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LOGICEstabilidade e economiade processamento com osampler nativo EXS24
TESTESMONITORES ADAM F5 E F7Avaliamos o desempenho dos produtos,dotados de tweeters com tecnologia X-ART
COMPARANDO UDIOSA complexidade do problema e os mtodosde comparao que facilitaro sua vida
Ano XXV - fevereiro/2014 n269 - R$ 13,00 - www.musitec.com.br
MARTINHO DAVILA NO ESTDIO
Os bastidores do disco desambas-enredo do cantor e compositor
O novo DVD de Isabella Taviani Direo de fotografia:iluminando com velasTodas as luzes dos shows do rveillon de CopacabanaZ&
CENA
SISTEMASDESONORIZA
O
PARTE10Consoles
de
monitorao
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ISSN 1414-2821udio Msica & TecnologiaAno XXV N 269 / fevereiro de 2014Fundador: Slon do Valle
Direo geral: Lucinda Diniz [email protected] jornalstica: Marcio TeixeiraConsultoria de PA:Carlos Pedruzzi
COLABORARAM NESTA EDIOAndr Paixo, Cristiano Moura, EnricoDe Paoli, Fbio Henriques, Farlley Derze,Fernando Moura, Lo Miranda, MannyMonteiro e Renato Muoz.
REDAOMarcio Teixeira - [email protected] Sabatinelli - [email protected]@[email protected] DE ARTE E DIAGRAMAOClient By - clientby.com.br
Frederico Ado e Caio Csar
AssinaturasKarla [email protected]
Distribuio: Eric Brito
PublicidadeMnica [email protected]
Impresso: Ediouro Grfica e Editora Ltda.
udio Msica & Tecnologia uma publicao mensal da EditoraMsica & Tecnologia Ltda,CGC 86936028/0001-50Insc. mun. 01644696Insc. est. 84907529Periodicidade Mensal
ASSINATURASEst. Jacarepagu, 7655 Sl. 704/705Jacarepagu Rio de Janeiro RJCEP: 22753-900Tel/Fax: (21) 2436-1825 (21) 3079-2745
(21) 3435-0521Banco BradescoAg. 1804-0 - c/c: 23011-1
Website: www.musitec.com.br
Distribuio exclusiva para todo o Brasil pelaFernando Chinaglia Distribuidora S.A.Rua Teodoro da Silva, 907Rio de Janeiro - RJ - Cep 20563-900
No permitida a reproduo total ouparcial das matrias publicadas nesta revista.
AM&T no se responsabiliza pelas opiniesde seus colaboradores e nem pelo contedodos anncios veiculados.2 | udio msica e tecnologia
Que calor, meus amigos. Que calor. Direto de um Rio de Janeiro com
sensao trmica de cinquenta e poucos graus, escrevo este editorial.Escrevo ouvindo msica, e a espuma do headphone faz minha orelhasuar, e o suor escorre pelo pescoo. Me faz notar que suor, nesse vero,est praticamente na atmosfera. Respirar suar. E o som, em meio atanta presso solar, acaba s sendo tolerado se tocado num volume maisdiscreto, mais calmo, tranquilo. Seno a cabea vai doer. E, invariavel-mente, suar. No est fcil, meus amigos.
Mas refrescando o ambiente chega aAM&T 269, que, pra variar, est reche-ada de sees e matrias de primeira. Muitas escritas sob o imprio do ar
condicionado, bem verdade, mas muitas apuradas sob intenso sol ou fortechuva. Pois, no nal, o que importa a informao chegar a voc. E voc,
a, bem que pode ler a revista beira da piscina, no ? Tomara que esteja
fazendo isso agora mesmo. Voc merece. Todos merecemos.
Nossa matria de capa apresenta as gravaes do novo disco de Martinhoda Vila. Nele, o sambista vascano interpreta todos os seus sambas-enredo:dos primeiros que comps, at agora inditos, passando pelos que concor-reram e chegando aos que renderam trofu no carnaval carioca. Com novasroupagens, distantes das comuns aos sambas-enredo, as faixas foram gra-vadas no Estdio Fibra, no Rio de Janeiro, e no processo trabalharam nomescomo Luiz Carlos Torquato Reis, Celso Luiz, Trcio Marques e Fernando
Rebello, alm da prpria famlia de Martinho.
Outra matria bem bacana nestaAM&T a do Rveillon carioca, que tambmrendeu contedo de qualidade no caderno L&C. Nos dois textos, informaessobre os panoramas sonoro e de luz dos shows que agitaram o pessoal nafesta realizada na praia de Copacabana no ltimo dia 31 de dezembro.
Testes? Tambm temos! Manny Monteiro volta s nossas pginas para ana-
lisar detalhadamente os monitores Adam F5 e F7. Estreia de seo? Tam-bm temos! Nasce a Desafiando a Lgica, comandada por Andr Paixo,vulgo Nervoso, nome lendrio no underground carioca, ex-integrante debandas como Acabou La Tequila e Autoramas, alm de ter suas carreiras
como msico solo e, agora, ator.
Voltando ao caderno Luz & Cena, a matria principal mostra a luz e o ce-nrio do show que virou o novo DVD de Isabella Taviani. E o cenrio, vale
destacar, foi todo criado em cima de chapas de raio-x enviadas por fs dacantora. Muito legal. E os romnticos vo curtir a seo Direo de Foto-grafia, onde a iluminao com velas o tema. Vela, fogo, calor. ... nod pra no pensar que estamos num exagerado vero.
Boa leitura!
Marcio Teixeira
EDITORIAL
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udio no BrasilNivaldo Duarte Desde 1953,o caminho de aluno a mestreMarcio Teixeira
Plug-insManipulando plug-ins Waves Seruma mera questo de clicar e arrastar?Cristiano Moura
Notcias do FrontAs Partes de um Sistema de Sonorizao(Parte 10): Consoles de mixagem MonitoraoRenato Muoz
Desafiando a LgicaEXS24: O sampler nativo da famlia Logic
apresenta ferramentas que oferecemestabilidade e economia de processamentoAndr Paixo
direo de fotografia para vdeoIluminando com velaspor Lo Miranda
iluminandoE-mails do passado e a inveno do futuro
por Farlley Derze
evento2014 de muita luz Rveillon no RJtem amplo rider de iluminaopor Rodrigo Sabatinelli
Quintal do MartinhoCantor e compositorregrava seus sambas-enredo ao lado de casaRodrigo Sabatinelli
Raio-X IluminadoDVD de Isabella Tavianitem cenrio feito porfs da cantorapor Rodrigo Sabatinelli
editorial 2novos produtos 10
Rveillon no RioEvento para dois milhes de pessoastem line array Norton em palco principalRodrigo Sabatinelli
Comeando a Copa com o p direitoPor dentro da unidade mvel da Mix2Go no FIFA Draw2014, seu primeiro grande evento internacionalRodrigo Sabatinelli
Teste Adam F5 e F7Tecnologia X-ART estabelece novopadro em monitores de estdioManny Monteiro
Caando MitosComparando udiosFbio Henriques
Msico na RealTempo e sincronismo: quem sabe faz a horaFernando Moura
Lugar de VerdadeO mundo mono. Estreo somos nsEnrico De Paoli
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notcias de mercado 6ndice de anunciantes 95
Nova
seo
P R O D U T O S . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 2
E M F O C O . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 4
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nacionais de pr-udio e showbusiness ainda
tm muito a evoluir
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NOTCIASDEMERCADO
A fabricante de amplicadores digitais e de efeitos Line 6, de acor-
do com informaes divulgadas nos ltimos dias, estaria prestes a
ser adquirida pela gigante Yamaha Corporation. A notcia foi, en-
to, conrmada por meio de um comunicado ocial da Yamaha, e oacordo ir resultar numa compra de 100% da empresa americana.
Fundada em 1996 e com sede em Agoura Hills, Califrnia, a Line6 se especializou em processadores de guitarra e baixo, contan-
do, em sua linha de produtos, com a famosa srie POD. Alm
disso, tambm atua nos segmentos de PA e de sistemas sem o.
O acordo entre as partes determina que a Yamaha ir operar a Line
6 como uma subsidiria integral, com as operaes da empresa
americana continuando como antes e com a sua equipe de gesto
tambm atuando sem modicaes.
Por mais de 30 anos no desenvolvimento de produtos, e indo mais
longe, chegando s minhas mais antigas memrias como msico, a Yamaha tem sido uma marca pela qual sempre tive um imenso
respeito, destacou Marcus Ryle, cofundador e CSO da Line 6. uma empresa que, de maneira consistente, estabeleceu padresde inovao e qualidade em nossa indstria, e eu estou muito orgulhoso pela Line 6 agora ser parte deste incrvel legado, concluiu.
YAMAHA ADQUIRE LINE 6
Divulgao
SISTEMA DE MONITORAMENTO
DE MSICAS GANHA ADEPTOSQuem produz precisa ter controle sobre o seu mercado, e, para isso, necessrio entender o caminho que seu produto percorre. Para
tornar mais fcil a vida das gravadoras e artistas nacionais, foi lanada a Connectmix, plataforma de monitorao musical criada por
empreendedores brasileiros. Com ela, os interessados tm uma opo on-line de identicao e registro de execues de fonogra-
mas e spots comerciais ativa em rdios AM-FM e TVs de todo o pas. Tamanho alcance da
ferramenta acabou gerando interesses de grandes artistas populares, como Daniel, Paula
Fernandes, a dupla Hugo & Tiago e Cristiano Arajo, primeiros adeptos da soluo.
O sistema, idealizado para monitorar os sinais sonoros veiculados nas emissoras,
permite ver no mapa, de maneira precisa, o local, o nome da emissora, sua frequn-
cia, o artista principal, os componentes da banda, a msica e o lbum, entre outros
detalhes. So mais de 4.500 emissoras de rdio e TVs varridas pela Connectmix.
A Connectmix uma ferramenta de inteligncia competitiva especialmente importante
para a gesto de carreiras artsticas, cujas respostas podem otimizar o uso de recursos
na alavancagem de resultados pretendidos pelas campanhas publicitrias, destacou
Jair Demarco, presidente da Connectmix (que o nome tanto do sistema quanto da
empresa), acrescentando que a dedignidade e exatido dos relatrios so garantidaspela blindagem do sistema de registro, no havendo possibilidade de manipulao.
Trata-se de uma varredura completa, e diferente de tudo o que j se viu nesse setor,
pois no se utiliza da escuta humana e oferece a oportunidade de conhecer os resul-
tados pretendidos em tempo real, arma, destacando que a tecnologia utilizada tornailimitada a quantidade de TVs e rdios acompanhados no Brasil e no mundo.
