376 - Laicado Dominicano Out.nov. 2015

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Outubro/Novembro 2015 Ano XLV - nº 376 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL LAICADO DOMINICANO Directora: ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL JUBILEU DOS 800 ANOS DA ORDEM DOS PREGADORES No dia sete de Novembro – festa de Todos- os-Santos da nossa Ordem – teve início o Jubi- leu que assinala os 800 anos da fundação da Ordem dos Pregadores. O Jubileu prolongar-se- á até ao dia 21 de Janeiro de 2017 e dá-se a feliz casualidade de praticamente coincidir com o Jubileu da Misericórdia, ou Ano Santo da Mise- ricórdia, anunciado pelo Papa Francisco. Ao anunciar a Boa Nova, não anunciamos outra coisa que não seja a infinita misericórdia do Deus que é Pai, revelado em Jesus Cristo. O Jubileu da Ordem dos Pregadores, subor- dinado ao tema Enviados a Pregar o Evangelho – um lema que resume a identidade e a missão da Ordem – é celebrado em todo o mundo do- minicano. Em Portugal, foi para o Convento dos Dominicanos, em Fátima – o Convento do Rosário – que convergiram vários membros de todos os ramos da Família Dominicana. Sabe- mos que muitos outros elementos desta Família de Domingos, que gostariam de ter estado pre- sentes em Fátima nesta ocasião, só não estive- ram por total impossibilidade, mas nem por isso deixaram de ser lembrados nos nossos pensa- mentos e sobretudo nas nossas orações. Jubileu significa alegria, celebração festiva, e foi a ale- gria que marcou o tom desse dia, de céu azul e temperatura amena. Desde logo no encontro matinal que nos reuniu no Convento do Rosá- rio: gente a chegar de autocarro ou a pé, farnéis que se levavam entre sorrisos para o refeitório onde haveria de ser o almoço, abraços que es- treitavam quem bem se quer e há muito não se via, afetos que tecem laços de Família. Seguiu- se, na igreja do Convento, a conferência do Fr. Bento Domingues sobre “A Missão da Ordem, Hoje” que nos encorajou, em consonância com os apelos do Papa, para estarmos em saída, isto é para o mundo e para os lugares de fronteira, deixando para trás a nossa zona de conforto. Depois o início da Eucaristia, no pequeno adro do Mosteiro Pio XII, junto à imagem de S. Do- mingos que filialmente recebe o Rosário das mãos da Virgem Maria: a alegria estampada no rosto das Monjas Dominicanas, à porta do Mos- teiro, os abraços de quem ainda chegava, pare- cia ser a resposta jubilosa à saudação do Fr. Pe- dro Fernandes que, na qualidade de Padre Pro- vincial, presidiu à celebração eucarística – bendi- to seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo! (continua na pág.2)

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Outubro/Novembro 2015 Ano XLV - nº 376

Directora: ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL

Fax: 226165769 - E-mail: [email protected] LAIC

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Directora: ISSN: 1645-443X - Depósito Legal: 86929/95 Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 Porto - PORTUGAL

JUBILEU DOS 800 ANOS DA ORDEM DOS PREGADORES

No dia sete de Novembro – festa de Todos-os-Santos da nossa Ordem – teve início o Jubi-leu que assinala os 800 anos da fundação da Ordem dos Pregadores. O Jubileu prolongar-se-á até ao dia 21 de Janeiro de 2017 e dá-se a feliz casualidade de praticamente coincidir com o Jubileu da Misericórdia, ou Ano Santo da Mise-ricórdia, anunciado pelo Papa Francisco. Ao anunciar a Boa Nova, não anunciamos outra coisa que não seja a infinita misericórdia do Deus que é Pai, revelado em Jesus Cristo.

