7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis....
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27.° anno
SAMftlgnatiira* em LiMboa
1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1."
3 raezes . 9(H) » pag-, 100 rs ; corpo do jor
Avulso.. 10 » nal com trav?s?ão, 60 réis.
Annuncios mundanos, linha 40 rs. Communicados
e outros artigos, contractam-se na administração.
FUNDA DOR : PEDRO CORREIA DA SILVA
TELEPHONE N° 117
Terça feira 30 de agosto de 1808
Editor responsável — José Maria Romão
Typ. e impressão, Empreza Editora, T. da Queimada, 35
A**lgnatura* na* província*
3 raezes, pagamento adiantado 1S150
A correspondência sobre a administração, ao
director da Empreza Edi*ara) travessa da Quei-
mada, 35, I.° andar.
Numero 9:145
indicações liicatraes
Tlieatro da Trindade
-A empreza d'este theatro, de • m A ft ft * c — ~ 1
stjando fschar a epocha com cha-
ve de onro, dá hoje a ultima re
presentação da peça «G.ã-Dj-
queiaa.
Com uma peça tão bonita e tão
querida do publico, deve ser cer-
ta a enchente.
Theatro Avenida.—Das
pede se hoje do public j a celebre
revista « Alli... á preta», que deu
em Lisboa 75 representações, com
um êxito tão extraordinário, que
sobrelevou o de muitas outras.
Principe Real. — Conti-
nua agradando a espirituosa re-
vista «Nun xe xabe».
Hoje repete-se.
Em poucas linhas
A rainha D. Leonor, mulher de
D. João II, costumava dizer que o
tempo que estava fora de Lisboa
não vivia.
Tinha bom gosío no verão!
—Traducção de Farnan Caballero:
Vale maia o moreno
Desta morena,
Que toda a brancura
D'uma açucena.
—Outra quadra do mesmo:
Zeloso me chamaml
Tolice tremendo!
Eu sou lavrador,
E guardo a fazendal
— Das memorias de Odivellas,
resta a fama da... marmellada!
—Provérbio:—aA tel saint, telle
oflYande.»
Cosmopolitas
Br. Mello £• O
taea homceopathicos. Consul ter ia
especial do aaedioma hcmcoop»thi -
co; da 1. á» 8 horas. .3. da* CA«.
0ot, 52.
Dinheiro
Empresta-se sobre lettris. Rua
do Oiro, enfraia peia rua da Vic-
tor ia y 94. if.
Cabelleireira
(penteando nos domicílios)
Marin do Ro*ario
Rua do Teixeira, n.° 35, 3.'
Perversidade filial
Feliciano R drigues, residente
na travessa do Meio do Forte, foi
hontp.ro preso por aggredir seu
pae Vic tori no Rodrigues, causan
tío lhe uma pequena escoriação.
Hotaa. o#
Cartas do Minho, para uma va-
lha amiga:
Perfis
Chama se Maria Luiza. Possue
uns bellos cabellos claros no meio
dos quaes sobresahe uma madeixa
muita loira, o que lhe dá uma certa
originalidade:
E\muito boa menina, apreciando
muito a vida socegada e longe de
qualquer bulido,
Tem 21 annos, e até hoje ainda
se não lhe conheceu nenhuma incli-
nação.
Vive em Aveiro e é filha d'um
ojjiicial de marinha reformado.
JoVEN Ca SCATA.
O roubo
na Ca*A da Moeda
Hon tem foram áquelle estabe-
lecimento dois agentes da policia
judiciaria e dois carpinteiros,
como peritos, afim de procederem
a exame nos caixotes arromba
dos.
A policia continú i proaoguin-
do nas suas investigações, ten
dentes a descobrir os auctores do
• crime.
Os indivíduos presos continuam
negando terminantemente o fa
•cto que lhes é imputado.
m
Aulhores dramáticos
Sabemos que se vai fsxer uma
reuoiâo dos authores dramáticos,
que tiveram peçis representadas
n > theatro de D. Maria II
A convocação é feita a fim de
se tratarem assumptos que res-
peitam aos legítimos interesses
dos ditos authores.
A' roda do "Figaro"
Entre duas amigas.
—Disseram me que o porco dá
felicidade e por isso trago sempre
um, de prata, na pulseira.
—Eu não; trago o retrato do
meu marido, que é a mesma coi-
sa,
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ROCAMBOLE—0 ferido soltou um grit.o, deixou csir a espada e caiu elle proprio banhadi em sangue
(Vide folhetim na 3.a pag.)
Manteiga de Nandufe
CANCIONEIRO POPULAR
uem falia dc mim? Quem fal-
ia? Quem falia de mim, quem é?
Quem falia de mim não chega,
Ao calcanhar do meu pé.
AGIAS DE MONDAR!/
Infallivei8 na cura da di-ibetes,
gotta, albuminuria, anemia, e de
todas as enfermidades do estema- |
go, fígado, rins e bexiga
3«—CHIADO—34
Menor dcsapparccido
Queixou se á policia João Duar-
te, morador na rua do Marque*
d'Alegrete, do que lhe desappa-
receu de casa sen sobrinho Anto
nio Marques, de 10 annos.
Alui so dc confiança
Francisco Marques da Silva,
morador no largo do Mastro, foi
bontem preso por ter recebido do
sr. João Lopes, residente na mes-
ma essa, a quantia de 70$500 rs.
pura fazer urnas compras, gastan-
do o dinheiro em seu proveito.
Os nossos folhetins
•A Sr.' Laveriion» — ç,>
imglna.
«Rocambole»—3.1 e 4."
Phfflna».
«Sete Receado* Sfior-
tae»»—5." pagina.
Mordida por um jumento
Srphia Henriques, menor de 6
annos, morador na rua do Diário
de Noticias, 14, 1°, foi hontem
pensado uo hospital da Estrella,
em consequência de ter sido mor-
dido por um jumeuto.
Incêndio nas maltas do Gerez
Desde hontem que circula cm
Lisboa a noticia dc estarem ar
doudo bb matfcas do Gerez,
Tem se sentido a falta de re-
cursos para atalhar o medonho
iuceudio, que é provável que a
estas horas tenha feito considerá-
veis estragos!
i
NECROLOGIA
Falleceu c-m Vianoa do Castel-
lo a sr." D Ignacia de Passos Pe-
reira.
O emprezario Taveira
Mandou vir de Campanhã
O seu amigo Fan-fan
Filho de Lopes Teixeira.
Applaudil o proraetto
Numa estrondosa ovação.
Ha-de se ouvir no Reitnão
As palmas do Gato Preto.
Rua da Victoria
«A crença tem aqui o seu ba-
luarte, minha amiga!
E quasi tão espalhada por es-
tes cci-regos e planaltos, como o
carvalho altivo ou o azevinho mo-
desto!
Por toda a parte capellinhis,
por toda a parto egrejas. como
um bando de pombas poisado pe-
lo Minho fó:a!
A cada cotovello de estrada
que dobramos nos nossos passeios
matinaes, irradiando d'esta al-
deia, um campauario nos surde,
e umas alminhas nos imploram o
Lembrae vos de nói! com as suas
figurinhas estupidissimas, a aahir
de entre as chammas do Purga-
tório!...
Hontem visitamosalgumas d'es-
sas capellas.
Q ie encanto de peregrinação!
Se tu podesses idealisaro sino
triste, a ponte romana,.o rio som-
breado a saltar pelos penedos, on-
de está a Senhora das Necessida-
dcsl
Lá estivemos largo tempo, e lá
se nos inundou de tanta uneção o
espirito, que as nossas compa-
nheiras se ajoelharam no tojo, e
nós tiramos íostinctivamente os
chapéos! ' ;x;
Subimos depois uma onco3ta
agreste e achamo-nos na Senhora
da Pena. O que a outra tinha de
sombria, tem esta de alegre! Eu
redor de. nós estende-ee, a perder
de vista, a mais luxuriante das
p*ys»geus! Acima de nós só Deua!
Em volt», voam em largas curvas
cs milhafres e os milhauos!
Aqui, como alli, a crença pare-
ce impor se. Apenas lá ae insinua-
va como um mysterio, e aqui se
irapõ í como uma consequência...
Visitamos em seguida a altíssi-
ma capelliuha da Senhora de Are
jó e a bucólica egrejinha de la-
fe8tB8, e fomos dar á egreja da
celebre Irmandade do Ê-pirito
Santo de Coura...
Está situada no meio da ador
vel e fresca Paredes de Coura.
Nio tem imponência nem art
esaa egreja. Mas tem a somma
pantosa de 60;000 irmãos eét
vez a mais conhecida do norte
Portugal!
Cada irmão paga 50 réis p
anno...
Quando perguntamos a razão
d'aquelle enorme numero, respon-
deram nos:
—E' porque cada irmão tem
direito a 10 missas depois de mor-
to.
Deves confessar que ó barato
—10 missas por moio tostão...
Mas ainda quando augmentaa-
sem também esses preços, por cau-
sa da crise, tanho a certeza de
que nenhum dos 60:000 irmãoa
pediria a demissão,—tal é a cren-
ça qua se alastra por estes quie-
tos valles e sobe por estas verdes
montanhas!...»
As oossas sinas.
30 de Agosto.—Sina de quem fi-
zer annos n'este dia:
S8 for mulher, será fria como
uma carapinhada, o que lhe trará
desgostos fortes e prazeres talu-
dos. ..
Se for bomem, será frio como
um sorvete, o que lhe trará o mes-
mo que ó senhora supradita.. .
DOB MYSTBBXO.
A distiucta cantora Mary d'Ar-
neiro, que ha aunoe debutou no
nosso theatro de S. Carlos, vae
no dia 10 de Setembro cantar no
theatro Victor Emmanuel, de Tu-
rin, na opera Manon, de Puccini,
na qual alcançou um verdadeira
successo em S. Carlos de Nápo-
les.
Acha se egualcaente escriptu-
rado para este theatro o barytoao
Bensaude, que debutou na mesuzt
[opera.
-RIG XLLUBTRADO
Politica alegre
Depoimento do sr. dr. Laranjo
Temos revelações, e interessantes, feitas pelo illustre parla-
mentar, que foi leader nas ultimas sessões na camara dos seahores
deputados, e que, julgado digno do accessit do pariato, não o julga-
ram merecedor do premio da pasta adorada.
Logo a primeira organisaçáo ministerial do sr. José Lnciano,
em 1897, lhe não agradou, mas calou-se; quando, porém, a se-
gunda lhe foi desagradável ainda mais, não se conteve que não re-
troactivas se os seus despeitos, e escreve assim, considerando o
sr. Mathias de Carvalho como um intruso, que o sr. José Luciano
chamou sem direito, esquecendo os que haviam mourejado... na
ab8ten8ão!
E falia d'esta maneira o sr. dr. Laranjo, com aquella santa in-
genuidade, que se não chega para ministro, lhe ha de sobejar para
o premio da bemaventurança:
A primeira recomposição dense o anno passado pela insistência
de sshir do gabinete o sr. Mathias de Carvalho, que preferia estar
em Roma, ganhando mais e trabalhando menos, a estar em Lisboa,
ganhando menos e tendo que trabalhar mais, que entrou de má von
tade e de má vontade se coneervava, e as raiões e a utilidade de
rujo chamamento, deprimente para os que andam em politica em
Portugal, nem se comprehendoram a principio, nein bem se demons
traram pelos resultados.»
Não façamos caso da construcção, e vejamos o assumpto.
Não gostamos do genero, isto é dos que vém chorar e lamen-
tar-se em publico, fazendo reconhecimento do seu abandono, por-
que mais deprimente do que o esquecimento são as queixas dos
deprimidos, desde que elles não possuem a força da reacção. Não
gostamos nada, do genero, mas sentimos as aílLcções do sr. La-
ranjo, cu dos srs. Laranjos, se houver plural, porque melindra-
do, em Fevereiro de 1897, apenas se expandiu, all.viando-se, em
Agosto de 1898!
Dezoito mezes de despeitos, que sommam du*s gestações nor-
maes, era ainda assim tempo de sobra para dar á luz maior libello
contra a ingratidão do seu chefe, que viu o sr.Mathias em Roma,vin-
do de Maind, Berlim e Rio de Janeiro, não avistando o sr. Laranjo,
que estava em Coimbra, e tinha o tirocínio diplomático de Castello
de Vide, Alpalhão a Povoa e Meadas.
Depois d'este desabafo geral, que só lhe não levarão a bem 03
que, como nós, detestarem a especialidade d'estes chorões que
vêem alegrar a galeria; depois d'esta tirada, referente á organisa-
ção de 97, o illustre cathedratico da faculdade de Direito aborda a
recomposição de agora, de ha dias.
Como bom professor methodico que é, todo dislingos, na sua
orientação de lheolego abortado, o sr. dr. Laranjo trata de expor
as causas da crise, que deu em resultado essa comedia que se re-
presentou no palco do regiroi n constitucional representativo, de-
mittindo-se o sr. José Luciano para logo em seguida ser chamado
a organisar novo gabinete.
Sempre methodico, sempre regrista, sempre compendista,
sempie razão de ordem, sempre cabeçalho, o auctor divide essas
razões em duas classes: reaes e occ -sionaes, que no entanto são tão
bem difFerenciadas que são todaá... da realidade.
