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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO - PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY
CSA - ESCOLA DE CIÊNCIAS SOCIAIS E APLICADAS
LOG 004 – GESTÃO DE ESTOQUES
6 LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS
Um dos principais desafios do Gestor de Estoques é o de dimensionar corretamente os níveis de quantidade para o atendimento das necessidades dos clientes dentro de períodos de tempo. Boa parte dos esforços desse trabalho de planejamento está ligada à programação das aquisições de itens que serão realizadas.
Uma ferramenta de grande valia nesse momento é o cálculo do Lote Econômico de Compras (LEC).
Podemos definir o Lote Econômico de Compras (LEC) como a quantidade a ser adquirida de um item que vai minimizar os custos de
estocagem e de aquisição.
6.1 CUSTOS RELACIONADOS AOS ESTOQUES
1. Custos proporcionais aos estoques: São os custos que crescem com o aumento do estoque médio. Por exemplo:
Quanto maior o estoque, maior o capital investido.
Quanto maior o estoque, maior a área necessária, maior o aluguel.
Quanto maior o estoque, maior o número de pessoas e equipamentos para manusear o estoque.
Quanto maior o estoque, maior a cobertura do seguro.
2. Custos Inversamente Proporcionais aos Estoques: São os custos que diminuem com o aumento do estoque médio. Quanto mais vezes comprar (ou se preparar a fabricação), menores serão os estoques médios e maiores serão os custos decorrentes dos processos de compras (ou de preparação). As despesas que compõem o custo de obtenção incluem: mão de obra (emissão e processamento do pedido); material utilizado na confecção do pedido (papel, envelopes, selos, etc.); custos indiretos (telefonemas, energia, etc.)
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3. Custos Independentes: Os custos independentes são aqueles que independem do estoque médio mantido pela empresa, ou seja, independe da quantidade estocada. Também são chamados de custos fixos, como, por exemplo, o custo do aluguel de um galpão. Ele geralmente é um valor fixo, independente da quantidade estocada. É medido por R$/mês e é representado por CI.
4. Custo Total: Se somarmos os três fatores de custo analisados até aqui, teremos os custos totais decorrentes da necessidade de se manter estoques (CT). 6.2 BASE PARA O LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS
Numa análise mais apurada dos custos de estoques temos:
É possível perceber que o Lote Econômico de Compras (LEC) surge como o ponto de equilíbrio entre os custos, assinalando a alternativa mais viável de aquisição do ponto de vista econômico. Porém para que o LEC seja considerado, algumas suposições precisam ser atendidas:
A demanda considerada é conhecida e constante;
Não há restrições quanto ao tamanho dos lotes (os caminhões de transporte não tem capacidade limitada e o fornecedor pode suprir tudo o que desejarmos);
Os custos envolvidos são apenas de estocagem (por unidade) e de pedido (por ordem de compra);
O lead time é constante e conhecido;
Não é considerada a possibilidade de agregar pedidos para mais de um produto do mesmo fornecedor.
Tais limitações fazem com que o método do Lote Econômico de Compras seja muito criticado por muitos especialistas, mas uma vez adequado a realidade de cada negócio pode configurar como uma importante ferramenta para a adequação dos níveis de estoques.
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6.3 CÁLCULO DO LOTE ECONÔMICO DE COMPRAS
A fórmula para o cálculo do lote Econômico de Compras LEC é a seguinte:
√
Onde:
Cp = Custo de Obtenção
D = Demanda
Ca = Custo de Armazenagem
I = Taxa de Juros
P = Preço de Compra
Aplicação Prática: Um fabricante de tintas compra 1.200 litros de diluentes por mês. Cada vez que o fornecedor deste produto abastece a sua fábrica, ele cobra R$ 70,00 reais pelo serviço mais R$ 1,35 pelo litro do produto descarregado. O custo de manutenção de estoques deste fabricante para o diluente é de R$0,05/litro. E as estimativas financeiras pontam uma taxa de juros para aquisição na faixa de 10%. Pergunta-se:
1) Qual o LEC de diluentes que este fabricante deve encomendar ao seu fornecedor?
√
√
√
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REFERÊNCIAS
BALLOU, Ronald H.. Marketing Empresarial: transporte, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 2001.
BERTAGLIA, Paulo Roberto. Marketing e Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento. 1. ed. São Paulo: Saraiva, 2000.
BOWERSOX, Donald J.; Closs, David J.. Marketing Empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001.
FLEURY, Paulo Fernando; Wanke, Peter,; Figueiredo, Kleber Fossati. Marketing Empresarial: a perspectiva brasileira. São Paulo: Atlas, 2000.
FOSSATI, Kleber/Paulo Fernando Fleury/Peter Wenk. Marketing e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
AGRADECIMENTOS:
Aos Professores Luiz Moura e Pablo de Barros que cederam parte desse material.
Vá além da sala de aula: Existem ainda modelos mais apurados de cálculo que poderão ser vistos com mais detalhes em:
http://www.logisticadescomplicada.com/controle-de-estoques-logistica-e-previsao-de-demanda/