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    I D A T O L D B O D

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    equenasclulas cinzentasgrandes pensamentos

    um caderno t emt i co sobre o c rebro

    Patrocinador exclusivo

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    I D A T O L D B O D

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    equenas

    clulas cinzentasgrandes pensamentosum caderno t emt i co sobre o c rebro

    Patrocinador exclusivo

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    Pequenas clulas cinzentas grandes pensamentos um caderno temtico sobre o crebroCopyright 1997 by Experimentarium TEMA

    Texto: Ida ToldbodDesenhos: Anette Carlsen & Fr. Madsen/UnionenFotos na pgina 18: Ian LawDesign: Fr. Madsen/UnionenCapa: Fr. Madsen, ilustraes Annette Carlsen/Unionen

    Redaco:

    Cristina Christensen, colaboradora cientfica. ExperimentariumJesper Mogensen, leitor, investigador snior, investigao neuralfundamentalLaboratrio Neuropsiquitrico, Rigshospitalet.Peter Norrild, chefe de programa. Experimentarium.Anja Philip, colaboradora cientfica, Experimentarium.Kim Rune, neuropsiclogo, Tale-og Hreinstituttet, RdovreIda Toldbod, colaboradora cie ntfica. Experimentarium.Gunilla berg, neuropsicloga. Gestora do projecto: Ano do Crebro.

    Agradecemos ao neuropsiclogo Eri k Lykke Mortensene ao Dr. Nikolaj Frandsen pela reviso crtica do captulo "Hemisfriocerebral direito e esquerdo", e estudante de psicologia Lis Andersen,pela reviso crtica do captulo "As sensaes".

    Salvo disposto em contrrio, apenas ser autorizado copiar parteou a totalidade do presente caderno mediante autorizaodo Ministrio da Educao Din amarqus e da Copy-Dan.O presente caderno foi elaborado por ocasioda exposio realizada pelo ExperimentariumO Crebro - uma exposio que permite conhecermo-nos melhor,e foi produzido com o apoio do Hjernerete do Ministrio da Educao Dinamarqus.

    Verso portuguesa

    Pavilho do Conhecimento - Cincia VivaParque das Naes, Alameda dos Oceanos, 2.10.011990-223 Lisboae-mail: [email protected] para visitas em grupo: 21 891 71 12Fax: 21 891 71 71

    Traduo do dinamarqus: Mariann e Harpsoe CorreiaPr-impresso: Critrio Produo Grfica, Lda.Impresso: MR Artes Grficas, Lda.ISBN: 972-98251-2-2Depsito legal: 151 196/00Tiragem: 1500 ex.Lisboa, 5 de Maio de 2000

    Exposio:Traduo textos: Marianne Harpsoe Correiae Alexandra Costa de SouzaTraduo vdeos e computadores: Sara David LopesLocuo vdeo e legendagem: Neurnio

    Agradecemos ao Professor Joo Lobo Antunes a reviso cientficados textos da exposio.

    Hjerneret

    ndiceIntroduo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

    Breve guia do crebro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

    Pensar, aprender e lembrar . . . . . . . . . . . . . . . . 22

    Os hemisfrios cerebrais direito e esquerdo . . . 28O que a inteligncia e a personalidade. . . . . . 36

    Sentimentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40

    O corpo tem a sua prpria linguagem . . . . . . . . 46

    Sono, sonhos e o nosso relgio interno . . . . . . . . 52

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    um caderno temtico sobre o crebro

    Com a sua dimenso modesta e a superfcie acinzentada, o crebro poder no parecer um

    dos rgos mais fascinantes do nosso corpo. Porm, assim que mergulhamos nele, por baixo

    das circunvolues, sentimos a mesma sensao de falta de ar como quando tentamos

    compreender a coerncia do universo.

    Sentimentos, recordaes e pensamentos abstractos entrelaam-se numa complexa rede.

    O ambiente interno do corpo comandado com uma

    preciso que faria empalidecer qualquer complexo

    industrial de alta tecnologia. As impresses recolhidas

    atravs dos sentidos so processadas e os movimentos

    programados a um ritmo e com uma elegncia que

    faria com que o computador mais avanado parecesse

    um baco. A maior parte das operaes so resolvidas

    pelo crebro sem a interveno do nosso consciente.

    Utilizamos cada uma das 125 mil milhes de clulas

    nervosas de uma forma inigualvel. Uma parte deste

    processo determinada pela nossa herana gentica

    e a outra parte pelo mundo em que crescemos.

    Mesmo desenvolvendo-nos e aprendendo

    ao longo de toda a vida, as capacidades do crebro

    esto longe de se esgotar.

    A cada ano que passa aumenta o nosso conhecimento sobre o crebro. Porm, o seu universo

    de tal modo complexo que ainda estamos longe de nos conhecermos, a ns prprios, a fundo.

    Talvez nunca o consigamos. O crebro ir sempre, certamente, suplantar o seu prprio

    intelecto.

    Ida Toldbod

    Experimentarium, Fevereiro de 1997

    ORIENTAO PARA LEITURAO caderno est dividido em captulosdesenvolvidos em torno de temas individuais.Os captulos contm um texto de base e umconjunto de exerccios que ilustram as funesdo crebro.

    O primeiro captulo constitui um breve guia

    do crebro. mais recheado de factos do queos restantes captulos do caderno, os quais,por sua vez, desenvolvem a matriaapresentada no breve guia.

    Muitas das funes do crebro constituemainda terras por desbravar, da que existamtantos "talvez" e tantos "provavelmente".

    Divirta-se!

    Pequenas clulascinzentas

    grandes pensamentos

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    Os centros cerebraiscolaboram entre siO crebro constitudo por um vasto conjuntode centros, cada um dos quais com a sua prpriafuno. Nenhum dos centros consegue trabalharisolado. Todos colaboram e dependem, de uma ououtra forma, uns dos outros. Aprender algo novo

    exige o desenvolvimento de actividades ao nvel demuitos centros diferentes que existem no crebro.

    O crebro est dividido em dois hemisfrios, odireito e o esquerdo. O lado direito do crebrocomanda o lado esquerdo do corpo e vice-versa.Os dois hemisfrios cerebrais comunicamum com o outro atravs de um espessofeixe de fibras nervosas, o corpo caloso.

    LEMBRAR FOTOGRAFIASSero necessrios 40 diapositivos para realizar esteexerccio. Primeiro dever mostrar 10 diapositivosaos alunos. Meia hora depois mostre-lhes todosos diapositivos por ordem aleatria. Os alunosdevero agora dizer quais os diapositivos que viramanteriormente. Em seguida devero dizer a ordempela qual foram mostrados os primeiros dezdiapositivos.

    Quando "apenas" reconhecemos, utilizamosprincipalmente os lobos temporais. Para noslembrarmos da sequncia temos de envolveros lobos frontais.

    JOGOS DE PALAVRASa) D aos alunos 30 segundos para encontrar,dentro de cada uma das seguintes categorias,o nmero mximo de palavras: animais comeados por F frutos ou legumes comeados por C pases comeados por P

    b) Em seguida pea aos alunos para enumerarpalavras nas seguintes categorias: pases cujo nome termina com a letra S ferramentas cujo nome termina com a letra E frutos cujo nome termina com a letra O

    c) Por fim, pea aos alunos para dividirem asseguintes palavras por categorias:Chave de parafusos, sapato, banana, serrote, carro,camaro, carroa, chapu, berbequim, calas,bicicleta, salame:Existem, no mnimo, duas possibilidades de

    categorias:a) comida, ferramenta, veculo, vesturiob) palavras que comeam com S, C ou B

    Seguimos uma espcie de regras no escritasquando ordenamos palavras por categorias.Utilizamos as regras quando temos de ir

    procurar alguma coisa nossa memria-armazm.O exerccio b) mais difcil do que o exerccio a),pois usualmente ordenamos as palavras pelaprimeira letra. O lobo frontal desenvolve asestratgias, enquanto que as palavras esto

    localizadas na rea da linguagem de Wernicke,no lobo temporal.

    C R T E X C E R E B R A L

    L O B O T E M P O R A L

    E X E R C C I O S

    !

    4

    Bre

    L O B O C E N T R A L

    L O B O P A R I E T A L

    !

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    C E R E B E L O

    TR O N C O C E R E B R A L

    A M G D A L A

    HI P F I S E

    H I P O C A M P O

    5

    e guia do crebroQUANDO ESTENDEMOS O BRAO para agarrar uma ma vermelha na frutaria, o crebro

    planeia tudo antes de termos sequer conscincia disso. Muito do que fazemos feitos escondidas do nosso consciente. Vemos apenas os resultados dos trabalhos

    realizados pelo crebro:

    O crebro participa em tudo o que fazemos - consciente e inconscientemente.

    Comanda as batidas do corao, a respirao, o humor, os sonhos, a fome,

    a paixo, a dor, a personalidade, o intelecto e a criatividade.

    HI P O T L A M OC O R P O C A L O S O

    C R T E X C E R E B R A L L M B I C O

    T L A M O

    L O B O O C C I P I T A L

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    As pequenas clulas cinzentasO CRTEX CEREBRALA NOSSA CAPACIDADE PARA LER UM BOM ROMANCE, reparar um furo no pneu da bicicleta

    ou programar as frias de Vero do prximo ano, deve-se ao nosso crtex cerebral.

    uma caracterstica nica do ser humano e que o distingue dos restantes seres vivos.

    Quando dizemos a um colega que utilize a massa cinzenta estamos a referir-nos ao

    crtex cerebral. O crtex cerebral assemelha-se a uma paisagem com relevo. Est dividido

    em diferentes lobos: os lobos frontais, os lobos parietais, os lobos temporais e os lobos

    occipitais. Cada lobo especializa-se numa dada funo e quando pensamos, sentimos eagimos, os lobos interagem uns com os outros e com outras partes do crebro.

    ZO N AD A L I N G U A G E M

    D E B R O C A D O

    L O B O F R O N T A L

    O C R T E X C E R E B R A LD O O L F A C T O S I T U A - S EN A P A R T E M A I S

    P R O F U N D A

    D O L O B OF R O N T A L

    R E A P R I N C I P A LD A A U D I O

    D O L O B O T E M P O R A L R E A D E A S S O C I A OA U D I T I V A D O L O B OT E M P O R A L

    PR I N C I P A L R E A M O T O R AD O L O B O F R O N T A L

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    numa pequena parte do crtex cerebral que sorecolhidas as impresses canalizadas pelos sentidos.Uma outra pequena parte constitui a rea de emisso

    que comanda os movimentos. Utilizamos a maiorparte do crtex cerebral quando planeamos,compreendemos, lembramos, pensamos e falamos.Estas reas designam-se reas de associao.

    Personalidade, estratgiase ordens para os msculosOS LOBOS FRONTAISQuando raciocinamos, resolvemos problemas,desenvolvemos trabalho criativo e tomamos decises,utilizamos os lobos frontais. Possumos dois, um de cadalado do crebro. Julga-se igualmente que os lobos frontais

    tm grande significado para a nossa personalidade, pois aspessoas que sofreram leses nos lobos frontais mudam,frequentemente, e por vezes na totalidade, o seu carcter.