O Jubileu da Ordem dos Pregadores, subor-dinado ao tema Enviados a Pregar o Evangelho – um lema que resume a identidade e a missão da Ordem – é celebrado em todo o mundo do-minicano. Em Portugal, foi para o Convento dos Dominicanos, em Fátima – o Convento do Rosário – que convergiram vários membros de todos os ramos da Família Dominicana. Sabe-mos que muitos outros elementos desta Família de Domingos, que gostariam de ter estado pre-sentes em Fátima nesta ocasião, só não estive-ram por total impossibilidade, mas nem por isso deixaram de ser lembrados nos nossos pensa-mentos e sobretudo nas nossas orações. Jubileu significa alegria, celebração festiva, e foi a ale-

gria que marcou o tom desse dia, de céu azul e temperatura amena. Desde logo no encontro matinal que nos reuniu no Convento do Rosá-rio: gente a chegar de autocarro ou a pé, farnéis que se levavam entre sorrisos para o refeitório onde haveria de ser o almoço, abraços que es-treitavam quem bem se quer e há muito não se via, afetos que tecem laços de Família. Seguiu-se, na igreja do Convento, a conferência do Fr. Bento Domingues sobre “A Missão da Ordem, Hoje” que nos encorajou, em consonância com os apelos do Papa, para estarmos em saída, isto é para o mundo e para os lugares de fronteira, deixando para trás a nossa zona de conforto. Depois o início da Eucaristia, no pequeno adro do Mosteiro Pio XII, junto à imagem de S. Do-mingos que filialmente recebe o Rosário das mãos da Virgem Maria: a alegria estampada no rosto das Monjas Dominicanas, à porta do Mos-teiro, os abraços de quem ainda chegava, pare-cia ser a resposta jubilosa à saudação do Fr. Pe-dro Fernandes que, na qualidade de Padre Pro-vincial, presidiu à celebração eucarística – bendi-to seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

(continua na pág.2)

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(continuação da pág.anterior)

A procissão que se seguiu para a igreja do Conven-to do Rosário, onde a eucaristia continuou, foi metá-fora da vida que vivemos: uns, por dever de função e porque a idade ainda vai ajudando, lá à frente; outros, porque os anos vão pesando e as pernas teimam em não se desembaraçar, mais atrás – ainda assim, todos na mesma procissão mas cada um ao seu ritmo. Um dos pontos culminantes da eucaristia foi a entrega das velas – da chama de S. Domingos alimentada pelo fo-go do Espírito Santo – a cada um dos responsáveis das diversas comunidades da Família Dominicana e o pos-terior envio para a missão da pregação. O almoço par-tilhado, animadíssimo como era de esperar, constituiu um momento mais informal, ocasião para por a con-

versa em dia, falar de projetos e momento para poder-mos constatar a diversidade desta Família de Domin-gos: não só diversidade geográfica, étnica, cultural e social, mas também diversidade de gerações, desde os mais idosos, a quem tanto devemos, aos mais jovens. De tarde assistimos à apresentação do livro “Espiritualidade Dominicana” da autoria de Fr. Feli-císsimo Martinez, livro apresentado pelo Fr. José Ma-nuel Fernandes e pelo editor, João Mendes, um amigo dos dominicanos que reside em Salamanca, junto ao Convento de Santo Estevão. A encerrar este feliz en-contro da Família Dominicana, seguiu-se um momen-to musical, pelo Coro Solemnis. O Jubileu continua.

José Carlos Gomes da Costa, o.p.

LAUDARE – BENEDICERE – PRAEDICARE! É o lema que orienta como um farol a vida do domi-nicano que faz questão de ser fiel ao caminho deixa-do por S. Domingos. Ele foi um louvor, bênção e pre-gação! Toda a sua vida terá sido expressão convincen-te desta trilogia. Daí que os símbolos da tradição da nossa ordem o põem em evidência e o hino oficial do Jubileu abre com estas três palavras e as apresenta com harmonia.

