel do Estado na sociedade • Da base energética
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Paradigmas e Trajetórias Tecnológicas Setoriais
• Um paradigma tecnológico consiste em um padrão de soluções de problemas tecnológicos com os quais as empresas se defrontam, baseados em princípios científicos e tecnologias materiais selecionadas, visando a melhor atender as necessidades da demanda e prosperar sob as condições prevalecentes no mercado
• Determina um padrão de concorrência setorial
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Paradigmas e Trajetórias Tecnológicas Setoriais
• Um Paradigma Tecnológico é estabelecido por inovações radicais: • Produtos • Processos produtivos • Formas de organização da produção
• Novos modelos de negócios • Novas rotinas de funcionamento interno das empresas • Nova configuração da Cadeia Global de Valor
• Novas fontes de insumo • Abertura de novos mercados
• Estabelece uma trajetória tecnológica para as inovações incrementais subsequentes
• Um paradigma tecnológico perdura até ser “destruído” por uma próxima geração de inovações radicais
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Paradigmas e Trajetórias Tecnológicas Setoriais
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Paradigmas Tecnoeconômicos
• Um paradigma tecnoeconômico é uma “constelação” de tecnologias radicais e incrementais em produtos, em processos produtivos e em rotinas organizacionais em diversos setores, formando sistemas tecnológicos, interligados técnica e economicamente, assim como seus respectivos arranjos institucionais e infraestruturas de suporte
• Associado à essas tecnologias também há a utilização de um (ou
mais) “fator-chave”, sendo um insumo, componente ou fonte de energia caracterizados por ter: • (a) aplicação pervasiva e compatibilidade com as novas tecnologias • (b) custo baixo de produção e com tendência declinante • (c) oferta em expansão • (d) capacidade de reduzir o custo e ampliar a qualidade dos produtos
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Paradigmas Tecnoeconômicos
• Tipologia setorial: • Ramos “portadores”: produzem as novas tecnologias • Ramos “motrizes”: produzem o Fator-Chave
• Interligação técnica ou econômica baseada em: • Utilização de um fator-chave comum • Conhecimentos aplicáveis a diferentes setores • Criação de novos espaços de lucro • Novos princípios produtivos e organizacionais mais eficientes
• Atinge a maior parcela do tecido econômico, estabelecendo novos
padrões de produção, de consumo, de concorrência, de regulação... Novo padrão de desenvolvimento econômico
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Períodos do Paradigma Tecnoeconômico
Instalação • Maturidade das tecnologias do
paradigma anterior
• Crescente saturação dos mercados
• Compressão das margens de lucro
• Estagnação da produtividade
• Racionalização da produção
• Fragmentação da produção
• Financeirização
• P&D de inovações radicais
• Conflitos capital-trabalho
• Tendência de declínio no crescimento da economia
Desenvolvimento • Afirmação das novas tecnologias
• Ganho de importância dos setores do novo paradigma
• Novas instituições alinhadas às tecnologias e setores do novo paradigma
• Ganhos de produtividade
• Apaziguamento do conflito capital-trabalho
• Intenso crescimento econômico: Golden Age
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Principais Características de cada Paradigma Tecnoeconômico
Descrição Ramos de ocorrência e setores
de crescimento induzido Fator-chave Infraestrutura Energia Formas de organização da Produção
1ª Onda:
Mecanização
inicial da indústria
Têxteis&Cia, fundições e
metalurgia do ferro, energia
hidráulica e indústria cerâmica
Algodão
Ferro
Carvão
Canais, hidrovias
e rodovias
pedágiadas
Hidráulica
Carvão
Empresa Capitalista. Sistemas de
fábricas. Empreendedores individuais.
Capitalis locais e recursos individuais.
2ª Onda:
Energia a vapor e
ferrovias
Máquinas a vapor, navios a vapor,
máquinas-ferramenta,
equipamentos ferroviários
Ferro
Carvão
Estradas de ferro
Telégrafo Carvão
Companhias de responsabilidade
limitada e sociedades anônimas.
Subcontratação de artesãos
qualificados.