Mas adiante...
Vejamos as primeiras, «ie que aliaz nos apresenta apenas um
exemplo, dizendo que «a causa da quéda de to o o gab n te e da
formação de novo minister o foi a divergência de ideias ou de
processos governativos entre o sr. Presidente do Conselho e o sr.
Ressano Garcia, que ha muito se não entendiam bem, o que pro-
duzia uma tensão de rehçães politicas tal, que mais ceio teria da-
do em resultado a crise»... se não fosse a intervenção do sr.
Burnay.
Os leitores comprehen lem, certamente, o que representam es-
tas revelações! Representam a coafissão, em letra redonda, do que
os jornaes da oppo3ição andavam a dizer tolos os dias, sobre as
relações de briga permanente, entre os s s. José Lu :iano de Cas-
tro e Rossano Garcia, facto que todos os dias era contendo pelo
Correio da Noite, que apanha agora em cheio com esta declara,ão
do antigo leader da maioria du camara" dos senhores deputadas!
Mas este artigo já vai longo, e ám .iibà nos ocuparemos das
taes causas occasionaes.
D'estas apreseota o sr. dr. Laranjo muitíssimas, to las ellas
dignas de consideração.
— Corrcsportdeuc a do Fundão,
publicada hontem pJo Século:
terio publico nesta comarca, trans-
ferencia (|ue elle não pediu nem
solicitou.
E' geral o descontentamento por
este lacto. Sua ex.a, durante os 7
annos que aqui tem estado, captou
sempre a sympathia e considera-
ção de todos, não só pelas distin- clas qualidades (jue o adornam
como homem, mas sobre tudo pela
maneira digna, imparcial e levan-
tada como exerceu as funeçoes in-
herentes ao seu cargo.»
Aió hoje, julgamos que é a
única meaida de alcance qne tem
eido tomada ptdo &r. Contelneiro
Jubé Maria d'Alpoim.
Ao vivo! .Do nosso collega
ua Tarde:
Pela politica
epela administração
Transferencia inesperada.
uO Século de liontem trouxe-nos
a infausta notiaia de ter sido trans-
ferido para Beja o sr. dr. Lemos
Vianna, ínclito delegado do minis-
«Conio do grão nasce a lloresta,
também de pequenos factos nas-
cehi grandes acontecimentos.
Acabam de nos dar a seguinte
explicação da sabida do sr. Dias
Costa da pasta da Marinha: Por oe-
casião do jantar offerecido ao sr. Campos Salles, o sr. presidente do
conselho foi ter com um criado
para lhe ensinar o local onde o fu-
turo presidente da republica tinha
deixado o chapéu. O criado foi en-
sinar-ihe um gabinete, onde o sr.
Conselheiro .losé Luciano se encon-
trou em frente dum ínagnitico
chapéu alto, marca Leon.
Sua ex..», muito amavel, voltou-
se para o criado, dizendo —Olha lã, queres ser recebedor,
ou queres carta para ministro? Es-
colhe... mas olha, ensina-me onde
está o chapéu do sr. Campos Sal:
les, aquelle senhor que hoje cá
vem jantar...
O criado, milito assarapantado e
principiando a duvidar do juízo do
seu interlocutor, indicou-lhe o cha-
péu alto:
—E' aquelle...
—Ora essa! não pode ser!! lia de
ser um chapéu de còco, que o dis-
se o sr. Dias Costa!...
—Não pode ser! Pois eu vi-ocom
elle na cabeça e até lli'o vi pousar
aqui.
—Com certeza?
—Obrigado seja cu a ler o livro
do Espregueira se não é verdade,
jurou o criado.
Sua ex.a, com ares muito encra-
vados:
—Pois será, será, não quero tei-
mas (e mudando de tom). Vou pôr
o Dias Costa no olho da rua. Deci-
didamente, elle não sabe nada de
geographia.»
#
# #
Câmbios e cotia Ces. —
Londres cheque (comp.), 30 7|IG;
(vend.), 30 112; Londres 90 d|v
(comp.), 31 1|8; Paris cheque (com-
prad.),' 920; (vend.). 940; Atlema-
uha cheque (comp.), 380; (vcnd.)j
380: lloilanda cheque (comp.), 045;
(vend.), 052; Madrid cheque (com-
prad.), 950; (vend.), 900; Bio sjLon-
dres, 7 19|32; desonto Banco de In-
glaterra, 2 Ir?; desconto mercado
livre, I 1|2.
BoImum porliiguexaN.-
Official:
Acções da C.a do Gaz, assent.,
275GU0; obrig. Ambacas, 685000;
obrig. Norte e Leste, 3 0|0, 2.» g..
15£000, 155100 e 155200; pred. 5
0|0, assent., 935500; insc. coup., t.
g., 30,50, 30,55, 30,80 c 30,70.
C<. mmercial:
Acções do Banco Commercial,
121 £100; acções do Banco Ultrama-
rino, 1045000; acções do Banco de
Portugal, 124£000; acções do Norte
e l.este, 10£500; acções da C.a dos
Tabacos, coup., 845300 c 845200;
obrig. Ambacas, 085500 e 08.5000;
obrig. da C.a das Aguas, coup.,
.785000; municip. ou dist. 5 0j0,
coup.. 92 5000; pred. 5 0i0, assent.,
935500; libras, 75700.
Tem raiáo o dob60 collega das
Novidade*: para os m irccimenios
do giverno, o artigo que te nos
diz querelJadr, era mansíssimo
M*s não ee parecia com os arti-
go b acodinos Ce ceitos jor
ualistus, que ItV.»ui o terupu a t»
mar conta de jvmaes e a acabar
cem elles.
— EstSo publicadas os porta-
rias epprovaudo: a conta da li
quideçáu da garantia de juro da
Companhia Re-.I dos C&iniohoj
de Ferio Portugueses, relativa á-.
3 secções da huba da Beira Bai
xa, e dá garaDtia do juro referen-
te á exploração da linha t rrea
do Toiree, Figueira, Aifarellos,
durante o período decorrido de
Janeiro a 30 de Junho
—O ( X coiiiinUbaiio n gio da
província de Moçambique, major
Mousinho de Alouquerque, não
chegou hontem, ccmo ee dizia, uo
Sod Express.
Ecu grande o numero do (fli-
(•«ate dj exército que aguardava,
ua yare da esti çao da Aveuida, o
intrrpido militar.
Mousinho deve chegar a Lia
boa ua próxima sexta feira.
O ministro du Marinha também
lá tinha rcpre6entaute; pois era
melhor que fosse tile.
— O er. ministro das Obras Pu
blieas expediu uma extensa cir-
cular a todas as associações in-
dustriaee, e< mmeiciaes e agriço
las, para que trausuittam ao eeu
minifterio os .alvitres que conpi-
dtrein mais profícuos.
Podia ser util, inss tomar se ha
inútil; inaa 'em t-do o caso, uào
taz inal ao mundo, e 3ntes a'eetas
circulares, ao 8 0 dia, do que coo
cestõdô leouinas centra o Ejfcado.
—O decreto modificando a di
vifão doa círculos eleitoraes do
Perto, em virtude da ultima di
visão das circumfccripçõe8 admi-
nistrativas, deve apparecer boja
na folha i ffieisl
-E' de 383:5005487 réia a
quantia a distribuir pelos porta
aoree da divida externa, ccic par-
ticipação no excesso do reudi-
m»uto das alfandegas.
Vai descendo com os salvado
res!
— Na secretaria dos negócios
do Reino reHliearam-se hontein
as provss escriptas do concurso
para o logar de secretario geral
do governo civil de Santarém.
Compareceram os sra Luiz Vai
Guedes, Garcia Fialho, Joaquim
Cor.êa, João C-mavarro e An
tonio Ptix to Garcia O poutc
versou eobre a apreciação d'uma
de!iber8çà.> municipal e respecti
vo recureo Preriíiu ao acto o
Br dr Almeida Serra.
—Até o aia 8 do prcx'in") in z,
são aímittidos na socretaiia da
Guerra oo requerimentos devida-
mente documentados doa paea cu
tutores d .a candidatos a aluemos
pensionistas do collegio milita*.*,
que pretendam matricular.se n •
anno lectivo de 1898-1899, nu
conformidade do diapoôto na ut
tuna puto do artigo *2° do de-
creto de 18 do corrente, isto é,
obrigando-se » satisfazer a peu
são annual de 2050CO réis, paga
em quartéis adiantados.
Os pães ou tutores dos canii
datos da clueee civil, que haviain
já icquerido, devem declarar, até
á mesma dsta, na 3 a repartição
dVquelia secretaria, que ae su-
j itam ao pagamento da nova
pérsio, sem o que não aeiâo cou
Biderudos subsistentes os reque-
rimentos que tízeram. — »
Licenças olliciaes
Foram concedidas as seguintes:
Ju9tiça—Bacharel fAntonio M
Di as Salgido, conservador do re
gieto preaihl da comarca de Mou
ra. 30 dias.
Faustino de Limos Macedo,
contador o distribuidor do juizo
<1* direito da comarca de Auciào,
30 d.as.
Bicharei Arnaldo Metello de
L » Teixeira, delegado da 4.» va-
ia de Lesbos, 30 dias.
Marinha—Francisco Xavier A.
Alves da Cost9, amanuense da di-
rtcçifc) geral do ministério da Ma-
rinha, 30 dias.
Alfandega- José Guedes d'Al-
meida Cai valho. 30 dias.
Aniceto dos ReÍ6 Gonçalves de
Almeida Vianna, 30 dias.
Obr> 9 Publicas - Rozendo Gar-
cia d'Ar^uji Carvalheira, euge-
chf iro, 00 diss.
Jotó do Sc usa Tudella, enge-
nheiro de 2 a cl«8be, 60 dias.
Ultramar — Bacharel Caetano
Xavier Thaumaturgo doa Reme-
dies Furtado, juiz de direito de
Cabo Delgado, 30 dias.
João Baptista Rangel Nery, 2 o
ciliciai do circulo adusneiro da
zoeta oriental d'Africa, 10 mezea.
Melões c melancias
Já vimes e admirámos os me-
lões e na melancias que o nosso
preeado amigo FiCCO Vianna,
rico lavrador de A'cochete, ex
pôz á venda no arimzcm do sr.
Garcia, na calçada do Cotnbro, 31.
Melancias das da terra, nunca as
vimos tão grandes e tão boas, ex-
cedendo a fsrna das de Abrantes,
Covilhã, de Montargil. Melancias
de 3 arrobas, dando cada uma pu-
ra um esquadrão! Ao lado as me
laueias ingtezas, loirs.s ccmo as
v,i?8e8, e veimtlhrt8 por dentro co-
mo raras vezes o são por fora as
misses referidas, muito difficeis de
córar com aa revelações de umur.
Estas melancias, que parecem
abóboras megaugae, são uma de-
liei », derretendo se como caramel
lo de assucar.
Os meiõe-s, ceses são... do ge
nero feminino. São d'aquellea que
se chamam melões, quo é o que ha
do melhor, verdes p:r dentro e
com aroma, não se abrindo um
que s.ja mau, vulgar ou medio-
cre.
E viva o uQsao am'go Fv.cco,
primeiro cultivador de melões e
melancias em Poitugal e Algar
v,!
Chronica do liro
Pouco c ncorrida a sessão do
d mir.go ultimo na CArreira de ti-
ro de Pedroiços.
Exercitaram so no tiro da Kro
patch» k, es sra. M. Il.íraíar.n, Kes-
aclviog, J Thomaz Coelha, Ligo-
fioS. Silva, Alfredo Aiorico Tem-
ple Barbosa. J. Severiano Perei-
ra, G mçalo Heitor Ferreira, Gus-
tavo G de Jesus, Alexandre Leu
siog.T, etc.
Brevemente começarão as pou-
les promovidas peia União doa
Atiradores Civis Portugui zes, que
também em breve csthbelocerá o
can pic nr. to d« tiro.
São p .ra louvar oa bons dese
joa das assoeisçõaa e grupos do
tiro civil, e pena è que tão pouco
se teohu desenvolvido entro i<L
j o g03to por este rsmo de sport,
que no estrangeiro conta tantoe
adeptos.
No proximo dominga realisa-ee
o jaotar annual do Grupo Patria*
para o qual ee acha convidado o
illustrado director da Carreira*
sr. capitão Vergueiro, e os tenen-
tes srs. Pinheiro Cbrgaa e Anto-
nio de Macedo, diguiecimos ad-
juntos.
m
Alropcllamcnlos
José Vicente Maia, morador no
becco do Formoso, foi hontem
atrcpellado por uma carroça, de
que era conductor Antonio Fer-
reira, residente na rua dos Fan-
qoeircs, 122, 6 °
Ficou inuito magoado.
O carroceiro foi preeo e a atro-
pellado conduzido ao hospital de
S. Jcsé, onde foi pensado.
—Romão Martins, sem residên-
cia, recolheu hontem á enferma-
ria de Santo Amaro, do hospital
de S. José, em consequência de
ter sido atropelado por um trem,
de que era conductor Joãu Go-
mes, morador na travessa de Jcão
de Deus.
