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DE 2 A 21 DE FEVEREIRO DE 2010 ANO XXII Nº 894 sintufrj.org.br [email protected] Lançada a Plenária nacional da Fasubra bate re- corde de representação da base, confir- ma a realização este ano do XXI Confasu- bra e deflagra a campanha salarial con- junta com outros setores do funcionalis- mo público federal. Na foto, uma visão dos participantes. PÁGINA 3 2010 Veja as principais deliberações do FSM e as opiniões de militantes e dirigentes sindicais sobre o evento. PÁGINA 4 Toda nossa solidariedade aos trabalhadores haitianos. PÁGINAS 2 E 12 A folia já tomou conta da cidade e a direção do SINTUFRJ deseja a todos um feliz carnaval, sem excessos e muita alegria e diversão. Confira o roteiro dos blocos. PÁGINA 11 Caderno Especial dos Aposentados. PÁGINAS 5, 6 E 7 Reembolso de saúde suplementar Consulte a página da PR-4 na internet para saber como proceder. Endereço: www.pr4.ufrj.br Campanha Salarial

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DE 2 A 21 DE FEVEREIRO DE 2010 ANO XXII Nº 894 sintufrj.org.br [email protected]

Lançada aPlenária nacional da Fasubra bate re-

corde de representação da base, confir-ma a realização este ano do XXI Confasu-bra e deflagra a campanha salarial con-junta com outros setores do funcionalis-mo público federal. Na foto, uma visãodos participantes. PÁGINA 3

2010

Veja as principais deliberações do FSM e as opiniões de militantes e dirigentes sindicais sobre o evento. PÁGINA 4

Toda nossa solidariedade aos trabalhadores haitianos. PÁGINAS 2 E 12

A folia já tomou conta da cidade e a direção do SINTUFRJ deseja a todos um feliz carnaval, sem excessos emuita alegria e diversão. Confira o roteiro dos blocos. PÁGINA 11

Caderno Especial dos Aposentados. PÁGINAS 5, 6 E 7

Reembolso de saúdesuplementarConsulte a página da PR-4 na internet para saber como proceder.Endereço: www.pr4.ufrj.br

Campanha Salarial

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JORNAL DO SINDICATODOS TRABALHADORESEM EDUCAÇÃO DA UFRJ

Coordenação de Comunicação Sindical: Ednea Martins, Jeferson Salazar e Nivaldo Holmes / Conselho Editorial: Coordenação Geral e Coordenação de Comunicação/ Edição: Ana de Angelis / Reportagem: Ana de Angelis, E. A. C. e Regina Rocha / Secretária: Katia Barbieri / Projeto Gráfico: Luís Fernando Couto / Diagramação:Luís Fernando Couto e Jamil Malafaia / Ilustração: André Amaral / Fotografia: Cícero Rabello / Revisão: Roberto Azul / Tiragem: 11 mil exemplares / As matériasnão assinadas deste jornal são de responsabilidade da Coordenação de Comunicação Sindical / Correspondência: aos cuidados da Coordenação de Comunicação.Fax: 21 2260-9343. Tels.: 2560-8615/2590-7209, ramais 214 e 215.

Cidade Universitária - Ilha do Fundão - Rio de Janeiro - RJCx Postal 68030 - Cep 21941-598 - CNPJ:42126300/0001-61

DOIS PONTOS

Primeira ação sindical cutista em 2010

Tragédia preparada pelos explorados do Haiti

Dirigentes da CUT e das outras cinco centrais sindicais que lideram o movimento pelaredução da jornada de trabalho sem redução de salários, com a participação de sindicalistas dasentidades cutistas em todo o país, aprovaram a realização de uma ação de peso na manhã daterça-feira, 2 de fevereiro, no Aeroporto de Brasília e atividades durante todo o dia no CongressoNacional.

O objetivo é pressionar os parlamentares para que o Congresso coloque na pauta a redução da

“Mil vezes pelo Haiti”A plenária nacional da Fasubra aprovou a campanha “Mil vezes pelo Haiti” em

solidariedade ao povo haitiano. A Federação disponibilizará todas as contas e entidadesrepresentativas dos sindicatos de trabalhadores (as) do Haiti para que sejam depositadas ascontribuições. A Fasubra contribuirá com no mínimo R$ 1.000,00. Outra iniciativa daFederação será indicar que a Andifes paute nas universidades o debate a respeito dadisponibilização de profissionais voluntários para socorro ao Haiti.

Pressão no Congresso Nacional pelas 40 horas semanais de trabalho sem redução dos saláriosjornada como prioridade nas votações. Ficou acertado, ainda, que se fosse necessário os manifes-tantes permaneceriam em Brasília até a quarta-feira, 3, fazendo vigílias, providenciando audiên-cias com lideranças de bancadas e organizando visitas a deputados que apoiam a proposta.

A ideia de iniciar o movimento em 2010 pelo Aeroporto de Brasília foi porque nodia 2 de fevereiro termina o recesso parlamentar e os deputados federais estariamretornando a Brasília.

A Fasubra também irá tornar público documento ao cônsul Jorge Manuel do Haiti noBrasil de indignação às suas declarações preconceituosas contra as religiões de matrizesafricanas, que são praticadas pela maioria do povo haitiano. Outra iniciativa da Federaçãoserá preparar um documento à sociedade, ao governo e ao Parlamento cobrando ações deajuda humanitária ao Haiti, através do envio de profissionais nas áreas de educação, saúde,construção civil e reafirmando sua resolução pela retirada das tropas do Haiti.

Em nota, a CUT nacional afir-ma que “a situação do Haiti não éuma fatalidade, é fruto historica-mente da superexploração e pilha-gem das grandes potências, como aFrança e os Estados Unidos, do paísque se constituiu na primeira na-ção negra independente do mundoem 1804”. A CUT ressalta que o enor-me número de vítimas (mais de200 mil mortos e milhões de desa-brigados em um país de 8 milhõeshabitantes) e a amplitude da des-truição que sofreu a região de PortoPríncipe, capital do país, “não sãouma fatalidade; são “o resultadodas carências e precárias condiçõesde infraestrutura e das habitações,em uma situação em que o desem-prego atingia mais de 60% dos tra-balhadores e os salários são de misé-ria, enquanto o governo do Haitipagava mensalmente milhões dedólares de dívida externa.”

“O fato de não haver hospitais,meios de transporte, nem serviçosorganizados não é um fenômenonatural, é o resultado de uma polí-tica aplicada anos a fio sob a disci-plina do FMI e em benefício dasgrandes potências que apoiaram aditadura de Duvalier até 1981 edepois o golpe de Estado que tiroudo poder o presidente Aristide em2004.” A nota diz ainda: “a CUT,que é a favor da soberania do povohaitiano, observa com inquietaçãoque a tragédia foi respondida pelogoverno dos Estados Unidos comuma verdadeira ocupação militar.Já são mais de 13 mil soldados

Pré-Natal e PartoSeguro: Direitos Seus

Esta é a campanha que a Comis-são de Defesa dos Direitos da Mulherda Alerj lança na terça-feira, dia 9 defevereiro, às 10h, no Plenário BarbosaLima Sobrinho. Todos estão convida-dos. A Alerj fica na Rua Primeiro deMarço, s/n°, Praça XV.

Correções1 - Edital do processo de seleção

do CPV/Instituto de Química emparceria com o SINTUFRJ:

No item 4: Documentos neces-sários, ao invés de Comprovante deconclusão ou declaração de que estácursando o último ano do ensinomédio, o correto é Comprovante deconclusão do ensino médio.

2 - - - - - Ao contrário do que foipublicado na edição 893 do Jornaldo SINTUFRJ, o palestrante convi-dado para o seminário preparató-rio ao FSM, João Carlos BernardoMachado, é professor da UFRRJ dePolítica e Organização da Educa-ção Brasileira e de Filosofia daEducação e não de Filosofia.

Notas de falecimentoCom pesar informamos o fale-

cimento de duas servidoras aposen-tadas da UFRJ: a musicista Mariada Conceição Silva de Souza, no dia9 de janeiro, e a professora de Lín-gua Italiana da Faculdade de Letras,Ildete de Oliveira Castro, no dia 13de janeiro. Ela era esposa do profes-sor de Linguística da mesma unida-de, José Ariel Castro.

enviados por Washington apetre-chados para a guerra, que hoje pra-ticamente controlam todo opaís.Voos rasantes para despejar su-primentos para uma populaçãofaminta, por exemplo, jogam fla-gelados em conflito, deixando semnada as crianças, velhos e feridosque não podem disputar os “paco-tes humanitários”.