3ª Onda:
Eletrificação,
engenharia elétrica
e engenharia
metal-mecânica
Engenharia elétrica, maquinaria
elétrica, engenharia metal-
mecânica, armamentos pesados,
navios de aço, indústria química e
corantes sintéticos
Aço
Cobre
Ligas metálicas
Geração e
distribuição de
energia elétrica
[Carvão]
Eletricidade
Firmas gigantes, carteis e fusões.
Taylorismo. Sistemas de administração
profissional. Regulações ou
propriedade estatal de monopólios
"naturais" em "utilidades públicas".
4ª Onda:
Automóveis e
Produção em
Massa
Indústria automobilística, aviões,
indústria bélica, bens de consumo
duráveis, petroquímica
Petróleo & gás
Materiais
Sintéticos
Aço
Rodovias
Aeroportos
Linhas aéreas
[Carvão]
Eletricidade
Petróleo
Competição oligopolista. Empresas
multidivisionais e multinacionais.
Produção em massa. Administração
hierárquica e estruturas divisionais.
5ª Onda:
Tecnologias da
Informação e da
Comunicação
(TICs)
Computadores, eletrônicos,
software, equipamentos de
telecomunicações, robótica,
máquinas CNC, bancos de dados,
serviços de informação
"Chips",
Microeletrônica
Semicondutores
Componentes
eletrônicos
Telecomunicação
digital
Fibras ópticas
Satélites
Internet
[Carvão]
Eletricidade
Petróleo
Automação e sistema de produção
enxuta. Empresas em "Redes" internas,
locais e globais. Keiretsus e estruturas
similares.
Fonte: COSTA, 2014. Adaptado a partir de Freeman e Soete (2008), Freeman e Louçã (2001) e Perez (2002).
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Experiência histórica dos países
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PIB per Capita de Países Selecionados - [US$ de 2010]
Mundo OCDE Estados Unidos Suécia Japão
Coreia do Sul Brasil Argentina China Índia
Fonte: Databank – Banco Mundial (2018).
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Participação de Setores Selecionados no Total do Valor Adicionado da Indústria de Transformação da Coreia do Sul – [%]
Tecnologias de Informação e Comunicação Material Elétrico Máquinas e Equipamentos Automotivo
Fonte: Databank – Banco Mundial (2018). Capítulos 26, 27, 28 e 29 da CNAE2.0
1970=15,1%
1980=19,9% 1990=33,6% 2000=42,6% 2015=47,8%
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Conjuntura econômica mundial: Estamos em uma Revolução Tecnológica?
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Megatendências Mundiais: Economia: Produtividade
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Produtividade da Indústria: Valor Adicionado por Trabalhador por Unidade de Insumo [US$ constantes de 2010 por Trabalhador]
Alemanha Coreia do Sul Suécia Estados Unidos
Brasil Japão Argentina China
Mundo OCDE India
Fonte: Databank – Banco Mundial (2018). Indústria Geral: Extrativa, Transformação, SIUP, Construção
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Megatendências Mundiais: Economia: Desindustrialização
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Fonte: Databank – Banco Mundial (2018). Nota: Indústria Geral: Extrativa, Transformação, SIUP, Construção.
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Participação da Indústria (Geral) no PIB de Países Industrializados Selecionados - [%]
Brasil China Alemanha Japão Coreia do Sul Suécia Estados Unidos Mundo
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Megatendências Mundiais: Economia: Fragmentação CGV
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Saldo Líquido de Investimentos Diretos Externos em Países Selecionados [US$ Bilhões a preços de 2015]
Brasil China Índia México Coreia do Sul Alemanha Estados Unidos Japão
Fonte: FMI In:Databank – Banco Mundial (2018). Valores atualizados pelo IPA/EUA Anual (Média 2005=100) [IMF/IFS. In:IPEADATA, 2018]. Nota: IDE: capital acionário (10%+ ações c/ direito a voto); reinvestimento de rendimentos; outros investimentos de longo e de curto prazo em capitais, conforme o balanço de pagamentos (transferências unilaterais de ativos reais, financeiros e intangíveis). Saldo Realização de IDE – Recebimento de IDE.
