76 NA FILA Honoráveis esquecidos · sistas, ministros, presidentes da República pela JBS e...

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Honoráveis esquecidos O “The Walking Dead” da Câmara de Cascavel jamais receberam o título designado. Segue a lista dos anos 90: tem padres, general, deputado, médico, ex-prefeitos. Enfim, viramos o milênio e adentramos no século 21: ali alguns nomes que não precisam ser resgatados da Acesc: Frangão, Pessuti, Beto Pompeu, Podolak, Largura, Padovani, Destro, Roman, Nilson Veira, Jacy Scanagatta, Jaime Lerner, entre outros menos votados. Alguns deles nem foram convidados para as sessões que entregam os títulos. Outros receberam os convite mas não se interessa- ram em receber. Como faz para a Câmara limpar esta pauta? Nilson Vieira e Jacy Scanagatta têm uma sugestão. Eles, e possivelmente outros, não gosta- riam de participar daquela sessão bajulativa de alguns elogios sinceros e outros dissi- mulados. Individualizada, entendem eles, a sessão mais constrange os menos vaidosos que homenageia. “A sugestão é que aconteça uma sessão solene em um ambiente grande, como o Tuiuiti, e façamos uma entrega cole- tiva”, diz o Niemayer de Cascavel. Ás gavetas profundas, senhores vereadores... Quanto vale um título de cidadania hono- rária entregue pela Câmara Municipal de Cascavel? Alceu Sperança, jornalista e historiador, disse para o Pitoco nos anos 90, que a honraria vale tanto quanto o “cocô do cavalo do bandido”. Ele foi agraciado com título 22 anos atrás, mas recusou a oferenda. Para outros tantos, o título é um reconhe- cimento, até mesmo uma honraria consa- gradora. Fato é que as gavetas profundas do Legislativo guardam empoeirados 76 títulos de cidadania honorária jamais entregues. Alguns deles já não podem mais homenagear o vivente. Pela simples razão que o vivente não vive mais. É o “The Walking Dead” da Câmara. A fila de espera é reveladora também do momento histórico que a cidade vivia. O título mais antigo jamais entregue, remonta o distante 1966, meio século atrás. O agra- ciado é o general Alipio Ayres de Carvalho. Os vereadores da época jogavam confetes Cascavel, quinta-feira, 06 de setembro de 2018 - Ano XXII - Nº 2164 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo “Duas empresas brasileiras Ɵnham o estado brasileiro na folha de pagamento” (ministro Barroso, do STF, sobre a compra de congres- sistas, ministros, presidentes da República pela JBS e Odebrecht nos governos Lula, Dilma e Temer) ceonc.com.br nos governantes de plantão, os militares e seus aliados. Paulo Pimentel, aliado do regime e o ge- neral Mario Andreazza, também figuram na lista da turma que recebeu a condecoração nos anos 60 mas não veio buscar. O ano de 1972 foi pródigo na distribuição de títulos não entregues: foram 25, muitos deles hoje dão nomes as ruas da cidade ou escolas, mas Caso a sessão coletiva de entrega de títulos de cidadania honorária acon- teça, um convite terá que atravessar o rio Paraná e chegar a Assunção. Um dos nomes aprovados em sessão da Câmara cascavelense para rece- ber o título é ninguém menos que o ex-presidente do Paraguai, Fernando Armindo Lugo de Méndez. Ex- bispo católico, Lugo, é uma versão gua- rani dos bolivarianos Evo Morales, Hugo Chaves e Nicolas Maduro. Em 2012, antes de completar o mandato, Lugo foi apeado do poder em sessão relâmpago do Senado, sob a genéri- ca acusação de “mau desempenho”. Hoje ele é senador e não há notícia de que Lugo tenha convicção da existên- cia de uma cidade chamada Cascavel no pais vizinho. 76 NA FILA Ele falou “Não há como enquadrar a conduta do representado no artigo 11, da Lei 8.429/1992, menos ainda naquelas dos artigos 9o. e 10o., pois sequer restou pro- vado ilegalidade ou que o ato praticado atentou contra os princípios basilares da administração pública, dentre os quais o da moralidade e/ou impessoalidade, vez que o vereador, embora seja sócio-pro- prietario da empresa, não gozou de favor decorrente de contrato com o município de Cascavel” (Promotor Sergio Ricardo Machado, arquivando denúncia contra o vereador Fernando Hallberg. Lugo sabe que Cascavel existe?

