7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis....

6
bwww MBàihM*,• , npi i W f Hiilu mm mm m r m raiesfij-n * m Í ?1 :*t i >f i v 7/ & R- r. / 3*85 4 S* f$! -. Dfl * -- 27.° anno SAMftlgnatiira* em LiMboa 1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1." 3 raezes . 9(H) » pag-, 100 rs ; corpo do jor Avulso.. 10 » nal com trav?s?ão, 60 réis. Annuncios mundanos, linha 40 rs. Communicados e outros artigos, contractam-se na administração. FUNDA DOR : PEDRO CORREIA DA SILVA TELEPHONE 117 Terça feira 30 de agosto de 1808 Editor responsável José Maria Romão Typ. e impressão, Empreza Editora, T. da Queimada, 35 A**lgnatura* na* província* 3 raezes, pagamento adiantado 1S150 A correspondência sobre a administração, ao director da Empreza Edi*ara ) travessa da Quei- mada, 35, I.° andar. Numero 9:145 indicações liicatraes Tlieatro da Trindade -A empreza d'este theatro, de m A ft ft * c ~ 1 stjando fschar a epocha com cha- ve de onro, hoje a ultima re presentação da peça «G.ã-Dj- queiaa. Com uma peça tão bonita e tão querida do publico, deve ser cer- ta a enchente. Theatro Avenida.—Das pede se hoje do public j a celebre revista « Alli... á preta», que deu em Lisboa 75 representações, com um êxito tão extraordinário, que sobrelevou o de muitas outras. Principe Real. Conti- nua agradando a espirituosa re- vista «Nun xe xabe». Hoje repete-se. Em poucas linhas A rainha D. Leonor, mulher de D. João II, costumava dizer que o tempo que estava fora de Lisboa não vivia. Tinha bom gosío no verão! —Traducção de Farnan Caballero: Vale maia o moreno Desta morena, Que toda a brancura D'uma açucena. —Outra quadra do mesmo: Zeloso me chamaml Tolice tremendo! Eu sou lavrador, E guardo a fazendal Das memorias de Odivellas, resta a fama da... marmellada! —Provérbio:—aA tel saint, telle oflYande.» Cosmopolitas Br. Mello £• O taea homceopathicos. Consul ter ia especial do aaedioma hcmcoop»thi - co; da 1. á» 8 horas. .3. da* CA«. 0ot, 52. Dinheiro Empresta-se sobre lettris. Rua do Oiro, enfraia peia rua da Vic- tor ia y 94. if. Cabelleireira (penteando nos domicílios) Marin do Ro*ario Rua do Teixeira, n.° 35, 3.' Perversidade filial Feliciano R drigues, residente na travessa do Meio do Forte, foi hontp.ro preso por aggredir seu pae Vic tori no Rodrigues, causan tío lhe uma pequena escoriação. Hotaa. o# Cartas do Minho, para uma va- lha amiga: Perfis Chama se Maria Luiza. Possue uns bellos cabellos claros no meio dos quaes sobresahe uma madeixa muita loira, o que lhe uma certa originalidade: E\muito boa menina, apreciando muito a vida socegada e longe de qualquer bulido, Tem 21 annos, e até hoje ainda se não lhe conheceu nenhuma incli- nação. Vive em Aveiro e é filha d'um ojjiicial de marinha reformado. JoVEN Ca SCATA. O roubo na Ca*A da Moeda Hon tem foram áquelle estabe- lecimento dois agentes da policia judiciaria e dois carpinteiros, como peritos, afim de procederem a exame nos caixotes arromba dos. A policia continú i proaoguin- do nas suas investigações, ten dentes a descobrir os auctores do crime. Os indivíduos presos continuam negando terminantemente o fa •cto que lhes é imputado. m Aulhores dramáticos Sabemos que se vai fsxer uma reuoiâo dos authores dramáticos, que tiveram peçis representadas n > theatro de D. Maria II A convocação é feita a fim de se tratarem assumptos que res- peitam aos legítimos interesses dos ditos authores. A' roda do "Figaro" Entre duas amigas. —Disseram me que o porco felicidade e por isso trago sempre um, de prata, na pulseira. —Eu não; trago o retrato do meu marido, que é a mesma coi- sa, «8 BK ¥ li 1 m m 3> K M -f $ 8 m < W & v £ i v m % B m 'y *1» I r m í i rm H I r. \ f. \ W M \\ tf ah » to * \ 4. >11 m T? V s V V v!jf - s m m n m =m V % m m ROCAMBOLE—0 ferido soltou um grit.o, deixou csir a espada e caiu elle proprio banhadi em sangue (Vide folhetim na 3. a pag.) Manteiga de Nandufe CANCIONEIRO POPULAR uem falia dc mim? Quem fal- ia? Quem falia de mim, quem é? Quem falia de mim não chega, Ao calcanhar do meu pé. AGIAS DE MONDAR!/ Infallivei8 na cura da di-ibetes, gotta, albuminuria, anemia, e de todas as enfermidades do estema- | go, fígado, rins e bexiga 3«—CHIADO—34 Menor dcsapparccido Queixou se á policia João Duar- te, morador na rua do Marque* d'Alegrete, do que lhe desappa- receu de casa sen sobrinho Anto nio Marques, de 10 annos. Alui so dc confiança Francisco Marques da Silva, morador no largo do Mastro, foi bontem preso por ter recebido do sr. João Lopes, residente na mes- ma essa, a quantia de 70$500 rs. pura fazer urnas compras, gastan- do o dinheiro em seu proveito. Os nossos folhetins •A Sr.' Laveriion» ç,> imglna. «Rocambole»—3. 1 e 4." Phfflna». «Sete Receado* Sfior- tae»»—5." pagina. Mordida por um jumento Srphia Henriques, menor de 6 annos, morador na rua do Diário de Noticias, 14, 1°, foi hontem pensado uo hospital da Estrella, em consequência de ter sido mor- dido por um jumeuto. Incêndio nas maltas do Gerez Desde hontem que circula cm Lisboa a noticia dc estarem ar doudo bb matfcas do Gerez, Tem se sentido a falta de re- cursos para atalhar o medonho iuceudio, que é provável que a estas horas tenha feito considerá- veis estragos! i NECROLOGIA Falleceu c-m Vianoa do Castel- lo a sr." D Ignacia de Passos Pe- reira. O emprezario Taveira Mandou vir de Campanhã O seu amigo Fan-fan Filho de Lopes Teixeira. Applaudil o proraetto Numa estrondosa ovação. Ha-de se ouvir no Reitnão As palmas do Gato Preto. Rua da Victoria «A crença tem aqui o seu ba- luarte, minha amiga! E quasi tão espalhada por es- tes cci-regos e planaltos, como o carvalho altivo ou o azevinho mo- desto! Por toda a parte capellinhis, por toda a parto egrejas. como um bando de pombas poisado pe- lo Minho fó:a! A cada cotovello de estrada que dobramos nos nossos passeios matinaes, irradiando d'esta al- deia, um campauario nos surde, e umas alminhas nos imploram o Lembrae vos de nói! com as suas figurinhas estupidissimas, a aahir de entre as chammas do Purga- tório!... Hontem visitamosalgumas d'es- sas capellas. Q ie encanto de peregrinação! Se tu podesses idealisaro sino triste, a ponte romana,.o rio som- breado a saltar pelos penedos, on- de está a Senhora das Necessida- dcsl estivemos largo tempo, e se nos inundou de tanta uneção o espirito, que as nossas compa- nheiras se ajoelharam no tojo, e nós tiramos íostinctivamente os chapéos! ' ; x ; Subimos depois uma onco3ta agreste e achamo-nos na Senhora da Pena. O que a outra tinha de sombria, tem esta de alegre! Eu redor de. nós estende-ee, a perder de vista, a mais luxuriante das p*ys»geus! Acima de nós Deua! Em volt», voam em largas curvas cs milhafres e os milhauos! Aqui, como alli, a crença pare- ce impor se. Apenas ae insinua- va como um mysterio, e aqui se irapõ í como uma consequência... Visitamos em seguida a altíssi- ma capelliuha da Senhora de Are e a bucólica egrejinha de la- fe8tB8, e fomos dar á egreja da celebre Irmandade do Ê-pirito Santo de Coura... Está situada no meio da ador vel e fresca Paredes de Coura. Nio tem imponência nem art esaa egreja. Mas tem a somma pantosa de 60;000 irmãos eét vez a mais conhecida do norte Portugal! Cada irmão paga 50 réis p anno... Quando perguntamos a razão d'aquelle enorme numero, respon- deram nos: —E' porque cada irmão tem direito a 10 missas depois de mor- to. Deves confessar que ó barato —10 missas por moio tostão... Mas ainda quando augmentaa- sem também esses preços, por cau- sa da crise, tanho a certeza de que nenhum dos 60:000 irmãoa pediria a demissão,—tal é a cren- ça qua se alastra por estes quie- tos valles e sobe por estas verdes montanhas!...» As oossas sinas. 30 de Agosto.—Sina de quem fi- zer annos n'este dia: S8 for mulher, será fria como uma carapinhada, o que lhe trará desgostos fortes e prazeres talu- dos. .. Se for bomem, será frio como um sorvete, o que lhe trará o mes- mo que ó senhora supradita.. . DOB MYSTBBXO. A distiucta cantora Mary d'Ar- neiro, que ha aunoe debutou no nosso theatro de S. Carlos, vae no dia 10 de Setembro cantar no theatro Victor Emmanuel, de Tu- rin, na opera Manon, de Puccini, na qual alcançou um verdadeira successo em S. Carlos de Nápo- les. Acha se egualcaente escriptu- rado para este theatro o barytoao Bensaude, que debutou na mesuzt [opera.

Transcript of 7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis....

Page 1: 7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1." ... Chama se Maria Luiza. Possue uns bellos cabellos claros

bwww MBàihM*,• , npi

i W

f Hiilu

mm mm

m

r

m raiesfij-n

* m

Í

?1

■ :*t i >f

i v

7/

& R- r.

?» /

3*85 4

S* f$!

-. Dfl

*

--

27.° anno

SAMftlgnatiira* em LiMboa

1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1."

3 raezes . 9(H) » pag-, 100 rs ; corpo do jor

Avulso.. 10 » nal com trav?s?ão, 60 réis.

Annuncios mundanos, linha 40 rs. Communicados

e outros artigos, contractam-se na administração.

FUNDA DOR : PEDRO CORREIA DA SILVA

TELEPHONE N° 117

Terça feira 30 de agosto de 1808

Editor responsável — José Maria Romão

Typ. e impressão, Empreza Editora, T. da Queimada, 35

A**lgnatura* na* província*

3 raezes, pagamento adiantado 1S150

A correspondência sobre a administração, ao

director da Empreza Edi*ara) travessa da Quei-

mada, 35, I.° andar.

Numero 9:145

indicações liicatraes

Tlieatro da Trindade

-A empreza d'este theatro, de • m A ft ft * c — ~ 1

stjando fschar a epocha com cha-

ve de onro, dá hoje a ultima re

presentação da peça «G.ã-Dj-

queiaa.

Com uma peça tão bonita e tão

querida do publico, deve ser cer-

ta a enchente.

Theatro Avenida.—Das

pede se hoje do public j a celebre

revista « Alli... á preta», que deu

em Lisboa 75 representações, com

um êxito tão extraordinário, que

sobrelevou o de muitas outras.

Principe Real. — Conti-

nua agradando a espirituosa re-

vista «Nun xe xabe».

Hoje repete-se.

Em poucas linhas

A rainha D. Leonor, mulher de

D. João II, costumava dizer que o

tempo que estava fora de Lisboa

não vivia.

Tinha bom gosío no verão!

—Traducção de Farnan Caballero:

Vale maia o moreno

Desta morena,

Que toda a brancura

D'uma açucena.

—Outra quadra do mesmo:

Zeloso me chamaml

Tolice tremendo!

Eu sou lavrador,

E guardo a fazendal

— Das memorias de Odivellas,

resta a fama da... marmellada!

—Provérbio:—aA tel saint, telle

oflYande.»

Cosmopolitas

Br. Mello £• O

taea homceopathicos. Consul ter ia

especial do aaedioma hcmcoop»thi -

co; da 1. á» 8 horas. .3. da* CA«.

0ot, 52.

Dinheiro

Empresta-se sobre lettris. Rua

do Oiro, enfraia peia rua da Vic-

tor ia y 94. if.

Cabelleireira

(penteando nos domicílios)

Marin do Ro*ario

Rua do Teixeira, n.° 35, 3.'

Perversidade filial

Feliciano R drigues, residente

na travessa do Meio do Forte, foi

hontp.ro preso por aggredir seu

pae Vic tori no Rodrigues, causan

tío lhe uma pequena escoriação.

Hotaa. o#

Cartas do Minho, para uma va-

lha amiga:

Perfis

Chama se Maria Luiza. Possue

uns bellos cabellos claros no meio

dos quaes sobresahe uma madeixa

muita loira, o que lhe dá uma certa

originalidade:

E\muito boa menina, apreciando

muito a vida socegada e longe de

qualquer bulido,

Tem 21 annos, e até hoje ainda

se não lhe conheceu nenhuma incli-

nação.

Vive em Aveiro e é filha d'um

ojjiicial de marinha reformado.

JoVEN Ca SCATA.

O roubo

na Ca*A da Moeda

Hon tem foram áquelle estabe-

lecimento dois agentes da policia

judiciaria e dois carpinteiros,

como peritos, afim de procederem

a exame nos caixotes arromba

dos.

A policia continú i proaoguin-

do nas suas investigações, ten

dentes a descobrir os auctores do

• crime.

Os indivíduos presos continuam

negando terminantemente o fa

•cto que lhes é imputado.

m

Aulhores dramáticos

Sabemos que se vai fsxer uma

reuoiâo dos authores dramáticos,

que tiveram peçis representadas

n > theatro de D. Maria II

A convocação é feita a fim de

se tratarem assumptos que res-

peitam aos legítimos interesses

dos ditos authores.

A' roda do "Figaro"

Entre duas amigas.

—Disseram me que o porco dá

felicidade e por isso trago sempre

um, de prata, na pulseira.

—Eu não; trago o retrato do

meu marido, que é a mesma coi-

sa,

«8 BK

¥ li

1

m m 3>

K M

-f $

8 m

< W

& v £

i v m % B

m 'y *1» ■

I

r m

í i rm

H I

r.

\ f.

\ W

M \\

tf ah » to

*

\ 4.

>11 m T?

Vs

V V

v!jf -

s m

m

n m

=m V

% m

m

ROCAMBOLE—0 ferido soltou um grit.o, deixou csir a espada e caiu elle proprio banhadi em sangue

(Vide folhetim na 3.a pag.)

Manteiga de Nandufe

CANCIONEIRO POPULAR

uem falia dc mim? Quem fal-

ia? Quem falia de mim, quem é?

Quem falia de mim não chega,

Ao calcanhar do meu pé.

AGIAS DE MONDAR!/

Infallivei8 na cura da di-ibetes,

gotta, albuminuria, anemia, e de

todas as enfermidades do estema- |

go, fígado, rins e bexiga

3«—CHIADO—34

Menor dcsapparccido

Queixou se á policia João Duar-

te, morador na rua do Marque*

d'Alegrete, do que lhe desappa-

receu de casa sen sobrinho Anto

nio Marques, de 10 annos.

