3 Granulometria

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Análise Granulométrica de Solos por Peneiramento e Sedimentação - Determinação dos Limites de Plasticidade e Liquidez UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

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Análise Granulométrica de Solos por Peneiramento e Sedimentação - Determinação dos Limites de

Plasticidade e Liquidez

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

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ÍNDICE ENSAIO DE LIMITE DE LIUIDEZ : .................................................................................

INTRODUÇÃO & OBJETIVO : ...................................................................................... PROCEDIMENTO :......................................................................................................... APARELHAGEM :........................................................................................................... CÁLCULO : .....................................................................................................................

DETERMINAÇÃO DA UMIDADE PELO MÉTODO EXPEDITO DO ÁLCOOL : OBJETIVO :..................................................................................................................... APARELHAGEM :........................................................................................................... AMOSTRA : ..................................................................................................................... PROCEDIMENTO :......................................................................................................... CÁLCULO : ..................................................................................................................... OBSERVAÇÕES ..............................................................................................................

DETERMINAÇÃO DA UMIDADE PELO MÉTODO EXPEDITO DO “SPEEDY”: OBJETIVO :..................................................................................................................... APARELHAGEM:............................................................................................................ AMOSTRA : ..................................................................................................................... PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS DE SOLOS E AGREGADOS: ..................................... PROCEDIMENTO :......................................................................................................... CUIDADOS IMPORTANTES:......................................................................................... CÁLCULO : .....................................................................................................................

CONCLUSÃO .................................................................................................................... BIBLIOGRAFIA :...............................................................................................................

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1. ENSAIO DE LIMITE DE LIQUIDEZ

1.1 INTRODUÇÃO & OBJETIVO:

Este ensaio tem como objetivo a determinação do limite de liquidez dos solos através do

aparelho de Casagrande, na realidade o ensaio do LL é um ensaio de resistência do solo, obtida através da umidade. A forma do aparelho de Casagrande foi inspirada na forma em que geralmente ocorrem as rupturas em taludes, ou seja na superfície de ruptura dos mesmos. Em média, no caso de solos plásticos e não puramente arenosos, os taludes iniciam a sua ruptura ao enfrentarem uma carga de cerca de 25g/cm2.

1.2 PROCEDIMENTO:

Para realização do ensaio de Casagrande é necessário:

a) Uma amostra representativa de um solo qualquer, o qual se deseja estudar. Tal amostra é obtida através do peneiramento do solo por uma peneira no 40, ou seja de 0,42mm. Após o peneiramento coleta-se então da parte que passou pela peneira no 40, cerca de 70g de solo. Deixar a amostra secar ao ar livre antes de se iniciar o ensaio;

b) A calibração do aparelho de Casagrande, devemos verificar se a altura de queda da concha do aparelho de Casagrande é de 1cm; tal verificação deve ser feita, pela tara ou cone de calibração, exatamente no ponto em que a concha toca a base do aparelho;

c) Verificar se a concha do aparelho está limpa e seca ; d) Homogeneizar a massa de solo com água destilada, em uma cápsula de porcelana

misturando-se continuamente com uma espátula; e) Ao se colocar uma fração da massa de solo no aparelho de Casagrande deve-se tomar o

cuidado de deixar na parte central da concha uma altura de solo de 1cm, aproximadamente. Então, com o cinzel, divide-se a massa de solo em duas partes iguais(usa-se a espátula para abertura inicial da ranhura e dá-se o acabamento final com o cinzel ) e depois golpeia-se a amostra, acionando a manivela 2 vezes por segundo, até que as bordas inferiores da ranhura se unam em 1cm de comprimento, no sentido do corte o qual foi feito pelo cinzel, anotando-se assim o número de golpes (o primeiro ponto deve estar próximo a 50 golpes, é por isso que deve-se adicionar água destilada em quantidade suficiente para se obter uma massa plástica para que em aproximadamente 50 golpes do Aparelho de Casagrande, a ranhura se feche);

f) Em seguida, retira-se uma pequena quantidade da amostra junto as bordas que se uniram para colocar em estufa para determinação da umidade;

g) Deve-se remover a massa que sobrou no aparelho e coloca-lá novamente na capsula de porcelana, repetindo-se assim as operações, adicionando mais água para se conseguir o fechamento da ranhura com menos golpes, numa seqüência de aproximadamente 40,30, 20 e 10 golpes;

h) Com os resultados obtidos constrói-se um gráfico onde na ordenada estão as umidades (escala aritmética) e, na abcissa o número de golpes (escala logarítmica). O limite de liquidez é expresso pelo teor de umidade correspondente a intercessão da ordenada relativa a 25 golpes com a linha dos pontos obtidos no gráfico;

