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ORIENTAÇÃO: O DESPORTO DA NATUREZA! O que é e como praticar. Home Page: http://www.cona.com.br/ E-mail: [email protected] Autor: JAILTON CÉSAR PADILHA

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ORIENTAÇÃO: O DESPORTO DA NATUREZA! O que é e como praticar.

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Autor: JAILTON CÉSAR PADILHA

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ÍNDICE GERAL I – ORIENTAÇÃO: O DESPORTO DA NATUREZA - O que é orientação....................................................................................................................... 03 - Categorias e níveis de dificuldade............................................................................................... 04 - Histórico do esporte orientação nos currículos escolares no Brasil............................................. 05 - Modalidades (Pedestre, Mountain Bike, Esqui, Precisão)........................................................... 05 II – CARACTERÍSTICAS DA ORIENTAÇÃO - Considerações............................................................................................................................. 07 - A relação pedagógica de treino/ensino....................................................................................... 07 - O que acontece na nossa modalidade........................................................................................ 07

- Orientistas = Corredores todo o terreno...................................................................................... 08 - Como atividade de competição................................................................................................... 08 - Valor pedagógico e desenvolvimento de capacidades............................................................... 09 - Recreação, lazer e turismo......................................................................................................... 10

III – COMO PRATICAR ORIENTAÇÃO - Apresentação.............................................................................................................................. 11 - Equipamentos necessários......................................................................................................... 11 - O mapa de orientação (Carta).................................................................................................... 11

- As cores e a sinalética do mapa................................................................................................. 12 - A vegetação................................................................................................................................ 15 - A legenda.................................................................................................................................... 16 - Técnica para dobrar o mapa....................................................................................................... 17 - A regra do polegar....................................................................................................................... 17 - Manutenção do mapa permanentemente orientado.................................................................... 17 - Noções de distâncias e escalas................................................................................................... 17 - A técnica do passo duplo............................................................................................................. 17 - Localização e orientação do mapa através dos pontos de referência......................................... 18 - Orientação ao longo de uma referência linear (percurso com corrimão)..................................... 18 - Realização de pequenos atalhos................................................................................................. 18

IV – A BÚSSOLA E OUTROS ASPECTOS PARA A PRÁTICA - Generalidades.............................................................................................................................. 19 - A introdução da bússola no processo de aprendizagem............................................................. 19

- Uso da bússola para orientar o mapa......................................................................................... 19 - Processos expeditos para orientar o mapa................................................................................. 19 - O cartão de controle................................................................................................................... 20 - O cartão de designação/descrição............................................................................................. 20 - As curvas de nível de um mapa................................................................................................. 20 - As linhas do Norte....................................................................................................................... 21

IV – TÉCNICAS AVANÇADAS PARA ORIENTAÇÃO COMPETITIVA - Pontos ou linhas de referência.................................................................................................... 22

- Pontos ou linhas de segurança................................................................................................... 22 - Linha de paragem........................................................................................................................ 22 - Como planear o itinerário............................................................................................................. 22 - Leitura do relevo........................................................................................................................... 23 - Ponto de ataque.......................................................................................................................... 23 - Como escolher um ponto de ataque............................................................................................ 24 - Ponto característico..................................................................................................................... 24 - Desvio propositado...................................................................................................................... 24 - Azimute – Determinar a direção com o uso da bússola.............................................................. 24 - Orientação detalhada................................................................................................................... 25 - - Relocalização............................................................................................................................... 25

VI – ANEXO “A”: QUADRO RESUMIDO DOS SÍMBOLOS DO MAPA DE ORIENTAÇÃO....................... 26 VII – ANEXO “B”: QUADRO DO CARTÃO DE DESCRIÇÃO DOS PONTOS DE CONTROLE................. 27

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I - Orientação: O desporto da natureza O que é orientação

Se você nunca teve contato com este esporte, deve estar se perguntando "O que será está coisa?".

Bem, inicialmente vamos descrever o que não é a orientação: Não é uma corrida de aventura, nem Cross Country. Também não é Trakking, tampouco um esporte "radical".

Orientação é um esporte no qual, a pé ou através de um meio de transporte não motorizado, percorre-se um percurso previamente determinado, descrito em um mapa de orientação e balizado por pontos de controle, em meio aos mais variados terrenos: Florestas, campos, parques, áreas urbanas e etc.

Em sua vertente competitiva, ganha o atleta que percorrer este caminho em menos tempo. Sob o aspecto recreativo, proporciona uma excelente forma de contato com a natureza e aprimoramento da saúde mental e física. O principal diferencial deste esporte em relação aos demais, é o fato de que ele junta a "corrida" ao "pensar como correr", uma vez que para praticá-lo é necessário aliar o seu condicionamento físico à capacidade de interpretar sinais, determinar posições em relação ao terreno e buscar caminhos que facilitem a progressão sobre o mesmo. Sendo assim, um participante possuidor de uma forma física bastante inferior terá as mesmas condições de vencer uma prova que um atleta de excelente forma física, basta ter a técnica mais avançada para evitar os erros e escolher as melhores rotas.

Quando uma pista (percurso) é montada, vários pontos de controle são distribuídos no terreno. O atleta deve passar por todos estes pontos sem exceção. O caminho que irá seguir entre um ponto e outro é a cargo do desportista, porém a passagem pelos pontos de controles é obrigatória. Então, a escolha do melhor itinerário é importante para o resultado. Na Figura 1, observa-se o desenho de uma pista com a saída (triângulo), quatro pontos de controle (círculos) e a chegada (círculos concêntricos). As linhas retas, inteiras, representam os azimutes de um ponto para outro. O Pontilhado representa o caminho feito pelo atleta.

Pode-se dizer que a orientação é como uma CAÇA AO TESOURO. Os piratas tinham mapas que indicavam onde se encontrava o baú escondido. Na orientação se utiliza o mapa para encontrar os pontos de controle definidos. Passar por estes pontos na sequência determinada é um ato obrigatório. A Figura 2 apresenta uma pequena parte de uma carta de orientação. Nela está contida o que é óbvio no terreno, visível, perfeitamente identificável e de valor para o ponto de vista do praticante, a fim de que o mesmo tenha sucesso em uma competição.

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Categorias e níveis de dificuldade

Este é um esporte que pode ser praticado por pessoas de todas as idades. A Orientação é um dos esportes mais justos, pois os competidores competem em igualdade. Os praticantes são divididos em categorias, segundo o sexo, idade e nível técnico. Isto proporciona uma equidade física e técnica, o que torna o esporte empolgante.

Como se vê na Fig. 3, desde crianças até idosos podem participar das pistas. Quanto ao SEXO, os atletas são divididos em Masculino (letra H) e Feminino (letra D). Quanto a IDADE os praticantes são divididos de acordo com a capacidade física em várias categorias.

Segundo a CBO (2000), as competições oficiais de Orientação devem ser disputadas em todas as

categorias previstas nas regras da IOF de acordo com o sexo, idade e grau de dificuldade.