Alui so dc confiança

Francisco Marques da Silva,

morador no largo do Mastro, foi

bontem preso por ter recebido do

sr. João Lopes, residente na mes-

ma essa, a quantia de 70$500 rs.

pura fazer urnas compras, gastan-

do o dinheiro em seu proveito.

Os nossos folhetins

•A Sr.' Laveriion» — ç,>

imglna.

«Rocambole»—3.1 e 4."

Phfflna».

«Sete Receado* Sfior-

tae»»—5." pagina.

Mordida por um jumento

Srphia Henriques, menor de 6

annos, morador na rua do Diário

de Noticias, 14, 1°, foi hontem

pensado uo hospital da Estrella,

em consequência de ter sido mor-

dido por um jumeuto.

Incêndio nas maltas do Gerez

Desde hontem que circula cm

Lisboa a noticia dc estarem ar

doudo bb matfcas do Gerez,

Tem se sentido a falta de re-

cursos para atalhar o medonho

iuceudio, que é provável que a

estas horas tenha feito considerá-

veis estragos!

i

NECROLOGIA

Falleceu c-m Vianoa do Castel-

lo a sr." D Ignacia de Passos Pe-

reira.

O emprezario Taveira

Mandou vir de Campanhã

O seu amigo Fan-fan

Filho de Lopes Teixeira.

Applaudil o proraetto

Numa estrondosa ovação.

Ha-de se ouvir no Reitnão

As palmas do Gato Preto.

Rua da Victoria

«A crença tem aqui o seu ba-

luarte, minha amiga!

E quasi tão espalhada por es-

tes cci-regos e planaltos, como o

carvalho altivo ou o azevinho mo-

desto!

Por toda a parte capellinhis,

por toda a parto egrejas. como

um bando de pombas poisado pe-

lo Minho fó:a!

A cada cotovello de estrada

que dobramos nos nossos passeios

matinaes, irradiando d'esta al-

deia, um campauario nos surde,

e umas alminhas nos imploram o

Lembrae vos de nói! com as suas

figurinhas estupidissimas, a aahir

de entre as chammas do Purga-

tório!...

Hontem visitamosalgumas d'es-

sas capellas.

Q ie encanto de peregrinação!

Se tu podesses idealisaro sino

triste, a ponte romana,.o rio som-

breado a saltar pelos penedos, on-

de está a Senhora das Necessida-

dcsl

Lá estivemos largo tempo, e lá

se nos inundou de tanta uneção o

espirito, que as nossas compa-

nheiras se ajoelharam no tojo, e

nós tiramos íostinctivamente os

chapéos! ' ;x;

Subimos depois uma onco3ta

agreste e achamo-nos na Senhora

da Pena. O que a outra tinha de

sombria, tem esta de alegre! Eu

redor de. nós estende-ee, a perder

de vista, a mais luxuriante das

p*ys»geus! Acima de nós só Deua!

Em volt», voam em largas curvas

cs milhafres e os milhauos!

Aqui, como alli, a crença pare-

ce impor se. Apenas lá ae insinua-

va como um mysterio, e aqui se

irapõ í como uma consequência...

Visitamos em seguida a altíssi-

ma capelliuha da Senhora de Are

jó e a bucólica egrejinha de la-

fe8tB8, e fomos dar á egreja da

celebre Irmandade do Ê-pirito

Santo de Coura...

Está situada no meio da ador

vel e fresca Paredes de Coura.

Nio tem imponência nem art

esaa egreja. Mas tem a somma

pantosa de 60;000 irmãos eét

vez a mais conhecida do norte

Portugal!

Cada irmão paga 50 réis p

anno...

Quando perguntamos a razão

d'aquelle enorme numero, respon-

deram nos:

—E' porque cada irmão tem

direito a 10 missas depois de mor-

to.

Deves confessar que ó barato

—10 missas por moio tostão...

Mas ainda quando augmentaa-

sem também esses preços, por cau-

sa da crise, tanho a certeza de

que nenhum dos 60:000 irmãoa

pediria a demissão,—tal é a cren-

ça qua se alastra por estes quie-

tos valles e sobe por estas verdes

montanhas!...»

As oossas sinas.

30 de Agosto.—Sina de quem fi-

zer annos n'este dia:

S8 for mulher, será fria como

uma carapinhada, o que lhe trará

desgostos fortes e prazeres talu-

dos. ..

Se for bomem, será frio como

um sorvete, o que lhe trará o mes-

mo que ó senhora supradita.. .

DOB MYSTBBXO.

A distiucta cantora Mary d'Ar-

neiro, que ha aunoe debutou no

nosso theatro de S. Carlos, vae

no dia 10 de Setembro cantar no

theatro Victor Emmanuel, de Tu-

rin, na opera Manon, de Puccini,

na qual alcançou um verdadeira

successo em S. Carlos de Nápo-

les.

Acha se egualcaente escriptu-

rado para este theatro o barytoao

Bensaude, que debutou na mesuzt

[opera.

Page 2: 7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1." ... Chama se Maria Luiza. Possue uns bellos cabellos claros

-RIG XLLUBTRADO

Politica alegre

Depoimento do sr. dr. Laranjo

Temos revelações, e interessantes, feitas pelo illustre parla-

mentar, que foi leader nas ultimas sessões na camara dos seahores

deputados, e que, julgado digno do accessit do pariato, não o julga-

ram merecedor do premio da pasta adorada.

Logo a primeira organisaçáo ministerial do sr. José Lnciano,

em 1897, lhe não agradou, mas calou-se; quando, porém, a se-

gunda lhe foi desagradável ainda mais, não se conteve que não re-

troactivas se os seus despeitos, e escreve assim, considerando o

sr. Mathias de Carvalho como um intruso, que o sr. José Luciano

chamou sem direito, esquecendo os que haviam mourejado... na

ab8ten8ão!

E falia d'esta maneira o sr. dr. Laranjo, com aquella santa in-

genuidade, que se não chega para ministro, lhe ha de sobejar para

o premio da bemaventurança:

A primeira recomposição dense o anno passado pela insistência

de sshir do gabinete o sr. Mathias de Carvalho, que preferia estar

em Roma, ganhando mais e trabalhando menos, a estar em Lisboa,

ganhando menos e tendo que trabalhar mais, que entrou de má von

tade e de má vontade se coneervava, e as raiões e a utilidade de

rujo chamamento, deprimente para os que andam em politica em

Portugal, nem se comprehendoram a principio, nein bem se demons

traram pelos resultados.»

Não façamos caso da construcção, e vejamos o assumpto.

Não gostamos do genero, isto é dos que vém chorar e lamen-

tar-se em publico, fazendo reconhecimento do seu abandono, por-

que mais deprimente do que o esquecimento são as queixas dos

deprimidos, desde que elles não possuem a força da reacção. Não

gostamos nada, do genero, mas sentimos as aílLcções do sr. La-

ranjo, cu dos srs. Laranjos, se houver plural, porque melindra-

do, em Fevereiro de 1897, apenas se expandiu, all.viando-se, em

Agosto de 1898!

Dezoito mezes de despeitos, que sommam du*s gestações nor-

maes, era ainda assim tempo de sobra para dar á luz maior libello

contra a ingratidão do seu chefe, que viu o sr.Mathias em Roma,vin-

do de Maind, Berlim e Rio de Janeiro, não avistando o sr. Laranjo,

que estava em Coimbra, e tinha o tirocínio diplomático de Castello

de Vide, Alpalhão a Povoa e Meadas.

Depois d'este desabafo geral, que só lhe não levarão a bem 03

que, como nós, detestarem a especialidade d'estes chorões que

vêem alegrar a galeria; depois d'esta tirada, referente á organisa-

ção de 97, o illustre cathedratico da faculdade de Direito aborda a

recomposição de agora, de ha dias.

Como bom professor methodico que é, todo dislingos, na sua

orientação de lheolego abortado, o sr. dr. Laranjo trata de expor

as causas da crise, que deu em resultado essa comedia que se re-

presentou no palco do regiroi n constitucional representativo, de-

mittindo-se o sr. José Luciano para logo em seguida ser chamado

a organisar novo gabinete.

Sempre methodico, sempre regrista, sempre compendista,

sempie razão de ordem, sempre cabeçalho, o auctor divide essas

razões em duas classes: reaes e occ -sionaes, que no entanto são tão

bem difFerenciadas que são todaá... da realidade.

Mas adiante...

Vejamos as primeiras, «ie que aliaz nos apresenta apenas um

exemplo, dizendo que «a causa da quéda de to o o gab n te e da

formação de novo minister o foi a divergência de ideias ou de

processos governativos entre o sr. Presidente do Conselho e o sr.

Ressano Garcia, que ha muito se não entendiam bem, o que pro-

duzia uma tensão de rehçães politicas tal, que mais ceio teria da-

do em resultado a crise»... se não fosse a intervenção do sr.

Burnay.

Os leitores comprehen lem, certamente, o que representam es-

tas revelações! Representam a coafissão, em letra redonda, do que

os jornaes da oppo3ição andavam a dizer tolos os dias, sobre as

relações de briga permanente, entre os s s. José Lu :iano de Cas-

tro e Rossano Garcia, facto que todos os dias era contendo pelo

Correio da Noite, que apanha agora em cheio com esta declara,ão

do antigo leader da maioria du camara" dos senhores deputadas!

Mas este artigo já vai longo, e ám .iibà nos ocuparemos das

taes causas occasionaes.

D'estas apreseota o sr. dr. Laranjo muitíssimas, to las ellas

dignas de consideração.

— Corrcsportdeuc a do Fundão,

publicada hontem pJo Século:

terio publico nesta comarca, trans-

ferencia (|ue elle não pediu nem

solicitou.

E' geral o descontentamento por

este lacto. Sua ex.a, durante os 7

annos que aqui tem estado, captou

sempre a sympathia e considera-

ção de todos, não só pelas distin- clas qualidades (jue o adornam

como homem, mas sobre tudo pela

maneira digna, imparcial e levan-

tada como exerceu as funeçoes in-

herentes ao seu cargo.»

Aió hoje, julgamos que é a

única meaida de alcance qne tem

eido tomada ptdo &r. Contelneiro

Jubé Maria d'Alpoim.

Ao vivo! .Do nosso collega

ua Tarde:

Pela politica

epela administração

Transferencia inesperada.

uO Século de liontem trouxe-nos

a infausta notiaia de ter sido trans-

ferido para Beja o sr. dr. Lemos

Vianna, ínclito delegado do minis-

«Conio do grão nasce a lloresta,

também de pequenos factos nas-

cehi grandes acontecimentos.

Acabam de nos dar a seguinte

explicação da sabida do sr. Dias

Costa da pasta da Marinha: Por oe-

casião do jantar offerecido ao sr. Campos Salles, o sr. presidente do

conselho foi ter com um criado

para lhe ensinar o local onde o fu-

turo presidente da republica tinha

deixado o chapéu. O criado foi en-

sinar-ihe um gabinete, onde o sr.

Conselheiro .losé Luciano se encon-

trou em frente dum ínagnitico

chapéu alto, marca Leon.

Sua ex..», muito amavel, voltou-

se para o criado, dizendo —Olha lã, queres ser recebedor,

ou queres carta para ministro? Es-

colhe... mas olha, ensina-me onde

está o chapéu do sr. Campos Sal:

les, aquelle senhor que hoje cá

vem jantar...

O criado, milito assarapantado e

principiando a duvidar do juízo do

seu interlocutor, indicou-lhe o cha-

péu alto:

—E' aquelle...

—Ora essa! não pode ser!! lia de

ser um chapéu de còco, que o dis-

se o sr. Dias Costa!...

—Não pode ser! Pois eu vi-ocom

elle na cabeça e até lli'o vi pousar

aqui.

—Com certeza?

—Obrigado seja cu a ler o livro

do Espregueira se não é verdade,

jurou o criado.

Sua ex.a, com ares muito encra-

vados:

—Pois será, será, não quero tei-

mas (e mudando de tom). Vou pôr

o Dias Costa no olho da rua. Deci-

didamente, elle não sabe nada de

geographia.»

#

# #

Câmbios e cotia Ces. —

Londres cheque (comp.), 30 7|IG;

(vend.), 30 112; Londres 90 d|v

(comp.), 31 1|8; Paris cheque (com-

prad.),' 920; (vend.). 940; Atlema-

uha cheque (comp.), 380; (vcnd.)j

380: lloilanda cheque (comp.), 045;

(vend.), 052; Madrid cheque (com-

prad.), 950; (vend.), 900; Bio sjLon-

dres, 7 19|32; desonto Banco de In-

glaterra, 2 Ir?; desconto mercado

livre, I 1|2.

BoImum porliiguexaN.-

Official:

Acções da C.a do Gaz, assent.,

275GU0; obrig. Ambacas, 685000;

obrig. Norte e Leste, 3 0|0, 2.» g..

15£000, 155100 e 155200; pred. 5

0|0, assent., 935500; insc. coup., t.

g., 30,50, 30,55, 30,80 c 30,70.

C<. mmercial:

Acções do Banco Commercial,

121 £100; acções do Banco Ultrama-

rino, 1045000; acções do Banco de

Portugal, 124£000; acções do Norte

e l.este, 10£500; acções da C.a dos

Tabacos, coup., 845300 c 845200;

obrig. Ambacas, 085500 e 08.5000;

obrig. da C.a das Aguas, coup.,

.785000; municip. ou dist. 5 0j0,

coup.. 92 5000; pred. 5 0i0, assent.,

935500; libras, 75700.

Tem raiáo o dob60 collega das

Novidade*: para os m irccimenios

do giverno, o artigo que te nos

diz querelJadr, era mansíssimo

M*s não ee parecia com os arti-

go b acodinos Ce ceitos jor

ualistus, que ItV.»ui o terupu a t»

mar conta de jvmaes e a acabar

cem elles.

— EstSo publicadas os porta-

rias epprovaudo: a conta da li

quideçáu da garantia de juro da

Companhia Re-.I dos C&iniohoj

de Ferio Portugueses, relativa á-.

3 secções da huba da Beira Bai

xa, e dá garaDtia do juro referen-

te á exploração da linha t rrea

do Toiree, Figueira, Aifarellos,

durante o período decorrido de

Janeiro a 30 de Junho

—O ( X coiiiinUbaiio n gio da

província de Moçambique, major

Mousinho de Alouquerque, não

chegou hontem, ccmo ee dizia, uo

Sod Express.

Ecu grande o numero do (fli-

(•«ate dj exército que aguardava,

ua yare da esti çao da Aveuida, o

intrrpido militar.

Mousinho deve chegar a Lia

boa ua próxima sexta feira.

O ministro du Marinha também

lá tinha rcpre6entaute; pois era

melhor que fosse tile.

— O er. ministro das Obras Pu

blieas expediu uma extensa cir-

cular a todas as associações in-

dustriaee, e< mmeiciaes e agriço

las, para que trausuittam ao eeu

minifterio os .alvitres que conpi-

dtrein mais profícuos.

Podia ser util, inss tomar se ha

inútil; inaa 'em t-do o caso, uào

taz inal ao mundo, e 3ntes a'eetas

circulares, ao 8 0 dia, do que coo

cestõdô leouinas centra o Ejfcado.

—O decreto modificando a di

vifão doa círculos eleitoraes do

Perto, em virtude da ultima di

visão das circumfccripçõe8 admi-

nistrativas, deve apparecer boja

na folha i ffieisl

-E' de 383:5005487 réia a

quantia a distribuir pelos porta

aoree da divida externa, ccic par-

ticipação no excesso do reudi-

m»uto das alfandegas.