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1.3 APARELHAGEM:

aparelho de Casagrande; cinzel para solos granulares; cinzel para solos argilosos; tara ou cone de calibração.

balança que permita pesar 100g, sensível a 0,01g.

estufa capaz de manter a temperatura entre 105o e 110o C.

cápsula de porcelana com 12cm de diâmetro e 5cm de altura; espátula com lâmina flexível;

Calibração da altura de queda no aparelho de Casagrande

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1.4 CÁLCULOS, PLANILHAS & GRÁFICOS:

Ensaio de Limite de Liquidez:Obs: Todos os pesos aqui citados estão dados em gramas.

i 0 6..

Capsula i

44474049040614

Golpes i

50433525211411

PesoBrUm i

26.4526.4223.8827.4226.222.930.48

PesoBrSe i

22.0622.0819.5921.6421.3218.5924.2

PesoCap i

6.77.146.627.387.296.687.54

GolpesLog i log Golpes i

PesoAg i PesoBrUm i PesoBrSe i PesoSe i PesoBrSe i PesoCap i

hi

PesoAg i 100.

PesoSe i

Capsula i

444740494614

GolpesLog i

1.6991.6331.5441.3981.3221.1461.041

PesoAg i

4.394.344.295.784.884.316.28

PesoSe i

15.3614.9412.9714.2614.0311.9116.66

hi

28.58129.0533.07640.53334.78336.18837.695

hi

GolpesLog i

1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2252627282930313233343536373839404142434445 Obs: Através do gráfico ao lado podemos

verifivar que realmente o ponto devido a capsula de número 49 não está de acordo com os outros dados do ensaios, por isso ele será descartado.

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i 0 5..

Capsula i

444740040614

Golpes i

504335211411

PesoBrUm i

26.4526.4223.8826.222.930.48

PesoBrSe i

22.0622.0819.5921.3218.5924.2

PesoCap i

6.77.146.627.296.687.54

GolpesLog i log Golpes i

PesoAg i PesoBrUm i PesoBrSe i PesoSe i PesoBrSe i PesoCap i

hi

PesoAg i 100.

PesoSe i

Capsula i

4447404614

GolpesLog i

1.6991.6331.5441.3221.1461.041

PesoAg i

4.394.344.294.884.316.28

PesoSe i

15.3614.9412.9714.0311.9116.66

hi

28.58129.0533.07634.78336.18837.695

Golpes i

504335211411

X 1 2..

m slope GolpesLog h,( )

b intercept GolpesLog h,( ) Y X( ) m X. b Y log 25( )( ) 33.193=

hi

Y X( )

GolpesLog i X,1 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.8 1.9 2

25262728293031323334353637383940 Onde: O LL deste solo é de 33,193%

LL=33,193%

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Cápsula No 44 47 40 49 4 6 14Golpes No 50 43 35 25 21 14 11Peso Bruto Úmido (g) 26,45 26,42 23,88 27,42 26,2 22,9 30,48Peso Bruto Seco (g) 22,06 22,08 19,59 21,64 21,32 18,59 24,2Peso da Cápsula (g) 6,7 7,14 6,62 7,38 7,29 6,68 7,54Peso da água (g) 4,39 4,34 4,29 5,78 4,88 4,31 6,28Peso do Solo Seco (g) 15,36 14,94 12,97 14,26 14,03 11,91 16,66Umidade (%) 28,5807 29,0495 33,0763 40,533 34,7826 36,1881 37,6951 L.P=