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Honoráveis esquecidosO “The Walking Dead” da Câmara de Cascavel

jamais receberam o título designado.Segue a lista dos anos 90: tem padres,

general, deputado, médico, ex-prefeitos. Enfim, viramos o milênio e adentramos no século 21: ali alguns nomes que não precisam ser resgatados da Acesc: Frangão, Pessuti, Beto Pompeu, Podolak, Largura, Padovani, Destro, Roman, Nilson Veira, Jacy Scanagatta, Jaime Lerner, entre outros menos votados.

Alguns deles nem foram convidados para as sessões que entregam os títulos. Outros receberam os convite mas não se interessa-ram em receber. Como faz para a Câmara limpar esta pauta? Nilson Vieira e Jacy Scanagatta têm uma sugestão.

Eles, e possivelmente outros, não gosta-riam de participar daquela sessão bajulativa de alguns elogios sinceros e outros dissi-mulados. Individualizada, entendem eles, a sessão mais constrange os menos vaidosos que homenageia. “A sugestão é que aconteça uma sessão solene em um ambiente grande, como o Tuiuiti, e façamos uma entrega cole-tiva”, diz o Niemayer de Cascavel. Ás gavetas profundas, senhores vereadores...

Quanto vale um título de cidadania hono-rária entregue pela Câmara Municipal de Cascavel? Alceu Sperança, jornalista e historiador, disse para o Pitoco nos anos 90, que a honraria vale tanto quanto o “cocô do cavalo do bandido”. Ele foi agraciado com título 22 anos atrás, mas recusou a oferenda.

Para outros tantos, o título é um reconhe-cimento, até mesmo uma honraria consa-gradora. Fato é que as gavetas profundas do Legislativo guardam empoeirados 76 títulos de cidadania honorária jamais entregues. Alguns deles já não podem mais homenagear o vivente. Pela simples razão que o vivente não vive mais. É o “The Walking Dead” da Câmara.

A fi la de espera é reveladora também do momento histórico que a cidade vivia. O título mais antigo jamais entregue, remonta o distante 1966, meio século atrás. O agra-ciado é o general Alipio Ayres de Carvalho. Os vereadores da época jogavam confetes

Cascavel, quinta-feira, 06 de setembro de 2018 - Ano XXII - Nº 2164 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

“Duas empresas brasileiras nham o estado brasileiro na

folha de pagamento”

(ministro Barroso, do STF, sobre a compra de congres-sistas, ministros, presidentes da República pela JBS e

Odebrecht nos governos Lula, Dilma e Temer)

ceonc.com.br

nos governantes de plantão, os militares e seus aliados.

Paulo Pimentel, aliado do regime e o ge-neral Mario Andreazza, também fi guram na lista da turma que recebeu a condecoração nos anos 60 mas não veio buscar. O ano de 1972 foi pródigo na distribuição de títulos não entregues: foram 25, muitos deles hoje dão nomes as ruas da cidade ou escolas, mas

Caso a sessão coletiva de entrega de títulos de cidadania honorária acon-teça, um convite terá que atravessar

o rio Paraná e chegar a Assunção. Um dos nomes aprovados em sessão da Câmara cascavelense para rece-ber o título é ninguém menos que o

ex-presidente do Paraguai, Fernando Armindo Lugo de Méndez. Ex- bispo

católico, Lugo, é uma versão gua-rani dos bolivarianos Evo Morales, Hugo Chaves e Nicolas Maduro. Em 2012, antes de completar o mandato, Lugo foi apeado do poder em sessão relâmpago do Senado, sob a genéri-ca acusação de “mau desempenho”.