D10 H10 - Mulheres e Homens até 10 anos D12 H12................................... até 12 anos D14 H14 .................................. até 14 anos D16 H16 .................................. até 16 anos D18 H18 .................................. até 18 anos D20 H20 .................................. até 20 anos D21 H21 .................................. De qualquer idade D35 H35................................... Mais de 35 anos D40 H40................................... Mais de 40 anos D45 H45................................... Mais de 45 anos D50 H50................................... Mais de 50 anos D55 H55................................... Mais de 55 anos D60 H60................................... Mais de 60 anos D65 H65................................... Mais de 65 anos D70 H70................................... Mais de 70 anos D75 H75................................... Mais de 75 anos D80 H80................................... Mais de 80 anos D85 H85................................... Mais de 85 anos D90 H90................................... Mais de 90 anos DN 1 HN 1.....crianças acompanhadas.........Menos de 18 anos DN 2 HN 2.....adultos acompanhados...........Mais de 18 anos Aberto....................................... Para atletas inscritos após a data de encerramento das inscrições Os NÍVEIS DE DIFICULDADE são diferenciados com as seguintes separações: Novato (N), Difícil (B), Muito Difícil (A) e Elite (E) – sendo que esta última, somente para idades (16, 18, 20 e 21). “E" - ELITE “A" - MUITO DIFÍCIL “B" - DIFÍCIL “N" - FÁCIL “N1 e N2" – INICIANTES

A categoria Elite é uma categoria especial, restringida a um número limitado de competidores classificados como atletas de elite (Alto Rendimento) pela CBO, conforme o sistema de classificação da própria Confederação, que será detalhado adiante.

O tempo do percurso para o atleta vencedor da categoria Elite (Alto Rendimento) deverá ser o seguinte em minutos para mulheres/homens: 45/60 - Percurso de qualificação para distância clássica 60-70/75-90 - final de distância clássica 25/25 - Percurso de qualificação de distância curta 25/25 - Final de distância curta 30-50/45-65 - Revezamento para cada percurso 120/165 - Revezamento (três atletas), soma dos melhores tempos de todos os percursos;

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Histórico do esporte orientação nos currículos escolares no Brasil

Em 1974, o desporto Orientação foi incluído no currículo da Escola de Educação Física do Exército, EsEFEx, sendo uma disciplina obrigatória. Sua inclusão ocorreu através do Ministério de Educação e Cultura, MEC. Nesta Escola, neste mesmo ano, é editada a primeira publicação técnica brasileira sobre o esporte Orientação.

Após a organização dos primeiros clubes no Brasil o desporto foi introduzido no currículo do curso de Educação física da UFRJ pelo Professor JOSÉ MARIA PEREIRA DA SILVA.

Em 1998 o Sr JOSÉ NILTON SILVA VARGAS organizou na cidade de Cachoeira do Sul – RS um Simpósio do Esporte Orientação como Ferramenta Interdisciplinar, que teve como palestrante o Sr José Otavio Franco Dornelles, Presidente da FGO. Após este evento foi realizado em Cachoeira do Sul um curso de capacitação de professores, sendo o desporto Orientação incluído nos currículos de algumas escolas, das quais destacamos a Escola Ataliba Brum e Escola Marista São Roque. Conforme o Ranking Nacional de Orientação de 2005 os primeiros alunos deste projeto lideram a categoria H21A.

Após a fundação da CBO em 1999 foi desenvolvida pela sua diretoria a Política Nacional para o Desenvolvimento do Esporte Orientação (PNDO), tendo como proposta para a vertente pedagógica do esporte o Projeto ESCOLA NATUREZA, que visa inserir nos currículos escolares, em todos os níveis, o desporto Orientação, como atividade capaz de agir na formação integral de crianças, jovens e adultos, dentro de uma perspectiva de educação continuada. Ao aplicar o projeto a CBO apoiou algumas instituições na inserção do esporte nos currículos, das quais citamos Curso de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul nos anos de 2001 e 2002, Curso de Educação Física da Universidade Federal de Santa Maria em 2004. Através deste projeto a CBO apoiou escolas como Escola Lélia Ribeiro de São Martinho da Serra e Secretaria Municipal de Educação de Curitiba – PR e Canela – RS, em programas de capacitação de professores no esporte.

A partir de 1999 o esporte Orientação passou a integrar as competições desportivas dos Colégios Militares e o consequente ensino da disciplina. Hoje em dia, pelo fato de ser uma importante ferramenta interdisciplinar e capaz de desenvolver qualidades biopsicossociais importantes no processo de desenvolvimento humano, muitas escolas valem-se desta modalidade para buscar melhor qualidade no ensino. A CBO reconhece que além das cidades de Livramento, Santa Maria, Ijuí, Curitiba, Cascavel e Rio de Janeiro, muitas outras realizaram ou realizam atividades do esporte Orientação no sistema educacional.

Este é o relato sintetizado do histórico do desporto Orientação nas escolas no Brasil. (Santa Maria – RS, 10 de julho de 2005. Texto de JOSÉ OTAVIO FRANCO DORNELLES, Presidente da CBO, CREF2/RS 3700) Modalidades da Orientação

A seguir serão consideradas as principais modalidades reconhecidas pela IOF (Federação Internacional de Orientação). Porém segundo as regras, qualquer modalidade pode ser inventada, desde que não utilize motor ou qualquer meio que polua ou cause prejuízo ao meio ambiente, salvo o caso da cadeira de rodas dos deficientes físicos. A Orientação Pedestre é uma disciplina de resistência que envolve um grande componente mental. O orientista utiliza um mapa, uma bússola e une o desempenho físico com o raciocínio rápido (Fig. 4).

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A Orientação em Mountain Bike é uma modalidade que atrai orientistas que adoram bicicletas. Une a aventura do ciclismo com as belezas da natureza (Fig. 5).

Orientação em Esqui é uma disciplina de inverno, excelente para quem gosta de esquiar. Praticado em países que possuem terrenos com neve (Fig. 6).

E a Orientação de Precisão é uma disciplina que se baseia em interpretação de cartas em áreas naturais e proporciona igualdade de competição entre deficientes físicos e as outras pessoas (Fig. 7).

Quando uma pista (percurso) é montada, vários pontos de controle são distribuídos no terreno. O que materializa estes pontos é um prisma (30 x 30cm) de cor laranja e branco. É uma espécie de bandeirola de pano. Quando o competidor chegar ao local marcado em seu mapa deverá encontrar um prisma, como o da Figura 8.

FIGURA 8 - Prisma de Orientação

Junto com o prisma terá um picotador. O picotador funciona como se fosse um grampeador, só que ele fura o cartão de controle, deixando nele uma espécie de “código”. Este “código” é montado com zero a nove furos através de alfinetes de metal que são removíveis e modificáveis no picotador. Então, em cada ponto que o atleta passar, terá um prisma definindo o local exato do ponto. Ao encontrar o prisma, o atleta deverá perfurar o cartão de controle, utilizando o picotador. Ao final da pista o atleta terá um cartão de controle perfurado com uma quantidade de “códigos” semelhante à quantidade de pontos de controle que ele passou.

