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IFRS – Concurso Público Edital 02/2012 – Caderno de Provas – Língua Portuguesa e Língua Espanhola
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LÍNGUA PORTUGUESA Leia o texto abaixo e responda às questões propostas 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Viajar para dentro
Os brasileiros estão viajando mais. Pouco importa o destino: a verdade é que os pacotes turísticos e as passagens mais baratas estão tirando as pessoas de casa. Muita gente lucra com isso, como os donos de hotéis, restaurantes, locadoras de automóveis e comércio em geral. Alguém perde? Talvez os psicanalistas. Poucas coisas são tão terapêuticas como sair do casulo. Enquanto os ônibus, trens e aviões continuarem lotados, os divãs correm o risco de ficar às moscas.
Viajar não é sinônimo de férias, somente. Não basta encher o carro com guarda-sol, cadeirinhas, isopores e travesseiros e rumar em direção a uma praia suja e superlotada. Isso não é viajar, é veranear. Viajar é outra coisa. Viajar é transportar-se sem muita bagagem para melhor receber o que as andanças têm a oferecer. Viajar é despir-se de si mesmo, dos hábitos cotidianos, das reações previsíveis, da rotina imutável, e renascer virgem e curioso, aberto ao que lhe vai ser ensinado. Viajar é tornar-se um desconhecido e aproveitar as vantagens do anonimato. Viajar é olhar para dentro e desmascarar-se.
Pode acontecer em Paris ou em Trancoso, em Tóquio ou em Rio Pardo. São férias, sim, mas não só do trabalho: são férias de você. Um museu, um mergulho, um rosto novo, um sabor diferente, uma caminhada solitária, tudo vira escola. Desacompanhado, ou com um amigo, uma namorada, aprende-se a valorizar a solidão. Em excursão, não. Turmas se protegem, não desfazem vínculos, e viajar requer liberdade para arriscar. Viajando, você come bacon no café da manhã, passeia na chuva, vai ao super de bicicleta, faz confidências a quem nunca viu antes. Viajando, você dorme na grama, usa banheiro público, anda em lombo de burro, costura os próprios botões. Viajando, você erra na pronúncia, usa colar de conchas, troca horários, dirige do lado direito do carro. Viajando, você é reinventado.
É impactante ver a Torre Eiffel de pertinho, os prédios de Manhattan, o lago
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Como, o Pelourinho. Mas ver não é só o que interessa numa viagem. Sair de casa é a oportunidade de sermos estrangeiros e independentes, e essa é a chave para aniquilar tabus. A maioria de nossos medos são herdados. Viajando é que descobrimos nossa coragem e atrevimento, nosso instinto de sobrevivência e conhecimento. Viajar minimiza preconceitos. Viajantes não têm endereço, partido político ou classe social. São aventureiros em tempo integral.
Viaja-se mais no Brasil, dizem as reportagens. Espero que sim. Mas que cada turista saiba espiar também as próprias reações diante do novo, do inesperado, de tudo o que não estava programado. O que a gente é, de verdade, nunca é revelado nas fotos. Adaptado de : MEDEIROS, Martha. Viajar para dentro, in Trem-Bala, L&PM Pocket, 2011
1. Assinale a alternativa correta, de acordo com o texto.
A) Uma viagem, que oportunize boas experiências e crescimento ao indivíduo, tem benefícios equivalentes ao aprendizado adquirido nos bancos escolares.
B) Considerados estatisticamente, os exemplos oferecidos pela autora levam a concluir que ela vê mais oportunidades de aproveitamento e fruição em viagens para o estrangeiro do que em viagens dentro do território nacional.
C) Para alcançarem-‐se os efeitos benéficos que uma viagem pode oferecer ao indivíduo, é preferível que ele viaje anônimo, possibilitando, assim, uma completa sensação de liberdade.
D) As pessoas que têm o hábito de viajar são mais despojadas e corajosas, tornando-‐se isentas de medos e preconceitos.
E) Viajar equipara as pessoas, na medida em que elas abandonam, de certa forma, suas peculiaridades originais.
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2. Assinale a passagem que melhor refere o tema do texto.
A) Os brasileiros estão viajando mais. (l. 01)
B) Poucas coisas são tão terapêuticas quanto sair do casulo. (l. 08-‐10)
C) São férias, sim, mas não só do trabalho. (l. 30-‐31)
D) Mas ver não é só o que interessa numa viagem. (l. 51-‐52)
E) O que a gente é, de verdade, nunca é revelado nas fotos. (l. 67-‐68)
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3. Considere as afirmativas abaixo, com relação ao texto. I. Desmascarar-‐se (l.28) significa “abandonar as suas hipocrisias”.
II. Uma boa viagem equivale a uma psicoterapia, já que seus efeitos são os mesmos.
III. Tramandaí ou Capão da Canoa, por exemplo, poderiam ser destinos para a viagem recomendada pela autora.
Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III. _______________________________________________ 4. Considere as propostas de deslocamento da palavra “somente” na frase Viajar não é sinônimo de férias, somente. (l. 14). I. Para antes de Viajar. II. Para entre Viajar e não. III. Para entre é e sinônimo. Quais podem manter o significado da frase original? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III. _______________________________________________ 5. Considere a passagem Em excursão, não. Turmas se protegem (l. 37). Se o ponto final que há entre não e Turmas fosse substituído por uma vírgula, quatro das palavras ou expressões abaixo poderiam ser inseridas logo após essa vírgula, mantendo o significado original da passagem, EXCETO uma. Assinale-‐a. A) conquanto B) visto que C) já que D) porquanto E) uma vez que ______________________________________________ 6. Considere as propostas de substituição, no texto, para a passagem ao que lhe vai ser ensinado. (l. 24-‐25). I. a influência nova qualquer. II. a quase totalidade de eventos do mundo. III. a toda a gama de conhecimentos. Quais devem ter acrescentado o acento grave, indicativo da ocorrência de crase, sobre a palavra sublinhada? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III.
