7 - Esteroides Anabolicos Androgenicos

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Hormônios naturais: testosterona, diidrotestosterona e androstenodiona

Substâncias sintéticas: alteração nas estruturas químicas (finalidade: diminuir efeitos androgênicos e aumentar efeito anabolizante, prolongar a permanência no organismo)

Introdução terapêutica: século passado

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Aumento da musculatura e força física – Agente de dopagem

Efeitos surgem com dose muito altas e tóxicas

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Secretados pelas células intersticiais dos testículos (Leyding)

Liberação regulada: hipotálamo-hipófise GnRH – hormônio liberador de

gonadotrofinas FSH : estimula a gametogênese LH : estimula células intersticiais a secretar

hormônios andrógenos Corticotrofina – supra-renal: pouco

significativa Mulheres: produzem testosterona e

androstenodiona nos ovários e supra-renais: pouca quantidade

Podem ser utilizados na dopagem

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A partir de hormônios naturais modificados Esterificação da testosterona para melhor

eficácia (aumento da permanência no organismo) por uso parenteral: propianato, enantato (heptanoato)

Ésteres da 19-nortestosterona: Undecanoato de nandrolona (Deca-durabolin); fenilpropianato de nandrolona (Durabolin)

Alquilados na posição 17ª são menos biotransformados – melhor efeito via oral: oxandrolona, estanozolol, metil-testosterona, etc

Alquilados no anel A – aumento da atividade anabólica: 19-nortestosterona

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Androstenolona Bolasterona Boldenona Cloroxomesterona Etilestreno Estanolona Metandienona Nandrolona Oxandrolona Oximetolona

Metenolona Noretandrolona Somatrotofina Testosterona Trembolona Oximesterona Estanozolol Fluoximesterona Outros

Todos são banidos pela maioria das entidades esportivas nacionais e internacionais

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Portaria 344/98 do M.S. – fiscalização na produção, comércio, manipulação e uso de esteróides anabolizantes androgênic0s

Lei federal 9965/00: obrigatoriedade da apresentação e retenção da cópia carbonada da receita emitida por médico ou dentista

Na terapêutica

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Aumentar a produção de sangue em pacientes com anemia atípica

Promoção do crescimento da massa corpórea em algumas deficiências

Combater o catabolismo crônico em algumas neoplasias

Distrofias musculares Dores causadas por osteoporose Recuperação de lesões Aumentar a síntese de proteínas

contráteis na musculatura cardíaca e o tônus do coração e vasos, etc

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Suprir deficiência da função endócrina dos testículos e aumentar a síntese protéica

Nos casos de: hipogonadismo puberdade e crescimento retardados estatura exagerada Deficiência androgênica parcial em

homens idosos ou secundária a doenças crônicas

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Uso vasto, indiscriminado e abusivo por atletas, desportistas de várias modalidades, frequentadores de academias, “efeito cosmético”

Falsificação, tráfico e contrabando – mercado negro

Doses usadas: dobro ou dez vezes mais – “pirâmide”

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Uso associado com outros fármacos (e com outros anabolizantes): intuito de “diminuir” efeitos adversos – “drogas de contra-efeito”

Alternado ou múltiplo (via oral, injetável – “stacking” ou empilhamento)

Excretado na urina principalmente conjugado ao ácido glicurônico

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Uso ilícito – início na década de 50 Relatos de uso em campeonato mundial de

levantamento de peso em 54, por atletas Russos na Áustria

Início oficial do controle de antidopagem em eventos olímpicos- 1976 –Olimpíada de Montreal

Ben Johnson desclassificado pelo uso de estanozolol- 1988 em Seul

2004- 16 amostras Mais utilizados no doping: metandienona,

metandrostenolona, metenelona, oxandrolona, oximetolona, estazolol,fenilpropionato de nandrolona, cipionato de testosterona, undecilenato de boldenona

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Aumento de número e tamanho das fibras musculares – aumento da força

Efeito dose-dependente:alteração na expressão dos genes - aumenta velocidade de incorporação dos AA às proteínas e intensificação do metabolismo proteico, aumento da síntese de actina e miosina.