O cccheiro foi preso.
A madeira de Sandalo de My-
sore dá uma essência dc qualida-
de superior e vale dez vezes mais
dinheiro do que a de Madras, Ja-
va ou Australia Basta isso para
(xphear o êxito do Sandalo Alidy
no tratamento das dcecças do3 jo-
vens, pois procede exclusive.men-
te da dietillsção do pau de Sân-
dalo do Rajah de Mysore.
Exigir, ccmo garantia, em cada
capsula, o neme de Midy
Condecorações
Joaquim Augusto da Cosis
FABRICANTE
Fornecedor
do Ministério doi
«orlo* Knlrantfeiro*,
Sociedade de
pUla, etc.
Com officina na rua de S.
Julião, 110. 3,°, onde tem aa
completo sortimento no ses
genero e para onde deve ser
dirigida toda a correspondên-
cia.
Succnrsal no Porto, rua
das Flores, 201 e *203, casa
de Albino Coutinho.
NOTAS MINDANAS
(«.' Merle)
LXXYII
0 meu amor está longe,
emquanto que eu fiquei n'es-
ta pasmaceira de Lisboa. El-
la sabe que me pode escre-
ver, e, duas linhas que fos-
sem, seriam a ^orto gran-
de.
Eu não sei se haverá peri
go em escrever lhe; perigo,
inconveniência, leviandade
ou o quer que seja.
N'estas condições, não es-
crevendo Ella, não sabendo
cu se posso escrever, o que
me aconselham os entendi-
dos?
06 da 4.'.
52 -Folhetim do Diário Illustrado—50-8 !)8
VAST-RICOU ARD
 SR." LÂVERHON
XVI
a. morta e a^viva
—Germana! exclamou Rogério como se o acor-
dassem d'um sonho.
—Porque não?! Germana. Ella ama-te, ama-te
muito, ama-te extraordinariamente. Já não é se-
gredo para ninguém. Ora eu julgo que a beilezá
d'ella não se pode comparar com as bellezas das
margens do Gongo ou do Zambeze...
—Certamente que não...
—Creio lambem que a sua educação, o seu es-
pirito, a delicadeza dos seus sentimentos, o altruís-
mo do seu coração, não derem ficar vencidos na
comparação... Ella é boa, terna, carinhosa, tem
o cerebro tão bem conformado como o coração. Já
não é uma creança, e a prova é que o amor que
te consagra é um verdadeiro amor de mulher fei-
ta!... babes porque? Porque conservou o coração
intacto para ti, porque te esperou com uma pa-
cieucia heróica, a despeito de tanta tentativa que
lhe fizeram outros, não digo mais dignos de ser
jamados, mas tão insinuantes como tu!
Calou se. Danval, pouco ã vontade, nCo sabia o
que havia de responder-lhe.
—E' de certo uma grande honra para mim, bal-
buciou eile, mas... não sei como bei de dizer-te...
—Nada de mas, peço-te eu! 0 que vaes tu di-
zer-rae? Que não te sentes suficientemente apai-
xonado por minha sobrinha?... Olha a grande
coisa! Pois é isso justamente o que convém a um
marido... Prefiro-te assim, a vôr-te loucamente
preso, não sabendo pensar, e ainda menos racio-
cinar! As paixões que começam exaggeradamea-
te acabam quasi sempre tolamente! 0 que é preci-
so, é que Germana te não seja indiferente. Não é?
Que mais é preciso para um prefacio de casamen-
to? Mais nada. Ella é bastante superior para con-
seguir o resto.
—Mas, euifím, meu bom Boisjolio, juro-te que,
se me defendo, é apenas no interesse único e ex-
clusivo de Germana, exclamou Danval não quer-
endo deixar-se prender em argumentos, e é
justamente porque eu tenho uma cega vene-
ração pelas suas qualidades e pelos seus méritos,
que eu me nego assim a acced*r ao que pro-
pões! Nunca possui as dizposiçõe3 que tu julgas
encontrar em mim para o casamento. A minha pas-
sada vida, vida de independente, provara-o de so-
bejo. Sou urn fanatico do celibato! Vé lá se seria
digno de fazer compartilhar tua sobrinha da minha
vida de bobemio convicto! e de mais, concluiu
elle, eu para ella sou mais papá do que marido.
Apesar de tudo o que tu digas, ella é aiuda uma
rapariga, uma verdadeira creança...
I Boisjolin começava a sentir-se um pouco moles-
tado por essa resistência.
—Os teus argumentos, meu caro amigo, disse
elle seccamente, não teem base seria, e a tua re-
cusa é quasi extraordinária!...
—Achas que as minhas frequentes visitas pos-
sam prejudicar em qualquer coisa Germana?
—Oli! não! Antes pelo contrario. Seria justa-
mente se tu acabasses de repente com essas visi-
tas que ella poderia couaprometter-se... e sobre-
tudo bílligir-se! Peço-te até que continues a visi-
tar-nos. E sobre o assumpto vou pôr ponto final,
não insistirei mais. Não quero perder a cabeça e
convencer-te. Decidirás como quizeres, e quando
quizeres! De resto, isso é um negocio entre vocês
dois; afinal de contas, em questões d'es'a ordem
a mais inhabil das mulheres é mais esperta do
que o mais esperto dos tios! Só te peço que me
não queiras mal pelos meus repentes. Tenho re-
ceio de me ter excedido a leu respeito... Mas é
que eu tinha um desejo tão grande de te vér en-
trar na minha família! Comp tu te fazes dese-
jar! ... i
—Lembra te, meu bom Boisjolin, que a propria
sr.* Lavernon não era muito de opiuião que este
casamento se fizesse... E é um pouco o respeito
por essa vontade...
—0 quê?! Ella disse te alguma vez que era con-
traria a...? interrogou vivamente Boisjolin.
—Não, não! Mas julguei ter percebido, por al-
gumas palavras soltas, phrases ditas ao acaso...
quando nos separamos... talvez seja uma suppo-
siçáo falsa, uma simples hypothese...
—Pois eu tenho a certeza, concluiu Boisjolin,
que a minha Joanna, se fosse viva, estaria de ac-
cordo commigo! Ella tinha apenas um ideal na
terra: vêr sua filha feliz! Mas acabou-se, não fal-
lemos mais n'isso, demos tempo ao tempo! Isto
tudo fica aqui entre nós... Vem jantar hoje com-
nosco, e o combinado... combinado: em nada
mudarás relativamente a Germana, hein?
Dito isto, saiu.
Danval viu-o ir-se embora, acabrunhado e
triste.
Voltando a casa não poude porém abster-se de
exclamar, diante do mulher e da sobrinha:
—Decididamente, aquelle diabo do Danval, não
quer largar nem a cacete a vida de solteirão!
Germana tomou nota d'essa exclamação, sem
comtudo o dar a entender, mas na sua finíssima
cabeça, pouco a pouco, reconstruía toda a scena
que acabava de passar-se entre seu tio e Rogério
Danval.
Uma tarde em que Rogério lá foi jantar, brusca-
mente ella acercou-se d'elle e disse-lbe:
(Continua).
&
.* v ■K l
/■
liíl
' Ili. i
Fazem ámanhã annos as sr.":
D. Maria José Machado Castello
Branco (Figueira).
_ O. Virginia Adelaide de Braga Pinto.
D. Maria Carlota Freitas de Sei-
xas.
D. Candida Augusta Cavres dos
Santos.
D. Guilhermina Waddingtou Fer-
nandes.
I). Maria das Dores de Moura Men-
donça Pessanha.
D. Maria Auialia Mendes Leal.
D. Laura Simas Pocariça.
1). Felicidade de Jesus Baptista. D. Maria Branca d'Azevedo Mó e
Silva.
D. Maria Sophia Santos.
K os srs:
Conde de Tarouca.
Conselheiro Francisco Joaquim da Costa e Silva.
Visconde de Ferreira Lima.
Eusébio Simoes.
Manuel d'Alineida da Costa e Sil-
va.
José Eduardo Valeio Marques.
Casimiro Augusto Moreira Freixo.
Duarte Ivens.
# #
O sr. Conselheiro Henrique Ber-
nardo Pires, chegou hontem das
Caldas d\ Bainha, e parte 110 sab-
bado para a villa de Cascaes, onde
cassará os mezes de Setembro e
Outubro.
—Partiram para a Nazareth o sr.
Augusto Pinto de Almeida e sua áix.ra« família.
—Partiram para Cascaes o sr.
Antonio Moniz Ribeiro Neves e sua ex.®« familia.
—Regressou á sua casa de Ma-
theus a sr." Condessa de Villa Real
e 11 lha.
—A sr." Marqueza de Rio Maior
e suas interessantes sobrinhas são
esperadas em Villa do Conde.
—Partiu nara Paris a sr." Viscon-
dessa de Villa Nova da Rainha e
suas filhas.
—Estão sã Povoa do Varzim os
nobres Condes da Figueira.
—Parte brevemente nara Espinho
o sr. I). Antonio de Saldanha.
—Reçressou a Lisboa a sr." Con- dessa das Antas.
—Acham-se emVianna do Castello
os srs. Condes de Bertiandos.
—Partiu de Sande para o Bom
Jesus de Monte o sr. Julio de Ma-
galhães e sua familia.
—Partiu para o Porto a sr." D.
Carolina Osorio.
—Partiu para sua propriedades
de Coura o sr. D. Antonio Pereira
da Cunha Lobo e Castro.
—Está em Chaves o sr. D. Anto-
nio d'Almeida Corrêa de Sá (Lavra-
dio).
—O sr. Conde de Sampaio acha-se
actualmente na sua quinta de Pás-
saro.
—Partiu para o Porto o sr. Con-
de de Azambuja.
—Chegou hontem de Paris no
Sud Express, o sr. Mello e Faro.
—Parte brevemente para Roma a
a»r." D. Laura de Sousa Alegria.
—Partiu para o Porto o sr. No- gueira Pinto.
—Estiveram em Vizeu os srs. Ba-
rões de Rr cardães e seu Ilibo o sr.
dr. José Cerveira de Mello.
—Partiu de Villa Verde para a
Povoa do Varzim o sr. dr. Antonio
Joa ouiin Rodrigues Barbosa.
—Partiu para Cascaes o sr. D.
José Git de Borja Macedo e Mene-
zes.
—Estão nas Pedras Salgadas os
srs. Viscondes de Faro e Oliveira.
—Partiu para Cascaes o sr. Barão
de Saavedra.
—Partiu para S. Thiago de Cacem
o sr. dr. João de Paiva.
—Encontram se no Porto os srs.
José Queiroz e Francisco Cardoso.
—Estão no Gerez os srs. Viscon-
des de S. João da Pesqueira.
—Chegaram a Espinho os srs.
Visconde de Sá Bandeira e familia.
—Acha-se em casa do sr. Conde de Calheiros, em Ponte do Lima, o
sr. Simão Lopes.
—Estão na casa da Rôde a sr."
D. Auiancia d'Alpoim e seus íilhos
Amadeu, Emérico e D. Iva.
—Acham-se em Villa do Conde, a
passar a epocha balnear, entre ou-
tras pessoas as seguintes:
Condes de Margaride e familia,
Barões do Pombeiro, D. José S. Mar-
tinho, Conselheiro Campos Henri-
ques, Alberto de Carvalho, dr. Joa-
quim e Antonio Brandão, Barão de
Ladoro (Carlos), Luiz Mexia e dr.
João de Mello Sampaio. -
—Estão na Povoa de Varzim a sr."
Viscondessa de Gramosa e seu filho
o visconde do mesmo titulo.
Também é esperado n'aquella
praia o sr. dr. Abílio Torres.
—Partiu para a Foz do Douro o
sr. José Maria da Silva Sardinha.
—Estão era Cascaes o sr. José
Monteiro Soares de Albergaria e
sua esnosa.
—Acliam-se em Cascaes os srs.
Condes de Mossauiedes, suas filhas
e sobrinha.
—Está em Cintra onde tenciona
demorar-se alguns dias em casa da
sr." Duquezade Palmella a sr." Vis-
condessa de Chancelleiros.
—Encontra se em]Bellas a sr." D:
Luiza Ribeiro da Cunha.
—Partem no sabbado para as suas
propriedades de Portalegre o sr. dr. Joaquim Juzarte e sua ex.ma es-
posa a sr." D. Carlota Juzarte.
—Parte brevemente para o Porto a sr.» D. Maria Antónia de Athou-
guia Ferreira Pinto.
—Parte na próxima quinta feira
para a sua casa da Oliveirinha o
sr. dr. Francisco de Castro Mattoso.
—Partiram hontem de Cintra pa ra Cascaes os srs. Viscondes de Al-
ferrarede.
—Está em Elvas o sr. dr. Abilio
Corrêa Marçal.
—Regressam a Espozende os srs.
barões do mesmo titulo.
—De Yianna do Castello partiu
para a sua casa de Refojos o sr.
Conselheiro José Malheiro Reymão
—Regressou a Monsão o sr. dr.
Antonio Joaquim Gonçalves de Fi-
gueiredo»
D. Cecilia Van-Zeller de Castro Pe-
reira, D. Luiza de Serna Pimentel i
Brandão, Miss Linda e Miss Beatriz
Miller
Os coros foram ensaiados na
quinta da Vigia, sob a direcção da
sr." D. Anua de Serpa Pimentel e
do sr. Jamel, organista de S. Luiz.
