3ª. série – 1º. volume · uma postura crítica, responsável e ... funções de órgãos de...
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Livro do Professor
1. Concepção de ensino
A reformulação do Ensino Médio no Brasil, esta-belecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, regulamentada em 1996, pelas Diretrizes do Conselho Nacional de Educação e pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, aponta para a necessidade de a escola assumir uma nova postura frente ao en-sino, a fim de atender à demanda social que exige a formação de cidadãos críticos e atuantes.
Dessa forma, a função da escola é oferecer con-dições para que os alunos tenham um crescimento com qualidade, buscando a emancipação intelectual, por meio do desenvolvimento dos saberes oferecidos no Ensino Médio. Essa etapa de ensino busca conso-lidar e aprofundar os conhecimentos básicos cons-truídos no Ensino Fundamental, para que os alunos possam fazer escolhas conscientes, sejam elas no Ensino Técnico, no Ensino Superior ou nas atividades profissionais diretas e imediatas. Em relação à fun-ção educativa do novo Ensino Médio, os Parâmetros Curriculares Nacionais, afirmam que:
O novo ensino médio, nos termos da lei, de sua regulamentação e de seu encaminha-mento, deixa de ser, portanto, simplesmente preparatório para o ensino superior ou es-tritamente profissionalizante, para assumir necessariamente a responsabilidade de com-pletar a educação básica. Em qualquer de suas modalidades, isso significa preparar para a vida, qualificar para a cidadania e capacitar para o aprendizado permanente, em eventual prosseguimento dos estudos ou diretamente no mundo do trabalho (PCN + Ensino Médio 2002, p. 8).
De acordo com esses pressupostos, este livro didático oferece condições para nortear o desenvol-vimento de um trabalho interdisciplinar, considerando como eixos centrais os princípios da contextualização e o desenvolvimento de competências e habilidades cognitivas e afetivas.
As Ciências da Natureza, em geral, e a Química, em particular, com suas tecnologias, estão, nas últimas décadas, em processo de transformação. A supera-ção de um ensino centrado apenas na repetição de conteúdos descontextualizados e fragmentados exige mudanças urgentes. A escola, como responsável pela formação de indivíduos capazes de atuar com compe-tência na sociedade, precisa compreender esta nova realidade e proporcionar a eles situações de aprendiza-gem que garantam a compreensão de um mundo físico e o entendimento das inter-relações entre a Química como ciência com a tecnologia e a sociedade.
Mais do que memorizar informações, os alunos precisam desenvolver autonomia para saber e poder buscá-las, selecioná-las, relacioná-las e aplicá-las. Assim, o conteúdo de ensino, quando adequadamente desenvolvido, permite, com a transposição didática, aprendizagens significativas que mobilizem os alunos a estabelecerem relações entre o conhecimento e a sua vivência social. O conhecimento e as relações estabelecidas com o ambiente físico e social dão significado ao conteúdo curricular, abrindo as portas da sala de aula para o mundo e para a vida.
[...] o processo de construção do conheci-mento tem que ultrapassar a investigação empírica pessoal. Quem aprende precisa ter acesso não apenas às experiências físicas,
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mas também aos conceitos e modelos da ciên-cia convencional. O desafio está em ajudar os aprendizes a se apropriarem desses modelos, a reconhecerem seus domínios de aplicabilidade e, dentro desses domínios, a serem capazes de usá-los (DRIVER et al., 1999, p. 34).
Nesse sentido, os alunos são orientados e estimu-lados pelo professor, tanto para uma leitura (em nível macroscópico), buscando identificação de problemas do seu cotidiano, como para a apropriação do conhecimento químico historicamente construído (nível microscópico), o qual será usado como ferramenta para a análise desses problemas, visando à investigação de possíveis caminhos para sua superação. O ensino assim concebido leva os alunos a desenvolverem o raciocínio, o espírito crítico, as aptidões teóricas e práticas, bem como a capacidade de tomar decisões. À medida que os alunos interagem com a realidade do meio em que vivem, descobrindo-a por meio do conhecimento científico, eles desenvolvem suas capacidades de aprender, de interpretar o mundo e de transformar a realidade, no sentido de buscar a qualidade de vida, tanto para ele quanto para a humanidade. Os alunos são, portanto, preparados para o exercício cons-ciente da cidadania, passando a assumir, na sociedade, uma postura crítica, responsável e ética.