Vai descendo com os salvado

res!

— Na secretaria dos negócios

do Reino reHliearam-se hontein

as provss escriptas do concurso

para o logar de secretario geral

do governo civil de Santarém.

Compareceram os sra Luiz Vai

Guedes, Garcia Fialho, Joaquim

Cor.êa, João C-mavarro e An

tonio Ptix to Garcia O poutc

versou eobre a apreciação d'uma

de!iber8çà.> municipal e respecti

vo recureo Preriíiu ao acto o

Br dr Almeida Serra.

—Até o aia 8 do prcx'in") in z,

são aímittidos na socretaiia da

Guerra oo requerimentos devida-

mente documentados doa paea cu

tutores d .a candidatos a aluemos

pensionistas do collegio milita*.*,

que pretendam matricular.se n •

anno lectivo de 1898-1899, nu

conformidade do diapoôto na ut

tuna puto do artigo *2° do de-

creto de 18 do corrente, isto é,

obrigando-se » satisfazer a peu

são annual de 2050CO réis, paga

em quartéis adiantados.

Os pães ou tutores dos canii

datos da clueee civil, que haviain

já icquerido, devem declarar, até

á mesma dsta, na 3 a repartição

dVquelia secretaria, que ae su-

j itam ao pagamento da nova

pérsio, sem o que não aeiâo cou

Biderudos subsistentes os reque-

rimentos que tízeram. — »

Licenças olliciaes

Foram concedidas as seguintes:

Ju9tiça—Bacharel fAntonio M

Di as Salgido, conservador do re

gieto preaihl da comarca de Mou

ra. 30 dias.

Faustino de Limos Macedo,

contador o distribuidor do juizo

<1* direito da comarca de Auciào,

30 d.as.

Bicharei Arnaldo Metello de

L » Teixeira, delegado da 4.» va-

ia de Lesbos, 30 dias.

Marinha—Francisco Xavier A.

Alves da Cost9, amanuense da di-

rtcçifc) geral do ministério da Ma-

rinha, 30 dias.

Alfandega- José Guedes d'Al-

meida Cai valho. 30 dias.

Aniceto dos ReÍ6 Gonçalves de

Almeida Vianna, 30 dias.

Obr> 9 Publicas - Rozendo Gar-

cia d'Ar^uji Carvalheira, euge-

chf iro, 00 diss.

Jotó do Sc usa Tudella, enge-

nheiro de 2 a cl«8be, 60 dias.

Ultramar — Bacharel Caetano

Xavier Thaumaturgo doa Reme-

dies Furtado, juiz de direito de

Cabo Delgado, 30 dias.

João Baptista Rangel Nery, 2 o

ciliciai do circulo adusneiro da

zoeta oriental d'Africa, 10 mezea.

Melões c melancias

Já vimes e admirámos os me-

lões e na melancias que o nosso

preeado amigo FiCCO Vianna,

rico lavrador de A'cochete, ex

pôz á venda no arimzcm do sr.

Garcia, na calçada do Cotnbro, 31.

Melancias das da terra, nunca as

vimos tão grandes e tão boas, ex-

cedendo a fsrna das de Abrantes,

Covilhã, de Montargil. Melancias

de 3 arrobas, dando cada uma pu-

ra um esquadrão! Ao lado as me

laueias ingtezas, loirs.s ccmo as

v,i?8e8, e veimtlhrt8 por dentro co-

mo raras vezes o são por fora as

misses referidas, muito difficeis de

córar com aa revelações de umur.

Estas melancias, que parecem

abóboras megaugae, são uma de-

liei », derretendo se como caramel

lo de assucar.

Os meiõe-s, ceses são... do ge

nero feminino. São d'aquellea que

se chamam melões, quo é o que ha

do melhor, verdes p:r dentro e

com aroma, não se abrindo um

que s.ja mau, vulgar ou medio-

cre.

E viva o uQsao am'go Fv.cco,

primeiro cultivador de melões e

melancias em Poitugal e Algar

v,!

Chronica do liro

Pouco c ncorrida a sessão do

d mir.go ultimo na CArreira de ti-

ro de Pedroiços.

Exercitaram so no tiro da Kro

patch» k, es sra. M. Il.íraíar.n, Kes-

aclviog, J Thomaz Coelha, Ligo-

fioS. Silva, Alfredo Aiorico Tem-

ple Barbosa. J. Severiano Perei-

ra, G mçalo Heitor Ferreira, Gus-

tavo G de Jesus, Alexandre Leu

siog.T, etc.

Brevemente começarão as pou-

les promovidas peia União doa

Atiradores Civis Portugui zes, que

também em breve csthbelocerá o

can pic nr. to d« tiro.

São p .ra louvar oa bons dese

joa das assoeisçõaa e grupos do

tiro civil, e pena è que tão pouco

se teohu desenvolvido entro i<L

j o g03to por este rsmo de sport,

que no estrangeiro conta tantoe

adeptos.

No proximo dominga realisa-ee

o jaotar annual do Grupo Patria*

para o qual ee acha convidado o

illustrado director da Carreira*

sr. capitão Vergueiro, e os tenen-

tes srs. Pinheiro Cbrgaa e Anto-

nio de Macedo, diguiecimos ad-

juntos.

m

Alropcllamcnlos

José Vicente Maia, morador no

becco do Formoso, foi hontem

atrcpellado por uma carroça, de

que era conductor Antonio Fer-

reira, residente na rua dos Fan-

qoeircs, 122, 6 °

Ficou inuito magoado.

O carroceiro foi preeo e a atro-

pellado conduzido ao hospital de

S. Jcsé, onde foi pensado.

—Romão Martins, sem residên-

cia, recolheu hontem á enferma-

ria de Santo Amaro, do hospital

de S. José, em consequência de

ter sido atropelado por um trem,

de que era conductor Joãu Go-

mes, morador na travessa de Jcão

de Deus.

O cccheiro foi preso.

A madeira de Sandalo de My-

sore dá uma essência dc qualida-

de superior e vale dez vezes mais

dinheiro do que a de Madras, Ja-

va ou Australia Basta isso para

(xphear o êxito do Sandalo Alidy

no tratamento das dcecças do3 jo-

vens, pois procede exclusive.men-

te da dietillsção do pau de Sân-

dalo do Rajah de Mysore.

Exigir, ccmo garantia, em cada

capsula, o neme de Midy

Condecorações

Joaquim Augusto da Cosis

FABRICANTE

Fornecedor

do Ministério doi

«orlo* Knlrantfeiro*,

Sociedade de

pUla, etc.

Com officina na rua de S.

Julião, 110. 3,°, onde tem aa

completo sortimento no ses

genero e para onde deve ser

dirigida toda a correspondên-

cia.

Succnrsal no Porto, rua

das Flores, 201 e *203, casa

de Albino Coutinho.

NOTAS MINDANAS

(«.' Merle)

LXXYII

0 meu amor está longe,

emquanto que eu fiquei n'es-

ta pasmaceira de Lisboa. El-

la sabe que me pode escre-

ver, e, duas linhas que fos-

sem, seriam a ^orto gran-

de.

Eu não sei se haverá peri

go em escrever lhe; perigo,

inconveniência, leviandade

ou o quer que seja.

N'estas condições, não es-

crevendo Ella, não sabendo

cu se posso escrever, o que

me aconselham os entendi-

dos?

06 da 4.'.

52 -Folhetim do Diário Illustrado—50-8 !)8

VAST-RICOU ARD

 SR." LÂVERHON

XVI

a. morta e a^viva

—Germana! exclamou Rogério como se o acor-

dassem d'um sonho.

—Porque não?! Germana. Ella ama-te, ama-te

muito, ama-te extraordinariamente. Já não é se-

gredo para ninguém. Ora eu julgo que a beilezá

d'ella não se pode comparar com as bellezas das

margens do Gongo ou do Zambeze...

—Certamente que não...

—Creio lambem que a sua educação, o seu es-

pirito, a delicadeza dos seus sentimentos, o altruís-

mo do seu coração, não derem ficar vencidos na

comparação... Ella é boa, terna, carinhosa, tem

o cerebro tão bem conformado como o coração. Já

não é uma creança, e a prova é que o amor que

te consagra é um verdadeiro amor de mulher fei-

ta!... babes porque? Porque conservou o coração

intacto para ti, porque te esperou com uma pa-

cieucia heróica, a despeito de tanta tentativa que

lhe fizeram outros, não digo mais dignos de ser

jamados, mas tão insinuantes como tu!

Calou se. Danval, pouco ã vontade, nCo sabia o

que havia de responder-lhe.

—E' de certo uma grande honra para mim, bal-

buciou eile, mas... não sei como bei de dizer-te...

—Nada de mas, peço-te eu! 0 que vaes tu di-

zer-rae? Que não te sentes suficientemente apai-

xonado por minha sobrinha?... Olha a grande

coisa! Pois é isso justamente o que convém a um

marido... Prefiro-te assim, a vôr-te loucamente

preso, não sabendo pensar, e ainda menos racio-

cinar! As paixões que começam exaggeradamea-

te acabam quasi sempre tolamente! 0 que é preci-

so, é que Germana te não seja indiferente. Não é?

Que mais é preciso para um prefacio de casamen-

to? Mais nada. Ella é bastante superior para con-

seguir o resto.

—Mas, euifím, meu bom Boisjolio, juro-te que,

se me defendo, é apenas no interesse único e ex-

clusivo de Germana, exclamou Danval não quer-

endo deixar-se prender em argumentos, e é

justamente porque eu tenho uma cega vene-

ração pelas suas qualidades e pelos seus méritos,

que eu me nego assim a acced*r ao que pro-

pões! Nunca possui as dizposiçõe3 que tu julgas

encontrar em mim para o casamento. A minha pas-

sada vida, vida de independente, provara-o de so-

bejo. Sou urn fanatico do celibato! Vé lá se seria

digno de fazer compartilhar tua sobrinha da minha

vida de bobemio convicto! e de mais, concluiu

elle, eu para ella sou mais papá do que marido.

Apesar de tudo o que tu digas, ella é aiuda uma

rapariga, uma verdadeira creança...

I Boisjolin começava a sentir-se um pouco moles-

tado por essa resistência.

—Os teus argumentos, meu caro amigo, disse

elle seccamente, não teem base seria, e a tua re-

cusa é quasi extraordinária!...

—Achas que as minhas frequentes visitas pos-

sam prejudicar em qualquer coisa Germana?

—Oli! não! Antes pelo contrario. Seria justa-

mente se tu acabasses de repente com essas visi-

tas que ella poderia couaprometter-se... e sobre-

tudo bílligir-se! Peço-te até que continues a visi-

tar-nos. E sobre o assumpto vou pôr ponto final,

não insistirei mais. Não quero perder a cabeça e

convencer-te. Decidirás como quizeres, e quando

quizeres! De resto, isso é um negocio entre vocês

dois; afinal de contas, em questões d'es'a ordem

a mais inhabil das mulheres é mais esperta do

que o mais esperto dos tios! Só te peço que me

não queiras mal pelos meus repentes. Tenho re-

ceio de me ter excedido a leu respeito... Mas é

que eu tinha um desejo tão grande de te vér en-

trar na minha família! Comp tu te fazes dese-

jar! ... i

—Lembra te, meu bom Boisjolin, que a propria

sr.* Lavernon não era muito de opiuião que este

casamento se fizesse... E é um pouco o respeito

por essa vontade...

—0 quê?! Ella disse te alguma vez que era con-

traria a...? interrogou vivamente Boisjolin.

—Não, não! Mas julguei ter percebido, por al-

gumas palavras soltas, phrases ditas ao acaso...

quando nos separamos... talvez seja uma suppo-

siçáo falsa, uma simples hypothese...

—Pois eu tenho a certeza, concluiu Boisjolin,

que a minha Joanna, se fosse viva, estaria de ac-

cordo commigo! Ella tinha apenas um ideal na

terra: vêr sua filha feliz! Mas acabou-se, não fal-

lemos mais n'isso, demos tempo ao tempo! Isto

tudo fica aqui entre nós... Vem jantar hoje com-

nosco, e o combinado... combinado: em nada

mudarás relativamente a Germana, hein?

Dito isto, saiu.

Danval viu-o ir-se embora, acabrunhado e

triste.

Voltando a casa não poude porém abster-se de

exclamar, diante do mulher e da sobrinha:

—Decididamente, aquelle diabo do Danval, não

quer largar nem a cacete a vida de solteirão!

Germana tomou nota d'essa exclamação, sem

comtudo o dar a entender, mas na sua finíssima

cabeça, pouco a pouco, reconstruía toda a scena

que acabava de passar-se entre seu tio e Rogério

Danval.

Uma tarde em que Rogério lá foi jantar, brusca-

mente ella acercou-se d'elle e disse-lbe:

(Continua).

Page 3: 7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1." ... Chama se Maria Luiza. Possue uns bellos cabellos claros

&

.* v ■K l

/■

liíl

' Ili. i

Fazem ámanhã annos as sr.":

D. Maria José Machado Castello

Branco (Figueira).

_ O. Virginia Adelaide de Braga Pinto.

D. Maria Carlota Freitas de Sei-

xas.

D. Candida Augusta Cavres dos

Santos.

D. Guilhermina Waddingtou Fer-

nandes.

I). Maria das Dores de Moura Men-

donça Pessanha.

D. Maria Auialia Mendes Leal.

D. Laura Simas Pocariça.

1). Felicidade de Jesus Baptista. D. Maria Branca d'Azevedo Mó e

Silva.

D. Maria Sophia Santos.

K os srs:

Conde de Tarouca.

Conselheiro Francisco Joaquim da Costa e Silva.

Visconde de Ferreira Lima.

Eusébio Simoes.

Manuel d'Alineida da Costa e Sil-

va.

José Eduardo Valeio Marques.

Casimiro Augusto Moreira Freixo.

Duarte Ivens.

# #

O sr. Conselheiro Henrique Ber-

nardo Pires, chegou hontem das

Caldas d\ Bainha, e parte 110 sab-

bado para a villa de Cascaes, onde

cassará os mezes de Setembro e

Outubro.

—Partiram para a Nazareth o sr.

Augusto Pinto de Almeida e sua áix.ra« família.

—Partiram para Cascaes o sr.

Antonio Moniz Ribeiro Neves e sua ex.®« familia.

—Regressou á sua casa de Ma-

theus a sr." Condessa de Villa Real

e 11 lha.

—A sr." Marqueza de Rio Maior

e suas interessantes sobrinhas são

esperadas em Villa do Conde.

—Partiu nara Paris a sr." Viscon-

dessa de Villa Nova da Rainha e

suas filhas.

—Estão sã Povoa do Varzim os

nobres Condes da Figueira.

—Parte brevemente nara Espinho

o sr. I). Antonio de Saldanha.

—Reçressou a Lisboa a sr." Con- dessa das Antas.

—Acham-se emVianna do Castello

os srs. Condes de Bertiandos.

—Partiu de Sande para o Bom

Jesus de Monte o sr. Julio de Ma-

galhães e sua familia.

—Partiu para o Porto a sr." D.

Carolina Osorio.

—Partiu para sua propriedades

de Coura o sr. D. Antonio Pereira

da Cunha Lobo e Castro.