#
* »
E' hoje dia de festa em Cascaes.
Realisa-se alli uma grande caça-
da promovida pelo sr. Trindade
Baptista em honra do sr. Pignatelli
dc Aragon, primeiro official do tor-
pedeiro hespanhol Osado, actual-
mente fundeado no nosso porto.
0 sr. Visconde da Ribeira Brava
oITerece ao commaudante e ao pri-
meiro official do mesmo barco, um
jantar na sua bella casa fronteira á
bailia; e á noite realisa-se no Casi-
no um grande colillon marcado por
M.ltc França e pelo sr. Luiz Pereira,
offerecido por dois rapazes muito
conhecidos na nossa sociedade eno
qual disseram tomavam parte os
ofliciaes do Osado.
Um verdadeiro dia de festa, de
que daremos noticia.
—E esperado em Unhaes da Ser-
ra o sr. Conselheiro Pedroso dos
Santos.
—Está em Castello Branco a sr."
Viscondessa de Tavira.
—Encontra-se na sua casa de
Paradella o sr. dr. Manuel Baptista
da Cunha, Arcebispo de Mityiene.
—Acha-se em Entre-os-Rios o sr.
dr. Eduardo Caldeira.
— Regressou a Amarante a sr."
Baroneza do Ribeirinho.
• *
0 sr. D. Salvador Corrêa de Sá
(Asseca) e sua ex.®" esnosa encon
tram-se em Cowes, onue tiveram a
honra de ser convidados para almo-
çar com Sua Alteza Real o Principe
de Galles e sua filha, Sua Alteza a
Princeza Victoria, a tordo do seu
yachl.
Uma noite bem passsada a de
sabbado no Grémio Mont'Estoril.
Realisava-se o colillon olTerecido por alguns rapazes e organisado
em dois dias apenas, pelo sympa-
thico e incançavel valseur o sr.
dr. Francisco Guedes Coutinho Gar-
rido, que habilmente o marcou,
auxiliado com a maior distincção
pela sr." D. Maria Cordeiro Roquet-
Eram de fino gosto algumas das
marcas, sendo por isso immensa-
mente elogiados os seus olíeren-
tes.
Que nos lembre, vimos n'estaele-
gante festa as sr." D. Amelia Pinto
Leite Ferreira e sobrinhas, D. Chris-
tina Roquette, D. Ernestina Anjos
Vaz, 1). Ernestina Vaz d'Oliveira
Soares, I). Mathiide e D. Pilar Ser-
gio de Sousa, 1). Maria do Carmo
Yianna, D. Izabel Roquette, D. Ma-
ria da Conceição Sarmento (Villar
Perdizes), M.llc Machado, D. Jose-
pha e D. Maria de Macedo Santos,
Mad. Felix da Costa e filha D. Alice,
D. Violante França, Mad. Rollin e
filhas, D. Edith Banhos, M.lles Pintos
Leites, D. Mathiide Cordeiro, Mad.
Seruya e filhas, D. Lice e D. Julia,
etc.. etc.
E os srs. Victorino, Annibal e Ar-
thur Vaz, Henrique Pinho da Cunha,
Eduardo Moser, Carlos Bobone, Pe-
dro de Castro, Antonio Luz (Coru-
che), João e Vicente Pinheiro de
Mello (Arnoso), D. Manuel de Mas-
carenhas (Sabugal), Luiz, João e
Pelas 8 horas da noite nas salas
do Grande Hotel, o movimento ex-
cedia muito o usual.
Ao jantar, que^orreu deveras ani-
mado, foi fevantado o primeiro
brinde pelo commandante do «Osa-
do». sr. D. Manuel Guimera, a Sua
Magestade El-Rei e aos portugue- zes; respondendo o distincto spor-
tsman o sr. Trindade Baptista, que
brindou a Sua Magestade a Rainha
Regente e a El-Rei D. AfTonso XIII.
Seguiram-se outros vivas ás ma-
rinhas d ambas as nações, ás famí-
lias, aos amigos, etc.
Assistiram a este jantar, que tão
gratas recordações deixou a todos
os convidados, alem dos srs. D. Ma-
nuel Guimera, commaudante do
Osado, o principd Pignatelli de Bra-
gon, primeiro official do mesmo
barco, os srs. Jorge de Mendonça,
João Vieira da Silva, Trindade Bap-
tista, Amadeu Ferreira d'Almeida,
Joaquim Mel trass, Marcos Vieira da
Silva, Eduardo Moser e João Brega-
ro.
Findo o jantar foram em carrua- 5em para o Casino de Cascaes, on-
e se dançava com enUain e onde
foram recebidos os ofliciaes hespa-
nhoes com salvas de palmas e vi-
vas á Hespanha, tocando o quinte-
to n'esta occasião a patriótica Mar-
cha da Cadiz uue foi ouvida de pé.
Os ofíictaes nespanhoes tomaram
parte no baile, sendo-lhes depois
oIFerecido uma taça de Champagne
havendo por essa occasião brindes
de parte a parte, dos quaes o pri-
meiro foi do sr. Visconde da Ribei-
ra Brava.
A despedida na estação foi ver-
dadeiramente enthusiastica, e se- gundo se diz os rapazes iniciado-
res d esta brilhante festa foram
convidados para um almoço a bor-
do, que parece se realisará na
quarta feira.
# * Passa incommodado de saúde o
sr. dr. Luiz Pereira da Costa, lente
da faculdade de medicina e presi-
dente da camara municipal de
Coimbra.
—Está melhor dos seus incommo
dos e ja hontem sahiu pela pri
o sr. Conselheiro Dias vez.
Na egreja de S. Pedro, em Cin-
tra, como os demais annos
realisou-se a primeira communhão
e Te-Dcum sob a direcção de Mad.
Deiphim Pereira.
Durante as ceremonias cantaram
as sr." Condessa de Seisal, D. Emi-
lia Corrêa Henriques (Seisal), D.
Maria do Carmo José de Mello, D.
Maria de Mello (Sabugosa), D. Car-
lota de Saldanha, D. Edith Schaw,-
Bastos, João Caldeira, Frederico
Dania Lobo, Francisco dos Santos
Moreira, João Viveiros Pereira,
Eduardo Sommer, Jorge de Men-
donça, Ricardo Silva, Amadeu Fer-
reira d'Almeida, Sergio de Sousa,
Taveira, Francisco de Magalhães
Domingues, Salon Buzaglo. Fortuna-
to Abecassis, A Felix da Costa,
Egydio Bastos, Wimmer, Alberto
Borges da Costa, João Bregaro, etc.,
etc.
Para sabbado annuncia-se outro
cotillon, offerecido por senhoras.
Dirige-o o distincto sportsman o
sr. João Bregaro.
No domingo, á hora do banho,um
grupo de rapazes elegantes foi vi-
sitar de guerra o Osado, que em
consequência da nortada arribou
aqui, como já dissemos ha dois dias.
Uma vez alli, os offlciaes convida-
ram os rapazes a virem a Lisboa
por isso que iam partir para este
ponto, a fim de estarem mais abri-
gados.
Ao chegar a Lisboa, os convida-
dos, querendo retribuir a gentileza
dos ofliciaes hespanhoes, convida-
ram-os a um jantar intimo no Grand
Hotel Mont'Estoril.
meira
Costa.
—Tem experimentado sensíveis
melhoras, depois do seu regresso de Caxias, a esposa do sr. Bento
forte Gatto, digníssimo capitão de
artilharia.
—Entrou em franca convalescen- sa o sr. Conde de Castro Minas.
—Está melhor a sr." D. Maria Leo-
cadia de Carvalho Daun e Lorena
(Pombal).
fiôsaiiiRíi
Receita eventual
O rendimento da receita even-
tual no dia 24 do corrente foi de
4:174*089 róis, eendo: 247*759
réis de eello de verba, 48*668
réis de diversas receitas e addi-
cionaea 159*409 ré 8 de emolu-
mentos e addieijnaes 3:718*261
réis de imposto de rendimento e
addicionaes.
O Banco de Lisboa e Açores,
pagou 3:660*623 réis de impos-
to de rendimento, descontado nos
juros de deposito desde 1 de ju-
lho até 31 de julho ultimo
A Companhia Oriental Fiação
e Tecidos, pHgou 269*222 réis de
imposto de rendimento desconta-
do no dividendo que começou a
distribuir no principio do corren
to mez por conta dos lucros do
corrente anno.
Banco Economia Portvgueza,
pagou 2*260 de imposto de ren
dimertto descontado nos jnros de
deposites á oídem effcctuados des-
de 1 de julho de 1897 a 31 de
dezembro do nr.e^mo anno.
As romarias
Em Relias
Terminou hontem a tradicio-
nal romaria ao Senhor da Serra.
A concorrência á quinta dos
srs. Marqueses de Bellas, onde
está situada a capella do Senhor
da Serra, foi extraordinária, não
havendo alteração alguma na or-
dem publica.
O serviço de policia bem feito.
O movimento de comboios foi
feito com exactidão, calculando-se
em 12:00.) o numero de passagei-
ros que transitaram para vários
pontos.
Os empregados da companhia
foram inexcediveia em bem servir
o publico.
Na Atalaya
Também terminaram hontem as
festas da Atalaya, sem que hou-
vesse Leto algum que alterasse
a ordem publica.
O serviço de policia foi bem
feito, sob a direcção do digno
administrador, er. D. Carlos Pe-
reira Coutinho, tendo como auxi-
liares os dois commandantes das
forças de cavallaria 4 e caçado
res 1.
Ante hontem á noite a festa
teve nm caracter familiar. Os fes-
teiros dos cyrios, com toda a sua
comitiva, percorreram as suas
iustallações, acompanhados das
respectivas sociedades musicaes.
Organisaram se algumas marchas
qux flambeaux, entre os festeiros
dos cyrios dos Terremotos, Fran-
cesiobas, Monserrate e Santos
H.ratem, na egreja da Athlaya,
houve, ás 8 horas da manhã, duas
festas p >r cantochão, promovidas
poios cyrios da Carregueira e
Olhos d'Agua.
O embarque dou cyrfto»
Os differentes cyrios vieram
procissionalmente até ao Cruzeiro
Grande, oude d'alli seguiram
para Aldeia Gallega, e ahi en-
Todos estes cyrios eram acom-
panhados por seis soldadoB de ca-
vallaria da guarda municipal.
Eu Almada
Na Cova da Piedade termina-
ram hontes as festas á Senhora da
Piedade, havendo missa resada.
ás 9 horas da manhã, na capella.
A 6 4 horas da tarde começou o
arraial, tocando no coreto a ban-
da de infanteria 7. sob a regência
do seu mestre, sr. Taborda.
Alternadamente, tccaram aa
philarmonicas Piedeuse e Incrí-
vel Almadense.
A' meia noite foi queimado um
vistoso fogo de artificio.
A concorrência de povo foi nu-
merosa
A' noite, na occasião do embar-
que em Caçilhas, houve a costu-
mada balbúrdia, trocando se al-
guns 8-.CCu8.
A força da guard* municipal
que alli estava ftzondo a policia,
teve que firmar um cordão, afim
de evitar qualquer desgraça.
Congrefttto Internacio-
nal da Imprensa
Reuniu bontein á noite a com-
o.iesão executiva, presidiudo o
er. Antonio Enned. conferencian-
do se com o ar. Costa Pinto, pre-
sidente da cumara de Cascaes,
cerca da digressão áquella villa,
e discutindo se alguus números
do programma definitivo.
Desmoronamento d'uma bar-
reira—ires homens so-
terrados.
Na villa de Alhandra nas obras
a que alli se esta procedendo, pa-
ra edificação às escola Sousa
Martins, deu se hontem de manhã
uma lamentável desgraça
De ante hontem para hontem
pernoitaram na obia quatro ope-
rários, e quando de manhã outros
companheiros chegaram alli, o
subrevivente participou-lhe que
uma barreira tinha desmoronado
soterrando os seus três compa- r ~ v^oit^ga^ u QUI CU" vw vwuo WUUjpa" tão embarcaram em faluas os de I nheiros, salvaudo se ello a custo I <>iLA« nAin r..«.!_ J « Lisboa.
Chegada dos cyrios
Da At8?aya regressaram hon-
tem de tarde os seguintes cyrios:
O da Lapa desembarcou no
enes, em frente da Companhia do
Gaz, ás 5 horas da tarde. Compu-
nha-8e da irmandade, conduzindo
a cruz alçada ladeada por ciriaes,
estandarte, 6 aojos e 4 virgens, o
andor da Benhora da Atalaya,
ladeado por dois soldados de ca
vallaria da gu*rda municipal.
Quando chegou á egreja da La-
pa queimaram se muitos foguetes,
cantando-se a ladainha por vozes
e orgão.
—Os de Santa Izabel e San-
tos-o-Velho,debeinbacaram á mes
ma hora, levando tembem anjos e
virgens e nma banda de musica
—No Terreiro do Paço desem
barcou ás 6 horas da tarde o cy-
rio de S. Lourenço, levando cruz
alçada ladeada por dois ciriaes,
estandarte, 4 anjos e 5 virgens e
o andor da Senhora da Atalaya,
ladeado por 4 lanternas.