    POSSVEL DESLIGARO CREBRO?Pea aos seus alunos que elaborem uma lista dasfunes que so comandadas pelo crebro e das queno so.

    bvio que se trata de uma armadilha,

    porque tudo o que fazemos envolveo crebro

    E X E R C C I O S

    R E A V I S U A L P R I M R I AD O L O B O O C C I P I T A L

    R E A D E A S S O C I A OV I S U A L D O L O B O O C C I P I T A L

    R E A D A L I N G U A G E MD E WE R N I C K EN O L O B O T E M P O R A L

    R I N C I P A L R E A S E N S I T I V A

    O L O B O P A R I E T A Lsentido do tacto est integrado nesta rea

    LOBO

    FRON

    TAL

    LOBO

    PARI

    ETAL

    LOB

    OOC

    CIPI

    TAL

    LOBO

    TEMPO

    RAL

    CEREBELO

    !

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    Os lobos frontais participam ainda no planeamentodos movimentos e nas aces executadas numa

    determinada sequncia. O resultado da actividadedesta rea pode ter efeitos imediatos, por isso queapenas inclinamos a chvena quando esta est ao pda boca - ou a longo prazo quando fazemos planosrelativos educao e famlia. Os lobos frontaistambm so envolvidos quando adiamos umanecessidade: por exemplo quando nos contemospara no fazer chichi antes de chegarmos sanita ouquando esperamos para comear a comer at quetodos estejam sentados mesa.Tambm utilizamos os lobos frontais, quando ospensamentos e as consideraes se associam aossentimentos. Sentido do tacto e orientao

    LOBOS PARIETAISQuando sentimos dor, frio ou calor ou quandotocamos num tecido de seda ou numa folha de lixa,os sinais transmitidos pelas clulas sensoriais so, emprimeiro lugar, recebidos em zonas especiais doslobos parietais. Daqui so depois enviados paraoutras reas relevantes do crebro. As nossasclulas sensoriais no esto uniformemente

    distribudas por todo o corpo. Podemos, porexemplo, sentir pormenores com os dedos que ascostas no conseguem registar. Possumos um

    8

    As pessoas que sofreram leses ao nvel dos lobosfrontais mudam frequentemente, e por vezes na

    totalidade, o seu carcter .

    Quando nos movemos, os msculos receberam em regra

    instrues da rea motora situada nos lobos frontais. Se o nosso

    corpo correspondesse proporcionalmente rea que cada parte

    motora ocupa no crtex cerebral dos

    lobos frontais, teramos um aspecto

    semelhante ao do homem

    da figura da esquerda.

    Se a repart io das clulas dos sent idos

    determinasse as propores do corpo,

    teramos um aspecto semelhante ao do

    homem da figura da direita.

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    lobo parietal esquerdo e um lobo parietal direito.

    Tambm utilizamos os lobos parietais quando nosorientamos e quando associamos, por exemplo, umapaisagem de praia com as nossas frias de Vero.

    GINSTICA CEREBRALA. Pea aos alunos para resolverema seguinte tarefa: Cinco jovens vofazer uma corrida. A Linda chegou meta antes daAna, mas depois da Natacha. A Ceclia chegou antesda Maria, mas depois da Ana. Qual a ordem pela qualas jovens chegaram meta?(Veja a soluo na pgina 14)

    B. D 6 fsforos a cada um dos alunos. Devero emseguida tentar formar uma figura com 4tringulos. Como? (Ver resposta na pgina 14)

    Utilizamos os lobos frontais para raciocinar

    e resolver problemas.

    destinados aos lobos frontais

    O QUE CONTM A CAIXAColoque um objecto grande numa caixa, porexemplo, um triciclo. Em seguida pea aos alunospara adivinharem qual o objecto, tocando-lheapenas com um dedo a partir de diferentes ngulos.Por exemplo faa um buraco para os dedos numconjunto de pegas velhas e pea aos alunos paracolocarem uma pega na mo de modo a que apenaso indicador fique de fora.

    Os nossos dedos so extremamentesensveis. Mas torna-se necessrio tocarnum objecto atravs de muitos ngulos

    e recordar essas percepes para conseguir formar

    uma imagem completa para o nosso "olho interno".

    H 160 anos atrs um trabalhador dos caminhos-de-ferro, Phineas Gage, sofreu um acidente grave.Durante uma exploso foi ferido por um varo de ferroque lhe perfurou a vista esquerda at ao lobo frontal.Sobreviveu miraculosamente ao acidente e, passadosalguns meses estava outra vez bem. Mas Phineas Gagetinha mudado completamente de carcter. Antes doacidente era rpido, meticulosoe muito estimado. Mas depois do acidente tornou-se malhumorado, agressivo e pouco crtico em relao ao seutrabalho. Estava constantementea mudar de planos e no conseguia terminar aquilo quecomeava.

    NOVAPERSONALIDADE

    E X E R C C I O S

    E X E R C C I O S

    destinados aos lobos frontais

    !

    !

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    DESCUBRA O CAMINHONO LABIRINTOFaa uma cpia do labirinto apresentado. D 30 segun-

    dos aos alunos para ver at onde conseguem chegar.

    Utilizamos os lobos parietais para nosorientarmos.

    10

    C O M O Q U E O G A T O V A I A P A N H A R O P E I X E

    !

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    Olhos nas costas?OS LOBOS OCCIPITAISDiz-se que algumas pessoas possuem viso deguia e que outros tm olhos de camaleo"e ainda que outros tm de pr o jornal mesmo

    frente dos olhos para conseguirem ver as letras. Asimpresses transmitidas pela viso so processadasnos lobos occipitais. Possumos um lobo occipitaldireito e um lobo occipital esquerdo. Cada olhopossui um campo visual direito e esquerdo. O quevemos com os dois campos visuais direitos envia-do para o lobo occipital esquerdo, enquanto queaquilo que vemos com os nossos campos visuaisesquerdos enviado para o lobo occipital direito.

    Quando uma impresso visual recebida no

    crebro, a cor, forma e movimento so primeira-mente trabalhados cada um por si. Em seguida asimpresses so novamente juntas de modo aformar um todo. O olho direito e o esquerdovem o mundo a partir de ngulos diferentes.

    para os lobos occipitais

    ILUSESA) Recorte 8 quadrados pequenos ecoloridos em carto ou papel de lustro.Os 6 primeiros devem ser de uma cor enquantoque os outros dois devem ser de uma corprxima da primeira. Coloque cada quadradosobre um fundo colorido conforme indicadoabaixo. Deixe que os alunos avaliem quais os 2quadrados que se distinguem dos restantes.

    O meio que nos rodeia influencia o que

    vemos e o que sentimos. Por esse motivo,a mesma cor pode parecer diferentequando alteramos o fundo (Ver soluo na pg. 14).

    Quando um turista pergunta o caminho para o Jardim

    Zoolgico, explicamos-lhe qual a direco a seguirsem vermos o percurso. Algumas pessoas conseguemmesmo jogar xadrez sem um tabuleiro. As pessoasque sofrem graves leses nos lobos occipitais podemficar com acentuadas deficincias da viso. Algunscontinuam a ver o mundo a 3 dimenses, mas osobjectos desaparecem cada vez que tentam tocarneles. Outros podem perder a capacidade para captarmetade do seu campo visual. Apenas pintam metadede um rosto, comem apenas metade da comida queest no prato e esbarram constantemente com um

    dos lados da ombreira da porta.

    O OLHOINTERNO

    E X E R C C I O S

    !

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    vde ngulos diferentes. O crebro utiliza asduas impresses visuais diferentes paracalcular a profundidade, para quepossamos ver o mundo a trs dimenses,apesar da imagem que atinge a retina ser

    plana. Porm, se fecharmos os olhos,continuamos a ter uma sensao deprofundidade. E o crebro tambm utiliza asua experincia quando vemos. Sabemos

    que uma casa que est longe parecemuito pequena, enquanto que umachvena de caf pode ocupar todo onosso campo visual se a colocarmos

    frente dos olhos. No obstante, temosconscincia de que a chvena mais

    pequena do que a casa. s vezes, as nossasimpresses visuais podem ser de tal modoenganadoras que temos dificuldade emavaliar as distncias, as cores e as dimenses.Estes fenmenos designam-se como ilusespticas. Ainda h muita coisa quedesconhecemos relativamente aosprocessos que nos causam iluses pticas -uma parte desses processos provavelmenteocorre nos lobos occipitais.

    Sproget TINDINGELAPPERNENr vi taler, lytter eller skriver, bruger vitindingelapperne. Der er to vigtigesprogomrder i den ene tindingelap typisk den venstre. Det ene har strstbetydning for den gramatiske side afsproget, mens det andet arbejder medbetydningen af ordene. Tindingelapperneer desuden meget afgrende for indlringog hukommelse. Flelsen af, at man haroplevet noget fr deja-vu kan i vrigtfremkaldes ved, at man stimulerer

    tindingelapperne elektrisk.

    12

    para os lobos occipitais

    Faa uma transparncia com as iluses das imagens1, 2 e 3.O que vem os alunos?

    O crebro procura criar um sentidoe uma coerncia para o que v.

    Na primeira imagem v-se um tringuloque no existe

    Na segunda imagem as pernas das mesas ajudamna iluso de nos fazer pensar que uma das mesas sobre o comprido enquanto que a outra maisquadrada.

    Na terceira imagem vemos que o trao situado maisao fundo parece mais comprido porque est maislonge e, no entanto, do mesmo tamanho do traoque se encontra mais prximo. Esta iluso brincacom as nossas experincias de profundidade

    relativamente quilo que vemos.

    E X E R C C I O S

    IM A G E M 1

    IM A G E M 3

    IM A G E M 2

    !

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    O crebro utiliza as duas impresses visuaisdiferentes para calcular a profundidade, para quepossamos ver o mundo a trs dimenses, apesar daimagem que atinge a retina ser plana. Porm, sefecharmos os olhos, continuamos a ter uma sensaode profundidade. E o crebro tambm utiliza a sua

    experincia quando vemos. Sabemos que uma casaque est longe parece muito pequena, enquanto queuma chvena de caf pode ocupar todo o nossocampo visual se a colocarmos frente dos olhos.No obstante, temos conscincia de que a chvena mais pequena do que a casa. s vezes, as nossasimpresses visuais podem ser de tal modo engana-doras que temos dificuldade em avaliar as distncias,as cores e as dimenses. Estes fenmenos designam-secomo iluses pticas. Ainda h muita coisa que

    desconhecemos relativamente aos processos que noscausam iluses pticas - uma parte desses processosprovavelmente ocorre nos lobos occipitais.

    A linguagemOS LOBOS TEMPORAISQuando falamos, ouvimos ou escrevemos, utilizamosos lobos temporais. Existem duas reas lingusticasimportantes num dos lobos temporais - tipicamentesituadas no lobo temporal esquerdo. Uma das reas

    possui maior significado para o aspecto gramaticalda linguagem, enquanto que a outra trabalha como sentido das palavras. Os lobos temporais soainda determinantes para a aprendizagem e para amemria. De resto, as sensaes de estarmos apassar por algo que j vivemos - o chamado dj-vu -podem ser provocadas atravs de estmuloselctricos aplicados aos lobos temporais.

    13

    para os lobos temporais

    LINGUAGEMRIMA COM... VIAGEMPea aos alunos que descubrampalavras para rimar com aquelasque so apresentadas:a) Era uma vez uma velha

    que foi mordida por uma... abelhab) No fim da estrada

    estava uma vaca... deitadac) O rolo da cozinha rola

    o menino foi para a... escola

    CONSTRUA IMAGENSCOM PALAVRASAqui encontra algumas expresses figurativas- pea aos alunos para descobrirem mais:Teimoso como um burroFeia como uma bruxaDuro como uma pedra

    E X E R C C I O S

    CA M P O V I S U A L CA M P O V I S U A LE S Q U E R D O DI R E I T O

    As impresses

    captadas pelo campo

    visual direito so

    processadas pelo lobooccipital esquerdo

    As impresses

    captadas pelo campo

    visual esquerdo so

    processadas pelo lobooccipital direito.