[...] reformas curriculares vêm sendo propostas e disseminadas em todos os níveis e instân-cias da educação no país, contudo, há muito que avançar. Os processos de reconstrução das práticas curriculares não podem ser vistos ou tratados de forma tecnicista ou imediatista. Permanece o desafio de produzir um ensino que leve em contra a diversidade cultural dos estudantes e o novo perfil dos sujeitos partici-pantes dos processos escolares no seio da nova realidade social em permanente transformação, pelo próprio conhecimento necessário de ser veiculado (SANTOS et al., 2010, p. 106).
Este material foi elaborado com o propósito de servir como uma ferramenta para o professor. No entanto, não é a única, pois o desenvolvimento do pensamento químico depende da qualidade e da variedade das relações esta-belecidas. O material é um instrumento que facilita e serve de base para a organização curricular. Porém, o professor, como mediador, tem o compromisso de apresentar propostas
nas quais os alunos sejam constantemente convidados a se envolverem em ações educativas e a desenvolverem sua capacidade de relacionar, organizar os conceitos científicos e os temas abordados na construção do conhecimento.
Para Vygotsky (1998), a aprendizagem é um fenôme-no que provoca diversos processos de desenvolvimento mental que se ampliam quando o sujeito do conhecimento interage com outros sujeitos sociais, ou seja, quando o conhecimento é construído socialmente. De acordo com a perspectiva interacionista de aprendizagem, é por meio da relação aluno-aluno, aluno-professor e objeto de conhecimento que se estabelece a internalização dos saberes construídos numa dimensão coletiva.
Os alunos chegam à escola com explicações próprias sobre os fenômenos do cotidiano e, como operações mentais, elas são sustentadas por conceitos produzidos nas interações sociais internalizadas, fazendo parte de sua estrutura mental. Não importa se os conceitos do coti-diano sejam muito diferentes daqueles cientí-ficos/químicos que a escola ensina. Ambos são importantes no trabalho pedagógico escolar, pois ambos serão mutuamente enriquecidos, conforme defende Vygotsky (MALDANER et al., 2007, p. 125).
Nessa concepção, o ensino de Química, além de proporcionar aos alunos orientação e estímulo para a busca e o domínio da linguagem química e o alcance da compreensão das reações e dos processos químicos, bem como das leis que os regem, tem inúmeros objetivos, entre os quais:
a formação integral dos alunos, visando torná-los cidadãos conscientes de seus direitos e deveres, críticos e capazes de atuar na sociedade com ob-servância de princípios éticos;a aquisição do hábito da leitura e da reflexão crítica, visando ampliar sua capacidade de elaborar o saber;a posição de cada aluno no espaço e no tempo, a fim de que possa adquirir a consciência do mundo e do meio em que vive;a procura do conhecimento da história da Química, a fim de que os alunos possam, acompanhando o desenvolvimento dessa ciência, perceber o seu dinamismo e compreender que os conhecimentos
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científicos não correspondem a verdades absolu-tas, pois podem ser mutáveis, levando-os assim a adquirirem uma visão crítica da ciência;a compreensão de fenômenos naturais, processos físico-químicos, funções de órgãos de seres vivos, animais e vegetais, para que cheguem à percepção de que essa compreensão depende de conhecimen-tos não só da Química, como também de outras ciências.