Em virtude da alta demanda e o crescente número de participantes nas corridas de orientação em todos os continentes, as entidades organizadoras utilizaram-se da tecnologia e adotaram o sistema eletrônico, utilizando-se de chip para controle e apuração dos tempos dos atletas. Isso tem facilitado e agilizado o sistema de apuração, o qual era feito manual anteriormente.

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II - Características da Orientação Considerações

Uma das características da Educação Física é a multiplicidade de suas formas de expressão através da atividade motora, do jogo, da dança e dos desportos. Essa gama de opções, constantemente ampliada com a inclusão de novas formas de atividade física, proporciona um campo de atuação amplo para o profissional e possibilidade de enriquecer e diversificar sua prática docente.

A Orientação é um desporto que representa estas novas formas de expressão da Educação Física. Ainda pouco difundido no Brasil, é praticado preferencialmente junto à natureza. O praticante recebe um mapa rico em detalhes de uma determinada região onde está traçado um percurso unindo vários pontos de controle. Com o auxílio de uma bússola deve executar o percurso passando por todos os pontos de controle no menor tempo possível (CBO, 2000). Esta atividade exige habilidades específicas, tais como: leitura precisa do mapa, avaliação e escolha da rota, uso da bússola, concentração sob tensão, tomada de decisão rápida, correr em terreno natural, etc.

Face à abrangência do desporto, a Confederação Brasileira de Orientação, ao definir a política de desenvolvimento da modalidade, o dividiu em quatro vertentes: competitiva, ambiental, pedagógica e turística.

A Relação Pedagógica de Treino/Ensino O desporto constitui em geral uma situação bastante rica em relações humanas: técnicas, táticas, sociais, psicológicas, pedagógicas.

Destas interações, apenas as técnicas são normalmente privilegiadas, quer nos programas de formação dos atletas quer mesmo nos programas de formação dos treinadores (preparação técnica). Raramente nos preocupamos com a eficácia pedagógica da relação treinador-atleta/aluno, isto é, o modo como o treinador consegue comunicar com o atleta/aluno e em que medida essa comunicação contribui para o êxito desportivo.

No entanto, é considerado pelos especialistas que a interação treinador-atleta tem uma importância determinante e multidimensional no processo do rendimento desportivo. Elas favorecem - ou desfavorecem - o treinador na utilização do seu saber com vista à qualidade dos seus atletas sob a sua responsabilidade.

E o que acontece na nossa modalidade?

O treinador de Orientação não tem possibilidade de retirar a mesma quantidade de informação sobre o comportamento dos atletas quanto os treinadores de outras modalidades desportivas.

A sua observação é realizada fora de tempo – não há observação direta do treinador – baseando-se nas recordações/impressões dos atletas, nos dados retirados dos tempos totais e, eventualmente, dos tempos intermédios realizados pelos atletas nas competições/treinos. De fato, ao contrário do treinador de desportos coletivos e outros desportos individuais, o treinador de Orientação raramente pode observar completamente o comportamento dos seus atletas em competição/treino.

No sentido de ultrapassar esta dificuldade, e dado que os meios audiovisuais convencionais são impraticáveis ou impossíveis de utilizar, várias técnicas têm sido criadas pelos investigadores, com o objetivo de estudar os comportamentos dos atletas de Orientação em competição/treino, nomeadamente as tomadas de decisão:

- “Postcompetition free recall” – baseada no diálogo aberto e franco entre treinador e atletas; - “Shadowing” – um atleta observador segue o atleta em observação com a missão de anotar em ficha

própria os seus comportamentos durante a corrida; - “Thought sample” – o atleta vai relatando o que lhe vai no pensamento quando confrontado com um

sinal dado ao acaso por um aparelho sinalizador; - “Task interruption” – a atividade é temporariamente interrompida para dar tempo ao atleta para recordar

pensamentos e/ou sentimentos relevantes;

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- “Think aloud” – o atleta verbaliza em voz alta os seus pensamentos acerca das decisões e técnicas de

navegação utilizadas enquanto corre. Estes comentários são gravados, para análise subsequente, por intermédio de um gravador áudio transportado pelo atleta;

- “Head-mounted vídeo câmera” – o atleta transporta na cabeça uma leve câmara vídeo enquanto navega.

Todavia, a maior parte destes procedimentos, embora utilizados em tempo real, no contexto dinâmico da situação, tornam-se intrusivos e causam rupturas nos processos de tomada de decisão envolvidos. Na perspectiva do treinador, apenas as técnicas indicadas em 1º e 2º lugares têm viabilidade, sendo a primeira de utilização universal e a segunda utilizada quase exclusivamente com atletas jovens ou de nível técnico inferior ao de elite, uma vez que aplicada aos atletas de nível superior é frequente o “corredor sombra” perder o contato com o atleta em observação.

Assim, a prática mais habitual no processo de treino em Orientação, senão a única para a maioria dos casos, consiste no diálogo franco e aberto que se segue a cada exercício/treino/competição entre o treinador e os atletas, incidindo não só no que aconteceu, mas também sobre as reações e sentimentos dos praticantes em relação à sua prestação. É sobretudo nestes momentos que a interação treinador-atleta se torna vital.

O treinador torna-se assim um “observador”, um ouvinte e um promotor do diálogo, recolhendo informações preciosas que o irão ajudar a detectar os erros cometidos e as dificuldades encontradas pelos atletas e assim conceber os futuros programas de treino.

Segundo Seiler (1994), os estudos científicos internacionais em Orientação têm focado principalmente os domínios da Psicologia, da Fisiologia e da sua interação, isto é, estudos do âmbito da Psicofisiologia. Os estudos sobre ensino/aprendizagem são também bastante vastos, salientando a importância educativa da Orientação, a Orientação na escola e a Orientação com crianças. Surpreendentemente a metodologia do treino físico aplicado à Orientação tem sido muito esquecida, alicerçando-se a idéia de que esta modalidade é um “desporto mental”. Orientistas = “Corredores Todo o Terreno”

A Orientação, conhecida como “o desporto da floresta”, é uma modalidade desportiva autônoma, com regulamentos específicos – emanados da International Orienteering Federection e em Portugal, da Federação Portuguesa de Orientação – que concilia as vertentes da competição, recreação/lazer e formação.

Originária dos países escandinavos (meados do Sec. XIX), tem demonstrado uma vitalidade e popularidade crescentes, porque responde às exigências do Homem moderno, sendo atualmente praticada por milhares de adeptos espalhados pelos cinco continentes. De fato, não só permite o contato com a natureza, o equilíbrio entre o esforço físico e o esforço cerebral, como também estende o seu campo de ação ao lazer social e familiar, ao desporto de alta competição, ao desporto formação no meio escolar, ao desporto amador.

Como atividade de competição Como atividade de competição, exige do praticante altos níveis de resistência, comparáveis aos atletas de meio fundo, capacidade de raciocínio em esforço, rápidas tomadas de decisão e estabilidade psicoemocional. Estudos realizados nos anos 70 com atletas de elite sugerem o equilíbrio dos fatores cognitivos e físicos como condição de sucesso para a competição nesta modalidade.