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    A ponte entre os doishemisfrios cerebrais O CORPO CALOSO

    O lado esquerdo do crebro comanda o lado direitodo corpo e vice-versa. Entretanto, os dois hemisfriosnecessitam de comunicar entre si,caso contrrio uma mo no saberia o que a outraestaria a fazer. O corpo caloso constitudo poraproximadamente 300 milhes de fibras nervosas,sendo o maior feixe nervoso que liga o hemisfriocerebral direito ao esquerdo. A maioria dasinformaes passam de um lado do crebro parao seu homlogo simtrico do outro lado. O captulo"Hemisfrio cerebral direito e esquerdo" destaca aforma como os dois hemisfrios, direito e esquerdo,trabalham em conjunto e quais os pontos fortesde cada um deles.

    Reflexos e sobrevivncia O TRONCO CEREBRALAlgumas vezes necessrio agir com extrema rapidezpara evitar danos corporais. Assim, crtex cerebralno tem tempo para descobrir quais os msculos

    que podem, por exemplo, tirar o p de um pedaode vidro. Nessas ocasies agimos por reflexo, sendoo p retirado antes de o crtex cerebral se apercebersequer de que estamos a magoar-nos. Os reflexos soimpulsos nervosos accionados atravs da medulaespinal ou do tronco cerebral. Alguns reflexos socongnitos - outros so adquiridos. Os reflexosactuam sem que tenhamos conscincia disso.O tronco cerebral tambm regula o ritmo cardaco,a respirao, a presso sangunea e o equil brio.

    Determinados tipos de estupefacientes afectamo tronco cerebral, podendo uma overdose paralisartotalmente a respirao. esta a causa da morte na

    maioria dos casos de overdosede herona. De resto, o troncocerebral constitui o elo deligao entre o crebro e amedua espinal.

    14

    O automobilista treinado conduz em muitos aspectossob o comando da medula espinal. No pensa sobreo que fazem as mos quando liga o pisca e o p

    encontra por si, o travo se algum subitamente

    correr para a frente do veculo.

    POR REFLEXO (Resposta ao exerccio A na pgina 9:

    Natacha, Linda, Ana, Ceclia, Maria). (Resposta ao exerccio Bda pgina 11: necessrioconstruir uma pirmide)

    (Resposta ao exerccio napgina 13: Os dois campos

    situados mais abaixo

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    Os msculose a coordenao O CEREBELOQuando andamos de bicicleta a toda a velocidade semperdermos o equilbrio e quando guiamos o carrinho

    das compras no supermercado sem derrubaros produtos que esto expostos nas prateleiras, nonos ocorre que tudo est planeado at ao mais nfimodetalhe. O cerebelo controla os movimentos e a posi-o do corpo. Afina o movimento das articulaese dos msculos para que no tropecemos quandocaminhamos, e desempenha um papel importantequando aprendemos novos movimentos. O cerebeloest igualmente envolvido no fenmeno "condiciona-mento clssico". Significa isto, em traos gerais, queum determinado sinal acciona um determinado com-

    portamento. Um exemplo conhecido o das experi-ncias com ces do psiclogo russo Pavlov. Accionavauma campainha cada vez que dava de comer aos ces.Ao fim de algum tempo os ces comeavam a salivarapenas por ouvir tocar a campainha. O cerebelo cola-

    bora com o crtex e com o tlamo quando queremosexecutar um movimento. o crtex cerebral que faziniciar as aces e os movimentos.

    para o tronco cerebral

    a) Sente-se com os alunos numasala mal iluminada. Ponha os alunosa trabalhar em pares. Um observa as pupilasdo outro. Acenda uma lanterna prximo dos olhossem encandear, e observe as pupilas para ver o queacontece.

    Para vermos no escuro, as pupilas dilatam-se por forma a permitir a entrada de maisluz nos olhos. Da mesma forma as pupilas

    contraiem-se quando a luz forte. um reflexo

    que funciona fora do controlo da vontade.b) Pea aos alunos para tomarem o pulso unsaos outros quando esto sentados numa cadeira.Em seguida diga-lhes para se porem de p e saltar20 vezes. Depois diga-lhes para tomaremnovamente o pulso.

    Quando nos esforamos, o tronco cerebrald instrues ao crebro para que o coraobata mais depressa de modo a bombear

    sangue suficiente para os msculos, para quepossam acompanhar os saltos.

    para o cerebelo

    a) Coloque uma corda no cho e pea aos alunospara caminharem sobre a corda sem pisar o cho.b) Coloque 5 garrafas vazias sobre uma mesa.Pea aos alunos para derrubarem as garrafas comuma bola de tnis e observe a sua capacidade paraacertar nas garrafas.

    O cerebelo comanda a coordenao muscular.!

    !

    !

    E X E R C C I O S

    E X E R C C I O S

  • 7/28/2019 762 Cerebro

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    Sentimentos, hormonas,aprendizagem e memriaO SISTEMA LMBICOQuando sentimos vontade de abraar o(a) nosso(a)namorado(a) ou quando nos exaltamos porque algum

    se meteu nossa frente na fila para a bilheteira docinema, o sistema lmbico activado. O sistemalmbico responsvel pelos nossos impulsos,sentimentos e comportamentos ligados sobrevivnciamais bsica. Este aspecto aplica-se, por exemplo, dor,ao bem estar, ao receio, fria, ao apetite e sexualidade. O sistema lmbico est em contactoestreito com as partes mais profundas dos lobos fron-tais. Pensa-se que os sentimentos desempenham umpapel fundamental no modo como aprendemos e

    recordamos. O sistema lmbico constitudo por trs estruturasimportantes:o hipocampo, a amgdalae o hipotlamo.

    16

    para o sistema lmbico

    SENTIDO DO OLFACTO

    E MEMRIAPara este exerccio precisa de 5 boies de vidroopaco limpos. Coloque nos boies, por exemplo,um pouco de: canela caf um pano hmido bafiento raspa de casca de limo um pedao de queijo velho

    Faa um pequeno orifcio na tampa de cada um dosboies. Pea aos alunos que cheirem os boies edescrevam o contedo dos mesmos e que refiramainda o que o cheiro lhes faz lembrar.

    O sentido do olfacto possui, atravs donervo olfactivo, ligao directa ao sistemalmbico e memria. por isso que

    certos cheiros nos podem trazer memria, numafraco de segundos, uma recordao muito viva.

    ASSUSTASTE-TE?Esconda uma aranha num boio de plstico notransparente. Quando o sujeito alvo da experinciatirar a tampa, ir, provavelmente, assustar-se.

    Quando nos assustamos reagimosinconscientemente fugindo - por exemplo,largando o que temos nas mos -

    ou enfrentando o medo. Esta reaco de "fugirou lutar" comandada pelo hipotlamo.

    !

    !

    E X E R C C I O S

    O HI P O C A M P O

    A A M G D A L A

    O HI P O T L A M O

    O crtex lmbico

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    O hipocampo essencial tanto para a memriacomo para a aprendizagem. Pacientes que tenhamsofrido leses no hipocampo no conseguem formarmemria de novas experincias.

    A amgdala um complexo em forma de amndoaque est l igado ao hipocampo. Trabalha as impressesolfactivas e outras impresses transmitidas pelossentidos, sendo muito importante para as recordaesque ligam as impresses sensoriais s impressesemocionais como, por exemplo, o medo e a sexual-idade. Por exemplo, um macaco que no possuiamgdala no tem medo de um leo.

    O hipotlamo regula, entre outros, o ambiente

    interno do corpo. Independentemente de estarmos afazer esqui a uma temperatura de 20 graus abaixo de 0ou a tomar banho de sol numa praia a 35 graus C,o corpo mantm a sua temperatura nos 37 graus. Estefacto requer uma interaco muitssimo estreita entreo sistema nervoso e o sistema hormonal, entre outros.Este fenmeno deve-se ao hipotlamo. o ponto do crebro que mais central para o nossoambiente interno e para o sistema hormonal. O pr-prio hipotlamo liberta um conjunto de hormonas.A maioria delas comandam a hipfise. Por exemplo

    so hormonas produzidas pela hipfise que regulamo nosso crescimento, a produo de vulos e deespermatozides, a quantidade de pigmentao quecada um de ns tem na pele e a quantidade de urina

    produzida. O hipotlamo tambm participa no con-trolo do ritmo cardaco, da digesto, da defecao,do ritmo dirio do corpoassim como o nosso estadosentimental e instintivo

    como, por exemplo,a fome, a sede, a excitaosexual e o ciclo menstrual.

    A central de correios do corpo

    O TLAMOO tlamo uma espcie de estao de rel queassegura que as diferentes partes do crebro sabemo que todas as outras partes esto a fazer. Uma parteespecial do tlamo ajuda a planificar os movimentos. excepo do olfacto, todas as informaes quenos chegam do mundo exterior so levadas,em primeiro lugar, para o tlamo.

    Em determinada altura o crebro do feto pode serconfundido com o crebro de um peixe, um anfbio, umrptil, uma ave ou de um macaco. o resultado de milhesde anos de evoluo que ocorre a uma velocidade enorme.O crebro do feto pode criar at 250.000 novas clulasnervosas por minuto. Ao mesmo tempo cada uma das partesdo crebro especializa-se nas tarefas que vai desempenhar.

    Em apenas 5 semanas aps a fecundao j se podem vertodos os principais componentes do crebro.

    O CREBRO

    DO FETO REFLECTETODA A EVOLUO

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    As clulas nervosas comunicamatravs da qumicaUma clula nervosa constituda por um corpo comum grande nmero de fibras. Apenas uma destasclulas pode enviar mensagens para as outras clulasnervosas. So os chamados axnios. Todas as restantesfibras que recebem sinais das outras clulas nervosas,designam-se como dendrites .Cada clula nervosa possui uma quantidade incrvel deconexes com outras clulas nervosas. Essas ligaeschamam-se sinapses. Quando uma clula nervosaprecisa de enviar uma mensagem para uma outraclula, liberta uma substncia qumica que recebidapela segunda clula. Isto implica que a clula receptora,por breves momentos, fique "permevel" s molculasde sdio positivas situadas no seu exterior. Estaspenetram no interior da clula, fazendo com que fiquecom uma carga positiva. Momentos depois abrem-seuns canais que permitem a sada de molculas depotssio. esta diferena de polaridade entre o lado

    interior e o lado exterior que cria um impulsoelctrico. O impulso nervoso pode ento deslocar-se aolongo do axnio, podendo ser medido como uma

    18

    O sistema nervoso divide-se no sistema nervoso centrale no sistema nervoso perifrico.

    O sistema nervoso central constitudo pelo crebroe pela medula espinal.O sistema perifrico encontra-se dividido em doissistemas que fornecem informaes ao sistema nervosocentral sobre o mundo exterior e sobre o nosso mundointerior.O primeiro designa-se como sistema somtico: Controlaos msculos que comandam o esqueleto e mantmo crebro informado acerca do ambiente externo.O outro designa-se como o sistema autnomo e ocupa-

    se do ambiente interno do corpo - manter o equilbriointerno - homeostase. O sistema autnomo comunicacom as glndulas, com os msculos estriados e com osmsculos dos rgos internos. Este sistema, por sua vez,est dividido em dois, opostos: o sistema parassimpticoe o sistema simptico.

    O SISTEMANERVOSO

    As imagens mostram um PET-scanning. Para o efeito

    utiliza-se uma substncia radioactiva base de aucar,

    semelhante que o crebro normalme nte usa como

    combustvel. Este processo permite ver quais as partes do

    crebro que utilizamos para resolver diferentes tipos de

    tarefas.