Hoje ele é senador e não há notícia de que Lugo tenha convicção da existên-cia de uma cidade chamada Cascavel

no pais vizinho.

76 NA FILA

Ele falou

“Não há como enquadrar a conduta do representado no artigo 11, da Lei

8.429/1992, menos ainda naquelas dos artigos 9o. e 10o., pois sequer restou pro-

vado ilegalidade ou que o ato praticado atentou contra os princípios basilares da administração pública, dentre os quais o da moralidade e/ou impessoalidade, vez

que o vereador, embora seja sócio-pro-prietario da empresa, não gozou de favor

decorrente de contrato com o município de Cascavel”

(Promotor Sergio Ricardo Machado, arquivando denúncia contra o vereador

Fernando Hallberg.

Lugo sabe que Cascavel existe?

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45 3038-2255nutricard.com.brO seu cartão de benefícios. OOOOO seu cartão de benefíífí iicios

A comunidade escolar da Gla-dis Tibola, inicialmente assenta-da sobre o que sobrou do Colégio Washington Luiz, na região dos quartéis do Exército, conheceu de perto uma lastimável variante para a expressão “sem teto”. Em determinado momento, a comu-nidade acreditou que a transfe-rência do Washington para um endereço improvisado na rua Erechim seria um bom caminho.

A promessa era demolir o Wa-shington e erigir ali a nova escola Tibola e um CMEI. Dali a pou-co o pessoal da escola sem teto amontoada na Erechim soube que o terreno que lhes fora pro-metido foi doado para uma dele-gacia.

A escola não aceitou a decisão e confrontou o então prefeito Edgar Bueno e o secretário Valdecir Nath. Perderam mais esta batalha. “Ameaçaram até fechar a escola se a gente insis-tisse na sede própria”, relatou a diretora da época, Ana Paula Koren.

A escola Tibola permanecia sem teto, sem solução, improvi-sada em um prédio inadequado.

De escola sem teto a...... Escola com telhado energizado pelo sol; o salto do “patinho feio” da educação

A concepção arquitetôni-ca do projeto atende até 656 crianças de 4 a 10 anos. São onze salas de aula, salas múl-tiplo uso, biblioteca, labora-tórios, auditório para 166

lugares, ginásio poliesportivo, refeitório para 223 crianças, passarelas cobertas, horta e a utilização de energia solar combinada com cisterna para reaproveitamento da água da

chuva. Mas, será preciso mais paciência. Agora que a obra vai à licitação. Na boa hipótese, o prédio fica pron-to no segundo semestre de 2019.

A nova escola

06 de setembro de 2018 | 03

Loteca do PitocoQuem fará mais votos em Cas-

cavel? A tradicional loteca do Pi-toco está de volta. Entre os acer-tadores com o maior número de pontos, o Pitoco vai sortear uma caneca do jornal.

Requião Filho X Marcelo Richa

Coronel Lee X Policial Madril

João Amoêdo X Álvaro Dias

João Arruda X Cida Borghetti

Requião X Beto Richa

Evandro Roman X Alfredo Kaefer

Anão Tanajura X Gugu Bueno

Adelino X Marcio Pacheco

Frangão X Giacobo

Fernando Haddad X Alckmin

Cabo Daciolo X Eymael

Boulos X Meirelles

Marina X Bolsonaro

Urnas milagrosasChegaram as eleições de

2016. Era o momento para juntar a comunidade escolar e assegurar um teto que pudes-se ser chamado de Gladis Ti-bola. Foram então obtidos os compromissos dos principais postulantes ao Paço.

Somente agora, após mui-tos anos desprovida de teto, a comunidade vislumbra ob-ter sua própria escola. E que escola. O obstáculo de área naquela região foi removido. O Paço decidiu usar o terreno do município que – segundo sentença judicial - vinha sen-do usado indevidamente pela Transpaula, fazia décadas.

Ali, entre o Wilson Joffre e o Restaurante Popular, vai nascer a nova escola Gladis Tibola, em um projeto gigan-te de R$ 8 milhões. Entre os encantos do novo prédio, está a sustentabilidade: será a pri-meira escola de Cascavel com energia solar.