Segundo o diretor, os planos da companhia so planetrios, e j foram tomadas
providncias para a criao de uma sede no Vale do Silcio, Califrnia, bem como
j foram realizados testes em Portugal e em outros pases da Europa. A sequnciadever ser o inicio das possveis parcerias e franquias internacionais, concluiu Jair.
A clebre linha POD: Yamaha
concluiu compra da Line 6
Jair Demarco, presidente da
Connectmix: mais de 4.500emissoras varridas no pas
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NOTCIASDEMERCADO
Shure SRH1840: headphonepara masterizao eaudio crtica
LINHA PRO DE FONES SHURE NO BRASILA Pride Music reforou durante o ms de janeiro que os diferentes modelos da linha
de fones de ouvido prossionais da Shure trazidos ao Brasil pela empresa podem
ser conferidos nas revendas ociais da fabricante. Nas revendas, credenciadas pela
Pride, possvel realizar test-drives para identicar o item que melhor atende s
necessidades do consumidor. Entre os fones disponveis esto os da linha SRH, que,
de acordo com a fabricante, so projetados para suportar o rigor do uso dirio. Os
SRH1840, por exemplo, so indicados para masterizao e audio crtica e contam
com drivers de 40 mm de neodmio, para agudos suaves e graves precisos. J o
SRH1440, tambm voltado para a masterizao e audio crtica, oferece perfor-
mance acstica full range, tambm com drivers de 40 mm de neodmio e arco con-
fortvel. O SRH940, outro dos modelos, indicado para monitorao e proporciona
resposta precisa em todo o espectro de udio.
A Pride tambm disponibiliza no Brasil o SRH840, igualmente voltado para a moni-torao prossional e com drivers dinmicos de neodmio com 40 mm de dimetro.
O projeto das cpsulas tipo concha proporciona ajuste confortvel cabea e s
orelhas, reduzindo os rudos externos. Para monitorao para playback e gravao
h o SRH440, com cpsulas em formato de concha mveis e auto-ajustveis. O
SRH240A tambm tem foco no conforto e na qualidade, e reproduz graves cheios e
agudos detalhados. Para DJs h o SRH750DJ e o SRH550DJ, com conchas que giram
em 90 e capazes de reproduzir graves fortes e agudos altos e precisos. Para mais
informaes, inclusive sobre sistemas sem o, microfones e acessrios da Shure,
visite www.pridemusic.com.br e www.shure.com.br.
Localizada em Nova Iguau, Baixada Fluminense, a loja DR udio e Tecnologia tematrado ateno do pblico local oferecendo solues de udio prossional para
sistemas de sonorizao, estdios de gravao e mixagem, rdio e TV. De acordocom seu proprietrio e diretor, Renato Bellizzi, o diferencial da empresa oferecerum atendimento respaldado em informaes tcnicas e conhecimento sobre produ-tos e aplicaes, alm de disponibilizar um curso bsico de udio. A ampliao da
gama de servios uma tendncia cada vez mais abraada pelo mercado.
"Por ser tcnico de gravao e mixagem com bastante tempo de estrada, possoorientar meus clientes com autoridade, transmitindo a eles segurana quanto aoque esto comprando e atendendo s suas necessidades, observa Bellizzi, acres-centando que a loja desenvolve projetos completos para estdios de gravao eemissoras de rdio. Preparamos toda infraestrutura, como tratamento acstico,moblia tcnica, equipamentos e sua instalao, alm de oferecer servios de
manuteno e treinamento operacional", arma.
Quanto ao curso bsico de udio da DR, nele, de acordo com material divulga-do pela empresa, o aluno aprende a operar um sistema de udio utilizando osrecursos disponveis em mixers, equalizadores, processadores dinmicos e deefeitos, alm de sistemas de caixas acsticas ativas e passivas. O curso tem
durao de 16 horas e conta tanto com aulas tericas quanto prticas. Mais
informaes podem ser obtidas em www.draudio.com.br.
SOLUES DE UDIO E AULAS EM LOJA FLUMINENSE
ERRATANa matria O Som do Santurio, presente na edio 268 da AM&T(janeiro), o nome do autor foi apresentado como Alexandre Guimare
Ramos. No entanto, o correto apenas Alexandre Guimares. Tambm faltou inserir o currculo do autor, cuja graduao em Licenciaturaem Eletrnica, sendo ele tcnico em Eletrnica e em Telecomunicaes. Projetos seus foram realizados em estdios da Cia dos Tcnicos (Rio)no auditrio do Superior Tribunal Militar e em salas de julgamento do Superior Tribunal de Justia (Braslia). Para mais informaes e conferia lista completa de projetos de Alexandre Guimares, visite seu site: www.alexandreaudio.com.br.
Na mesma edio 268, o ttulo correto da ltima tabela da seo Em Casa Microfone Valvulado, e no Microfone de Fita (nome da tabela anterior)
Renato Bellizzi, da DR udio:segundo o proprietrio,conhecimento sobre produtos eaplicaes e oferecimento de cursobsico de udio so diferenciais
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NOVOSPRODUTOS
SANTO ANGELO LANA AFINADOR CROMTICO AT 200B
Chegou s prateleiras o Power Click RK X6, que um sistema de monitorao
de udio, em padro rack 19, composto por seis potentes amplicadores de
udio, especiais para headphones. O RK X6 permite ao operador de udio
enviar, para cada ouvinte, dois sinais diferentes de udio. Possui sete inputs:
seis independentes (um para cada headphone) e um input AUX, comum para
todos os headphones. Os seis inputs utilizam conectores XLR e o input AUX
possui opo de conectores XLR ou P10 mono. Cada conexo para headpho-
ne possui dois controles de volume: um do prprio input XLR correspondente
e outro do input AUX, comum a todos os headphones.
Cada headphone tem indicadores de volume por LEDs (VU de cinco pontos). Assim, em shows ou ensaios, cada msico poder ter
controle independente do volume de seu prprio instrumento e do retorno geral. De acordo com a fabricante, o Power Click RK X6
robusto, resistente e indicado para empresas de sonorizao, shows e tambm para estdios de ensaios e gravao, igrejas e onde
houver necessidade de monitorao de udio com alta qualidade.
www.powerclick.com.br
WARM AUDIO WA76 LIMITING AMPLIFIER NO MERCADOJ est disponvel no Brasil o WA76 Limiting Amplier, da Warm Audio, uma reproduo moderna do clssico1176 Reviso D. Se -
gundo a fabricante, todo esforo foi feito para que o produto permanecesse el aos projetos originais, incluindo a utilizao dos
transformadores Reichenbach Engineering (agora CineMag USA).
O clssico 1176 foi um grande avano na tecnologia de limiters o primeiro verdadeiro limiter de pico com todos os circuitos transistori-
zados, oferecendo um desempenho superior com um som caracterstico e deniu o padro para todos os limiters que vieram depois. O
tempo de ataque ultrarrpido e o som nico tm atrado artistas lendrios e grandes engenheiros de estdio para o 1176. Peter Frampton,
Joe Satriani, Joe Chiccarelli, Vance Powell e Mike Elizondo so alguns nomes de uma lista que tem crescido por quase 50 anos.
O WA76 oferece resposta de frequncia de 1 dB 20 Hz a 20 kHz, amplicador de sada de nvel de linha Classe A, 55 dB de ganho,
menos de 0,4% de distoro harmnica total de 50 Hz a 20 kHz com o limiter, tempo de attack de 20 microssegundos a 800 mi -
crossegundos, tempo de release de 50 milissegundos a 1 segundo, relao
sinal-rudo maior do que 74 dB a 25 dBm, com fonte de alimentao
interna e transformador 24v AC externo.
www.warmaudio.com
www.musiccompany.com.br
MONITOR PARA SEIS HEADPHONES
Para combinar com instrumentos musicais com o foco no pblico seg-mentado (infantil, infanto juvenil, masculino e feminino), a caixa pls-
tica do modelo AT 200B, da linha de anadores cromticos Santo An-
gelo tipo clip, injetada em cores mais vibrantes, tais como amarelo,
azul claro, azul cyan, violeta, verde, vermelho, pink, laranja e marrom.
Essa linha mantm as caractersticas tcnicas do modelo tradicionalcom caixa injetada na cor preta, que so visor digital com indicao
colorida de anao (a luz verde indica no tom, enquanto a verme-
lha denuncia o fora do tom), fonte de energia tipo bateria CR2032,
dimenses de 80 mm x 48 mm x 27 mm e peso de apenas 23 gramas.
Para utilizar o anador, basta ajustar o clipe no headstock do instru-
mento de corda (guitarra, violo, baixo e violino) e tocar as cordas
uma a uma at alcanar o tom verde no display do anador. De origem
chinesa, o produto foi adaptado s condies brasileiras pela engenha-
ria da Santo Angelo, empresa que sempre destaca seu comprometi-
mento com a qualidade e sustentabilidade conforme certicaes nas
normas ISO 9001:2008 e ISO 14001:2004, que asseguram uso maisracional dos recursos naturais e menor gerao de resduos.
www.santoangelo.com.brDivulgao
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BEHRINGER APRESENTA NOVO CONTROLADORChegando ao mercado cercado de adjetivos positivos, dentre os quais se destaca re-volucionrio, o Behringer CMD Studio 4A controlador DJ digital uma interface con-
troladora de udio que possui faders de longo alcance e oferece ferramentas paraque DJs trabalhem em qualquer performance. Ele um controlador de quatro decks
com built-in 4- channel interface de udio USB com software Deckadance LE DJ in-cludo. compatvel com softwares populares para DJ, incluindo Native InstrumentsTraktor, Serato Scratch Live, Ableton Live e todos os outros programas MIDI com-patveis. Conta com quatro canais e interface de udio USB mais conversor de 24
bits e ultra-low e compatvel com sistemas operacionais Windows e OSX.
H, ainda, outras importantes caractersticas referentes ao equipamento. Dentre elas, destaque para
a presena de faders prossionais de Pitch de 100 mm; faders de volume de 60 mm, para sentir a melhor resoluo do udio; acesso
s sees de comando no painel, incluindo travamento com senha, controle de Pitch, Auto Looping, 8 Hot Cues e controle pleno dois
mdulos FX; seo do mixer completa, com crossfader e dois faders de canal, EQ de trs bandas e seo FX. O produto tambm se
benecia do protocolo MIDI Class-compliant, que permite aos DJs usarem o 4A CMD Studio com qualquer software MIDI. Para com-pletar, o produto, compacto e de fcil transporte, conta com botes iluminados, o que facilita a identicao dos comandos.
www.behringer.com
www.proshows.com.br
A gacha Eco Som, que tem base na cidade de Marau, regio noroeste do Rio Grande do Sul,e que atua no mercado de udio desde 1993, portanto, h 21 anos, recentemente apresentou
um novo produto: o monitor ESM8 500. Trata-se de uma caixa acstica compacta full-range,
de aplicao geral, disponvel nas cores preta e branca (esta ltima verso sob consulta).