Por outro lado, os percursos de Orientação distinguem-se das provas de Atletismo e Corta-Mato, o que faz da Orientação uma modalidade desportiva autônoma e única:

- Por exigir a todo o momento tomadas de decisão, que assentam em qualidades de percepção visual, análise, concentração e autocontrole;

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- Pela natureza do terreno onde se desenvolvem, bastante mais variado e acidentado (colinas, escarpas, linhas de água, terreno pedregoso, floresta, vegetação rasteira, etc.), o que faz dos orientistas verdadeiros “corredores todo o terreno”;

- Pela dificuldade técnica da corrida, requerendo frequentes paragens (micro pausas), para consulta do mapa, utilização da bússola, tomadas de decisão, recolocação no terreno...;

- E outras situações de stress (contrariedades) tais como a correção de erros de navegação, distração causada por outros atletas. A vertente competitiva constitui-se num conjunto de ações destinadas a formação do atleta, à busca da

vitória, e ao trabalho dos clubes, com o principal escopo de determinar o crescimento do desporto Orientação. Valor pedagógico e desenvolvimento de capacidades Na sua vertente formativa, faz parte dos programas curriculares oficiais de Educação Física dos ensinos básico e secundário, apresentando-se como uma modalidade de grande valor pedagógico. De fato,

permite que através do desporto se promova o respeito e a proteção pelo meio ambiente e a interligação com várias disciplinas e áreas do conhecimento escolar.

Corresponde ao conjunto de ações que visam colocar o esporte Orientação a serviço do aluno. Nesse caso, procura-se a melhor qualidade do ensino e a motivação do aluno, não importando a performance; mas, sim, a participação, visando a formação do indivíduo para o exercício da cidadania e para a prática do lazer;

“Em relação à Interdisciplinaridade – há um desenvolvimento do conhecimento geral em várias disciplinas das quais cabe citar a história, geografia, matemática, educação física, ecologia, língua portuguesa, trabalhos manuais, informática, etc.” Em História pode-se abordar a origem da bússola, do astrolábio, do papel, da imprensa, grandes navegações e a história do próprio local onde se realiza a Orientação. Em Geografia pode-se comentar sobre cartografia, topografia, pontos cardeais. Sobre o Globo terrestre, sua latitude e longitude. Os tipos de coordenadas que existem, como polares, geográficas e retangulares. O ensino das convenções cartográficas que regem os mapas mundiais. O terceiro é sobre a altimetria e planimetria de qualquer terreno. O ensino da teoria dos nortes existentes, ou seja, Norte de Quadrícula, Magnético e Verdadeiro. Além desses temas citados, infindáveis são os assuntos que podem ser tratados, por exemplo, um riacho que corre pode ser o palco do ensinamento do que é jusante e montante. Pode-se também denominar e mostrar as formas do relevo, como: colina, ravina, talvegue, trilha, depressão, pico, platô, mata ciliar, entre outros. Em relação à Matemática pode-se apontar vários itens. O contato diário com os Ângulos é constante.

Entre um ponto e outro o atleta poderá encontrar um ângulo agudo, reto ou obtuso. Na orientação utiliza-se muito os Cálculos matemáticos. Seja no somatório do tempo de um percurso, seja na soma de pontos realizados em uma pista. O atleta deve sempre estar somando seu desempenho e vocês farão isto constantemente. A análise dos Gráficos do mapa e das correspondências das convenções inclui conhecimentos técnicos. A convenção de códigos para as descrições dos pontos passa pela análise gráfica. Cada mapa possuirá sua Altitude em relação ao nível do mar. Na orientação, utiliza-se a bússola. Com a régua de escalas que existe na mesma, executa-se medidas no mapa e comparação com o terreno. Esta comparação irá exigir cálculo, principalmente a regra de três para constante conversão da distância em passos. Estes são alguns dos tantos cálculos. Educação Física é a própria atividade que o atleta realiza. Exercícios aeróbios e anaeróbios de um percurso. Língua Portuguesa pode ser tratada de infinitas formas que cada educador escolherá. Um exemplo é o ensino de novas palavras e seu significado, como por exemplo, Obtuso. Relacionando à Ecologia e à preservação do meio ambiente, a Orientação utiliza como campo de jogo a própria natureza. O lema mundial do desporto é “Orientação – o esporte amigo da natureza”. Esta disciplina é facilmente abrangida por qualquer professor. A vertente ambiental diz respeito à produção das normas de proteção ambiental da competição, às regras e às ações educativas que envolvem organizadores e atletas, tendo como objetivo assegurar o mínimo de impacto ao meio.

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Nesta situação, onde o campo de atuação é o meio natural e o praticante é levado respeitar o habitat

dos animais e as áreas sensíveis, cria-se uma relação intima do homem com a natureza;

Enfim, muitas outras disciplinas podem ser contextualizadas com este desporto. Destes, alguns foram citados para compreensão adequada. “De referir ainda, que a Orientação como atividade formativa, pode permitir o desenvolvimento e treino

de capacidades variadas. Seus benefícios vão além da saúde física, sobretudo na parte mental, pois para quem o pratica regularmente proporciona o desenvolvimento da auto-confiança, do auto-controle e da auto-responsabilização, estimula a iniciativa e a tomada de decisões, ensina a estabelecer metas e a cumprir objetivos.” Recreação, Lazer e Turismo Na sua vertente recreativa/lazer, esta modalidade desportiva, de rápida aprendizagem, permite que cada praticante tenha o seu próprio ritmo. Os praticantes sem preocupações competitivas, poderão assim, executar um percurso individualmente, a pares ou em grupo.

Como produto de turismo a Orientação é uma atividade que promove o deslocamento de pessoas para a prática do lazer e esporte de forma recreacional e competitiva, em ambientes naturais e espaços urbanos, envolvendo emoções e riscos controlados, exigindo o uso de técnicas e equipamentos específicos e a adoção de procedimentos para garantir a segurança pessoal e de terceiros e o respeito ao patrimônio ambiental e sociocultural.

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III - Como praticar Orientação Apresentação

Nesta altura você já deve estar se perguntando: "Bom, já sei o que é orientação, mas como praticar este esporte?" Para praticar este esporte não é necessário possuir uma grande forma física, nem conhecimento prévio sobre regras. Basta saber "ler" um mapa de orientação (em meia hora ou menos aprende-se o básico) e, dependendo do terreno e do grau de dificuldade do percurso escolhido, a utilizar uma bússola.