—Está em Chaves o sr. D. Anto-

nio d'Almeida Corrêa de Sá (Lavra-

dio).

—O sr. Conde de Sampaio acha-se

actualmente na sua quinta de Pás-

saro.

—Partiu para o Porto o sr. Con-

de de Azambuja.

—Chegou hontem de Paris no

Sud Express, o sr. Mello e Faro.

—Parte brevemente para Roma a

a»r." D. Laura de Sousa Alegria.

—Partiu para o Porto o sr. No- gueira Pinto.

—Estiveram em Vizeu os srs. Ba-

rões de Rr cardães e seu Ilibo o sr.

dr. José Cerveira de Mello.

—Partiu de Villa Verde para a

Povoa do Varzim o sr. dr. Antonio

Joa ouiin Rodrigues Barbosa.

—Partiu para Cascaes o sr. D.

José Git de Borja Macedo e Mene-

zes.

—Estão nas Pedras Salgadas os

srs. Viscondes de Faro e Oliveira.

—Partiu para Cascaes o sr. Barão

de Saavedra.

—Partiu para S. Thiago de Cacem

o sr. dr. João de Paiva.

—Encontram se no Porto os srs.

José Queiroz e Francisco Cardoso.

—Estão no Gerez os srs. Viscon-

des de S. João da Pesqueira.

—Chegaram a Espinho os srs.

Visconde de Sá Bandeira e familia.

—Acha-se em casa do sr. Conde de Calheiros, em Ponte do Lima, o

sr. Simão Lopes.

—Estão na casa da Rôde a sr."

D. Auiancia d'Alpoim e seus íilhos

Amadeu, Emérico e D. Iva.

—Acham-se em Villa do Conde, a

passar a epocha balnear, entre ou-

tras pessoas as seguintes:

Condes de Margaride e familia,

Barões do Pombeiro, D. José S. Mar-

tinho, Conselheiro Campos Henri-

ques, Alberto de Carvalho, dr. Joa-

quim e Antonio Brandão, Barão de

Ladoro (Carlos), Luiz Mexia e dr.

João de Mello Sampaio. -

—Estão na Povoa de Varzim a sr."

Viscondessa de Gramosa e seu filho

o visconde do mesmo titulo.

Também é esperado n'aquella

praia o sr. dr. Abílio Torres.

—Partiu para a Foz do Douro o

sr. José Maria da Silva Sardinha.

—Estão era Cascaes o sr. José

Monteiro Soares de Albergaria e

sua esnosa.

—Acliam-se em Cascaes os srs.

Condes de Mossauiedes, suas filhas

e sobrinha.

—Está em Cintra onde tenciona

demorar-se alguns dias em casa da

sr." Duquezade Palmella a sr." Vis-

condessa de Chancelleiros.

—Encontra se em]Bellas a sr." D:

Luiza Ribeiro da Cunha.

—Partem no sabbado para as suas

propriedades de Portalegre o sr. dr. Joaquim Juzarte e sua ex.ma es-

posa a sr." D. Carlota Juzarte.

—Parte brevemente para o Porto a sr.» D. Maria Antónia de Athou-

guia Ferreira Pinto.

—Parte na próxima quinta feira

para a sua casa da Oliveirinha o

sr. dr. Francisco de Castro Mattoso.

—Partiram hontem de Cintra pa ra Cascaes os srs. Viscondes de Al-

ferrarede.

—Está em Elvas o sr. dr. Abilio

Corrêa Marçal.

—Regressam a Espozende os srs.

barões do mesmo titulo.

—De Yianna do Castello partiu

para a sua casa de Refojos o sr.

Conselheiro José Malheiro Reymão

—Regressou a Monsão o sr. dr.

Antonio Joaquim Gonçalves de Fi-

gueiredo»

D. Cecilia Van-Zeller de Castro Pe-

reira, D. Luiza de Serna Pimentel i

Brandão, Miss Linda e Miss Beatriz

Miller

Os coros foram ensaiados na

quinta da Vigia, sob a direcção da

sr." D. Anua de Serpa Pimentel e

do sr. Jamel, organista de S. Luiz.

#

* »

E' hoje dia de festa em Cascaes.

Realisa-se alli uma grande caça-

da promovida pelo sr. Trindade

Baptista em honra do sr. Pignatelli

dc Aragon, primeiro official do tor-

pedeiro hespanhol Osado, actual-

mente fundeado no nosso porto.

0 sr. Visconde da Ribeira Brava

oITerece ao commaudante e ao pri-

meiro official do mesmo barco, um

jantar na sua bella casa fronteira á

bailia; e á noite realisa-se no Casi-

no um grande colillon marcado por

M.ltc França e pelo sr. Luiz Pereira,

offerecido por dois rapazes muito

conhecidos na nossa sociedade eno

qual disseram tomavam parte os

ofliciaes do Osado.

Um verdadeiro dia de festa, de

que daremos noticia.

—E esperado em Unhaes da Ser-

ra o sr. Conselheiro Pedroso dos

Santos.

—Está em Castello Branco a sr."

Viscondessa de Tavira.

—Encontra-se na sua casa de

Paradella o sr. dr. Manuel Baptista

da Cunha, Arcebispo de Mityiene.

—Acha-se em Entre-os-Rios o sr.

dr. Eduardo Caldeira.

— Regressou a Amarante a sr."

Baroneza do Ribeirinho.

• *

0 sr. D. Salvador Corrêa de Sá

(Asseca) e sua ex.®" esnosa encon

tram-se em Cowes, onue tiveram a

honra de ser convidados para almo-

çar com Sua Alteza Real o Principe

de Galles e sua filha, Sua Alteza a

Princeza Victoria, a tordo do seu

yachl.

Uma noite bem passsada a de

sabbado no Grémio Mont'Estoril.

Realisava-se o colillon olTerecido por alguns rapazes e organisado

em dois dias apenas, pelo sympa-

thico e incançavel valseur o sr.

dr. Francisco Guedes Coutinho Gar-

rido, que habilmente o marcou,

auxiliado com a maior distincção

pela sr." D. Maria Cordeiro Roquet-

Eram de fino gosto algumas das

marcas, sendo por isso immensa-

mente elogiados os seus olíeren-

tes.

Que nos lembre, vimos n'estaele-

gante festa as sr." D. Amelia Pinto

Leite Ferreira e sobrinhas, D. Chris-

tina Roquette, D. Ernestina Anjos

Vaz, 1). Ernestina Vaz d'Oliveira

Soares, I). Mathiide e D. Pilar Ser-

gio de Sousa, 1). Maria do Carmo

Yianna, D. Izabel Roquette, D. Ma-

ria da Conceição Sarmento (Villar

Perdizes), M.llc Machado, D. Jose-

pha e D. Maria de Macedo Santos,

Mad. Felix da Costa e filha D. Alice,

D. Violante França, Mad. Rollin e

filhas, D. Edith Banhos, M.lles Pintos

Leites, D. Mathiide Cordeiro, Mad.

Seruya e filhas, D. Lice e D. Julia,

etc.. etc.

E os srs. Victorino, Annibal e Ar-

thur Vaz, Henrique Pinho da Cunha,

Eduardo Moser, Carlos Bobone, Pe-

dro de Castro, Antonio Luz (Coru-

che), João e Vicente Pinheiro de

Mello (Arnoso), D. Manuel de Mas-

carenhas (Sabugal), Luiz, João e

Pelas 8 horas da noite nas salas

do Grande Hotel, o movimento ex-

cedia muito o usual.

Ao jantar, que^orreu deveras ani-

mado, foi fevantado o primeiro

brinde pelo commandante do «Osa-

do». sr. D. Manuel Guimera, a Sua

Magestade El-Rei e aos portugue- zes; respondendo o distincto spor-

tsman o sr. Trindade Baptista, que

brindou a Sua Magestade a Rainha

Regente e a El-Rei D. AfTonso XIII.

Seguiram-se outros vivas ás ma-

rinhas d ambas as nações, ás famí-

lias, aos amigos, etc.

Assistiram a este jantar, que tão

gratas recordações deixou a todos

os convidados, alem dos srs. D. Ma-

nuel Guimera, commaudante do

Osado, o principd Pignatelli de Bra-

gon, primeiro official do mesmo

barco, os srs. Jorge de Mendonça,

João Vieira da Silva, Trindade Bap-

tista, Amadeu Ferreira d'Almeida,

Joaquim Mel trass, Marcos Vieira da

Silva, Eduardo Moser e João Brega-

ro.

Findo o jantar foram em carrua- 5em para o Casino de Cascaes, on-

e se dançava com enUain e onde

foram recebidos os ofliciaes hespa-

nhoes com salvas de palmas e vi-

vas á Hespanha, tocando o quinte-

to n'esta occasião a patriótica Mar-

cha da Cadiz uue foi ouvida de pé.

Os ofíictaes nespanhoes tomaram

parte no baile, sendo-lhes depois

oIFerecido uma taça de Champagne

havendo por essa occasião brindes

de parte a parte, dos quaes o pri-

meiro foi do sr. Visconde da Ribei-

ra Brava.

A despedida na estação foi ver-

dadeiramente enthusiastica, e se- gundo se diz os rapazes iniciado-

res d esta brilhante festa foram

convidados para um almoço a bor-

do, que parece se realisará na

quarta feira.

# * Passa incommodado de saúde o

sr. dr. Luiz Pereira da Costa, lente

da faculdade de medicina e presi-

dente da camara municipal de

Coimbra.

—Está melhor dos seus incommo

dos e ja hontem sahiu pela pri

o sr. Conselheiro Dias vez.

Na egreja de S. Pedro, em Cin-

tra, como os demais annos

realisou-se a primeira communhão

e Te-Dcum sob a direcção de Mad.

Deiphim Pereira.

Durante as ceremonias cantaram

as sr." Condessa de Seisal, D. Emi-

lia Corrêa Henriques (Seisal), D.

Maria do Carmo José de Mello, D.

Maria de Mello (Sabugosa), D. Car-

lota de Saldanha, D. Edith Schaw,-

Bastos, João Caldeira, Frederico

Dania Lobo, Francisco dos Santos

Moreira, João Viveiros Pereira,

Eduardo Sommer, Jorge de Men-

donça, Ricardo Silva, Amadeu Fer-

reira d'Almeida, Sergio de Sousa,

Taveira, Francisco de Magalhães

Domingues, Salon Buzaglo. Fortuna-

to Abecassis, A Felix da Costa,

Egydio Bastos, Wimmer, Alberto

Borges da Costa, João Bregaro, etc.,

etc.

Para sabbado annuncia-se outro

cotillon, offerecido por senhoras.

Dirige-o o distincto sportsman o

sr. João Bregaro.

No domingo, á hora do banho,um

grupo de rapazes elegantes foi vi-

sitar de guerra o Osado, que em

consequência da nortada arribou

aqui, como já dissemos ha dois dias.

Uma vez alli, os offlciaes convida-

ram os rapazes a virem a Lisboa

por isso que iam partir para este

ponto, a fim de estarem mais abri-

gados.

Ao chegar a Lisboa, os convida-

dos, querendo retribuir a gentileza

dos ofliciaes hespanhoes, convida-

ram-os a um jantar intimo no Grand

Hotel Mont'Estoril.

meira

Costa.

—Tem experimentado sensíveis

melhoras, depois do seu regresso de Caxias, a esposa do sr. Bento

forte Gatto, digníssimo capitão de

artilharia.

—Entrou em franca convalescen- sa o sr. Conde de Castro Minas.

—Está melhor a sr." D. Maria Leo-

cadia de Carvalho Daun e Lorena

(Pombal).

fiôsaiiiRíi

Receita eventual

O rendimento da receita even-

tual no dia 24 do corrente foi de

4:174*089 róis, eendo: 247*759

réis de eello de verba, 48*668

réis de diversas receitas e addi-

cionaea 159*409 ré 8 de emolu-

mentos e addieijnaes 3:718*261

réis de imposto de rendimento e

addicionaes.

O Banco de Lisboa e Açores,

pagou 3:660*623 réis de impos-

to de rendimento, descontado nos

juros de deposito desde 1 de ju-

lho até 31 de julho ultimo

A Companhia Oriental Fiação

e Tecidos, pHgou 269*222 réis de

imposto de rendimento desconta-

do no dividendo que começou a

distribuir no principio do corren

to mez por conta dos lucros do

corrente anno.

Banco Economia Portvgueza,

pagou 2*260 de imposto de ren

dimertto descontado nos jnros de

deposites á oídem effcctuados des-

de 1 de julho de 1897 a 31 de

dezembro do nr.e^mo anno.

As romarias

Em Relias

Terminou hontem a tradicio-

nal romaria ao Senhor da Serra.

A concorrência á quinta dos

srs. Marqueses de Bellas, onde

está situada a capella do Senhor

da Serra, foi extraordinária, não

havendo alteração alguma na or-

dem publica.

O serviço de policia bem feito.

O movimento de comboios foi

feito com exactidão, calculando-se

em 12:00.) o numero de passagei-

ros que transitaram para vários

pontos.

Os empregados da companhia

foram inexcediveia em bem servir

o publico.

Na Atalaya

Também terminaram hontem as

festas da Atalaya, sem que hou-

vesse Leto algum que alterasse

a ordem publica.

O serviço de policia foi bem

feito, sob a direcção do digno

administrador, er. D. Carlos Pe-

reira Coutinho, tendo como auxi-

liares os dois commandantes das

forças de cavallaria 4 e caçado

res 1.

Ante hontem á noite a festa

teve nm caracter familiar. Os fes-

teiros dos cyrios, com toda a sua

comitiva, percorreram as suas

iustallações, acompanhados das

respectivas sociedades musicaes.

Organisaram se algumas marchas

qux flambeaux, entre os festeiros

dos cyrios dos Terremotos, Fran-

cesiobas, Monserrate e Santos

H.ratem, na egreja da Athlaya,

houve, ás 8 horas da manhã, duas

festas p >r cantochão, promovidas

poios cyrios da Carregueira e

Olhos d'Agua.

O embarque dou cyrfto»

Os differentes cyrios vieram

procissionalmente até ao Cruzeiro

Grande, oude d'alli seguiram

para Aldeia Gallega, e ahi en-

Todos estes cyrios eram acom-

panhados por seis soldadoB de ca-

vallaria da guarda municipal.

Eu Almada

Na Cova da Piedade termina-

ram hontes as festas á Senhora da

Piedade, havendo missa resada.

ás 9 horas da manhã, na capella.

A 6 4 horas da tarde começou o

arraial, tocando no coreto a ban-

da de infanteria 7. sob a regência

do seu mestre, sr. Taborda.

Alternadamente, tccaram aa

philarmonicas Piedeuse e Incrí-

vel Almadense.

A' meia noite foi queimado um

vistoso fogo de artificio.

A concorrência de povo foi nu-

merosa

A' noite, na occasião do embar-

que em Caçilhas, houve a costu-

mada balbúrdia, trocando se al-

guns 8-.CCu8.

A força da guard* municipal

que alli estava ftzondo a policia,

teve que firmar um cordão, afim

de evitar qualquer desgraça.

Congrefttto Internacio-

nal da Imprensa

Reuniu bontein á noite a com-

o.iesão executiva, presidiudo o

er. Antonio Enned. conferencian-

do se com o ar. Costa Pinto, pre-

sidente da cumara de Cascaes,

cerca da digressão áquella villa,

e discutindo se alguus números

do programma definitivo.