Nada mal, de escola sem teto para um teto energizado sobre um prédio novíssimo de 3,4 mil metros quadrados de área construída.

O Moro da BarãoHá outros integrantes

da família Moro em Cas-cavel, mas doutor Moro só tem um. Ele dá expedien-te na rua Barão do Cerro Azul em fi na sintonia com a esposa Sidonia e a fi lha Lisiane, ambas advoga-das. Trata-se de Evilnei Moro, gaúcho da região de Bento Gonçalves, no Vale dos Vinhedos.

O doutor Moro de Cas-cavel começou a atuar em 2006, bem antes do xará se tornar célebre na Lava Jato. E naquela ocasião, o juiz atuava aqui. Foi quando os Moro se encontraram nos autos. O magistrado apreciou petições do advogado em questões previ-denciárias.

“Não temos nenhum paren-tesco, ganhei e perdi ações sob

análise do juiz Moro na Justiça Federal”, diz Evilnei Moro. Ele considera o xará “inteligente” e leva na esportiva as inevitáveis brincadeiras dos amigos e clien-tes com o nome do homem que encarcerou o líder das pesquisas eleitorais.

Pensata “A verdade é in-convertível, a ma-lícia pode ataca-la, a ignorância pode zombar dela, mas no fi m, lá está ela...” (Winston Churchill)

AgendaExposição de fotos de pássaros do casca-

velense Frodoaldo Budke será no próxi-mo dia 19 de setembro, no Paço das Artes.

Cascavel vai sediar entre 20 e 22 de mar-

ço, a Transpoeste 2019. A iniciativa é do Sintropar, comandada pelo empresário Wagner de Souza Pinto.

AbraçosPara os assi-nantes Paulo Porsch, Paulo Alves Vieira, Fabri-cio Mar-sango, Nei Elias, Lázaro Bruning, Neu Saggin, Alex Gonçalves Vasconcelos, Mari e Ademir Teixeira, Donizete Botelho e Antonio Renato Hoinski.

AlmadaA convite do empresário Alys-

son Esteves, supermercadistas de Cascavel e região acompa-nharam a apresentação da mais nova cerveja do portfolio da Casa de Conti, tradicional cer-vejaria do interior de São Pau-lo. A Almada foi degustada com o fi no do churrasco preparado pelo engenheiro agrônomo Ro-zival, na Lumberjack Steakhou-se. Não custa lembrar: se beber, não dirija.

Quando se fala nas famílias oligárquicas da política parana-ense, é preciso entender que sua abrangência transpõe barreiras ideológicas e é multi-partidária. Nunca uma eleição trouxe tan-tos “fi lhos de papai”. Vamos a listagem parcial (Ratinho Jú-nior, fi lho do Ratão). Requião Filho (pai Roberto), Marcelo Ri-cha (fi lho do Beto), Luisa Can-ziani (fi lha do deputado Alex), Maria Vitória (Cida e Ricardo), Zeca (José Dirceu); André (Ed-gar Bueno); Em Toledo também já surgiu um outro jovem Spe-rafi co para o lugar do Dilceu. Trata-se do fi lho, Natan. Há inúmeros outros casos. O que explica os laços consanguíneos na política? Vale lembrar que na primeira carta do Brasil recém--descoberto ao rei de Portugal, Pero Vaz Caminha pede empre-go para um parente.

Os laços de família na políti-ca paranaense é algo histórico e perpetuado. Um estudo con-duzido pelo Núcleo de Estudos Paranaenses da Universidade Federal do Paraná, coordenado pelo cientista político Ricardo Oliveira, aponta que essa rede de ligações familiares vem do século 18. Oliveira destacou que “o senso comum é de que o nepotismo é um fenômeno nor-destino, arcaico, do passado”, mas que, como mostram, “é um fenômeno dos lugares conside-rados dos mais modernos do

Deu no muroO sonho do prefeito Paranhos

“murar” a Escola da Transpa-rência, na região Norte, com amplas áreas envidraçadas ameaça estilhaçar-se. A Vigilân-cia Sanitária diz que o “muro” de vidro não condiz com o pre-conizado na legislação.