7. Considere as afirmações abaixo, em relação à pontuação do texto. I. O motivo de emprego das vírgulas que estão antes e depois de restaurantes (l. 06) é o mesmo das que estão antes e depois de do inesperado (l. 66). II. A vírgula após lotados (l. 11) justifica-‐se pelo mesmo motivo da que está após viajando (l. 39). III. O motivo de emprego da vírgula que está após vínculos (l.38) é o mesmo da que está após independentes (l. 54). Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas I e II. C) Apenas I e III. D) Apenas II e III. E) I, II e III. ______________________________________________ 8. Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas da frase. Mantém aceso o ideal sempre lutamos e próximos os parceiros, sonhos tanto convivemos e eu. A) com o qual de quem nos você B) para o qual em cujos os você C) pelo qual com cujos você D) por que com cujos tu E) com que em cujos os tu ______________________________________________ 9. Considere as frases abaixo, em relação à sua correção gramatical. I. Discussões houve, é verdade; todavia, hoje reina o consenso. II. Entre eu e tu, não há mais dívidas: estou quite contigo. III. Senhores jornalistas, a secretária do deputado solicitou às policiais que entregassem elas mesmas o documento a Vossa Excelência. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III. ______________________________________________ 10. Considere as frases abaixo, em relação à sua correção gramatical. I. Bastantes motivos já devia haver para que interpuséssemos uma medida de segurança. II. Era talvez meio-‐dia e meia quando o jurista expôs sua opinião acerca do processo. III. Vimos, por este meio, requerer a Vossa Senhoria que assessore seus funcionários em tarefa tão árdua. Quais estão corretas? A) Apenas I. B) Apenas II. C) Apenas III. D) Apenas I e II. E) Apenas II e III.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS La lengua, entre dueños y hablantes POR LEONOR ACUÑA Si la lengua tiene un dueño, ¿cuáles son las consecuencias de eso? ¿El dueño puede impedir que otros la usen? ¿Puede ponerla en venta, alquilarla, retirarla del mercado? ¿Cómo hacen los hablantes para usarla? ¿Tienen que pedir permiso? El desarrollo argentino de la enseñanza del español a alumnos extranjeros reavivó disputas sobre la lengua que estaban quietas desde hacía unas décadas. En las polémicas decimonónicas, Juan Bautista Alberdi, Juan María Gutiérrez y Domingo F. Sarmiento contribuyeron a establecer nuestro derecho a hablar y a escribir como argentinos. Cuestionaban la autoridad peninsular para legislar, opinar y criticar nuestros usos lingüísticos. Unos años más tarde, Jorge Luis Borges enfrenta las críticas de Américo Castro, compara las variedades española y argentina y derrota burlonamente a la peninsular. En la década de 1980 se inicia el desarrollo de la enseñanza del español como lengua segunda y extranjera (ELSE). Casi sin saberlo, los profesores ocuparon un lugar decisivo en la vieja disputa cuando obviaron la gramática escolar y definieron las reglas que ordenaban el voseo, los usos de los tiempos pasados, los pronombres de objeto directo e indirecto e incluyeron el léxico argentino en sus materiales de aula. Podríamos decir que la pelea por la lengua se desarrolla actualmente en tres escenarios diferentes con tres comunidades de hablantes distintas: a) los especialistas de ELSE que reclaman un lugar para las variedades dialectales americanas, fuera de las directrices académicas peninsulares, b) la escuela brasileña que debe garantizar la oferta de enseñanza de español en su nivel medio y c) los pueblos aborígenes argentinos que reclaman su derecho a ser bilingües. 11. Elige la alternativa que completa los paréntesis con la respectiva evaluación de las aserciones en (V) verdaderas o (F) falsas, teniendo en cuenta el texto de la lingüista Leonor Acuña, publicado el 02 de septiembre del pasado año en la Revista Ñ del diario argentino Clarín: ( ) En los años 80, en Argentina, se hizo necesaria la creación y expansión de cursos de enseñanza de la lengua hablada allí. En ese marco, la variedad argentina del español, al mismo tiempo que se afianzaba en el aula, convivía con la inseguridad lingüística, arrastrada hasta hoy, de lo que sería el ‘verdadero español’ a ser enseñado. De eso se podría extender que cuestiones como la diferencia entre los términos ‘castellano’ y ‘español’, el decir propio de los argentinos de que ‘en la Argentina se habla mal’ o la idea común de que la auténtica lengua española es ‘la lengua de Cervantes’ son problemas que las variedades lingüísticas generan aún actualmente en lo que a la enseñanza de la lengua se refiere.
( ) La ley 11.161, del 5 de agosto de 2005, que estableció la obligatoriedad de la oferta de la enseñanza del español en la escuela media brasileña es mencionada en el artículo de Acuña, aunque implícitamente, cuando se hace referencia al lugar que el español estándar ha logrado en el contexto actual de la enseñanza en Brasil.
( ) Hay que tener en cuenta que existe una gran cantidad de hablantes de lenguas indígenas en la Argentina, pese a que se supone que la lengua materna de todos los estudiantes es el español. Tal práctica conlleva a consecuencias negativas para los niños y su aprendizaje. El no planteamiento de la enseñanza del español como lengua segunda, en esos casos, es un problema presentado por la legislación vigente, la cual no prevé el derecho de los hablantes a ser bilingües.
( ) En el escenario argentino la ELSE se ve, hoy en día, insertada en una región multilingüe y, por lo tanto, tiene una mirada amplia, que abarca a todas las lenguas – sea de aborígenes, sea de extranjeros. A la vez, muestra una identidad lingüística propia frente a la peninsular y establece una relación de cooperación con Brasil.