Saldo (+): +Realização de IDE Saldo (-): +Recebimento de IDE
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Megatendências Mundiais: Economia: Fragmentação CGV
Fonte: Databank – Banco Mundial (2018). Nota: Indústria Geral: Extrativa, Transformação, SIUP, Construção. Selecionados: min. 1997=54,3%; máx. 2015=58,1%
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Participação de Países Selecionados no Valor Adicionado da Indústria (Geral) Mundial – [%]
Estados Unidos Alemanha Japão Coreia do Sul Brasil China Índia
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Megatendências Mundiais: Economia: Financeirização
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Capitalização no Mercado de Empresas Domésticas com Ações Listadas em Bolsa - [% do PIB]
Estados Unidos Alemanha Japão Coreia do Sul
Crise Asiática
Crise das “.com”
Crise do Subprime
Fonte: World Development Indicators. Databank - Banco Mundial (2018). Market Cap = Nº de ações em circulação x preço de cada ação no mercado. Nota:Foram excluídos os fundos de investimento e holdings. Valores mensurados ao final de cada ano.
Crise Imobiliária Japonesa
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Megatendências Mundiais: Economia: Inovações
Fonte: World Development Indicators. Databank - Banco Mundial (2018). Investimentos nacionais em P&D (empresariais, instituições de pesquisa, governo, ONGs...). Nota: Países sem dados disponibilizados: Suécia 2000 e 2002; Índia 2012-15; Argentina e Brasil 2015.
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Esforço Tecnológico Nacional de Países Industrializados Selecionados - [%-P&D/PIB]
Estados Unidos Japão Alemanha Suécia Coreia do Sul China Índia Brasil Argentina
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Megatendências Mundiais: Economia: Inovações
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Esforço Tecnológico Interno de Empresas das Indústrias Extrativas e de Transformação [P&D Interno/PIB - %]
2011 2014
RS: 0,3 -> 0,3 BR: 0,35 -> 0,31 RJ: 0,82 -> 0,55
Fonte: BERD/OCDE (2017) e Pintec / IBGE (2016).
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Megatendências Mundiais: Consumo: + Conectividade
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Número de Pessoas que Utilizam a Internet - [% da População]
Brasil China Alemanha Japão Coreia do Sul Estados Unidos Mundo
Fonte: International Telecommunication Union, World Telecommunication/ICT Development Report and database. In: Databank - Banco Mundial (2018). Nota: Internet users are individuals who have used the Internet (from any location) in the last 3 months. The Internet can be used via a computer, mobile phone, personal digital assistant, games machine, digital TV etc.
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Estimativa da População Mundial: 2018-2050 – [Bilhões]
Megatendências Mundiais: Demografia: Crescimento
• Envelhecimento da população (avançados/emergentes) • Crescimento demográfico em nações em desenvolvimento • Migrações para nações desenvolvidas
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Fonte: OCDE (2016); OCDE Database (2018).
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Megatendências Mundiais: Ambientais: Mudança Climática
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Anomalias nas Temperaturas Terrestres e Oceânicas no Mundo, por Ano - [℃] [Período Base: média 1901-2000]
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Fonte: NOAA National Centers for Environmental information, Climate at a Glance: Global Time Series, published April 2018, retrieved on April 25, 2018 from http://www.ncdc.noaa.gov/cag/. No original: “Global Land and Ocean Temperature Anomalies, January-December”.
Uma das projeções de cenários prováveis IPCC ... Em relação aos níveis de 2010, as emissões antropogênicas de gases do efeito estufa devem ser: Reduzidas de 40% a 70% até 2050 Atingir níveis próximos a zero até 2100, Para estabilizar a temperatura, até 2100, em até 2℃ acima dos níveis pré-industriais. Fonte: IPCC. Relatório AR5 (IPCC, 2014).