    Nesta imagem, o sujeito alvo da experincia v uma

    outra pessoa entrar na sala. Move os olhos de um lado

    para o outro, o que requer que a rea motora dos lobos

    frontais dem instrues aos msculos dos olhos para semoverem. Regista-se igualmente activ idade ao nvel do

    cerebrelo que coordena o movimento dos olhos.

    = O sistema nervoso perifrico

    = O sistema nervoso central

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    corrente elctrica fraca. Algumas dassinapses possuem um efeito inibidor,impedindo a criao de novos impulsos,enquanto outras promovem os

    impulsos.

    Os medicamentos copiama qumica da naturezaUma grande parte dosmedicamentos so cpia ouimitao das substncias qumicasexistentes no crebro.Os soporferos, tranquilizantes e osanalgsicos, so exemplos de qumicosque se sobrepem quilo que as clulasnervosas do crebro procuramcomunicar umas s outras. Podem sernecessrios, quando estamos na mesa dasoperaes ou durante perodos em que ocrebro necessita de ajuda paradescontrair, ou para atenuar a dor. Podertambm ser necessrio, no caso de certasdoenas como a epilepsia, em que algumasclulas nervosas ficam sobre-activas ou sub-inibidas. Nestes casos, a medicao poder ajudar a

    atenuar um pouco a actividade elctrica nocrebro. O nico problema que o medicamentoinibe tanto as clulas doentes como as ss.

    19

    N C L E O D A C L U L A N E R V O S A

    CO R P O D A C L U L A N E R V O S A

    Sinapse

    S U B S T N C I A S

    S I N A L I Z A D O R A S

    E X T R E M I D A D E

    D E U M A D E N D R I T E

    A X N I O

    DE N D R I T E

    A S S U B S T N C I A S S I N A L I Z A D O R A Sso enviadas de um nervo para outro

    E X T R E M I D A D E

    D O A X N I O

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    Por esse motivo as drogaspodem produzir uma falsa sensaode bem estarO crebro tem o seu prprio sistema de recompensase de bem estar. constitudo por feixes de fibrasno sistema lmbico e de uma rea especial na zonados lobos frontais. Muitas drogas assemelham-ses substncias sinalizadoras existentes no sistemade recompensa. Por isso podem penetrar no sistemae causar desordem nas mensagens naturais do sistemanervoso. Alguns ficam subitamente fracos enquantooutros ficam tremendamente fortes. Isto pode levaro crebro a fechar alguns dos receptores das sinapses.O que significa que a droga perde rapidamente oefeito, sendo necessrio aumentara dose para obter o mesmo efeito. Quando o crebrofica novamente livre destas substncias, as clulasnervosas tm dificuldade em reagir normalmente

    s suas prprias substncias sinalizadoras.A percepo da realidade sofre uma alterao.

    A capacidade de concentrao, a memria, os pensa-mentos e o planeamento sofrem perturbaes. Podemesmo perder-se a capacidade para sentir alegria comsituaes absolutamente naturais ou para reagir aameaas reais. Determinados tipos de narcticos

    inibem ainda centros do crebro que nos mantmvivos. Podem, por exemplo, paralisar o coraoou a respirao.

    20

    O crebro de um beb pesa um quartodo crebro de um adulto. O crnio no est totalmenteunido, para que o crebro tenha espao para sedesenvolver. E bem precisa. um facto que no vamosficar com mais do que os 125 mil milhes de clulas comque nascemos, mas as conexes entre as clulas crescem.Cada clula poder ter ligaes para milhares de outrasclulas nervosas - o que ocupa espao. J aos dois anosde idade, o crebro mais do que triplicou o seu peso e,nessa altura, pesa quase tanto como um crebro adulto.

    O nosso crebro s pra de crescer aos 12 anos de idade.

    Ao longo de toda a nossa vida perdemosaproximadamente 10 por cento das nossas clulascerebrais. Parece imenso, mas no tem expresso. O maisimportante que o crebro conserva a capacidade paracriar novas ligaes entre as clulas nervosas. Quantomais velhos ficamos, mais tempo demora a estabelecerestas ligaes. Mas nunca demasiado tarde para noslanarmos em novos desafios.

    As principais substncias sinalizadoras naturaisexistentes no sistema de recompensa do crebro so: adopamina, a serotonina, a norepinefrina e as endorfinas.

    No antigo Egipto davam pio s crianas para asacalmar. Os antigos gregos misturavam pio no vinhopara combater a depresso e a melancolia. Os ndios nosAndes mastigam folhas de coca h milhares de anos paraatenuar a fome, e a marijuana, entre outros, tem sidoutilizada em muitas cerimnias relacionadas com areligio. Por exemplo, o deus do sono frequentemente

    visto com uma planta do pio na mo..

    SUBSTNCIASSINALIZADORAS

    AS DROGAS

    EXISTEM H MILHARESDE ANOS

    POSSUMOS 125 MILMILHES DE CLULASCEREBRAIS

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    O Haxixe e a Marijuana contm a substncia THC, tetrahi-drocanabiol. Afecta entre outros o hipocampo, enfraquecendotanto a capacidade de concentrao como a memria.

    Preparaes base de pio como a morfina e a heronaassemelham-se aos analgsicos produzidos pelo prpriocrebro - as endorfinas. Durante um estado de embriaguezverifica-se um forte desequilbrio do efeito tanto dasendorfinas como de outras substncias sinalizadoras.

    As Anfetaminas fazem com que a substncia sinalizadoradopamina saia para o exterior das clulas nervosas,reforando acentuadamente o efeito da dopamina do prprio

    crebro. Este aspecto afecta tanto o humor, a energia fsicae psquica, o apetite, e a sede como o sono. A anfetaminapoder produzir psicoses que se assemelham esquizofrenia.

    A Cocana inibe fortemente a reutilizao natural dadopamina pelo crebro, fazendo com que um excesso dessasubstncia se acumule nas sinapses, sobrestimulando osneurnios. A cocana poder ainda prejudicar o fornecimentode sangue ao corao e ao crebro, causando a morte dotecido cerebral.H muitos indcios que a cocana asubstncia excitante que causa a dependncia psquica mais

    forte. A cocana poder, semelhana da anfetamina, causardoenas semelhantes esquizofrenia.

    O LSD uma substncia que causa alucinaes. Penetra nasclulas cerebrais que comunicam com a substnciasinalizadora. Afecta a nossa percepo da realidade, o sononatural, o estado de viglia, tendo ainda um papel importantena regulao de sentimentos como o desgosto e o desespero.O LSD acumula-se entre outros, nos principais centros docrebro, onde as diferentes impresses recolhidas pelossentidos so acopladas s recordaes, aos sentimentos e aospensamentos.

    O lcool afecta o sistema nervoso central. Em pequenas dosestem um efeito entorpecedor e relaxante. Doses maiorescausam problemas na coordenao muscular e doses aindamaiores podem causar a inconscincia e, eventualmente, amorte.

    O gs de isqueiro - Snifar gs de isqueiro pode causarleses cerebrais irreversveis. Por exemplo, diminuioda memria, falta de resistncia, nervosismo, desequilbrio

    e depresso.

    DROGASMAIS COMUNS

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    Guardamos tanto o sabercomo as competnciasGuardamos tanto o saber como as competnciasA maioria das pessoas que possui um cadeado de bici-cleta com segredo, j passou pelo problema de noconseguir lembrar-se do segredo. Mas se meter osdedos ao trabalho, mais tarde ou mais cedo, o fechoabre. Isto significa que o cdigo estava armazenado emmais do que um stio. que possumos vriasmemrias. Grosso modo, possvel dividir a apren-dizagem e a memria em saber e em aptides. Os

    aspectos que, tipicamente, associamos memria soaspectos que podemos descrever com palavras. Tratam-se, por exemplo, de factos especficos e de aconteci-mentos, mas podero tambm ser lembranas comorostos, palavras e objectos. Chama-se a isso a memriado saber. Mas tambm lembramos com o corpo sempodermos, com preciso, descrever como mantemos oequilbrio em cima de uns patins, como cortamos umafatia de po ou como atamos os atacadores. Estamemria designa-se como memria de competncias.

    Extenso e memria de trabalhoRelativamente ao saber, distinguia-se, antigamente,entre memria de curto prazo e memria de longoprazo. Actualmente divide-se a memria de curtoprazo em extenso e em memria de trabalho.A extenso a capacidade imediata para reterinformaes. Utilizamos a extenso para repetir trsnmeros que acabmos de ouvir. Mas, referir osnmeros pela ordem inversa, j requer um processamentoque se regista na memria de trabalho.

    A memria de trabalho permite-nos executar umconjunto de manobras mentais no momento:

    Conversar e compor as frases enquanto estamos a falar. Responder a uma pergunta antes de nos esquecermosdo contedo da mesma. Lembrar uma srie de nmeros, palavras ou letrasdurante um perodo mais curto. Atravs de uma espcie de olho interno conseguimosrodar uma figura dentro da cabea ou recordar qual altima pgina que estudamos num livro.

    Raciocinar e fazer clculos mentais.

    A memria de trabalho

    consegue lidar com7 coisasdiferentesao mesmotempo.A ttulo de regraelementar diz-seque a memria detrabalho conseguelidar com 7 coisas aomesmo tempo. Algunscom menos, outros commais. Podero ser 7 nmeros,palavras ou figuras. Mas ocrebro pode acondicionar asinformaes e, dessa forma, recordarmais coisas de cada vez.As palavras podem ser organizadas emfrases e as frases podem ser organizadasem histrias. Da mesma forma os nmerospodem ser organizados e integrados num

    sistema. A sequncia de nmeros que indicada,pode ser vista como uma srie de nmeros

    Pensar, aprender e

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    O FACTO DE PODERMOS RELATAR como foram as nossas frias no ano passado, como

    operar uma cmara de filmar ou um computador, ou como fazer um bolo seguindo

    uma receita porque temos capacidade para aprender e para lembrar, fazendo com

    que a informao seja recuperada quando mais tarde precisamos dela novamente.

    As diferentes informaes tm, provavelmente, cada uma o seu lugar prprio de arma-

    zenamento no crtex cerebral. Os sentimentos e as necessidades desempenham um pa-

    pel importante quando aprendemos, lembramos e desenvolvemos a nossa inteligncia.

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    Quando aprendemos algo novo as clulas nervosasalteram as suas ligaes. Dito de uma forma simples soabertas vias no crebro. Quanto mais usarmos uma via,mais facilmente os sinais fluem justamente pela viacerta. Quando se aprende a tocar guitarra, no princpioo mais difcil conseguir mover os dedos com a rapideznecessria. medida que vo sendo criadas vias nervosase medida que vo sendo exercitados, conseguimosmovimentar os dedos com maior rapidez, facilidadee com menos erros.

    O esquecimento faculta-nosconhecimentos acerca da memriaAparentemente, o crebro armazena os conhecimentospor categorias, como se possusse um sistema internode gavetas com espao para os diferentes tipos de saber.Este aspecto foi descoberto ao estudar indivduos quetinham sofrido leses cerebrais. As leses podero sermuito locais e limitadas. Por exemplo, um doente poderter dificuldade em recordar animais podendo, emcontrapartida, recordar-se perfeitamente de

    ferramentas e de instrumentos.

    individuais: 14916253696481. Mas, se procurarmos

    encontrar um sistema iremos descobrir que se trata deum conjunto de quadrados: 1x1, 2x2, 3x3, 4x4, 5x5, 6x6, 7x7,8x8, 9x9.Se nos quisermos lembrar de algo durante mais tempo,a informao ter de ser armazenada na memria delongo prazo.