LIMITE DE LIQUIDEZ

Calculista: João Cunha

Data: 06/11/98

Operador: Samuel / João Cunha

Cápsula No 44 47 40 4 6 14Golpes No 50 43 35 21 14 11Peso Bruto Úmido (g) 26,45 26,42 23,88 26,2 22,9 30,48Peso Bruto Seco (g) 22,06 22,08 19,59 21,32 18,59 24,2Peso da Cápsula (g) 6,7 7,14 6,62 7,29 6,68 7,54Peso da água (g) 4,39 4,34 4,29 4,88 4,31 6,28Peso do Solo Seco (g) 15,36 14,94 12,97 14,03 11,91 16,66

LIMITE DE LIQUIDEZ

Calculista: João Cunha

Data: 06/11/98

O

Umidade (%) 28,5807 29,0495 33,0763 34,7826 36,1881 37,6951 L.P= 33,19%

perador: Samuel / João Cunha

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2. ENSAIO DE LIMITE DE PLASTICIDADE :

2.1 INTRODUÇÃO & OBJETIVO:

Este ensaio tem como objetivo a determinação do limite de Plasticidade dos solos através do contato de uma amostra com uma placa de vidro esmerilhada, na realidade o ensaio do LP é um ensaio de resistência do solo, obtida através da umidade.

2.2 PROCEDIMENTO:

Para realização do ensaio de Limite de Plasticidade é necessário:

a) Uma amostra representativa de um solo qualquer, o qual se deseja estudar. Tal amostra é obtida através do peneiramento do solo por uma peneira no 40, ou seja de 0,42mm. Após o peneiramento coleta-se então da parte que passou pela peneira no 40, cerca de 50g de solo. Deixar a amostra secar ao ar livre antes de se iniciar o ensaio;

b) Verificar se a placa de vidro rugosa está bem limpa e seca; c) Homogeneizar a massa de solo com água destilada(em quantidade suficiente para se obter

uma massa plástica) em uma cápsula de porcelana misturando-se continuamente com uma espátula; d) Formar um pequeno hexaedro, com a amostra homogeneizada sobre a superfície de vidro

esmerilhada, de 10cm de largura x 10cm de comprimento x 4mm. Após a realização deste passo, devemos então, com a espátula separar o hexaedro original em hexaedros menores ainda com dimensões de aproximadamente 4mm de largura x 10cm de comprimento x 4mm de altura;

e) O ensaio se prossegue rolando-se tais hexaedros de solo sobre a placa de vidro esmerilhada, pressionando com a mão até se formar um cilindro com 3mm de diâmetro. Devemos notar quando o cilindro começa a fissurar, isto acontece quando ele atinge o diâmetro especificado. Se o cilindro de solo não fissurar repete-se a operação anterior até que isto aconteça deixando o solo secar ao ar livre, e se caso o cilindro de solo fissure antes devemos adicionar água ao solo ;

f) Ao se conseguir um cilindro que comece a fissurar exatamente quando atingir as dimensões de gabarito, transfere-se os pedaços do cilindro fragmentado para uma cápsula, pesa-se e leva-se a estufa para determinação da umidade ;

g) Repete-se este procedimento por 5 (cinco) vezes, até se obter uma quantidade de amostras suficientes para a realização do ensaio;

h) Determina-se o valor do limite de plasticidade, o qual é expresso pela média dos teores de umidade obtidos, desprezando-se os valores que difiram da respectiva média em ± 5%;

i) Tirar uma nova média caso algum valor tenha sido desprezado, e repetir o processo. O valor do LP deva ser obtido de pelo menos 3 (três) determinações dentro da faixa de variação admissível ( ± 5 % ) da média;

j) A formula do LP é a seguinte:

n

h

LP

n

1∑

=

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2.3 APARELHAGEM:

a) cápsula de porcelana ; b) espátula com lâmina flexível ; c) cápsulas para obtenção de umidade ; d) balança que permita pesar 100g sensível a 0,01g ; e) estufa capaz de manter a temperatura entre 105o e 110o C ; f) placa de vidro de superfície esmerilhada ; g) cilindro de comparação de 3mm de diâmetro e 10cm de comprimento.

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2.4 CÁLCULOS, PLANILHAS & GRÁFICOS:

Ensaio de Limite de Plasticidade:Obs: Todos os pesos aqui citados estão dados em gramas.

i 1 7..

