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5 Praticas Para o Ensino
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60 QUEIROZ, Luis Ricardo Silva; MARINHO, Vanildo Mousinho. Prticas para o ensino da msica nas escolas de educao bsica.Msica na educao bsica. Porto Alegre, v. 1, n. 1, outubro de 2009. ISSN 2175 3172
Prticas para o ensinoda msica nas escolas deeducao bsica
Abstract. This work presents perspectives for the tea-ching of the music in the brazilian basic education andit considers the profile of the school and conceptionsof the musical education area as base for its develo-pment. Starting from a critical reflection of the scho-ol universe and of the possible ways for the presence
of the music in that context, proposes and diversifiedpractices are presented. Those actions can subsidizethe music teachers performance in that reality. Weconsider that the accomplished reflections and theactivities proposals help us to find ways and possibi-lities for the teachers performance in class room. Itembraces practices of musical education, with base inthe existence, perception, creation and interpretation,integrate and develop several aspects of the music asartistic and cultural phenomenon.
Keywords:teacher performance; teaching music; Bra-zilian basic education.
Resumo. Este trabalho apresenta perspectivas parao ensino da msica na educao bsica, tendo comobase o perfil da escola e concepes da rea de edu-cao musical na atualidade. A partir de uma reflexocrtica do universo escolar e dos caminhos possveispara a presena da msica nesse contexto, so apre-sentadas propostas e prticas diversificadas que po-dem subsidiar a atuao do professor de msica nessarealidade. Considerando as reflexes realizadas e asatividades propostas, so levantados caminhos e pos-sibilidades para a atuao do professor em sala de aula,abrangendo prticas de educao musical que, combase na vivncia, percepo, criao e interpretao,integrem e desenvolvam aspectos diversos da msicacomo fenmeno artstico e cultural.
Palavras-chave: atuao docente; ensino de msica;educao bsica.
Vanildo Mousinho Marinho
Universidade Federal da Paraba (UFPB)[email protected]
Luis Ricardo Silva Queiroz
Universidade Federal da Paraba (UFPB)[email protected]
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Questes relacionadas importncia da msica nas escolas de educao
bsica, aos desaos que marcam a trajetria e a prtica docente nesse con-
texto, bem como aos contedos e metodologias que devem alicerar a atua-
o do educador musical nessa realidade tm sido amplamente debatidas na
rea de educao musical nas ltimas dcadas. Tal fato se deve, sobretudo, aoreconhecimento da necessidade e da importncia de propostas consistentes
de educao musical nas escolas. Propostas que, denidas de acordo com as
diferentes realidades educacionais do Brasil, permitam estabelecer, de maneira
abrangente, um cenrio musical educativo coerente, consistente e contextua-
lizado com o que se almeja para a formao plena do indivduo.
Todavia, por mais que esse debate venha sendo ampliado na atualidade,
aes e perspectivas para o ensino de msica no contexto escolar j tm uma re-
presentativa trajetria no pas. Desde o Imprio foram encadeadas uma srie de
aes e propostas que, inter-relacionadas s dimenses polticas, buscaram pensar,
estruturar e aplicar preceitos e prticas de educao musical no contexto escolar.
