31914-108893-1-PB
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http://dx.doi.org/10.5007/1677-2954.2013v12n2p346
ethic@ - Florianpolis v.12, n.2, p.346 354, Dez. 2013.
DARWALL, Stephen; GIBBARD, Allan; RAILTON, Peter. Metatica: algumas
tendncias. Organizao de Darlei DallAgnol; traduo de Janine Sattler.
Florianpolis: Editora UFSC, 2013, 317 pginas.
RESENHA
BRUNO AISL DOS SANTOS1
(UFSC/Brasil)
PEDRO MERLUSSI2
(DURHAM/ Inglaterra)
A metatica uma rea central da tica, assim como a tica normativa e a tica
prtica. Como qualquer rea da Filosofia que inclui o prefixo meta em seu nome, os
estudiosos da metatica lidam com os problemas mais gerais pertencentes tica: so
problemas metafsicos, epistemolgicos, semnticos, etc., que fazem parte da grande
rea da tica. Enquanto que a tica normativa discute, digamos, o problema de saber se
uma ao boa aquela que produz boas consequncias, a metatica lida com o problema
(muitssimo mais geral) de saber se h uma anlise bem-sucedida do conceito de bom.
Enquanto que a tica prtica estuda, digamos, o problema de saber se afirmao o
aborto moralmente permissvel verdadeira, a metatica estuda o problema de saber
se as afirmaes morais tm valor de verdade. Assim, como observamos, a metatica
lida com os problemas mais gerais da tica. No obstante central Filosofia, a
metatica ainda se encontra em estgio inicial de desenvolvimento no Brasil e h
pouqussima bibliografia em lngua portuguesa disponvel nesse campo quando
comparada imensa bibliografia presente em pases de lngua inglesa. Metatica.
Algumas tendncias, organizado por Darlei DallAgnol e traduzido por Janyne Sattler,
um alento para estudiosos da rea e aparece na hora certa para preencher parte da lacuna
bibliogrfica existente em nossa lngua. Apesar de a traduo ser muito bem-vinda, o
leitor deve estar preparado para textos especializados e pouco introdutrios.
O livro rene uma srie de artigos de trs importantes filsofos que possuem
trabalhos relevantes em metatica. Os artigos so de Peter Railton, Allan Gibbard e
Stephen Darwall. O primeiro deles um conhecido defensor do realismo moral, a tese
de acordo com a qual as afirmaes morais pretendem reportar a fatos e so verdadeiras
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se elas o fazem corretamente. Gibbard, por sua vez, um defensor do expressivismo de
normas, a tese de que, grosso modo, os estados mentais expressos por afirmaes
morais so atitudes de aceitao de diversas normas ou regras que governam a conduta e
a emoo (van Roojen 2013, 1.1). J Stephen Darwall defensor de uma espcie de
internalismo. Como podemos observar, os trs autores so centrais nas discusses dos
mais importantes problemas da metatica. O livro composto por sete captulos e uma
breve apresentao escrita pelo organizador.
O primeiro captulo a traduo de um artigo publicado na centsima primeira
edio do famoso peridico The Philosophical Review, intitulado Toward fin de sicle
Ethics: some trends, cujos autores so Darwall, Gibbard e Railton, e cujo ttulo foi
traduzido como Tendncias da Metatica. O captulo consiste em uma descrio
acurada e informativa da histria da metatica, escrita por trs dos maiores especialistas
da rea. Ao contrrio de quase todos os outros artigos reunidos no livro ( exceo do
artigo Razes, motivos e as exigncias da moralidade, de Darwall), este tem aquele
carter informativo que vemos em livros de introduo ao tema. Curiosamente, como
afirmam os autores, o peridico para o qual escreveram o artigo tem aproximadamente a
mesma idade que certa controvrsia iniciada por Moore, da qual falaremos em mais
detalhes a seguir.
Moore iniciou uma controvrsia em filosofia moral ao afirmar que, ao menos at
ele, a filosofia moral fora deturpada por uma falcia, a falcia de analisar o conceito de
bom por meio de conceitos no-morais. Em outras palavras, Moore defendeu que o
conceito de bom simples e no-analisvel; no sendo analisvel, em particular, em
termos no-morais. O clebre termo falcia naturalista foi cunhado pelo filsofo
precisamente para rotular as perspectivas filosficas que assumiam que o conceito de
bom poderia ser analisvel por meio de conceitos no-morais. Na perspectiva de Moore,
a falcia naturalista estava presente, por exemplo, nos trabalhos de Jeremy Bentham,
Herbert Spencer e T. H. Green. O argumento que o filsofo apresentou a favor de sua
afirmao ficou conhecido na literatura como o argumento da questo em aberto3.