A) V – V – V – V B) V – F – V – V C) F – V – V – V D) F – F – V – V E) V – V – F – F ______________________________________________ 12. Según las palabras de la lingüista argentina, los profesores, en su momento, “obviaron la gramática escolar y definieron las reglas que ordenaban el voseo, los usos de los tiempos pasados, los pronombres de objeto directo e indirecto e incluyeron el léxico argentino en sus materiales de aula”. Con base en esta afirmación, relaciona las columnas de modo que se establezca las diferencias del español porteño frente al peninsular: (A) Argentino – porteño (E) Español – peninsular ( ) preferencia por el ‘leísmo’ ( ) uso del pretérito indefinido en lugar del pretérito perfecto compuesto ( ) el ‘lunfardo’ es característico de esta región ( ) se dice ‘hacelo’ en contraposición a ‘hazlo’ La secuencia correcta, respectivamente, es: A) E – E – A – A B) A – E – A – A C) E – A – A – A D) E – E – A – E E) A – A – E – E
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13. El primer párrafo del artículo de Acuña presenta una serie de cuestionamientos que no sólo exigen del lector una reflexión propia acerca del tema, sino que introducen la temática que será tratada a lo largo del texto. Por otro lado, en cuanto a las propiedades formales, es posible categorizar sintácticamente las oraciones. En ese caso, la tipología oracional nos permite decir que las oraciones interrogativas… ( ) pueden ser clasificadas, según la función de la respuesta que suponen, en polares, alternativas y parciales. Son ejemplos de esas oraciones, respectivamente: ‘¿El dueño puede impedir que otros la usen?’, ‘¿Puede ponerla en venta, alquilarla, retirarla del mercado?’, ‘¿cuáles son las consecuencias de eso?’ ( ) suponen, todas, una indeterminación por parte del hablante y pueden ser tanto directas, como indirectas. Éstas son subordinadas que dependen de un elemento regente que las selecciona. ( ) se distinguen, por sus particularidades prosódicas, de las oraciones enunciativas que, a su vez, se caracterizan por una entonación no marcada. ( ) parciales se distinguen por la selección del constituyente interrogado, el cual ocupa una posición focal asociada a la inversión del orden sintáctico sujeto-‐verbo. Además, pueden coordinarse. Al juzgar la veracidad de las aserciones, se obtiene la secuencia presentada en: A) V – V – V – F B) V – F – V -‐ F C) V – V – V – V D) V – F – F – V E) F – V – V – F ______________________________________________ 14. Los verbos que sufren el mismo tipo de irregularidad, en presente de indicativo, del que está subrayado en “Si la lengua tiene un dueño…” son: A) sustraer – envejecer – producir B) querer – poder – medir C) agradecer – ser – mentir D) poner – resolver – reducir E) hacer – mantener – conducir ______________________________________________ 15. Domingo Faustino Sarmiento, paraguayo que llegó a presidir la Argentina en el siglo XIX, citado en el artículo publicado en Clarín, es el autor de la obra intitulada ____________, en la que se encuentra una base ideológica del proyecto de nación argentina. Entre las obras propuestas en las alternativas, la que llena correctamente el hueco es: A) Facundo B) El idioma de los argentinos C) Aspectos del vivir hispánico D) Martín Fierro E) Don Segundo Sombra
16. É sabido que o Ministério da Educação (MEC-‐BRASIL) disponibiliza gratuitamente às escolas públicas livros didáticos que são selecionados pelo PNLD (Plano Nacional do Livro Didático). Nesse sentido, visando a atender à legislação brasileira, ditos livros parecem se adaptar às orientações de documentos oficiais como os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais). Em relação ao que apregoa o referido documento para o ensino de Línguas Estrangeiras Modernas (LEM) no Ensino Médio, considere as seguintes proposições: I. Sugere uma concepção de ensino de línguas que vai
além das práticas mecanicistas, o que favorece uma apropriação efetiva do conhecimento por parte do estudante. Isso significa que este é visto como participante ativo da sua própria aprendizagem. II. Recomenda que o ensino de LEM tenha caráter
integrador, formando um conjunto de interesses e conhecimentos que possam ser compartilhados com diferentes disciplinas e, também, incorporando as necessidades da realidade ao currículo. III. Fundamenta-‐se numa perspectiva comunicativa da língua, da qual se ressalta o termo competência comunicativa, o qual indica que ensinar ao aluno as quatro destrezas linguísticas básicas (entender, falar, ler e escrever) significa torná-‐lo um cidadão crítico e participativo na sociedade em que atua. IV. Baseia-‐se em ideias de teóricos como Bakhtin, ao expor que é na prática social que se dão as trocas linguísticas, nas quais os sentidos são compartilhados e (re)negociados pelos interlocutores. V. Termos como ‘mercado de trabalho’, ‘mundo globalizado’, ‘avanços tecnológicos’, ‘estereótipos’, ‘preconceitos’ e ‘formação acadêmica’ são abordados neste documento. São corretas: A) I, II, IV e V B) I, II e IV C) I, II e V D) I, III e V E) I, IV e V ______________________________________________ 17. “(…) comunicarse en la LE con adecuación a cada situación, adquirir las cuatro destrezas (entender, hablar, leer y escribir), aprender el vocabulario y las estructuras necesarias a las situaciones planteadas, que se eligen según las necesidades de los alumnos. Además de tener en cuenta la corrección lingüística, se valora también la adecuación a la situación y al contexto, lo cual supone la participación activa y la interacción de los estudiantes” son las prioridades, de acuerdo con Eres Fernández (2010, p. 79), del: A) Método Gramática y Traducción B) Enfoque Humanista C) Método Directo D) Enfoque por Tareas E) Enfoque Nocional-‐Funcional
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18. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN, 2000), são fatores que influenciaram no descumprimento do caráter prático que segundo a legislação da primeira metade do século XXI deveria possuir o ensino de línguas estrangeiras vivas, EXCETO: A) a escassez de materiais didáticos que realmente estimulassem o ensino-‐aprendizagem de tais línguas, ou, quando encontrados, o alto custo para a sua aquisição B) as funções que lhes eram atribuídas, como por exemplo, a de veículo comunicativo ou de fonte de conhecimento C) a falta de professores com formação específica na área e reduzido número de horas reservado ao estudo das línguas estrangeiras D) a carência de outras línguas que fossem ofertadas, além do inglês E) a forma como as aulas eram administradas, com um padrão repetitivo que não valorizava os conteúdos fundamentais para a formação educacional dos estudantes ______________________________________________ 19. “Los sentidos de los términos abordaje, enfoque, método, metodología, material didáctico y libro de texto muchas veces se confunden; algunos se emplean como sinónimos de otros; hay casos en que se les atribuyen sentidos que no les corresponden en el ámbito de la enseñanza y aprendizaje de idiomas o incluso se entrecruzan los significados que pueden tener en español y en portugués. (…) De ahí que sea fundamental tener claros los significados, alcance y aplicación de cada uno de esos conceptos pues, en última instancia, nuestras creencias sobre el proceso de enseñar y aprender, sobre qué elementos facilitan o no el aprendizaje de idiomas, sobre qué técnicas y procedimientos debemos seguir en los cursos, sobre qué, cuándo, cómo y por qué evaluar a los estudiantes están estrechamente vinculadas a las concepciones que tenemos sobre el significado de la enseñanza de lenguas extranjeras (LE).”