Entre as mais marcantes aes polticas relacionadas a propostas de imple-
mentao do ensino de msica nas escolas podemos destacar: 1) a aprovao
do Decreto n. 1.331 A, de 17 de fevereiro de 1854, primeiro documento que faz
meno ao ensino de msica na instruco publica secundaria do Municipio
da Corte cidade do Rio de Janeiro (Brasil, 1854, p. 61); 2) a nova congurao
poltica estabelecida para a msica na Instruco Primaria e Secundaria do Dis-
tricto Federal, a partir do Decreto n. 991, j no Brasil republicano (Brasil, 1890);3) a insero e a prtica do canto orfenico como base para as aulas de msica
no ensino secundrio, a partir de 1931 para o Distrito Federal denido pelo
Decreto n. 19.890, de 18 de abril de 1931 (Brasil, 1931) e a sua expanso para
outras partes do pas, a partir de 1942 com a criao do Conservatrio Nacio-
nal de Canto Orfenico Decreto n. 4.993, de 26 de novembro de 1942 (Brasil,
1942); 4) a denio de atividades complementares de iniciao artstica como
norma para a escola de educao bsica, instituda pela LDB 4.024/1961, que
no faz mais qualquer meno presena do canto orfenico na escola regular
(Brasil, 1961);15) o estabelecimento da Educao Artstica como campo de for-
1Tem sido recorrente na rea de educao musical publicaes que citam a LDB 4.024/61 como lei que
instituiu a educao musical nas escolas, conforme o texto do prprio PCN que arma: depois de cerca
de trinta anos de atividades em todo o Brasil, o Canto Orfenico foi substitudo pela Educao Musical, cria-
da pela Lei de Diretrizes e Bases da Educao Brasileira de 1961, vigorando efetivamente a partir de meados
da dcada de 60 (Brasil, 1997, p. 22, grifos nossos). Todavia, essa lei no faz qualquer referncia ao termo
educao musical, mencionando apenas, no seu art. 38, que na organizao do ensino de grau mdio
sero observadas, entre outras, a norma denida no pargrafo VI, qual seja: o oferecimento de ativida-
des complementares de iniciao artstica (Brasil, 1961).
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nir, (re)pensar e desenvolver propostas efetivas de ensino em seu campo de
atuao. Estruturamos nossa abordagem em eixos temticos que considera-
mos fundamentais para a prtica da educao musical na escola, apresentan-
do em cada um deles exemplos de atividades que podem ser desenvolvidas
no cotidiano escolar.
A construo musical a partir de
paisagens sonoras do mundo contemporneoEssa tem sido uma perspectiva de trabalho amplamente discutida e divul-
gada na rea, principalmente a partir de propostas como as de Murray Scha-
fer (1991, 1992, 2001) e John Paynter (1991), entre outros. Entendemos que,
de fato, as paisagens sonoras do mundo contemporneo oferecem possibi-
lidades reais para o trabalho do professor de msica. Nesse sentido, prticas
dessa natureza podem ser pensadas e estruturadas a partir da inter-relao deuma srie de aspectos musicais como: o reconhecimento e a identicao de
sons diversicados do mundo atual; a denio da identidade sonora de um
determinado contexto cultural; o estabelecimento de estratgias para a (re)
produo de diferentes sonoridades existentes; a sistematizao de aspectos
musicais (ritmo, melodia, harmonia, dinmica etc.) a partir da construo de
paisagens sonoras distintas etc.
Para ilustrar uma proposta dessa natureza apresentamos uma msica
composta em um trabalho de formao continuada com professores unido-
centes da rede municipal de Cabedelo, cidade do Estado da Paraba. A msica uma composio realizada a partir da paisagem sonora da feira de Cabedelo.
Assim, a pea possui uma base denida, executada por trs vozes, que serve
de estrutura central para que outras vozes preencham, de improviso, as demais
sonoridades que compem a paisagem sonora trabalhada na composio. A
Figura 1 mostra a estrutura bsica da msica.2
Na realizao de um trabalho como o ilustrado pela msica Feira de Ca-
bedelo possvel envolver uma srie de aspectos importantes para a educa-
o musical, como, por exemplo: pesquisar o meio ambiente que ser repre-sentado na composio, para descobrir as suas sonoridades e caractersticas
culturais; experimentar diferentes alternativas e recursos para a produo de
sons daquele ambiente; trabalhar os aspectos rtmicos e estruturais em geral,
que serviro de base para a msica; investigar, descobrir e explorar elementos
culturais diversos empregados no ambiente sonoro (preges, parlendas, gne-
2Exemplos sonoros das atividades apresentadas nesta parte do trabalho esto disponveis no site do
Grupo de Pesquisa Prticas de Ensino e Aprendizagem da Msica da Universidade Federal da Paraba:
http://www.pesquisamusicaufpb.com.br/musicanaescola.