O equipamento tem potncia de 250 WRMS, resposta de frequncia (-6 dB) de 80 Hz a 20 kHz
e impedncia de 8 ohms e dotado de um alto-falante de 8 ES258MB, um driver de compresso
com faixa estendida e um divisor passivo interno ES302TI. Possui conexo Speakon quatro plos.
Suas dimenses so 400 milmetros de altura; 540 de largura e 380 de profundidade. O ESM8 500 pesa 10
kg e tambm traz suporte para pedestal e alas, que facilitam, e muito, o seu transporte.
www.ecosombrasil.com.br
ECO SOM E SEU MONITOR ESM8 500
MDULO DE EFEITOS WALDMAN GO-FEX GFX-10
Msicos e amantes do som em geral j encontram em todo o pas um dos mais recentes lanamentos da Waldman: o mdulocompacto de multiefeitos Go-Fex GFX-10, que, como seu nome sugere, capricha nos efeitos sonoros e oferece 40 ritmos de bateria,metrnomo, anador e simulador de caixa acstica. So 15 os efeitos oferecidos pela mquina, mais cinco mdulos de efeitos. O
equipamento um item que pode fazer um bom trabalho tanto em estudos quanto em ensaios, shows e gravaes, uma vez queso inmeras as possibilidades criativas que surgem a partir do girar dos botes Modulation,
Delay/Reverb, Drum/Value, Gain, Drive Machine e Tone presentes no aparelho.
O Go-Fex, que traz em sua embalagem uma presilha que permite fcil encaixe nocinto ou cala, conta com 16 presets de fbrica, fora os outros 16 denidos pelo
usurio. H sada para headphones e entrada aux in para players musicais. Funcio-
na com uma fonte AC 9V DC ou 2 pilhas AAA, no inclusos.
www.waldman-music.com
www.equipo.com.br
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Nivaldo DuarteDesde 1953, o caminho
de aluno a mestre
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UDIO NO BRASIL | Marcio Teixeira
Nascido na Ilha do Governador, Rio de Janeiro, no dia
18 de julho de 1935, Nivaldo Duarte um tcnico que
faz parte da histria do udio nacional, tendo sido, in-
clusive, segundo o prprio, o aluno que melhor apro-
veitou as aulas de Norival Reis, personagem tema da
primeira edio desta coluna. E Nivaldo segue na ativa,
espalhando conhecimento e aperfeioando a arte que
ajudou a consolidar em terras brasileiras.
O interesse pela msica surgiu muito cedo, e remete
a uma histria em especial. Todos os dias, na mesma
hora, com sete anos de idade, Nivaldo, voltando daescola, passava em frente a uma casa onde um rdio
tocava uma msica muito bonita. O menino parava e
cava extasiado, completamente envolvido pela beleza
daquela melodia, sem ter noo do que estava aconte-
cendo, e de como aquilo determinaria o rumo de sua
vida. Era a Valsa das Flores, da Suite Quebra-Nozes,de
Tchaikovsky, poca tema de abertura de uma novela
na Rdio Nacional, logo depois do Reprter Esso.
J apaixonado pela msica, o amor pelo udio no tar-
dou a surgir. Tanto que esse amor tornou-se trabalho
por volta de 1953, nos estdios da Continental Discos.Eu tinha 18 anos. Vi que isso seria minha prosso
quando vislumbrei a beleza e a magia
daquela enorme sala [da Continental],
onde as paredes tinham cor de msica,
o ar tinha perfume de msica e os ru-
dos ao redor soavam como notas nos
meus ouvidos. Foi um momento encan-
tado. Pensei: vou trabalhar aqui, re-
corda ele, que to logo encontrou seu
j citado mentor. A parceria com Norival
Reis comeou em uma comemorao
natalina, nas dependncias da gravado-
ra. Artistas e funcionrios participavam
da festa. Na poca, Nivaldo ainda no
era da rea tcnica, mas sim um auxi-
liar de escritrio.
Em um pequeno grupo, rolava um
papo sobre msica clssica, quando, em dado mo-
mento, Noriva, impressionado com o meu interesse
pelo tema, fez-me o convite que determinou minha
prosso. Voc quer trabalhar comigo no estdio?,
disse ele. Nascia ali uma unio que iria alm do lado
prossional, sendo baseada em amizade e respei-
to mtuo. Eu via nele um pai, um conselheiro. Era
um mestre na didtica, j que, percebendo minha
insegurana com mquinas que nunca tinha visto,
foi logo me dizendo que elas no mordiam. Em se-
guida, mostrou-me, pacientemente, quais botes
deveria apertar na reluzente mquina Ampex que
estava minha frente. Aprendi com ele tudo que se
relacionava com gravao mono, em tapes de de
polegada, arma o tcnico, agradecido.
AMOR PELO TRABALHO
O comeo da carreira de Duarte se deu com a grava-
o de discos de Braguinha, o Joo de Barro, volta-
dos ao pblico infantil. Eram verses em portugus
de histrias lanadas em lmes de Walt Disney, e os
discos eram lanados em uma mdia de sete polega-
das. A novidade que eram uns disquinhos colori-
dos. Alis, o nome do produto era esse mesmo, Dis-
quinho, lembra ele, falando sobre uma srie que
tornou-se famosa entre pessoas de todas as idades,sendo reeditada durante muitas dcadas.
Nivaldo (sentado), trajando um ainda
obrigatrio jaleco, em ao na Odeon
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Nivaldo atuou na Continental por 14 anos, de
1953 a 1967. Durante esse perodo, teve umarpida passagem pela CBS, onde, no horrio no-
turno, gravava as vozes de artistas novos, sendo
um deles um jovem Roberto Carlos. Nos 27 anos
seguintes, de 1967 a 1994, o tcnico trabalhou
na EMI Odeon. Na UBC foram 17 anos, de 1994
a 2011, enquanto que na Iron Mountain Nivaldo
ofereceu seus servios de 2011 a 2014.
Entre os trabalhos mais importantes realizadospelo tcnico, destacam-se discos de nomes de
peso inquestionvel, como Dalva de Oliveira, Eli-
zeth Cardoso, ngela Maria, Clara Nunes, Elis Re-gina, Wilson Simonal, Altemar Dutra, Milton Nas-cimento, Beto Guedes, Egberto Gismonti, Paulinho
da Viola e Ivan Lins, entre muitos outros. Ques-
tionado sobre qual seria o seu trabalho favorito,
a resposta a de um prossional que se envolve
com o que faz. Orgulhosamente, digo que gostei
de todos. Ao classic-los como mais ou menos
importantes eu estaria entrando num terreno pe-
rigoso, que envolve vaidades. Prero no saborear
destas iguarias, arma Nivaldo, bem-humorado.
TECNOLOGIA, TCNICA E HUMILDADE
Nivaldo recorda que, quando foi trabalhar no est-dio da Continental, existiam aqueles que chamavam
mais ateno. Eram os estdios de poderosas mul-
tinacionais, como a Columbia (CBS), RCA, Philips eOdeon. Todos excelentes e com equipamentos mo-
dernos e sosticados. Para fazer acontecer na Conti-
nental, s com muito talento.
O nosso estdio era considerado tecnicamente
pobre. Da se dizer, na poca, que o Norival fazia
milagres com o equipamento que tinha. Milagres,truques e segredos que ele passou para mim. Por
exemplo, no tnhamos equalizadores. Precisva-
mos tirar o som mais fiel possvel de cada ins-trumento, pois essa era a filosofia de gravao
da poca. Supramos ento essa deficincia com
uma tcnica apurada na colocao de microfo-nes, relembra o tcnico, que apesar de ter vivido
e feito a poca em que a inspirao falava
mais alto que o apertar de botes, hoje se mos-tra um entusiasta das novas tecnologias. Com
os avanos tecnolgicos, as coisas ficaram mais
fceis. O trabalho foi ficando cada dia mais praze-roso, pois quase sempre apareciam novidades na
rea tcnica, para a alegria da classe. Nossa vida
melhorou bastante, pois dificuldades deram lugara facilidades. Hoje, meu desempenho profissional
mais eficiente em todos os sentidos, completa.
Duarte no se considera uma referncia. A humil-dade no permite. Mas questionado sobre o que h
de especial em sua arte, o tcnico arma que ele
mesmo, o trabalho em si. Deno meu trabalho ao
longo dos anos como um prmio que no sei o que
z pra merecer. No h nada mais graticante do
que passar a vida no meio da msica, no meio de
msicos, ser prossional da msica, sem ser msi-
co, destaca, para, em seguida, explicar sua visosobre o processo como um todo.
Minha principal caracterstica no estdio foi sem-
pre a preocupao em no macular a arte em fun-
o da tcnica. O que eu quero dizer que pri-meiro vem a obra. Ela o que importa. Depois,
sim, se toma o cuidado com a qualidade tcnica.
Todos os msicos com quem eu trabalhei tinhamessa opinio a meu respeito. Ouvia-os comentando
isso sempre. Para deixar claro: existem dois tipos
de tcnicos de udio. O que valoriza o som que vai
receber a msica e o que valoriza a msica que re-ceber o som. Fica no ar a escolha, encerrou.
UDIO NO BRASIL
Clube da Esquinae
Clube da Esquina 2:
Nivaldo Duarte participo
do primeiro como tcnico
de gravao e do segund
como responsvel
pela mixagem
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SER UMA MERA QUESTO
DE CLICAR E ARRASTAR?
MANIPULANDO
PLUG-INS WAVES
PLUG-INS | Cristiano MouraPLUG-INS | Cristiano Moura
Clicar e arrastar um processo to natural e intuitivo
que muitas vezes acabamos at esquecendo, fazendo
vista grossa ou at subestimando as outras opes que
a ferramenta oferece. Mas se h outras opes, por
que algum pediu, certo? Neste artigo, vamos tentar
abrir a mente e entender os recursos pouco utilizados e
mtodos de trabalho em que eles se encaixam.
WAVES TOOLBAR
Pode parecer brincadeira, mas, de fato, a maioria de
ns nge que no v a barra de ferramentas dosplug-ins Waves (fg. 1), e ali temos recursos fants-
ticos que talvez voc j tenha procurado muitas ve-
zes e no sabia que estavam bem ali na sua frente.
Caso 1 Comparaes entre dois valores diferentes
de um mesmo ltro: s vezes camos na dvida:
ser que melhor cortar em 100 Hz ou 120 Hz?
Amplicar 3 dB ou 6 dB?