“O que o Haiti precisa é de mé-dicos, enfermeiros, engenheiros e nãode tropas de ocupação, seja dos Esta-dos Unidos, seja da ONU. A CUTtoma posição pela anulação imedi-ata da dívida externa do Haiti pelospaíses credores e pela devolução to-tal da indenização paga à França

pelo Haiti quando da sua emanci-pação; pela abertura de fronteirasdos países aos quais os cidadãos hai-tianos queiram chegar; pela solida-riedade e ajuda material com res-peito à dignidade do povo irmão doHaiti; retirada de condicionantespara a ajuda externa, reafirmandoque é necessário ter como objetivo ode restituir ao povo haitiano a suasoberania, com o fim das ocupaçõesmilitares estrangeiras.”

A Central conclama os sindica-tos filiados, ramos e CUTs esta-duais a contribuírem com depósi-tos no Banco do Brasil, agência3324-3 conta corrente 956251-6(SOS Sindical Haiti), encarregan-

dos a CUT nacional de fazer chegaràs organizações sindicais haitia-nas com as quais mantém relaçãoos donativos.

A CUT propõe também a orga-nização de brigadas de trabalhado-res cutistas para ajudar na recons-trução do Haiti, em especial do mo-vimento sindical haitiano. A CUT,além de assumir sua responsabili-dade na ajuda direta ao movimen-to sindical haitiano, se declara dis-posta a participar de iniciativasunitárias, com outras centrais emovimentos populares, para refor-çar a solidariedade aos trabalhado-res e ao povo do Haiti neste mo-mento difícil.

Foto: Divulgação

O HAITI precisa de profissionais para reconstruí-lo e não de ocupação militar americana

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FASUBRA

Plenária confirma realização em 2010 doXXI Confasubra e lança campanha salarialRecorde de participação da categoria: 121 delegados e 36 observadores de 37 entidades de base

FevereiroFevereiroFevereiroFevereiroFevereiro23, 24 e 25 – Reunião da Comissão Nacional de Supervisão daCarreira.27 e 28 – GT-HUs – Fechamento do Projeto dos HUs.MarçoMarçoMarçoMarçoMarçoOrganização e lançamento da Campanha Salarial doFuncionalismo.De 3 a 5 – – – – – Manifestação no STF e audiência sobre Cotas.

A plenária nacional da Fasu-bra realizada nos dias 23 e 24 dejaneiro, em Porto Alegre (RS) eque precedeu o Fórum Social Mun-dial reafirmou a decisão de aindaeste ano realizar o XXI Confasubrae iniciar a campanha salarial comuma ação emergencial do funcio-nalismo federal e as centrais sindi-cais. A campanha será contra a li-mitação do projeto de Lei PLS 549/2009, que trata da limitação degastos com os serviços públicos.Participaram da plenária 121 de-legados de base, 37 entidades sindi-cais e 36 observadores.

A campanha salarial cobrarádo governo a definição, ainda nes-te mandato do presidente Lula, dosseguintes pontos: política salarial,data-base para reajuste, metodolo-gia de reajuste (inflação mais ga-nho real), isonomia salarial co-meçando pelo Executivo, discus-são com o governo de uma campa-nha salarial emergencial para2011, assim como a antecipaçãoda tabela de julho de 2010. Emrelação à carreira dos técnicos-ad-ministrativos em educação, a ple-nária também deliberou lutar peloretorno do step constante; pela ra-cionalização (equilibrar o núme-ro de cargos e as funções dentro dacarreira); e pelo reposicionamentodos aposentados.

A Federação deverá organizarum Seminário Nacional sobre Saú-de e Qualidade de Vida para a 3ªIdade, aposentados e aposentando.Esse seminário, quando for defini-da a data deverá ser realizado antesde uma plenária. A plenária tam-bém decidiu que as entidades debase devem realizar seminários emsuas bases, antecedendo o 3º En-contro Nacional de Aposentados dastrês esferas.

AvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoAvaliaçãoO coordenador-geral da Fasu-

bra, Paulo Henrique dos SantosRodrigues, antecipou de Porto Ale-gre sua avaliação da plenária. Paraele, o ponto principal foi a partici-pação da categoria (121 delegadosde 37 entidades de base). Ele elo-giou o debate que garantiu a deci-são vitoriosa de realização aindaeste ano do XXI Confasubra, con-forme havia sido deliberado no úl-timo congresso da entidade (XXConfasubra). Paulo Henrique in-formou que haverá uma plenáriaem março nos dias 12 e 13 paraaprovar regimento e critérios.

Para o dirigente, o grande de-

safio deste ano é não se perdertempo em função das eleições:“Haverá pouco espaço para nego-ciações e temos que forçar o go-verno ao máximo.” Paulo Henri-que informa que na agenda domovimento um dos desafios é aLei Orgânica da AdministraçãoPública. “Tem alterações e esta-mos discutindo sua repercussãocom os servidores públicos fede-rais, e precisamos estar juntos (to-dos os servidores públicos) nestacampanha”, explica.

Por envolver todos os servidorespúblicos, esta campanha, segundoPaulo Henrique, “é um outro desa-fio nosso”. “Principalmente devi-do à existência do Projeto de Lei noSenado que limita os gastos com o

serviço público ( PLS 549/2009) eque propõe como reajuste a infla-ção mais 2%. Será preciso umacampanha política dos servidorespúblicos federais”, avalia.

A respeito da notícia publicadaem alguns jornais da grande im-prensa sobre o aumento do vale-alimentação, o coordenador da Fa-subra esclareceu que não há nadaoficial. “Essa informação surgiude um comentário de um deputa-do e não implicará na variação de103%. Até agora o Ministério doPlanejamento não se pronunciou.É tudo especulação da imprensa”,alertou. Em relação ao reajuste dejulho, o dirigente foi enfático: “Oreajuste de julho de 2010 está ga-rantido.”

Calendário de atividades

DOIS momentos daplenária: debate evotação. O destaque foia participação detécnicos-administrativos emeducação de dezenasde universidadesfederais

Por último, Paulo Henriquedestacou que a preocupação da Fa-subra é com a política salarial dofuncionalismo. “Não podemos es-perar até julho de 2010 quando éfechado o Orçamento de 2011. Va-mos batalhar, lutando em conjun-to com os setores dos servidores pú-

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blicos federais, e isto será discutidona plenária dos SPFs envolvendotodas entidades, não só as da Coor-denação Nacional de Entidades doServiço Público Federal (Cnesf).Isso sem esquecer a defesa das deli-berações congressuais da Fasubra”,completa.

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UM OUTRO MUNDO É POSSÍVEL

Assembleia dos movimentos

O Fórum Social Mundial – 10anos, Grande Porto Alegre, realiza-do de 25 a 29 de janeiro, reuniu 35mil pessoas e representantes de 39países, no Rio Grande do Sul. Oevento ocorreu em sete cidades gaú-chas e em seu último dia houveuma grande assembleia nacionaldos movimentos sociais, que reu-niu centenas de pessoas na Usinado Gasômetro. O objetivo foi orga-nizar e aprovar um documento dosmovimentos sociais que relacionas-se ações unificadas e agendas polí-ticas para o próximo período. A CUTparticipou ativamente do Fórum,assim como o SINTUFRJ, que le-vou uma delegação de 40 pessoas.

Segundo o documento intitu-lado “Carta dos Movimentos So-ciais: 10 anos de FSM e outro mun-do acontece”, o FSM foi fundamen-tal para construir uma nova con-juntura que valorize o multilate-ralismo e a solidariedade entre ospovos. As bandeiras de luta tratamde vários pontos ligados à sobera-nia nacional, ao desenvolvimento,à democracia, à defesa de mais di-reitos ao povo e solidariedade. Foiaprovado um calendário conjuntoe os movimentos sociais brasileirosconvocaram a Assembleia Nacio-nal dos Movimentos Sociais para31 de maio em São Paulo.