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ros musicais etc.); criar uma forma (des)organizada de apresentao dos sons
para a estruturao da msica, envolvendo elementos composicionais e de
improvisao; etc. Outras possibilidades composicionais poderiam ser realiza-
das considerando paisagens sonoras de contextos culturais como rodovirias,
praas, centros urbanos, praias, orestas etc.
Figura 1. Feira deCabedelo.
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A prtica musical a partir de atividades ldicas
e de integrao coletivaCriar, vivenciar, apreciar e interpretar msicas so prticas que devem
constituir a base das aulas de msica. Certamente tais parmetros precisam
ser realizados e inter-relacionados a partir de objetivos claros, tendo o cui-dado de que nenhuma atividade seja aplicada aleatoriamente. Mas preci-
so, tambm, ter conscincia de que, no contexto das escolas, a brincadeira e
o prazer que podem envolver uma atividade dessa natureza so requisitos,
muitas vezes, fundamentais para que o professor obtenha sucesso na sua pro-
posta educativa.
Pensando em prticas dessa natureza, o exemplo que apresentamos na
Figura 2, a msica Abre a roda, retrata uma cantiga de roda que, de forma
ldica, possibilita o desenvolvimento de diversicados parmetros musicais,sendo uma signicativa proposta, principalmente para se comear e/ou ter-
minar uma aula. Um trabalho como esse possibilita, sobretudo, a integrao
do grupo a partir do movimento corporal e da brincadeira cantada, favore-
cendo, consequentemente, o estabelecimento de um ambiente agradvel e
aberto, tanto para a realizao de outras prticas quanto para a concluso das
atividades de uma determinada aula, conforme enfatizado anteriormente.
A proposta apresentada (Figura 2) apenas uma alternativa, entre as ml-
tiplas que poderiam ser citadas, mas ilustra um signicativo caminho a ser
explorado na sala de aula.
O aprofundamento constante em prticas
e aspectos musicais j trabalhados importante que toda atividade realizada seja amplamente explorada,
buscando sempre o aprofundamento em distintas dimenses musicais. As-
sim, por exemplo, a msica citada anteriormente (Figura 2) pode ser base para
outro trabalho, somando, melodia j aprendida, outros elementos, como
um acompanhamento rtmico, por exemplo. A Figura 3 apresenta, ento, umabase rtmico-corporal que pode acompanhar a canoAbre a Roda, somando,
aos elementos j desenvolvidos, parmetros como coordenao, percepo
rtmico-sensorial etc.
O patrimnio cultural imaterial como base
para o ensino da msicaA diversidade cultural outra importante referncia para o ensino de
msica, sendo uma temtica emergente e discutida em qualquer contexto
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educacional da atualidade, considerando que tanto a educao quanto a
msica so expresses culturais que ganham signicados e caractersticas
diversicadas de acordo com os distintos universos sociais em que aconte-
cem (Arroyo, 2002; Blacking, 1995; Campebell, 2004; Merriam, 1964; Nettl
1992; Queiroz, 2004, 2005).
No que se refere especicamente ao trabalho de educao musical, lidar
com diferentes expresses culturais permite contemplar uma srie de obje-
tivos fundamentais para o ensino de msica nas escolas, como: desenvolver
prticas integradas com os temas transversais, contemplando a pluralidade
cultural de mltiplos contextos sociais; compreender diferentes expresses
culturais (do bairro, da cidade, do estado, da regio, do pas e do mundo), con-
forme enfatizado na proposta para a rea de msica dos Parmetros Curricula-
Figura 2. Abre a roda.