No h nenhuma maneira de fazer este tipo de
comparao A/B dentro do Pro Tools, a no ser
salvando um preset, e a que entra em ao os
dois primeiros botes do Waves Toolbar: servem
como um Undo/Redo do plug-in, permitindo com-
paraes antes e depois de forma rpida quando
um nico parmetro foi alterado.
Caso 2Manter uma congurao, mas car livre
para testar outra alternativa em diversos ltros:
s vezes conseguimos rapidamente chegar num
resultado interessante, mas d vontade de experi-
mentar mais... porm, no queremos perder o que
Figura 1 Waves Toolbar Figura 2 Mltiplos cortes Setup A
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j temos. Outras vezes, j chegamos nossa con-
gurao nal, mas aparece o msico ou produtor
querendo experimentar outras possibilidades.
Com um click no boto Setup A, o usurio leva-
do para o Setup B, que permite uma configurao
completamente independente, mantendo intacta
sua configurao no Setup A. O que faz com que
o fluxo seja precioso que, sendo assim, serpossvel fazer um A/B mais sofisticado, com duas
configuraes completamente diferentes, e no
apenas a comparao limitada processado vs.
original usando o boto bypass.
Caso 3 Comparar duas conguraes similares.
Vamos supor que voc j encontrou vrias frequn-
cias que quer cortar (fg. 2), mas est em dvida
se deve cortar 6 dB ou 10 dB. Para um bom teste
Figura 3 Boto para copiar Setup A para Setup B Figura 4 Mtodo para fazer link de filtros
comparativo, o usurio pode fazer no Setup A sua
primeira congurao e criar uma cpia da mesma
congurao para o Setup B com boto A B
(fg. 3). A partir da, ca fcil... Basta reajustar o
ganho para -10 dB e fazer a comparao.
MTODOS DE RESET
Em particular com os equalizadores, existem duasmaneiras de zerar uma congurao. Podemos zerar
tudo pelo boto load e carregando o preset full re-
set. Porm, comum querer zerar apenas o ganho e
no as frequncias, e para isso existe o boto Flat.
MANIPULANDO MLTIPLOSPARMETROS
Na minha opinio, esta uma das possibilidades
Figura 5 Link de parmetros
PLUG-INS
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PLUG-INS
mais interessantes e, ao mesmo tempo, maisdesconhecidas dos plug-ins Waves. Vamos voltarao caso 3: temos vrios filtros que precisam ter
seus ganhos ajustados de -6 dB para -10 dB. Fa-zer um por um neste caso j seria chato, masseria muito pior se os valores fossem diferentes.
Como atenuar ou amplificar vrios filtros de umanica vez, mantendo a proporo entre eles?
Os plug-ins da Waves permitem ao usurio clicar earrastar para criar um retngulo de seleo tanto
no grco quanto nos parmetros. Isto permite um
agrupamento (link) de ltros (fg. 4) ou de par-
metros (fg. 5). Enquanto agrupados, ao alterar umltro, os outros tambm sero alterados.
Para no car apenas pensando em equalizao,
veja como pode ser til no SuperTap Delay ajustarsimultaneamente o ganho de vrios delays (fg. 6).
SEUS PRESETS EM QUALQUER DAW
Voltando ao Waves Toolbar, existe um sistemaexclusivo de presets em que o usurio pode sal-var ou carregar configuraes. A ideia inicial que usurios que usam diversas DAW (Pro Tools eAbleton Live, por exemplo) possam carregar seus
presets sem restrio.
Mas, indo alm, sabemos agora como pode ser tilo sistema de comparao A/B implementado den-tro do toolbar. possvel expandir este raciocnio eusar o A/B como uma maneira de fazer compara-es entre dois presets ou, quem sabe, um preset
vs. o mesmo preset com algumas modicaes.
CONCLUSO
Estes so o tipo de informao que ns podemos
viver a vida toda sem usar e sequer saber o quesignica, mas conforme forem se acostumando
com a rapidez para preparar conguraes e tes-tes comparativos de A/B, sua produtividade vai
aumentar e dvidas sero minimizadas. O resulta-
do um trabalho consciente, feito da melhor ma-neira possvel, e isso no tem preo.
Abraos e at a prxima!
Cristiano Moura produtor musical e instrutor certificado da Avid. Atualmente leciona cursos of iciais em Pro Tools, Waves,
Sibelius e os treinamentos em mixagem na ProClass. Tambm professor da UFRJ, onde ministra as disciplinas Edio de
Trilha Sonora, Gravao e Mixagem de udio e Elementos da Linguagem Musical. Email: [email protected]
Figura 6 Ajuste simultneo de
ganho no SuperTap Delay
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NOTCIAS DO FRONT | Renato Muoz
As Partes deum Sistema de
Sonorizao (Parte
10)
CONSOLES DE MIXAGEM MONITORAO
hoje, devido facilidade dos novos equipamentos,
principalmente dos consoles digitais.
J foi dito aqui, mais de uma vez, que podemos
considerar os sistemas de sonorizao a partir da
dcada de 1960, pois antes disso no existia nada
muito relevante. Se procurarmos bem em ima-
gens de shows deste perodo, dificilmente vere-mos algum tipo de sistema de monitorao. No
encontramos nada porque no existia nada. Tudo
era muito precrio. Se encontrar um mixer com
alguns poucos canais e nenhum tipo de recurso
extra j era uma grande sorte, o que dizer ento
de uma mesa de monitor? Mesmo se encontrsse-
mos, dificilmente encontraramos caixas de moni-
tores, equalizadores etc.
Antes mesmo de surgir o primeiro console dedicado
Passei o ltimo artigo falando sobre consoles de
mixagem em geral, de onde surgiram, de suas fra-
gilidades e de como se desenvolveram nos ltimos
anos at chegarem ao formato que conhecemos
hoje em dia ou seja, os consoles digitais , suas
vantagens e desvantagens. No artigo deste ms
falarei mais especicamente dos consoles de mi-
xagem utilizados nos sistemas de monitorao, en-
to, mais uma vez, comearei mostrando de onde
surgiram, como foi e como est sendo seu desen-
volvimento nos ltimos anos de utilizao.
Veremos que diferentemente do que acontecia na
poca dos consoles analgicos, hoje as diferenas
entre as mesas de mixagem de monitor e as de
mixagem do PA so mnimas, mudando apenas um
pouco nas suas conguraes de entradas e sa-
das, o que facilitou bastante para as empresas de
sonorizao. Tambm falarei um pouco da impor-
tncia dos tcnicos de monitor, alm de comen-
tar algumas tcnicas que so utilizadas h muito
tempo e outras que s so possveis nos dias de
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28/10026 | udio msica e tecnologia
WikiImages
ao sistema de monitorao, o que se fazia era usar al-
gumas vias auxiliares que sobrassem, empregando as
mesmas em um rudimentar sistema de monitorao,
lembrando que caixas de cho ou side lls eram to
limitados quanto as caixas utilizadas para o PA. Como
o console que fazia a mixagem para a plateia era ain-
da posicionada no palco, cava por conta do tcnico
responsvel pela mix fazer a distribuio do sinal de
udio para alguns sortudos msicos que conseguiam
se ouvir no palco (tenho certeza de que a qualidade
desta mixagem no deveria ser das melhores).
Os primeiros relatos da utilizao de consoles dedi-
cados exclusivamente ao sistema de monitorao
so do comeo da dcada de 1970, mais precisa-
mente em 1974, em um grande fes-
tival de msica chamado California
Jam, realizado nos Estados Unidos.
O festival aconteceu no autdromo
Ontario Motor Speedway, na cidade
de Ontrio, Califrnia, e tinha como
principais atraes Earth, Wind &
Fire, Eagles, Black Sabbath, Deep
Purple e Emerson, Lake & Palmer.
Muitas destas bandas emprestaram
seus sistemas de sonorizao para
complementar o sistema do festival.
O festival tambm foi importante por
estabelecer novos padres tcnicos,
j que foi o primeiro a ser transmiti-
do ao vivo para o rdio e televiso,
possua com um sistema de sono-
rizao de cerca de 54.000 watts e
foi uns dos primeiros a contar com
torres de delay que ajudavam na co-
bertura sonora do pblico, estimado
em 250 mil pessoas.
Porm, a grande vedete do festival
era o console Tycobrahe MX24-4,
desenvolvido pela prpria empresa
de sonorizao sob a superviso do
engenheiro chefe Jim Gamle (pou-
cos anos depois ele desenvolveria
as mesas Gamble, que se tornariam
padro de qualidade nas dcadas
de 1980 e 1990). O MX24-4 possua
24 canais de entrada, uma sada estreo e qua-
tro auxiliares. Cada canal de entrada possua um
equalizador paramtrico com trs bandas selecio-
nveis, porm no existiam equalizadores nas sa-
das (a equalizao das vias de monitor era feita
nos amplificadores das caixas).
No Califrnia Jam foram utilizados vrios MX 24-
4. Os que eram dedicados monitorao das ban-
das ficavam no palco, atrs do backline da banda.
Assim, poderia se estabelecer um contato visual
rpido e direto entre o tcnico de monitor e os
msicos, e pequenos ajustes seriam rapidamen-
te executados. Colocar um console no palco ex-
clusivamente para a mixagem de monitorao da
banda foi certamente a maior contribuio deste
Reproduo
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festival (em termos de tecnologia e produo). Apartir da novos padres de qualidade comearam
a ser exigidos pelas prprias bandas.
No demorou muito para que os consoles conseguis-
sem um destaque ainda maior, sendo colocados naslaterais dos palcos. Com isso, a comunicao entre tc-
nicos e msicos cou ainda mais fcil (temos que levar
em conta que houve tambm melhoria estrutural nos
palcos, o que facilitou a vida de msicos e tcnicos).
Com o passar do tempo, e j com o seu lugar ga-
rantido no palco, os consoles de mixagem foram sedesenvolvendo cada vez mais (junto com suas irmsdo PA): mais canais de entrada e sada, melhores
equalizadores e maiores possibilidades de inserts,
assim como maior conabilidade no equipamento
em geral. Em um determinado perodo, em meadosda dcada de 1980, os consoles de monitorao co-
mearam a se diferenciar dos de PA. Os fabricantescomearam a desenvolver consoles mais dedicadosao PA e ao monitor, sendo assim, um console de
monitor era projetado com mais possibilidades desadas auxiliares, por exemplo.
Da mesma forma que ocorreu com as mesas dePA, em determinadas situaes um console de
monitor j no era mais o suficiente para a reali-
zao de um evento, ento no era raro encontrarno monitor mais de um console analgico fazen-do o trabalho. claro que isso trazia problemas,
principalmente de espao fsico. Com o surgimen-to dos consoles digitais, as possibilidades se ex-pandiram ainda mais. Com uma maior facilidade
na configurao de entradas e sadas, o trabalhodos tcnicos ficou mais fcil. Alm disso, equi-
pamentos como efeitos e equalizadores grficospara as vias de monitorao se tornaram parteintegrante dos consoles.