Antes de apresentar, grosso modo, o argumento da questo em aberto de Moore,
precisamos considerar o que o filsofo entendia por uma anlise bem-sucedida de um
conceito. Uma condio necessria para uma anlise ser bem-sucedida, de acordo com
Moore, a da sinonmia (as outras so a da verificabilidade e da extensionalidade): o
critrio da sinonmia o de que qualquer expresso que represente o analysandum (o
conceito a ser analisado) sinnima de qualquer expresso que represente o analysans
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(o conceito ao qual o analysandum reduzido). Um exemplo de anlise que satisfaz
esse critrio seria a proposio expressa pela afirmao algo solteiro se, e somente se,
um homem no casado, j que a expresso que representa o analysandum, a saber,
solteiro, sinnima da expresso que representa o analysans, a saber, homem no
casado. Considere agora uma tentativa de anlise que procura reduzir o conceito de
bom a um conceito natural, tal como a proposio expressa por algo bom se, e
somente se, algo prazer. Se essa fosse uma anlise bem-sucedida, ento a expresso
algo bom deveria ser sinnima da expresso algo prazer. Ora, mas se esse o
caso, ento a afirmao prazer bom seria equivalente afirmao prazer prazer.
No entanto, as afirmaes no so equivalentes. Portanto, a anlise no bem-sucedida.
E, como se pode observar (Hurka, 2010), o mesmo argumento poderia ser apresentado
contra qualquer outra proposta naturalista.
Ora, esta foi apenas uma apresentao breve e introdutria do argumento da
questo em aberto. Embora tenhamos salientado anteriormente que o artigo que compe
o primeiro captulo o mais introdutrio de todos, apresentaes introdutrias tal como
esta no so oferecidas no artigo. Afinal, o pblico para o qual o artigo direcionado
um pblico especializado. Vejamos um exemplo:
H j cinquenta anos no entanto que sabemos que Moore no
descobriu falcia alguma. Alm disso a aplicao desastrada do seu famoso
argumento da questo aberta, feita em defesa de suas afirmaes, apelava para um agora j defunto Platonismo intuicionista envolvia ainda certas
suposies a respeito da transparncia dos conceitos e da evidncia da
verdade analtica as quais levavam inescapavelmente ao paradoxo da anlise (algo que, no final das contas, era visto por Moore ele mesmo4 (sic)). (2013: 15)
Como podemos observar, os autores j assumem que o leitor est familiarizado
com o argumento de Moore, alm claro dos problemas que ele levanta: por exemplo, o
prprio Moore reconheceu que os desiderata para uma anlise bem-sucedida que ele
isolara levavam ao paradoxo da anlise; filsofos como Gilbert Harman (veja a nota 3
do primeiro artigo deste livro) afirmaram que, ao menos tal como formulado, o
argumento invlido. Independentemente disso, a discusso neste captulo demasiado
profcua para estudiosos mais ou menos familiarizados com o campo.
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Alm de apresentarem a discusso relacionada ao argumento da questo em
aberto, os autores abordam o apogeu da metatica analtica at a primeira metade do
sculo passado atravs das perspectivas antirrealistas e no-cognitivistas. Segundo os
autores, j na segunda metade do sculo XX h uma grande expanso das discusses em
metatica, o que levou ao surgimento de uma grande variedade de novas perspectivas. E
precisamente esta pluralidade de novas perspectivas que marca, segundo os autores, a
diferena crucial da metatica tal como feita hoje em dia para aquela feita no apogeu da
metatica analtica.
Os outros seis artigos que compem este livro so consideravelmente mais
exigentes. Por exemplo, no captulo intitulado Realismo Moral, Peter Railton
argumenta a favor de uma tese metatica realista, cognitivista, naturalista e reducionista.
O leitor interessado no campo, como afirmamos, dever j estar familiarizado com as
posies realista, naturalista, cognitivista, etc. A tese reducionista a tese segundo a
qual as propriedades morais so supervenientes s propriedades naturais e que, portanto,
as primeiras podem ser reduzidas s segundas. O que Railton defende um tipo de
realismo moral naturalista reducionista, mas no eliminacionista. Ou seja, apesar das
propriedades morais serem supervenientes s naturais, no poderamos eliminar as
primeiras em detrimento da segunda. Por qu? Porque as propriedades morais possuem
fora explicativa. Todavia, sempre que falamos de uma tese realista naturalista nos vem
mente a famosa acusao de Moore. A chamada falcia naturalista relegou ao
naturalismo o esquecimento pelo menos at a primeira metade do sculo XX. A
pergunta ento a de como os realistas como Railton lidam com a acusao de Moore
de que h uma falcia ao se analisar o conceito de bom recorrendo a conceitos no
morais.