Gretel Eres Fernández (2010) De acuerdo con lo que la educadora Eres Fernández propone en su capítulo sobre enfoques y métodos en la enseñanza de español lengua extranjera, publicado en la Coleção Explorando o Ensino del Ministério da Educação – Brasil se relata que El término ‘enfoque’, relacionado al modo de entender, adoptar y (re)elaborar principios educativos no debe ser reemplazado por el vocablo ‘abordaje’ PORQUE tal vocablo no se aplica al contexto educativo. De lo expuesto se puede concluir que: A) Las dos afirmaciones son verdaderas, pero la segunda no es una justificación para la primera B) La primera afirmación es verdadera, pero la segunda es falsa C) La primera afirmación es falsa, pero no así la segunda D) Las dos afirmaciones son falsas E) Las dos afirmaciones son verdaderas y la segunda es la justificación de la primera
20. “En el campo de la psicología se ha debatido durante décadas si es mayor la influencia de la cognición interna o la del entorno sobre el aprendizaje de los individuos. En los intentos de buscar una teoría que explique el aprendizaje de las lenguas también vemos evidencia de este debate […] ¿Cuál ejerce una influencia mayor; la cognición o las relaciones socioculturales?”
GRIFFIN, Kim. Lingüística aplicada a la enseñanza del español como 2/L. Madrid: Arco Libros, 2005.
Partiéndose de la pregunta que nos plantea la autora, relaciona las teorías del lenguaje a su descripción y exponentes máximos: I. Idealismo II. Mentalismo III. Conductismo IV. Ambientalista V. Interaccionista a) Skinner b) Schumann c) Vygotsky d) Sapir-‐Whorf e) Chomsk 1. La relación lenguaje-‐pensamiento tiene como base la interacción entre los individuos 2. La lengua impone al hablante las categorías mentales y la visión de mundo 3. La adquisición de una lengua es un aspecto de la aculturación 4. La lengua es propia de la especie humana, innata y universal 5. La adquisición de la lengua es el resultado de constantes estímulos y respuestas que se dan a partir de la experiencia La relación correcta está expresada en la opción: A) I-‐b-‐3; II-‐e-‐2; III-‐a-‐5; IV-‐d-‐4; V-‐c-‐1 B) I-‐b-‐2; II-‐e-‐4; III-‐d-‐5; IV-‐c-‐3; V-‐a-‐1 C) I-‐d-‐4; II-‐a-‐5; III-‐b-‐2; IV-‐c-‐1; V-‐e-‐3 D) I-‐d-‐2; II-‐e-‐4; III-‐a-‐5; IV-‐b-‐3; V-‐c-‐1 E) I-‐b-‐2; II-‐e-‐4; III-‐a-‐5; IV-‐d-‐3; V-‐c-‐1 ______________________________________________ 21. Julio Cortázar, uno de los exponentes del boom latinoamericano -‐ renovación en la literatura latinoamericana que sucedió en los años 60 -‐ en una entrevista concedida a Soler Serrano, hace declaraciones sobre lo fantástico en la literatura. En este contexto es posible decir que: A) Entre los demás exponentes del boom latinoamericano están Vargas Llosa, García Márquez, Benedetti y Quevedo B) Rayuela, obra literaria de Julio Cortázar, es un ejemplo de los cánones tradicionales de una novela C) El boom fue un evento de éxito instantáneo y, a la vez, casual, ya que se dio con la revelación de grandes escritores de América que no tenían ningún contacto entre sí D) El lenguaje era usado en forma ilimitada para crear mundos fantásticos, noción que no se diferenciaba, en ese entonces, de la noción de realismo E) Las obras de ese periodo literario reivindicaban la independencia de los países latinoamericanos
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22. Santos Gargallo (2004: 10), en su libro Lingüística Aplicada a la enseñanza-‐aprendizaje del español, define dicha disciplina como “científica, mediadora entre el campo de la actividad teórica y práctica, interdisciplinar y educativa, orientada a la resolución de problemas que plantea el uso del lenguaje en el seno de una comunidad lingüística”. Acerca de esa definición de Lingüística Aplicada (LA) es posible afirmar que, EXCEPTO: A) los problemas de los que se ocupa la LA tienen como denominador común el componente lingüístico B) el carácter científico de la LA se debe a los métodos e instrumentos propios, usados para llevar a cabo las investigaciones C) la LA es multifacética, en el sentido de que sus temas de investigación adoptan aportaciones de otras disciplinas D) el aspecto educativo de la LA está relacionado con su objetivo más evidente, que es la enseñanza/aprendizaje de lenguas E) en la LA se hace uso de conocimientos lingüísticos, psicológicos y/o sociales a fin de resolver problemas reales ______________________________________________ 23. La novela hispanoamericana tiene como temas principales la memoria, la historia y la imaginación. Carlos Fuentes, el gran escritor y pensador mexicano, es uno de los mayores nombres que la representan. Sobre el autor y las características literarias de la novela hispanoamericana, juzga las aserciones que siguen. I. Es posible detectar, en la producción de Carlos
Fuentes, un intento por comprender la historia e identidad cultural hispanoamericana a partir de la idea de que el Nuevo Mundo no fue descubierto, sino inventado, imaginado.