DepoimentosDepoimentosDepoimentosDepoimentosDepoimentosO coordenador-geral do SINTU-

FRJ, Jonhson Braz, disse que o SIN-TUFRJ está de parabéns por enten-der a importância e o significadodesta edição dos 10 anos do FórumSocial Mundial fornecendo toda aestrutura para que seus 40 delega-dos tivessem a satisfação de parti-cipar de um evento desta magnitu-de. “Acredito que, em que pesemnossas falhas enquanto diretoriacolegiada, estamos investindo acer-tadamente em formação e qualifi-cação de nossos dirigentes e da nos-sa base, participando dos painéis,debates e da grande marcha de aber-tura do Fórum Social Mundial.Além disso, tivemos a honra de par-ticipar do VI Fórum Mundial deJuízes, evento que antecedeu o FSMe que discutiu profundamente ostemas do direito do trabalho e dodireito sindical no Brasil e no mun-do”, declara.

Entre a grande variedade de te-mas suscitados, Jonhson destaca aconscientização dos juízes partici-

pantes acerca da necessidade deuma abordagem do direito do tra-balho sob a ótica de um direitofundamental e como condição paraa efetividade do direito à dignida-de da pessoa humana. “Ressaltotambém o debate sobre autonomiae liberdade sindical inserido comogarantias fundamentais constitu-cionais sob a ótica da liberdade deexpressão e de organização e a ga-rantia do direito de greve para aemancipação da classe trabalha-dora”, afirma.

Jonhson diz que o fato de oFórum de Juízes ser inserido nasoficinas do FSM, aberto a todos os

participantes, fez surgir uma iden-tificação desta classe de trabalha-dores com o restante dos trabalha-dores brasileiros, gerando um laçode solidariedade. “Isto amplia adefesa da luta por um poder judi-ciário independente e democráti-co para a consolidação do chama-do Estado Democrático de Direi-to”, avalia.

Para o dirigente, o FSM foium dos mais importantes espa-ços de reflexão da atual socieda-de e o de 2010 manteve acesa achama da esperança de que, comoseu próprio título aponta, umnovo mundo é possível e necessá-

rio. “Um mundo em que, atravésda reflexão e da ação, possamosconstruir uma sociedade cujo de-senvolvimento não seja baseadoapenas no lucro, e sim com focona dignidade da pessoa humana.Dessa forma, uma sociedademais justa, fraterna, solidária esustentável”, finaliza.

O ex-dirigente da Asufrj e hojemilitante de base, Izaias Gonçal-ves Bastos acredita que um outromundo é possível sim através deações efetivas. “Precisamos de me-nos discurso e mais ações coletivasque congreguem a população nogeral e as categorias especificamen-

te, as quais cada delegação repre-senta e deve representar com fideli-dade, esquecendo as divergências econstruindo o movimento de to-dos”, afirma.

Para Izaias, este outro mundoé possível porque a união entre to-dos pode ser feita e há capacidadepara a mudança. “Nós trabalhado-res, população, povo, seja brasilei-ro ou universal, temos inteligên-cia, capacidade e força para fazer atransformação que o mundo preci-sa, para nos liberar de toda opres-são que nos é colocada e impostapor alguns”, diz

Este é o segundo Fórum SocialMundial de que ele participa, edestaca: “O FSM é o maior e maisimportante encontro dos povos, lo-cal em que recebemos elementospara a construção de um mundomelhor, e onde divergimos e con-vergimos, mas sempre no sentidode melhorar a vida no planeta.” Omilitante disse que sempre ficaemocionado em ocasiões comoesta: “ Com quatro décadas de mi-litância sindicalista, partidária,clandestina, ainda me emocionocom algumas ocasiões. O 10o Fó-rum Social Mundial foi um des-ses momentos.”

Ele parabenizou a direção doSINTUFRJ por ter proporcionadoas melhores condições para queos representantes da categoria pu-dessem participar do FSM comqualidade. “Uma participaçãoque contribui para o conheci-mento e a formação na vida sin-dical. Por fim, estou parabeni-zando a delegação pelo espíritocoletivo e pela participação na-quilo que foi possível, e em par-ticular ao Coletivo Tribo.”

Quanto à organização geral doFórum, mais uma vez para ele dei-xou a desejar: “Poderia ter sidomuito melhor em relação à orde-nação das tendas, divulgação dasoficinas e palestras, pois houvemudanças de data e horário semnenhum aviso. Os participantes fi-caram desorientados, mas nossadelegação conseguiu participarcom ênfase em várias atividades.”

Izaias reafirma: “ Eu não dei-xarei de participar dos próximosFóruns Sociais Mundiais e reco-mendo aos companheiros que tam-bém façam o mesmo. Nossa parti-cipação é fundamental. Saudaçõescutistas e tribais.”

sociais marca o FSMDocumento com ações unificadas e agenda política são aprovados e novaassembleia nacional será realizada em 31 de maio, em São Paulo

NO GIGANTINHO foram realizadas as plenárias do Fórum e onde o presidente Lula discursou

JONHSON Braz IZAIAS Gonçalves Bastos

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“O antigo tem valor cul-tural, de conhecimento, ex-periência, beleza, sabedo-ria, história. Assim deveri-am ser considerados osnossos velhos, por nós epela sociedade”, já disse apsicóloga e terapeuta fa-

Quem pensa que rir é um comportamento bobo e banal estámuito enganado. Apesar de ser um mecanismo aparentemente sim-ples, a risada guarda um complexo sistema que envolve o cérebro eafeta todo o organismo.

Está mais do que provado que a risada é um elemento importanteno combate ao estresse, ligado diretamente ao nosso sistema nervosocentral. É considerado uma válvula de escape às pressões do dia a diae, inclusive, com função positiva no auxílio à recuperação de pacien-tes internados em hospitais. O bom humor, segundo especialistas,reduz a pressão sanguínea e o nível de hormônios que afetam nossosistema imunológico.

Neurocientistas do mundo todo atestam que a risada é um instintode sobrevivência para alguns animais e seres humanos, que convivemem sociedade. No campo da reabilitação, há um enorme incentivo àterapia do riso, que tem sido amplamente adotada nas últimas décadas.

UMA QUESTÃO DEjustiça,

respeito ereconhecimento

miliar Maria Helena BritoIzzo.

Em 24 de janeiro come-mora-se o Dia Nacional doAposentado. É um momen-to de homenagem àquelesque tanto contribuírampara a sociedade e que me-

deixe o bom humorentrar na sua vida

recem um descanso digno.Mas a data marca tambémum momento de clamarpor melhores condições equalidade de vida para es-tes companheiros.

E esta luta diz respeito atoda a sociedade. No míni-

mo porque hoje, quem estána ativa, amanhã, estará nolugar dos aposentados. Porisso é preciso reivindicarmelhor tratamento aos apo-sentados e pensionistas e queos partidos políticos pres-tem atenção às questões dacategoria. Além de aumen-tos sala- riais, é preciso cons-truir uma política de valo-rização dos idosos e aposen-tados.

A data escolhida parahomenagear os aposenta-dos lembra o dia, em 1923,em que foi assinado o de-creto para a criação de umaCaixa de Aposentadorias ePensões para os emprega-dos de cada empresa fer-roviária no Brasil. O de-creto, conhecido como LeiElói Chaves, é considera-do ponto de partida da Pre-vidência no país. (FonteGeap/Fasubra).

Exercite o lúdico, por meio das brincadeiras, das práticas esportivas, do hábito de cantar

Não tenha medo de rir das próprias gafes Não tenha vergonha de rir sozinho ou acompanhado Assista a comédias, de vez em quando, para liberar o bom humor Mantenha contato com crianças e pessoas alegres, pois essa

energia é contagiante Se possível, tenha um animal de estimação, que proporciona o

bem-estar e momentos prazerososFonte: Vivasaúde

Rir é o melhorremédio

Um símboloda categoria

O técnico-administra-tivo Nivaldo Holmes de Al-meida, 72 anos, compar-tilhou com a UFRJ mo-mentos históricos da vidabrasileiro. Holmes foi ummilitante, mas o seu mai-or orgulho é ser funcio-nário público.

Reunião na subsede sindical no HUO próximo encontro dos aposentados da UFRJ promovido pelo SINTUFRJ será na

quarta-feira, dia 24 de março, às 10h, na subsede sindical no HU. Pauta: entre outrosassuntos, discussão sobre deliberação da Fasubra em sua última plenária, sobre oreposicionamento dos aposentados em nível nacional. Estejam lá, companheiras ecompanheiros.