Realistas defendem, grosso modo, que h fatos morais e que eles so
independentes de alguma maneira das crenas que temos das proposies que procuram
descrev-los. H pelo menos duas abordagens realistas acerca dos fatos morais. Os
chamados realistas platnicos defendem a tese de que as propriedades morais, apesar de
supervenientes s propriedades naturais, so totalmente distintas delas. J os realistas
naturalistas defendem que as propriedades morais so anlogas ou podem ser reduzidas
s propriedades naturais. Por exemplo, Moore parece ter defendido um tipo de realismo
platnico, segundo o qual as propriedades morais so reais no mesmo sentido que as
propriedades geomtricas ou matemticas so reais, ou seja, elas parecem ser puramente
abstratas; e a fonte de nossa justificao para as proposies que procuram descrev-las
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seria o que os filsofos tradicionalmente chamam de intuio. Por outro lado,
filsofos como Railton defendem uma tese naturalista reducionista. O realismo
reducionista a tese segundo a qual as propriedades morais podem ser reduzidas s
propriedades naturais. Dessa forma, para defensores do realismo platnico, fatos morais
so sui generis, enquanto que para defensores do realismo naturalista reducionista os
fatos morais, grosso modo, podem ser explicados recorrendo aos fatos naturais.
Railton defende que as propriedades morais podem ser reduzidas s
propriedades no morais, mas tais propriedades no so propriedades fsicas no mesmo
sentido que so as propriedades de massa ou velocidade, por exemplo. As propriedades
no morais as quais so reduzidas as propriedades morais so constitudas de interesses
objetivos de um agente epistmico ideal ou de um espectador imparcial. Assim, o
realismo de valor de Railton apela para um agente em uma situao epistmica
privilegiada com a finalidade de estabelecer um interesse subjetivo objetivado que
indica o que bom no-moralmente. Um agente A+ em posio epistmica favorvel
seria capaz de identificar o interesse subjetivo objetivado de um agente A que estivesse
em uma situao epistmica desfavorvel. importante notar que a anlise de Railton
s obtm sucesso se aceitarmos a supervenincia.
Considere, em primeiro lugar, a noo dos interesses subjetivos de
algum suas vontades e desejos, conscientes ou inconscientes. O interesse subjetivo pode ser visto como uma qualidade secundria semelhante ao
gosto. Que eu tenha um interesse subjetivo em alguma coisa significa dizer
que para mim ela possui uma valncia positiva, ou seja, que em
circunstncias ordinrias ela suscita em mim uma atitude ou inclinao
positiva (no necessariamente consciente). Da mesma forma, dizer que eu
acho o acar doce significa dizer que em circunstncias ordinrias o acar
suscita em mim certa sensao gustativa. Enquanto qualidades secundrias, o
interesse subjetivo e a doura percebida so supervenientes s qualidades
primrias do perceptor, do objeto (ou outro fenmeno) percebido e do
contexto circundante: o perceptor de tal modo constitudo que esse tipo de
objeto, nesse tipo de contexto, suscita esse tipo de sensao. (2013:117)
Ento, segundo Railton, o bem no-moral de algum seria aquilo que o
indivduo iria querer buscar para si mesmo caso fosse bem informado sobre o que est
fazendo. Em outros termos, o bem no-moral definido recorrendo aos interesses do
agente considerado em uma posio epistmica privilegiada. Parece ser possvel,
portanto, a anlise do termo bom (pelo menos o no-moral) recorrendo a uma base
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redutiva naturalista (ao contrrio do que defendia Moore). Todavia, essa anlise apenas
mostra que possvel um tipo de realismo acerca da bondade no-moral, nada tendo a
ver com a moral.
No terceiro captulo, intitulado Alienao, consequencialismo e as exigncias da
moralidade, Railton no s defende seu realismo moral como tambm pretende
defender um tipo particular de teoria normativa, qual seja, o consequencialismo. Ele
tambm discute o fato que a vivncia de acordo com as exigncias morais podem nos
levar alienao. Ele est particularmente interessado em discutir que certas exigncias
morais colocadas por teses morais, particularmente as consequencialista, levam-nos a
deixar de lado comprometimentos pessoais, nossos sentimentos em relao s pessoas,
etc., e que tal fato pode ser evidncia decisiva contra o consequencialismo. Dessa
forma, se o consequencialismo produz alienao, ento ele parece se autoderrotar de
partida. O artigo no oferece uma ampla discusso acerca do que seja alienao; ele
oferece, na verdade, apenas uma ideia intuitiva. Todavia, isso no prejudica a discusso
de como certas abordagens normativas podem nos levar alienao. Railton tem o
esmero de classificar sua posio consequencialista diferenciando-a das outras diversas
formas de utilitarismo e consequencialismo. A posio que acaba por endossar uma
espcie de consequencialismo sofisticado.