A própria concepção atual de educação nos diz que ela deve ser contextualizada socialmente e que os conteúdos das disciplinas devem servir aos alunos politicamente, dando-lhes meios de agir sobre suas condições de vida. Para abordar temas sociais dentro do contexto de uma aula de Ciências Naturais, o professor deve conhecer bem os conceitos fundamentais de sua disciplina. Só assim, terá autonomia para decidir o que ensinar e como orientar esse conteúdo de forma a cumprir os objetivos educacionais, gerais e específicos, direcio-nando a prática educacional para as questões sociais, por meio de uma ação intencional e sistemática. Tais conceitos fundamentais podem se transformar em temas geradores à medida que se relacionam com outros assun-tos que têm aplicações no cotidiano (PAVÃO et al., 2008, p. 322).
O alcance desses objetivos é importante para que os alunos tenham os instrumentos conceituais, éticos e culturais para transitar no mundo social, dominando processos de:
representação e comunicação, descrevendo trans-formações químicas em linguagens discursivas, traduzindo-as em linguagem simbólica, compreen-dendo os códigos e símbolos;investigação e compreensão, utilizando conceitos da Química em uma visão macroscópica, reconhe-cendo tendências e relações com base em dados experimentais ou outros, selecionando e utilizando ideias e procedimentos científicos para a resolução de problemas qualitativos e quantitativos;contextualização sociocultural, reconhecendo aspectos químicos relevantes na interação indi-vidual e coletiva do ser humano com o ambiente,
além do papel da Química no sistema produtivo, respeitando os limites éticos e morais que podem estar envolvidos no desenvolvimento da Química e da tecnologia.
Na sala de aula, é importante destacar que, segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais:
As competências, em qualquer desses domí-nios, se inter-relacionam e se combinam, não havendo uma hierarquia entre elas. No ensino da Química, os conteúdos abordados e as ati-vidades desenvolvidas devem ser propostos de forma a promover o desenvolvimento de competências dentro desses três domínios, com suas características e especificidades próprias [...] (PCN + Ensino Médio 2002, p. 88).
Os princípios e valores presentes nas Diretrizes e nos Parâmetros Curriculares do Ensino Médio estão, de forma concisa, concordantes com as premissas apontadas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como eixos estruturais da educação na sociedade contemporânea:
Aprender a conhecerConstitui a base para a educação permanente, visto
que, a partir do instante em que os alunos passam a compreender a complexidade do mundo e a desenvol-ver possibilidades de comunicação, passam também a apresentar prazer em compreender, em conhecer e em descobrir.
Aprender a fazerProporcionar o desenvolvimento de habilidades e
estimular o surgimento de novas aptidões criam con-dições necessárias para o enfrentamento de novas situações, privilegiar a aplicação da teoria à prática, gerando condições para o desenvolvimento da sociedade contemporânea.
Aprender a viverO saber trabalhar em equipe e a percepção das
interdependências são essenciais para a realização de projetos comuns e/ou para a gestão inteligente de con-flitos inevitáveis.
Aprender a serA formação de uma pessoa deve ser ampla e com-
prometida com o seu desenvolvimento total. Portanto,
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aprender a ser, compreende a preparação do indivíduo para as mais variadas e diferentes circunstâncias da vida, nas quais os pensamentos autônomos e críticos, assim como o próprio juízo, serão essências para deci-sões pessoais.
Considerando-se esses princípios gerais, o currículo deve ser articulado em torno de eixos básicos orienta-dores da seleção de conteúdos significativos, tendo em vista as competências e habilidades que se pretende desenvolver no Ensino Médio.
[...] Embora o trabalho laboratorial envolva, como o nome indica, a manipulação de materiais convencionais de laboratório, não necessaria-mente precisa ser executado em um laboratório apropriado, podendo ocorrer na sala de aula, desde que não sejam necessárias condições espe-ciais, principalmente relativas à segurança para a sua realização (DOURADO, 2001).
2. Organização didáticaNo ensino contemporâneo de cunho transformador,
que busca a formação integral dos alunos, considerando o atual contexto científico e tecnológico da sociedade, cabe ao professor, como mediador do processo de ensino e de aprendizagem, a criação de situações educativas adequadas para fazer emergir as capacidades individuais e possibilitar aos alunos uma visão fenomenológica das reações químicas e da identificação das substâncias pelas suas propriedades, a fim de que, conhecendo a linguagem, os símbolos, as convenções e os códigos da Química, possam proceder à leitura do mundo, também, em nível microscópico.