Capsula i

96522824353088

PesoBrUm i

5.345.925.725.555.194.854.52

PesoBrSe i

5.055.605.435.304.964.564.26

PesoCa i

3.623.933.893.883.862.872.97

PesoAg i PesoBrUm i PesoBrSe i

PesoSe i PesoBrSe i PesoCa i

h i

PesoAg i

PesoSe i

100.

Capsula i

96522824353088

PesoAg i

0.290.320.290.250.230.290.26

PesoSe i

1.431.671.541.421.1

1.691.29

h i

20.2819.16218.83117.60620.90917.16

20.155

n 7

LP 1

7

i

h i

=n

LP 19.157= DesvioPaPer LP 0.05. DesvioPaPer 0.958=

O intervalo Permissivel Para o índece de Plasticidade esta variando entre(x1,x2), Onde:

x1 LP DesvioPaPer

x2 LP DesvioPaPer

x1 20.115=

x2 18.2=

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Através destas considerações os resultados de Y e Z que derem positivos serão desconsiderados, no caso da capsula 96 e 88 foi levado em consideração que elas divergiam apenas um pouco do intervalo limite para o índice de Plasticidade, fato devido a influência das outras capsulas no valor final da média do LP.

Yi hi x1 zi x2 hi

Yi

0.1640.9541.2842.51

0.7942.9560.04

zi

2.080.9620.6320.5942.711.041.955

hi

20.2819.16218.83117.60620.90917.1620.155

Considerando apenas as Capsulas 96, 52, 28, 88, (onde a capsula 96 e 88 foram consideradas, devido a seus valores de umidade, deferirem pouco dos valores do intervalo permissível) temos que :

i 1 4..

Capsula i

96522888

PesoBrUm i

5.345.925.724.52

PesoBrSe i

5.055.605.434.26

PesoCa i

3.623.933.892.97

PesoAg i PesoBrUm i PesoBrSe i

PesoSe i PesoBrSe i PesoCa i

hi

PesoAg i

PesoSe i

100.

Capsula i

96522888

PesoAg i

0.290.320.290.26

PesoSe i

1.431.671.541.29

hi

20.2819.16218.83120.155

n 4

LP 1

4

i

hi

=n

LP 19.607= DesvioPaPer LP 0.05. DesvioPaPer 0.98=

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O intervalo Permissivel Para o índece de Plasticidade esta variando entre(x1,x2), Onde:

x1 LP DesvioPaPer x2 LP DesvioPaPer

x1 20.587=

x2 18.627=

Yi hi x1 zi x2 hi

Yi

0.3081.4261.7560.432

zi

1.6530.5350.2051.528

hi

20.2819.16218.83120.155

Onde:

LP 19.607=

Cápsula No 96 52 28 24 35 30 88Peso Bruto Úmido (g) 5,34 5,92 5,72 5,55 5,19 4,85 4,52Peso Bruto Seco (g) 5,05 5,6 5,43 5,3 4,96 4,56 4,26Peso da Cápsula (g) 3,62 3,93 3,89 3,88 3,86 2,87 2,97Peso da água (g) 0,29 0,32 0,29 0,25 0,23 0,29 0,26Peso do Solo Seco (g) 1,43 1,67 1,54 1,42 1,1 1,69 1,29Umidade (%) 20,2797 19,1617 18,8312 17,6056 20,9091 17,1598 20,155 L.P=

LIMITE DE PLASTICIDADE

Calculista: João Cunha

Data: 06/11/98

Operador: Samuel / João Cunha

Cápsula No 96 52 28 88Peso Bruto Úmido (g) 5,34 5,92 5,72 4,52Peso Bruto Seco (g) 5,05 5,6 5,43 4,26Peso da Cápsula (g) 3,62 3,93 3,89 2,97Peso da água (g) 0,29 0,32 0,29 0,26Peso do Solo Seco (g) 1,43 1,67 1,54 1,29Umidade (%) 20,2797 19,1617 18,8312 20,155 L.P= 19,607%

Calculista: João Cunha

Data: 06/11/98

Operador: Samuel / João Cunha

LIMITE DE PLASTICIDADE

3. DETERMINAÇÃO DO IP IP=LL-LP IP=33,19-19,61 IP= 13,58

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4. DETERMINAÇÃO DA UMIDADE EM ESTUFA

4.1 OBJETIVO:

Esta operação tem como objetivo a Determinação da umidade em amostras de

solos.