Para muitas bandas ou artistas,o cargo de tcnico de monitor (ou deveria ser) visto como um
cargo de conana, e a este pro-
ssional conado tudo o que a
banda ir ouvir durante o show.
Sei muito bem que nem todosrecebem os crditos merecidos, mas so funda-mentais para o trabalho de todos, inclusive dostcnicos de PA. Este cargo surgiu praticamente aomesmo tempo que os consoles de monitor, e logoos artistas mais srios entenderam a necessidade
de se ter um pessoa de conana nesta posio
algum que conhecesse o trabalho de perto e quesoubesse muito bem das necessidades de todosque estavam no palco.
No California Jam, bandas como Emerson, Lake &
Palmer e Deep Purple levaram seus prprios tcni-
cos de PA e monitor, o que se tornou uma tendncia
mundial, sendo que hoje podemos encontrar at
mais de um tcnico fazendo o monitor (um parao artista e outro para a banda), o que personalizaainda mais seu trabalho. Este tipo de personaliza-o no monitor pode chegar a nveis impensveish alguns anos, como aconteceu na ltima tour do
U2 (U2 360, de 2009 a 2011), onde cada um
dos quatro integrantes da banda contavam com um
tcnico de monitor exclusivo. Ou seja, quatro con-soles de monitor, um para cada membro da banda.
Infelizmente, ainda vejo muitas pessoas que fa-zem o monitor apesar de, certamente, no esta-
rem preparadas para tal servio. O monitor umtrabalho direto com a banda, e a pessoa nestafuno deve necessariamente passar seguranapara aqueles que esto no palco. No uma fun-o que pode ser feita por qualquer um.
No mercado americano, a grande maioria dos tcni-
cos de monitor tem como base de trabalho as em-presas de sonorizao. Normalmente eles trabalhampara a empresa que fornece o equipamento para abanda e acabam tambm trabalhando com a prpriabanda (isto durante vrias turns consecutivas).
Divulgao
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Renato Muoz formado em Comunicao Social e atua como instrutor do IATEC e tcnico de gravao e PA.
Iniciou sua carreira em 1990 e desde 2003 trabalha com o Skank. E-mail: [email protected]
Divulgao
O tcnico de monitor deve tambm
estar preparado para resolver pro-
blemas tcnicos no palco, tanto em
questes de monitor quanto de PA.
Sempre gostei de trabalhar com tc-
nicos com esta bagagem de empre-
sa de sonorizao. Sempre me senti
seguro trabalhando com este tipo de
profssional. A digitalizao dos con-
soles e as muitas possibilidades de
mixagem, assim como a utilizao de
melhores sistemas de monitorao
(incluindo fones de ouvido), tornam
ainda mais importante a presena de
um bom profssional (tcnica e tam-
bm psicologicamente).
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32/10030 | udio msica e tecnologia
EXS24O sampler nativoda famliaLogic apresenta
ferramentas
que oferecem
estabilidade e
economia de
processamento
Meu nome Andr Paixo, e muitos me conhecem
como Nervoso. Sou produtor de trilhas sonoras para
cinema, teatro, publicidade, toco em uma p de ban-
das e, nas horas vagas, curto muito escrever rotei-
ros e textos como este que voc est prestes a ler.
Tive a ideia de escrever uma coluna chamada De-
safiando a Lgicano s por remeter plataforma
que utilizo no meu dia a dia, o Logic Pro, mas por-
que tenho absoluta certeza de que, assim como
eu, muitos leitores da AM&T buscam novas ma-
neiras de sair um pouco da zona de conforto ge-
rada por tanta oferta de recursos para se produzir
msica. O principal objetivo aqui tentar fugir um
pouco da leitura de manual e estimular a troca de
pensamentos que facilitem e tornem nossa roti-
na sempre mais divertida e criativa, a partir daminha experincia. No sou expert e nem possuo
certificados da Apple, mas tenho paixo por essa
ferramenta, essencial para minha criao diria.
Aproveito para me colocar disposio para troca
de gurinhas em [email protected]
ou no meu Facebook (www.facebook.com/andrepai-
xao72). Espero que voc curta.
Grande abrao!
Nesta primeira coluna resolvi falar sobre o EXS24
justamente porque tenho conversado com cole-
gas usurios de Logic que ignoram os recursos
desse instrumento, dando preferncia a samplers
mais conhecidos e utilizados no mercado, comoo Kontakt, da Native Instruments, o NN-XT, da
Propellerhead (incluso no Reason), Halion, entre
outros. Fato que o Extreme Sampler 24 o n-
mero, voc deve imaginar, refere-se resoluo
compatvel de 24 bits tem sido cada vez mais
til no meu dia a dia tanto na hora de produ-
zir quanto no que diz respeito organizao da
minha biblioteca de samples, entre outras van-
tagens. fato curioso ter comeado a utilizar o
EXS24 to recentemente, j que ele foi um dos
pioneiros no mercado de samplers virtuais, bem
no incio do sculo 21, chegando a competir com
hardwares de peso (e literalmente pesados) como
a MPC2000, de 16 bits. Hoje em dia, uma atraen-
te e gigantesca biblioteca a cereja do bolo que
faz desse instrumento uma ferramenta essencial
para no dizer central no dia a dia dos usu-
rios de Logic Pro.
Ressalto que sou usurio da verso 9.1.8, pois
ainda no atualizei para a mais recente (Logic X).
Vamos l.
Figura 1
DESAFIANDO A LGICA | Andr Paixo
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ORGANIZAO
Em uma instalao tpica de Logic Pro existem dois locais no HD de
seu sistema onde, por padro, encontram-se arquivos relacionados ao
EXS24. Em Library>Application Support>Logic>Sampler Instruments
esto todos os instrumentos organizados e identicados em pastas
a serem utilizados pelo EXS24 e que possuem a extenso .exs. J emLibrary>Application Support>Logic>EXS Factory Samples nos depara-
mos com uma organizao de pastas similar anterior, porm o que
vemos so os samples produzidos para cada instrumento. Com isso,
temos a oportunidade de escutar previamente cada um deles, alm de
utiliz-los para criar instrumentos personalizados a partir de um grupo
de gravaes, sequncias, loops etc. e acrescent-los nossa bibliote-
ca. a que a brincadeira comea a car boa!
Mas, antes de comear, vale a pena prestar ateno a um detalhe que
pode gerar confuso: sempre que voc salvar um novo instrumento, ele
car armazenado na sua pasta de usurio do Mac, o que pode ser til,
especialmente para produtores que dividem o mesmo sistema em seu
estdio, j que ser necessrio efetuar login uma segurana a mais
que pode evitar surpresas desagradveis, como um sumio repentino
de seus samples. D um pulo em Users>Home>Library>Application
Support>Logic>Sampler Instruments. Repare que as pastas tm o mes-
mo nome, porm esto localizadas em ambientes distintos. Portanto,
que de olho. Particularmente, prero salvar meus instrumentos junta-
mente com os do Logic, j que sou o nico usurio do meu sistema.
Tudo o que foi dito at agora serviu para voc entender melhor sobre
o caminho do contedo. Mas saiba que o acesso sua biblioteca fa-
Figura 2
Figura 3
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DESAFIANDO A LGICA
cilitado por atalhos, como o presen-
te na janela de destaque do EXS24,
logo acima do boto de Cutoff, onde
voc encontra uma lista de todos os
instrumentos disponveis, inclusive
os personalizados. Outra opo cli-
car na aba Media, situada no canto
direito da tela do Logic, depois em
Library e pronto: l est sua biblio-
teca. Claro que, para visualizar os
.exs, voc deve criar um canal dedi-
cado com o EXS24 inserido.
INSTRUMENTOPERSONALIZADO
Agora, que tal meter a mo na massa? Vamos criar
um instrumento personalizado com sons da nossa
biblioteca. Siga esse passo a passo e em breve voc
ver que seu trabalho fcar bem mais divertido com
esta peculiar organizao de seus samples. Antes de
mais nada, separe os arquivos com sons que voc
vai querer utilizar nesse instrumento e salve numa
pasta localizada no seu HD de dados. Neste exem-
plo, vou criar um instrumento para a minha pasta
de efeitos.
Abra uma pista dedicada a instrumentos
virtuais (Track>New>Type>Software
Instrument>Create) e insira o EXS24
(fgura 2). Clique no boto edit, loca-
lizado ao lado do options (fgura 3),
no canto direito superior da interfaceprincipal do instrumento. Uma nova
janela aparecer. No menu localiza-
do na barra superior da janela que se
abriu, v em Instrument>New (fgu-
ra 4). Depois, em Zone>Load Multi-
ple Samples. Localize a pasta onde se
localizam os samples que voc deseja
utilizar para criar esse instrumento,
selecione todos e clique em add, no
canto direito inferior da janela.
Ao clicar em add, uma caixa de di-
logo aparecer com trs opes (fi-
gura 5). Nesse exemplo, queremos
adicionar um sample para cada nota
do seu controlador MIDI, portanto
clicaremos na terceira opo (Conti-
guous Zones). Em Zone Width voc
pode definir a extenso de cada re-
gio que deseja para seus samples,
portanto deixaremos apenas uma
nota para cada zona, selecionando
Figura 4
Figura 6
Figura 5
32 | udio msica e tecnologia
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DESAFIANDO A LGICA
Andr Paixo, tambm conhecido como Nervoso, produtor de trilhas sonoras para cinema, teatro, publicidade etc.
Como msico, fez parte de bandas como Autoramas, Matanza e Acabou La Tequila. Apaixonou-se pelo Logic em 2010 e
nunca mais o largou. Contato: [email protected].
Figura 8
o nmero 1. Em Start Note voc ter a oportuni-
dade de escolher a nota em que a sequncia de
samples se iniciar. No meu caso, escolhi C1, mas
voc pode optar por outra nota, de acordo com a
quantidade de samples ou a quantidade de oita-
vas do seu controlador. Clique em OK.
Observe que a sequncia de 103 samples comea exa-
tamente em C1, porm, com o limite denido em C8,
o Logic automaticamente insere os sons que caram
de fora da sequncia na primeira oi-
tava do teclado virtual do sampler,
ou seja, C-2 (fgura 6). No h pro-
blema algum nisso, repare a seguir.
Como eu quis que todos samples
estivessem dispostos na ordem
previamente denida, bastou
selecionar e arrast-los para a
esquerda (neste caso, uma oita-
va abaixo), o que nos d espao
para seguir em ordem, agora, a
partir de C0. Voil! Agora todos
os 103 samples esto em ordem,
numa nova sequncia, que vai de
C0 at F8 (fgura 7).