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Figura 3. Abre a roda acompanhamento
corporal.
res Nacionais (Brasil, 1997, 1998); pesquisar e descobrir diversicados aspectos
musicais de distintas culturas (instrumentos, ritmos, melodias, estticas vocais
etc.); conhecer e vivenciar a diversidade do patrimnio cultural imaterial do
mundo, caracterizado pela msica de diferentes etnias; entre outros.
Todavia, um trabalho dessa natureza exige do professor uma ateno es-
pecial para que a prtica musical seja, de fato, signicativa e reveladora de des-
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cobertas musicais, no se tornando simplesmente uma reproduo de msicas
exticas, desprovidas de valor simblico para os alunos. Assim, preciso que
sejam elaboradas atividades de interpretao, apreciao e criao musical a
partir da pesquisa de aspectos organolgicos (descobrindo instrumentos, suas
sonoridades, formas de execuo etc.); da descoberta de elementos relaciona-
dos esttica vocal (como se canta, timbres utilizados, efeitos a partir do uso da
voz etc.); da compreenso e prticas de estruturas musicais em geral (constru-
o meldica, harmnica etc.).
Para ilustrar uma atividade que abrange uma proposta como essa, utiliza-
remos a msica Onde qu (Figura 4), do cantor e compositor mineiro Srgio Pe-
rer (2001), integrante do grupo Tambolel.3O msico possui grande inuncia
de expresses culturais afro-mineiras, como as prticas musicais de grupos de
congado de Minas Gerais, e retrata essa esttica em suas composies. Dessa
maneira, para a interpretao da msica, preciso buscar uma sonoridade vo-cal que remeta esttica de determinadas expresses da msica afro-brasileira
(voz de garganta, escura (entubada), com emisso percussiva, prezando mais
pela sonoridade do que pelo sentido da palavra etc.). Alm disso, necessrio
conhecer instrumentos caractersticos desse universo musical, bem como suas
sonoridades e formas de execuo, estando atento, sobretudo, para o contexto
cultural da obra. A partir da pesquisa e da prtica desses elementos musicais/
culturais possvel ento realizar a execuo da msica, conforme ilustrado na
Figura 4.
A criao musical como recurso pedaggicoMuitas vezes, no dia-a-dia da sala de aula, o professor necessita de ativida-
des destinadas a ns especcos, como o desenvolvimento rtmico, trabalhos
com anao, explorao de dinmica etc. Todavia, nem sempre materiais j
elaborados que atendam as especicidades da proposta so encontrados e,
nesse caso, a soluo para o docente criar atividades e msicas que mesclem
os diferentes parmetros que se almeja trabalhar. Nesse sentido a composio
uma ferramenta pedaggica fundamental, pois permite que sejam estrutura-
das propostas musicais adequadas realidade e necessidade, tanto do pros-
sional quanto do contexto escolar. Vale salientar que propostas dessa natureza
podem ser realizadas contando, inclusive, com a participao dos estudantes
no processo composicional.
Citamos como exemplo desse tipo de prtica a msica Cano do ritmo
(Figura 5), que foi elaborada para atender s solicitaes de professores de m-
3Para mais informaes sobre o grupo e o compositor da msica acesse o site: http://www.myspa-
ce.com/grupotambolele.
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sica de um projeto de formao continuada da Prefeitura Municipal de Joo
Pessoa. A cano foi composta com o intuito de, a partir de uma melodia e
de uma letra de fcil assimilao, trabalhar musicalmente o elemento ritmo.
Assim, a prtica rtmica enfatizada na msica, sem a necessidade de exerc-
cios isolados que, muitas vezes, soam, principalmente para o estudante, como
atividades desprovidas de expresso musical.
Figura 4. Onde qu.
Onde qu
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Figura 5. Cano do ritmo.