Desmoronamento d'uma bar-

reira—ires homens so-

terrados.

Na villa de Alhandra nas obras

a que alli se esta procedendo, pa-

ra edificação às escola Sousa

Martins, deu se hontem de manhã

uma lamentável desgraça

De ante hontem para hontem

pernoitaram na obia quatro ope-

rários, e quando de manhã outros

companheiros chegaram alli, o

subrevivente participou-lhe que

uma barreira tinha desmoronado

soterrando os seus três compa- r ~ v^oit^ga^ u QUI CU" vw vwuo WUUjpa" tão embarcaram em faluas os de I nheiros, salvaudo se ello a custo I <>iLA« nAin r..«.!_ J « Lisboa.

Chegada dos cyrios

Da At8?aya regressaram hon-

tem de tarde os seguintes cyrios:

O da Lapa desembarcou no

enes, em frente da Companhia do

Gaz, ás 5 horas da tarde. Compu-

nha-8e da irmandade, conduzindo

a cruz alçada ladeada por ciriaes,

estandarte, 6 aojos e 4 virgens, o

andor da Benhora da Atalaya,

ladeado por dois soldados de ca

vallaria da gu*rda municipal.

Quando chegou á egreja da La-

pa queimaram se muitos foguetes,

cantando-se a ladainha por vozes

e orgão.

—Os de Santa Izabel e San-

tos-o-Velho,debeinbacaram á mes

ma hora, levando tembem anjos e

virgens e nma banda de musica

—No Terreiro do Paço desem

barcou ás 6 horas da tarde o cy-

rio de S. Lourenço, levando cruz

alçada ladeada por dois ciriaes,

estandarte, 4 anjos e 5 virgens e

o andor da Senhora da Atalaya,

ladeado por 4 lanternas.

Fechava o préstito uma banda

de musica.

—A's 7 horas chegaram ao caes

das Culumoas os cyrios de Santa

Jcanna.

pois poude fugir quando as terrae

começavam a alluir.

Oi infelizes operários que mor-

reram chamavam se Constantino

Azenha, do logar da Cotovia,

Martiniano Exposto e Marcellino,

ambos do logar de S. João do

Monte.

Desastres

José Avelino da Silva, menor

de 13 annos, residente na rua de

Santa Martha, seguia hontem pe-

la rua do Arco do Cego levando

um cavallo á redea, quando este

ee eapantou, e atirou com o con-

ductor a terra.

O infeliz partiu dois dentea e

ficou muito magoado.

Recebeu curativo no hospital

Estephania.

—Maria d'Assumpção Vieira,

moradora na roa da Palma, cahiu

desastradamente, ferindo se na

cabeça

Recebeu curativo na pharmacia-

Santos.

—Antonio Vieira, morador na

rua de S. Viceote, 52, loja, rece-

beu hontem curativo no hospital

da marinha em consequência de

ter cahido nas escadinhas de D»

Rosa, fracturando o braço direito.

Depois de pensado foi entre*

gue aos cuidados de seu filho.

GS DRAMAS DE PARIS

ROCAMBOLE

Da

Pennon du Terraftl

22-i-FolhetiIll do Diariu llluslrail»—00-8-08 colera de Armando. Atirou para longe a espada,

inelinou-se para Rocambole, pensou a ferida cóm

um lenço e deu as competentes ordens para que o

ferido fosse immediatamente transportado para um

edifício visinho do castello

Dez minutos depois, Rocambole ferido, com os

sentidos perdidos, eslava dèitado debaixo do mes-

mo tecto onde quizera introduzir o luto uma hora

antes; um creado montava a cavallo para ir bus-

car um medico, e o conde de Kergaz, esquecido

das injurias, installava-se á cabeceira d'aquelle ho-

mem que se fizera o instrumento do seu mais cruel

inimigo.

Quando recuperou os sentidos, Rocambole viu o

conde de Kergaz sentado a dois passos de distan-

cia do seu leito, e adivinhou immediatamente tudo

quanto se havia passado.

Ao pé do conde estava um homem vestido de

preto que Rocambole julgou ser um medico; con-

versavam ambos em voz baixa. Comtudo o ferido

ouviu o que elles diziam.

—Com que então, doutor, o ferimento é grave ?

perguntou o sr. de Kergaz.

—Muito grave, sr. conde.

— Róde resultar a morte?

—Receio muito isso.

O medo apoderou-se de Rocambole. 0 bandido

oão queria morrer. |

0 conde approximou-se do leito, viu o ferido

com os olhos abertos, e fez um signal imperceptí-

vel ao doutor. ,

Provavelmente recommendando lhe silencio.

0 doulor approximoo-se também, pegou na mão

do falso marquez, certifícou-se de que tinha febre

SEGUNDA PARTE

O CLUB DOS VALETES DE COPAS

—Ali! traidor, murmurou Armando, tu empre-

gas o jogo italiano! Felizmente também o co-

nheço.

K o sr. de Kergaz apertou Rocambole perturba-

do por ver o seu segredo descoberto pelo adversá-

rio; impelliu-o até o vallado que separava o par-

que do jardim e abi, como não podia avançar mais

e por isso que o discípulo de sir Williams perdia

invencivelmente o sangus frio e a presença de es-

pirito depois que fôra parado o bole, Rocambole

recebeu em cheio uma estocada no peito.

0 ferido soltou grito, deixou cair a espada e

^iu elle proprio banhado em sangue. Vide gravu-

rana\.'paq)

Aquelle espectáculo dissipou immediatamente a

e levou o sr. de Kergaz para o vão d'uma janella

onde se poz a conversar com elle.

—Com mil diabos! pensou Rocambole sentin-

do no coração um impeto de colera contra sir

Williams, se tenho de morrer, ao menos morrerei

vingado. Tirarei a mascara áquelle homem, em

quem depositei tanta fé que me levou até a perder

a vida.

A partir d'este momento o terror da morte apo-

derou-se do ferido e attingiu proporções inauditas

Sentiu que lhe nascia n'aima um odio feroz a sir

Williams, e como o conde se approximasse e lhe

perguntasse cora bondade se ia melhor, respondeu

arrebatadamente:

—Senhor conde, eu queria estar só com v.

ex.# por espaço de uma hora; queria confiar-

Ibe um segredo que não deve ir commigo para a

cova.

0 conde fez um signal ao doutor que sahiu, e

ficou só á cabeceira do ferido

—Falle, senhor, eu o escuto, disse elle.

—Sr. conde, proseguiu o falso marquez, eu ouvi

o medico affirmar ainda agora que o meu ferimen-

to era mortal, e não quero morrer sem que saiba

quem eu sou, e qual o motivo secreto do meu pro-

cedimento

0 conde fez ura gesto de espanto.

—Eu não me chamo o marquez D. Inigo, não

sou o brazileiro, e captei a confiança do sr. Urbano

Mortonuet, do Havre.

— Quem é pois o seuhor? perguntou o conde.

—Fui o instrumento, o braço, o agente activo

d'um homem a quem chamarei, por agora, sir Ar-

thur Collins.

Armando estremeceu e disse:

—Creio ter ouvido pronunciar esse nome.

—Fui eu que sob o nome de visconde de Cam-

bolh me bati com o sr. Fernando Rocher.

—0 senhor?

-Eu, que com o auxilio de sir Arthur Collins o

fiz transportar para a rua Moncey para o antigo

palacete de Baccarat, onde foi recebido pela Tur-

queza. Ora, sabe o sr. condo quem era esse sir

Arthur Collins?

0 conde estupefacto olhou para o ferido.

—Era um homem que queria arruinar o sr.

Fernando Rocher, e deshonral-o, lançando aos pés

de sua mulher o joven conde de Chateau-Mailly.

—Mas, senhor, atalhou o conde, que nada sa-

bia d'esta historia, porque, segundo a recommen-

dação de Baccarat, todos haviam guardado segredo

delia, a que attinge isso que me diz?

—Espere, replicou Rocambole. Uma noite, um

outro homem que o sr. conde conhece, Leon Rol-

land, conduzido por mim, penetrou no quarto de

Turqueza, a quem amava, e encontrou lá Fernan-

do Rocher. No momento em que'elle entrava, Tur-

queza apagou as luzes. Leon não reconheeeu Fer-

nando e lançou se sobre elle armado d'uma faca.

Felizmente para elle, uma mulher que nos perse-

guia, a mim e a sir Arthur, appareceu com uma

luz na mão.

—Baccarat? exclamou o conde.

—Sim, respondeu Rocambole com um gesto.

0 plano, habilmente concebido por sir Arthur

Collins, cahiu por terra e este teve apenas tempo

de fugir.

Page 4: 7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1." ... Chama se Maria Luiza. Possue uns bellos cabellos claros

L«.o«-r ifio

D. Carolina Correia Botelho

Castello Branco d Azevedo

Acaba de fallecer na Pcvoa do

Varzim, onde etttava a banhos,

esta illustre senhora, a irmã de

Camillo, ume dos ara. Conseibei-

roa Antonio e Joaé d'Atevedo

Castello Branco, a quem dirigi

mos sentidos pezaines.

Residia em Villarinho da Sa

mardâ, na seira do Mesio, entre

Villa R^al e Villa Pouca de

Aguiar, e fô a esposa amantíssima

do afamado medico Atevedo, de

renome em toda a provincia de

Traz os Montes.

A sua vida de esposa e mãe

em toda a singeleza dos costumes

bons, apparece descripta em mui-

tos livros de Camillo, que tinha

pela irmà, e pelo viver siogalo de

quo partilhou na mocidade, as

xnuis enthusi&8ticas recordações,

quando uo apogeu da gloria litte-

raria memorava esse periodo de

bonnnça

A' mão temos nós o 3 * volume

sintio dos Serões de S. Migutl de

tSeide, e d'elle vamos transcrever

um a'esses quadros.

E' o seguinte:

«Quaudo eu tinha dezesete an-

nos, vi rocem nascida, nos braços

de sua mãe, uma creança que é

hoje Antonio d'Azevedo Castello

Branco, auctor da Lyra Meridio-

nal. A mãe do pequenito era mi

ubá irmã O pae era um medico,

na fbr da eaade, com uns bellos

olhos absorventes de Jus, e a fron-

te grande a irradiai a cm talento,

em claridades de boa alma alio

ctiva e devotada ás prociigalida-

des do bem fazer. Estava no gru-

po um sacerdote, o reitor, irmão

do medico Teria trinta e oito ân-

uos. Ainda o conheci não loege

da mecidade. Um homem genti-

lissimo, as mais harmoniosas li-

nhas e curvas de belleia varonil

que ainda vi. Sempre cob olhos e

nos lábios as lagrimas ou os sor-

risos do coração compadecido cu

exultante. Escasso de palavras. A

reflexão em demasia escrupulosa

apoucava-lhe os dons da eloquen

cia; mas, se era preciso sahir ao

baluarte da sua Fé menoscabada

por um voltaireano doutorado em

Pigault Lebiuu, então sim, era

facundo, traçava gestos grandio-

sos sem artifício, e até a voz se

lhe timbrava extraordinariamente

em tonalidades reprehensivas,

mais insinuantes que os próprios

argumentos dogmáticos. Este le-

vita era o padrinho da creança

que eu beijei n.a braços de miuha

irmã, ha quarenta e um annos.

Naturalmente, deseja-se saber

onde é que eu vi este grupo—o

menino nos braços materoaes, o

medico a espelhar nas pupillas

caridosas o seu primogénito, o

reitor a contemplar o afilhado, e

talvez a pedir aos anjos fios de

graça divina para lhe ir urdindo

a alma, dia a dia, anno a anno,

até podei o offerecer a Deus co

mo a melhor e suprema obra do

seu amor.

Onde é quo estava o grupo?

Exigem se os processos—as in

flueucias mez.togicas, as condi-

ções de adaptação ao ambiente, o

meio, o solo, o clima, a flora, &

fauna, em fim a scicucia que ex-

plica as pessoas pelas coisas.

O rap&sinho que eu vi então é

quem ha do responder agora ás

psrafusaçõeB respeitáveis doa bio-

logos:

N'um deiconhecido valle

Do nosso belio paiz,

A minha aldeia natal

Está no meio de mattaa

E fragosos alcantis.

Que formosas perspectivas!

Que murmúrios, que cascatas!

Que pradarias! que fontes

De correntes crystalinas

Pelas escarpadas ribss!

A par de verdes collinas,

Piagosos, despidos montes.

Mas o nome da aldeia? Elie

não o diz, e dá a razão do sigillo;

ê

O nome... não digo o nome;

P« rque, em fallecendo, quero,

Por cumulo das vaidades,

Ter o posthumo prazer,

Que talvez sentira Homero,

Quando por sete cidades

A gloria foi disputada

De o poeta lá n»scer.

Pois a mim, como parente, não

me importa a vaidade posthuma

de que sete cidades disputem o

gloria de ter ouvido os primeiros

vagidos do meu sobrinho.

Eu ó que vou estamparem per-

petuo» vorstaletes o nome da al-

deia, e acabar de antemão com

futuros litigioB e retaliações in-

juriosao entre os respectivos jor-

nalistas das varias cidades. E' que

sinto a nostalgia d'aqueila povoa-

çãoBioha, ha moitos annos—uma

saudade inveterada como a remi-

niscência d'um primeiro amor, e

único feliz Na minha mocidade,

nada mais vejo. Não o&aci lá; mas

ahi foi que me alvoreceu o arre

boi do iotendimento, a ancia do

trasladar ao papel o diluculo d'es-

sa alvorada; foi ali qae fiz os

raeus primeiros versos .. versos,

mau Deus! não—a primeira pagi

na da minha biographia de lagri-

mas.

A aldeia chsma-se Villarinho

da Samaudih. Demora ern Traz

os-Montes, na comarca de Villa

Real, sobranceira ao ri » Corrego,

no desfiladeiro de uma serra sul

cada de barrocaes. E' citada nos

epigrammas de Filinto E»yaio co

mo typo do chalaça, de galhofa,

do 3urriada. Segundo aquelle m*8

tre do gerúndio e artifice de li-

uh&s corneauiente esquinadas que

a calumnia chama verses, dizer a

um luso que a sua patria era a

Samardan, equivalia a um Zut dos

gavrehes franceses de hoje em

dia sibilado ás orelhss do foras

teiro de Pont á Mousson ou Bri

veda-Gaillard—as S»mardans da

França, symbolicaa da burlesco »

Alfandega

Foi collocado no posto de des

pacho aduaneiro no Matadouro o

3 ° aspirante er. Julio Pinto Go

mes da Costa, que estava na 2 a

repartição.

—Proveniente dos direitos do

consumo do gado bovino abatido

no Matadouro municipal durante

a semana finda, entrou hontem

em receita da alfandega a quan-

tia de 8:170#675 réis, em relação

a 567 rezes adultas e 189 adoles

cenf.es

— No La Plata veiu de Bor

deaux uma caixa com papeis de

credito para a Junta do Credko

Publica.

—Vão ser vendidas em leilão

du8B caixas com diversos artigos

que foram arrestados para paga-

mento da multa de 200£000 róis

em que foi condemnada a firma

Pires & Barata, com pharmacia

na rua do Almada, por causa da

apprehensão de certos objectos

prohibidos.

