A AMÉRICA NO SÉCULO XIX Adriano Valenga Arruda A AMÉRICA NO SÉCULO XIX.
37 A - o mundo industrializado no século xix
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O mundo industrializado no
Séc. XIX ► A expansão da indústrialização ► A 2ª revolução industrial► Novos modelos culturais
História 8º ano Prof. Carla Freitas
As Idades Da Revolução Industrial
Fonte de energia era o carvão/vaporLigação essencialmente ao sector têxtil e
metalúrgicoInglaterra controla a produção e a economia
mundiaisExpansão muito limitada a outros países.
A idade do vapor e do carvão
Desenvolvimento do sector metalúrgico ligado à maquinaria
Invenção da locomotiva associada a carris de ferro
Surgem caminhos de ferro que ligam, inicialmente todo o território da Grã-Bretanha e depois de outros países europeus
A idade dos caminhos de ferro
Bélgica - Abundantes recursos minerais (setor metalúrgico)
França – Fim das guerras napoleónicas leva ao desenvolvimento industrial e dos transportes ferroviários (setor metalúrgico)
Alemanha – Abundantes recursos naturais, mão de obra trabalhadora e disciplinada e protecção do Estado (setor têxtil, siderúrgico, de material elétrico e de produtos químicos)
E.U.A. – Extenso e rico território com abundantes recursos, população emigrante jovem e ambiciosa (agropecuária, setor siderúrgico e de material elétrico)
Japão – Com o fim das estruturas feudais e aumento da população, associado à entrada de técnicos estrangeiros e ao trabalho disciplinado e organizado das empresas tornou-se na 1ª nação asiática industrializada (construção naval e setor têxtil)
Surgem:Novas Potências Industrializadas
Acesso a matérias primas em quantidade (quer do seu território, quer das colónias)
Grande mercado interno e externo (devido à extensão do seu império)
Grande frota marítima e infraestruturas (pontes, estradas, caminhos de ferro)
ContudoHegemonia Inglesa devido
a:
Os ingleses detinham 1/3 de toda a produção industrial
Novas Fontes de Energia
PetróleoUtilizado nos motores de
explosão
EletricidadeGerada por turbinas e
dínamosCriação de centrais
termoelétricas e hidroelétricas
2ª Revolução IndustrialA idade da eletricidade e do petróleo
Novos metais Níquel e alumínioNovas utilizações de metais
conhecidos como o cobre, o estanho e o chumbo
Novas indústriasAço (máquinas, pontes e
torres)Material elétrico
(electrodomésticos)Química (fertilizantes e
medicamentos)
2ª Revolução IndustrialA idade da eletricidade e do petróleo
A Revolução nos Transportes
A Revolução nos Transportes A aplicação da máquina a vapor
aos meios de transporte trouxe grandes transformações: Caminhos de ferro – ligação
entre as grandes cidades europeias; depois à Ásia ( desenvolvimento de outras infraestruturas: pontes, túneis)
Navegação marítima e fluvial – construção de navios de maior tonelagem e de canais, melhoria dos portos e cais.
A Revolução nos TransportesA invenção do
motor de explosão, com a descoberta do petróleo: Automóvel Primeiras motas AviõesA invenção da
electricidade:Eléctrico
A invenção da bibicleta
Novos Inventos 1802, Fogão a gás (George Bodley) 1804, Locomotiva (Richard Trevithick) 1817, Bicicleta, (Barão Karl Von Drais) 1821 , Motor Elétrico (Michael
Faraday) 1827 , Turbina de água e Hélice de
navio (Josef Ressel) 1830, Máquina de Costura
(Barthélemy Thimonnier) 1832, Telégrafo (Samuel F. B. Morse) 1835, Lâmpada incandescente
(Thomas Edison) 1839, Máquina fotográfica (William
Fox Talbot) 1859, Motor a gás (Etienne Lenoir) 1869, Aspirador (Ives McGaffey) 1875 , Frigorífico (Carl von Linde) 1876, Telefone (Alexander Graham
Bell) 1877, Fonógrafo (Thomas Alva
Edison) 1880, Elevador (Werner Von Siemens) 1881, Pilha elétrica (Alessandro Volta) 1886, Automóvel (Karl Benz) 1894, Cinematógrafo (Irmãos
Lumiére)
Consequências Facilitaram-se as tarefas do quotidiano graças ao