O número31 mil famílias, mais de

90 mil pessoas, estão inclu-sas em algum programa da vasta rede de proteção social do Governo Federal, recebe-rão os kits para TV digital. O sinal analógico será desliga-do no dia 28 de novembro.

04 | [email protected]

ELEIÇÕES 2018

Em nome do paiBrasil”, diz.

É assim no Brasil todo. Em 2017, o Congresso em Foco le-vantou que pelo menos 319 de-putados federais e 59 senadores tinham parentesco com políti-cos. Isso representa 62% e 73% das Casas, respectivamente. A maioria, em ambos os casos.

(Com trechos da Gazeta do Povo e Folha de São Paulo)

PerguntinhaPara uma cidade que já trans-

formou em cinzas a sede da Prefeitura e o Fórum da Justi-ça, não seria recomendável aos bombeiros dar uma olhadinha em que medida o museu da ci-dade está protegido das labare-das?

Mato baratoO Paço conseguiu contratar

o serviço de controle de pragas com menor valor do Brasil. De R$ 0,93 o metro quadrado veio para R$ 0,03 com acompanha-mento mensal. Em uma escola de 200 metros, o serviço fi cará por R$ 6. O pessoal da licitação não tem culpa, já que vale o me-nor preço. Agora, se a empresa curitibana conseguir honrar o contrato, será digna de constar no Guiness Book.

06 | [email protected]

SEMANA DA PÁTRIA

Tipuana patrióticaÁrvore que desenha o mapa mudou alinhamento da Avenida Brasil

A tipuana que desenha o mapa do Brasil, produziu a bifurcação da Rua Afonso Pena

Foi por pouco, na teimosia, mas esta tipuana que desenha o mapa do Brasil foi salva. Loca-lizada na confl uência de nossa principal Avenida com a Afonso Pena, a tipuana levava uma ro-tina tranquila de belas fl oradas alaranjadas e generosa sombra ofertadas aos passantes.

Dali a pouco chegaram as má-quinas do Programa de Desen-volvimento Integrado, o PDI. E o susto: a Afonso Pena passaria a cortar a Avenida Brasil, ligan-do a rua Erechim de um lado com a Paraná, no outro. Havia uma tipuana no meio do cami-nho...

Aqui entra a engenheira agrô-noma Mariana Mori. Ela ges-tionou junto a Cettrans, Secre-taria de Planejamento (Seplan) e aos irredutíveis técnicos do BID, organismo que provém o PDI com os dólares. Pediu para mudar o projeto.

“Trata-se de uma árvore ma-ravilhosa. Contribui para som-

brear o asfalto e conter a irra-diação do calor nos dias mais quentes do ano”, argumentou Mariana, hoje aposentada após 22 anos dedicados a Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Cascavel.

Qual foi a solução encontra-da. “Fizemos uma conformação geométrica do traçado para permitir a permanência do an-teparo”, explica o ex-titular da Seplan, Alessandro Lopes. Traduzindo: foi refeito o alinha-mento, a Afonso Pena bifurcou--se para contornar a tipuana.

“Salvar esta árvore e outras em situação semelhante, como a tipuana em frente a loja Que-ro-Quero e os ipês no West Side valeram toda minha carreira de engenheira agrônoma”, dis-se Mariana.

A árvore agradece. Nascida em berço explêndido na Aveni-da que leva o nome da nação, ela retribui com a distribuição de seus galhos e folhas dese-

nhando o mapa do Brasil, como mostra esta foto.

Contar a história da tipuana que desenha o mapa é uma for-ma de render homenagem ao Dia da Independência.

Em tempo: O tronco da tipuana apresenta casca de superfície rugosa e fi ssura-da, excelente para a fi xação de plantas como orquídeas, bromélias e samambaias.

Jairo Eduardo

www.historiascooperativas.com.br