4.2 PROCEDIMENTO:

Para a determinação da umidade em amostras de solos em estufa é necessário:

a) Coloca-se na estufa uma capsula preenchida com uma amostra de solo de aproximadamente 10 a 50g;.

b) Antes de se colocar a capsula na estufa, devemos pesar tanto a cápsula vazia quanto a que esta preenchida com o solo(peso bruto úmido) anotando os valores das medições.

c) Para a determinação da umidade devemos tomar no mínimo 2 cápsulas ; d) Após 24 horas pesa-se novamente a capsula obtendo-se assim o seu peso bruto

seco.

4.3 CÁLCULO :

100PP

hs

a ⋅=

Onde: h - umidade do solo ( % )

Pa - peso de água Ps - peso do solo seco Pa = ( peso bruto úmido - peso bruto seco ) Ps = ( peso bruto seco - peso da cápsula )

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5. ENSAIO DE GRANULOMETRIA POR SEDIMENTAÇÃO

5.1 OBJETIVO:

O ensaio de granulometria por sedimentação tem como objetivo a obtenção da

curva granulometrica do solo, a Identificação da granulometria das partículas finas do solo, a comparação dos resultados de sedimentação das partículas com e sem o uso de defloculante, e por fim a verificação dispersividade do solo.

5.2 PROCEDIMENTO: Do material que passa na peneira no 10(2,00mm), no ensaio de sedimentação tomam-se duas amostra: Uma de 120g no caso de solos arenosos, ou de 70g no caso de solos argilosos, a qual servirá para o ensaio de sedimentação propriamente dito; e uma de 50g que servira para se obter a umidade higroscopica deste solo. O material separado para o ensaio de sedimentação deverá ser colocado em um becker de 250ml adicionado ao mesmo um defloculante(metafosfato de sódio), a mistura água destilada, solo e defloculante deve formar uma solução de 125ml, onde a concentração é de 18,8g de sal por litro de solução, agita-se a mistura até que o material fique totalmente molhado, deixando-o em repouso por no mínimo 12h.

Feito isso, verte-se a mistura no copo de dispersão, removendo-se com água destilada todo o material que tenha aderido ao becker e adiciona-se mais água. O tempo de dispersão poderá ser de 5(IP<5%),10(IP<20%) ou 15 minutos (IP>20%), dependendo do índice de plasticidade do solo. Depois de disperso transfere-se o material do becker para a proveta de 1000ml, completando-se a proveta com água destilada até a marca de 1000ml.

O próximo passo consiste em agitar a proveta durante um minuto, devemos tampar a boca da mesma com uma das mãos, para evitar que se perca o material em análise, o que poderia mascarar os resultados. Imediatamente após o término da agitação, anota-se a hora exata do início da sedimentação, coloca-se a proveta na bancada e mergulha-se cuidadosamente o densímetro na suspensão e faz-se a leitura para 30seg, 1 min, 2min, 4min, 8min, 15min, 30min, 1h, 2h, 4h, 8h e 25h. Após cada leitura, excetuadas as três primeiras, retira-se lentamente o densímetro e mergulha-se em água destilada a temperatura ambiente, colocando de volta poucos segundos antes de cada leitura. As leituras devem ser feitas na parte superior do menisco, com aproximação de 0,0002, após o densímetro Ter ficado em equilíbrio. O material proveniente do ensaio de sedimentação, terminadas as leituras, é vertido e lavado na peneira 0,075mm. Seca-se a parte retida na peneira em estufa a 105o -110oC, até constância de peso e passa-se nas peneiras1,2 - 0,6 - 0,42 - 0,30 - 0,15 e 0,075mm, anotando-se os pesos retidos.

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5

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Comparação entre o processo de sedimentação com e sem o uso de defloculante.