II. La literatura representada por la novela hispanoamericana es una mimesis de la realidad; la historia de los pueblos es revivida a través de la descripción de los grandes hechos pasados.
III. Fuentes ha sido fiel a lo que caracteriza a los latinoamericanos. En ese sentido, creó una forma imaginativa de hacer novela. Así, se dice que la novela no muestra ni demuestra al mundo, sino que le agrega algo.
Es/son correcta(s): A) I B) III C) II y III D) I y II E) I y III
24. Conforme considera Baptista (2010), no capítulo Traçando caminhos: letramento, letramento crítico e ensino de espanhol, um dos objetivos da escola no âmbito brasileiro é viabilizar a participação dos alunos nas práticas letradas. Assim, pressupõe-‐se que o letramento crítico... A) possibilita que os alunos façam questionamentos a partir da observação dos diferentes significados que são construídos nos textos, inclusive os veiculados em língua estrangeira, produzidos em uma sociedade letrada, a fim de que sigam um modelo para atuar como sujeitos sociais em outras sociedades. B) pressupõe criar condições para que os estudantes avaliem diferentes discursos anistóricos que circulam na sociedade, materializados em língua estrangeira, os quais devem levar os leitores habilidosos à reflexão com o propósito de minimizar sua visão ingênua das diferentes representações de poder que se constituem na linguagem. C) prevê que o ensino de língua estrangeira – incluída, aqui, a língua espanhola – esteja vinculado à sociedade na qual se insere, às ideologias e estruturas de poder desse entorno e que permita desenvolver o espírito crítico dos alunos para avaliar os textos que nela circulam, levando em consideração as finalidades e intencionalidades que estes apresentam. D) questiona a noção de neutralidade linguística e discursiva, outorgando à língua uma função educativa, no sentido de que contribui para que o aluno construa seu conhecimento sobre a sociedade e os discursos que dela emergem, considerando-‐se que tal língua é um veículo de transmissão de conteúdos com fins comunicativos. E) implica refletir sobre valores legitimados nos diversos contextos comunicativos e interativos, através da interpretação da realidade, de si e do outro para, então, promover ações que, mediadas pelo uso da língua estrangeira, simulem a participação dos estudantes na sociedade em que estão inseridos. ______________________________________________ 25. Sobre la fonética del español, García Jurado (2005) hace comentarios referentes al ritmo del habla de la lengua española. Del tema mencionado, se hace las afirmaciones que siguen: I. El español ha sido, tradicionalmente, clasificado como una
lengua de ritmo silábico. II. El ritmo de la lengua española se caracteriza por una
regularidad temporal entre acentos. III. La forma como los diferentes rasgos fonéticos y fonológicos se organizan producen diferentes tipos de ritmos, lo que puede llevar a una nueva clasificación de la lengua española en cuanto a ese aspecto. IV. Son las características propias del habla las que llevan la lengua española a organizarse de diferentes modos rítmicamente. De las afirmaciones, es (son) correcta(s): A) I B) I, II y IV C) III y IV D) II, III y IV E) II
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Para responder as questões 26 a 30, baseie-‐se no texto abaixo. 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
TEXTO I A geração Homo Zappiens
Você ainda sai para trabalhar todos os dias? Você acorda de manhã, toma o café, se veste e vai para algum lugar de trem, moto, ônibus ou carro. Lá você realiza algumas atividades que chama de “trabalho”. Por exemplo: você fala com crianças o dia inteiro e tenta ensinar-‐lhes sobre o funcionamento do mundo ao seu redor. À noite, você volta para casa, janta e aí tem um pouco de tempo para si próprio. Por fim, depois de um longo dia, você vai dormir, sentindo que contribuiu com sua parte para o mundo. Se tivéssemos de explicar o mundo digital para o leitor, poderíamos dizer que ele é bem parecido com a descrição do mundo real que acabamos de fazer, exceto que você não precisa se vestir nem sair, e talvez parte do seu trabalho pudesse ser feito ____ noite. Temos tudo o que precisamos para nos comunicar com quase qualquer pessoa, em qualquer parte do mundo, sem sair de casa. Criamos todo um playground digital para nossas mentes, onde a distância e a aparência parecem não ter mais importância. Quase esquecemos que ainda precisamos comer e que todas essas ferramentas ainda precisam ser produzidas. Então, como isso tudo se mistura, estes nossos mundos físico e digital? Gostaríamos de lhe apresentar o Homo Zappiens, uma geração de seres humanos que cresceram em meio ___ tecnologias digitais e que não sabem que as vidas física e digital estão interligadas. Para eles, físico e digital não são realmente diferentes. As crianças não veem motivo para tratar os amigos de maneira diferente quando conversam com eles pelo computador ou quando conversam com eles cara ___ cara. Elas chamam de amigos algumas pessoas do outro lado do mundo, pois se divertem com elas jogando on-‐line, assim como têm amigos com quem jogar futebol fora de casa. Para lidar com o mundo de hoje, o Homo Zappiens aprendeu a cooperar em redes e negociar sobre as informações e a confiança. Ele trabalha mais em equipe e decide cooperativamente o que é interessante e digno de confiança. Ele não se importa com distância ou língua e, se achar uma determinada explicação muito longa ou muito difícil, vai procurar outra explicação que satisfaça suas necessidades e preferências. Se lembrarmos nossa própria juventude, podemos reconhecer que fizemos o mesmo. O maravilhoso na nova tecnologia digital é que temos mais opções, embora ainda tenhamos de fazer mais escolhas. Os Homo Zapiens saem com uma vantagem em relação aos adultos: eles aceitaram a tecnologia como ferramenta, sem medo, e assim têm mais
