47-MITOLOGIAS Joseph Campbell

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    MITOLOGIAS Joseph Campbell

    Joseph Campbell, eminente antroplogo e lingista estadunidense, especialista

    em religio e mitologia comparada, fundamental a toda a pessoa adulta, de uma forma

    ou de outra interessada no fenmeno religioso.

    Todas as religies se utilizam de metforas que, desgraadamente, so entendidas e

    ensinadas como se fossem fatos concretos ou histricos. Isto faz com que o fiel, ao

    chegar idade adulta, renegue a f! de seus ancestrais por estar em flagrante e gritante

    contradio com o senso comum.. "as pala#ras de $oseph %amp&ell' (...) *etade da

    populao mundial acha que as metforas das suas tradies religiosas so fatos. + outra

    metade afirma que no so fatos de forma alguma. resultado ! que temos indi#-duos

    que se consideram fi!is porque aceitam as metforas como fatos, e outros que se ulgam

    ateus porque acham que as metforas e mitologias religiosas so mentiras.

    que unia celtas, eg-pcios, gregos, indianos, todos ns, enfim, ! que os deuses

    mitolgicos s podem e/istir por uma &oa razo' uma #ez, em algum lugar, um homem

    os imaginou.

    "este caso, as coisas no so to preto0no0&ranco, cientificamente superadas ou, como

    as define Campbell, claramente infantis.

    Dentre curiosas metforas religiosas ressalta na f!'

    1noch su&iu ao c!u em seu corpo f-sico2 a Terra foi inundada e todos os que

    so&re#i#eram esta#am numa arca constru-da em madeira por "o!2 *ois!s a&riu o *ar

    3ermelho e as pessoas caminharam a seco em seu solo2 o sol parou no c!u2 tropas que

    derru&aram as muralhas fortificadas de uma cidade tocando 4instrumentos de sopro5

    *aria su&iu ao c!u em seu corpo f-sico2 um homem morto e sepultado h tr6s dias e

    ressuscitado e seu corpo, em a#anado estado de decomposio, se refaz. 7ente a

    http://atheistcartoonsbr.tumblr.com/image/27953113389
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    caminhar so&re as guas. 8antos a pregar para pei/es que prestam ateno. 9inheiro

    pescado da &oca de um pei/e. 1stas so poderosas mensagens ao inconsciente que

    trazem muita informao so lidas so&re as pessoas que as dei/aram para ns e continua

    um n:cleo #i#o a&solutamente sensacional e rico, que Campbell ilumina com seus

    tra&alhos so&re mitologias e crenas.

    + ideia de su&ir ao c!u ns remete a alguma re#ogao temporria da ;ei da

    7ra#idade permitindo a algu!m que, sem dispor de propulso ou trae pressurizado,

    #iaaria pelas estrelas. +creditar nisso ! infantil' insulta nossa intelig6ncia ! ainda mais

    irracional. 1 pergunta ocosamente %amp&ell, para su&linhar como foi o massacre da antiga

    concepo do feminino sagrado em culturas agrrias por culturas patriarcais e &elicosas

    de pastores de gado &o#ino ou caprino. "o caso grego, pastores de gado &o#ino so

    liderados por deuses masculinos que se casam com as deusas. "o caso he&reu h um

    massacre completo da concepo de feminino sagrado, que su&stitu-do pelo deus daguerra daqueles pastores de o#elhas. + 9eusa da ?a&ilnia chamada de a&ominao

    pelos pastores que dominam aquela antiga cultura agrria... "a modernidade, aps

    quase um s!culo de desagregao da fam-lia pelo capital, quando o operrio passa a ser

    e/ageradamente e/plorado, a ponto de sua esposa e seus filhos precisarem a&andonar os

    lares para dedicar0se a ati#idades outrora e/clusi#amente masculinas o @eminino

    8agrado atinge no#a dimenso e ! #ital incorporar esta no#a realidade a Teologia do

    8!culo AAI.

    #terni"a"e e Transcen"$ncia

    1m todas as Tradies h uma refer6ncia a algo, algu!m. B, de fato, algo quetranscende nossa percepo e permanente. +lgo que est al!m da percepo de nossos

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    cinco sentidos, suporta este mundo e determina nossas #idas. Transcender ! ir al!m.

    Campbellnos esclarece acerca destes conceitos em si. B certa tend6ncia a confundir e

    para sempre com o eterno. para sempre comea a partir de uma data especial e se

    prolonga para o futuro. 1ternidade se estende do passado ao futuro e o presente ! a

    ponte desta passagem. 1ternidade, portanto, ! aqui e agora. 1ste ! o momento do

    milagre. +pro#eite0o &em= "ossas o&ras, nossa herana gen!tica,

    aquilo que fazemos e com que marcamos nosso tempo. To confortador quanto in:til,

    este sentimento de #ida eterna, remetente a uma consci6ncia indi#idual que persistiria

    aps esta #ida.

    Campbelldemonstra ainda not#el desconforto diante da e#oluo da igrea em

    nossa cultura. "os primrdios, a celebra%&o era em latim2 o cele&rante, de frente paraoMisterium Tremendumle#a#a as pessoas a refletir so&re 1le, conduzindo todos a sair

    da esfera dom!stica e ingressar em outra dimenso. %om o passar dos anos a cele&rao

    passou a ser no #ernculo com o agra#ante de ter uma poro de associaes

    dom!sticas' o idioma que usamos na pol-tica, em co&ranas financeiras e piadas

    cotidianas.