Fechava o préstito uma banda
de musica.
—A's 7 horas chegaram ao caes
das Culumoas os cyrios de Santa
Jcanna.
pois poude fugir quando as terrae
começavam a alluir.
Oi infelizes operários que mor-
reram chamavam se Constantino
Azenha, do logar da Cotovia,
Martiniano Exposto e Marcellino,
ambos do logar de S. João do
Monte.
Desastres
José Avelino da Silva, menor
de 13 annos, residente na rua de
Santa Martha, seguia hontem pe-
la rua do Arco do Cego levando
um cavallo á redea, quando este
ee eapantou, e atirou com o con-
ductor a terra.
O infeliz partiu dois dentea e
ficou muito magoado.
Recebeu curativo no hospital
Estephania.
—Maria d'Assumpção Vieira,
moradora na roa da Palma, cahiu
desastradamente, ferindo se na
cabeça
Recebeu curativo na pharmacia-
Santos.
—Antonio Vieira, morador na
rua de S. Viceote, 52, loja, rece-
beu hontem curativo no hospital
da marinha em consequência de
ter cahido nas escadinhas de D»
Rosa, fracturando o braço direito.
Depois de pensado foi entre*
gue aos cuidados de seu filho.
GS DRAMAS DE PARIS
ROCAMBOLE
Da
Pennon du Terraftl
22-i-FolhetiIll do Diariu llluslrail»—00-8-08 colera de Armando. Atirou para longe a espada,
inelinou-se para Rocambole, pensou a ferida cóm
um lenço e deu as competentes ordens para que o
ferido fosse immediatamente transportado para um
edifício visinho do castello
Dez minutos depois, Rocambole ferido, com os
sentidos perdidos, eslava dèitado debaixo do mes-
mo tecto onde quizera introduzir o luto uma hora
antes; um creado montava a cavallo para ir bus-
car um medico, e o conde de Kergaz, esquecido
das injurias, installava-se á cabeceira d'aquelle ho-
mem que se fizera o instrumento do seu mais cruel
inimigo.
Quando recuperou os sentidos, Rocambole viu o
conde de Kergaz sentado a dois passos de distan-
cia do seu leito, e adivinhou immediatamente tudo
quanto se havia passado.
Ao pé do conde estava um homem vestido de
preto que Rocambole julgou ser um medico; con-
versavam ambos em voz baixa. Comtudo o ferido
ouviu o que elles diziam.
—Com que então, doutor, o ferimento é grave ?
perguntou o sr. de Kergaz.
—Muito grave, sr. conde.
— Róde resultar a morte?
—Receio muito isso.
O medo apoderou-se de Rocambole. 0 bandido
oão queria morrer. |
0 conde approximou-se do leito, viu o ferido
com os olhos abertos, e fez um signal imperceptí-
vel ao doutor. ,
Provavelmente recommendando lhe silencio.
0 doulor approximoo-se também, pegou na mão
do falso marquez, certifícou-se de que tinha febre
SEGUNDA PARTE
O CLUB DOS VALETES DE COPAS
—Ali! traidor, murmurou Armando, tu empre-
gas o jogo italiano! Felizmente também o co-
nheço.
K o sr. de Kergaz apertou Rocambole perturba-
do por ver o seu segredo descoberto pelo adversá-
rio; impelliu-o até o vallado que separava o par-
que do jardim e abi, como não podia avançar mais
e por isso que o discípulo de sir Williams perdia
invencivelmente o sangus frio e a presença de es-
pirito depois que fôra parado o bole, Rocambole
recebeu em cheio uma estocada no peito.
0 ferido soltou grito, deixou cair a espada e
^iu elle proprio banhado em sangue. Vide gravu-
rana\.'paq)
Aquelle espectáculo dissipou immediatamente a
e levou o sr. de Kergaz para o vão d'uma janella
onde se poz a conversar com elle.
—Com mil diabos! pensou Rocambole sentin-
do no coração um impeto de colera contra sir
Williams, se tenho de morrer, ao menos morrerei
vingado. Tirarei a mascara áquelle homem, em
quem depositei tanta fé que me levou até a perder
a vida.
A partir d'este momento o terror da morte apo-
derou-se do ferido e attingiu proporções inauditas
Sentiu que lhe nascia n'aima um odio feroz a sir
Williams, e como o conde se approximasse e lhe
perguntasse cora bondade se ia melhor, respondeu
arrebatadamente:
—Senhor conde, eu queria estar só com v.
ex.# por espaço de uma hora; queria confiar-
Ibe um segredo que não deve ir commigo para a
cova.
0 conde fez um signal ao doutor que sahiu, e
ficou só á cabeceira do ferido
—Falle, senhor, eu o escuto, disse elle.
—Sr. conde, proseguiu o falso marquez, eu ouvi
o medico affirmar ainda agora que o meu ferimen-
to era mortal, e não quero morrer sem que saiba
quem eu sou, e qual o motivo secreto do meu pro-
cedimento
0 conde fez ura gesto de espanto.
—Eu não me chamo o marquez D. Inigo, não
sou o brazileiro, e captei a confiança do sr. Urbano
Mortonuet, do Havre.
— Quem é pois o seuhor? perguntou o conde.
—Fui o instrumento, o braço, o agente activo
d'um homem a quem chamarei, por agora, sir Ar-
thur Collins.
Armando estremeceu e disse:
—Creio ter ouvido pronunciar esse nome.
—Fui eu que sob o nome de visconde de Cam-
bolh me bati com o sr. Fernando Rocher.
—0 senhor?
-Eu, que com o auxilio de sir Arthur Collins o
fiz transportar para a rua Moncey para o antigo
palacete de Baccarat, onde foi recebido pela Tur-
queza. Ora, sabe o sr. condo quem era esse sir
Arthur Collins?
0 conde estupefacto olhou para o ferido.
—Era um homem que queria arruinar o sr.
Fernando Rocher, e deshonral-o, lançando aos pés
de sua mulher o joven conde de Chateau-Mailly.
—Mas, senhor, atalhou o conde, que nada sa-
bia d'esta historia, porque, segundo a recommen-
dação de Baccarat, todos haviam guardado segredo
delia, a que attinge isso que me diz?
—Espere, replicou Rocambole. Uma noite, um
outro homem que o sr. conde conhece, Leon Rol-
land, conduzido por mim, penetrou no quarto de
Turqueza, a quem amava, e encontrou lá Fernan-
do Rocher. No momento em que'elle entrava, Tur-
queza apagou as luzes. Leon não reconheeeu Fer-
nando e lançou se sobre elle armado d'uma faca.
Felizmente para elle, uma mulher que nos perse-
guia, a mim e a sir Arthur, appareceu com uma
luz na mão.
—Baccarat? exclamou o conde.
—Sim, respondeu Rocambole com um gesto.
0 plano, habilmente concebido por sir Arthur
Collins, cahiu por terra e este teve apenas tempo
de fugir.
L«.o«-r ifio
D. Carolina Correia Botelho
Castello Branco d Azevedo
Acaba de fallecer na Pcvoa do
Varzim, onde etttava a banhos,
esta illustre senhora, a irmã de
Camillo, ume dos ara. Conseibei-
roa Antonio e Joaé d'Atevedo
Castello Branco, a quem dirigi
mos sentidos pezaines.
Residia em Villarinho da Sa
mardâ, na seira do Mesio, entre
Villa R^al e Villa Pouca de
Aguiar, e fô a esposa amantíssima
do afamado medico Atevedo, de
renome em toda a provincia de
Traz os Montes.
A sua vida de esposa e mãe
em toda a singeleza dos costumes
bons, apparece descripta em mui-
tos livros de Camillo, que tinha
pela irmà, e pelo viver siogalo de
quo partilhou na mocidade, as
xnuis enthusi&8ticas recordações,
quando uo apogeu da gloria litte-
raria memorava esse periodo de
bonnnça
A' mão temos nós o 3 * volume
sintio dos Serões de S. Migutl de
tSeide, e d'elle vamos transcrever
um a'esses quadros.
E' o seguinte:
«Quaudo eu tinha dezesete an-
nos, vi rocem nascida, nos braços
de sua mãe, uma creança que é
hoje Antonio d'Azevedo Castello
Branco, auctor da Lyra Meridio-
nal. A mãe do pequenito era mi
ubá irmã O pae era um medico,
na fbr da eaade, com uns bellos
olhos absorventes de Jus, e a fron-
te grande a irradiai a cm talento,
em claridades de boa alma alio
ctiva e devotada ás prociigalida-
des do bem fazer. Estava no gru-
po um sacerdote, o reitor, irmão
do medico Teria trinta e oito ân-
uos. Ainda o conheci não loege
da mecidade. Um homem genti-
lissimo, as mais harmoniosas li-
nhas e curvas de belleia varonil
que ainda vi. Sempre cob olhos e
nos lábios as lagrimas ou os sor-
risos do coração compadecido cu
exultante. Escasso de palavras. A
reflexão em demasia escrupulosa
apoucava-lhe os dons da eloquen
cia; mas, se era preciso sahir ao
baluarte da sua Fé menoscabada
por um voltaireano doutorado em
Pigault Lebiuu, então sim, era
facundo, traçava gestos grandio-
sos sem artifício, e até a voz se
lhe timbrava extraordinariamente
em tonalidades reprehensivas,
mais insinuantes que os próprios
argumentos dogmáticos. Este le-
vita era o padrinho da creança
que eu beijei n.a braços de miuha
irmã, ha quarenta e um annos.
Naturalmente, deseja-se saber
onde é que eu vi este grupo—o
menino nos braços materoaes, o
medico a espelhar nas pupillas
caridosas o seu primogénito, o
reitor a contemplar o afilhado, e
talvez a pedir aos anjos fios de
graça divina para lhe ir urdindo
a alma, dia a dia, anno a anno,
até podei o offerecer a Deus co
mo a melhor e suprema obra do
seu amor.
Onde é quo estava o grupo?
Exigem se os processos—as in
flueucias mez.togicas, as condi-
ções de adaptação ao ambiente, o
meio, o solo, o clima, a flora, &
fauna, em fim a scicucia que ex-
plica as pessoas pelas coisas.
O rap&sinho que eu vi então é
quem ha do responder agora ás
psrafusaçõeB respeitáveis doa bio-
logos:
N'um deiconhecido valle
Do nosso belio paiz,
A minha aldeia natal
Está no meio de mattaa
E fragosos alcantis.
Que formosas perspectivas!
Que murmúrios, que cascatas!
Que pradarias! que fontes
De correntes crystalinas
Pelas escarpadas ribss!
A par de verdes collinas,
Piagosos, despidos montes.
Mas o nome da aldeia? Elie
não o diz, e dá a razão do sigillo;
ê
O nome... não digo o nome;
P« rque, em fallecendo, quero,
Por cumulo das vaidades,
Ter o posthumo prazer,
Que talvez sentira Homero,
Quando por sete cidades
A gloria foi disputada
De o poeta lá n»scer.
Pois a mim, como parente, não
me importa a vaidade posthuma
de que sete cidades disputem o
gloria de ter ouvido os primeiros
vagidos do meu sobrinho.
Eu ó que vou estamparem per-
petuo» vorstaletes o nome da al-
deia, e acabar de antemão com
futuros litigioB e retaliações in-
juriosao entre os respectivos jor-
nalistas das varias cidades. E' que
sinto a nostalgia d'aqueila povoa-
çãoBioha, ha moitos annos—uma
saudade inveterada como a remi-
niscência d'um primeiro amor, e
único feliz Na minha mocidade,
nada mais vejo. Não o&aci lá; mas
ahi foi que me alvoreceu o arre
boi do iotendimento, a ancia do
trasladar ao papel o diluculo d'es-
sa alvorada; foi ali qae fiz os
raeus primeiros versos .. versos,
mau Deus! não—a primeira pagi
na da minha biographia de lagri-
mas.
A aldeia chsma-se Villarinho
da Samaudih. Demora ern Traz
os-Montes, na comarca de Villa
Real, sobranceira ao ri » Corrego,
no desfiladeiro de uma serra sul
cada de barrocaes. E' citada nos
epigrammas de Filinto E»yaio co
mo typo do chalaça, de galhofa,
do 3urriada. Segundo aquelle m*8
tre do gerúndio e artifice de li-
uh&s corneauiente esquinadas que
a calumnia chama verses, dizer a
um luso que a sua patria era a
Samardan, equivalia a um Zut dos
gavrehes franceses de hoje em
dia sibilado ás orelhss do foras
teiro de Pont á Mousson ou Bri
veda-Gaillard—as S»mardans da
França, symbolicaa da burlesco »
Alfandega
Foi collocado no posto de des
pacho aduaneiro no Matadouro o
3 ° aspirante er. Julio Pinto Go
mes da Costa, que estava na 2 a
repartição.
—Proveniente dos direitos do
consumo do gado bovino abatido
no Matadouro municipal durante
a semana finda, entrou hontem
em receita da alfandega a quan-
tia de 8:170#675 réis, em relação
a 567 rezes adultas e 189 adoles
cenf.es
— No La Plata veiu de Bor
deaux uma caixa com papeis de
credito para a Junta do Credko
Publica.