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experiência para criar estratégias a fim de lidar com a tecnologia. Um exemplo disso é o modo como lidam com a tecnologia. Os adultos, em geral, tentam entender exatamente como um computador funciona e por que ele seria mais útil do que outros métodos que conhecem. Disseram-‐lhes que ele é mais eficiente e assim eles vão tentar usá-‐lo em seu benefício. O Homo Zappiens decide que um computador funciona e que ele é útil. Se este não lhe for útil, ou se encontrarem algo melhor, eles prontamente vão parar de usá-‐lo. Eles não precisam saber como ele funciona ou como fazê-‐lo funcionar melhor; apenas esperam que ele funcione ou, então, não o utilizarão. À medida que descobrimos os benefícios da tecnologia que criamos, nós, como sociedade, também estamos aprendendo novas estratégias para utilizar essa tecnologia. Os Homo Zappiens estão mostrando-‐nos o caminho para que se mesclem a vida física e a digital. Temos agora o desafio de encontrar um modo de fazer com que o Homo Zappiens se mescle com nossa sociedade de Homo Sapiens. Nossos filhos estão chegando ____ maioridade e já podemos ver que eles esperam que as coisas sejam diferentes. Em sua vida pessoal, na escola e no trabalho, eles esperam poder trabalhar com a tecnologia e as estratégias que desenvolveram. Não podemos esperar que eles aceitem o que nos foi útil quando éramos jovens. O mundo de hoje não é o que era ____ 20 anos. Se lhes dissermos o que sabemos e como era, estamos ensinando-‐lhes história. Se permitirmos que nos mostrem o que existe e como usar isso, eles estarão nos mostrando o futuro.
(Vraking, Ben et al. Adaptado da Revista Pátio, número 45. 2008, p. 60 a 62).
_______________________________________________ 26. A sequência correta do preenchimento das lacunas nas linhas 17, 29, 35, 77 e 84 é: A) à – às – a – à – há B) à – as – a – à – a C) à – às – a – à – a D) a – as – à – a – há E) à – às – à – à – há ______________________________________________ Considere as seguintes frases retiradas do texto. Gostaríamos de lhe apresentar o Homo Zappiens. Se este não lhes for útil, ou se encontrarem algo melhor, eles vão parar de usá-‐lo. 27. Os termos em negrito desempenham, de cima para baixo, as seguintes funções gramaticais: A) Objeto indireto – complemento nominal – objeto direto B) complemento nominal – objeto indireto – objeto direto C) objeto direto – objeto direto – objeto indireto D) complemento nominal – objeto indireto – objeto indireto E) objeto indireto – objeto indireto – objeto direto
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28. Para lidar com o mundo de hoje, o Homo Zappiens aprendeu a cooperar em redes e negociar sobre as informações e a confiança. Como se classifica a oração sublinhada? A) Oração subordinada adverbial causal. B) Oração subordinada adverbial consecutiva. C) Oração subordinada adverbial final. D) Oração coordenada sindética conclusiva. E) Oração coordenada sindética explicativa. ______________________________________________ 29. Assinale V para verdadeiro, ou F para falso ( ) Tanto o homem atual como o Homo Zappiens estão interessados em compreender o funcionamento do computador para desta forma compreender a razão de sua utilidade. ( ) O Homo Zappiens, embora tenha aprendido a cooperar em redes e negociar sobre as informações e a confiança, ainda prefere trabalhar individualmente, visto que a distância e a língua, muitas vezes, são obstáculos difíceis de serem superados. ( ) O texto deixa claro que não há possibilidade do Homo Sapiens e do Homo Zappiens encontrarem um ponto de união, visto que o abismo que os separa neste campo é intransponível devido à diferença dos conceitos que cada um deles têm. ( ) O fato do Homo Zappiens já ter se mesclado ao Homo Sapiens, aponta para o rápido desenvolvimento da tecnologia e o surgimento de um novo tipo de ser humano. A sequência correta é: A) F – F – F – F B) V – F – V – F C) F – F – F – V D) V – V – V – F E) F – F – V – F ______________________________________________ 30. O autor, ao criar a expressão Homo Zappiens, lança mão de um recurso linguístico Denominado: A) assonância B) pleonasmo C) metonímia D) neologismo E) aliteração ______________________________________________
As questões 31 a 33 devem ser respondidas com base no texto abaixo. 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55
O aperfeiçoamento do ensino da língua materna na escola é um tema amplo, que pode ser tratado a partir de questionamentos de ordens diversas. O aprendizado da dissertação breve é um dos tantos aspectos que merecem atenção. Assumindo-‐se a importância do gênero para a formação do aluno, cabe questionar não apenas as formas encontradas por professores para tentar garantir o seu domínio, mas ainda o espaço que ocupa no conjunto das práticas que caracterizam a língua portuguesa ensinada na escola. Não se pode, portanto, pensar no domínio da dissertação breve sem pensar no lugar que ocupa nas práticas escolares. É preciso, portanto, questionar ainda o papel dos outros gêneros no desenvolvimento de habilidades a serem exigidas de modo exemplar na dissertação breve, avaliando em que medida outras práticas importantes estão sendo relegadas a um segundo plano em nome do treino da dissertação breve com vistas ao bom desempenho do aluno em processos seletivos futuros. Por outro lado, não é possível pensar no lugar que deve ocupar a dissertação breve sem reconhecer as peculiaridades do gênero. Forma de expressão sofisticada, a dissertação breve é um texto que se caracteriza por uma densidade que a diferencia dos demais gêneros. Essa densidade, decorrente da necessidade de abordar temas de amplo alcance em espaços de curta extensão, determina uma expectativa de elevada relevância, muito superior à que o redator está acostumado a satisfazer na redação de textos de outros gêneros. Além disso, o caráter meta-‐discursivo do gênero, resultado do esvaziamento de um dos elementos essenciais à produção textual – o propósito discursivo -‐, consiste em mais um elemento a desafiar o redator menos experiente. A conscientização dessas características do gênero é de grande importância para determinar o melhor momento e as melhores circunstâncias pedagógicas para a solicitação da produção de dissertações breves. Essa conscientização cumpre um papel importante ainda no planejamento das atividades que culminam com a redação, especialmente de estratégias de esclarecimento, para que o aluno entenda minimamente o que dele se espera em um texto dissertativo. Importante também é a clareza na correção, que depende do estabelecimento de critérios com contornos bem definidos. Para além da correção gramatical, há uma série de aspectos a serem avaliados em relação à estrutura e ao conteúdo da dissertação breve. A escolha desses critérios costuma orientar-‐se por uma espécie de tradição, com a adoção de termos amplamente conhecidos