Muito importante: no esquea
de salvar seu novo instrumento
na pasta correta, para que ele
aparea na lista de opes do
ESXS24, facilitando o acesso e
evitando dores de cabea na hora
da diverso criativa (fgura 8).
O que inicialmente pode parecer
chato, torna-se uma diverso
quando percebemos que nossa
biblioteca de samples est bem
organizada, graas aos recursos
do EXS24. Lembre-se de que o
limite sua prpria criatividade eque voc pode salvar novos ins-
trumentos a partir dos que foram criados. A partir do
que foi dito aqui, comece a mexer um pouco na jane-
la de edio do EXS24, alterando a posio das no-
tas, criando novas zonas e regies ou denindo novas
camadas de sons para cada nota do seu controlador.
E comece a produzir msica com isso. Boa viagem!
Na prxima coluna vamos alimentar nossa criativi-
dade utilizando os recursos do EXS24 para alterar
os sons que organizamos em nossos instrumentos.
Figura 7
34 | udio msica e tecnologia
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38/10036 | udio msica e tecnologia
CAPA | Rodrigo Sabatinelli
Martinho da Vila conversa com
o maestro Rildo Hora, um dos
produtores de seu novo disco
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H alguns meses, Martinho da Vila lanou, com
enorme sucesso, seu SambaBook, projeto especial
no qual o cantor e compositor interpretou, ao lado
de representantes da velha e da nova geraes,
alguns de seus sucessos, regravados com base
nos arranjos originais. Mas 2013 no havia aca-
bado para o sambista, e em outubro e novembro
ele voltou ao estdio para gravar outro trabalho
atpico: um disco contendo todos os seus sambas-
-enredo, desde os primeiros que comps na vida,
inditos at ento, aos que concorreram e, claro,
aqueles que foram campees do carnaval carioca.
Os temas que Martinho compilou no disco foram
produzidos por Leonardo Bruno, que j traba-
lhou com Beth Carvalho e Simone, entre outras
vozes; Ivan Paulo, que tambm trabalhou com
Beth; Rildo Hora, maestro e parceiro de Mar-
tinho em muitos de seus projetos; Wanderson
Martins, atual maestro e cavaquinista da banda
que acompanha o sambista na estrada, e Mara
Freitas, flha do compositor.
Gravados no Estdio Fibra, no Rio de Janeiro, por
Luiz Carlos Torquato Reis, uma unanimidade na
Quintal do
MartinhoCantor e compositor regrava seussambas-enredo ao lado de casa
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engenharia de discos do gnero;
Celso Luiz, produtor executivo de
Martinho e scio do estdio Bom de
Tocar, tambm no Rio; Trcio Mar-
ques, funcionrio do Fibra e pro-
dutor musical, e Fernando Rebello,
engenheiro de gravao, os sambas
ganharam nova roupagem, bem di-
ferente daquela que conhecemos,
dos tradicionais sambas-enredo.
Sou produtor executivo do Martinho
h anos, mas at ento nunca havia
feito a produo executiva de um CD
seu. Rildo Hora, que produziu muitos
de seus trabalhos, j tinha seu time
montado e, nesse time, contava com
um produtor executivo. Nesse atual
projeto, no entanto, como zemos
algo diferente, com Martinho assu-
mindo a frente de tudo, acabei cui-
dando dessa parte, disse Celso.
PRODUO NO QUINTAL DE CASA
A escolha pelo Fibra, localizado na Barra da Tijuca,
zona oeste da cidade, teve, segundo Celso, um pro-
psito: a proximidade da casa de Martinho, que pela
primeira vez nos ltimos anos se fez presente em
todas as etapas do projeto da gravao de bases
ao registro de coro.
Ele mora bem perto [do estdio], e isso facilitaria
muito sua ida s gravaes. Sem contar que o Fibra
[um estdio] supermoderno, dotado de equipa-
mentos que no encontramos em qualquer lugar.
Dessa forma, unimos o til ao agradvel e pude-
mos atend-lo bem. E, sinceramente, sua presen-
a constante foi fundamental no somente para o
resultado nal do trabalho, mas pelo astral mesmo,
anal de contas, o disco foi feito em famlia, e teve
em sua totalidade a gura do mentor, disse o pro-
dutor e engenheiro.
ROTINA PESADA EM DIA A DIA MUSICAL
A rotina de trabalho foi pesada. Ao longo de dois
meses foram realizadas dezenas de sesses dirias,
que se iniciavam pela manh e varavam a noite.
As bases eram feitas na primeira parte do dia, entre
10h e 14h, enquanto os complementos de percus-
so, tais como tantans, pandeiros e surdos, eram
gravados tarde, depois do almoo. De acordo com
Luiz Carlos T. Reis, engenheiro que gravou boa parte
do trabalho, quando essas sesses no eram su-
cientes, mais takes eram feitos nas seguintes, at
que as bases fossem fechadas.
Os msicos, que gravavam tudo ao vivo, se divi-
diam pelas salas do estdio. Na tcnica, por exem-
plo, cavam teclados, baixo e cavaquinho, que era
captado em linha para ser refeito com o uso de mi-
crofones. Na sala principal do estdio cava a ba-
teria, enquanto que no corredor era posicionado o
pandeiro. Em outras duas salas cavam violo em
uma e surdo e tantam em outra, contou.
O time que jogou conosco foi a Famlia Musical.
Em outras palavras, Claudio Jorge no violo, Wan-
derson no cavaco, Ivan Machado no baixo, Paulinho
Black na bateria, Kiko Horta na sanfona e Tunico da
Vila, Marcelinho Moreira, Gordinho e Esguleba nas
percusses, ou seja, msicos que viajam com Mar-
tinho. Alm deles, tivemos, em sesses especcas,
Expert em gravaes de samba, o engenheiroLuiz Carlos T. Reis, diante do console do Fibra, foiresponsvel pela sonoridade elegante do disco
CelsoLuiz
CAPA
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CAPA
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Alceu Maia no cavaco, Arthur Maia no baixo, Wilson
das Neves na bateria e Gabriel de Aquino, lho do
Joo de Aquino, no violo, completou Celso.
CORO FAMILIAR E DE LUXO
Com harmonia que tambm contou com naipes
de metais e cordas e ritmo gravados, era a vez de
registrar coros e vozes principais. No coro estive-ram Analimar e Raony, respectivamente lha e neto
de Martinho; Dandara, Ary Bispo, Jussara, Ronaldo
Barcellos e Patricia Hora, lha de Rildo. Analimar,
inclusive, foi quem dirigiu o time. Nas vozes, almde Martinho, estiveram as parceiras Alcione e BethCarvalho e Tunico da Vila, alm de Juliana Ferreira
e o trio vocal composto por Martnlia, Analimar eMartinho Antnio, seus lhos.
Gravamos trs takes de coro em cada msica.
Gosto disso. D uma presso bacana. Ainda maispara o samba-enredo, que tem poesia e preci-sa passar uma mensagem. O mesmo fizemos
com as vozes principais. Gravei trs passadas de
cada com Martinho, que muito rpido gravan-
do e colocava, por dia, de duas
a trs vozes, disse Luiz. A pri-
meira passada era aquela geral,de familiarizao do artista com
a gravao. A segunda aquela
na qual corrigimos uma ou outra
coisa. A terceira e final aquela
em que buscamos algo que ficou
faltando nas anteriores, se real-
mente estiver faltado algo. um
take de segurana, na verdade,
explicou.
O engenheiro lembrou ainda que
o Pro Tools, especialmente para osamba, surgiu como ferramenta
essencial em benefcio da prati-
cidade. Para ele, que brincou ao
se referir plataforma, deveria
existir, no Barra Shopping [tra-
dicional shopping center localizado na Barra da
Tijuca, Rio de Janeiro], uma esttua com o busto
do inventor do software, para que todo santo dia
msicos de todo o Brasil pudessem ir l orar e
agradecer. Sem ele, muita gente no seria capaz
de gravar discos.
PROLAS NA CAPTAOSO DIFERENCIAIS
Os microfones usados para captar os instrumentos
do disco foram basicamente aqueles com os quais
Luiz Carlos costuma gravar os discos em que tra-
balha. No bumbo da bateria, por exemplo, ele usou
o Shure Beta 52. Nos pratos do instrumento, como
over all, lanou mo dos Neumann KM184. Nos
tons, optou pelos AKG C421, e, para a caixa, des-
tinou o 451EB, voltado para sua esteira, e o Shure
SM57 Beta captando sua pele.
O surdo ficou com um Wunder CM7Fet, enquanto
que o tantam, bem como o pandeiro, recebeu o
AKG C414 TL2, e as caixas e os tamborins foram
captados pelos Neumann U87, todos atenuados,
disse. O cavaquinho foi captado por dois mode-
los, o Neumann U87 e o AKG C414, dependendo
da ocasio. Quando estava sozinho, sem nenhum
outro instrumento ao seu lado, era captado pelo
Ao centro, a diretora do coro, Analimar:
filha de Martinho teve importante papel
no lbum do sambista
CelsoLuiz
CelsoLuiz
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primeiro [Neumann]. Quando acompanhado,
recebia o segundo [AKG], completou.
Alm das bases e dos complementos percus-
sivos, foram registrados ainda naipes de me-
tais e cordas. Para isso foram utilizados mi-
crofones como os j citados Neumann U87,
usados na viola e nos violinos, e U47, usados
no cello. Para os sopros, de forma atenuada,
eles atenderam, respectivamente, ao saxofo-
ne e ao trombone, ficando o trompete com o
AKG C414. Mas o engenheiro se impressionou
mesmo com dois modelos pouco comuns de
microfones: o alemo EarthWorks, usado na
captao dos violes, e o ELA M251, valvulado
da Telefunken, usado na captao de todas
as vozes e coro. Segundo Luiz Carlos, o Ear-
thWorks, por ser muito caro, no fcil de ser
encontrado. Com caractersticas raras, o mo-
delo, ainda de acordo com ele, antigamente
era usado para alinhar salas.
Ele tem uma resposta perfeita, plano, to
cardioide, to direcional, que o grave do vio-
Luiz e Analimar durante
gravao de vocais: engenheiroe diretora bateram muita bolano decorrer do projeto
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CAPA
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lo j vem na medida certa, sem precisar ser cor-
tado. Foi tocado pelo especialista Claudio Jorge e
passou por pr-amplificadores Neve, nos dando
um bordo perfeito, disse.
Sobre o ELA, Luiz Carlos tambm no economi-
zou. Depois de chamar o equipamento de Ferrari
dos microfones, afirmou que sua capacidade de
registro sem igual.