—No vapor Cabo Verde vieram

os seguintes productos das nossas

colonias em Africa Occidental:

Café, 7:716 sacas; cacau, 5:849;

borracha, 1:590; c>conote, 796;

ccccs, 69; quina, 250 fardos; cera,

37 gumella*; gomma 30 barris,

39 sacas e 22 caixas; pelles 15

volumes e í caixa; aguardente 2

garrafões; farinha 2 caixas; cou

ros 1404

—Fflleceu o operário de 2 a

classe de trafego Antonio Neves

A vaga resultante não será preen

chida.

—Foi nomeado chefe do escri-

ptorio do monte pio das alfande-

gas o sr. C-mselheiro Raposo de

Carvalho.

—Pelo vapor La Plata exporta

& fi-roa A. Costa Carvalho & Ca

5:000#000 réis em notas do Ban-

co de Portugal.

Despachos ecclcsiasticos

Alfredo Joaó Rodrigues, apre

sentado na egreja parochial de 8.

Pel&gio de Ovadas, Rezende; Au

tonio B isso Marques, parocho col-

kdo na egreja de Nossa Senhora

d- Conceição de Villa Velha de

R«.daxn, apresentado na egreja pa-

rochial de Noisa Senhora da Con-

ceição do Crato; A. C- Pires, pa

rocho collado na egreja do Salva

dor da Trofa, apresentado na egre-

ja parochial de Mira, (Cantaohe

de); Antonio D. Leão, parocho

collado na egreja de S Joaoninho

apresoutado ua egreja p*r*chial

de Nossa Senhora da Assumpção

de Santa Comba Dã ; Antonio

Ferreira de Almeida o Freitas,

apresentado na egreja parochial

de Santo Izidro de Eixo, (Aveiro);

Bernardino Antonio de Almeida,

p-«rocho collado na egreja de S.

Thiago de Guilhofrei, diocese de

B;-aga, apresentado na egreja pa

rochial do S. João Baptista do

Mosteiro, (Vieira); João Correia

de Almeida, paroebo collado na

egreja de S Migue! de Geirã, (Vi

zeu) apreaootaav n>i egreja paro

chiai de S. Miguel de Bodiosa,

(V-zeu); José Marques de Casti-

lho, apresentado na egreja paro

chiai de Nossa Senhora da Expe-

ctação de Lorvão, (Penacova,);

José Marques Diss, parocho col

lado na egreja de S. Pedro de Po-

vo'ide, apresentado na egreja pa-

rochial de S. Pedro de Espinho,

(Mangualde); declarado sem ef

feito o decreto pelo qual Manuel

Jorge Marçal foi apresentado na

egreja parochial de S. J-ãoBaptis

ta de Seix^ de Gatões, (Monteinór-

o Velho); presbytero Manuel Jor

go Marçal, apresentado na egreja

parochial do Nossa Senhora do

Rosai io da Marinha Grande.

Hospital militar

Reuniu hontem a junta hospita-

lar do iuspecção, sob a presidên-

cia do sr. dr. Guilherme Joré Ea

nes, cirurgião da divisão, fendo

CDmo vogaes os sra. drs. Carlos

Moniz Tavares, director do hospi-

tal sr. Almeida Campos, cirurgião

de brigada.

Foi julgado incapaz dn serviço

activo, o coronel do regimento de

caçadores n 0 3, sr. Eugénio Car-

los Vaz Soares; incapazes do ser

viço temporariamente o tenente

coronel de caçadores 8, sr. José

Joaquim Simões de Campos e ci

rargião ajudante de infantaria 16,

sr. José Alfonso Bastos Neves.

Carece continuar na mesma situa-

ção, o capitão de quadro das pra-

ças de guerra em inactividade

temporária sr. João Theodoro da

Silva Rosa.

A junta arbitrou as seguintes

liceuças: Ao major de estado

maior de infantaria, sr. Antonio

Maria Botelho de Lacerda 60

dias. para ir fazer uso das aguas

do Vidago na sua origem e mais

tratamento; 40 dias para se tratar

ao capitão do c&vallaria 9, Alfro

do Albino da Fraoç4 Mendes; 90

dias para o mesmo fim, ao capitão

de caçadores 2, Manuel Gregorio

Rocha; 60 dias, idem, ao alferes

do infantaria 19, Augusto Correia

de Sampaio; 60 dias, idem, ao ai

feres de . iaf-nturia n.# 1, José

Virgolino Ffio Quaresma para

fazer uso das aguas dos Cucos

oa sua origem.

Foram também presentes á jun-

ta 31 praças que ali entraram em

tratamento e que tiveram vários

destinos.

- Ordem do exercilo

A publicada hontem:

Promove:

Est. mai. de eug: a m*j., Anto-

nio Carlos C>eiho de Vasconcel-

los Porto; a cap., João Maria de

Aguiar. Eat m«i de inf: a cap.,

Manuel José Mendes Gard. fisc:

a cap, Francisco Ludovioo de

Noronha.

Nomeia:

Augusto Mathias Guodea, ten.

cor. de inf. 5, ch«*fe da repartição

do gahiúcte do mioistro da guer

ra; Alexandre Martins Pamplona

Ramos, cirurg. ajud. dn res.; Fran

cisco Xavier Correia Mendes, sjd

de campo do ministro]da guerra;

Alberto Ferreira da Silva, secre

tario da commisaão superior de

guerra.

Exonera:

José Manuel de Elvas Cardeira'

a seu pedido, de chefe interino da

repartição Qo gabinete do minis-

tério da guerra, quo desempenhou

com o maior zelo, dedicação intui

ligoncia; cap. do est. maior Joa-

quim Antonio Pinheiro, do ajud.

de campo do ministro da guerra,

cargo que desempenhou ccm mui

ta intelligencia e notável dedica-

ção; de ajud. de inf 20, pelo ha

ver pedido o ten Affonso Men-

des.

Pelo estrangeiro

TELEGRAMMAS

A' ultima hora

PARIS, 29, meio-dia.

Os jornaes parisienses applau-

dem o acto ae humanidade do

Tzar, e não duvidam de que o seu

projecto de conferencia interna-

cional para a paz tenha já recebido

a adhesão das potencias, mas mos-

tram se algum tanto scepticos a

respeito dos resultados.

LONDRES, 29, meio-dia.

Os jornaes inglezee prevêem

grandes difflculdades na pratica do

projecto pacifico do Tzar.

(hfavas)

Chronica religiosa

Nas Commendadeiraa de San-

tos, ás 9, missa da Paz; ás 7, ado-

ração ao Santíssimo.

—Nas Mercês, ás 8, missa,

distribuição do Pão de Santo An-

tonio e pratica pelo rev. Feri eira

da Motta.

—Na Encarnação, ás 8 1|2,

missa e distribuição do Pão de

Santo Antonio.

—Em Liada a-Velha tem lo

gar, no dia 4 de Setembro, a fes-

ta e arraial á Senhora do Cabo

—Na Real Capella da Memo

ria, em Belem, realisar se-hão as

seg-iintes solemnidades:

No dia 3 de Setembro, anniver-

sario da dedicação da Egreja,

missa solemne por musica a ex

pensas da Casa Real.

No dia 8. festa á Senhora da

Silvaçâo, ás 8 horas, missa reza

da por 8. ex a o rev. sr. Bispo de

Meliupor, acompanhada de har-

monium, cantos religiosos e com-

munháo geral.

A's 11 horas exposição do San-

tíssimo Sacramento, missa solem

ne a instrumental o sermão. E'

orador o muito rev. padre Bor-

ges.

A's 6 horas da tarde sermão pe-

lo rev. padre Pires Monteiro.

Em seguida solemnissimo Te-

Dcum, hymno á Virgem, reposi

çâo e Benção do Santíssimo.

Camara municipal de Lisboa

Em consequência de não ter

havido licitantes na I a primeira

praça aberta Lontem p ira torne

cimento do carvão de pedra para

o matadouro, a camara mandou

annunciar 2 a praça quo deve ter

logar no dia 6 do proximo raez de

sotembro, tendo sido augmenta

da a base da licitação de 5 0j0.

— A camara ofliciou á sr. D

Emilia d'OJiveira Pires, morado-

ra na rua cireita de Paço d'Ar-

co8 u ° 184 pedindo auctorisação

para com um tubo de chumbo

atravessar uma propriedade que

esta sr a possua a fim de condu-

zir agua para o chafariz situado

no largo de S. João Baptista por

isso que a camara em^ vista do

parecer do sr. sub-delcgado de

sau lc, que declara ter encontrado

na analyse feita ás aguas do cha

fariz do Lumiar o bacillus, man

dou cortar a canaliaaçào para es

te chafariz.

Desordens e aggressoes

Fructuoso Gonçalves de Lima,

morador ua rua das Madres, 12,

3 °, f ji hontem preso na rua de

S Marçal, por aggredir com soe

cos Iztdoro Ferreira dos Santos,

morador na travessa da Nazareth

resultando lhe ums contusão no

braço esquerdo

—José Jotqu-m Marques, mo

rador na rue do Loureiro 31, 2 °,

queixou se á policia de que ante-

hontem á noite quando passava

pelo caminho do Forno do Tijolo,

foi aggredido com uma bengala

da por um individuo que não co

nhece, resultando lhe um ferimaa-

to no ro8to,pelo que recebeu cura

tivo no hospital de S José.

Theatro de Montcmdr-o-Novo

Sabemos que o elegante thea-

tro de Montemór o Novo não está

alugado para recitas durante os

3 dias de feira, 4, 5 e 6 de Se

tembro. E' boa occasião para

qualquer troupe ir a Montemór.

Furtos

Queixou-8e á policia Jorge An"

tonio da Costa, morador na rua

de S Francisco de Paula, 42, de

que tendo embarcado no vapor

para Cacilhas, alli lhe furtaram

uma carteira com 42£500 réis.

—Laura Maria do Espirito San-

to, residente na rua da Reguei-

ra, 37. queixou se á policia de

que na feira de Belem lhe furta-

ram uma sombrinha e uma pe-

quena mala de mão, que tinha

collocado sobre um banco de pe-

dra onde estava sentada.

—Luiz Carlos da Silva, resi-

dente na travessa do Terreirinho,

foi hontem preso por furtar um

relogio de prata e 280 réis em di-

uheiro a Francisco Ferreira, re-

sidente na rua dos Lagares, 66.

—Queixou se hontem á policia

Augusto de Oliveira, morador no

largo do Soocorro, 18, de que lhe

furtaram uma carteira com réia

50^000, suspeitando de um tal

Ferreira, residente na rua da Ata-

laya, com quem andou toda a noi-

te.

—Francisco Marques, morador

no largo dos Mastros, f^i hontem

preso por ser accusado pelo seu

companheiro de casa, José Lopes,

de que lhe furtára a quantia de

10#500 réis

—Maria Emilia Galvão tam-

bém se queixou á policia que ten-

do ido ao Mercado da Praça da

Figueira alli lhe furtaram uma

cartoira com 50£000 réis.

Pequenas noticias

Em Espozende tém apparecido

muitas notas de 1£000 reis falsas.

A policia procede a averiguações

para descobrir a sua proveniência.

—Na freguezia do Canedo, Feira,

está grassando com alguma inten-

sidade a epidemia da variola.

—No mercado ultimamente reali-

sado na villa da Feira, o milho

amerello vendeu-se por 680 réis os

20 litros e o branco a 780, egual

medida, apparecendo muito pouco.

—Dizem de Villa Verde: A continuada estiagem tem preju-

dicado muito a agricultura n'este

concelho, havendo uma notável fal-

ta de feijão. A colheita do milho

temporão, ju)ga-se que será dirai- nuta. 3

—Tem sido muito pouco concor-

da a feira de S. Bartholomeu em

Coimbra.

—No dia 8 de Setembro proximo

realisa-se no Coliseo da Figueira da Koz, uma extraordinária corrida

de toiros em que tomam parte al-

guns dos nossos principaes artis-

tao.

—Já começaram a fazer-se no

concelho de Coimbra as colheitas

do milho e feiiáo das terras altas.

A producção é, como se esperava,

muito escassa, e alguns campos

não produzem sequer a semente.

—Foi restabelecido o serviço do

vales e cobranças postaes nos con-

celhos restaurados de Ílhavo,

Aguiar da Beira e Oliveira do Bair-

ro.

Espectaeolos

A's 8 3|4—TRINDADE.

Grã-Duqueza A's 8 3|2.—AVENIDA.

Alli... á preta.

A's 81|2 — PRINCIPE REAL.

Num xe xabe.

EDEN-C0NCERT0 (Jardim de S.

Pedro d'Alcantara).—Toda& as noi-

tes ás * horas: bailado e canto pela

troupe de hespanholas. Coucerto

por um magnifico sextteto.

—Mas, exclamou o sr. de Kergaz, quem é esse

sir Arthur de quem me falia?

—Espere, sr. conde, espere. Sir Arthur sonhara

vastas combinações, e associara-me a ellas; eu

era o seu instrumento. Um dia imaginou fazer as-

sassinar a marqueza Van-Bop por seu marido, em

um accesso de furor e zelos, afim de tornar o mar-

quez livre para que podesse casar mais tarde com

sua prima a indiana Dai-Natha.

—Como! exclamou o conde, essa mulher que

encontraram morta no seu palacio dos Campos-Ely-

8eos ?

—Ao lado d'um mancebo banhado em sangue,

maa respirando ainda.

—Sim, o seu amante, a quem havia assassina-

do, segundo se disse.

—Erro, sr. conde. 0 mancebo era eu, e a mão

qne me feriu foi a do sr. Arthur Collins.

Então Rocambole, a quem a morte parecia con-

ceder o tempo necessário para fazer uma confissão

geral, contou minuciosamente todo o vasto drama

que ja narramos, cujo desenlace precipitado fôra

devido a Baccarat.

Todavia o ferido continuava a designar Andréa

pelo nome de sir Arthur Collins, mas uma suspeita

vaga começava a predominar no conde.

—Mas afinal, senhor, disse elle com impaciên-

cia, quem era esse sir Arthur Collins?

—Logo lh'o direi, e dé-me licença que conti-

nue.

—Quando sir Arthur viu que cabiam por terra

as sua3 duas primeiras combinações, quiz experi-

mentar uma terceira. Esta tocava-lbe de perto, sr.

conde, como vae vér. Com rasão ou sem ella, sir

Arthur imaginara que se em c nsequencia de

um aconteciraeuto qualquer, a sr.1 condessa de

Kergaz ficasse viuva, poderia vir a casar outra

vez...

0 conde de Kergaz estremeceu.

—Sr. conde, proseguiu Rocambole, sir Arthur

queria casaz com a sua viuva, e encarregou-me

de o matar.

Armando soltou um grito.

—Nunca estive enamorado da sr.* de Kergaz,

continuou o ferido; nunca ergui para ella os olhos

por minha propria conta.

—Mas então esse duello com meu irmão An-

dréa? murmurou Armando com voz tremula.

—Sr. conde, di«se Rocambole, olhe bem para

mim, não me conhece?

—Não, respondeu Armando.

—Lembra-se de Bougival?

Armando estremeceu.

—E lembra-se também d'uma noite em que me

apoiou um punhal ua garganta?

Estas palavras foram um raio de luz para Ar-

maudo.

—Rocambole! murmurou elle.

Era eu quem conduzia a sua carruagem de pos-

ta, no dia em que encontrou no caminho do Cas-

tello de Magoy o seu irmão Andréa, extenuado e

quasi moribundo.