Reembolso do plano de saúdeConsulte a PR-4 (pela internet, telefone ou pessoalmente|) para saber como

proceder.

Sexagenário tem prioridadeA Lei nº 12.008/09 assinada pelo presidente Lula em julho do ano passado garante

às pessoas a partir dos 60 anos prioridade na tramitação de processos administrativosno âmbito da administração pública federal e judiciais em geral. Portanto, aCampanha Fome de Justiça desencadeada pelo SINTUFRJ tem tudo a ver. Vamosreforçá-la.

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Há 21 anos, o Hospital-EscolaSão Francisco de Assis (Hesfa) foi opioneiro na iniciativa de criar umgrupo de convivência para atenderpessoas saudáveis a partir dos 60anos de idade. E inovou ainda maisao montar o Programa de Assistên-cia Integral à Pessoa Idosa, o Paipi,que oferece assistência multidisci-plinar, mobilizando profissionaisde várias áreas: como geriatras, nu-tricionistas, enfermeiras, assisten-tes sociais, psicólogos, fisioterapeu-tas, farmacêuticos, terapeutas, en-tre outros. Qualquer um, mulher ehomem, pode participar. O Hesfafica na Avenida Presidente Vargas

Caderno Especial Aposentados

Unidade da 3ª Idade do HesfaO hospital oferece o Programa de Assistência Integral à Pessoa da Idosa (Paipi)

Oficinas do SINTUFRJAbertas a todos os sindicalizados e seus dependentes, aposentados e pensionistas

nº 2.863, Cidade Nova. Telefone:(21) 3184-4424.

A assistência oferecida pelo Pai-pi é em âmbito laboratorial volta-da para a atenção básica no aten-dimento à saúde. Além de consul-tas com os profissionais, de segun-da a sexta-feira, manhã e tarde,para a triagem das necessidades decada um e posterior encaminha-mento, o programa oferece ofici-nas com atividades para o corpo e amente. Os maiores de 60 anos quejá tomaram a atitude de sair decasa em busca de qualidade de vidae encontraram o caminho do Hes-fa costumam passar o dia inteiro

lá. A Unidade da 3ª Idade tem cozi-nha equipada com forno de micro-ondas para os frequentadores aque-cerem o almoço e preparar o lan-che, que levam de casa.

Na Unidade da 3ª Idade nenhu-ma data festiva deixa de ser come-morada coletivamente, como Diadas Mães, Dia dos Pais, Natal, AnoNovo e todas as outras. No momen-to, está sendo preparado um gritode carnaval.

Atualmente, a parte assisten-cial do Paipi é coordenada pelaenfermeira Simone de Abreu, e aacadêmica, pela professora AnaMaria Domingos.

Oficinas oferecidasGrupo Dança Saúde – Às terças-feiras, às 10h, com a professora

Marita, da Escola de Educação Física e Desportos da UFRJ.Grupo de Dança Folclórica – Às segundas-feiras, às 13h, com a

terapeuta ocupacional Jurema Marques.Grupo Dança Sênior – Às quintas-feiras, às 13h.Grupo de Alfabetização e Reforço Escolar – Às segundas e quintas-

feiras, às 9h, com a pedagoga Neli Vieira.Grupo de Memória e Literatura – Às quartas-feiras, às 13h, com a

enfermeira Maria de Fátima Almeida.Grupo de Música – Às quartas-feiras, às 14h, com a enfermeira

Simone Abreu.Grupo de Artes– Às quartas e quintas-feiras, às 15h, com a psicólo-

ga Vanda Seabra.Grupo Sócio-Cultural – Às sextas-feiras, às 13h, com a assistente

social Valéria Matheus.

Na subsede sindical no HUCFF:Patchwork – Às segundas-fei-

ras, das 9h às 12h.Pintura em tecidos – Às quin-

tas-feiras, das 9h às 12h e das 13hàs 16h.

Música (violão e cavaquinho)– Às quartas-feiras, das 17h às 19h.

Espaço Culturas do Sindicato:Dança de salão – Às terças e

quintas-feiras, das 18h às 20h.

Praia Vermelha:Música – Às terças-feiras, das

18h às 20h, na subsede sindical doSINTUFRJ.

Dança de salão – Às quartas esextas-feiras, das 17h às 19h, noantigo campo de futebol, atrás doInstituto de Neurologia.

Fotos: Cícero Rabello

NA FEIRA de Talentos da UFRJ, em outubro, as artesãs das oficinas do SINTUFRJ mostraram seus trabalhos

OFICINA de Música do Sindicato fazendo sua apresentação na Feira de Talentos QUEM dança seus males espanta: é o que ensina a oficina do SINTUFRJ

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Ele é portelense de coração,vascaíno, independente, viúvo e dosigno de escorpião. Nivaldo Hol-mes de Almeida, 72 anos, técnico-administrativo aposentado, traba-lhou por 40 anos na Praia Verme-lha. Ele orgulha-se da sua profis-são – “sou funcionário públicocom muito orgulho -- e defendecomo princípio a honestidade aci-ma de tudo: “É a qualidade do serhumano que mais prezo.” E foicom esta honestidade que jamaisdedurou qualquer um na época daditadura, apesar de toda pressão.“Tinha até gente que ganhava parafazer isso”, diz.

Ex-diretor da Asufrj no inícioda década de 1980, seu Nivaldo éum dos funcionários mais queri-dos desta universidade, e até hojerecebe convites para formaturas.“Tenho uma caixa cheia de tantosque recebi.” Por onde passa, quan-do vem à UFRJ fazer uma visiti-nha, não há quem não o reconhe-ça e o cumprimente. Para ele nãohavia distinção entre aluno, pro-fessor e funcionário. “Tratava to-dos igualmente.”

Foi em 1962 que Nivaldo co-nheceu a Praia Vermelha e a an-tiga Faculdade de Economia e Ad-ministração (FEA), hoje Facul-dade de Economia. Foi trabalharcomo garçom no bar, fez concur-so publico para técnico-adminis-trativo e acabou num cargo queninguém queria: o de arquivista.“Fiz até curso na Fundação Getú-lio Vargas”, conta. Esta dedica-ção fez com que chegasse a chefede protocolo e lá trabalhou de1970 a 1975. Na Divisão de Re-gistro de Estudante (DRE) nãohavia um que não o conhecesse.Sob seu comando nunca houvefalsificações de diploma, fato co-mum ainda hoje em muitas uni-versidades.

Para se ter uma ideia do prestí-gio deste homem simples, ele é

Caderno Especial Aposentados

Ele é umamemória vivada UFRJ e das lutas dostécnicos-administrativosem educação

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HOLMES é um daqueles funcionários que ninguém esquece na UFRJ

chamado de professor pelo reitorAloísio Teixeira, aliás, ex-aluno daFEA. De Aloísio, Nivaldo recebeu obóton oficial da universidade emreconhecimento a sua dedicação àUFRJ e ao campus da Praia Verme-lha. Isso ocorreu numa das muitassolenidades em que o “professor”Nivaldo foi homenageado. Ele car-rega na sua carteira muitos cartõesde alunos já formados.

Além de Aloísio, Nivaldo co-nheceu ainda estudantes a econo-mista Maria da Conceição Tava-res, Carlos Wainer (Ipur), entremuitos outros renomados profis-sionais e ex- e atuais dirigentes daUFRJ. “O reitor Aloísio foi muitobom aluno e é muito bom profes-sor”, elogia. “Já o Gambine (Ro-berto Gambine, superintendenteda Pró-Reitoria de Pessoal), tiveque insistir com ele para termi-nar o curso de Administração; vi-via trancando a matrícula”, lem-bra. Mas emociona-se e lamentapor outro aluno: Stuart Angel, as-sassinado pela ditadura.

AsufrjAsufrjAsufrjAsufrjAsufrjQuando perguntado qual foi o

melhor o dirigente sindical ele res-ponde de pronto: “Lobão e Kirk”.Ele cita também João Eduardo,mas acrescenta que não gostoumuito dele ter aceito o cargo desuperintendente de Pessoal na ges-tão Horácio Macedo, embora eletenha sido o primeiro técnico-ad-ministrativo a ocupar um cargona Administração Central.