    O interesse refora a aprendizagemNo preciso repetir muitas vezes o nmero detelefone daquela mida gira do 9oB para que fique

    registado na memria. Mas j o nmero de telefone doestabelecimento onde comprou a bicicleta tende adesaparecer logo a seguir a ter sido utilizado. Quantomais pensamos sobre as nossas experincias, maiorprobabilidade haver de nos lembrarmos delas.O que vulgarmente chamamos "empinar" no toeficaz quanto isso.

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    lembrar

    Ao longo da vida acumulamos saber sobreas consequncias dos nossos actos. Frequentementeno temos conscincia de que consultamos esta

    experincia ao tomarmos uma deciso. Dizemos queagimos por intuio. Pensa-se que os lobos frontaisdesempenham um papel importante quando ponderamos

    se uma deciso melhor do que a outra.

    A INTUIO

    Quando aprendemos, as clulas nervosas cerebrais

    ramificam-se e criam novas ligaes com outras clulas

    O CREBRO MODIFICA-SEQUANDO APRENDEMOS

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    O saber e as competncias soarmazenados de modo diferenteO saber transferido da memria de trabalhopara a memria de longo prazo num rgochamado hipocampo. Indivduos que sofreramleses do hipocampo no conseguem armazenarnovos saberes. Mas a capacidade para aprendernovas competncias, como, por exemplo, andar deesqui, no ficou necessariamente danificado. Nodepende do hipocampo. E apesar de se ter perdidoa capacidade para armazenar novas experincias,as antigas no foram necessariamente perdidas. principalmente o tlamo que responsvel por irrecuperar os saberes existentes. Aquilo que noslembramos primeiro trazido a uma espcie dearmazm mais prximo no hipocampo. Pode ficar

    aqui durante alguns meses. Durante esse perodo,o hipocampo continua a ser essencial para aevocao dessas informaes.

    Quando vamos buscaralgo ao armazm das recordaesQuando recordamos conhecimentos eexperincias, utilizamos provavelmente as mesmasvias nervosas que estavam activas quando

    adquirimos a experincia e quando aprendemos.Quando pensamos de novo no pic-nic recordamosas cores verdes das rvores atravs dos nervosprximos da rea da viso, enquanto que ochilrear dos pssaros est guardado nos nervosprximos da rea auditiva. As diferentesimpresses podero assim estar espalhadas pelocrtex cerebral em muitos armazns pequenos.Todos estes segmentos devem ser evocados aomesmo tempo quando recordamos na

    globalidade. A forma como isso se processa ainda desconhecida.

    A linguagem tem um papeldeterminante na formacomo nos lembramosAos 3-4 anos de idade ocorre uma alterao nanossa forma de lembrar. Provavelmente a lingua-

    gem assume um papel importante neste ponto.Uma vez que aprendemos a falar, as categorias dalinguagem tornam-se decisivas para a forma como

    armazenamos as nossas informaes e para a formacomo vamos buscar o conhecimento aoarmazm. Talvez seja esse o motivo de os adultosterem tanta dificuldade em recordaracontecimentos que ocorreram antes de teremaprendido a falar.

    No armazenamos tudo -ou ser que o fazemos?Quando temos uma experincia, essa experinciaperdura por um curto perodo ao nvel dassensaes. Pode ser qualquer coisa, desde umnmero de telefone, nomes de ruas, o sabor cidodo limo, ou a irritao sentida por umarepreenso no merecida. Antes das informaesserem armazenadas, so processadas na memriade trabalho. Dada a sua capacidade limitada,alguns investigadores so da opinio que o crebroapenas selecciona o essencial. Mas no restamdvidas de que recordamos mais do que aquiloque temos conscincia. levado s escondidas da

    conscincia e armazenado num local ondecontribui para determinar o nossocomportamento e a nossa personalidade.

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    1. MEMRIA DE TRABALHOE MEMRIA A LONGO PRAZOMostre as seguintes palavras aos alunos durante10 segundos - numa transparncia, por exemplo:

    Gato, vermelho, chvena, baloio, cordaTape as palavras e verifique o nmero de palavrasque os alunos conseguem lembrar.Mostre-lhes, em seguida, a seguinte sequncia durante20 segundos e volte a tap-las:

    Vinho, luz, estranho, broca, caminho, ervilha,semana, seco, volante, gato

    Desta vez, de quantas palavras que se lembram?

    A maioria ter dificuldade em lembrar-se detodas as palavras da sequncia mais longa.A memria de trabalho relativamente

    limitada. Tipicamente, lembram-se de 5-7 palavras,cores, figuras geomtricas ou nmeros

    2. DESCUBRA O SISTEMAPea aos alunos para tentarem decorar o maior nmeropossvel de letras:

    IBMTAPSOSFBImostre-lhes que as letras podem ser ordenadas doseguinte modo e pea-lhes para tentarem novamente:

    IBM TAP SOS FBIAgora pea aos alunos para decorarem o maior nmero

    possvel de nmeros:149162536496481Mais uma vez torna-se mais fcil se ordenar osnmeros e lhes mostrar que uma sequncia dequadrados: 1 4 9 16 25 36 49 64 81

    A memria de trabalho consegue manusear 5-7unidades de cada vez. Mas podemos ordenar eacondicionar as informaes de modo a arranjar

    espao para mais. o que acontece quando aprendemosa escrever. Primeiro aprende-se o alfabeto e aspalavras e, por fim, aprende-se a juntar as palavras e aformar frases inteiras. Conseguimos reter 5-7 palavrasque no esto ligadas entre si. Mas, muito mais fcillembrar uma frase que faa sentido, mesmo com umnmero considervel de palavras.

    3. "LEMBRAMO-NOS"COM OS MSCULOSSo precisas 10 agulhas de tamanho diferente e, porexemplo, 5 linhas de espessura diferente. Linha decoser, fio de seda para casear, fio de bordar, fio dealgodo e fio de l. Corte 10 pedaos de cada tipo de

    fio. D ao sujeito alvo da experincia 20 segundos eveja quantas linhas ele conseguiu enfiar nas agulhas.Repita a experincia e veja se o resultado melhorou.

    Os movimentos querepetimos, uma e outra vez,acabam, com o tempo, por se

    tornar mais fceis de executar. Istodeve-se, entre outros aspectos, aofacto da coordenao entre a viso e os msculos setornar mais eficaz.

    4. JOGO DE PALAVRASFaa uma lista de 18 palavras. Depois mostre a listaaos alunos numa transparncia. Simultaneamente faa-lhes as seguintes 3 perguntas por ordem aleatria: A palavra est escrita com maiscula? A palavra rima com ...? "Encaixa" na frase "bla bla bla bla "?

    Cada pergunta deve ser feita 6 vezes. No fim os alunosdevem tentar escrever o maior nmero possvel depalavras de que se recordem.

    Quanto mais ateno dermos ao significadodas nossas experincias, mais facilmente noslembraremos delas. Para efeitos do presente

    exerccio no ajuda muito imaginar a expresso grfica dasletras. Ser mais fcil se ligarmos as palavras a uma outrapalavra com a qual rima. Mas, melhor ainda, ser ligar aspalavras a algo que faa sentido e que acontece na frase.

    5. UM DIA IMPORTANTEDA SUA VIDAPea aos alunos para se lembrarem de um dia queaconteceu h pelo menos um ano e que teve algumaimportncia para eles. Pea-lhes que escrevam umacurta histria acerca desse dia. Porque foi toimportante assim? Depois devero tentar lembrar oque aconteceu no dia a seguir a esse dia importante. igualmente fcil? Porque sim ou porque no?

    Emoes e impresses fortes so guardadas

    com uma "intensidade" diferente dasexperincias normais. No recordamos tudo emdetalhe. Seria uma sobrecarga para a memria.

    6. AS EXPERINCIAS PODEM SERCONTROLADAS

    Junte 4 tipos diferentes de msica a uma curtasequncia de um filme. Poder ser romntico, dramtico,triste ou tenebroso. Pea aos alunos que discutam asformas diferentes como viveram a cena do filme.

    Ligamos diferentes tipos de msica a diferentesestados de esprito. A msica acaba por determinara forma como interpretamos as imagens.

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    O P G A V E RE X E R C C I O S

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    7. QUANTOS OBJECTOS

    CONSEGUE LEMBRAR?Pea aos alunos para estudarem as imagens duranteum minuto. Devero tentar lembrar-se do maiornmero possvel de objectos e escrever, num papel,aqueles de que se lembram. Volte a mostrar as imagensaos alunos e pea-lhes para redigirem uma curtahistria em torno das imagens. De quantos objectosconseguem lembrar-se agora? Provavelmente de mais.

    possvel auxiliar a memria relacionandoaquilo que precisamos lembrar com umapequena histria ou rima. Este aspecto

    designado como acondicionar as informaes.

    8. O EXERCCIO OOPSPara este exerccio necessita de 8 pacotes de leite. Setedevero estar cheios enquanto que o oitavo dever estarvazio. Esconda o pacote vazio no meio dos 7 pacotescheios e pea a um aluno para colocar os pacotes num ta-buleiro, um de cada vez. Se apenas est previsto o levan-tar dos pacotes, o indivduo alvo do ensaio rapidamentedesconfia de que algo est errado. Se o pacote vazio for oltimo, tem uma surpresa. Programamo-nos para que os

    pacotes apresentem o mesmo peso. Se o pacote vazio foro terceiro da fila, o crebro ir pensar: aqui est umconjunto de pacotes que possuem peso diferente.

    Podemos adquirir muito rapidamente

    conhecimento pela experincia, que determinamas nossas aces e expectativas futuras.

    9. NA PONTA DA LNGUAQuantos pases europeus ou quantas grandes cidadesconseguem os alunos lembrar-se sem ajuda? E dequantos conseguem lembrar-se com ajuda, se lhesfornecer a primeira letra de cada? E ainda, qual onmero que conseguem alcanar se, para ajudar, lhesdisser a primeira slaba?

    Quando ordenamos as palavras, comeamos pelaprimeira letra e a seguir pelas primeirasslabas. Quando nos dada esta ajuda temos

    subitamente um sinal que podemos seguir - jsabemos quais so as prateleiras da memria em quedevemos procurar.

    10.EST A PRESTAR A DEVIDAATENO?Pea aos alunos para estudarem as imagens da pgina27. Tape a imagem e pea aos alunos para responderem seguinte pergunta:

    Qual nome do salo de cabeleireiro? Quantas mulheres se podiam ver na janela de cimado ginsio?

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    Quantas bicicletas se podiam ver na imagem?Meia hora depois repita o exerccio, com novasperguntas e veja agora de quanto que os alunosconseguiram lembrar-se.

    A ateno ajuda a reforar a memria. Quantomais atentos estivermos, mais facilmente noslembramos.

    11. UTILIZAMOS A MEMRIASEM PENSARMOS NISSOMostre a seguinte frase aos alunos: "A Susana colocou ovaso com demasiada fora em cima do balco, fazendocom que estalasse". Agora pergunte aos alunos o que que estalou. A frase ambgua podendo referir-setanto pedra do balco como ao vaso. Mas, a maioria

    de ns v apenas um sentido - que foi o vaso que separtiu. porque sabemos que os vasos so,frequentemente, frgeis, e os balces no o so.