0 conde fez um gesto de surpreza e Rocambole

continuou:

—Sir Arthur Collins chamava-se n'outro tempo

sir Williams, e sir Williams, como sabe, era o

visconde Andréa.

—Oh! axclamou Armando com voz suffocada.

—Foi elle que me fez aprender por espaço de

tres mezes, e em sua intenção, sr. conde, esse

bote italiano que parou com tanta per-eição, e foi

elle quem ha duas horas na extremidade do par-

que, me indicou o caminho.

—Infame! balbuciou o sr. de Kergaz.

E lembrou-se de que uma noite viera Baccarat

dizer- he: «Andréa ô um traidor!» e elle repellira-a

replicando: «Andréa é um santo!» Rasgava-se afi-

nal o veu que vendava os olhos do sr. de Kergaz

e logo comprehendeu toda essa obra premeditada

de vingança, que o génio de sir Williams conce-

bera, conduzira, e que a Providencia derrubava no

momento extremo.

—Senhor conde, disse Rocambole, se ainda du-

vida posso fornecer-lhe uma prova authentica, ir-

recusável.

—Falle, respondeu o conde.

—Essa prova, vou-lh'a vender.

Armando olhou para elle estupefacto.

—Não foi o arrependimento que dictou esta mi-

nha coufissão, foi a vingança. No moraeuto de

morrer, comecei a odeiar esse homem em quem

depositava tanta fé, e não quiz morrer só, compre-

hende?

—E então?

A esta hora Baccarat está ameaçado d'um peri-

go peior que o da morte. Se eu fallar, o sr. conde

pôde salval-a das mãos de sir Williams; se me

calar está perdida!

—Falle, falle, atalhou vivamente o conde, de

quanto precisa? 0 que quer?

—Quero apenas a sua palavra de que no caso

do medido se enganar, e se não fôr mortal a mi-

nha ferida, v. ex.* me perdoará e não me entrega-

rá á justiça.

—Dou-lhe a minha palavra de cavalheiro, juro-

lhe que sahirá livremente de minha casa, respon-

deu gravemente o conde.

—E, accrescentou Rocambole que pensava sem-

pre no futuro, mesmo em presença da morte, dar-

rae-ha cem mil francos e um passaporte para In-

glaterra.

—Prometto tudo, mas falle.

Rocambole, tendo feito o raciocínio, aliaz muito

simples, de que possuiria cem mil francos de Ar-

mando, se não morresse do ferimento, os quaes

reunidos aos eem mil francos do conde Artoff, lhe

constituiriam dez mil francos de renda, não viu

inconveniente algum em denunciar o ultimo se-

gredo de sir Williams, e disse a Armando tudo

quanto sabia dos projectos de vingança de Andréa

contra Baccarat, n'aquella occasião a bordo do

Fowler.

Esta ultima revelação restituiu toda a energia

ao conde de Kergaz.

—Um cavallo! exclamou elle, puxando violenta-

mente pelo cordão da campainha.

Dez minutos depois, Armando seguido de quatro

creados armados, galopava pela estrada de Saint-

Maló.

—Bom! pensou Rocambolo a quem o terror da

morte tornava feroz contra o seu mestre, vaes

passar um mau quarto de hora, meu caro sir Wil-

liams. .. e eu não morrerei só!

(Continua).

Page 5: 7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1." ... Chama se Maria Luiza. Possue uns bellos cabellos claros

DIÁRIO XLLTTSTRADf»

Pl LU LA s

pjfHARTlQ

D E

Para o tratamento e prompta cura das ,

Moléstias <lo estômago e dos intesti-

nos, moléstias do fígado, dyspepsia, in-

digestões, cólicas, nauseas, diarrhea,

prisão de ventre, falta de appetite,

incommodos depois do comer, enxa-

quecas e dores chronicas de eaboea,

riieumatismo e nevralgias, w'

da pelle, moléstias periuàic;..

senhoras, e, além d'estas, m dtas .

enfermidades que se classilição c*el aixo d

Infinidade de nomes, todas porém, oriund

mesma causa, a saber,

Desarranjos dos orgSos dl éi^e-

e assimilação,

donde provem a impureza e o enfia

do sangue, com a debilidade e cci

todos os orgãos vitaes do systema.

Procurem-se

AS PÍLULAS CATHARTICAS Dí f

PREPARADAS PELO

JDtt. J"- O- Sc O

Lowell, Mass., Esfc.-Unideg.

A' venda nas principaes pharmacias o dr<

rias do reino.

Agentes geraes: James Casskls & Xja., it

das Flores, 130, 1.° Porto.

DINHEIRO

A. J. BA MOTTA E SOUSA

Agente de vendas e leilões

Bua dc Santa Justa, 75, 2.°, das 9 horas da manhã

ás 7 horas da tarde

Promovem-se hypothecas, tanto em Lisboa como nas províncias c

quaesquer empréstimos sobre caução solida, podendo os devedores pa

gar em prestações (juro modico). Maxima seriedade.

Este agente tem propriedades para vender e comprar nas melhore*

condições.

Recebe dinheiro em deposito em conta corrente ou a praso, abo-

nando-ihcs bons juros.

Também se facilita a quem não tenha todo o capital para a compn

de qualquer propriedade, o poder entrar com um terço da importauch

da compra, ficando de caução a propriedade até final pagamento.

0 mesmo agente tem á seu cargo a administração de differenteí.-

propriedades, e a procuradoria de casas importantes, do que continua

a encarregar-se com zelo e actividade.

N'este escriptorio não se recebe commissão de especie alguma sem

os negocios estarem concluídos ou em caso de desistência dos interes-

sado^

Para a llaliia e Bio dc Janeiro

0 paquete OROPESA

Espera-se a 3i do corrente.

Tem Jogar para carga.

Trala-se no Caes do Sodré. 64, l.°.

Os agentes

E. Pinto Basto k C.a

Debelidade, anemia

dyspepsia

Curam-se usando os CALDOS NU-

TRITIVOS E VINHO TONlCO-NUTRITi-

VO de Guerreiro da Costa.

Farinha, 400 réis a lata—Vinho,

300 reis a garrafa.

RHEUMATISMO - Com o uso do

LINIMENTO ANTI-RHEUMATICO de

luerreiro da Costa desapparecem

em poucos dias as dòres rheumati-

jas—Frasço, 400 réis.

PURGAÇÕES — Desapparecem em

pouco tempo, por muito antiga*

que sejam, usando as CAPSULAS

ÍNT1-BLEN0RRHAGICAS de Guerrei-

o da Costa—Frasco, 500 réis. SYPHILIS — Cura-se com o ROb

DEPURATIVO n.°« 1 e 2—de Guer-

reiro da Costa—Resultados eguaea

aos das tizanas. corn a vantagem c

eu modo de usar ser muito mais

simples—Frasco, 700 réis.

Todas estas especialidades se en

contram á venda na

Pharmacia

iluerreiro du €o*(a

85, Bua de D. Pedro V. 87

N'esta jíliarmacia ha consintas

lianas, GRATIS para para os pobres

3 aviam-se receitas para todas as

issociações e Misericórdia. lt.° dis-

tricto.

Aguas chloretadas

da Amieira

N JO dia 15 de maio, abertura

do estanelecimento balnear

bem como o Hotel actualmente a

cargo do sr. José Maria Rodrigues

dc Coimbra, antigo encarregado do

Hotel Bragança.

Os excellentes resultados obtidos

com a applicação d'estas aguas,

justificam o successive amrmento

no seu consumo.

Usam-se no tratamento da escro-

phulose, rheumatismo, moléstias de

pelle, ainda as mais rebeldes, sv-

phylis, padecimentos do estornago,

ligado e baço, inllammações de

quaesquer orgãos, útero, ovário, in-

testinos, leucorrheas, anemia e chlo-

rose.

DEP0S1T0S — No eserptorio da

companhia, rua de S. Julião, 142,

l.°; nliarmacia Azevedos, Rocio;

José Peliciauo Alves d'Azevedo-. R.

do Principe, 32 a 37.

Camara Mu-

nicipal de

Lisboa

2* PRAÇA

A Camara Municipal manda an- nunciar que recebe nova-

mente propostas em carta fechada,

nos paços do concelho, até á 1 ho-

ra da tarde do dia 6 do proximo

mez de Setembro, para o forneci

menl

(appi

pedr.

mento de 100:000 kilogrammas

roximadamente) de carvão de pedra destinadoao serviço das of-

ficinas dos matadoiros municipaes

de Lisboa.

0 preço base da licitação foi au-

gmentado de 5 0|0, achando-se as

demais condições da arrematação

desde já patentes na secçoã central

da secretaria d'esta camâra.

Paços do Coacelho, 29 de Agosto

de 1898.

0 secretario interino da camara.

F Peiroso de Lima.

4949

O acaso, sem que para isso em

ibui nada contribuísse ,transtor-

nou em parte o projectado. Vejo-

ine só, e com poucas esperanças

das tuas noticias. Fizeste a pergun-

ta, mas estarás talvez arrependida.

Pela minha parte, Unho a consciên-

cia de ter feito tudo o possível;

não irei mais além. Estas coisas,

témverdadeiro merecimento, quan-

do espontâneas. Imploradas a todo

I o momento, tomam um caracter di-

j verso. Conheces o meio; poderás

i usal-o sem perigo. Até um dia.

Coupé

VENDE-SE um em bom estado. Y Trata se lia rua da Princeza,

n.° 7.

Companhia Boal dos Caminhos

dc Ferro Porluguczes

Serviço dos armazéns. — Concurso

para o fornecimento de 50:000

toneladas inylezas de carvào de

pedra

IVO dia 31 d'Agosto, pela 1 hora

da tarde, na estaçao central

de Lisboa (Rocio) perante a commis-

são executiva d'esta companhia, te-

rá logar a abertura das propostas

recebidas para o fornecimento de

50:000 toneladas inglczas de carvão

de pedra, de qualquer das seguiu

tes proveniências: Lancascer's Grif-

fin Nantyglo, Riska, Newport Aber-

can» Black-rein, Albion. Cauibrion

Navigation, Nixons Navigation. Fer-

ndale, Cyiarthfa, Lewis Merthyr,

Hood's Merthyr, Dowlins Merthyr,

Ocean Merthyr, Cory's Merthyr,

Standard, Naval, Tre'degar, Great

Western, Western Waslcy Black-vein.

As condições estão patentes em

Lisboa todo's os dias úteis, das 10

horas da manhã ás 4 da tarde, na

repartição central dos armazéns

(edifício da estação de Santa Apo-

lonia) e em Paris, nos escrip onos

da companhia. 28, rne de Chàtcau-

dun.—O sub director da companhia,

(a) Manuel F. Vargas

Realiso-use hontem a trasladação

dos restos mortaes do ex.n,° sr. Cle-

mente Augusto d'Assumpção, para

o ínaufoleo que sua esposa D. Ma-

ria Thereza Alcantara Neves d'As-

sumpção, mandou erigir á sua me-

moria no cemitério dos Prazeres.

Condecorações

L C. Bragança k Munir.

49, R. Áurea. 51

Almanak de Luiz d'A-

raujo para 1898

A venda em todas as livrarias.

Deposito para revender na casa de

Arualdo Bordallo, rua da Victoria,

^-eco 60 réis.

As

pessoas que querem ,

r um PURGATIVO de ,

r primeira qualidade, agra- ^ davel de tomar, que nSo exige

regimen especial algum nem ■ jmodificação alguma noa hábitos

o occupaçoes, fazem uso daa

AFAMADAS

PÍLULAS purgativas

5'

do Doutor

DEHAUT de Pariz.

2*50

Qualquer caixa cujo rotulo nâo levasse o .. — . .

SELLO

dft - - - -

tvv- ^con,ra

a qual 08 XÇ oentes devem

acautelar-se com

todo cuidado.

ÓO c°

THE EQUITABLE

Sociedade dc Seguros de vida dos Estados Uni-

dos. fundada cm 1859

BBDK KU NOVA YOBK

Capital de garantia superior a 201000:000^000 réis

O* lucro* revertem

exclnnlvameiitc em favor do* neguradoe

Excesso sobre a reserva legal réis 40.624:01 15730, superior á de

qualquer outra companhia.

Novos seguros effectuados em 1895: 132.078:5305000 réis.

Total dos seguros em curso em 1894, 912.509:5535000 réis.

Nos últimos 30 annos, a companhia tem pago seguros superiores a

qualquer outra companhia.

As apólices são incontestáveis.

Seguros em caso de morte, em caso de vida, dotaes e sobrevive-

tes, rendas victalicias.

ADMlNISTHAÇÃiFDIttRCÇÃo IA tíUOOUB8AL HM PORTHQAL

32. 1.°. Uua do Ouro» 32, 1.*

Para Liverpool

0 paquete GR CANA

Espcra-sc sexta-Ieira 2 du corrente.

Tem lugar para carga.

Trata-se nu Caes du Sodré, 64, I o

Os agentes

E. Pinto Basto k C.a

Chargeurs Reunis

V «

Paquetes francezes para o Brazil

Pernambuco, Mació; Bahia,

Rio de Janeiro e Santos

r) Paquete CONCORDIA esperado em t de Setembro, sahirá depois

^ de curta demora.

Para carga c passagens, trata-se com

Praça do Município, 19.

0 agente

Augusto Freire

- • '

224—Folhetim do Diário Illustrado— 50-8-98

oi sira

DE

EUGENIO SUE

OS MILLION AIIIOS

0 escrevente publico, a quem ella filava com os

olhos, leu n'um instante essa curta missiva, oc-

cultou difficilmente a con'rariedade que ella lhe

cousara, depois subitamente, fingindo um doloro-

so espanto rasgou a carta, com grande pasmo

de Marietta, e exclamou:

— Ab! pobre menina!

E lançou os bocadas da carta para debaixo da

secretaria, depois de os ter esfregado com as

mãos.

0 que faz senhor?—disse Marietta empallide-

cendo.

—Ab! pobre menina!—jepetiu o velho com ar

ronsternado.

—Ob! meu Deus!—murmurou a rapariga pondo

as iuáos,—aconteceu alguma desgraça ao senhor

Luiz! •*

—Não, minha Glha, nâo, mas o melhor que tem

a fazer, 6 esquecel-o.

—Esquecél o!

—Sim, civia no que lhe digo, renuncie ás suas

queridas esperanças.

—C mo! o sr. Luiz... Que lhe aconteceu, meu

Deus!

—Olhe minha pobre menina, é triste a ignorân-

cia, e eomtudo n'esta oecasiào muito me custaria

que a menina soubesse ler.

=Mas o que diz essa carta?

—Que não deve pensar mais n'um casamento

para sempre impossível.

—Osr. Luiz escreve-me isso?

—Sim, e appeiarido para a generosidade, para

a delicadeza do seu coração.

—0 sr. Luiz manda me dizer que renunciemos

ao nosso casamento?

—Ai! sim, minha pobre menina! Então animo

e resignação! • & • gl-j £ -

Marietta fez-se pallida como uma defunta, este-

ve um momento silenciosa, emquanto lhe deslisa-

vam dos olhos abundantes lagrimas, depois,

abaixando-se subitamente apanhou os pedaços ras-

gados da carta,, entregou a ao escrevente, e disse-

Ihe com voz alterada.

—Senhor, tenho animo para ouvir tudo, arran-

je esses pedaços que eu ouço tudo.

Creia no que lhe digo minha filha, não insista,

peço-lhe!