A maioria dos clubes de Orientação do Brasil possui pessoal técnico qualificado para ensiná-lo. Regularmente realiza cursos e percursos treino onde pode-se aprender o esporte. Equipamentos necessários

A orientação é um esporte nada elitista, pode participar todo mundo. A maioria do que é necessário você tem no seu guarda roupa:

Para cabeça – Se o participante quiser se proteger do sol poderá utilizar um boné ou um chapéu. Mas uma dica, quando você está correndo quanto menos coisa você tem consigo mais fácil é a progressão. Para o tórax – Camiseta de manga curtas ou compridas, de preferência leves para não acumular muito o calor. As de manga longa protegem mais. O mais importante é que seja confortável. Para as Pernas – Certamente calças. Podem ser de nylon, sarja, enfim deve facilitar a locomoção e proteger as pernas de arranhar em vegetação. Existe também um equipamento bastante usado pelos participantes que é a perneira uma espécie de caneleira (tipo as usadas em futebol) que projetem as pernas de batidas em galhos quebrados, etc. Para os Pés – Tênis, botas, chuteiras, enfim esteja confortável dentro do que estiver porque senão o prazer da orientação virá um martírio. O mais comum mesmo é o tênis, mas use um que possa sujar bem e seja mais resistente. Outros acessórios – Existem pessoas que vão de óculos protetores, bolsas, mochilas, cantis, camelbags, etc. se você vai para curtir a natureza tudo vale, agora se você for correr mesmo a dica, novamente é, quanto menos coisa você tem melhor. Bússola - Só quando os atletas adquiriram um conhecimento aprofundado sobre a Orientação mapa/terreno‚ é que deveremos introduzir a técnica de navegação por azimutes, com uso de bússola, como meio auxiliar que possibilita mais segurança e melhor prestação na realização de percursos. Carta, Cartão de Controle e Cartão de Descrição – Os organizadores são responsáveis em oferecer ao participante. Controlador eletrônico - Chip (quando a apuração da prova requerer o uso do equipamento) – Normalmente é providenciado/adquirido ou alugado pelo próprio atleta. O mapa de orientação

Um mapa de orientação é a representação gráfica, em escala identificada (ex-> 1:10000- 1 cm = 100m), detalhada e colorida, de todo o terreno pelo qual será percorrido um determinado trajeto.

De acordo com uma legenda internacional, nele encontramos informações sobre o relevo, edificações, tipos de vegetação, redes de estradas, objetos no terreno, como, árvores, rios, trilhas e outros aspectos relevantes que auxiliam a orientação em uma área desconhecida, além dos pontos de controle pelos quais, obrigatoriamente, deve-se passar (prismas), bem como os locais de saída e chegada da prova. Uma coisa importante que se tem em um mapa de orientação é a existência as linhas do Norte (Norte Magnético) colocadas como meridianas no mapa são colocadas do Sul para o Norte indicadas com uma seta. A razão porque nos mapas de Orientação, não apontam para o Norte Geográfico é que o ângulo entre o Norte Magnético e o Norte Geográfico (a declinação magnética) varia bastante em diferentes partes do mundo, e como os praticantes de orientação utilizam bússolas (que indicam o Norte Magnético e não o Norte Geográfico), estas linhas acabaram por se tornar uma norma de modo a evitar a existência de uma série de linhas de referência nos mapas, o que complicaria o processo em se retirar azimute.

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As cores e a sinalética no mapa de orientação

O fato de um mapa de orientação ser colorido tem a sua razão de ser. É através das cores que representam-se os tipos de vegetação, os relevos e os demais aspectos do terreno. Elas estão relacionadas ao que o orientador vê enquanto percorre uma área.

As cores utilizadas em um mapa de orientação são padronizadas internacionalmente e constituem-se basicamente no azul, amarelo, preto, marrom, branco, vermelho, magenta e o verde.

Usualmente, os mapas são imprimidos em cores regulamentadas pela I.O.F., com diferentes tonalidades e simbologias diferentes:

*Símbolos pretos: definem todas as vias e acidentes artificiais construídos pelo homem, como caminhos, casas, vedações, linhas de alta tensão, limites laterais de estradas, etc.' e pedras ou orlas das matas, entre outros;

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*Símbolos azuis: representam todos os acidentes de terreno que contêm água, como lagos, diques, nascentes, poços, tanques, linhas de água, áreas pantanosas, etc.;

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*Símbolos castanhos/marrom: representam o relevo - curvas de nível (representam no mapa uma linha imaginária sobre o terreno, ao longo da qual todos os pontos têm a mesma cota), pontos de cota, depressões, fossos secos, elevações, vales, barrancos, etc.;

*Vegetação amarela: representa basicamente áreas abertas de terreno (áreas cultivadas ou de pastagem), onde a progressão em termos de corrida, é fácil;

*Vegetação verde/branco: representa a densidade dos diversos tipos de vegetação de um terreno (em diversas tonalidades). De acordo com a tonalidade do verde, será a dificuldade de progressão (quanto mais escuro, mais difícil a passagem pela área).

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*O magenta/púrpura ou vermelho: representa no mapa o percurso que o orientador se propõe a percorrer. Usado, também, para designar condições especiais do terreno como zona proibida, passagem obrigatória.

(* tabelas extraídas de http://www.gd4caminhos.web.pt/) A vegetação

Quanto a este ponto é importante que se observe atentamente a legenda do mapa para ver que tipo de vegetação corresponde a cada zona do mapa.

Como certamente é preferível ver exemplos, passamos a um bem esclarecedor.

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As zonas de cor com fundo branco indicam-nos que se trata de um bosque perfeitamente penetrável,

onde se pode correr "a 100%". Temos também três tonalidades de verde, o mais claro assinala uma vegetação que nos trava a corrida, a seguinte tonalidade mais escura permite-nos andar, mas não correr, e o tom mais escuro de todos é melhor evitá-lo, pois é praticamente impossível atravessá-lo.

No canto inferior esquerdo da imagem podemos apreciar umas riscas verdes verticais, tratando-se de vegetação baixa que trava a corrida. Se a separação entre as riscas fosse metade da que se vê só poderíamos passar sem correr.

Os diversos tons castanhos claros identificam as zonas com muito pouca ou mesmo sem vegetação: a visibilidade e a possibilidade de passagem é total. Na zona central um pouco para Este (Leste) encontramos um terreno de cultivo, totalmente cercado e com uma construção no lado Noroeste; os terrenos de cultivo identificam-se por uma tonalidade de castanho mais escura e um ponteado que varia quando se trata de vinhas, pomares ou cultivo normal.

No lado Nordeste do campo de cultivo central, encontramos uma zona "branca" com um ponteado castanho: trata-se de uma zona com árvores, mas não suficientemente concentradas para formarem um bosque "cerrado", nem suficientemente isoladas ou peculiares para serem cartografadas individualmente, embora nesta mesma zona existam algumas árvores isoladas, desenhadas com um círculo de cor verde.

Outra coisa a ter em conta: a linha contínua azul que atravessa o mapa de Norte a Sul trata-se apenas de una referência. Normalmente no momento de correr leva-se o mapa dobrado, e estas linhas são uma boa indicação de onde está o norte. Não faças como outros, que já perderam muitos minutos à procura de um rio “muito direito"...

Quando as diferenças de vegetação são muito acentuadas desenha-se entre estas uma linha descontínua ponteada de cor negra (esquina Sudoeste do mapa), e se o limite é entre um campo de cultivo e um terreno rústico a linha de limite é um traço contínuo preto muito fino - desta última explicação não temos exemplo, já que os limites do campo de cultivo do centro do mapa estão muito bem delimitados por uma vala, e os das vinhas da esquina Nordeste não são suficientemente bem definidos para se dever marcar um limite com linha contínua.

A legenda

A aprendizagem da simbologia inserida no mapa e a sua relação com o

terreno revela-se importante para o sucesso na realização de percursos de Orientação, uma vez que permite uma fácil localização e Orientação do mapa, bem como facilita a opção pelo trajeto mais correto.