aparecimento de electrodomésticos Surgem novas formas de comunicação e de lazer Os centros urbanos cresceram Desenvolveram-se novos centros industriais Criaram-se novos postos de trabalho Aumentou o tráfego de produtos e passageiros a
preços mais acessíveis Aumentou o comércio nacional e internacional
(mercados) Surge uma nova doutrina económica, o
liberalismo económico (Adam Smith) Desenvolve-se o Capitalismo financeiro
Liberalismo Económico
Crescimento económicoDesequilibrios sociais
Crises de Superprodução
Mecanismo regulador – Mercado (Lei da Oferta e da Procura)
PreçosSalários
Séc. XIX politica económica liberal – sem intervenção do Estado
Livre iniciativaLivre concorrênciaLivre circulação de produtos
Capitalismo FinanceiroDesenvolvimento das industrias
Instalações e máquinas mais complexas
Investimento de mais capital
Formação de organizações empresariais, sociedades anónimas com numerosos acionistas
Surgem concentrações horizontais e verticais de empresas com monopólio de produção e de venda
Bancos de investimentoBancos de depósito que concedem empréstimos
Capital Financeiro controla a economia e o Estado
Novos Modelos Culturais
Triunfo do CientismoCrença na ciência aliada ao progresso leva ao desenvolvimento das Ciências:
Ciências da NaturezaBiologia
Estudos sobre as leis da hereditariedade - Mendel
Teoria da evolução das espécies - DarwinMedicina
Descoberta da vacina contra a varíola - Jenner
Descoberta da vacina contra a raiva - Pasteur
Descoberta dos bacilos da tuberculose e da cólera - Koch
Física Descoberta da radioactividade - Pierre e
Marie Curie Descoberta das ondas eléctricas e dos raios
X - Roentgen Química
Classificação dos elementos químicos - Mendeleiev
Triunfo do CientismoCiências Sociais e HumanasHistória
Regras para a seleção de fontes de Fustel de Coulanges e para a “reconstrução do passado”.
Materialismo histórico de Karl Marx
Sociologia Estudos de Augusto Comte e
de Émile DurkheimFilosofia
Socialismo – Karl MarxPositivismo – Augusto Comte
PsicologiaEstudos sobre o inconsciente Psicanálise – Sigmund Freud
AlfabetizaçãoAumento da importância dada ao ensino devido a: Progressiva extensão do voto a
toda a população exigia uma população informada e instruída
Valorização do conhecimento científico
Educação vista como forma de promoção social
Necessidade de funcionários públicos
Campanhas de alfabetização - ensino primário gratuito r obrigatório
Desenvolvimento do ensino secundário e superior
Ensino com currículo de base científica.
RomantismoPrincipais Representantes:
Pintura: Delacroix William Turner
Literatura: Göethe Victor HugoAlmeida Garrett
Música: BeethovenChopinShubert
RomantismoPensamentos NocturnosLastimo-vos, ó estrelas infelizes,Que sois belas e brilhais tão radiosas,Guiando de bom grado o marinheiro aflito,Sem recompensa dos deuses ou dos homens:Pois não amais, nunca conhecestes o amor!Continuamente horas eternas levamAs vossas rondas pelo vasto céu.Que viagem levastes já a cabo!Enquanto eu, entre os braços da amadaDe vós me esqueço e da meia-noite.
Johann Wolfgang von Goethe, in "Canções"
Acabei, enfim, acabei! E logo me precipito a enviar-te uma palavrinha! Amo-te, és a minha vida, toda a minha vida. Aqui estou, pois, liberto! Que alegria! Até logo! Amo-te mais do que nunca. E tu, como te sentes esta manhã, minha alegria? Passaste bem a noite, ao menos? Irei encontrar o teu belo rosto radioso como o céu, que ontem chorava e hoje sorri? Preciso que tenhas saúde, que me ames, que sejas feliz. Preciso de ti, da tua saúde, do teu amor, da tua felicidade. Sabes, pobre querida, que podes viver descansada enquanto eu viver. O céu fez as minhas mãos para que reparassem a tua vida meio desfeita, a minha alma para compreender o teu coração, os meus lábios para beijar os teus pés.