SonhoSonhoSonhoSonhoSonhoUm dos maiores desejos de Ni-

valdo Holmes de Almeida é fundara Associação dos Ex-Alunos da FEA.“Meu maior sonho é ganhar naloteria e criar essa associação. Euchamaria para a empreitada o Ale-xandre Kim, Francisco Neto, Ema-nuel Franco Neto, Leandro Bento”,todos ex-alunos da FEA.

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EXPLORADOS

Os cerca de 500 trabalhadoresterceirizados responsáveis pela lim-peza dos prédios da UFRJ que esta-vam em greve desde o dia 8 dejaneiro, por falta de pagamento desalários e dos vale transporte e re-feição, voltaram ao trabalho nodia 16 de janeiro depois que a em-presa Qualitécnica Comércio e Ser-viço pagou o que devia a eles.

Apesar de ter sido posto em diaos salários e os benefícios dos ter-ceirizados, os coordenadores-geraisdo SINTUFRJ, Francisco de Assis eJonhson Braz, e o coordenador deEsporte e Lazer, Rubens de MoraisNascimento, acompanhados do ad-vogado da entidade, Alexandre Fe-cher, se reuniram na segunda-fei-ra, 18 de janeiro, com o gerenteoperacional da Qualitécnica Co-mércio e Serviço, Gilberto Bedani.

O motivo disso é porque a cate-goria continua cobrando o paga-mento do adicional de insalubri-dade e denunciando que a Quali-técnica não aceita atestado médi-co e corta o dia trabalhado quandoo relógio digital, com defeito, nãoregistra o ponto marcado. Isso ocor-re mesmo com a confirmação dapresença do trabalhador no serviçopelo administrador da Bioquími-ca e coordenador do SINTUFRJ, Ru-bens de Morais Nascimento.

O coordenador-geral do SIN-TUFRJ, Jonhson Braz, cobrou daQualitécnica respeito aos direitosdos trabalhadores. “Esta situaçãoatinge a dignidade profissional enão pode se perpetuar dentro daUFRJ”, afirmou o sindicalista, re-afirmando o apoio do SINTUFRJ àluta dos terceirizados, inclusive co-locando o Departamento Jurídicoà disposição deles.

Justificativa da empresaJustificativa da empresaJustificativa da empresaJustificativa da empresaJustificativa da empresaO gerente operacional disse na

reunião que o salário pago aos ter-ceirizados é o piso da categoria eque a insalubridade foi definidano contrato com a UFRJ, assimcomo o ponto eletrônico digital.Segundo ainda Gilberto Bedani,desde novembro eles não recebiamda universidade, mas mesmo as-sim a empresa pagou os saláriosdaquele mês, dezembro e o 13º.Disse que a Qualitécnica semprepagou os salários no 5º dia útil domês e que o atraso é “uma conse-quência de estarem no fundo dopoço”. Ele também garantiu que“não está havendo caça às bruxas

Trabalhadores terceirizados da limpezarecebem os salários atrasadosTerceirizada acerta o passo por pressão dos trabalhadores, do sindicato da categoria e do SINTUFRJ

por causa do movimento”. “Se ti-véssemos que mandar alguém em-bora já teríamos mandado.”

Os coordenadores do SINTUFRJargumentaram que os trabalhado-res não podem sofrer com os atrasosde repasses.

E o gerente foi obrigado a con-cordar que, diante das circunstân-cias, a paralisação é um direito le-gítimo dos trabalhadores. Ele in-formou que discute com a Reitoriao pagamento da insalubridade, maslembrou que o contrato é específicoe tem todos os custos delineados.Jonhson Braz ponderou que o direi-

O superintendente-geral deAdministração e Finanças (SG-6), Milton Flores, disse que, porlei, toda empresa que participade licitação tem que ter capitalde giro suficiente para pagar sa-lários três meses seguidos aos fun-cionários. “Atrasamos dois me-ses: novembro e dezembro. Não é

Explicações da UFRJque não tenham razão em recla-mar, mas contratualmente te-riamque ter capital suficiente para pa-gar os trabalhadores. Mas o proble-ma já foi resolvido, eles já recebe-ram e debelamos a crise”, acrescen-tou Flores.

Entretanto, o superintendenteadiantou que vai apurar com a Qua-

litécnica por que não pagaram aostrabalhadores e também sobre asdemais reivindicações apontadaspelo SINTUFRJ. “É preciso que oSindicato mande um ofício (à SG-6) dizendo quais são elas (as reivin-dicações), pois faremos tudo que alegislação permitir. Mas tenho queter um documento oficial sobre as

to à insalubridade é uma questãolegal, portanto, está acima da ques-tão contratual, e que tanto a Qua-litécnica como a UFRJ podem sermultadas.

De acordo com o advogado doSINTUFRJ, Alexandre Fecher, o fatode não constar do contrato, nãosignifica que o trabalhador não te-nha direito à insalubridade.

Quanto aos atestados não acei-tos, a explicação dada pelo gerentefoi que há uma deliberação da em-presa de que o atestado tem que tero Código Internacional de Doenças(CID). “Existe um parecer do Con-

selho Regional de Medicina do Riode Janeiro, mas que não é lei. Po-rém, no Brasil inteiro é assim quefunciona, porque o CID é mais di-fícil de ser falsificado.”

O coordenador Rubens Nasci-mento cobrou do gerente os diascortados dos trabalhadores emfunção do defeito no relógio deponto e outros descontos indevi-dos praticados nos salários deles.Gilberto prometeu verificar se háerro do Departamento de Pesso-al. Caso isso se confirme, a Qua-litécnica devolveria o dinheiroaos funcionários.

AcertosAcertosAcertosAcertosAcertosO gerente da Qualitécnica ga-

rantiu aos coordenadores do SIN-TUFRJ que os salários e os benefíci-os dos trabalhadores foram postosem dia e sem desconto dos diasparados. E também que a empresapassará a aceitar os ofícios enca-minhados pelo administrador doCCS atestando a presença do traba-lhador no serviço.

Gilberto Bedani esclareceu nareunião que a Qualitécnica não édona da Protec Serviços TécnicosLtda. (empresa que presta serviçono HU).

COORDENADORES do SINTUFRJ Jonhson e Rubens (sentados) e Francisco e Carlos conversam com o gerente da empresa

Foto: Cícero Rabello

irregularidades. Enquanto isso, mo-bilizarei fiscais para levantar a exis-tência das irregularidades.”

Flores afirmou esperar que nopróximo mês o problema não serepita. Mas avisou: “Nós vamostrabalhar para que não aconteça,mas dependemos de recursos dogoverno.”

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Um projeto paraUm projeto paraUm projeto paraUm projeto paraUm projeto paraos trabalhadoresos trabalhadoresos trabalhadoresos trabalhadoresos trabalhadoresÉ importante registrar que

o nosso curso não é um pré-vestibular comunitário: é umprojeto dos trabalhadores pre-parado e pensado para os tra-balhadores. Inclusive, a dire-toria da gestão 2003/2006, ar-gumentando que a maioriados alunos que cursava o pré-vestibular era dependente denossa categoria e sindicaliza-dos de outras categorias, deci-diu abrir novas turmas noFundão informando que eramdestinadas aos técnicos-admi-nistrativos. Portanto, a atualdiretoria, observando que 36%da categoria de técnicos-ad-ministrativos ativos tem o en-sino médio completo, e obser-vando ainda que das vagasocupadas no pré-vestibular noano de 2009 apenas 16% erampreenchidas por sindicaliza-dos, resolveu lançar o desafiopara ocupar todas as vagas donosso CPV com os seus sindi-calizados, principalmente por-que conquistamos uma Car-reira que exige de nós umaformação continuada e quenos oportuniza o recebimentode gratificação quando temosuma escolaridade superior àexigida para o cargo. Logo,

SINTUFRJ convoca parainscrição no CPV 2010Dias 8, 9 e 10 de fevereiro: sindicalizados daentidade; 2 e 3 de março: seus dependentes

todos devem aproveitar estaoportunidade.