LAUDARE – louvamos a Deus com os nossos santos… BENEDICERE - elevamos a voz ao cantar… PRAEDI-CARE – proclamamos a Palavra para o mundo… Man-dados por Domingos a Pregar… Mandados ao mundo dois a dois… Mandados a estudar o Evangelho da Graça…

(no site da Família dominicana aí se encontra o hino, letra e música ompletas, bem como outras ati-vidades referentes ao jubileu da Ordem em vários locais…)

JUBILEU é um tempo favorável de alegria e de júbilo que nos faz viver aquela memória que tem a força de nos abrir, no presente, as portas do futuro com especial e jubiloso entusiasmo. Com esse objeti-vo vos convido a saborear comigo o testemunho da sua abertura solene em Fátima, Porto,Elvas e Roma, partilha fraterna, neste LAICADO, de irmãos aí par-ticipantes e aos quais manifestamos a nossa gratidão. Com as melhores saudações em ano de jubileu.

frei marcos vilar,op.

PALAVRA DO PROMOTOR

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INÍCIO DO JUBILEU DOS 800 ANOS DA ORDEM DOS PREGADORES NA IGREJA DE CRISTO REI DO PORTO

Depois da Abertura Oficial no Convento de Nossa Senhora do Rosário em Fátima, no dia 7 de Novem-bro, na qual estiverem presentes os vários ramos da Família Dominicana, a Paróquia de Cristo Rei assina-lou também o início do Jubileu da Ordem, na euca-ristia das 19 horas. Na celebração Eucarística estiveram presentes as Mis-sionárias Dominicanas de São Domingos (Colégio Liverpool), as Missionárias Dominicanas do Rosário (Colégio Flori), a Fraternidade Leiga de São Domin-gos do Porto, o Movimento Juvenil Dominicano, e as

Equipas de Nossa Senhora, que têm sido acompanha-das espiritualmente por vários dominicanos do Con-vento do Porto e passam a celebrar nesta comunidade aos primeiros sábados de cada mês. Por todos os momentos de júbilo e fraternidade vivi-dos no dia de hoje damos graças a Deus. Rogai por todos nós, Nosso Pai São Domingos, para sermos fiéis ao carisma que nos confiastes!

Frei José Calos Lopes Almeida ,o.p.

ABERTURA DO JUBILEU DA ORDEM EM ELVAS

No passado dia 7 de Novembro de 2015 iniciou o Jubileu dos 800 anos da Ordem Dominicana em todo o mundo, em Portugal a celebração foi em Fátima no convento dos Dominicanos na qual a Fraternidade de Elvas esteve representada com 4 elementos. Em Elvas teve início no passado dia 21 de Novembro de 2015 na Igreja de São Domingos na Eucaristia Ves-pertina da Solenidade de Cristo Rei. A celebração teve início da antiga capela da Confraria de Nossa Senhora do Rosário com o acender do Círio do Jubileu, uma pequena procissão pelo exterior e a entrada na majestosa igreja de São Domingos ao som do canto das Ladainhas dos Santos da Ordem. A celebração foi presidida pelo Pároco, Reverendo Pa-dre Jerónimo Fernandes e os cânticos estiveram a cargo do grupo coral da Paróquia. Além da igreja estar repleta de fiéis de todas as paró-quias da cidade, também esteve presente a Fraternida-de de Elvas da Ordem Franciscana Secular. A presença Dominicana em Elvas é quase tão antiga como a própria Ordem, pois o convento Dominicano foi fundado há quase 750 anos, entre 1267 e 1834, a Fraternidade foi fundada em 19 de Março de 1737 e

foi quem tomou conta de todo este monumento quan-do da expulsão das Ordens Religiosas de Portugal em 1834. Toda esta esta celebração foi tida como uma grande alegria não só para a Fraternidade como para toda a cidade de Elvas. No final da celebração o nosso Promotor Francisco Piçarra agradeceu a presença de todos.

Tozé,o.p.