2016 = + 0,94 ℃
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Megatendências Mundiais: Ambientais: Efeito Estufa
16/05/2018 4ª Revolução Industrial: Teoria, Conjuntura e Projeções - Rodrigo Morem da Costa – FEE / RS 26
Fonte: IPCC (2014)
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Megatendências Mundiais: Meio Ambiente: Efeito Estufa
16/05/2018 4ª Revolução Industrial: Teoria, Conjuntura e Projeções - Rodrigo Morem da Costa – FEE / RS 27
Fonte: (IPCC, 2014)
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Megatendências Mundiais: Meio Ambiente: Fontes de Energia
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Parcela da Geração de Energia Elétrica realizada a partir de Fontes Renováveis - [%]
Brasil Estados Unidos Japão Alemanha China
Fonte: World Development Indicators. Databank - Banco Mundial (2018).
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Megatendências Mundiais: Economia: Novas Tecnologias
Fonte: OECD Patent Database. Nota: Patent applications filed under the PCT. Reference date: Priority date. Reference Country: Inventor(s)'s country(ies) of residence. PCT = Tratado de Cooperação de Patentes
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Número de Patentes sob PCT no Mundo, por Domínio Tecnológico
Outras Tecnologias de Informação e Comunicação Tecnologias Médicas Tecnologias selecionadas relacionadas ao meio-ambiente
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“Constelação” de Inovações: Revolução Tecnológica
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Digitalização e Conectividade
I.O.T.
Big Data
Blockchain
I. A.
Comp. nuvem
Computador Quântico
Realidade Virtual
Sustentabilidade
Energia Solar
Energia Eólica
Energia Marés
Baterias
Smart Grids
Captura Carbono
Economia Circular
Produtividade
Indústria 4.0
Business 4.0
Agricultura 4.0
Agric. Precisão
Impressoras 3D
Robótica Avançada
RFID / C. Barras
Saúde
Biotecnologias
Biologia Sintética
Sequenciamento Genético
Medicina de Precisão
Neurotecnologia
Veículos autônomos, conectados, motor de emissão zero e NMA
Fontes: Schwab (2016) e OCDE (2016).
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“Constelação” de Inovações: Revolução Tecnológica
• Novos Materiais Avançados (NMA) • Substâncias artificiais, cujas características físico-químicas não se
encontram disponíveis em condições “normais de temperatura e pressão” na natureza
• Alguns dos principais: • Grafeno
– 200 vezes mais forte que o aço – 1.000.000 de vezes mais fino que um fio de cabelo – Condutor de eletricidade mais eficiente que o cobre – Eficiente condutor de calor
• Nanotubos de carbono • Novos polímeros [plásticos] termofixos – (passíveis de reciclagem) • Materiais nanoestruturados
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Fontes: Schwab (2016) e OCDE (2016).
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Em qual fase da 6ª “onda longa” de Kondratieff estamos ?
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Taxa de Crescimento do PIB em Relação ao Ano Anterior e Tendência de Crescimento
dos Estados Unidos - [%]
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Taxa de Crescimento do PIB em Relação ao Ano Anterior e Tendência de Crescimento da
Alemanha - [%]
Fonte: World Development Indicators. Databank - Banco Mundial (2018).
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Em qual fase da 6ª “onda longa” de Kondratieff estamos ?
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Taxa de Desemprego de Países Selecionados - % - [Modelagem OIT]
Brasil China Alemanha Japão Coreia do Sul Suécia Estados Unidos
Fonte: Organização Internacional do Trabalho (2018). Estimativas modeladas pela OIT em novembro/2017.
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Em qual fase da 6ª “onda longa” de Kondratieff estamos ?
Provavelmente: • Estamos passando pelo período de transição – [fase final?] • “Paradigma tecnoeconômico das TICs” novo “Paradigma (...)”
• Muitas das tecnologias ainda não estão afirmadas: • Tecnologias rivais: indeterminação da “melhor” • Indeterminação de um “design dominante” em produtos • Indeterminação quanto a “best practices” na produção e na gestão • Existência de barreiras à difusão (ex. grafeno) • Carecem de instituições de suporte (legislação...)
– (ex. veículos autônomos, trabalho remoto...) • Carecem de infraestrutura adequada. Ex. Big-Data, Veículo elétrico, ...
• Janela de oportunidades aberta às empresas: • Relativas baixas barreiras à entrada de empresas nos setores “portadores” • Muitas das novas tecnologias ofertadas por empresas “start-ups”
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Prováveis desdobramentos futuros: O que podemos esperar nos próximos anos?