Outro registro importanteé que todas as vagas sempreforam oferecidas aos sindicali-zados, inclusive os editais an-teriores informavam que a ocu-pação dos sindicalizados é di-reta e somente em caso dasinscrições ultrapassarem o nú-mero ofertado de vagas é queseria realizado sorteio para queos dependentes dos sindicali-zados preenchessem as vagasnão ocupadas. Portanto, estadiretoria, acatando decisão do9º Consintufrj no ponto Balan-ço de Gestão, em que foi deli-berado se repensar o CPV/SIN-TUFRJ, no sentido de buscarparceiras com o objetivo debaixar os custos do funciona-mento do CPV, aprovou emreunião do dia 21/12/2009 aparceria com o pré-vestibularem funcionamento do Institu-to de Química da UFRJ paraatender os dependentes dos sin-dicalizados. O curso tem altoíndice de aprovação e é forma-do por professores e alunos daUFRJ, o que significa a mes-ma qualidade do nosso CPV/SINTUFRJ, que também tema mesma origem e objetivos.

Além disso, esta parceriagarantiu a manutenção do nú-

PRÉ-VESTIBULAR

mero de vagas oferecidas em2009, ou seja: 240. Mas com anovidade, que um total de 120vagas destinadas aos sindicali-zados serão oferecidas no CPV/SINTUFRJ e 120 vagas destina-das aos dependentes dos sindi-calizados serão oferecidas noCPV do Instituto de Químicada UFRJ em parceria com oSINTUFRJ. Dessa forma, a di-reção mantém para todos ossindicalizados e seus depen-dentes o direito de estudar nocurso pré-vestibular. Porém, porfalta de parceria com outrossindicatos não será possível ofe-recer vagas para outras catego-rias.

Por fim, esta diretoria con-voca para inscrição todos ossindicalizados que estão cur-sando a última série ou que jáconcluíram o ensino médio eobjetivem ingressar numa uni-versidade pública, pois estare-mos mais uma vez oportuni-zando sua participação no CPV/SINTUFRJ e agora também noCPV/Instituto de Química. Asinscrições serão realizadas nosdias 8, 9 e 10 de fevereiro parasindicalizados e 2 e 3 de marçopara os seus dependentes dire-tos, conforme editais já publi-cados na edição 892 do Jornaldo SINTUFRJ.

O Curso Pré-Vestibular (CPV) doSINTUFRJ foi criado em 1986 comoparte integrante do projetoUniversidade para os Trabalhadores.Nesse período reinava em absoluto oscursos pré-vestibulares de mercado,não restando outras alternativas aostrabalhadores. Assim, a então Asufrjacertadamente resolveu investir seuspróprios recursos na criação de umpré-vestibular que pudesse permitir oingresso dos trabalhadores nasuniversidades públicas.

Somos um Sindicato de Trabalhadoresem Educação e como tal manteremosnossa luta histórica para que o governoofereça educação gratuita e de qualidadepara toda a população, o quesignificará, num futuro breve, ofortalecimento do ensino básico e aampliação de vagas nas universidadespúblicas para que seja permitido o acessode todos os alunos à universidade. Afinalde contas, Educação é dever do Estado.Entretanto, como ainda não temos essareivindicação atendida, continuaremosvalorizando o projeto do pré-vestibulardo SINTUFRJ, pois ele é uma conquistada categoria, principalmente dossindicalizados, que sustentam com suacontribuição mensal o funcionamentodo curso.

Coordenadores-geraisFrancisco de Assis e Iaci Azevedo

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UFRJ

O que muda no campus como terminal de integração

VESTIBULAR 2010

Muitas faltas, mas média decomparecimento é mantida

O Terminal de Integração daUFRJ, de acordo com o Plano Di-retor aprovado em novembro de2009 pelo Conselho Universitário,será um importante ponto de ar-ticulação entre o campus e a ci-dade. Instalado junto ao HospitalUniversitário Clementino FragaFilho (HUCFF) e ao Instituto dePuericultura e Pediatria Matar-gão Gesteira (IPPMG), o terminalpretende regular o fluxo do trans-porte, atenuar o constante engar-rafamento na saída do campus e,principalmente, facilitar o acessoao HUCFF e ao IPPMG.

Na previsão dos organizadores,o terminal deve solucionar as re-tenções e conflitos ocasionados peloponto de ônibus localizado na saí-da da Ilha do Fundão. O projeto daPrefeitura Universitária previa parao terminal recursos de R$1.706.529,00, uma área de 4.235m² e inauguração em agosto de2009. O prazo acabou estendidocom o atraso das obras, e a expecta-tiva da equipe da Prefeitura é deque pelo menos no início do novoperíodo (no fim de março) o ter-minal já esteja em atividade.

E o que vai mudarE o que vai mudarE o que vai mudarE o que vai mudarE o que vai mudarSegundo Ivan do Carmo, vice-

prefeito da UFRJ, se todo mundocumprir a sua parte, os usuários decoletivos vão encontrar novidades:

As obras atrasaram e a previsão agora da Prefeitura Universitária é inaugurá-lo em marçoas linhas de ônibus que passam emvolta do Fundão em direção à Ilhado Governador entrarão no Fundãoe eles encontrarão no terminaluma praça com infraestrutura eacessibilidade, quiosques e abrigos.

O terminal vai concentrar aslinhas que têm ponto final no cam-pus, como o 945 (Pavuna), o S-05(Campo Grande) e 111 (Caxias).Ou seja: os que estão de passagempara a Ilha do Governador e os quetêm ponto final no campus vãoficar lá. O ponto final da linhainterna também vai ser lá.

VantagensVantagensVantagensVantagensVantagens“O terminal acaba com o

congestionamento e facilita avida dos usuários de ônibus.Quem vai para o HUCFF, parauma consulta, por exemplo, podedescer pertinho, com segurança econforto”, diz Ivan, adiantandoque haverá uma pessoa encarre-gada exclusivamente pela ad-ministração do terminal.

A equipe de arquitetura da Pre-feitura Universitária atribui o atra-so a circunstâncias da própria obra:contratempos de construção e to-pografia do terreno. Mas garanteque está havendo esforços para con-clusão da construção em março.

Sem engarrafamentos?Sem engarrafamentos?Sem engarrafamentos?Sem engarrafamentos?Sem engarrafamentos?Segundo Ivan do Carmo, a in-

terdição de algumas vias próxi-mas ao CCS em dezembro foi parafacilitar a conclusão das obras doterminal, cuja previsão inicial daPrefeitura Universitária era de iní-cio de funcionamento no dia 19daquele mês. Estava tudo acerta-do com a Secretaria Municipal deTransportes, embora fosse neces-sário um tempo para que as em-presas montassem sua estrutura

de fiscalização. “Operar mesmotalvez só janeiro, quando seria de-sativado o ponto de ônibus da pas-sarela da Linha Vermelha”, disseo vice-prefeito.

Houve, segundo Ivan, questio-namentos sobre se o terminal tra-ria para dentro do campus o pro-blema dos engarrafamentos da Li-nha Vermelha. Esta hipótese foilogo descartada, com a informa-

ção de que apenas os ônibus entra-riam na Cidade Universitária e ostransportes alternativos não, o que,em tese, diminuiria o engarrafa-mento na saída do campus.

“O que se espera é não ter maisesse engarrafamento”, disse ele,lembrando ainda que a propostado terminal tinha também comoobjetivo trazer conforto aos usuári-os dos hospitais.

A ausência de 44% dos 73.848inscritos no Vestibular da UFRJ nosegundo dia de prova da segundafase do exame (9 e 10 de janeiro)não alterou a média de compareci-mento dos últimos anos de cercade 43 mil presentes.

A organização do concurso ex-plica as possíveis causas do altoíndice de falta, como o fato doconcurso da UFRJ ter sido um dosúltimos do país a ser realizado; exis-tência de 11 mil candidatos inscri-tos em outros estados, muitos dos

quais podem ter passado para ins-tituições próximas; e muitos porterem avaliado que não foram bemno Exame Nacional de Ensino Mé-dio (Enem), primeira etapa doconcurso da UFRJ.

Mesmo assim a pró-reitora de

Graduação, Belkis Valdman, con-siderou acertado o fato da UFRJutilizar o Enem como primeirafase. “O modelo possibilita queestudantes de norte a sul do paíse de todos os níveis sociais te-nham acesso aos cursos de gra-

duação da UFRJ, que são referên-cia nacional”, definiu ela noPortal da UFRJ.

No dia 17 de fevereiro, a UFRJdivulgará a relação dos candidatosque terão as provas da segunda eta-pa corrigidas.