Sem Defloculante Argila sedimentada

Com Defloculante

Argila em suspensão

Densímetro

Caderneta

5.3 APARELHAGEM:

a)Água destilada; b)Peneiras 2,0-1,2-0,6-0,42-0,3-0,15-0,0075mm( Nº200), tampa e fundo; c)Balança permita pesar 2kg sensível a 0,01g d)Estufa capaz de manter a temperatura entre 105 e 110 graus celsius; e)Cápsulas com capacidade de 200ml; f)Defloculante, ou seja hexametafosfato de sódio; g)Provetas com capacidade igual a 1000ml; h)Densímetro de bulbo simétrico, calibrado a 20oC e graduado em 0,001(de 0,995 a 1,050); i)Cronômetro; j)Termômetro.

6

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5.4 CÁLCULOS:

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6. ANÁLISE GRANULOMÉTRICA DE SOLOS POR PENEIRAMENTO

6.1 OBJETIVOS:

O ensaio de granulometria por sedimentação tem como objetivo a obtenção da

curva granulometrica do solo, e a Identificação da granulometria das partículas granulares do solo.

6.2 PROCEDIMENTO:

Toma-se 1500g para solos siltosos e argilosos ou 2000g para solos arenosos,

preparada de acordo com o método de preparação de amostras, o qual será descrito no item seguinte. Devemos agora peneirar esta amostra na peneira 2,0mm( No 10 ), o material que ficar retido na peneira deve ser lavado sem ser retirado da peneira, com o auxílio de jato d´agua, visando remover qualquer grão de dimensão menor que 2,0mm ; a seguir coloca-se na estufa até constância de peso.

Do material que passa na peneira de 2,0mm, retira-se duas cápsulas, para a determinação da umidade higroscópica, e em seguida toma-se o material que passa na peneira de 2,00mm e passa-se na peneira de 0,075mm (no 200) e lava-se sem retirar da peneira com auxílio do jato d’água, com a finalidade de retirar qualquer grão com diâmetro menor que 0,075mm, colocando-se em seguida na estufa até uniformidade de peso

Devemos agora inicializar o peneiramento; o material retido na peneira de 2,0mm deve ser passado nas peneiras de diâmetro superior a 2,0mm, já o material retido nas peneiras de 0,075mm deve ser passado nas peneiras de diâmetro superior a 0,075mm e inferior a 2,0mm, pesa-se com aproximação de 0,1g as frações da amostra retidas nas peneiras consideradas .

A partir dos resultados obtidos, determina-se a umidade higroscópica para determinar o fator de correção e as porcentagens acumuladas e que passam para que se construa a curva granulométrica.

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6.3 APARELHAGEM:

a) peneira de 50 - 38 - 25 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2 - 1,2 - 0,6 - 0,42 - 0,30 - 0,15 - 0,075mm. b) agitador para peneiras, com dispositivo para fixação capacidade 6, incluindo tampa e fundo. c) balança com capacidade de 200g, sensível a 0,01g. d) balança com capacidade de 2kg, sensível a 0,1g. e) estufa capaz de manter a temperatura entre 105o e 110o C. f) cápsula com capacidade de 500ml. g) cápsula de alumínio. h) escova de aço.

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6.4 CÁLCULOS :

Determinação da umidade higroscópica da amostra utilizada: h - teor de umidade, em porcentagem Ph - peso do material úmido Ps - peso do material seco em estufa

100)Ps

PsPh(h ⋅

−=

Cálculo do peso total da amostra retida em uma malha qualquer: a) somam-se os pesos das frações da amostra retida na peneira de 2,0mm e nas de

maior abertura de malha ; b) da diferença entre o peso total da amostra seca ao ar e o peso obtido na alínea (a)

resulta o peso da fração da amostra seca ao ar, que passa na peneira de 2,0mm;

c) o produto do peso obtido na alínea (b) pelo fator de correção 100

100− h, em que h é a

umidade higroscópica, é o peso da fração da amostra seca que passa na peneira de 2,0mm;

d) a soma dos pesos obtidos nas alíneas (a) e (c) será o peso da amostra total seca ; e) com o peso da fração retida em cada uma das peneiras, calcula-se a porcentagem

em relação ao peso da amostra total seca ; f) obtém-se a porcentagem acumulada de material seco passando em cada peneira,

somando-se a porcentagem retida nesta peneira às porcentagens retidas nas peneiras de aberturas maiores ;

g) obtém-se a porcentagem de material seco passando em cada peneira, subtraindo-se de 100 a porcentagem acumulada em cada peneira ;

h) desenha-se a curva de distribuição granulométrica, marcando-se em abcissas (escala logarítmica) os diâmetros das partículas e em ordenadas (escala aritmética) as porcentagens das partículas menores do que os diâmetros considerados .