Em função disso, o material de Química explora o mundo microscópico, fazendo a ponte com as pro-priedades do mundo macroscópico, de modo a fornecer aos alunos a oportunidade de correlacionar os pontos abordados com situações comuns da sua própria vivência.
Aprender Química se dá a partir de operações com os discursos em que estamos inseridos, no envolvimento em atividades concretas, co-letivas, no qual cada um põe em movimento o pensamento, exigindo uso intenso da linguagem, especialmente a fala e a escrita. Isso se opõe à memorização de conceitos, procedimentos e teorias. Conhecimentos complexos e abstratos característicos dos discursos da ciência, e de modo especial da Química, precisam ser recons-truídos ou reinventados a partir de um intenso envolvimento com o discurso químico, a partir
de situações práticas em que nos movimentamos dentro deste discurso. As aprendizagens efetivas solicitam uma interação constante entre teoria e prática, entre a linguagem do cotidiano e a da ciência Química (ZANON, 2007, p. 195).
Este livro integrado foi elaborado com características necessárias para despertar e manter o interesse dos alunos no aprendizado de Química, bem como para levá-los a perceber o quanto esse aprendizado pode contribuir para o entendi-mento da sociedade que integra um mundo em constante transformação. Assim, procurou-se articular temas sociais ligados a aspectos tecnológicos, econômicos e ambientais que se fundamentam em conceitos, atitudes e valores. Na abordagem desses temas, são estabelecidas relações entre o processo histórico de construção conceitual, a importância e a limitação dos modelos científicos e a sua relevância para explicar os processos. Além disso, a metodologia de trabalho ressalta uma abordagem investigativa, na qual os alunos podem construir conhecimentos, refletir e elaborar hipóteses, aprendendo a discutir para ajustar significados, quando criam, relacionam e organizam conceitos, sem perder a cientificidade.
As propostas de trabalho, a seguir apresentadas, vêm para dinamizar o conteúdo, solicitando pesquisas e discus-sões, construção de textos e respostas, utilizando o saber da disciplina, o vocabulário e a imaginação dos alunos.
O livro integrado de Química foi organizado de forma a oferecer a eles subsídios para a aprendizagem significativa dos conhecimentos científicos a serem construídos durante as três séries do Ensino Médio. Suas
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características permitem sua utilização em diferentes realidades e contextos, por meio de diferentes estratégias, como experimentos, textos complementares, reflexões e atividades inovadoras, que privilegiam os conteúdos selecionados. Dessa forma, o professor tem ao seu alcance um instrumento útil e prático, capaz de auxiliá-lo na tarefa de organizar o dia a dia da sala de aula.
Em virtude da abordagem didático-pedagógica esco-lhida, o livro fornece subsídios que vão além da transmis-são de conteúdos e definições, pois buscam estabelecer vínculos duradouros que visem à formação integral dos alunos, viabilizando a construção e a sistematização de novos conhecimentos. Por isso, a participação ativa dos alunos traz a dinâmica necessária para o desenvolvimento efetivo desta proposta de ensino.
Para organizar didaticamente os conteúdos e as atividades, o material apresenta seções. Por se tratar de uma obra integrada, algumas são comuns a todas as disciplinas, outras são específicas. Elas não obedecem a uma ordem previamente estabelecida e não são usadas, necessariamente, em todas as unidades e/ou volumes. As seções são:
Atividades orais que podem ou não ser registradas no livro didático. Por meio delas, o professor poderá ativar os co-nhecimentos prévios, provocar refle-xões e, até mesmo, descobrir de que
forma seus alunos elaboram e expõem suas hipóteses.
Atividades de investigação e estudo, com a finalidade de descobrir ou esta-belecer fatos e/ou princípios relativos ao conhecimento químico, baseiam-se
na análise de dados contidos em textos que circulam socialmente.
Atividades ou textos que possibilitam estabelecer relações com outras áreas de conhecimento.