    Para compreender temos de consultarpermanentemente a nossa memria. Isto,felizmente, ocorre de forma inconsciente,

    porque se cada vez que ouvimos uma palavra ou umafrase fssemos conscientemente procurar na nossa

    memria, nuncamais conseguamos entender

    12. CONSEGUERECORDARDESENHOS?Mostre estes desenhos aosalunos durante 10 segundos.Diga-lhes para desenharemos objectos que viram.Os desenhos so seme-lhantes? Diga agoraaos alunos que o primeiro

    desenho representa um ovoestrelado virado aocontrrio, que o segundo uma lagarta de patinse que o ltimo um mexicano de bicicleta visto decima. Agora os alunos j conseguem recordar melhor?

    Lembramo-nos com maior eficcia quandoassociamos curtas histrias quilo queprecisamos recordar.

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    Hemisfrio cerebra

    ELE NO CONSEGUE VER A ALDEIA POR CAUSA DAS CASAS, dizemos de algum que se agarra

    aos pormenores e negligencia o conjunto. O mesmo se poderia dizer em relao ao

    hemisfrio esquerdo. O hemisfrio esquerdo trabalha com segmentos e "mastiga"

    a informao, pedao por pedao. Em contrapartida, o hemisfrio direito trabalha

    com unidades globais. Podemos tambm dizer, embora no se aplique da mesma

    forma, que o hemisfrio esquerdo o hemisfrio da lgica e do racional, enquanto

    que o hemisfrio direito criativo e intuitivo. Porm, no to simples quanto isso.

    Os dois hemisfrios esto ligados um ao outro atravs de um espesso feixe de fibras

    nervosas, o corpo caloso. Quando, por exemplo, vemos uma imagem ou ouvimos

    uma msica ou um discurso, cada hemisfrio colabora com a sua parte da

    interpretao.

    Os dois hemisfrios cooperam, tendo um hemisfrio muita dificuldade em aguentar-se

    sem o outro.

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    Linguagem e hemisfrios cerebrais"No tanto o que dizes, mais o modo comoo dizes..." Conversas no so meras trocas de palavras.O tom em que dito e a linguagem corporalassumem uma parte muito importante no completarda mensagem, para que saiba se deve acreditar novizinho quando ele diz que o seu carro novo espectacular, ou quando o seu colega diz que no temtempo para ir consigo ao cinema. Por outras palavras,so precisos dois hemisfrios para entender umamensagem na ntegra.

    Disseste "no" ou disseste "NO"?Quando ouvimos a palavra "automvel" ohemisfrio esquerdo que entende o significado dapalavra: um automvel um veculo motorizado,

    deste ou daquele tipo, e tem este ou aquele aspecto.Entretanto, as associaes que fazemos pertencem

    muito mais ao domnio do hemisfrio cerebraldireito. O carro do av vermelho, tem bancosmacios e cheira a charuto.Quando soletramos e juntamos as palavras para

    formar frases correctas, o hemisfrio cerebralesquerdo que trabalha. tambm o hemisfrioesquerdo que apreende o "lado tcnico do som"da linguagem, isto , se foi dito "gato" ou "cacto".O hemisfrio cerebral direito descodifica em contra-partida a melodia, o tom e a entoao da fala. tam-

    bm o hemisfrio cerebral direito que forma umaperspectiva do enredo ou do tema da conversa, assimcomo tambm procuradescortinar o que est paraalm das palavras, tanto no

    texto escrito como na fala.

    De um modo geral podemos dizer que os dois hemisfriosrepartem o trabalho da seguinte forma:

    o hemisfrio esquerdo trabalha com as relaes lgicase com unidades limitadas no tempo. E trata uma coisade cada vez. Em contrapartida, o hemisfrio direitotrabalha simultaneamente com unidades conjuntase com a coerncia no espao.

    Parece que o hemisfrio direito mais flexvel econsegue mudar mais facilmente de estratgia quandoprocura resolver um problema, enquanto o hemisfrioesquerdo mais teimoso, revelando-se mais persistenteem acabar algo que comeou.

    Pensa-se igualmente que o hemisfrio direito necessrio sempre que preciso associar algo aexperincias para alm do meramente lingustico.

    DIFERENAENTRE O DIREITOE O ESQUERDO

    1. COMANDA O CORPOCOM O HEMISFRIOCEREBRAL DIREITOOU ESQUERDO?Entrelace as mos - qual o polegar que ficou por cima?Cruze os braos - qual o brao que ficou por cima?Cruze as pernas - qual a perna que ficou por cima?Espreite atravs de um tubo de um rolo de cozinha -qual o olho que utiliza?D um chuto numa bola - qual o p que utiliza?

    Agora compare - qual o lado do corpo que utilizou mais?

    O hemisfrio cerebral direito comandao lado esquerdo do corpo e vice-versa.Normalmente temos um lado preferido

    do corpo, embora no para todos os aspectos.

    E X E R C C I O S

    !

    direito e esquerdo

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    Duas reas cerebraislingusticas importantesNo hemisfrio cerebral esquerdo existem duas reaslingusticas importantes. Trabalham em estreitacooperao, mas cada uma delas tem tambm a suaespecialidade. A rea situada mais frente designa-secomo a regio de Broca, sendo mais relevante parao aspecto gramatical da linguagem, isto , quandocombinamos palavras, colocamos terminaes nas

    palavras ou quando conjugamos as palavras nopresente e no passado. A rea de Broca situa-se no

    lobo frontal. A rea mais posterior designa-se como area de Wernicke. nesta rea que compreendemos osignificado das palavras e que encontramos as palavrase os conceitos certos quando falamos.

    A rea de Wernicke situa-se no lobotemporal, prximo do centro auditivo.Porm, o processo de compreenso da linguagem detal modo complexo que envolve muitas outras partesdo crebro. Muitas das reas de associao em ambosos hemisfrios cerebrais esto em actividade quandoouvimos e falamos. nestas reas que formamosimagens internas e compreendemos aquilo sobre oqual estamos a falar. E, sem estas imagens, as palavras

    seriam ocas e desprovidas de sentido.

    O rosto exprime as pequenas nuancesdo nosso estado de espritoQuando comunicamos com as outras pessoas,pequenos movimentos em torno dos olhos ou da

    boca podem revelar se estamos a ser sinceros ou seestamos a tentar esconder alguma coisa. tipicamenteo hemisfrio cerebral direito que faz o trabalho dedetective. tambm atravs do hemisfrio cerebraldireito que reconhecemos as caras. Julga-se que os

    recm-nascidos esto pr-programados parainterpretar as expresses faciais dos adultos logo aofim de alguns dias.

    O hemisfrio cerebral direito estmais relacionado com os sentimentosQuando interpretamos ou exprimimos sentimentos,o hemisfrio cerebral direito tem, porventura, umpapel mais central do que o hemisfrio cerebralesquerdo. Experincias realizadas do a entender que

    o lado esquerdo do rosto exprime melhor ossentimentos. E este lado do rosto justamente

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    Um indivduo que sofra um derrame cerebral poder

    ficar com problemas da articulao ou na compreensode palavras. Quando a leso na parte posterior, podeficar com problemas em entender as palavras e aoquerer falar, poder ter dificuldades em encontrar aspalavras certas. Pode acontecer dizer "bom dia", em vezde "sade! Quando as leses ocorrem na rea dalinguagem anterior, poder ficar com problemas emformar correctamente as palavras.Ao querer dizer "verde" poder, eventualmente dizerapenas "ver". As leses muito pequenas e muito

    localizadas podero atingir apenas um determinado tipode palavras. Pensa-se que os nomes, entre outros, estoescondidos numa rea diferente da dos verbos.

    Um PET-scanning do crebro mostra como

    as diferentes reas esto activas quan do executamos

    tarefas relacionadas com palavras.

    ouve palavras v palavras

    pronuncia palavras prepara a fala

    QUANDO A LINGUAGEMFICA CONFUSA

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    comandado pelo hemisfrio cerebral direito. Todavia,as experincias no so inequvocas. A diferena entreos dois hemisfrios cerebrais mais notria quandose trata de sentimentos negativos, sendo a situaomenos clara quando se trata de sentimentos positivos

    A musicalidade algomais do que msicaAqueles que no so msicos e tentam reconheceruma melodia utilizam o hemisfrio cerebral direito.Mas um msico profissional utiliza tipicamente ohemisfrio cerebral esquerdo para realizar exactamen-te a mesma tarefa. Porque motivo escutam de mododiferente? Uma criana pequena ouve msica com o

    hemisfrio cerebral direito, onde esto localizadas amaioria das competncias musicais. nesta zona que amelodia percepcionada como um todo. A expressosentimental da msica tambm percepcionada com ohemisfrio cerebral direito, assim como a altura dotom e a riqueza do som. Mas, atravs do treino e deouvir a msica, o hemisfrio cerebral esquerdodesempenha um papel cada vez maior. Desenvolve-se

    gradualmente a capacidade para ouvir pormenoresmuito especficos da msica. igualmente com ohemisfrio cerebral esquerdo que compreendemos aspautas e o tempo da msica, enquanto que o hemis-frio cerebral direito se ocupa da viso global. Foramestudados pianistas profissionais quando tocam e osestudos revelaram que utilizam algumas das reas docrebro situadas muito prximo das reas da linguagemsituadas no hemisfrio cerebral esquerdo.

    2. O ROSTOREFLECTIDOPea aos alunos para observarem,por breves momentos, os dois rostos,devendo centrar a ateno nosnarizes. Em seguida diga-lhes paratomarem uma deciso rpida sobre qualdos rostos parece menos infeliz?

    Os rostos so idnticos embora sejam como oreflexo num espelho. Quando observamos osrostos rapidamente, fixando o olhar no nariz,

    o hemisfrio cerebral direito v o lado esquerdo dorosto, enquanto que o hemisfrio cerebral esquerdov o lado direito do rosto. O hemisfrio cerebral

    direito melhor e mais rpido a interpretarsentimentos. Coloque uma folha de papel primeirosobre uma metade do rosto e em seguida sobre aoutra metade do rosto. O hemisfrio cerebral direitov um rosto alegre no desenho de baixo e um rostotriste no desenho de cima. Neste exerccio, ohemisfrio cerebral direito domina sobre o esquerdoe, por esse motivo, ficamos com a impresso que orosto de baixo o mais alegre.

    9 em cada 10 so dextros e 19 em cada 20 utilizam

    o centro da linguagem no hemisfrio cerebral esquerdo.

    E X E R C C I O S

    QUAL DAS MOS?

    !

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    3. TREINO PARA

    O HEMISFRIO CEREBRAL DIREITO

    A. A tira de papel contm trs pontos. Os trs pontosencontram-se do mesmo lado da tira de papel(Veja a soluo na pgina 56 )

    B. Observe as letras. Quais que esto do lado direitoe quais que esto reflectidas? mais difcilacertar no caso das letras que esto viradas aocontrrio. Primeiro ter de as virar ao contrriomentalmente, antes de poder decidir se esto, ouno, reflectidas. (Veja a soluo na pgina 56)

    C. Rode estas figuras para o seu olhointerno e veja se so idnticas.(veja a soluo na pgina 56)

    D. Pegue numa caixa de carto e faa dois buracos deforma a poder introduzir as mos na caixa. Faa umafigura com peas Duplo e coloque-as sobre a caixa.Coloque tambm alguns blocos duplo dentro da caixa.Agora deixe os alunos tentar construir uma figuraigual, sem a poderem ver.