Maquete: Divulgação

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Sábado, 6Sábado, 6Sábado, 6Sábado, 6Sábado, 6Simpatia É Quase Amor (Ipanema) – Saída da

Praça General Osório (Rua Teixeira de Melo), seguindopela Rua Vieira Souto (pista de edificações) até a RuaHenrique Dumont. Das 14h às 20h.

Ih, É Carnaval (Urca) – Avenida Pasteur nº 250 atéa Escola Superior de Guerra, retornando pela Pasteuraté o local da concentração. Das 18h às 22h.

Rio Maracatu (Santa Teresa) – O cortejo segue doLargo dos Guimarães até o Largo do Curvelo, ondeencerra o evento. Das 15h às 19h.

Vem Cá Me Dá (Barra) – Entorno da Avenida Mare-chal Henrique Lott, entre as Ruas Jornalista RicardoMarinho e Avenida General Felicíssimo Cardoso atéParque das Rosas. Das 14h às 21h.

Domingo, 7Domingo, 7Domingo, 7Domingo, 7Domingo, 7Escravos da Mauá (Saúde) – Largo de São Francisco

da Prainha, Sacadura Cabral, Avenida Rio Branco, RuaMarechal Floriano, Rua do Acre, retornando pela Saca-dura Cabral até o Largo da Prainha. Das 10h às 17h.

Suvaco do Cristo (Jardim Botânico) – Rua JardimBotânico, Rua Faro até a Praça Santos Dumont. Das 8hàs 13h.

Pode Vir Que Tá Legal (Praça Seca) – Pracinha doIpase. Das 15h às 19h.

Fuzuê da Ilha (Ilha do Governador) – O trajeto dobloco será realizado apenas na Rua Uca. Das 13h às19h.

Quinta-feira, 11Quinta-feira, 11Quinta-feira, 11Quinta-feira, 11Quinta-feira, 11Banda da Rua do Mercado (Centro) – Rua do Mer-

cado, Travessa do Comércio, Rua 7 de Setembro, Rua daQuitanda, Rua do Rosário, Rua Buenos Aires, CCBB,Centro Cultural dos Correios, Rua do Mercado. Das 16hàs 22h.

Sexta-feira, 12Sexta-feira, 12Sexta-feira, 12Sexta-feira, 12Sexta-feira, 12Concentra Mas Não Sai (Laranjeiras) – Apresenta-

ção no palco montado em frente ao nº 54 da RuaYpiranga, sem deslocamento. Das 18h às 23h.

Bloco do Mocotó (Campinho) – Dias 12, 16 e 20. Obloco se apresentará na Travessa Pinto Teles, das 18h às2h.

Bloco dos Aposentados (Centro) – Avenida Rio Bran-co, entre a Candelária e a Cinelândia, onde dispersa.Das 15h às 19h.

Carmelitas (Santa Teresa) – Sai da Rua Dias deBarros. Das 14h às 19h.

Afroreggae Lapa (Arcos da Lapa) – Trio Elétrico/Palco. Das 19h à meia-noite.

Você Não Vale Nada, Mas Eu Gosto de Você (Irajá) –Estrada da Água Grande, entre a Praça São João Berch-mans (Fábrica de Cimento Irajá) e o SupermercadoIntercontinental. Das 19h às 22h.

Sábado,13Sábado,13Sábado,13Sábado,13Sábado,13Cordão da Bola Preta (Centro) – Avenida Rio Bran-

co, da Cinelândia até o cruzamento com a PresidenteVargas. Das 7h30 às 15h.

Carioca da Gema (Lapa) – Rua do Lavradio, Rua

ROTEIRO DE BLOCOS

O carnaval oficialmente começa dia 13 defevereiro, mas desde o réveillon os foliões esquen-tam os tamborins. Muitos blocos arrastam milha-res pela cidade nos fins de semana, e os ensaios dasescolas de samba estão pegando fogo. Cerca de 719mil pessoas estiveram no Rio no carnaval em2009, e a expectativa deste ano é de 2,5 milhões. APrefeitura promete 4 mil banheiros químicos emais organização. No sábado, 13, às 7h, o Cordãoda Bola Preta, que completou 91 anos de idade,abre a folia na rua. O evento é considerado areferência do carnaval carioca reunindo públicode todas as idades e nunca menos que umamultidão de cerca de 1.200.000 pessoas.

As 12 escolas do Grupo Especial desfilarão nosdias 14 e 15 de fevereiro. Já os blocos de rua —oficialmente foram 465 cadastrados pela Prefeitu-ra — desfilam até o dia 21. O carnaval é a maiormanifestação popular do mundo, por isso apre-sentamos um roteiro para todos os gostos. OCacique de Ramos, o mais tradicional bloco deembalo da cidade, desfila na Avenida Rio Branconos três dias de carnaval. A concentração é naesquina da Avenida Rio Branco com PresidenteVargas, às 20h. O mesmo roteiro (local e horário)cumprirá o não menos lendário Bafo da Onça.

dos Arcos até a Praça Cardeal Câmara, em frente à Fundi-ção Progresso. Das 15h às 21h.

Banda do Largo da 2ª Feira (Tijuca) – Conde deBonfim, Haddock Lobo, Campos Sales, S. Fco. Xa-vier, Delgado de Carvalho, Barão de Itapagipe, Fe-lix da Cunha, dispersando no Largo da 2ª feira. Das14h às 20h.

Me Leva Que Eu Vou (Vila Isabel) – Boulevard 28 desetembro, Visconde de Abaeté até a Praça Barão de Drum-mond. Das 20h à meia-noite.

Barbas (Botafogo) – Rua Arnaldo Quintela, Rua daPassagem, até o cruzamento com a Álvaro Ramos. 13hàs 19h.

Banda de Ipanema (Ipanema) – Rua Gomes Carneiro,Avenida Vieira Souto, Rua Joana Angélica, Rua Visconde dePirajá, até a Praça General Osório, onde acontece o encer-ramento. Das 16h às 22h.

Domingo,14Domingo,14Domingo,14Domingo,14Domingo,14Cordão do Boitatá (Centro) – Rua do Mercado, Praça

XV, Rua 7 de setembro, Rua do Carmo, Rua da Assembleia,Rua Dom Manuel, retornando a Praça XV, onde estarámontado um palco no qual acontece o baile de encerra-mento. Das 7h às 16h.

Se Tu Fô Eu Vô (Campo Grande) – Professor Gonçalves,Augusto Vasconcelos até a Jiçara, retornando ao ponto deconcentração. Das 16h às 22h.

Cachorro Cansado (Flamengo) – Rua Marquês deAbrantes, Rua Marques do Paraná, Rua Senador Vergueiro,Rua Barão do Flamengo, onde dispersa. Das 15h às 21h.

Segunda-feira,15Segunda-feira,15Segunda-feira,15Segunda-feira,15Segunda-feira,15Tôkitô Zureta (Cohab Realengo) – Praça Central da

Cohab, passa por diversas ruas, retornando ao local desaída. Das 14h às 20h.

Afoxé Filhos de Gandhi (Copacabana) – Avenida Atlân-tica, pista junto à praia, do Posto 6 ao Posto 3, pela área delazer. Das 13h às 18h.

Volta, Alice (Laranjeiras) – Rua Alice, da esquina comRua das Laranjeiras até a esquina com Rua Mário Portela.Das 8h às 13h.

Terça-feira,16Terça-feira,16Terça-feira,16Terça-feira,16Terça-feira,16Bafafá (Ipanema) – O bloco não desfila, apenas se

apresenta em palco montado na areia da Praia de Ipane-ma, em frente ao Posto 9. Das 15h às 21h.

Chupa Mas Não Baba (Vila Isabel) – Boulervard 28 deSetembro, entre o nº 1351 e a Praça Barão de Drummond.Das 15h às 21h.

Bloco da Pichação (Bangu) – Rua Fonseca, Rua SantaCecília até a Avenida Cônego de Vasconcelos, Rua OliveiraRibeiro, retornando à Rua Fonseca até o local de concen-tração. Das 15h às 21h.

Domingo, 21Domingo, 21Domingo, 21Domingo, 21Domingo, 21Bloco da Ribeira (Ilha do Governador)– Praça Iaiá

Garcia, passa por várias ruas, e retorna à Praça, onde encer-ra. Das 10h às 16h.