Victor Hugo, in 'Carta a Juliette Drouet' O coração humano é como o estômago humano, não pode estar vazio, precisa de alimento sempre: são e generoso só as afeições lho podem dar; o ódio, a inveja e toda a outra paixão má é estímulo que só irrita mas não sustenta. Se a razão e a moral nos mandam abster destas paixões, se as quimeras filosóficas, ou outras, nos vedarem aquelas, que alimento dareis ao coração, que há de ele fazer? Gastar-se sobre si mesmo, consumir-se... Altera-se a vida, apressa-se a dissolução moral da existência, a saúde da alma é impossível.
O que pode viver assim, vive para fazer mal ou para não fazer nada.Almeida Garrett
RomantismoCaracterísticas Gosto pelo fantástico, misterioso,
trágico Valorização do individuo Exaltação de sentimentos e da
emoção Dramatismo Visão pessoal do mundo Regresso à Natureza Valorização das histórias nacionais Interesse pelas tradições e pela
História
RealismoPrincipais Representantes:
Pintura: James Whistler Gustave Courbet Honoré DaumierJean François Millet Camile Corot Édouard Manet
Literatura: Émile ZolaBalzacLeão TolstoiCharles DickensEça de Queirós
RealismoEsta prevalecia por toda parte. A Fome projetava-se das casas estreitas nas roupas esfarrapadas que pendiam de varas e cordas. A Fome era remediada no interior delas com retalhos de palha, trapos, madeira e papel. A Fome repetia o seu nome em cada fragmento de lenha miúda e escassa que os homens cortavam. A Fome os contemplava de alto das chaminés sem fumaça e do rés das vias imundas, sem nenhum resíduo, no meio de seu lixo, de algo que se pudesse comer. Um conto de duas cidades, Charles Dickens
"O trabalho incessante, enorme, irrita e exagera o desejo das riquezas; aferventa o cérebro, sobreexcita a sensibilidade, a população cresce, a concorrência é áspera, as necessidades descomedidas, infinitas as complicações económicas, e aí está sempre entre riscos a vida social. Entre riscos, porque vem a luta dos interesses, a guerra das classes, o assalto das propriedades e por fim as revoluções políticas.“
Prosas Bárbaras, Eça de Queirós
RealismoCaracterísticasObservação da realidadeAnálise da sociedade de entãoCrítica política e socialDenúncia das injustiças.Segue ideais socialistas.Retrata a realidade sem sentimentos.Representação da paisagem e dos
costumes.
ImpressionismoPrincipais Representantes:
Pintura: Claude Monet August Renoir Edgar Degas Henrique PousãoJosé Malhoa
ImpressionismoCaracterísticas
Capta instantâneos Momentos fugazes Pinceladas rápidas, curtas, com
justaposição de cores para reproduzir efeitos de luz
Pintura ao ar livre Retrata ambientes alegres Valorização da luz e da cor Temas do quotidiano
Arquitetura do FerroUtilização de novos materiais: Vidro Aço Ferro
Características: Estruturas de metal visiveis Amplas paredes em vidro Palácio de Cristal, Londres
Torre Eiffel, ParisPonte D. Luís I, Porto Ponte D. Maria, Porto
Hegemonia – Supremacia de uma cidade, de um Estado etc, em relação a outros
Liberalismo económico –Doutrina económica que defende a liberdade de iniciativa económica, a livre circulação da riqueza, a valorização do trabalho humano e da economia de mercado (defesa da livre concorrência, do livre cambismo e da lei da procura e da oferta como mecanismo de regulação do mercado), opondo-se assim ao intervencionismo do Estado e à adopção de medidas restritivas e proteccionistas defendidas pelo Mercantilismo.
Capitalismo Financeiro– Sistema económico que apresenta como característica principal a subordinação dos meios de produção para a acumulação de dinheiro e obtenção de lucros através do mercado financeiro (ações, produtos financeiros, títulos, derivativos e mercado de câmbio).
Cientismo – Doutrina segundo a qual os métodos das ciências naturais deviam ser usados em todas as áreas de investigação, inclusive na Filosofia, nas Humanidades e ciências sociais pois defendia que somente tais métodos podem ser usados vantajosamente na procura de conhecimentos.
Conceitos a reter
1. Caracterizar as diferentes fases da revolução industrial.
2. Identificar os novos países industrializados.
3. Justificar a industrialização nestes países.4. Caracterizar a revolução nos transportes.5. Identificar os principais inventos neste
período.6. Explicar as consequências da industrialização.7. Definir liberalismo económico.8. Caracterizar o capitalismo financeiro.
MetasO que deves saber desta matéria