As situações de aprendizagem devem ser organizadas de modo a que o atleta adquira os conhecimentos sobre a simbologia básica do mapa, através da consulta da legenda nele inserida.

Sempre que ocorra uma mudança no tipo de mapas utilizados devemos fazer uma recapitulação desta fase, chamando à atenção para as diferenças existentes na simbologia utilizada em cada mapa.

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Técnica para dobrar o mapa

A possibilidade de manuseamento do mapa ao longo de todo o percurso facilita a sua leitura. Normalmente o percurso indicado no mapa é muito menor que o mapa, havendo áreas de informação

marginal que não são determinantes para a correta leitura do mapa. Salvaguardando as situações iniciais de aprendizagem em que os atletas necessitam de recorrer

permanentemente à legenda do mapa, devemos dobrar o mapa de forma a reduzir o seu tamanho à área útil com um tamanho aproximado de 15 cm. A regra do polegar

Quando agarramos o mapa o dedo polegar opõe-se aos restantes, pelo que ao ser colocado no local em que nos localizamos indica- nos a nossa localização.

Sempre que nos deslocamos o dedo deve acompanhar no mapa os movimentos efetuados.

Esta regra quando bem executada permite indicar sempre com precisão e rapidez o local em que se encontra, uma vez que restringe a zona do mapa a consultar às imediações do local onde está colocado o dedo.

Manutenção do mapa permanentemente orientado

A aquisição desta etapa é de importância capital para o desenvolvimento das capacidades e conhecimentos dos atletas, pois dela depende a capacidade de realizar os percursos de forma correta e com sucesso. Assim deveremos deixar bem clara a necessidade de manter o mapa permanentemente orientado, quer através das indicações dadas aos atletas quer através das situações de aprendizagem propostas. Noções das distâncias e escalas

A noção do espaço percorrido ou a percorrer pelos atletas durante a realização do percurso‚ também é importante para o seu sucesso. Assim o atleta deverá saber relacionar o espaço representado no mapa e a sua correspondência no terreno. A noção dos espaços percorridos desenvolve-se com a prática e é possível de ser melhorada através da contagem de passos que estando aferidos dão uma informação sobre o espaço percorrido. Para se obter a distância real no terreno baseando-se apenas pela escala do mapa (fornecida pela organização e impressa no mapa) é uma operação muito simples. Sabendo-se que a proporção impressa no mapa é dada em centímetros, logo, numa escala 1:5.000, por exemplo, temos 1 cm no mapa enquanto no terreno teremos 5.000 cm. Para transformar qualquer escala de mapa em metros para calcular no terreno, basta apenas retirar os dois últimos zeros da numeração. Feito isto, no exemplo citado teríamos 1 cm no mapa, enquanto teremos 50 m no terreno.

Outros exemplos: 1:2500 (1 cm = 25 m), 1:10000 (1cm = 100 m), 1:25000 (1 cm = 250 m) A técnica do passo duplo

Para Aferir o Passo escolhe-se uma distância padrão (100 ou 200 m) previamente medida para que o praticante percorra várias vezes caminhando, contando o número de duplos passos. Registra os vários valores obtidos e faz a sua média obtendo assim o número de duplos passos para realizar 100 m. Em seguida executa o mesmo procedimanto em velocidade acelerada, correndo, e toma-se também a média.

A contagem de passos duplos é o melhor método para a medida de distâncias no terreno. Um passo duplo é igual a dois passos normais contados sempre que o mesmo pé (esquerdo ou direito) tocar o solo. Uma boa sugestão para o orientador será determinar seu próprio “passo duplo médio” para as diversas velocidades (correndo, trotando ou andando) nos diferentes tipos de terreno (limpo, inclinado, banhados, matas, etc.), e anotá-los na bússola para não esquecer.

Quando não se pode aferir o passo duplo por algum motivo, podemos considerar: - Crianças => 100 m = 70 passos duplos andando ou 50 correndo; - Adultos => 100 m = 60 passos duplos andando ou 40 correndo.

Para facilitar a determinação das distâncias, recomenda-se que seja feita sempre múltipla de 100 metros.

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Localização e orientação do mapa através dos pontos de referência

Quando o atleta tem acesso a um mapa deverá em primeiro lugar saber que espaço este representa, após o que deverá tentar indicar no mapa a sua localização. Para tal o treinador deverá dar indicações sobre os pontos de referência (elementos característicos) do local em que se encontra e a sua representação no mapa. Após localizar com precisão o local em que se encontra o atleta deverá orientar o mapa de acordo com a disposição no espaço dos pontos de referência. Deveremos procurar transmitir ao atleta a sensação de estar dentro do mapa no local indicado.

Orientação ao Longo de uma Referência Linear (percurso com "corrimão") Percursos com Uma Única de Opção

Nas primeiras situações de realização de percursos em espaços mais amplos, que os atletas desconhecem, devemos marcar percursos que garantam o sucesso dos atletas.

Assim, os atletas são colocados em situações em que o percurso é realizado seguindo elementos característicos significativos (estradas, caminhos, vedações, linhas de alta tensão, etc.) designados por "corrimão". Começamos por marcar percursos em que os pontos de controle são colocados nos locais onde os atletas devem realizar uma opção sobre o trajeto a realizar, como por exemplo em todos os cruzamentos de caminhos.

Percurso com Várias Opções Neste "passo" os percursos são marcados de forma que os atletas

realizam várias opções entre dois pontos de controle, sendo que se mantém a características de se utilizarem as referências "corrimão" para atingir os pontos de controle. Localizar objetos próximo de referências lineares

Os atletas devem "descobrir elementos característicos significativos (rochas, edifícios, árvores especiais, etc.), colocados próximo de caminhos ou outros elementos característicos "corrimão" e visíveis destes.

Realização de pequenos atalhos

Cortar Cantos: Neste "passo" os atletas realizam pequenos atalhos (até 100m), atravessando áreas abertas ou com visibilidade, de um "corrimão" para outro.

Atalhos em direção a elementos que limitam o percurso. A realização dos atalhos é feita em direção a elementos

característicos importantes (estradas, caminhos, áreas abertas, linhas de alta tensão, etc.), que estão colocados perpendicularmente à direção do deslocamento, constituindo assim, como que barreiras que limitam o trajeto.

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IV - A bússola

Generalidades

A Bússola possui uma régua para auxiliar a medir a distância entre os pontos, uma agulha imantada para auxiliar na orientação junto ao mapa. É um objeto importante em situações onde se requer maior precisão na leitura, onde o mapa tem poucos detalhes do terreno, ou visibilidade restrita devido a vegetação, condição climática. Principalmente para certificar da direção a ser seguida, confirmar sua localização no terreno e manter o mapa orientado.

Para isso é utilizada uma técnica bastante simples chamada de azimute, que aliada a outra técnica mais simples ainda chamada de Passo-duplo fecham, junto com a leitura do mapa 100% das técnicas básicas de orientação. Saber usar a bússola é importante, mas, saber ler o mapa é sem dúvidas o fundamental para prática da orientação.