—Vão ser vendidas em leilão
du8B caixas com diversos artigos
que foram arrestados para paga-
mento da multa de 200£000 róis
em que foi condemnada a firma
Pires & Barata, com pharmacia
na rua do Almada, por causa da
apprehensão de certos objectos
prohibidos.
—No vapor Cabo Verde vieram
os seguintes productos das nossas
colonias em Africa Occidental:
Café, 7:716 sacas; cacau, 5:849;
borracha, 1:590; c>conote, 796;
ccccs, 69; quina, 250 fardos; cera,
37 gumella*; gomma 30 barris,
39 sacas e 22 caixas; pelles 15
volumes e í caixa; aguardente 2
garrafões; farinha 2 caixas; cou
ros 1404
—Fflleceu o operário de 2 a
classe de trafego Antonio Neves
A vaga resultante não será preen
chida.
—Foi nomeado chefe do escri-
ptorio do monte pio das alfande-
gas o sr. C-mselheiro Raposo de
Carvalho.
—Pelo vapor La Plata exporta
& fi-roa A. Costa Carvalho & Ca
5:000#000 réis em notas do Ban-
co de Portugal.
Despachos ecclcsiasticos
Alfredo Joaó Rodrigues, apre
sentado na egreja parochial de 8.
Pel&gio de Ovadas, Rezende; Au
tonio B isso Marques, parocho col-
kdo na egreja de Nossa Senhora
d- Conceição de Villa Velha de
R«.daxn, apresentado na egreja pa-
rochial de Noisa Senhora da Con-
ceição do Crato; A. C- Pires, pa
rocho collado na egreja do Salva
dor da Trofa, apresentado na egre-
ja parochial de Mira, (Cantaohe
de); Antonio D. Leão, parocho
collado na egreja de S Joaoninho
apresoutado ua egreja p*r*chial
de Nossa Senhora da Assumpção
de Santa Comba Dã ; Antonio
Ferreira de Almeida o Freitas,
apresentado na egreja parochial
de Santo Izidro de Eixo, (Aveiro);
Bernardino Antonio de Almeida,
p-«rocho collado na egreja de S.
Thiago de Guilhofrei, diocese de
B;-aga, apresentado na egreja pa
rochial do S. João Baptista do
Mosteiro, (Vieira); João Correia
de Almeida, paroebo collado na
egreja de S Migue! de Geirã, (Vi
zeu) apreaootaav n>i egreja paro
chiai de S. Miguel de Bodiosa,
(V-zeu); José Marques de Casti-
lho, apresentado na egreja paro
chiai de Nossa Senhora da Expe-
ctação de Lorvão, (Penacova,);
José Marques Diss, parocho col
lado na egreja de S. Pedro de Po-
vo'ide, apresentado na egreja pa-
rochial de S. Pedro de Espinho,
(Mangualde); declarado sem ef
feito o decreto pelo qual Manuel
Jorge Marçal foi apresentado na
egreja parochial de S. J-ãoBaptis
ta de Seix^ de Gatões, (Monteinór-
o Velho); presbytero Manuel Jor
go Marçal, apresentado na egreja
parochial do Nossa Senhora do
Rosai io da Marinha Grande.
Hospital militar
Reuniu hontem a junta hospita-
lar do iuspecção, sob a presidên-
cia do sr. dr. Guilherme Joré Ea
nes, cirurgião da divisão, fendo
CDmo vogaes os sra. drs. Carlos
Moniz Tavares, director do hospi-
tal sr. Almeida Campos, cirurgião
de brigada.
Foi julgado incapaz dn serviço
activo, o coronel do regimento de
caçadores n 0 3, sr. Eugénio Car-
los Vaz Soares; incapazes do ser
viço temporariamente o tenente
coronel de caçadores 8, sr. José
Joaquim Simões de Campos e ci
rargião ajudante de infantaria 16,
sr. José Alfonso Bastos Neves.
Carece continuar na mesma situa-
ção, o capitão de quadro das pra-
ças de guerra em inactividade
temporária sr. João Theodoro da
Silva Rosa.
A junta arbitrou as seguintes
liceuças: Ao major de estado
maior de infantaria, sr. Antonio
Maria Botelho de Lacerda 60
dias. para ir fazer uso das aguas
do Vidago na sua origem e mais
tratamento; 40 dias para se tratar
ao capitão do c&vallaria 9, Alfro
do Albino da Fraoç4 Mendes; 90
dias para o mesmo fim, ao capitão
de caçadores 2, Manuel Gregorio
Rocha; 60 dias, idem, ao alferes
do infantaria 19, Augusto Correia
de Sampaio; 60 dias, idem, ao ai
feres de . iaf-nturia n.# 1, José
Virgolino Ffio Quaresma para
fazer uso das aguas dos Cucos
oa sua origem.
Foram também presentes á jun-
ta 31 praças que ali entraram em
tratamento e que tiveram vários
destinos.
- Ordem do exercilo
A publicada hontem:
Promove:
Est. mai. de eug: a m*j., Anto-
nio Carlos C>eiho de Vasconcel-
los Porto; a cap., João Maria de
Aguiar. Eat m«i de inf: a cap.,
Manuel José Mendes Gard. fisc:
a cap, Francisco Ludovioo de
Noronha.
Nomeia:
Augusto Mathias Guodea, ten.
cor. de inf. 5, ch«*fe da repartição
do gahiúcte do mioistro da guer
ra; Alexandre Martins Pamplona
Ramos, cirurg. ajud. dn res.; Fran
cisco Xavier Correia Mendes, sjd
de campo do ministro]da guerra;
Alberto Ferreira da Silva, secre
tario da commisaão superior de
guerra.
Exonera:
José Manuel de Elvas Cardeira'
a seu pedido, de chefe interino da
repartição Qo gabinete do minis-
tério da guerra, quo desempenhou
com o maior zelo, dedicação intui
ligoncia; cap. do est. maior Joa-
quim Antonio Pinheiro, do ajud.
de campo do ministro da guerra,
cargo que desempenhou ccm mui
ta intelligencia e notável dedica-
ção; de ajud. de inf 20, pelo ha
ver pedido o ten Affonso Men-
des.
Pelo estrangeiro
TELEGRAMMAS
A' ultima hora
PARIS, 29, meio-dia.
Os jornaes parisienses applau-
dem o acto ae humanidade do
Tzar, e não duvidam de que o seu
projecto de conferencia interna-
cional para a paz tenha já recebido
a adhesão das potencias, mas mos-
tram se algum tanto scepticos a
respeito dos resultados.
LONDRES, 29, meio-dia.
Os jornaes inglezee prevêem
grandes difflculdades na pratica do
projecto pacifico do Tzar.
(hfavas)
Chronica religiosa
Nas Commendadeiraa de San-
tos, ás 9, missa da Paz; ás 7, ado-
ração ao Santíssimo.
—Nas Mercês, ás 8, missa,
distribuição do Pão de Santo An-
tonio e pratica pelo rev. Feri eira
da Motta.
—Na Encarnação, ás 8 1|2,
missa e distribuição do Pão de
Santo Antonio.
—Em Liada a-Velha tem lo
gar, no dia 4 de Setembro, a fes-
ta e arraial á Senhora do Cabo
—Na Real Capella da Memo
ria, em Belem, realisar se-hão as
seg-iintes solemnidades:
No dia 3 de Setembro, anniver-
sario da dedicação da Egreja,
missa solemne por musica a ex
pensas da Casa Real.
No dia 8. festa á Senhora da
Silvaçâo, ás 8 horas, missa reza
da por 8. ex a o rev. sr. Bispo de
Meliupor, acompanhada de har-
monium, cantos religiosos e com-
munháo geral.
A's 11 horas exposição do San-
tíssimo Sacramento, missa solem
ne a instrumental o sermão. E'
orador o muito rev. padre Bor-
ges.
A's 6 horas da tarde sermão pe-
lo rev. padre Pires Monteiro.
Em seguida solemnissimo Te-
Dcum, hymno á Virgem, reposi
çâo e Benção do Santíssimo.
Camara municipal de Lisboa
Em consequência de não ter
havido licitantes na I a primeira
praça aberta Lontem p ira torne
cimento do carvão de pedra para
o matadouro, a camara mandou
annunciar 2 a praça quo deve ter
logar no dia 6 do proximo raez de
sotembro, tendo sido augmenta
da a base da licitação de 5 0j0.
— A camara ofliciou á sr. D
Emilia d'OJiveira Pires, morado-
ra na rua cireita de Paço d'Ar-
co8 u ° 184 pedindo auctorisação
para com um tubo de chumbo
atravessar uma propriedade que
esta sr a possua a fim de condu-
zir agua para o chafariz situado
no largo de S. João Baptista por
isso que a camara em^ vista do
parecer do sr. sub-delcgado de
sau lc, que declara ter encontrado
na analyse feita ás aguas do cha
fariz do Lumiar o bacillus, man
dou cortar a canaliaaçào para es
te chafariz.
Desordens e aggressoes
Fructuoso Gonçalves de Lima,
morador ua rua das Madres, 12,
3 °, f ji hontem preso na rua de
S Marçal, por aggredir com soe
cos Iztdoro Ferreira dos Santos,
morador na travessa da Nazareth
resultando lhe ums contusão no
braço esquerdo
—José Jotqu-m Marques, mo
rador na rue do Loureiro 31, 2 °,
queixou se á policia de que ante-
hontem á noite quando passava
pelo caminho do Forno do Tijolo,
foi aggredido com uma bengala
da por um individuo que não co
nhece, resultando lhe um ferimaa-
to no ro8to,pelo que recebeu cura
tivo no hospital de S José.
Theatro de Montcmdr-o-Novo
Sabemos que o elegante thea-
tro de Montemór o Novo não está
alugado para recitas durante os
3 dias de feira, 4, 5 e 6 de Se
tembro. E' boa occasião para
qualquer troupe ir a Montemór.
Furtos
Queixou-8e á policia Jorge An"
tonio da Costa, morador na rua
de S Francisco de Paula, 42, de
que tendo embarcado no vapor
para Cacilhas, alli lhe furtaram
uma carteira com 42£500 réis.
—Laura Maria do Espirito San-
to, residente na rua da Reguei-
ra, 37. queixou se á policia de
que na feira de Belem lhe furta-
ram uma sombrinha e uma pe-
quena mala de mão, que tinha
collocado sobre um banco de pe-
dra onde estava sentada.
—Luiz Carlos da Silva, resi-
dente na travessa do Terreirinho,
foi hontem preso por furtar um
relogio de prata e 280 réis em di-
uheiro a Francisco Ferreira, re-
sidente na rua dos Lagares, 66.
—Queixou se hontem á policia
Augusto de Oliveira, morador no
largo do Soocorro, 18, de que lhe
furtaram uma carteira com réia
50^000, suspeitando de um tal
Ferreira, residente na rua da Ata-
laya, com quem andou toda a noi-
te.
—Francisco Marques, morador
no largo dos Mastros, f^i hontem
preso por ser accusado pelo seu
companheiro de casa, José Lopes,
de que lhe furtára a quantia de
10#500 réis
—Maria Emilia Galvão tam-
bém se queixou á policia que ten-
do ido ao Mercado da Praça da
Figueira alli lhe furtaram uma
cartoira com 50£000 réis.
Pequenas noticias
Em Espozende tém apparecido
muitas notas de 1£000 reis falsas.
A policia procede a averiguações
para descobrir a sua proveniência.
—Na freguezia do Canedo, Feira,
está grassando com alguma inten-
sidade a epidemia da variola.
—No mercado ultimamente reali-
sado na villa da Feira, o milho
amerello vendeu-se por 680 réis os
20 litros e o branco a 780, egual
medida, apparecendo muito pouco.
—Dizem de Villa Verde: A continuada estiagem tem preju-
dicado muito a agricultura n'este
concelho, havendo uma notável fal-
ta de feijão. A colheita do milho
temporão, ju)ga-se que será dirai- nuta. 3
—Tem sido muito pouco concor-
da a feira de S. Bartholomeu em
Coimbra.
—No dia 8 de Setembro proximo
realisa-se no Coliseo da Figueira da Koz, uma extraordinária corrida
de toiros em que tomam parte al-
guns dos nossos principaes artis-
tao.
—Já começaram a fazer-se no
concelho de Coimbra as colheitas
do milho e feiiáo das terras altas.
A producção é, como se esperava,
muito escassa, e alguns campos
não produzem sequer a semente.
—Foi restabelecido o serviço do
vales e cobranças postaes nos con-
celhos restaurados de Ílhavo,
Aguiar da Beira e Oliveira do Bair-
ro.
Espectaeolos
A's 8 3|4—TRINDADE.
Grã-Duqueza A's 8 3|2.—AVENIDA.
Alli... á preta.
A's 81|2 — PRINCIPE REAL.
Num xe xabe.
EDEN-C0NCERT0 (Jardim de S.
Pedro d'Alcantara).—Toda& as noi-
tes ás * horas: bailado e canto pela
troupe de hespanholas. Coucerto
por um magnifico sextteto.