Monobloco (Centro) – Avenida Rio Branco, esquinacom Presidente Vargas. Segue pela Avenida Rio Branco atéa Cinelândia. Das 8h às 15h.

Fotos: Divulgação

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ÚLTIMAPÁGINA

A democracia haitiana nas-ceu há um instante. No seu brevetempo de vida, esta criatura fa-minta e doentia não recebeu se-não bofetadas. Era uma recém-nascida, nos dias de festa de 1991,quando foi assassinada pela quar-telada do general Raoul Cedras.Três anos mais tarde, ressuscitou.Depois de haver posto e retiradotantos ditadores militares, os Es-tados Unidos retiraram e puse-ram o presidente Jean-BertrandAristide, que havia sido o primei-ro governante eleito por voto po-pular em toda a história do Haitie que tivera a louca ideia de que-rer um país menos injusto.

O voto e o vetoO voto e o vetoO voto e o vetoO voto e o vetoO voto e o vetoPara apagar as pegadas da par-

ticipação estadunidense na dita-dura sangrenta do general Cedras,os fuzileiros navais levaram 160mil páginas dos arquivos secre-tos. Aristide regressou acorrenta-do. Deram-lhe permissão para re-cuperar o governo, mas proibi-ram-lhe o poder. O seu sucessor,René Préval, obteve quase 90 porcento dos votos, mas mais poderdo que Préval tem qualquer che-fete de quarta categoria do FundoMonetário ou do Banco Mun-dial, ainda que o povo haitianonão o tenha eleito com um votosequer.

Mais do que o voto, pode oveto. Veto às reformas: cada vezque Préval, ou algum dos seusministros, pede créditos interna-cionais para dar pão aos famin-tos, letras aos analfabetos ou ter-ra aos camponeses, não recebe res-posta, ou respondem ordenando-lhe: – Recite a lição. E como ogoverno haitiano não acaba deaprender que é preciso desmante-lar os poucos serviços públicos querestam, últimos pobres amparospara um dos povos mais desam-parados do mundo, os professoresdão o exame por perdido.

O álibi demográficoO álibi demográficoO álibi demográficoO álibi demográficoO álibi demográficoEm fins do ano passado, qua-

tro deputados alemães visitaramo Haiti. Mal chegaram, a misériado povo feriu-lhes os olhos. En-

POR EDUARDO GALEANO

tão o embaixador da Alemanha ex-plicou-lhe, em Port-au-Prince, qualé o problema: – Este é um paíssuperpovoado, disse ele. A mulherhaitiana sempre quer e o homemhaitiano sempre pode.

E riu. Os deputados calaram-se.Nessa noite, um deles, WinfriedWolf, consultou os números. Ecomprovou que o Haiti é, com ElSalvador, o país mais superpovoadodas Américas, mas está tão superpo-voado quanto a Alemanha: temquase a mesma quantidade de ha-bitantes por quilômetro quadrado.

Durante os seus dias no Haiti, odeputado Wolf não só foi golpeadopela miséria, como também foi des-lumbrado pela capacidade de bele-za dos pintores populares. E chegouà conclusão de que o Haiti estásuperpovoado... de artistas.Na realidade, o álibi demográfico émais ou menos recente. Até há al-guns anos, as potências ocidentaisfalavam mais claro.

A tradição racistaA tradição racistaA tradição racistaA tradição racistaA tradição racistaOs Estados Unidos invadiram o

Haiti em 1915 e governaram o paísaté 1934. Retiraram-se quandoconseguiram os seus dois objetivos:cobrar as dívidas do City Bank eabolir o artigo constitucional queproibia vender plantações aos es-trangeiros. Então Robert Lansing,secretário de Estado, justificou a

castigar o escravo, que não mostra-va o menor entusiasmo na hora decumprir com o desígnio divino.Karl von Linneo, contemporâneode Montesquieu, havia retratado onegro com precisão científica: “Va-gabundo, preguiçoso, negligente,indolente e de costumes dissolu-tos.” Mais generosamente, outrocontemporâneo, David Hume, ha-via comprovado que o negro “podedesenvolver certas habilidades hu-manas, tal como o papagaio quefala algumas palavras”.

A humilhação imperdoávelA humilhação imperdoávelA humilhação imperdoávelA humilhação imperdoávelA humilhação imperdoávelEm 1803 os negros do Haiti

deram uma tremenda sova nas tro-pas de Napoleão Bonaparte e a Eu-ropa jamais perdoou esta humi-lhação infligida à raça branca. OHaiti foi o primeiro país livre dasAméricas. Os Estados Unidos ti-nham conquistado antes a sua in-dependência, mas meio milhão deescravos trabalhavam nas planta-ções de algodão e de tabaco. Jeffer-son, que era dono de escravos, diziaque todos os homens são iguais,mas também dizia que os negrosforam, são e serão inferiores.

A bandeira dos homens livreslevantou-se sobre as ruínas. A terrahaitiana fora devastada pela mo-nocultura do açúcar e arrasada pe-las calamidades da guerra contra aFrança, e um terço da população

havia caído no combate. Entãocomeçou o bloqueio. A nação re-cém nascida foi condenada à so-lidão. Ninguém comprava doHaiti, ninguém vendia, ninguémreconhecia a nova nação.

O delito da dignidadeO delito da dignidadeO delito da dignidadeO delito da dignidadeO delito da dignidadeNem sequer Simón Bolívar,

que tão valente soube ser, teve acoragem de firmar o reconheci-mento diplomático do país ne-gro. Bolívar conseguiu reiniciara sua luta pela independênciaamericana, quando a Espanha jáo havia derrotado, graças ao apoiodo Haiti. O governo haitiano ha-via-lhe entregue sete naves e mui-tas armas e soldados, com a úni-ca condição de que Bolívar liber-tasse os escravos, uma ideia quenão havia ocorrido ao Libertador.Bolívar cumpriu com este com-promisso, mas depois da sua vitó-ria, quando já governava a Gran-de Colômbia, deu as costas aopaís que o havia salvo. E quandoconvocou as nações americanas àreunião do Panamá, não convi-dou o Haiti, mas convidou a In-glaterra.

Os Estados Unidos reconhe-ceram o Haiti apenas sessentaanos depois do fim da guerra deindependência, enquanto Etien-ne Serres, um gênio francês daanatomia, descobria em Parisque os negros são primitivos por-que têm pouca distância entre oumbigo e o pênis. A essa altura,o Haiti já estava em mãos deditaduras militares carniceiras,que destinavam os famélicos re-cursos do país ao pagamento dadívida francesa. A Europa haviaimposto ao Haiti a obrigação depagar à França uma indeniza-ção gigantesca, a modo de perdapor haver cometido o delito dadignidade.

A história do assédio contra oHaiti, que nos nossos dias temdimensões de tragédia, é tambémuma história do racismo na civi-lização ocidental.

Artigo do escritor uruguaio,publicado nos site ResumenLatinoamericano, Resistir.infoe o blog Viomundo

longa e feroz ocupação militar ex-plicando que a raça negra é inca-paz de governar-se a si própria, quetem “uma tendência inerente àvida selvagem e uma incapacidadefísica de civilização”. Um dos res-ponsáveis da invasão, William Phi-lips, havia incubado tempos antesa ideia sagaz: “Este é um povo in-ferior, incapaz de conservar a civi-lização que haviam deixado osfranceses.”

O Haiti fora a pérola da coroa,a colônia mais rica da França: umagrande plantação de açúcar, commão de obra escrava. No Espíritodas Leis, Montesquieu havia expli-cado sem papas na língua: “O açú-car seria demasiado caro se os es-cravos não trabalhassem na sua pro-dução. Os referidos escravos são ne-gros desde os pés até à cabeça e têmo nariz tão achatado que é quaseimpossível deles ter pena. Torna-seimpensável que Deus, que é um sermuito sábio, tenha posto umaalma, e sobretudo uma alma boa,num corpo inteiramente negro.”

Em contrapartida, Deus haviaposto um açoite na mão do capa-taz. Os escravos não se distinguiampela sua vontade de trabalhar. Osnegros eram escravos por naturezae vagos também por natureza, e anatureza, cúmplice da ordem so-cial, era obra de Deus: o escravodevia servir o amo e o amo devia

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