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Prováveis Desdobramentos Futuros: Novo Paradigma
• Novo padrão de desenvolvimento econômico mundial • Retomada sustentada do crescimento econômico no mundo
• Dinamizada pelas novas tecnologias • Por mudanças institucionais (nova regulação, novas relações de emprego...) • Por novas infraestruturas (ex. 5G, ...)
• Mudança da inserção dos países na economia internacional • Capacitações dinâmicas (tecnológicas e gerenciais) das empresas locais
para se inserirem na “constelação” de setores “portadores” do novo paradigma e para desenvolverem e/ou adotarem essas novas tecnologias
• Mudança nos padrões de comércio internacional
• Mudança na geopolítica mundial • Ascensão daqueles países que estiverem na fronteira tecnológica, com
inserção nos setores “portadores” e desenvolvendo as novas tecnologias • Mudanças no eixo de poder entre as nações
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Prováveis Desdobramentos Futuros: Políticas Públicas
• Planejamento Nacional e Políticas Industriais e Tecnológicas: • Alemanha: High-Tech Strategy (2010, 2014) • Estados Unidos: The Strategy for American Innovation (2009, 2011, 2015) • Japão: 5th Science and Technology Basic Plan (FY2016‒2020) • Coreia do Sul: Vision 2025 • China: Made in China 2025 • França: New France Industrial • Reino Unido: Fixing the foundations: Creating a more prosperous nation
• Pontos em comum: • Participação ativa dos governos, planejando o desenvolvimento nacional • Aplicação de políticas industriais e de ciência e tecnologia • Definição de tecnologias estratégicas • Definição de indústrias-chave • Fortalecimento do sistema nacional de inovação
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Prováveis Desdobramentos Futuros: Trabalho 4.0
• Mudança na natureza do trabalho nas indústrias e nas ocupações • Crescentemente digital, interconectado e flexível • Cooperação Homem-Máquina • Trabalho a qualquer hora e em qualquer lugar • Mudanças Sociais e Culturais
• “Fim dos empregos” X “Novas oportunidades de emprego”
• Aumento da automação • Intensidade de substituição de trabalho por capital
• Desemprego no curto prazo. Possível desemprego líq. no longo prazo • SALDO: efeito destruição X efeito capitalização X efeito criação
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Prováveis Desdobramentos Futuros: Trabalho 4.0
• Polarização do mercado de trabalho • (-) Destruição de trabalhos mecanicamente repetitivos e/ou rotineiros • (+) Profissões intelectualmente muito complexas (ex. logística) • (+) Profissões de trabalho manual muito complexo (ex. montagem sapatos)
Provável aumento da desigualdade social !
• Novas habilidades demandas:
• Criatividade e inovação • Habilidades sociais • Solução de problemas complexos • Decisão sob incerteza, • Habilidades sistêmicas
• Requer programas educacionais e de reciclagem • Requer programas de recolocação profissional
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Fundação de Economia e Estatística
Siegfried Emanuel Heuser
Rua Duque de Caxias, 1691
Centro Histórico, Porto Alegre
CEP: 90010-283
(51) 3216.9000
Núcleo de Análise Setorial (NAS) Centro de Estudos Econômicos e Sociais (CEES)
Apresentador: Rodrigo Morem da Costa
Cargo: Analista Pesquisador em Economia E-Mail: [email protected] [email protected]
Muito Obrigado !
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Experiência histórica dos países
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Participação de Setores Selecionados no Total do Valor Adicionado da Indústria de Transformação da Suécia – [%]
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Fonte: Databank – Banco Mundial (2018). Capítulos 26, 27, 28 e 29 da CNAE2.0
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Experiência histórica dos países
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Participação de Setores Selecionados no Total do Valor Adicionado da Indústria de Transformação do Japão – [%]
Tecnologias de Informação e Comunicação Material Elétrico Máquinas e Equipamentos Automotivo
Fonte: Databank – Banco Mundial (2018). Capítulos 26, 27, 28 e 29 da CNAE2.0
1970=31,1% 1980=33,1% 1990=41,2% 2000=41,9% 2015=43,4%