—Mas, exclamou o sr. de Kergaz, quem é esse
sir Arthur de quem me falia?
—Espere, sr. conde, espere. Sir Arthur sonhara
vastas combinações, e associara-me a ellas; eu
era o seu instrumento. Um dia imaginou fazer as-
sassinar a marqueza Van-Bop por seu marido, em
um accesso de furor e zelos, afim de tornar o mar-
quez livre para que podesse casar mais tarde com
sua prima a indiana Dai-Natha.
—Como! exclamou o conde, essa mulher que
encontraram morta no seu palacio dos Campos-Ely-
8eos ?
—Ao lado d'um mancebo banhado em sangue,
maa respirando ainda.
—Sim, o seu amante, a quem havia assassina-
do, segundo se disse.
—Erro, sr. conde. 0 mancebo era eu, e a mão
qne me feriu foi a do sr. Arthur Collins.
Então Rocambole, a quem a morte parecia con-
ceder o tempo necessário para fazer uma confissão
geral, contou minuciosamente todo o vasto drama
que ja narramos, cujo desenlace precipitado fôra
devido a Baccarat.
Todavia o ferido continuava a designar Andréa
pelo nome de sir Arthur Collins, mas uma suspeita
vaga começava a predominar no conde.
—Mas afinal, senhor, disse elle com impaciên-
cia, quem era esse sir Arthur Collins?
—Logo lh'o direi, e dé-me licença que conti-
nue.
—Quando sir Arthur viu que cabiam por terra
as sua3 duas primeiras combinações, quiz experi-
mentar uma terceira. Esta tocava-lbe de perto, sr.
conde, como vae vér. Com rasão ou sem ella, sir
Arthur imaginara que se em c nsequencia de
um aconteciraeuto qualquer, a sr.1 condessa de
Kergaz ficasse viuva, poderia vir a casar outra
vez...
0 conde de Kergaz estremeceu.
—Sr. conde, proseguiu Rocambole, sir Arthur
queria casaz com a sua viuva, e encarregou-me
de o matar.
Armando soltou um grito.
—Nunca estive enamorado da sr.* de Kergaz,
continuou o ferido; nunca ergui para ella os olhos
por minha propria conta.
—Mas então esse duello com meu irmão An-
dréa? murmurou Armando com voz tremula.
—Sr. conde, di«se Rocambole, olhe bem para
mim, não me conhece?
—Não, respondeu Armando.
—Lembra-se de Bougival?
Armando estremeceu.
—E lembra-se também d'uma noite em que me
apoiou um punhal ua garganta?
Estas palavras foram um raio de luz para Ar-
maudo.
—Rocambole! murmurou elle.
Era eu quem conduzia a sua carruagem de pos-
ta, no dia em que encontrou no caminho do Cas-
tello de Magoy o seu irmão Andréa, extenuado e
quasi moribundo.
0 conde fez um gesto de surpreza e Rocambole
continuou:
—Sir Arthur Collins chamava-se n'outro tempo
sir Williams, e sir Williams, como sabe, era o
visconde Andréa.
—Oh! axclamou Armando com voz suffocada.
—Foi elle que me fez aprender por espaço de
tres mezes, e em sua intenção, sr. conde, esse
bote italiano que parou com tanta per-eição, e foi
elle quem ha duas horas na extremidade do par-
que, me indicou o caminho.
—Infame! balbuciou o sr. de Kergaz.
E lembrou-se de que uma noite viera Baccarat
dizer- he: «Andréa ô um traidor!» e elle repellira-a
replicando: «Andréa é um santo!» Rasgava-se afi-
nal o veu que vendava os olhos do sr. de Kergaz
e logo comprehendeu toda essa obra premeditada
de vingança, que o génio de sir Williams conce-
bera, conduzira, e que a Providencia derrubava no
momento extremo.
—Senhor conde, disse Rocambole, se ainda du-
vida posso fornecer-lhe uma prova authentica, ir-
recusável.
—Falle, respondeu o conde.
—Essa prova, vou-lh'a vender.
Armando olhou para elle estupefacto.
—Não foi o arrependimento que dictou esta mi-
nha coufissão, foi a vingança. No moraeuto de
morrer, comecei a odeiar esse homem em quem
depositava tanta fé, e não quiz morrer só, compre-
hende?
—E então?
A esta hora Baccarat está ameaçado d'um peri-
go peior que o da morte. Se eu fallar, o sr. conde
pôde salval-a das mãos de sir Williams; se me
calar está perdida!
—Falle, falle, atalhou vivamente o conde, de
quanto precisa? 0 que quer?
—Quero apenas a sua palavra de que no caso
do medido se enganar, e se não fôr mortal a mi-
nha ferida, v. ex.* me perdoará e não me entrega-
rá á justiça.
—Dou-lhe a minha palavra de cavalheiro, juro-
lhe que sahirá livremente de minha casa, respon-
deu gravemente o conde.
—E, accrescentou Rocambole que pensava sem-
pre no futuro, mesmo em presença da morte, dar-
rae-ha cem mil francos e um passaporte para In-
glaterra.
—Prometto tudo, mas falle.
Rocambole, tendo feito o raciocínio, aliaz muito
simples, de que possuiria cem mil francos de Ar-
mando, se não morresse do ferimento, os quaes
reunidos aos eem mil francos do conde Artoff, lhe
constituiriam dez mil francos de renda, não viu
inconveniente algum em denunciar o ultimo se-
gredo de sir Williams, e disse a Armando tudo
quanto sabia dos projectos de vingança de Andréa
contra Baccarat, n'aquella occasião a bordo do
Fowler.
Esta ultima revelação restituiu toda a energia
ao conde de Kergaz.
—Um cavallo! exclamou elle, puxando violenta-
mente pelo cordão da campainha.
Dez minutos depois, Armando seguido de quatro
creados armados, galopava pela estrada de Saint-
Maló.
—Bom! pensou Rocambolo a quem o terror da
morte tornava feroz contra o seu mestre, vaes
passar um mau quarto de hora, meu caro sir Wil-
liams. .. e eu não morrerei só!
(Continua).
DIÁRIO XLLTTSTRADf»
Pl LU LA s
pjfHARTlQ
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Para o tratamento e prompta cura das ,
Moléstias <lo estômago e dos intesti-
nos, moléstias do fígado, dyspepsia, in-
digestões, cólicas, nauseas, diarrhea,
prisão de ventre, falta de appetite,
incommodos depois do comer, enxa-
quecas e dores chronicas de eaboea,
riieumatismo e nevralgias, w'
da pelle, moléstias periuàic;..
senhoras, e, além d'estas, m dtas .
enfermidades que se classilição c*el aixo d
Infinidade de nomes, todas porém, oriund
mesma causa, a saber,
Desarranjos dos orgSos dl éi^e-
e assimilação,
donde provem a impureza e o enfia
do sangue, com a debilidade e cci
todos os orgãos vitaes do systema.
Procurem-se
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de qualquer propriedade, o poder entrar com um terço da importauch
da compra, ficando de caução a propriedade até final pagamento.
0 mesmo agente tem á seu cargo a administração de differenteí.-
propriedades, e a procuradoria de casas importantes, do que continua
a encarregar-se com zelo e actividade.
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os negocios estarem concluídos ou em caso de desistência dos interes-
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issociações e Misericórdia. lt.° dis-
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do estanelecimento balnear
bem como o Hotel actualmente a
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dc Coimbra, antigo encarregado do
Hotel Bragança.
Os excellentes resultados obtidos
com a applicação d'estas aguas,
justificam o successive amrmento
no seu consumo.
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phulose, rheumatismo, moléstias de
pelle, ainda as mais rebeldes, sv-
phylis, padecimentos do estornago,
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testinos, leucorrheas, anemia e chlo-
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companhia, rua de S. Julião, 142,
l.°; nliarmacia Azevedos, Rocio;
José Peliciauo Alves d'Azevedo-. R.
do Principe, 32 a 37.
Camara Mu-
nicipal de
Lisboa
2* PRAÇA
A Camara Municipal manda an- nunciar que recebe nova-
mente propostas em carta fechada,
nos paços do concelho, até á 1 ho-
ra da tarde do dia 6 do proximo
mez de Setembro, para o forneci
menl
(appi
pedr.
mento de 100:000 kilogrammas
roximadamente) de carvão de pedra destinadoao serviço das of-
ficinas dos matadoiros municipaes
de Lisboa.
0 preço base da licitação foi au-
gmentado de 5 0|0, achando-se as
demais condições da arrematação
desde já patentes na secçoã central
da secretaria d'esta camâra.
Paços do Coacelho, 29 de Agosto
de 1898.
0 secretario interino da camara.
F Peiroso de Lima.
4949
O acaso, sem que para isso em
ibui nada contribuísse ,transtor-
nou em parte o projectado. Vejo-
ine só, e com poucas esperanças
das tuas noticias. Fizeste a pergun-
ta, mas estarás talvez arrependida.
Pela minha parte, Unho a consciên-
cia de ter feito tudo o possível;
não irei mais além. Estas coisas,
témverdadeiro merecimento, quan-
do espontâneas. Imploradas a todo
I o momento, tomam um caracter di-
j verso. Conheces o meio; poderás
i usal-o sem perigo. Até um dia.
Coupé
VENDE-SE um em bom estado. Y Trata se lia rua da Princeza,
n.° 7.
Companhia Boal dos Caminhos
dc Ferro Porluguczes
Serviço dos armazéns. — Concurso
para o fornecimento de 50:000
toneladas inylezas de carvào de
pedra
IVO dia 31 d'Agosto, pela 1 hora
da tarde, na estaçao central
de Lisboa (Rocio) perante a commis-
são executiva d'esta companhia, te-
rá logar a abertura das propostas
recebidas para o fornecimento de
50:000 toneladas inglczas de carvão
de pedra, de qualquer das seguiu
tes proveniências: Lancascer's Grif-
fin Nantyglo, Riska, Newport Aber-
can» Black-rein, Albion. Cauibrion
Navigation, Nixons Navigation. Fer-
ndale, Cyiarthfa, Lewis Merthyr,
Hood's Merthyr, Dowlins Merthyr,
Ocean Merthyr, Cory's Merthyr,
Standard, Naval, Tre'degar, Great
Western, Western Waslcy Black-vein.
As condições estão patentes em
Lisboa todo's os dias úteis, das 10
horas da manhã ás 4 da tarde, na
repartição central dos armazéns
(edifício da estação de Santa Apo-
lonia) e em Paris, nos escrip onos
da companhia. 28, rne de Chàtcau-
dun.—O sub director da companhia,
(a) Manuel F. Vargas
Realiso-use hontem a trasladação
dos restos mortaes do ex.n,° sr. Cle-
mente Augusto d'Assumpção, para
o ínaufoleo que sua esposa D. Ma-
ria Thereza Alcantara Neves d'As-
sumpção, mandou erigir á sua me-
moria no cemitério dos Prazeres.
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L C. Bragança k Munir.
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^ de curta demora.
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Praça do Município, 19.
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Augusto Freire
- • '
224—Folhetim do Diário Illustrado— 50-8-98
oi sira
DE
EUGENIO SUE
OS MILLION AIIIOS
0 escrevente publico, a quem ella filava com os
olhos, leu n'um instante essa curta missiva, oc-
cultou difficilmente a con'rariedade que ella lhe
cousara, depois subitamente, fingindo um doloro-
so espanto rasgou a carta, com grande pasmo
de Marietta, e exclamou:
— Ab! pobre menina!
E lançou os bocadas da carta para debaixo da
secretaria, depois de os ter esfregado com as
mãos.
0 que faz senhor?—disse Marietta empallide-
cendo.
—Ab! pobre menina!—jepetiu o velho com ar
ronsternado.
—Ob! meu Deus!—murmurou a rapariga pondo
as iuáos,—aconteceu alguma desgraça ao senhor
Luiz! •*
—Não, minha Glha, nâo, mas o melhor que tem
a fazer, 6 esquecel-o.
—Esquecél o!
—Sim, civia no que lhe digo, renuncie ás suas
queridas esperanças.
—C mo! o sr. Luiz... Que lhe aconteceu, meu
Deus!
—Olhe minha pobre menina, é triste a ignorân-
cia, e eomtudo n'esta oecasiào muito me custaria
que a menina soubesse ler.
=Mas o que diz essa carta?
—Que não deve pensar mais n'um casamento
para sempre impossível.
—Osr. Luiz escreve-me isso?
—Sim, e appeiarido para a generosidade, para
a delicadeza do seu coração.
—0 sr. Luiz manda me dizer que renunciemos
ao nosso casamento?
—Ai! sim, minha pobre menina! Então animo
e resignação! • & • gl-j £ -
Marietta fez-se pallida como uma defunta, este-
ve um momento silenciosa, emquanto lhe deslisa-
vam dos olhos abundantes lagrimas, depois,
abaixando-se subitamente apanhou os pedaços ras-
gados da carta,, entregou a ao escrevente, e disse-
Ihe com voz alterada.
—Senhor, tenho animo para ouvir tudo, arran-
je esses pedaços que eu ouço tudo.
Creia no que lhe digo minha filha, não insista,
peço-lhe!
—Leia por favor leia!
—Mas...