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pelos professores, como coerência, coesão, organização de ideias, estrutura do parágrafo. Todos esses termos, e quaisquer outros que possam a vir a ser eleitos ao longo da prática pedagógica, podem colaborar para a orientação de alunos apenas na medida em que forem compreendidos em sua essência pelos professores. Para o aluno, um rótulo para um problema, sem a devida explicação, é apenas um rótulo para um problema. (GOLDNADEL, M., JANOSTIAC, I. O desenvolvimento do tema na dissertação breve: uma perspectiva pragmática . In: ABREU, Sabrina (org.) Reflexões linguísticas e redação no vestibular . Porto Alegre: UFRGS, 2010, p.188/189)
______________________________________________ 31. Considere as afirmações abaixo. ( ) O fato da redação breve possuir uma densidade que a diferencia de outros gêneros relaciona-‐se ao fato de o redator ter de desenvolver temas de grande profundidade num espaço de curta extensão. ( ) O professor, embora existam outros critérios a serem seguidos, deve fixar-‐se na correção gramatical, visto ser ela a mais importante deles. ( ) Torna-‐se necessário, para que a produção de uma dissertação breve atinja os objetivos do educador, que ele questione outros gêneros e o papel que desempenham no desenvolvimento das habilidades do aluno. ( ) Não existe um melhor momento para a solicitação de produções de dissertações breves, as quais devem ser exigidas sempre e continuamente. Assinale V para verdadeira e F para falsa, na ordem que se apresentam as afirmações.
A) V – V – F – V B) F – F – F – F C) F – F – V – F D) F – F – V – V E) V – F – V – F ______________________________________________ 32. “Além disso, o caráter meta-‐discursivo do gênero, resultado do esvaziamento de um dos elementos essenciais à produção textual – o propósito discursivo -‐, consiste em mais um elemento a desafiar o redator menos experiente.” A ausência do propósito discursivo faz com que A) o objetivo do aluno seja o de produzir um texto que supra esta lacuna, uma vez que ele, ao redigir um texto, já desenvolveu capacidade suficiente para identificar problemas e solucioná-‐los por conta própria. B) o texto se desenvolva de forma mais estruturada, visto que o redator pode se dedicar mais a escrita gramaticalmente correta. C) o aluno seja capaz de apresentar um texto coerente e coeso, já que o propósito discursivo não colabora para que isto ocorra. D) o redator entenda que o propósito do texto seja o de tão somente ser avaliado pelo professor ou banca examinadora. E) ele colabore na redações, uma vez que é retirada delas um elemento que não é essencial para uma produção textual de qualidade.
33. O aperfeiçoamento da língua materna nos bancos escolares faz com que o professor necessite realizar constantemente um amplo estudo de temas. Das afirmações abaixo qual a que não corresponde ao afirmado? A) Deve existir um questionamento de outros gêneros no desenvolvimento das habilidades dos alunos. B) É Necessário haver um reconhecimento das características peculiares que envolvem cada gênero textual. C) O professor necessita propor temas amplos, de relevada importância, que façam com que os alunos desenvolvam suas capacidades e estejam atualizados frente à realidade. D) A contínua pesquisa por parte do educador de assuntos e gêneros relacionados à produção textual colabora de forma decisiva para que haja o aperfeiçoamento da língua materna. E) O educador deve dar uma maior importância à correção gramatical, visto que os outros elementos estruturais pouco ou nada podem colaborar para o aperfeiçoamento da língua. ______________________________________________ 34. Acerca do ensino da semântica é correto dizer: A) há palavras que não precisam ser ensinadas dentro de um contexto, já que elas não mudam de significado. B) em uma concepção de linguagem como ação e interação, o ensino de vocabulário deve sempre estar contextualizado. Não é possível ensinar significados descontextualizados do contexto de produção. C) o ensino de semântica deve ter o objetivo de ensinar os alunos a pronunciaram e escreverem corretamente independentemente de onde estiverem. D) é mais importante ensinar os conceitos de ambiguidade, sinonímia , parônimos e homônimos do que ensinar a interpretar textos porque semântica se aprende com conceitos E) exercícios com frases isoladas são melhores do que textos para o aprendizado de semântica. ______________________________________________ 35. As concepções de linguagem mudam ao longo da história e, isso reflete diretamente na maneira de ensinar e nas concepções do professor de língua. Em relação às concepções atuais das práticas do professor de língua materna, é incorreto dizer que: A) atualmente o professor deve transmitir o conteúdo de forma mais clara possível, pois os estudantes estão cada vez mais distraídos;
B) o professor deve escolher tarefas de leitura e produção textual com diferentes situações de produção, para que os alunos transitem em diversos usos da linguagem;
C) a avaliação deve ser entendida como um processo e não como um produto;
D) deve-‐se ensinar a gramática de forma contextualizada.