Sabe quando passa a mo
pelo tecido da camisa e
faz aquele barulhinho? Um
chiadinho? Ento, esse o
tipo de microfone que capta
esses detalhes, essa ponti-
nha de S. Em uma grava-
o, eu geralmente mexo
no som dos microfones.
Equalizo e dou uma filtrada
nas baixas, dependendo do
instrumento a ser captado.
Mas nele no foi preciso. Foi
flat mesmo.
EDIO EM CASAE MIXAGEM FORA
At o fechamento desta
revista, o disco ainda no
havia sido mixado. De acordo com Luiz Carlos, o
trabalho estava em fase de edio e levaria cerca
de um ms para fcar pronto. Estou editando al-
gumas coisas aqui, no meu home studio, enquanto
A gravao debateria foi feitacom microfones
de marcas comoShure, AKG eNeumann
Em destaque, o violonista e produtormusical Claudio Jorge: msico teve
seu instrumento captado por microfoneque, segundo Luiz, oferece perfeita
resposta de frequncia
CelsoLuiz
CelsoLuiz
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Em vez de rechear os sambas de percusses,algo comum em discos do gnero, Martinho
optou por uma sonoridade mais clssica. Eleno queria um disco tradicional de escola desamba. Queria registrar seus sambas com umaleitura particular, e assim o fez. um disco desambas, mas sambas do Martinho. No um
disco de escolas, disse Celso.
Por seguir esse conceito, Martinho interferiuindiretamente na forma de gravar o trabalho.Como lembrou Luiz Carlos, "para no encheras faixas de ritmos, as percusses, por exem-plo, no foram dobradas. De todos os instru-mentos percussivos, somente os pandeiros e
as caixas foram captados em maior nmero".No entanto, essas dobras no eram frequen-tes, e sim pontuais.
Elas faziam parte de uma espcie de desenhosonoro de percusso, pois entravam e saam
das faixas, no cavam ali, dobradas, o tem-
po todo, soando como uma massa do incioao m. Elas deixavam espaos para as letras
aparecerem. No brigavam por esse espao,completou Celso.
udio msica e tecnologia | 43
Celso est trabalhando no [estdio] dele. Dessa
forma, adiantamos um pouco o processo. Assim
que terminar a edio, comeo o a mixar. A mixa-
gem em si ser feita na Sala 2 da Cia dos Tcnicos,
pois l posso recorrer a alguns diferenciais, disse.
Diferenciais como os monitores JBL 4333, compos-
tos por dois falantes de 15, um driver e um twitter.Eu mesmo alinhei [estes monitores], portanto os
conheo muito bem. So caixas grandes, que nos
do graves perfeitos, denidos. E, alm delas, no
estdio, temos ainda recursos fundamentais para
a nalizao de um disco, como o Harmonizer, por
exemplo, que costumo utilizar nas vozes, disse,
acrescentando que ir masterizar o trabalho com
Ricardo Dias, da Visom Digital. Todos os meus dis-
cos so masterizados por ele, encerrou.
UM OUTRO SAMBA,
O SAMBA DO MARTINHO
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EVENTO | Rodrigo Sabatinelli
Rveillon no
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Evento para dois milhes
de pessoas tem line array
Norton em palco principal
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Rio
FernandoMaia
ASCOM
Tradicional festa que rene turistas de todo o mundo, o rveillon
da Praia de Copacabana recebeu, na virada de 2013 para 2014,
cerca de dois milhes de pessoas, que, espalhadas por toda a orla,
conferiram, em trs palcos, shows de artistas como Lulu Santos,
Carlinhos Brown, Nando Reis, Beth Carvalho, Bonde do Passinho e
de escolas de samba como Vila Isabel e Beija-Flor de Nilpolis.
A exemplo do que ocorreu no evento de lanamento da camisa daseleo brasileira, realizado no dia 24 de novembro no Aterro do
Flamengo, a sonorizao cou a cargo da Mac Audio, que, acos-
tumada a participar da virada do ano no Rio, forneceu ao palco
principal do evento, localizado em frente ao hotel Copacabana Pala-
ce, equipamentos como o line array LS9, da Norton, e os consoles
ProFile, da Avid, e SD7, da DiGiCo, entre outros.
Composto por 15 mdulos por lado, o sistema contou ainda
com mais 12 elementos, sendo seis por lado, que serviram para
cobrir a rea lateral, e mais 20 subs SB 221, alm de quatro
elementos Meyer UPA para o front. Alinhado por Fred Coelho,
gerente tcnico da Mac Audio, ele teve seu sinal distribudo emtrs mandadas diferentes.
A opo, uma escolha do prprio engenheiro, fez com que o
equipamento cobrisse com maior preciso a rea a ser sonori-
zada, uma grande faixa de areia da praia. Cada mandada tinha
seu prprio nvel e atendia a uma determinada faixa do pblico.
Uma delas, a da parte inferior do line, era voltada ao pessoal do
gargarejo, enquanto a do meio atendia ao pessoal do meio e,
por fim, a de cima do sistema cuidava de quem estivesse mais
longe do palco. Dividindo desse jeito, conseguimos uma unifor-
midade e um alcance bacana, disse.
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No detalhe, o sistema Norton usado no palco
principal do rveillon de Copacabana
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Na housemix, a locadora colocou disposio dos
operadores de PA dos artistas dois grandes consoles,
a SD7, da DiGiCo, e a ProFile, da Avid. Operada por
Claudio Motta, a SD7 foi usada no show do grupo Bon-
de do Passinho, enquanto que a ProFile cou a cargo
dos engenheiros de Brown e Nando Reis. Admirador
confesso das DiGiCo, Alexandre Rabao, que opera o
PA de Lulu Santos, chegou
ao evento com sua compa-
nheira de estrada, a SD8.
Resolvi vir com ela e,
aqui, a liguei no matrix
da SD7, disse. E estava
tudo ok, do atendimento
da locadora ao alinhamen-
to do sistema, do qual eu,
como geralmente fao,
cortei graves por uma
questo particular: no
gostar do som com subs
em excesso, com as bai-
xas frequncias de bum-
bos e baixos emboladas,
se perdendo no meio da base, completou.
Em cima do palco, servindo aos engenheiros de mo-
nitor dos artistas, estiveram ainda consoles como a
j citada ProFile, da Avid, que foi usada por Isaac
Oliveira, de Lulu, a CL5 e a PM5D, ambas da Ya-
maha, usada pelos tcnicos de Brown e Nando.
SHURE, AKG, BEYER, DPAE SENNHEISER NO PALCO
Em entrevista exclusiva nossa equipe, Rabao fa-
lou sobre o trabalho que h anos vem realizando
na equipe do cantor carioca, em especial sobre sua
atual turn, Toca + Lulu, com a qual tem rodado o
pas. A cada ano que passa, Lulu acumula novos
sucessos. Portanto, seus shows tm sempre novida-
des. Tecnicamente falando, no muda muita coisa.
So feitas algumas adaptaes, mas o conceito e a
essncia geralmente so mantidos, contou.
No show de Lulu, que agitou as areias de Copa, Ra-
bao utilizou microfones de marcas como Shure,
Sennheiser, Beyerdynamic e AKG, dentre outras,
para os cerca de 50 inputs. Na bateria, por exemplo,
ele trabalhou com o kit da Beyer, j que o bateris-
ta Serginho Mello endorser da marca. Alm dos
modelos da fabricante TG D58c, para a caixa e
tambores; MC 930, para o contratempo, e MC 930,
para os overs , o engenheiro utilizou, no bumbo do
instrumento, os Shure Beta 91 e Beta 52.
A relao de fabricante e endorser , em alguns
poucos casos, delicada, anal de contas, nem todos
EVENTO
ClaudioMota
Gerente tcnico da Mac Audio, Fred Coelho coordenou asoperaes da sonorizao do rveillon, em Copacabana
ClaudioMota
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Rio
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os produtos fornecidos agradam por completo. Nes-te caso, no qual o kit oferecido ao Serginho bem
bacana, com modelos muito interessantes, ns nos
beneciamos, disse, na ocasio.
Os baixos Fender, MusicMan, Hofner e Ibanez de
Jorge Ailton, que passaram por um amplicador de
guitarra Orange, captado por um microfone Shure
KSM 32, chegaram ao PA em dois canais, sendo
o outro via DI. A linha, comentou o engenheiro,
pintava limpinha, enquanto o KSM trazia um pou-
quinho de sujeira, algo bem interessante para a
mixagem do instrumento.
As percusses, tocadas pelo tambm violonista e
guitarrista Silvio Charles, receberam um mix de mo-
delos Shure e AKG. No trio de congas, por exem-
plo, foram usados os Beta 56. No par de bongs, os
SM98. No cowbell e na zabumba, os SM98. E nos
overs, captando timbales e efeitos em geral, os 414.
J o surdo, tocado pela backing vocal Andrea Ne-
greiros, foi captado por um Shure SM58.
Por falar em Andrea, sua voz foi tambm captada
por um Shure SM58, sendo este sem o. J a voz de
Lulu cou com um Beta 87C, com o, e as vozes de
Jorge e PC, saxofonista, caram, respectivamente,
com um SM75 Beta A e um KSM 9, disse Rabao.
Ligadas em um amplicador Vox AC30, as guitarras
Gibson, de Lulu, passaram por um SM57, espetado
na boca do falante do amp. No entanto, o microfone
no foi a nica forma de captao do instrumento,
que seguiu para o PA em mais dois canais. O sinal
da guitarra saa pelo send do Vox diretamente para
um pedal Ventilator. Dele, chegava mesa em dois
canais via DI, disse. Controlado pelo prprio Lulu, opedal ao qual Rabao se referiu tem um efeito tipo
caixa Leslie e d guitarra um som bem particular.
Os teclados tocados por Hiroshi e Pedro Augusto
tambm seguiram para o PA via DI, bem como a
sitar, tocada por Silvio, e o sam MIDI, tocado por PC,
enquanto que o principal instrumento do msico, um
sax clssico, recebeu um DPA 4099 com transmisso
Sennheiser. Pandeiros e o agog, tambm tocados
por ele, caram com os SM57.
SOM CHEGOU PRONTO MESA
Rabao fez questo de dizer que, como de cos-
tume, o som do palco de Lulu j chegou s suas
mos pronto. Tanto que ele pouco processou
os instrumentos. E, para no dizer que no rodou
seus botes, descreveu o pouco, ou quase nada,
que fez nesse sentido.