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EM ROMA, CELEBRANDO A ABERTURA DO JUBILEU DA ORDEM

Por vontade do Mestre Geral da Ordem dos Pre-gadores, frei Bruno Cadoré, convocaram-se todos os comités e conselhos da Ordem Dominicana para o fim de semana de 7 e 8 de Novembro, afim de que os seus representantes pudessem estar presentes na abertura do Jubileu dos 800 anos da Ordem, em Santa Sabina, Roma!

Assim, lá se encontraram os Conselhos europeu e mundial do Laicado Dominicano, o Conselho Inter-nacional das Monjas, o Conselho Internacional das congregações de irmãs dominicanas, o Conselho in-ternacional da Família Dominicana, o Comité Cien-tífico de preparação do Congresso sobre a missão da Ordem…

Não faço parte de nenhum destes conselhos, mas ainda assim lá estive, à boleia de um marido que re-presenta os leigos no Conselho mundial da Família Dominicana. E aqui vai o resumo de uma estadia memorável, em Família Dominicana, em Roma!

Sexta-feira, dia 6 de Novembro: Acolhidos por um sol radioso e um frade amoroso, pousámos os nossos pertences num convento vizinho de Santa Sabina (este já superlotado com as monjas) e segui-mos para a basílica de Santa Maria Sopra Minerva, onde tivemos a alegria de encontrar os elementos dos Conselhos europeu e mundial, da Comissão in-ternacional do Movimento Juvenil e também leigos pertencentes às Fraternidades de Roma. Com eles participámos na missa presidida pelo frei Rui Carlos Lopes, Promotor mundial do Laicado. De seguida participámos num animado jantar que se prolongou para os mais resistentes…!

Sábado, dia 7 de Novembro: Depois de um breve encontro com o Conselho Europeu dos Leigos, onde se acertaram algumas questões relativas à realização da próxima Assembleia, a ter lugar em Fátima, tive-mos oportunidade de passear por Roma, até à hora da celebração da Eucaristia de abertura do Jubileu, às 18 horas – com direito a lugar nas cadeiras do co-ro da basílica de Santa Sabina! Ali mesmo, “em cima do acontecimento”! Enquanto o coro e uma peque-na orquestra ensaiavam o hino “Laudare, Benedici-re, Praedicare”, frades, freiras, monjas e leigos enchi-am a Basílica, lindamente enfeitada de amarelo e laranja e todos aguardávamos o início da Celebra-ção, que começou com o (interminável) cortejo de frades especialmente paramentados com estolas alu-sivas ao Jubileu. Roma tem seis conventos de frades, daí o tamanho do cortejo; pensava eu que eram con-vidados de todo o mundo…A celebração foi muito bonita, desde os cânticos ao ofertório, onde as mon-jas apresentaram cestos de oferendas com objectos simbolizando vários elementos da vida da Ordem; as leituras e a oração universal, proclamadas em dife-rentes línguas, por diferentes elementos dos ramos da família dominicana; o rito da Luz, iniciado pelo Mestre Geral, e propagado a toda a assembleia. A certa altura pensei: ” O que fiz eu para merecer estar aqui, neste momento tão especial e bonito?” Termi-nada a Celebração, todos os participantes foram con-vidados para um beberete, no claustro do convento, e de seguida voltámos à basílica para escutar um Concerto.

(continua na pág.5)

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ORAÇÃO PARA O ADVENTO

(Continuação da pág.4)

Domingo, dia 8 de Novembro: Dia livre, uma vez que reunia o Conselho Internacional da Família Do-minicana, com uma interrupção pelas onze horas afim de participarmos na oração do Ãngelus, na Praça de S. Pedro. Para lá me dirigi com o meu amigo Joe, ame-ricano pertencente ao Conselho Mundial dos leigos. Quando lá chegámos já era visível uma grande faixa “Dominicans 800 years” e uma mancha de frades e freiras que cantavam o hino do Jubileu e dançavam animadamente. Finalmente, numa janela lá muito longe, assomou uma figura vestida de branco – aplau-dimos, na esperança de ser mesmo o Papa Francisco…

E era ele, que nos saudou naquela voz inconfundível que me fez virem as lágrimas aos olhos! Depois de umas breves palavras sobre o Evangelho do dia, rezou connosco e fez uma saudação especial aos dominica-nos, o que fez com que a mancha preta e branca fosse ao rubro em aplausos.