E) o professor pode desempenhar a função de orientador do processo de ensino e aprendizagem
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36. Analise o tema coesão e coerência textuais no ensino de língua a partir da perspectiva de que a linguagem é usada para agir e para interagir. Marque a afirmativa que reflita esse pressuposto. A) A coerência textual é interna ao texto e não precisamos conhecer aspectos contextuais para entendermos se um texto é ou não coerente. B) A coerência deve ser entendida pelo viés situacional, além do sentido da superfície textual, pois o contexto situacional delimita os sentidos possíveis dos textos. C) A coesão textual é construída pelas ligações internas ao texto, como pronomes, sinônimos e advérbios. É necessário ensinar as classes gramaticais para os alunos conseguirem construir e interpretar a coesão nos textos. D) Um texto com coesão pode ser incoerente, mas um texto incoerente não pode ter coesão. E) Como a linguagem é usada para agir e interagir, nas aulas de produção textual, deve haver muitos exercícios de elementos coesivos, como, identificar o pronome e classificar o advérbio; e muitos exercícios de coerência, por exemplo, criar frases coerentes e incoerentes. ______________________________________________ 37. Ao longo da história a linguagem tem sido entendida de diferentes formas. As concepções de linguagem refletem diretamente no ensino. Analise as três tarefas de ensino abaixo: Conjugue os verbos amar, sorrir e fazer em todos os tempos do indicativo. Escreva um texto sobre o abandono de crianças nas ruas. Para ajudá-‐lo a ter ideias pense nas seguintes questões: De quem é a culpa pelo abandono de crianças nas ruas? Como a sociedade pode ajudar a resolver a situação dessas crianças? Você está disputando um cargo em uma conceituada empresa, e os selecionadores solicitam que você escreva sobre suas habilidades. Escreva sobre suas habilidades e sobre o que você deseja aprender para que os selecionadores o conheçam melhor. As tarefas de ensino refletem qual concepção de linguagem?
A) Tarefa III-‐ linguagem como representação do mundo; tarefa II-‐ linguagem como forma ou lugar de ação ou interação; tarefa I-‐ como instrumento ou ferramenta de comunicação.
B) Tarefa III-‐linguagem como instrumento ou ferramenta de comunicação; tarefa I-‐linguagem como forma ou lugar de ação ou interação; tarefa II-‐ linguagem como representação do mundo.
C) Tarefa II-‐ linguagem como representação do mundo; tarefa I-‐ linguagem como instrumento ou ferramenta de comunicação; tarefa III-‐ linguagem como forma ou lugar de ação ou interação.
D) Tarefa I-‐ linguagem como instrumento ou ferramenta de comunicação; tarefa II-‐linguagem como instrumento ou ferramenta de comunicação; tarefa III-‐ lingu2agem como forma de ação ou interação.
E) Tarefa I-‐ Linguagem como representação do mundo e do pensamento; tarefa II-‐ como instrumento ou ferramenta de comunicação; tarefa III-‐ como forma ou lugar de ação ou interação.
______________________________________________ 38. Há muitas pesquisas baseadas na noção de gêneros do discurso, principalmente na área da Linguística Aplicada. Entretanto, a definição de gênero do discurso é, às vezes, muito diferente entre uma pesquisa e outra. Mesmo que Bakhtin (2003) seja um dos autores mais citados por pesquisadores, há uma certa diversidade terminológica e conceitual em relação aos gêneros do discurso. Marque a alternativa que mais se assemelha às concepções Bakhtinianas de Gênero do discurso: A) os gêneros do discurso são tipos estáveis de enunciados e são definidos a partir das formas linguísticas. A partir dessas formas conseguimos classificar os gêneros pois, conforme o autor,apresentar um modelo para definição e classificação dos gêneros é fundamental, principalmente na área de ensino de língua portuguesa.
B) O conceito de Gênero do discurso é formulado para entender o funcionamento da linguagem e, conforme o autor, os enunciados não tem um princípio nem um fim absoluto e não há limites precisos entre enunciados em diversos campos da atividade humana.
C) Não falamos apenas através dos gêneros do discurso. Há textos e conversas que pertencem a um gênero como uma carta, um romance, um conto, um artigo científico, mas há textos que não se enquadram em nenhum gênero, como uma conversa com uma amiga ou um bilhete de recado.
D) em vez de delimitar os gêneros pela estabilidade das características formais dos textos, Bakhtin relaciona os enunciados com as condições específicas de cada campo da comunicação, demonstrando a interdependência da língua com as atividades humanas.
E) Os gêneros do discurso, conforme Bakhtin são muito úteis para o ensino de língua portuguesa, pois se o aluno souber as características formais dos diversos tipos de texto, ele aprenderá com mais facilidade a ler e a escrever melhor.
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39. Em relação aos estudos de Marco Bagno, em especial a obra “Preconceito linguístico: o que é, como se faz”, sobre as variações linguísticas é correto afirmar que: I. A norma padrão da língua faz parte da língua e é um modo autêntico de falar;
II. As variedades linguísticas urbanas de prestígio não correspondem integralmente às formas prescritas pelas gramáticas normativas;
III. A variação linguística deve ser objeto e objetivo do ensino de línguas. A escola não pode desconsiderar que os modos de falar dos diferentes grupos sociais são elementos fundamentais de identidade cultural;
IV. A escola e os professores precisam se livrar de algumas crenças para cumprir bem a função de ensinar a escrita e a língua padrão, por exemplo, a crença de que existe uma forma correta de falar e de que um grupo de pessoas fala melhor do que o outro.
A) Somente a afirmação III e IV estão corretas B) As afirmações I, II, III e IV estão corretas C) As afirmações I e II estão corretas D) As afirmações I e IV estão corretas E) As afirmações II, III, IV estão corretas ______________________________________________ 40. A assertiva que melhor pluraliza a palavra olho verde-‐mar é: A) Olhos verde-‐mares B) Olhos verde-‐mar C) Olhos verde-‐mar D) Olhos verdes-‐mares E) Olho verdes-‐mar