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7. PREPARAÇÃO DE AMOSTRAS PARA ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO E COMPACTAÇÃO

7.1 OBJETIVO:

Fixar normas para preparação de amostras a serem utilizadas nos seguintes ensaios :

• limite de liquidez ; • limite de plasticidade ; • limite de contração ; • umidade higroscópica ; • densidade real do solo ; • granulometria ( peneiramento e sedimentação ); • compactação.

7.2 OPERAÇÕES PRELIMINARES:

Espalha-se a amostra de solo na bandeja, desagrega-se os torrões de solo com as mãos e,

em seguida, deixa-se a amostra secar ao ar ou com auxílio do aparelho secador, destorroa-se a amostra seca ao ar no almofariz com auxílio da mão de gral recoberto com borracha. Esta operação deverá ser realizada cuidadosamente, evitando-se redução do diâmetro, ou quebra dos grãos.

Depois de se destorroar a amostra, passa-se a amostra nas peneiras 4,8mm (compactação) , 2,0 e 0,42 mm (caracterização), com o objetivo de reter torrões que ainda existam eventualmente, tomando-se a precaução de desmancha-los no almofariz, de modo que seja assegurada a retenção em cada peneira somente dos grãos maiores que a abertura da malha, homogeneiza-se a amostra através da mistura das diferentes frações destorroadas, reduz-se todo o material, com o auxílio do repartidor de amostras ou pelo quarteamento, até se obter uma amostra representativa para os ensaios desejados.

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8. PLANILHAS E GRÁFICO DOS ENSAIOS DE SEDIMENTAÇÃO E PENEIRAMENTO:

AM. Total AM. Parcial

POLEG. mm.2" 50,80

1 1/2" 38,101" 25,40

3/4" 19,103/8" 9,52

No 4 4,76No 10 2,00

POLEG. mm.No 16 50,80No 30 38,10No 40 25,40No 50 19,10No 100 9,52No 200 4,76

ALTURA DE QUEDA (h.cm)

LEITURA CORRIGIDA FINAL(L.C)

% < φ da amostra total

CÁPSULA No

PESO BRUTO ÚMIDOPESO BRUTO SECOPESO DA CÁPSULAPESO DA ÁGUA

PESO BRUTO ÚMIDOPESO BRUTO SECOPESO DA CÁPSULA

DATA

UMIDADE (%)UMIDADE MÉDIA (%)

φ dos Grãos (mm)HORATEMPO

DECORRIDOLEITURA

(L) TEMP. (oC)CORREÇAO menisco/temp

LEITURA CORRIGIDA

(L.C)

PESO DO SOLO MIÚDO SECOPESO DA AMOSTRA SECA

PICNOMETRO No

PESO DO PICNOMETROPESO DO PICNOMETRO + SOLO

CÁPSULA No

PESO DO SOLO ÚMIDOPESO DO PEDREGULHOPESO DO SOLO MIÚDO ÚMIDO

PESO DO SOLO SECO

% que passa da amostra total

PESO QUE PASSA

DENSIDADE REAL

PESO RETIDO

PENEIRA PENEIRAMENTO DO SOLO GRAÚDO

SEDIMENTAÇÃO (Densimetro No Proveta No )

UMIDADE PESO ESPECÍFICO DOS GRÃOS (γg)

PESO DO PICN. + ÁGUA + SOLOPESO DO PICNOMETRO + ÁGUA

UMIDADE DE SEDIMENTAÇÃOCÁPSULA No

PESO RETIDOPESO DO SOLO SECO

UMIDADE (%)

PENEIRAMENTO DO SOLO MIÚDOPENEIRA PESO QUE

PASSA% que passa da amostra total

DENSIDADE MÉDIA (g/m3)

TEMPERATURA (o C)

C. DO FATOR K=

PESO DO SOLO ÚMIDOPESO DO SOLO SECO

UMIDADE MÉDIA (%)AMOSTRA

PESO DA ÁGUA

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9. CURVA GRANULOMÉRICA