Para o uso da bússola deve-se estar atento quanto a proximidade dela a objetos, principalmente os metálicos e geradores de energia ou campos magnéticos, para que os mesmos não interfiram no azimute a ser gravado e seguido, pois tendo em vista a agulha ser imantada, esta sofrerá

interferência e trará conseqüências desastrosas ao resultado. O ângulo a ser registrado sairá incorreto, tome cuidado! Introdução da bússola no processo de aprendizagem

A introdução da bússola acontece só nesta fase do processo de aprendizagem por considerarmos que apesar desta ser um objeto novo e aliciante para o atleta o seu uso no início do processo de aprendizagem poderá ser prejudicial. Na aprendizagem desta etapa deveremos descrever a bússola e os seus princípios de funcionamento. Uso da bússola para orientar o mapa

A grande utilidade da Bússola centra-se na possibilidade de aumentarmos a velocidade de execução nomeadamente para orientar o mapa. Basta para tal fazer coincidir a direção dos meridianos do mapa com a agulha da bússola. O detalhamento do uso da bússola para determinar a direção encontra-se discriminado abaixo, no título “V” – Técnicas avançadas/Azimute. Processos expeditos para orientar o mapa

Podemos recorrer a outras formas de Orientação para localização das direções Norte e Sul sem utilizar a bússola, fazemos nesta fase a sua abordagem.

As indicações recolhidas no terreno (disposição do musgo na parte voltada a norte das árvores e rochas) ou através dos astros (movimento do sol ao longo do dia e posição da estrela polar durante a noite) contribuem para esta aquisição

Também a utilização de mapa com meridianos e indicação do Norte permite a aquisição de um sentido de Orientação mais elaborado, uma vez que estando o mapa corretamente orientado pelo terreno, indica-nos a direção Norte.

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O cartão de controle

O cartão de controle é um impresso onde consta a identificação do atleta, da

categoria e dos tempos obtidos pelo mesmo na realização do percurso. É através dele que a organização de uma prova verifica o término correto do

percurso, uma vez que, encontrado o ponto indicado no cartão de designação, o atleta "picota" o cartão de controle comprovando sua passagem por ele.

Nas competições onde é atualmente utilizado o sistema eletrônico para a apuração, poderá ser dispensado o uso do cartão de controle, no entanto, ele ainda é usado para fins de duplicação dos meios em grandes competições. O cartão de designação/descrição

O cartão de designação é um impresso onde constam, entre outras informações, os pontos de controle e os locais onde se encontram estes, em que locais haverá água, um observador e etc.

Geralmente, os pontos de controle são objetos existentes na natureza (árvores, valas, rios e etc) ou criações do homem, tais como: Trilhas, cercas, construções e etc.

Como não é possível escrever em um mapa que o ponto de controle "N", por exemplo, se encontra no cruzamento da cerca 'x' com a trilha 'y', utilizam-se símbolos para representá-los.

A simbologia de um ponto de controle e o seu significado podem parecer, à princípio, um tanto complicadas. Por este motivo são apresentadas ao iniciante com todas as explicações possíveis para uma tranquila realização do percurso, inclusive constando no mapa de orientação.

As curvas de nível de um mapa Agora que você já está familiarizado com o mapa de orientação, podemos descrever duas

características importantes do mesmo: As curvas de nível e as linhas de norte. Você já deve ter pensado: "Como representar uma subida ou uma colina em um pedaço de papel? Como isto é possível?". As curvas de nível possibilitam isto.

Imagine uma colina como uma metade de uma laranja. Imagine também cortar em fatias esta colina. Você teria, inicialmente, um grande pedaço representando a base da mesma e, logo após, fatias cada vez menores até chegar ao topo. Se você pudesse transpor o desenho formado pelas bordas destas fatias para uma folha de papel, teríamos uma figura semelhante as ondas que uma pedra cria ao cair na água. Estas ondas representam as curvas de nível da nossa colina/laranja.

Mas isto só não basta para representar a nossa colina. Já sabemos como ela é, mas qual é a sua altura? Acontece que, por definição, as distâncias entre as curvas de nível são equidistantes, ou seja, tem o mesmo tamanho. Em um mapa de orientação geralmente esta relação é de 5 metros.

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Assim, se a colina de nosso exemplo for representada por 5 curvas de nível e a equidistância entre

elas for de 5 metros, a elevação da mesma seria de 25 metros. Curvas de nível são linhas imaginárias, equidistantes e concêntricas, que representam sob a forma gráfica o formato e a elevação de um terreno. Como podemos saber se andando para norte (para a parte superior do mapa) subimos ou descemos?

Muito simples, neste caso, a linha descontínua azul que percorre o interior das curvas é um ribeiro/linha d’agua, pelo que supomos que esta série de curvas de nível são uma reentrância com curso de água que segue de norte para sul, pelo que se andamos para norte subimos a reentrância. Há outras pistas que nos levam à mesma conclusão: nas margens dos cursos de água a vegetação costuma ser mais frondosa, como neste caso, confirmado que se trata de um curso de água; e os "pentes" de cor castanha são escarpados de terra - as "patas" deste símbolo estão sempre orientadas para a zona mais baixa do terreno. As linhas de norte

Vejamos, você já sabe o que é orientação, consegue visualizar um terreno e identifica os diferentes tipos de relevo. Porém surge a outra dúvida: "o mapa de orientação fica virado para baixo, para cima, esquerda, direita?". É aqui que entram as linhas de norte. Você poderá ler o seu mapa de cabeça para baixo,

basta saber qual é a direção que você está se deslocando. Ex: Norte/ sul. As linhas de norte são retas paralelas, em cuja extremidade existe uma

seta indicando o norte magnético terrestre e como o mapa está alinhado em relação ao mesmo. São impressas em destaque para facilitar a sua rápida visualização. Estas linhas são utilizadas em conjunto com uma bússola.

O orientador determina o sentido norte com a bússola, aponta as linhas de norte para esta mesma direção e pronto, tem o mapa orientado em relação ao polo magnético terrestre, não importando em que ponto do percurso esteja.

Repetindo esta operação, você sempre terá o seu mapa orientado e, em consequência, saberá se deve seguir em frente, dobrar a esquerda ou a direita ou mesmo voltar ao ponto de origem.

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V - Técnicas Avançadas para Orientação Competitiva

Focaremos de seguida, algumas técnicas utilizadas pelos orientadores facilitadoras das estratégias de

tomada de decisão: Pontos (ou linhas) de referência

São acidentes do terreno artificiais ou naturais, que num percurso parcial (entre dois pontos de controle), são paralelos ou acompanham a direção geral da opção.

Os caminhos ou carneiros são os pontos de referência mais fáceis de localizar. Contudo, quando estes não existem, os rios, limites de vegetação, muros, linhas de alta tensão ou as curvas de nível, entre outros, podem desempenhar essa função.