Proteínas de choque térmico aumentadas (maior resistência muscular a treinamentos de alta intensidade)

Divergência quanto ao grau dos benefícios para o desempenho físico a velocidade de incorporação (receptores disponíveis)

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Função anticatabólica, inibindo atrofia da musculatura esquelética (antagonistas de glicocorticóides)

Em grande quantidade: aumento excessivo de cortisol no plasma – excreção lenta

Alteração de biodisponibilidade de carboidratos, lipídios e proteínas (diminuição das reservas) – motivo de uso abusivo (cosmético)

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Aumentam a densidade mineral óssea (fixação de cálcio, síntese de colágeno) -uso na osteoporose

No atraso de crescimento: somente exerce ação anabolizante nos ossos se houver restabelecimento do equilíbrio hormonal e utilização de hormônio o crescimento

Estimulação da M.O. – aumenta produção de eritrócitos e hemoglobina (mas não a de ácido fólico e ferro) ---policitemia?

Hematócrito feminino e masculino

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Não há estudo sobre efeitos tóxicos crônicos Geralmente efeitos consequentes do uso a

longo prazo envolvem função hepática e diminuição de HDL

Terapia pós-ciclo: protocolos com uso abusivo de múltiplos fármacos para recuperar a produção natural de testosterona

Esquemas de uso para driblar os efeitos adversos e potencializar os efeitos anabólicos não são seguros – podem piorar o quadro tóxico

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Hepatotóxico: testes de função hepática alterados Produtos de biotransformação dos anabolizantes

orais – interferem na eliminação da bilirrubina Acúmulo de bile – mudanças histológicas no

hepatócito reversível com a interrupção do uso Severidade das alterações dependente da dose Peliose hepática- forma rara de hepatite pelo uso

de anabolizantes (hematomas hepáticos) Desenvolvimento de tumores hepáticos (devido a

redução de hormônios endógenos) – uso prolongado

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Uso abusivo de doses altas suprime a síntese de testosterona (regulada por retroalimentação negativa)

Supressão da secreção de gonadotrofinas- atrofia testicular

Alteração da libido, oligo e azoospermia nos homens, ginecomastia

Aumento da produção de hormônios sexuais femininos (estradiole estrona) devido a AROMATIZAÇÃO (enzima aromatase)

Em mulheres, masculinização com supressão da menstruação, diminuição no tamanho dos seios, espessamento da pele, engrossamento da voz, crescimento de pêlos, etc

Efeitos reversíveis na maioria dos casos (exceto supressão da espermatogênese que persiste)

Na gravidez ?

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Hipertensão arterial (retenção de água e NaCl, alteração do metabolismo lipídico)

Elevam LDL e diminuem HDL Alargamento e engrossamento da parede

do ventrículo esquerdo- hipertrofia ventricular esquerda (morte súbita)

Aumentam a coagulação sanguínea e diminuem fibrinólise – trombose, embolia vascular, derrame cerebral, etc

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Inicialmente: euforia, auto-estima alta, maior confiança Em seguida: Irritabilidade e agressividade,

esquecimento e confusão mental, ataques de fúria Distração e esquecimento Paranóia, manias, depressão, etc Alterações da função serotoninérgica Farmacodependência Sindrome de abstinência: sintomas adrenérgicos Alterações de humor, fadiga, agitação, anorexia e

insônia Redução do interesse sexual Depressão e ideações suicidas– maior perigo da

síndrome de abstinência!

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Relação entre testosterona total (livre e conjugada) e o hormônio luteinizante – uso de gonadotrofina coriônica para confundir a interpretação do resultado

Medida da relação entre a concentração de testosterona e da epistestosterona (seu isômero, componente natural inativa como anabolizante) – não deve ultrapassar o valor 4

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Urina submetida à hidrólise enzimática para liberação de produtos conjugados, extração em fase sólida que fornece um resíduo

Análise do resíduo por cromatografia à gás de alta resolução acoplada à espectrofotometria em massa de alta resolução