De regresso a Santa Sabina, almoço melhorado e bebidas espirituosas na sala de convívio. E não é que o Mestre ainda teve tempo de me dar um recadinho para os meus filhos? Estou feliz, será que foi da bebida espirituosa?...O Gabriel foi para a reunião e eu vou ver a vista fantástica sobre Roma ao jardim vizinho dos frades, na companhia do Joe.

E pronto, estão-se a acabar as festas. Ainda vamos ao terço, na capela do Rosário, vésperas e jantar de restos com os frades e os convidados que ainda estão cá – amanhã ainda há reuniões.

2ª Feira, dia 9 de Novembro: Depois da missa, ao pequeno-almoço, ainda há tempo para algumas despe-didas e agradecimentos a quem tão bem nos acolheu. O sol continua a brilhar em Roma mas os meus olhos também brilham – brilho que vem da alegria de ter vivido de um modo tão especial esta festa da abertura do Jubileu da Ordem Dominicana, de que faço parte com tanto amor.

Cristina Busto,o.p.

Senhor, meu Deus, o Teu Filho há de vir nas pró-ximas semanas! Que o meu coração seja como terra boa para recebê-lo.

Que cada momento destes próximos dias sirva pa-ra que eu possa refletir sobre a minha vida e o meu ser.

Onde tantos acham que precisam só de coisas ma-teriais que eu possa levar o alimento espiritual. Onde

tantos buscam só o ter, que eu possa mostrar o quan-to vale o ser.

Mostrar que o Natal não é simplesmente o nasci-mento de Jesus, mas a vinda do Salvador acima do comércio desenfreado que rodeia o mesmo.

Senhor, meu Deus, agradeço por poder reviver plenamente este evento todos os anos e com ele sentir a Tua presença cada vez mais perto de mim.

Peço à Virgem Maria, Mãe tão agraciada nesta da-ta, que abençoe as pessoas mais desfavorecidas e que elas consigam encontrar em Deus forças para trilha-rem os seus caminhos.

Jesus, estamos à tua espera, procurando ser cada vez melhores, cada vez mais humanos e santos em nossos dias.

A Tua chegada nos fortalecerá e será para nós mo-tivo de glória! Que Deus nos abençoe e nos acompa-nhe!

Amen

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Laicado Dominicano Outubro/Novembro2015

NOTÍCIAS DAS FRATERNIDADES

FRATERNIDADE DE ESTREMOZ

No dia 9 de Outubro faleceu o nosso irmão Ânge-

lo de Jesus Rolo, embora a sua presença nas nossas reuniões já não fosse visível, devido ao seu estado de fragilidade, não podemos deixar de referir que foi um dos elementos que desempenhou nos anos 90 do séc. passado o cargo de Presidente da Fraternidade, e de-pois a de Secretário. Estiveram presentes no funeral a Presidente da Fraternidade, Vice- presidente bem co-mo alguns membros da mesma. Estará sempre presen-te nas nossas orações; Dai-lhe Senhor o eterno des-canso Faleceu no passado dia 17 de Novembro de 2015 a nossa irmã Gertrudes Maria Vitória, com 85 anos de idade. A Fraternidade agradece a Deus os anos que

esta nossa irmã esteve connosco, e deseja Paz à sua alma.

A Secretária, Cremilde Rodrigues

FRATERNIDADE DE MACEDO DE CAVALEIROS

A Fraternidade Leiga de Macedo de Cavaleiros tem continuado o seu trabalho de pregação, colabo-rando com as atividades paroquiais e com a Diocese de Bragança, onde se insere. Nesta sua tarefa apostóli-ca, tem procurado dar sempre, com alegria e entusias-mo evangélico, um testemunho cristão e dominicano, testemunho baseado no carisma de S. Domingos de Gusmão: a busca incessante de Deus, a preocupação pela salvação das almas, a consagração à Palavra da verdade, a fidelidade à Igreja, o estatuto de humilda-de e pobreza evangélica, a afirmação da comunidade fraterna.