—Leia por favor leia!

—Mas...

—Ignorar o que diz essa carta, por mais penoso

que seja... é de morrer!

—Já lhe dei a conhecer o sentido d'essas linhas

poupe me essa nova semsaboria.

—Tenha dó de mim, senhor! Se, como me disse

lhe inspiro algum interesse, leia! em nome do ceu

leia.' que eu saiba ao menos toda a extensão da

minha desgraça. E depois talvez haja n'alguma li-

nha uma palavra qualquer de consolação.

—Bem já que o exige,—disse o velho juntando

os pedaços de papel uns ao lado dos outros, em-

quanto Marietta aniquilada, com as feições trans-

tonadas, ficlava um olhar afflicto no escrevente

publico,—óuça então esta carta.

E leu:

«Minha querida Marietta»

«Escrevo-lhe á pressa algumas palavras, tenho

a morte n'alma. Temos que renunciar aos nossos

projectos, trata-se agora para mim de assegurar a

meu pae o bem e«tar e o descanço para os seus

dias de velhice. Sabe como estimo meu pae. Dei

a minha palavra. Não nos podemos tornar a ver

mais.

«Um ultimo pedido: faço o á delicadeza, á gene-

rosidade do seu coração, uão procure tornar a ver-

me ou mudar a minha resolução Tinha então qne

optar entre meu pae e a minha querida Marietta,

talvez que tornando a vél-a eu não tivesse animo

de cumprir os meus deveres de filho.

0 futuro de meu pae está pois nas suas mãos.

Conto com a generosidade da sua alma. Adeus! a

dôr faz-me cahir a penna das mãos mãos.

«Adeus, adeus para sempre!

«Luiz»

Emquanto durou a leitura d'esle bilhete, Mariet-

ta podia oíferecer a um pintor o triste modelo da

dôr: de pé e iminovel junto da secretariado escre-

vente, de braços cabidos, mãos postas e os dedos

entrelaçados, muda, com 03 lábios agitados por

um tremor convulso, os olhos baixos e banhados

em lagrimas que lhe caiam pelas faces, a pobre

creatura continuara á escuta apezar do velho ter

terminado a leitura.

0 escrevente publico foi o primeiro a romper o

silencio dizendo.

—Estava certo, minha filha, de que essa carta

lhe havia de fazer um mal terrível.

Marietta não respondeu nada.

—Minha filha,—tornou o sr. Richard,—não tre-

ma assim, sente-se. OJhe beba uma gota d agua

fresca.

Marietta não ouviu com o olhar fixo e banhada

em lagrimas, murmurou a meia voz, com uma ex-

pressão dilacerante:

—Bem, Jeítà tudo acabado! nada me resta no

mundo/ Era feliz demasiadamente! Ah! sou como

a minha madrinha a felicidade não se fez para

mim!

Depois accrescentou com um soluço abafado e

uma entoação impossível de descrever:

(Continua).

Page 6: 7/purl.pt/14328/1/j-1244-g_1898-08-30/j-1244-g_1898-08-30_item2/j... · 1 mes... 300 réis. Anauncios: linha, 20 rs.: 1." ... Chama se Maria Luiza. Possue uns bellos cabellos claros

.RIO ILLUSTKADO

-*&A

GilPRKZA EDITOBA

T. da Queimada, 35

RETRATOS

Noa escriptorios da EMPREZA EDITORA, tra-

a da Queimada, 35, encontram-se à venda, em

cartão e proprios para quadros, os seguintes:

De El-Rei D. Luiz I 100

De Sua Magestade a Rainha D. Maria Pia 100

De El-Rei D. Carlos 1 200

De Sua Magestade a Rainha 100

De Mousinho de Albuquerque 100

De Vasco da Gama 200

Do dr. Sousa Martins 200

De Fontes Pereira de Mello 100

De Camillo Castello Branco 100

De João de Deus 100

De Santo Antonio e seus milagres 200

Remettem-se, franco de porte, perfeitamente

acondicionados, para todos os pontos de Portugal, a

quem enviar a respectiva quantia em cédulas ou es-

tampilhas.

Descontos importantes para revender, de 20

exemplares para cima, e conforme a quantidade pe-

dida.

35 —Travessa da Queimada — 35

LISBOA

Finíssima manteiga

DA

Fructuaria de Nandufe

Concelho de Tondella

T^NCONTRA-SB á venda nas princip.

casas e mercearias, lanto em Lisb

como nas principaes praias e thermas de Cascaes, Paço dArcos, Caldas

da Rainha, Figueira da Foz, etc., etc. Manteiga preparada pa-a Africa e Brazil.

Requisições para revenda feitas ao representante d esta fabrica em

aes

oa.

Lisboa.

ARTHUR BENARUS —4, Poço do Borratem—2.°

TELK1MIOXE N.° IO

Grande hotel de Pedras Salgadas

Abriu no dia II de Maio

MAGNIFICAS accomodates e serviço escrupuloso. O emprezario,

com larga pratica, escolheu excel lente pessoal e espera satisfa-

zer completamente os numerosos frequeniadores da suacasa. Para es- clarecimentos dirigir a Manuel Pereira—Pedras Salgadas.

3 «OA i

x co

«-

*5 2 D>

OLeo Piíro

o CO

o

IB&J °OST 0*^

-5# c/> H

H

>

— CD

a

f r 23 >

«a. *!

5 o

5

2. H

r

> *

CO S8 AfWl

w 1 o c

r. - - M

QVMXáHFfc £ IH l11 bo • <Jo« 8»* r tfjr I#1 -P QlCfillTo h0^0»10 7 Z.P» » ■ oí 7t

*

Empreza iNacioasI è Navegaçâ®

ca

2T

O paquete CARO VERDE

Sahirá do Caes da Fundição no dia 6 de Setembro ao meio-dia part

a Madeira, S. Vicente, S. Thiago, Principe. S. Thomé, Cabinda,

Ambrizette, Ambriz, Loanda, Novo Redondo, Benguella. Mossame-

des, Porto Alexandre, Rabia dos Tigres e para as ilhas de Cabo Verde,

Bissau e Bolama, com baldeação em S. Vicf nte.

O paquete "ANGOLA"

(Viagem extraordinária)

Sahirá no dia 15 de Setembro ao-meio dia para S. Tbomé, Loanda

c Benguella.

O paquete S. THOMS

Sahirá no dia 23 de Setembro ao meio dia, para S. Thíago, S. Tbomé

Cabinda, S. Antonio do Zaire, Ambriz, Loanda, Novo Redondo,Benguella

e Mossamedes. Previnem-se os srs. carregadores de que o paquete «Cabo Verde»

recebe líquidos até ao dia 2 e o «S. Tbomé» até ao dia 19 inclusivé.

Para carga e passagens trata-se no escriptono da Ernpreza, rua d* 1 rata, 8, 1.°.

SCda.

ILHADCS.MIGUEL

o o- *

-■N

Ki

G.? pJMARITIMOS

1Ã A. I .<0 <7 m

N. V

Ej .V

êcueòaèe /morujma jòe mponsaklfèíâe limitam

SBQA A GENTE EM LI

ÉIRO*

^lo/kvAREsfEB^ ,35Rua

Bacalho Ji

DOS

os

C/3

<6 o

A

v

fts C/3 fiS

rt>

sl 3

l A

ê

AH PRIMEIRA agua de mesa, em qualidade, pureza, limpidez, conservação e preço. Iodispen-

ns8 colónias, a bordo, etc. Garrafas e rolhas eaterilisadas pelo vapor. Por caixa de 50 e

de 25 garrafas, comprada no deposito da empreza, sahe a 15 rói* e a HH rói*, respectivamente.

Venda a retalho, em todas as pharmacias, drogarias e outros estabaiecimentos, a BOO rói*. ou B IO

com garrafa.

Pedir a analyse e tabella de preços, no deposito da einpreza, Arco do Basodeira. B I I a 11

No Po no, Alfredo de Soiima Johiiftlon, rua do Infante BI. SBenriffliie,

■ I*. I.°.

oompagnie

DKS

MESSAGFRIES SAI15T1HEM

PAQUKBOTS POST3 FRANÇAI8

LINHA TRANSATLÂNTICA

Para Da&ar, 1'ernamhco

co, «fttiia, Uio de <£«.«

nelro, £lon3e«ideu c

Duenos-Ayrea.

LA PLATA» com- mandante Lidin.

Que se espen ue Bordeos em 09 ^ agosto.

CORDILLERK.com randante Baule, que se esperado Bordeos em 13 de

setembr •.

O paquete LA PLATA não fará es-

cala -ior Pernambuco e Bahia.

G*ara Pernacnfouco.

Bila. Hio tíe

Kunnlofli, Montevideu •

Bueaon- Ayres*

Ganirá o paquete:

MKEDOC commandante Vdréne

que se espera de Bordeaux, de 6

a 7 de Setembro.

Para Hordraox, en

direitura

Sahirão os seguintes paquetes:

PORTUGAL, cominandaute Baule

que se espera do Brazil em 30 de

agosto.

CHILI, co i mandante Lartigue

quj se espera do brazil em 14 de

setembro.

Para passagens de 3.« ciasse tra

ta-se com José Antunes dos Santos & C.*, 4. praça dos Remolares.

Para carga, passagens e todas as

informações, trata-se 11a agencia da

Companhia, 32 rua \urea.

Pela Compagnie d

Maritimes Messageries

Sociedade Torladôs.

ANDRADE & C.1

Commercio de vinhos, azeites e vinagres

Consumo cm Lisboa, e exportação

30, 32—Rua Serpa Pinto—30, 32

2* C. de Santo Amaro, 2, LISBOA

Endereço lelcgrapliico—ROOHBI"RA

VINHO R0CHE1RA (Torres Vedras). — Este magnifico vinho de pasto,

premiado em diversas exposições, indicado pelos medicos, e o melhor

classificado nos concursos de analyse, encontra se á venda em Lisboa,

única e exclusivamente na nossa casa.

Dotado de qualidades naturaes a.> mais aprecicveis, este vinho não

é aguardentado, não sofTre iotaçòes, conservando constante e inaltera-

velmente o seu typo original primitivo. A isto deve o progressivo con-

sumo, e a justa recommendaçao que d'elle fazem quantos o conhecem.

PREÇO—Series de 24 garrafas 2^160 réis » 12 » 1*080 »

Quantidades inferiores (garrafa) 100 »

AZEITE DE SANTARÉM, velho muito fino, lavra do ex.-0 sr. Castro

Constâncio, LITRO 340.

Dito de CASTELLO BRANCO, e do ESCURAL, lavra do ex-® sr. Alves

de Sá, LITRO 320.

Fornecimento em latas de 1, 2 li2, 5, 10. 15, 20 e 30 litros.

VANAGRE natural de vinho branco, productc da OUINTA DO PERDI-

GÃO, do ex.,u0 sr. Jayme Pereira Coutinho.GARRAFA, 70 réis.

Emprestam-se todas as vasilhas. — PORTES GRATIS, seja qual fòr a

porção ou distancia a servir.—Requisições por bilhete postal a

A. ANDRADE & C.A

30, Rua Serpa Pinto, 32

LISBOA

Pour paraitre en avril, 1898

(5." ANNÉE)

A NNUAIRE

DECAUVILIK ÂINE

Petit-Bourg. France

*>?»:

iaWW» : ir

SiSifitei

.je.

In*(ullar-óe« comple

i de irautWayn eleclrl-

*\ material, appare-

»n e machinlKittoz pa-

a* diverna* applira-

e* ti e electrlcldadei

terial flxo e cirriilan-

[>ara rainlnaKO* tie fer-

em toda* a* larsnrav

via*, locomotiva*,

içou*. vainda»

^genU' em Portugal

ARTHUR BENARUS

4, Poço do Borratem, LISBOA

TELKI N.# B

DEMEDIOd

f.

CIGARROS

allivia k Cura

'ATARRHO, BRONOHITK8

OPPRE88Ã0

UMlflAÇ'0

e toda» affecçCe» Espasmódicas da» Vias Respiratórias.

25 Anno1 de bom êxito. Medãlhes Ouro e Pret». l C'\ Pharmftceatieoi, 102, Rue Rloheliea, PARI

LINHA HALL

Serviço regular semanal entre Londres, Lisboa e vice-vers#

os -v^rpoTRjaes

LISBON 1:333 tonelladas.—CADIZ 1:400 tonelladas.—MALAGA 1:614 tonetlal

das.—LONDON 1:512 tonelladas.—GIBRALTAR 1:412 tonelladas. — G1UC1A

800 tonelladas.

Estes vapores tem boas accomodações para passageiros de 2.* cluui«|

Preço* de pasaa^ena

De Lisboa para Londres, l.a classe, 1. 6.60.

Ida e volta para Londres, 1.» ciasse, 1. 10.10.0

Sahidas de Lisboa para Londres todas as quartaa-feiraa ou quiniip-

feiras.

paea hommm

O vapor GIBRALTAR

Espcra-se de 29 a 30 do corrente.

L

1.° L'Etat présent des Souverains et des Chefs d'E^at;

2.° La liste biographique illustrée des Membres 1'Episcopat trançais;

3.® Les noms des families nobles françaises et étrangeres avec la

description et ledessin de ieurs armes et i indication de leurs alliances

et descendances; 4.° Un Livre d'or relatant les mariages des Membres de la Noblesse

tvec lès noms des témoins et des assistants;

5.° Une revue nécrologique, etc., etc.

Cet ouvrage, orné d'euviroo I .OOO ffravurez, formera ua ma

<nifique volume in-8.° raisin relié avec tranches dorécs, fers 3péciaux

PRIX: 25 FRANCS

FRANCO FN GARC

Les souscripteurs ont droit à la reproduction gratuite deleure

irmes en noir.

Pour la reproduction des armes en couleurs, on traite9 de gr

á gré selon l'importance du travail.

Les 80uscription8 ne 1'seront recues que jusqu' au 15 mira, 1898.

AdminlMtration et redaction. ie. Boulevard

da *tra»3>our#, Pari*.

PAEA GIBRALTAR

O vapor LONDON

Chegou e sac quinta feira de tarde.

Para carga e passagens trata-se no Caes do Sodré, 64, 1.%

Os agentes f. Pinto Basto à

The Pacific Steam Navigation Company

<k Para S. Vicente, Pernambuco, Bahia, Rio dj

Janeiro, Montevideu, Buenos-Ajrcs.j Val Pa-

raiso e mais portos do Pacifico.

SAHIRÃO OS PAQUETES

Oropesa, 31 de Agosto. — •Orcana, 28 dc setembro.

••Liguria, 14 de setembro. — ••Orissa, 12 de outubro.

paquetes Liguria, e Orissa vão directamente ao Rio de Janeiro.

•0 paquete Orcana não recebem .

Faz-se abatimento ás famílias que

e Rio da Prata.

Nas passagens de 1.», 2.4 e 3.*

está incluído vinho á hora da comida,

A bordo ha criados, cozinheiros portuguezes e medico.

eircs de 2.*

para <

estes

roupa, etc

do Brazil

Para Corunha, La Pallice (La Rocheile)

e Liverpoo!

0 paquete OílOANA

Espera-se a 1 de Setembro.

Para carga e passagens trata-se com os ageates

EM LISBOA NO P0RT8

Pinto Bft«to <k Ci» Kendall. Pinto Bawio

64 1.°, Caes do So Jré. Rua do-Infante D. Henrique