Textos e atividades que envolvem si-tuações relacionadas ao dia a dia.
Textos reflexivos com atividades que abordam a conscientização como foco principal.
Seção que possibilita aos alunos o co-nhecimento de como a Química pode estar presente nas mais diversas e di-ferentes profissões.
Seção que apresenta o contexto histó-rico e/ou cultural em que o conheci-mento científico foi desenvolvido.
Realização de experimentos que tornam o conhecimento químico mais signifi-cativo.
Sistematização de conteúdos de forma a verificar se os conceitos trabalhados na unidade foram as-similados pelos alunos.
Atividades que permitem aos alunos verificarem se os conceitos estudados foram assimilados.
Inserção de questões de vestibulares, do ENEM e produções do autor como fechamento dos conceitos ou da uni-dade trabalhada.
Além das seções, há este ícone que identifica im-portantes estratégias didáticas:
Atividades que exigem um grau maior de reflexão; objetivam provocar e estimular o raciocínio, desenvolvendo estruturas cog-nitivas mais complexas.
As seções apresentadas permitem que os alunos desenvolvam capacidades de leitura, observação e ex-perimentação, reforçando a importância da articulação entre diferentes fontes de informação, garantindo o de-senvolvimento do pensamento crítico diante de situações reais e cotidianas.
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3. Conteúdos privilegiadosTendências atuais de ensino e aprendizagem no En-
sino Médio, mais especificamente na área de Química, procuram, por meio de uma abordagem investigadora, caminhos para desenvolver construções conceituais de forma dialógica. Na busca para conferir a esse ensino maior significação, efetivando processos de aprendizagens con-sistentes, foi considerado o que a tradição dessa área traz à sociedade e enfatizado o estudo da Química como “ciência do cotidiano”, demonstrando preocupação com aspectos relativos à cidadania, sem restringir o papel fundamental da escola e dos conhecimentos científicos necessários.
A Química pode ser instrumento de formação humana que amplia os horizontes culturais e a autonomia no exercício da cidadania, se o co-nhecimento químico for promovido como um dos meios de interpretar o mundo e intervir na realidade, se for apresentado como ciência, com seus conceitos, métodos e linguagens próprios, e
como construção histórica, relacionada ao desen-volvimento tecnológico e aos muitos aspectos da vida em sociedade (PCN + Brasil, 2002).
Os grandes eixos utilizados para a construção desse trabalho foram:
Conceitos fundamentais, necessários para o enten-dimento da Química como ciência.Tecnologia, porque o avanço tecnológico é de enor-me importância e está vinculado à Química e às outras áreas de conhecimento, criando um vasto campo de interdisciplinaridade.Meio ambiente, pois é preciso conscientização do ser humano para o ambiente em que vive. A Química tem papel fundamental na construção desse contexto.Aspectos sociais, os quais são necessários para a compreensão da dinâmica da sociedade e da parti-cipação dos seus cidadãos.
4. Objetivos geraisNesta obra, os objetivos da disciplina de Química
baseiam-se nos Parâmetros Curriculares do Ensino Mé-dio. São eles:
Proporcionar aos alunos condições para que eles possam compreender as ciências como construções humanas, entendendo seu desenvolvimento por acu-mulação, continuidade ou ruptura de paradigmas, relacionando o desenvolvimento científico com a transformação da sociedade ao longo da história.Apropriar-se dos conhecimentos de Química e aplicá--los para explicar o funcionamento do mundo natural, planejar, executar e avaliar ações de intervenção na realidade natural, possibilitando a compreensão tanto dos processos químicos em si quanto da construção de um conhecimento científico em estreita relação com as aplicações tecnológicas e suas implicações ambientais, sociais, políticas e econômicas.Entender a relação entre o desenvolvimento das Ciências Naturais e o desenvolvimento tecnológico e associar as diferentes tecnologias aos problemas que se propuserem e propõem a solucionar, enten-dendo o impacto das tecnologias associadas às
Ciências Naturais na vida pessoal, nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social.Compreender conceitos, procedimentos e estraté-gias matemáticas e aplicá-las a situações diversas no contexto das ciências, da tecnologia e das ativi-dades cotidianas relacionadas à Química.Desenvolver a percepção de que a Química participa do desenvolvimento científico e tecnológico com importantes contribuições específicas, cujas decor-rências têm alcance econômico, social e político, assim como a sociedade e seus cidadãos interagem com o conhecimento químico por diferentes meios.Desenvolver a compreensão e a utilização da lin-guagem própria da Química para a representação do real e as transformações químicas, por meio de símbolos, fórmulas, convenções e códigos, assim como a interpretação dessa linguagem.Promover o ensino de Química de forma contextua-lizada, com vistas à sobrevivência e ao desenvol-vimento socioambiental sustentável, por meio da aprendizagem ativa e participativa.