(continuação da pág.8)

de casa têm agora mais cuidado em não fazer co-mida a mais. E, se sobrar, têm o cuidado de a distri-buir pelos mais necessitados, o que é de louvar, bem como o facto de muitos restaurantes entregarem em instituições de solidariedade o excedente de alimen-tos confeccionados, a fim de matar a fome a quem a tem.

5º «Tratar com desvelo os outros seres vivos» A comunicação social mais responsável tem vindo

a chamar a atenção para o perigo da extinção das espécies vegetais e animais, pelo que cabe a todo o homem bom o dever de defender e preservar os seres vivos que a Natureza lhe ofertou, para que todos pos-sam cumprir a missão que lhes foi confiada.

6º «Servir-se dos transportes públicos ou partilhar

o mesmo veículo com várias pessoas» Sobretudo nas cidades, é notória a atitude, cada

vez mais frequente, de se utilizar o transporte públi-co, em vez do particular. Ou de partilhar o seu pró-prio carro com os colegas de trabalho ou vizinhos. Assim, diminuem as despesas e a poluição que nos

intoxica os ares.

7º «Plantar árvores» Plantar árvores torna-se hoje uma necessidade

premente. Por isso, há Associações Culturais, Esco-las, Câmaras, Movimentos e Comunidades que se organizam e, com voluntários, levam a efeito a reflo-restação de vários espaços vazios ou deixados a nu pelo flagelo dos incêndiosque tanto têm contribuído para o aumento da desgraça das alterações climáti-cas.

8º «Apagar as luzes desnecessárias» Para a poupança de energia, muitas pessoas estão

já a desligar as lâmpadas que, em casa, nas escolas, nos gabinetes, nos consultórios médicos e noutros lugares, fazem menos falta, e muitas Câmaras estão a controlar melhor o horário das luzes acesas nas ruas e a desligar as lâmpadas que não fazem falta, nos can-deeiros das mesmas e avenidas. Temos o dever de estimular e apoiar todos estes cuidados dos quais nós somos os primeiros beneficiários.

Manuela Antunes Catana,op

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NOTÍCIAS DA FAMÍLIA DOMINICANA

PEREGRINAÇÃO NACIONAL DO ROSÁRIO

Foi com grande alegria que a Família Dominicana se encontrou em Fátima, para mais uma peregrina-ção! Após a concentração na Cruz Alta fomos em pe-regrinação para a Capelinha das Aparições, onde con-sagrámos esta família a Nossa Senhora. Connosco esteve D. José Traquina, Bispo auxiliar de Lisboa, o qual acompanhou a nossa peregrinação.

Seguiu-se a festa da Família Dominicana, no cen-tro Paulo VI. Em ambiente de festa, escutámos as palavras do frei Lucas (responsável pelo Secretariado Nacional do Rosário), do frei Filipe, que fez uma sau-dação aos presentes, em nome do Prior Provincial, frei Pedro, e de D. José Traquina. Após uma confe-rência alusiva ao tema do Jubileu da Ordem, um gru-po de jovens fez uma representação sobre os nove modos de orar de S. Domingos.

Já à noite, rezámos a oração do terço na capelinha, seguida da tradicional procissão das velas, acompa-nhados por outros peregrinos de várias partes do mundo. Seguiu-se a Via-Sacra, nos Valinhos, muito vivida e participada.

No domingo, após a oração da manhã, todos se prepararam para a celebração da Eucaristia no San-tuário, presidida por D. José Traquina, que referiu a importância da figura de S. Domingos para o anún-cio da Palavra.