Na bateria e no surdo tocado pela Andrea, usei
o Audio Enhancer, da DiGiCo, que me deu o bom
e velho mix de presso com denio. Nos tecla-
dos de Hiroshi e Pedro, lancei mo de compresso-
res multibanda, que me permitiram controlar tudo
com maior autonomia. Geralmente os teclados li-
beram uns graves excessivos e, nesses casos, os
compressores atuam bem, segurando essa onda,
disse. Ainda sobre os compressores, o engenheiro
destacou que, apesar de terem sido usados nas vo-
zes de Lulu e Andrea, a dose foi bastante econmi-
ca. Exagerar no uso deste tipo de perifrico? Nem
pensar! Quanto mais nas vozes, exclamou. Sem
contar que algumas coisas, como as guitarras de
a sequncia, o sistema de caixas que complementou o line principal
a linha de subs com os fronts cobertos por conta da chuva
RodrigoSabatinelli
ClaudioMota
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EVENTO
Engenheiro de Lulu Santos, Alexandre Rabao fezquesto de levar ao evento sua DiGiCo SD8
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Lulu e o microfone de Andrea, recebem processa-
mentos por vezes to intensos que insertar um
compressor pode ser arriscado demais.
ANTES DO SHOW, ODILOGO DE SEMPRE
Na passagem de som, realizada um dia antes do
evento, Rabao definiu, juntamente aos msicos
da banda de Lulu, alguns nveis de efeitos uti-
lizados por eles. PC, que usou oitavadores emseus microfones, e Andrea Negrei-
ros, que usou reverb, delay e um
simulador de Auto-Tune do pedal
de efeitos TC Helicon, dialogaram
com o engenheiro para que, jun-
tos, chegassem a um consenso.
Eles tm tudo programado e con-
trolam esses efeitos de cima do
palco. Mas como os recebo pron-
tos na mesa, preciso opinar sobre
nveis e intensidades. Geralmente,[PC e Andrea] mandam tudo bem
dosadinho, sem exageros. E na
passagem de som, ontem, no foi
diferente, disse. Lulu outro que
manda seu som completamente re-
solvido, sem necessidade de ajus-
tes. um especialista em guitarras,
e no passou o som para o show da
praia. No entanto, juntamente aos
roadies, que j tm tudo mapeado,
checamos o som pensan-do nele, encerrou.
SIMPLICIDADE NOSMONITORES DENANDO...
Engenheiro de monitorde Nando Reis, DalvinoMachado utilizou, na oca-sio, para mixar os fonesdo artista e de sua banda,
uma Yamaha PM5D RH.
F da mesa no que dizrespeito a sonoridade e,principalmente, acessibi-
lidade, ele ressaltou que no h mistrios em seutrabalho. Aqui, no Nando, tudo muito simples
desde o setup de microfones que utilizamos at
mesmo o operacional, armou o prossional, que
aproveitou para revelar sua preferncia pelos siste-
mas Shure PSM 600, utilizados por toda a banda de
Nando Reis, incluindo o prprio msico. Admiradorda sonoridade do equipamento pelo simples fato deter um som anlogo, com uma taxa de compres-
so menor que a dos demais aparelhos do gnero,
Dalvino disse ainda ser, at hoje, na sua opinio, amelhor opo para o tipo de aplicao.
Na mesa de monitor, Dalvino Machado ( direita),
engenheiro de Nando Reis, recebe o amigo IsaacOliveira, que trabalha com Lulu Santos
ClaudioMota
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EVENTO
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CelsoLuiz
Mas no somente de in-ears foi feitoo trabalho do engenheiro. No meio da
limpeza do palco, ao lado do tecla-dista Alex Veley, havia um solitriomonitor de cho. Como usamos am-plificadores de guitarra e baixo para
estes respectivos msicos, decidimosque ele, Alex, utilizaria um monitorde cho. Essa foi a forma que encon-tramos para que ele pudesse se ouvirconfortavelmente, disse.
Sobre a mixagem, em si, Dalvino con-
tou que sua maior preocupao nomomento do show mixar a respos-ta do pblico na via de Nando. De
acordo com o engenheiro, esta , defato, a nica grande exigncia do can-
tor, que gosta de sentir o calor dos fs em seusfones. Ele [Nando] sempre pede para mixar aplateia junto de sua voz. No mesmo nvel mes-
mo. uma particularidade da sua mix. E, paratal, procuro sempre solicitar aos locadores quenos atendem um bom par de microfones shotgun,que so instalados nas laterais do palco, volta-dos para o gargarejo, para essa tarefa. Alm des-
ses microfones, jogo na sua monitorao efeitoscomo um plate e um hall, disse.
...E TAMBM NO PA
Para captar a voz do cantor e de suas backing
vocals, o engenheiro de PAMauro Bianchi utilizou osmicrofones Shure SM 58,
conhecidos por seu volumee clareza. Nas guitarras deWalter Villaa ele lanoumo dos clssicos Shure
SM 57. Na bateria de Dio-go Gameiro, usou o Beta52, tambm Shure, para o
bumbo, os SM57 para a cai-xa, os Sennheiser 904 para
os tons e os SM 81 para o
hi-hat e os overs. No am-
plificador de baixo, espetouum outro Beta 52.
De acordo com o prprioMauro, que mixou o showem um console ProFile, daAvid, o equipamento bastante verstil, e, quan-
do alimentado por um bompacote de plug-ins, faz todaa diferena, encerrou.
Mauro Bianchi, engenheiro de PA de Nando Reis,
durante o show do cantor e compositor
Lulu usou em sua voz um microfone Shure Beta 87C, enquantoque o percussionista Silvio Charles teve em seu setup modelos
como os Beta 56 e SM98, da Shure, e 414, da AKG
AndrLoboASCOM
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RAIO-X
ILUMINADODVD de Isabella Tavianitem cenrio feito porfs da cantora
DIREO DEFOTOGRAFIAPARA VDEO
Como iluminarutilizando velas
RVEILLONNO RIOAs luzes dos shows
que embalaram avirada em Copacabana
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produtos
SONY APRESENTA NOVO MODELO DA FAMLIA NXCAM
Alm da superpotncia, o reetor iLed Cob Pixel 16 x30W Tri RGB se destaca pela possibilidade de contro-
lar individualmente cada LED em at 51 canais DMX. E
quando montado em grupos, se transforma em um painel
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O equipamento utiliza 16 LEDs de 30W com a nova
tecnologia COB (Circuit on Board). Quem viu o encer-
ramento das Olimpadas de Londres, por exemplo, as-
sistiu a um show que poderia ser perfeitamente pro-
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O iLed Cob Pixel 16 x 30W Tri RGB tem ngulo de abertu -
ra de 60 graus, 3/5/48/51canais DMX, funes Color
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www.gobos.com.br
A Sony recentemente anunciou o mais recente lanamento de seu segmento audiovisual: a HXR-NX3, camcorder proje-
tada com os sensores de imagem Exmor 3CMOS, que trazem trs sensores de 1/2.8, que geram imagens 1920x1080
Full HD de pixels efetivos. Como resultado, as luzes vermelha, azul e verde so capturadas por sensores de imagem
separados, de forma independente e com preciso, contribuindo para a alta resoluo, alta sensibilidade e ampla faixa
dinmica, criando uma reproduo de cores muito natural.
A HXR-NX3 grava vdeo no formato AVCHD 2.0, que tambm inclui 1080/60P, para uma reproduo suave dos movimentos.
O modo 60i e 30p ainda garante compatibilidade de reproduo em equipamentos
Blu-ray. J o conector HDMI prov sinais 8bit 4:2:2 sem compresso para gravao
de imagem em equipamentos perifricos de mercado. A possibilidade de gravao
em formato DV tambm provida para os usurios que preferem um workow DV
ou precisam trabalhar em um ambiente de edio no linear compatvel com DV. O
equipamento se conecta facilmente a outros dispositivos, como smartphones ou tablets
que utilizam a tecnologia Wi-Fi, o que permite o controle remoto da cmera.
www.sony.com.br
Conforme as mquinas fotogrcas ganham mercado, se
tornando, inclusive, para muitos videomakers, a primeira
opo na hora de escolher um equipamento de trabalho,
o segmente de assessrios tambm cresce, com os trips
tendo papel de destaque nisso. E nada como um trip
verstil e de conana para que jobs dos mais simples aos
mais complexos possam ser realizados.
Exemplo de produto interessante nesse sentido o tri-
p Manfrotto Befree, que, construdo em alumnio e pe-
sando apenas 1,4 kg (menos que o peso mdio de um
notebook), pode ser transportado em bagagens de mo
ou mochilas. O produto tambm compacto. Graas ao
mecanismo de fechamento das pernas, elas fecham em
torno da cabea, que acompanha engate rpido. O trip,
quando fechado, ca com apenas 40 cm de altura.
E mesmo pequeno e porttil, a fabri-
cante garante que o produto oferece
grande estabilidade at quando h
utilizao de longas lentes de zoom,
travando na posio escolhida e per-
mitindo imagens sem tremor. O trip
Manfrotto Befree, que acompanha
nova Ball Head de alumnio, tem
capacidade para at 4 kg de equi-
pamento.
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www.manfrotto.com.br
Divulgao
D i l
REFLETOR ILED COB PIXEL 16 X 30W:
POTNCIA E TECNOLOGIA
ESTABILIDADE E LEVEZA
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em foco
A Robe Lighting teve em 2013 uma de suas melhores e mais
ativas feiras LDI - Live Design International, realizada entre 22
e 24 de novembro passado no Las Vegas Convention Center.
No evento, seu estande totalmente branco - que recebeu com
um show de luzes criado por Nathan Wan - venceu a categoria
Melhor Design de Estande Grande dos Prmios LDI 2013.
A Robe foi maior feira americana de iluminao mostrando o
Pointe, moving de mltiplos usos, brilhante e pequeno, sendo,
inclusive, o produto com a venda mais rpida na histria da em-
presa. O produto foi a pea central do show de luzes de Nathan,
junto com outras inovaes, como os ROBIN MiniMe, CycFX 8,
Cyclone, MMX Blade e ParFect 100 da Robe.
Estamos muito orgulhosos por ter ganhado o Prmio LDI. Foi ex-
tremamente merecido, pois Nathan - quem tambm um grande
lighting designer - produziu uma criao fantstica que recebeu
numerosos elogios, inclusive de muitos outros designers, desta-
cou Harry von den Stemmen, diretor de vendas da Robe. Estamos
absolutamente encantados tanto com a boa energia do estande
quanto com o interesse pela marca. Foi um show fantstico em to-
dos os sentidos, acrescentou Josef Valchar, CEO da Robe Lighting.
Alm dos produtos, outra atrao importante no estande foi Bob
Schacherl, nomeado recentemente CEO da Robe Lighting Inc., cuja
base de contatos e popularidade tambm impulsionou um signica-
tivo nmero de pessoas a visitar o estande para parabe