—Ignorar o que diz essa carta, por mais penoso
que seja... é de morrer!
—Já lhe dei a conhecer o sentido d'essas linhas
poupe me essa nova semsaboria.
—Tenha dó de mim, senhor! Se, como me disse
lhe inspiro algum interesse, leia! em nome do ceu
leia.' que eu saiba ao menos toda a extensão da
minha desgraça. E depois talvez haja n'alguma li-
nha uma palavra qualquer de consolação.
—Bem já que o exige,—disse o velho juntando
os pedaços de papel uns ao lado dos outros, em-
quanto Marietta aniquilada, com as feições trans-
tonadas, ficlava um olhar afflicto no escrevente
publico,—óuça então esta carta.
E leu:
«Minha querida Marietta»
«Escrevo-lhe á pressa algumas palavras, tenho
a morte n'alma. Temos que renunciar aos nossos
projectos, trata-se agora para mim de assegurar a
meu pae o bem e«tar e o descanço para os seus
dias de velhice. Sabe como estimo meu pae. Dei
a minha palavra. Não nos podemos tornar a ver
mais.
«Um ultimo pedido: faço o á delicadeza, á gene-
rosidade do seu coração, uão procure tornar a ver-
me ou mudar a minha resolução Tinha então qne
optar entre meu pae e a minha querida Marietta,
talvez que tornando a vél-a eu não tivesse animo
de cumprir os meus deveres de filho.
0 futuro de meu pae está pois nas suas mãos.
Conto com a generosidade da sua alma. Adeus! a
dôr faz-me cahir a penna das mãos mãos.
«Adeus, adeus para sempre!
«Luiz»
Emquanto durou a leitura d'esle bilhete, Mariet-
ta podia oíferecer a um pintor o triste modelo da
dôr: de pé e iminovel junto da secretariado escre-
vente, de braços cabidos, mãos postas e os dedos
entrelaçados, muda, com 03 lábios agitados por
um tremor convulso, os olhos baixos e banhados
em lagrimas que lhe caiam pelas faces, a pobre
creatura continuara á escuta apezar do velho ter
terminado a leitura.
0 escrevente publico foi o primeiro a romper o
silencio dizendo.
—Estava certo, minha filha, de que essa carta
lhe havia de fazer um mal terrível.
Marietta não respondeu nada.
—Minha filha,—tornou o sr. Richard,—não tre-
ma assim, sente-se. OJhe beba uma gota d agua
fresca.
Marietta não ouviu com o olhar fixo e banhada
em lagrimas, murmurou a meia voz, com uma ex-
pressão dilacerante:
—Bem, Jeítà tudo acabado! nada me resta no
mundo/ Era feliz demasiadamente! Ah! sou como
a minha madrinha a felicidade não se fez para
mim!
Depois accrescentou com um soluço abafado e
uma entoação impossível de descrever:
(Continua).
.RIO ILLUSTKADO
-*&A
GilPRKZA EDITOBA
T. da Queimada, 35
RETRATOS
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a da Queimada, 35, encontram-se à venda, em
cartão e proprios para quadros, os seguintes:
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De Vasco da Gama 200
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De Fontes Pereira de Mello 100
De Camillo Castello Branco 100
De João de Deus 100
De Santo Antonio e seus milagres 200
Remettem-se, franco de porte, perfeitamente
acondicionados, para todos os pontos de Portugal, a
quem enviar a respectiva quantia em cédulas ou es-
tampilhas.
Descontos importantes para revender, de 20
exemplares para cima, e conforme a quantidade pe-
dida.
35 —Travessa da Queimada — 35
LISBOA
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Concelho de Tondella
T^NCONTRA-SB á venda nas princip.
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da Rainha, Figueira da Foz, etc., etc. Manteiga preparada pa-a Africa e Brazil.
Requisições para revenda feitas ao representante d esta fabrica em
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Lisboa.
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TELK1MIOXE N.° IO
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Abriu no dia II de Maio
MAGNIFICAS accomodates e serviço escrupuloso. O emprezario,
com larga pratica, escolheu excel lente pessoal e espera satisfa-
zer completamente os numerosos frequeniadores da suacasa. Para es- clarecimentos dirigir a Manuel Pereira—Pedras Salgadas.
3 «OA i
x co
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*5 2 D>
OLeo Piíro
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*
Empreza iNacioasI è Navegaçâ®
ca
2T
O paquete CARO VERDE
Sahirá do Caes da Fundição no dia 6 de Setembro ao meio-dia part
a Madeira, S. Vicente, S. Thiago, Principe. S. Thomé, Cabinda,
Ambrizette, Ambriz, Loanda, Novo Redondo, Benguella. Mossame-
des, Porto Alexandre, Rabia dos Tigres e para as ilhas de Cabo Verde,
Bissau e Bolama, com baldeação em S. Vicf nte.
O paquete "ANGOLA"
(Viagem extraordinária)
Sahirá no dia 15 de Setembro ao-meio dia para S. Tbomé, Loanda
c Benguella.
O paquete S. THOMS
Sahirá no dia 23 de Setembro ao meio dia, para S. Thíago, S. Tbomé
Cabinda, S. Antonio do Zaire, Ambriz, Loanda, Novo Redondo,Benguella
e Mossamedes. Previnem-se os srs. carregadores de que o paquete «Cabo Verde»
recebe líquidos até ao dia 2 e o «S. Tbomé» até ao dia 19 inclusivé.
Para carga e passagens trata-se no escriptono da Ernpreza, rua d* 1 rata, 8, 1.°.
SCda.
ILHADCS.MIGUEL
o o- *
-■N
Ki
G.? pJMARITIMOS
1Ã A. I .<0 <7 m
N. V
Ej .V
êcueòaèe /morujma jòe mponsaklfèíâe limitam
SBQA A GENTE EM LI
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^lo/kvAREsfEB^ ,35Rua
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os
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A
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fts C/3 fiS
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sl 3
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AH PRIMEIRA agua de mesa, em qualidade, pureza, limpidez, conservação e preço. Iodispen-
ns8 colónias, a bordo, etc. Garrafas e rolhas eaterilisadas pelo vapor. Por caixa de 50 e
de 25 garrafas, comprada no deposito da empreza, sahe a 15 rói* e a HH rói*, respectivamente.
Venda a retalho, em todas as pharmacias, drogarias e outros estabaiecimentos, a BOO rói*. ou B IO
com garrafa.
Pedir a analyse e tabella de preços, no deposito da einpreza, Arco do Basodeira. B I I a 11
No Po no, Alfredo de Soiima Johiiftlon, rua do Infante BI. SBenriffliie,
■ I*. I.°.
oompagnie
DKS
MESSAGFRIES SAI15T1HEM
PAQUKBOTS POST3 FRANÇAI8
LINHA TRANSATLÂNTICA
Para Da&ar, 1'ernamhco
co, «fttiia, Uio de <£«.«
nelro, £lon3e«ideu c
Duenos-Ayrea.
LA PLATA» com- mandante Lidin.
Que se espen ue Bordeos em 09 ^ agosto.
CORDILLERK.com randante Baule, que se esperado Bordeos em 13 de
setembr •.
O paquete LA PLATA não fará es-
cala -ior Pernambuco e Bahia.
G*ara Pernacnfouco.
Bila. Hio tíe
Kunnlofli, Montevideu •
Bueaon- Ayres*
Ganirá o paquete:
MKEDOC commandante Vdréne
que se espera de Bordeaux, de 6
a 7 de Setembro.
Para Hordraox, en
direitura
Sahirão os seguintes paquetes:
PORTUGAL, cominandaute Baule
que se espera do Brazil em 30 de
agosto.
CHILI, co i mandante Lartigue
quj se espera do brazil em 14 de
setembro.
Para passagens de 3.« ciasse tra
ta-se com José Antunes dos Santos & C.*, 4. praça dos Remolares.
Para carga, passagens e todas as
informações, trata-se 11a agencia da
Companhia, 32 rua \urea.
Pela Compagnie d
Maritimes Messageries
Sociedade Torladôs.
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Commercio de vinhos, azeites e vinagres
Consumo cm Lisboa, e exportação
30, 32—Rua Serpa Pinto—30, 32
2* C. de Santo Amaro, 2, LISBOA
Endereço lelcgrapliico—ROOHBI"RA
VINHO R0CHE1RA (Torres Vedras). — Este magnifico vinho de pasto,
premiado em diversas exposições, indicado pelos medicos, e o melhor
classificado nos concursos de analyse, encontra se á venda em Lisboa,
única e exclusivamente na nossa casa.
Dotado de qualidades naturaes a.> mais aprecicveis, este vinho não
é aguardentado, não sofTre iotaçòes, conservando constante e inaltera-
velmente o seu typo original primitivo. A isto deve o progressivo con-
sumo, e a justa recommendaçao que d'elle fazem quantos o conhecem.
PREÇO—Series de 24 garrafas 2^160 réis » 12 » 1*080 »
Quantidades inferiores (garrafa) 100 »
AZEITE DE SANTARÉM, velho muito fino, lavra do ex.-0 sr. Castro
Constâncio, LITRO 340.
Dito de CASTELLO BRANCO, e do ESCURAL, lavra do ex-® sr. Alves
de Sá, LITRO 320.
Fornecimento em latas de 1, 2 li2, 5, 10. 15, 20 e 30 litros.
VANAGRE natural de vinho branco, productc da OUINTA DO PERDI-
GÃO, do ex.,u0 sr. Jayme Pereira Coutinho.GARRAFA, 70 réis.
Emprestam-se todas as vasilhas. — PORTES GRATIS, seja qual fòr a
porção ou distancia a servir.—Requisições por bilhete postal a
A. ANDRADE & C.A
30, Rua Serpa Pinto, 32
LISBOA
Pour paraitre en avril, 1898
(5." ANNÉE)
A NNUAIRE
DECAUVILIK ÂINE
Petit-Bourg. France
*>?»:
iaWW» : ir
SiSifitei
.je.
In*(ullar-óe« comple
i de irautWayn eleclrl-
*\ material, appare-
»n e machinlKittoz pa-
a* diverna* applira-
e* ti e electrlcldadei
terial flxo e cirriilan-
[>ara rainlnaKO* tie fer-
em toda* a* larsnrav
via*, locomotiva*,
içou*. vainda»
^genU' em Portugal
ARTHUR BENARUS
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das.—LONDON 1:512 tonelladas.—GIBRALTAR 1:412 tonelladas. — G1UC1A
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Preço* de pasaa^ena
De Lisboa para Londres, l.a classe, 1. 6.60.
Ida e volta para Londres, 1.» ciasse, 1. 10.10.0
Sahidas de Lisboa para Londres todas as quartaa-feiraa ou quiniip-
feiras.
paea hommm
O vapor GIBRALTAR
Espcra-se de 29 a 30 do corrente.
L
1.° L'Etat présent des Souverains et des Chefs d'E^at;
2.° La liste biographique illustrée des Membres 1'Episcopat trançais;
3.® Les noms des families nobles françaises et étrangeres avec la
description et ledessin de ieurs armes et i indication de leurs alliances
et descendances; 4.° Un Livre d'or relatant les mariages des Membres de la Noblesse
tvec lès noms des témoins et des assistants;
5.° Une revue nécrologique, etc., etc.
Cet ouvrage, orné d'euviroo I .OOO ffravurez, formera ua ma
<nifique volume in-8.° raisin relié avec tranches dorécs, fers 3péciaux
PRIX: 25 FRANCS
FRANCO FN GARC
Les souscripteurs ont droit à la reproduction gratuite deleure
irmes en noir.
Pour la reproduction des armes en couleurs, on traite9 de gr
á gré selon l'importance du travail.
Les 80uscription8 ne 1'seront recues que jusqu' au 15 mira, 1898.
AdminlMtration et redaction. ie. Boulevard
da *tra»3>our#, Pari*.
PAEA GIBRALTAR
O vapor LONDON
Chegou e sac quinta feira de tarde.
Para carga e passagens trata-se no Caes do Sodré, 64, 1.%
Os agentes f. Pinto Basto à
The Pacific Steam Navigation Company
<k Para S. Vicente, Pernambuco, Bahia, Rio dj
Janeiro, Montevideu, Buenos-Ajrcs.j Val Pa-
raiso e mais portos do Pacifico.
SAHIRÃO OS PAQUETES
Oropesa, 31 de Agosto. — •Orcana, 28 dc setembro.
••Liguria, 14 de setembro. — ••Orissa, 12 de outubro.
paquetes Liguria, e Orissa vão directamente ao Rio de Janeiro.
•0 paquete Orcana não recebem .
Faz-se abatimento ás famílias que
e Rio da Prata.
Nas passagens de 1.», 2.4 e 3.*
está incluído vinho á hora da comida,
A bordo ha criados, cozinheiros portuguezes e medico.
eircs de 2.*
para <
estes
roupa, etc
do Brazil
Para Corunha, La Pallice (La Rocheile)
e Liverpoo!
0 paquete OílOANA
Espera-se a 1 de Setembro.
Para carga e passagens trata-se com os ageates
EM LISBOA NO P0RT8
Pinto Bft«to <k Ci» Kendall. Pinto Bawio
64 1.°, Caes do So Jré. Rua do-Infante D. Henrique