    4. TREINO PARA O HEMISFRIOCEREBRAL ESQUERDO

    A. Descubra o nmero em falta: 16 22 28 34 (?)(Veja a soluo na pgina 56)

    B. Descubra as letras que permitem formar palavrascomeadas por:so, to, do(Veja a soluo na pgina 56)

    C. Descubra as letras que permitem formar palavrascom as seguintes terminaes:ma, to, xa(Veja a soluo na pgina 56)

    D. Dois ces tm em conjunto 86 manchas. Um dos cestem mais 10 manchas que o outro co. Quantasmanchas tem cada co?(Veja a soluo na pgina 56)

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    E X E R C C I O S

    r

    B

    B zyk

    n

    jR

    g

    L

    k

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    Diz-se que uma me prefere segurar o seu beb demodo a que este fique com a cabea do lado esquerdoem relao a ela. Antigamente dizia-se que eraporque o corao est do lado esquerdo e que, ouviro bater do corao da me acalma a criana. Mas,poder haver uma outra explicao. Se a cabea dacriana estiver do lado esquerdo, o campo visualesquerdo da me estar mais prximo da criana, e

    um olhar rpido envia uma imagem da criana para ohemisfrio cerebral direito da me. Este hemisfriocerebral mais eficaz na avaliao dos sentimentos,o que talvez faa com que a me consiga mais rapi-damente interpretar o estado de esprito do beb.

    Quando nos referimos aoshemisfrios direitoe esquerdo, tipicamente estaremos areferir-nos ao crtex cerebral. Cada um dos lobosfrontais, descritos no captulo "Breve guia docrebro" possui um lado direito e um lado esquerdo.Existe, portanto, um lobo frontal direito e um lobofrontal esquerdo, um lobo temporal direito e umlobo temporal esquerdo, etc. Certas partes dascamadas mais profundas do crebro tambm

    possuem um lado direito e um lado esquerdo que notrabalham em simetria absoluta.

    DIREITO E ESQUERDONAS CAMADAS MAISPROFUNDAS

    Muito do conhecimento que possumos sobre oshemisfrios cerebrais direito e esquerdo provem depacientes com diferentes tipos de leses cerebrais. Porexemplo, tratou-se uma forma especial de epilepsia,fazendo um corte parcial ou total no corpo caloso.Dessa forma impedia-se uma crise de se propagar de umhemisfrio ao outro. Este aspecto designa-se como umainterveno cirrgica splitbrain. Isto significa que oshemisfrios cerebrais, direito e esquerdo, no poderocomunicar directamente um com o outro no ponto ondefoi cortada a ligao das fibras nervosas. Em pacientessujeitos a este tipo de interveno pode acontecer

    mostrar a um dos hemisfrios uma imagem que o outrohemisfrio no consegue ver.Este tipo de experincias mostrou, que os doishemisfrios cerebrais tm uma viso diferente sobrecomo diversas coisas esto ligadas. Quando o hemisfriocerebral direito v as imagens situadas na partesuperior, escolhe formar pares com as imagens da parteinferior com as quais possui alguma semelhana visual.Mas, quando mostramos as mesmas imagens aohemisfrio cerebral esquerdo, as imagens so agrupadasem pares segundo a utilizao que lhes dada.

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    AS LESES CEREBRAIS PODEM MOSTRARCOMO FUNCIONA O CREBRO

    AS MES SEGURAMFREQUENTEMENTE OSFILHOS DO LADO

    ESQUERDO

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    Os rapazes e as raparigasno utilizam o crebroda mesma maneiraExistem fortes indcios que as mulheres utilizamos dois hemisfrios cerebrais de forma mais

    indiferenciada do que os homens, enquanto queestes ltimos tm uma clara separao das tarefas arealizar pelo hemisfrio cerebral direito e pelohemisfrio cerebral esquerdo. Parte destasdiferenas torna-se apenas claramente notriana puberdade. Ainda no se sabe bem qual o papeldesempenhado pela hereditariedade e pelo meio

    ambiente. Parte da explicao poder talvezencontrar-se no corpo caloso que permite aos doishemisfrios cerebrais comunicarem um com

    o outro. Existem indcios que o corpo caloso dasmulheres maior do queo dos homens. Alm disso, o corpo caloso dasmulheres tem uma forma maisarredondada, enquanto que a dos

    homens mais tubular.Estas diferenas podero,eventualmente, explicar porquemotivo as raparigas e as mulheresfuncionam de uma forma maissimtrica com o crebro do que os

    rapazes e os homens.

    Os homense as mulheresresolvem os mesmosproblemas com partesdiferentes do crebroFoi perguntado a um grupo desujeitos alvos de experincias,quantas vezes o som "br"aparecia numa gravao de

    udio. O exerccio foi resolvidoigualmente bem por homens epor mulheres. Simultaneamentemedia-se o fluxo de sangue aocrebro para ver quais as reasque estavam activas. Este examerevelou que os homensutilizavam o lobo frontalesquerdo, enquanto que as

    mulheres utilizavam o lobo

    temporal direito.

    Num outro exerccio no qual se pedia aos sujeitosque rodassem internemente uma figura em frenteao olho interno, os homens obtinham melhores

    resultados. Mais uma vez ficou demonstrado que amesma tarefa era resolvida de forma diferente. Os

    homens utilizavam o lobo frontal direito,enquanto que as mulheres utilizavam o lobotemporal e o lobo parietal direitos. Os homens e asmulheres tambm recorrem a diferentes estratgiaspara encontrar o caminho. As mulheres prendem-seem determinados pontos de referncia ao longodo percurso, enquanto que os homens, na

    generalidade, possuem um sentido de orientaoum pouco mais apurado, pelo que do menosateno aos detalhes que vo surgindo longo

    do percurso.

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    5. DIFERENAS ENTRE RAPAZESE RAPARIGASDe seguida encontram-se alguns exerccios que os rapazese as raparigas normalmente resolvem de forma diferente.A. Das 4 casas indicadas, quais so as 2 que so iguais(normalmente melhor resolvido por raparigas).Veja a soluo na pgina 56.

    B. Imagine que vai dobrar o papel. Qual o desenho quemostra onde vai calhar o buraco? (normalmente melhorresolvido por rapazes)Veja a soluo na pgina 56.

    C. Procure encontrar o maior nmero possvel desinnimos para as seguintes palavras: Claro, escuro, forte,selvagem (normalmente melhor resolvido por raparigas).

    D. Observe a figura. Em qual dos 3 desenhos estescondida a figura ? (normalmente melhor resolvido porrapazes) (Veja a soluo na pgina 56).

    E. Quantas vezes, entre as 3 e as 4 horas, os ponteiros dorelgio formam uma linha recta? (normalmente melhorresolvido por rapazes)Veja a soluo na pgina 56.

    F. Quantas letras do alfabeto contm o som "e"?(normalmente melhor resolvido por raparigas).

    (Veja a soluo na pgina 56).

    G. Quantas letras do alfabetoso constitudas por uma oumais linhas em arco quandoescritas com maiscula?(normalmente melhor resolvido porrapazes) Veja a soluo na pgina 56 .

    Existem diferenas entre os rapazes e asraparigas. No se sabe qual a parte que congnita e qual resulta do crescimento.

    Existe, alm disso, uma ampla sobreposio relativamente forma como as raparigas e os rapazes resolvem problemas.Algumas das diferenas entre o hemisfrio cerebraldireito e esquerdo apenas se revelam na puberdade,altura em que a repartio de trabalho entre os dois

    hemisfrios cerebrais est totalmente desenvolvida.6. SENTIDO DO ESPAOArranje duas caixas para sapatos e faa um buraco emcada, de modo a poder meter a mo direita numa e aesquerda noutra. No dever ser possvel ver o interior dacaixa. Recorte umas figuras em carto. importante queas figuras no se assemelhem a nada em especial quepossamos associar a palavras. Por exemplo, no poder serum tringulo, um crculo ou um quadrado. Caso contrrioo centro lingustico do hemisfrio cerebral esquerdo

    intromete-se na resoluo do problema que se destina aohemisfrio cerebral direito. Faa dois exemplares de cadafigura. Reparta um conjunto por uma das caixas emantenha o outro c fora. Deixe que um sujeito alvo daexperincia meta as mos nas caixas e escolha uma figuracom cada mo. A figura dever ser examinada durante umperodo de 10 segundos com vista a descobrir e lembrar oscontornos da figura. Em seguida, o aluno dever retiraras mos das caixas e a partir do segundo conjuntoidentificar os duplos das figuras que apalpou no interiordas caixas. Nas crianas dextras podem ser esperadas asseguintes respostas:

    Os rapazes so melhores na resoluo do problema queenvolve a mo esquerda que comandada pelo hemisfriocerebral direito, no havendo tanta diferena entre amo direita e a mo esquerda nas raparigas.

    frequente os rapazes trabalharem de modomais assimtrico do que as raparigas.Normalmente as raparigas utilizam os dois

    hemisfrios cerebrais de modo mais repartido.

    !

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    !

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    A intelignciae a personalidade

    podem ser testadasOs testes psicotcnicos foram difundidosa srio por volta

    da mudana do sculo XIX para osculo XX. Os testes foram utilizados,entre outros, para a seleco de soldadosna primeira guerra mundial. Actualmente,os testes so utilizados em muitos contextos.Os alunos so submetidos a testes de destreza ede maturidade. Um nmero cada vez maior deempresas submete o seu pessoal a testes antes de os

    contratar. E no campo da psicologia, fazem-se testescom vista a avaliar eventuais doenas do foropsicolgico ou leses cerebrais. Independentementeda qualidade destes testes no cumprimento dosobjectivos dos mesmos, no dizem nada acerca dainteligncia ou da personalidade em traos gerais.No podem ser vistos isoladamente, devendo semprefazer parte de um contexto mais amplo, no qual soestudadas as diferentes facetas de um indivduo.

    Quando no so utilizados correctamente, ou

    utilizados de forma demasiado unilateral, poderodar resultados susceptveis de induzir em erro.

    Inteligncias diferentesUm nmero crescente de psiclogos

    considera que os testes tradicionais nocontemplam aspectos suficientes.

    O psiclogo Howard Gardnertrabalha assim com 6

    testes diferentes

    que, em muitosaspectos, funcionam de forma

    independente. Pacientes que no

    seguimento de uma leso cerebral,perdem a sua inteligncia lingustica,

    podem ter uma inteligncia mate-mtica a funcionar a 100 %.

    As 6 formas de inteligncia so: lnguas,lgica/matemtica, espacial, musical,

    corporal e inteligncia pessoal. Esta ltima cobre acapacidade de nos compreendermos a ns prprios e

    de compreendermos os outros. Asprimeiras trs categorias so bemconhecidas. Surgem em muitos testesde inteligncia tradicionais. A maioria daspessoas tambm sabe o que se entendepor inteligncia musical. Todavia noestamos habituados a considerar as ltimas3 categorias como formas de inteligncia.

    Inteligncia prtica

    O psiclogo Sternberg definiu o conceito"inteligncia prtica".

    UM BAILARINO SER TO INTELIGENTE como um gnio matemtico? E os jogadores

    de futebol so to dotados como os jogadores de xadrez? O bailarino consegue fazer

    com que o seu corpo execute um trabalho de preciso, para o qual o matemtico

    provavelmente no conseguir elaborar frmulas matemticas. E tanto os jogadores

    de futebol como os jogadores de xadrez so hbeis a interpretar o jogo com vista

    a derrotar o adversrio. Ser que se pode sequer dizer o que melhor

    ou o que mais inteligente? Pode medir-se a inteligncia de muitas formas e cada

    teste representa uma interpretao do conceito inteligncia.

    O que a intelignci

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    Cobre os conhecimentos que noso apreendidos directamente, mas que o

    indivduo apreendeu atravs da experincia eintegrou no seu banco de saberes. Este conhecimentoprtico est, com frequncia, estreitamente

    relacionado com o contexto em que foi apreendido.O homem de negcios adquiriu os conhecimentosnecessrios para gerir uma empresa, mas no paracomandar um barco ou para cuidar de cavalos.