É bom estar em família! Juntos queremos viver e partilhar o ideal de S. Domingos, que à noite falava dos homens a Deus, e de dia falava com os homens acerca de Deus. Os dominicanos contemplam Deus de muitas maneiras e levam aos outros o que contem-plam. Sempre com o mesmo objectivo: a pregação para a salvação das almas e anúncio do nome de Jesus Cristo a todo o mundo!

Frei José Alberto,o.p.

TOMADA DE HÁBITO EM SEVILHA

No passado dia 1 de Novembro, em Sevilha, os

nossos cinco noviços de Angola, freis António, Mari-ano, Inácio, Lázaro e Tomás, receberam o nosso hábi-to das mãos do P. Provincial, fr. Pedro Fernandes. Os freis Junito e Filipe acompanharam o P. Provincial nesta viagem e celebração. A tomada de hábito, como tem vindo a ser costume, tem sido feita na celebração da Eucaristia de todos os Santos. Os provinciais das várias províncias da Península Ibérica e do Vicariato do Rosário estiveram presentes, sendo que o fr. Mi-guel de Burgos presidiu à Eucaristia. Juntamente com estes nossos irmãos outros quatro tomaram hábito. No total são dez noviços, sendo que um deles não segue o regime comum mas está a fazer um tempo de experiência “ad modum noviciatum”. Rezemos por eles para que perseverem na Ordem e caminhem na santidade.

Frei Filipe, o.p.

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F i c h a T é c n i c a Jornal bimensal Publicação Periódica nº 119112 / ISSN: 1645-443X ISSN: 1645-443X Propriedade: Fraternidade Leigas de São Domingos Contribuinte: 502 294 833 Depósito legal: 86929/95 Direcção e Redacção Cristina Busto (933286355)

Maria do Carmo Silva Ramos (966403075) Colaboração: Maria da Paz Ramos Administração: Maria do Céu Silva (919506161) Rua Comendador Oliveira e Carmo, 26 2º Dtº 2800– 476 Cova da Piedade Endereço: Praça D. Afonso V, nº 86, 4150-024 PORTO E-mail: [email protected] Tiragem: 400exemplares

Outubro/Novembro 2015

OS OITO CONSELHOS ECOLÓGICOS DO PAPA FRANCISCO

Na Encíclica Laudato Si do Papa Francisco, sobre o cuidado da casa comum, é notória a importância que o autor dá a uma verdadeira educação ambiental que nos deve conduzir a uma mudança de estilo de vida, para a cura do Planeta e, consequentemente, para a saúde detoda a humanidade.

Para isso, ele resumiu em oito as numerosas dicas que pessoas responsáveis nos fazem chegar através de palestras, seminários e oficinas, para salvar o Planeta.

1º «Evitar o uso de plástico e de papel» Graças a Deus, há já muita gente a usar sacos de

pano e cestas de verga para ir às compras, evitando os plásticos, e a usar lenços das mãos, toalhas e guardana-pos de tecido, em vez dos de papel. É uma grande ideia, para evitarmos tantos gastos, desperdícios e o corte de imensas árvores.

2º «Reduzir o consumo de água» Relativamente ao consumo de água, temos que

pensar duas vezes, antes de abrir a torneira. É que, neste mundo de desigualdades gritantes, muita gente não tem água para se lavar nem sequer para beber. Justifica-se a lavagem dos dentes com a torneira a cor-rer e a rega de tantos relvados por esse mundo fora?

3º «Diferenciar o lixo» O lixo constitui um dos maiores problemas da hu-

manidade, mas há já muita gente a separar os lixos e a colocar os resíduos orgânicos nas pilhas de composta-gem ou a dá-los a quem tenha animais para alimentar. É uma óptima ideia para reduzir substancialmente a quantidade de lixo que nós produzimos e para não fazermos da Terra uma grande lixeira, como vai acon-tecendo por todo o lado.

4º «Cozinhar apenas aquilo que razoavelmente se

poderá comer» Comer demais prejudica a saúde. Por isso, as donas

(continua na pág.6)