No artigo Escolhas sbias, sentimentos apropriados, texto retirado e
adaptado do clebre livro Wise Choices, Apt Feelings: A Theory of Normative
Judgment. Cambridge, Mass.: Harvard University Press, & Oxford: Oxford University
Press, 1990, p.3-102., Gibbard defende sua tese expressivista de normas. Como Gibbard
salienta no prefcio de seu livro, o que o motivou inicialmente a se ocupar das questes
discutidas ao longo do livro foi o problema de saber o que o termo racional significa.
Mais do que isso, Gibbard notou que o termo racional (o qual ele acaba por defender
que pensar que alguma coisa racional aceitar normas que a permitem) possui
relaes com todos os problemas de termos morais como dever, bom e certo. Ao
longo deste captulo, adaptado do livro de Gibbard, o leitor encontrar as partes cruciais
discutidas pelo filsofo. Alm disso, possvel perceber, com o passar dos anos, a
aproximao de Gibbard com a tese quase-realista do filsofo Simon Blackburn. Isto
visvel precisamente no captulo seguinte, intitulado Saber o que fazer, ver o que
fazer.
Por ltimo, mas no menos importante, temos os dois ltimos captulos do livro,
de autoria de Stephen Darwall. No captulo seis, intitulado Razes, motivos e as
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exigncias da moralidade: uma introduo, Darwall apresenta intuitivamente o
problema de saber se as exigncias morais oferecem razes para agir, explicando o
internalismo moral/de razes, tese de que se S deve moralmente fazer A, ento existe
necessariamente uma razo para que S faa A, a qual consiste ou bem no fato de que S
deve moralmente agir assim ou bem em consideraes que fundamentam esse fato
(2013: 277). O filsofo apresenta tambm o externalismo moral/de razes, que consiste
precisamente na negao do internalismo caracterizado acima. J em Respeito e a
perspectiva de segunda pessoa, como o ttulo sugere, Darwall se foca na natureza do
respeito pelas pessoas: por exemplo, o que exatamente significa exigir o respeito
enquanto pessoa e o que nos permite fazer essa exigncia? (2013: 292). O autor
argumenta neste captulo que o ponto principal para resolver essas questes seria a
apreenso do carter irredutvel de segunda pessoa tanto da nossa dignidade quanto do
tipo de respeito que constitui sua resposta mais apropriada (2013: 292).
Em suma, a publicao da obra mais do que bem-vinda, sobretudo como
dissemos para preencher a lacuna bibliogrfica existente em nossa lngua. Os textos
foram muito bem selecionados e h mritos inegveis em sua publicao. No
poderamos deixar de mencionar, contudo, algumas crticas traduo. Por exemplo, a
tradutora optou diversas vezes por colocar os termos em ingls em colchetes que se
seguiam s palavras em portugus deve, deveria, dever, etc. Isto faz pouco
sentido porque o leitor sabe ingls ou no. Se ele no sabe ingls, colocar o termo
original em colchetes em nada ajuda. Se ele sabe ingls, no ter motivos para ler a
traduo, sendo sempre melhor optar pelos textos originais. Alm disso, h passagens
em que a leitura no nem um pouco fluida, notando-se anglicismo, como observamos
em duas notas nesta resenha. Em todo o caso, essas crticas no diminuem a importncia
da publicao da obra. Trata-se de leitura mais do que recomendada para estudiosos e
curiosos da rea.
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Notas:
1 Doutorando e bolsista Capes no Programa de Ps Graduao em Filosofia da Universidade Federal de
Santa Catarina (UFSC), Florianpolis, Brasil.
2 Doutorando em Filosofia pela Durham University, Durham, Inglaterra.
3 Acreditamos que, contrariamente escolha da tradutora, prefervel utilizar a expresso questo em
aberto, ao invs de questo aberta, por ser usual, de modo que preferimos traduzir open question argument por argumento da questo em aberto.
4 Novamente, no nem um pouco usual dizer algo como Moore ele mesmo, o que uma traduo
literal de Moore himself, fazendo muito mais sentido dizer algo como o prprio Moore.
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Referncias bibliogrficas:
HARMAN, G. The Nature of Morality. New York: Oxford University Press, 1977.
HURKA, T. Moores Moral Philosophy. Stanford Encyclopedia of Philosophy, 2010. Disponvel em http://plato.stanford.edu/entries/moore-moral/
VAN ROOJEN, M. Moral cognitivism vs. Non-cognitivism. Stanford Encyclopedia of
Philosophy, 2013. Disponvel em http://plato.stanford.edu/entries/moral-cognitivism/