    O que o QI?QI significa quociente de inteligncia eindica a nossa capacidade para resolver umdeterminado tipo de problemas, comparadocom um grupo de jovens da mesma idade e domesmo meio cultural. Um teste de QI tpico engloba

    problemas tanto de carcter numrico, lingustico evisual/espacial. Apesar de os testes de QI definirem ainteligncia em termos relativamente estreitos, so

    ptimos para prever alguns aspectos relativos aodesempenho escolar. Uma pessoa que, por exemplo,se saia bem num conjunto de tarefas que exigem, porexemplo, conhecimentos, ponderao e capacidadepara abstrair, provavelmente ir tambm sair-se bemcom outro tipo de problemas. Entretanto, o QI nadarevela sobre a capacidade da pessoa para lidar com avida real. Se tivermos dificuldade em nos orientarmos

    no mundo actual, de pouco nos serve um QI elevado.

    Manchas de tinta e imagensQuando os psiclogos trabalham com a descrio dapersonalidade, o dilogo , frequentemente,completado com informaes obtidas atravs detestes de personalidade. Podero ser testes em que osujeito confrontado com uma palavra, uma imagemou uma mancha de tinta. Em seguida, pede-se ao

    sujeito que expresse livremente o que lhe vem

    ideia. No momento imediato, umamancha de tinta no nos diz nada.

    Mas o crebro procura,mesmo assim,

    encontrar-lhe algum

    significado. Estainterpretaopode revelar

    muito sobre osvalorese atitudesfundamentaisde um

    indivduo, bemcomo sobre os

    seus desgostos,preocupaes e

    alegrias. Algumas vezesas pessoas ficam

    surpreendidas com as respostas que do porqueprocessos inconscientes e experinciasprofundamente relegadas intervm nos mesmos.

    37

    Faz-se a distino entre inteligncia lquidae inteligncia cristalizada. A inteligncia lquida dizrespeito capacidade para lidar com novos problemas,e a inteligncia cristalizada diz respeito ao repertriode conhecimentos que possumos, de competnciasmentais e de estratgias, obtidas atravs da utilizaoda inteligncia lquida em diferentes reas.A inteligncia lquida medida atravs de problemastais como sequncias de nmeros, sequncias de letras,frases baralhadas e problemas de matrizes.No requerem conhecimentos prvios especiais.

    INTELIGNCIALQUIDAE CRI STALIZADA

    e a personalidade?

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    No final da exposio encontra um conjunto de exerccios que se assemelham queles que os psiclogos utilizam quando fazemtestes de inteligncia e de personalidade. Os exerccios do exemplos do contedo de diferentes tipos de testes. Portanto, nopodero ser utilizados para testar os alunos, mas, podem, em contrapartida, dar-lhes uma ideia de como se estudam diferentesaspectos da inteligncia e da personalidade. Quando os psiclogos utilizam este tipo de exerccios esto usualmente integradosnuma avaliao conjunta, durante a qual conversam com o sujeito com vista a obter uma imagem mais completa do indivduo.

    Quando carregamos nos botesuns dos outrosPersonalidade algo que se desenvolve muito

    lentamente. Por esse motivo somos "a mesmapessoa" durante longos perodos de tempo.

    Isto significa igualmente que somos, at certoponto, previsveis. Inconscientemente vamosdescobrindo os diferentes traos uns aos outrosquando vivemos em comum. As namoradassabem, por exemplo, quais os botes em quedevem tocar para que o namorado fique zangado,irritado ou alegre. Tambm as crianas so, s

    vezes, uns verdadeiros artistas a "dar a volta" aospais, apesar de verbalmente no serem capazes dedizer como o fazem.

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    Muitos testes de inteligncia-padro exigem umaresposta rpida. Mas nem todas as culturas partilhama predileco do Ocidente pela rapidez. Por exemplo,os indianos do maior importncia ao facto de se serponderado. Preferem responder certo a rpido.

    possvel testar a criatividade, atravs de testes que

    solicitam ao sujeito para estabelecer associaes emperguntas do tipo: "Quantas utilizaes diferentesse pode dar a um tijolo?" Quanto mais criativo for oindivduo, maior ser o nmero e mais invulgares seroas ideias que usualmente iro surgir. As respostas maisvulgares podero ser do tipo: "Para partir um vidro" ou"para construir uma casa". As respostas invulgares sero,por exemplo: " Para nos pormos em cima quando queremosbeijar uma rapariga mais alta do que ns", ou, "Para meternuma mala de viagem vazia para que o pessoal do hotelpense que ainda l estamos hospedados, apesar de termosfugido sem pagar a conta". Ficou demonstrado que existeuma certa relao entre a capacidade de associao dosindivduos e a sua criatividade geral. Mas, as associaesdevero fazer algum sentido. Pessoas que sofrem deperturbaes mentais podero realizar um teste deassociao muito invulgar - mas ser que criativo? Sim,talvez, at certo ponto. Porque criatividade e loucura noficam, necessariamente, muito longe uma da outra. Algunsinvestigadores consideram que as psicoses e a criatividadetalvez representem dois aspectos do mesmo assunto. Osdois estados activam reas do crebro muito prximasuma da outra.

    INTELIGNCIAE CRIATIVIDADE

    RAPIDEZ UMA MODA DOMUNDO OCIDENTAL

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    1. INTELIGNCIAE PERSONALIDADEPea aos alunos para descreverem o que entendem porinteligncia e personalidade.

    2. INTELIGNCIA LQUIDATroque a ordem das palavras e construa uma fraseinteira:" arvore ma subiu apanhar o rapaz para uma"Veja a soluo na pgina 56.

    3. INTELIGNCIA CRISTALIZADAQual das seguintes palavras significa o mesmo que"tratar":

    medicar - ajudar - curar - assistir - cavalgar.Para responder correctamente preciso saber osignificado das palavras. Exige, portanto, umconhecimento prvio, contrrio a muitos dos exerccioscom nmeros e visuais/espaciais.

    Veja a soluo na pgina 56.

    4. EXERCCIO DE QIA seguir esto indicados alguns exemplos de exercciosde um teste de QI tradicional:A. Um exerccio com nmeros poderia ser deste gnero:

    Descubra o ltimo nmero da sequncia: 2 4 7 11 16Veja a soluo na pgina 56.

    B. Um exerccio com palavras poderia ser:quais os nomes de animais que poder obtertrocando a ordem das palavras: edvoa lcocidoro fetelenaVeja a soluo na pgina 56.

    C. As frases incompletas so tambm muito utilizadasPor exemplo, qual(is) a(s) palavra(s) que falta(m) naseguinte frase:Roma ... Cartago nas trs guerras ...As palavras que faltam so: "defendeu" e "Pnicas".

    O exerccio constitui um bom exemplo que os nossosantecedentes culturais so bastante decisivos para aprobabilidade de respondermos correctamente.

    D. Um exerccio visual/espacialpoderia ser deste gnero:

    Qual das caixas se obtm ao dobrar o papel acima.Veja a soluo na pgina 56.

    E. Tambm frequente utilizar um conjunto de figurascomo estas: na primeira fila falta a figura nmero 6, qualdas 5 figuras numeradas corresponde figura que falta?Veja a soluo na pgina 56.

    F. Exerccios como este so tambm muito utilizados:

    O ltimo exerccio classifica-se como um exercciode matriz. Existem 3 figuras em cada uma dasprimeiras 3 filas. Se subtrairmos a figura 2 figura 1 obtemos a figura 3. Qual a figura que falta

    na terceira fila. Veja a soluo na pgina 56.

    E X E R C C I O S

    ?

    1 2 3 4 5

    ?

    1 2 3

    4 5 6

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    As sensaes surgem e so, em larga medida, reguladasno sistema lmbico. daqui que recebemos ordenspara "pegar o touro pelos cornos" ou para "metermos

    o rabo entre as pernas" quando enfrentamos umasituao de perigo. Tambm esta rea que nos fazprocurar a lancheira quando temos fome e que nosfaz sentir a necessidade de assegurar a continuao daespcie, entre outros.

    Leses do sistema lmbico podem tornar-nosincapazes de interpretar os sentimentos dos outrosou de no sentirmos medo apesar de haver motivospara tal.Reagimos de forma muito individual aos mesmosimpulsos. Tanto a hereditariedade como o meio

    ambiente contribuem para determinar se ficamosparalisados de medo ou se encaramos a situao comoum desafio quando temos, por exemplo, de fazer um

    discurso perante uma assembleia, ou saltar da pranchados 10 metros.

    A pele um grande rgodos sentidosCada uma das partes do corpo envia mensagens paraa parte dos lobos occipitais que recebem as impressesdos sentidos. Algumas partes do corpo

    so mais sensveis do que outras. Asmos, os dedos, os lbios e a lngua,possuem muito mais clulas

    sensoriais do que, porexemplo, as costas e ascoxas. Na realidade, istono assim toestranho. A lngua, por

    exemplo, precisa deexecutar um trabalho depreciso incrvel quandomastigamos a comida equando falamos. E osdedos e as mos

    precisam de sercapazes de captarpequenos detalhes

    quando escrevemos,desenhamos ou manuseamos uma ferramenta. Parapodermos ter a percepo das coisas intervm muitasclulas sensoriais. Os lbios so igualmente reasextremamente sensveis. por isso que to bom beijar.

    Devemos sentir-nos felizespor sentirmos dorA dor uma sensao que a maioria de ns odeia. Masse nunca sentssemos dor, o corpo sofreriarapidamente muitas leses. A dor faz com quedeixemos de cortar quando a faca chega pele dodedo e faz-nos manter uma perna partida em repousopara que se possa curar. Quanto maior for o perigopara o corpo, maior ser, geralmente, tambm a dor.

    O prprio crebro pode atenuar a dorUma vez que a dor nos faz agir, nem sempre seria bom

    continuarmos a sentir dor. A dor pode impedir queaconteam outras coisas essenciais vida. Um animal,

    Sentimentos

    possvel que a acupunctura funcione pela activaode agulhas nos nervos situados nos msculos.Estas vias nervosas do indicao hipfise e a outras

    partes do crebro para libertarem endorfinas

    PAIXO, DESGOSTO, DOR, fome, sede, entusiasmo, stress, expectativa,fria. Existe um sem nmero de sentimentos que nos deixam tristes

    ou alegres. Alguns so estados fsicos, outros so psquicos.

    Odiamos alguns - outros no poderamos viver sem eles.

    POSSVEL QUEA ACUPUNCTURACAUSE A LIBERTAODAS ENDORFINAS

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    mesmo ferido, tem de continuar a fugir do seuinimigo ou procurar alimentos na medida do possvel.Quando ficamos expostos a situaes particularmentestressantes, o crebro produz substncias designadasendorfinas. Atenuam a dor para que o corpo possa

    continuar a sua actividade. As endorfinas assemelham-se morfina. Os atletas que praticam corrida sentemalgumas vezes que tm de ultrapassar um

    determinado ponto em que o corpo di. Depois deultrapassarem este ponto deixam subitamente desentir dor e tm a sensao de possuir forasinfindveis. Fala-se mesmo de uma dependncia daslibertaes dos nossos prprios narcticos internos.

    possvel reduzir a dor atravsdo pensamentoCada indivduo possui o seu prprio limiar de dor. Oshomens, por exemplo, possuem

    geralmente um limiar de dor

    superior ao das mulheres. A dor no depende apenasdos efeitos exteriores, mas tambm da nossa mente.Por esse mot