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A avaliação não deve ser entendida como o momen-to final de um período de atividades escolares, mas como parte integrante do processo de ensino-aprendizagem. Isso equivale a dizer que a avaliação deve ter um caráter diagnóstico e processual. Diagnóstico porque permite que o professor acompanhe o desempenho e o desenvolvi-mento de seus alunos. Processual porque, dependendo das dificuldades e dos avanços detectados, o professor pode rever os procedimentos que vem utilizando e redi-recionar a sua prática pedagógica.
A ação de avaliar é intrínseca ao processo de ensinar e de aprender Química, assim como nos demais componentes curriculares. Con-siste na realização de ações, pelo professor e pelos alunos, com vistas ao acompanhamento ativo da evolução de aprendizagens relevantes e significativas, que contribuam para o desen-volvimento da competência necessária aos inte-grantes da sala de aula para a vida em sociedade. Nesse sentido, a avaliação também é elemento essencial e necessário ao replanejamento das ações de ensino (SANTOS et al., 2010, p. 313).
Nessa perspectiva, a avaliação representa uma prática fundamental para verificar o alcance das metas estabelecidas, as aprendizagens construídas pelos alunos e o impacto dessas aprendizagens na vida de cada um.
A prática avaliativa necessita, portanto, integrar todo o processo educativo, de início ao fim. Seu resultado pre-cisa ser fonte de informação para nortear a aprendizagem de cada aluno ou do grupo e, ao mesmo tempo, servir como instrumento de regulação do planejamento e de verificação de sua adequação às necessidades de aprendizagem.
Aprender Química é reconstruir compreen-sões anteriormente construídas, tornando-as mais complexas pela gradativa aproximação com os saberes da ciência Química. Aprender é ampliar o significado sobre o já conhecido, pois toda aprendizagem se realiza sobre uma aprendizagem anterior, acrescentando novos sentidos àqueles já anteriormente produzidos. Assim, aprender implica questionar o que se conhece para buscar consciência sobre o que não se conhece, sobre as dúvidas, sobre as per-guntas ainda não respondidas (SANTOS et al., 2010, p. 315).
A avaliação é uma atividade ampla e complexa. É importante que, ao exercê-la, o professor tenha em vista não um instrumento de dar nota, mas o domínio gradativo das atividades propostas. Essa possibilidade expressa o caráter formativo da avaliação, para além de sua função meramente classificatória.
Ao procurar identificar e interpretar, mediante observação, diálogo e instrumentos apropria-dos, sinais e indícios das competências desen-volvidas pelos alunos, o professor pode julgar se as capacidades indicadas nos objetivos estão se desenvolvendo a contento ou se é necessário reorganizar a atividade pedagógica para que isso aconteça (PCN BRASIL, 1998).
Vista dessa forma, a prática da avaliação só vem a enriquecer o processo, pois, mais do que quantificar por meio de uma nota, a escola passa a se responsabilizar pela qualidade do ensino.
5. Avaliação
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6. ReferênciasBRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n. 9 394/96. Brasília: MEC,1999.
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3.a S
ÉRIE
Projeto Pedagógico14
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VOLUME
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ÉRIE
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3.a S
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4.a
VOLUME
1.a S
ÉRIE
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3.a S
ÉRIE