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A incorporao de elementos estticos relacionados
vivncia musical dos alunos nas
prticas de ensino da msicaUm princpio bastante enfatizado no cenrio da educao atual e, con-
sequentemente, no campo da educao musical contempornea a ideia de
valorizar o contexto cultural do estudante, compreendendo, reconhecendo e
utilizando o seu discurso musical como base para o processo de ensino e apren-
dizagem da msica (Arroyo, 2000; Green, 2001, 2008; Oliveira, 2000; Queiroz,
2004, 2005; Swanwick, 2003; Travassos, 2001). Um dos caminhos para traba-
lhos dessa natureza a utilizao de repertrios contemporneos, contextu-
alizados culturalmente e valorizados pelo estudante, para atingir resultados e
objetivos educacionais mais abrangentes. Temos vrios exemplos de propos-
tas centradas nesse princpio acontecendo no Brasil, mas a ttulo de ilustraoselecionamos mais uma prtica composta especicamente para o trabalho de
professores de msica na realidade das escolas de educao bsica.
A msica Rap do meio ambiente (Figura 6) busca, a partir de uma integrao
com o tema transversal meio ambiente, trabalhar com uma linguagem musi-
cal atual, amplamente valorizada por jovens e adolescentes, principalmente
em escolas localizadas em bairros de periferia das cidades brasileiras. Alm da
estrutura meldica bsica e da letra apresentadas na Figura 6, propomos, na
Figura 7, uma base percussivo-corporal para o acompanhamento da msica.
De maneira geral, no que tange ao trabalho de formao musical, essa
msica propicia uma prtica de elementos rtmicos e sonoros do rap, exigin-
do certo conhecimento do gnero musical, desenvolvimento da coordenao
motora para a execuo do acompanhamento, e percepo rtmico-musical
signicativa para executar a msica. Trabalha ainda a improvisao, tanto no
ritmo quanto na letra; exige o conhecimento de sonoridades vocais e instru-
mentais do universo do rap; e propicia a prtica de aspectos musicais diversi-
cados como anao, conscincia corporal, mtrica, prosdia, entre outros.
ConclusoA partir das discusses, das reexes e das propostas apresentadas ao
longo deste trabalho, ca evidente que a escola um espao complexo e alta-
mente diversicado que, dada a sua abrangncia, congrega diferentes sujeitos
e universos culturais. Com efeito, atuar na educao bsica um desao para
os prossionais da educao, pois a conjuntura poltico-social-cultural que ca-
racteriza esse universo educativo estabelece, em seu contexto, inmeras bar-
reiras e limites. No entanto, preciso superar os obstculos existentes, possi-
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Figura 6.Rap do meioambiente.
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bilitando que as escolas cumpram, de fato, o seu compromisso e a sua funo
social, qual seja: propiciar ao indivduo uma formao ampla e plena para que
possa viver e atuar em sintonia com as necessidades, caractersticas e valores
do mundo que o rodeia.
Entendemos que a partir de prticas de criao, interpretao, descoberta
e vivncia musical, bem como de propostas ldicas, diversicadas e ecazes de
ensino, o educador musical concretizar caminhos relevantes para a sua atu-
ao docente, podendo, dessa forma, propiciar uma formao ampla e plenado indivduo. Formao essa que oferea as condies necessrias para que os
diferentes sujeitos presentes no processo educativo possam lidar com cdigos,
valores e signicados intrnsecos da linguagem musical.
Certamente papel do professor de msica na educao bsica ministrar
aulas e desenvolver contedos fundamentais para a formao musical no uni-
verso escolar. Entretanto, tarefa de todos ns, educadores musicais e mem-
bros da sociedade em geral, pensar, reetir e contribuir efetivamente para que
a msica, enquanto fenmeno artstico e cultural, faa parte do rico, potencial
e democrtico universo formativo da educao bsica.
Vamos assumir a nossa responsabilidade e encarar o compromisso de con-
tribuir para um ensino de msica consistente, que atenda as necessidades e os
anseios do mundo contemporneo e da escola na atualidade, contemplando
os diferentes sujeitos que caracterizam nosso universo cultural e a diversidade
de expresses musicais que circundam a nossa vida.
Figura 7.Rap domeio ambiente
acompanhamentopercussivo-corporal.
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