Opções que, em percursos parciais utilizem pontos de referência, podem ser rápidas e relaxantes em termos psicológicos para o orientador, porque lhe transmitem segurança na direção que escolheu e permitem-lhe o aumento da velocidade, sem grandes preocupações com a leitura do mapa ou utilização da bússola, a fim de verificar o seu posicionamento no terreno. Pontos (ou linhas) de segurança

Muitas vezes, a opção não depende só de uma direção considerada correta, mas também de até onde se deve seguir essa direção. Os pontos de segurança, são elementos lineares do terreno que cruzam paralela ou perpendicularmente o sentido da progressão, podendo conduzir o orientador ao posto de controle ou às imediações deste, ou mesmo ao ponto escolhido como ponto de ataque.

A utilização destes pontos, permite deslocamentos rápidos, com pouco trabalho de carta e de bússola. Frequentemente, esta estratégia é utilizada quando o orientador é confrontado com um campo aberto de progressão fácil. Linha de paragem

É um elemento linear do terreno, perpendicular ao sentido de progressão e situado depois do ponto de controle. É idêntica à linha de segurança, diferindo apenas na sua localização.

Esta estratégia, pode ser utilizada quando na zona da baliza existem poucos ou nenhum ponto de referência, permitindo assim ao orientador saber se ultrapassou ou não a baliza desejada, recolocando-se no terreno. Como planear o Itinerário Para Onde Vou?

Planear os pontos de controle de forma inversa. Ver primeiro qual a melhor aproximação ao ponto de controle, depois escolher um ponto de ataque. Por Onde Vou?

O objetivo é escolher um bom itinerário para o ponto de ataque que segue boas referências lineares ou outros elementos evidentes para que seja possível realizar uma deslocação segura e rápida. Evitar opções em "zig-zag" que aumentam muito a distância a percorrer. Como Vou?

Após escolher o itinerário posso então escolher a técnica a utilizar em cada zona do itinerário, Orientação "grosseira", ou detalhada, a azimute ou contar passos, etc.

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Leitura do Relevo

O conhecimento do relevo e a sua correta leitura no mapa é importante quando se efetuam percursos de Orientação, uma vez que constitui um elemento característico de grande fidelidade que permite uma "navegação" com grande precisão e uma correta dosagem do esforço a realizar através da opção pelos trajetos mais eficazes.

A aquisição dos conhecimentos da 3ª dimensão é fundamental para o sucesso na realização de percursos de Orientação técnicos em que os pontos de controle estão colocados nos acidentes do terreno (reentrâncias, esporões, colinas, depressões, etc.).

Verificar a Estrutura do Terreno

Quando pretendemos tomar uma opção sobre o melhor itinerário a realizar a noção da estrutura do terreno possibilita-nos realizar opções mais corretas. Assim, numa leitura "grosseira" devemos visualizar as formas principais do terreno, ficando a leitura detalha restrita à zona dos pontos de controle. Ponto de ataque

É um acidente do terreno característico e perfeitamente definido, próximo da baliza desejada e de onde se pode, com segurança, iniciar uma Orientação precisa até ao ponto de controle. O deslocamento para este ponto de ataque, normalmente é feito o mais rápido possível e ao atingi-lo, geralmente o orientador desloca-se com alguma precaução para a baliza.

Como escolher um ponto de ataque

Ao pretendermos realizar um posto de controle situado num elemento afastado de referências lineares devemos optar por escolher primeiro um elemento mais fácil para qual nos dirigimos e só depois procuramos o ponto propriamente dito.

- Procurar primeiro os elementos de maior dimensão: Os elementos de maior dimensão são mais evidentes e muito mais fáceis de localizar. Primeiro procuramos os elementos de maior dimensão e depois os menores.

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- Utilizar pontos de referência óbvios na proximidade do itinerário. Muitas vezes os pontos de controle estão situados afastados do itinerário que seguimos e não nos é

possível encontrar um ponto de ataque na sua proximidade. Nesta situação devemos procurar também os pontos de ataque situados no lado oposto ao ponto. - A técnica no ponto de ataque

Desde o ponto de ataque até ao posto de controle deve-se progredir devagar a ler o detalhe do terreno e tendo em atenção a descrição do posto de controle. Se não encontrar o ponto de controle à primeira tentativa evitar os deslocamentos desordenados e procurar outras referências que sirvam como 2º ponto de ataque.

Ao avistar o posto de controle e antes de "picar" o cartão preparar o ponto de controle seguinte determinando a direção de saída e se possível também a escolha do itinerário. Ponto característico

É um acidente de terreno bem definido no mapa e susceptível de ser referendado com relativa facilidade no terreno, sem margem para erro. Por exemplo: cruzamento de caminhos, bifurcação de linhas de água, casas, ruínas, limites de vegetação, etc. Desvio propositado

Consiste na introdução de um azimute de segurança que se toma entre dois pontos não coincidindo com a menor distância entre eles, prevendo um desvio para a esquerda ou direita do ponto de controle seguinte, que deve ser tomado logo à partida do ponto de controle anterior e permite ao atleta saber de que lado se encontra no acidente de terreno em relação à baliza desejada.

O desvio propositado é feito quando o ponto de controle se situa num acidente de terreno cuja dimensão predominante é o comprimento, tal como linhas de água, caminhos, lagos, etc. e é mais rápido e seguro descair deliberadamente para um dos lados. Nestes casos, não é suficiente atingir-se o acidente de terreno, mas também, ter-se a certeza de onde se está ao longo do mesmo, de modo a serem evitadas perdas de tempo com a procura do ponto de controle no lado inverso (elimina 50 % da possibilidade de erro). Azimute

Esta é a técnica que permite determinar direções. Consiste na Orientação do mapa pela bússola: através da direção do norte magnético, o orientador calcula a direção que pretende seguir. Deste cálculo, obtém a indicação do ângulo onde se encontra a baliza.

O cálculo do azimute, é feito através do "método 1-2-3": 1- Coloca-se o bordo da bússola sobre o mapa de forma a fazer a ligação em linha reta do ponto de partida (por ex. ponto 1) ao ponto de chegada (ponto 2). Durante as próximas etapas, a bússola deve ser mantida nesta posição. 2- Roda-se o limbo da bússola de forma a que o norte magnético fique paralelo aos meridianos indicadores do norte magnético no mapa. 3- Roda-se o mapa e a bússola ao mesmo tempo de modo a que a agulha magnética se enquadre corretamente na direção norte-sul. A direção do ponto de chegada, é a indicada pela seta que se encontra na base da bússola.

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Orientação Detalhada Áreas com Pouco Detalhe ou Vários Elementos Idênticos

Nestas situações devemos optar por realizar uma progressão cuidada recorrendo à bússola para progredir em azimute, realizar uma leitura detalhada do mapa e eventualmente contar passos para uma correta determinação da distância percorrida. Áreas com Relevo Muito Detalhado

As zonas de relevo muito detalhado e pouco evidente exigem um deslocamento mais lento, uma leitura cuidadosa do mapa e a contagem de passos. Pontos em Encostas

Nos pontos de controle situados em encostas devemos optar por fazer o ataque por cima onde é possível visualizar melhor o ponto de controle e também possibilita que o praticante chegue mais "descansado" ao ponto, para que seja mais fácil realizar uma nova opção. Relocalização

Quando nos "perdemos" temos necessidade de voltar a encontrar nosso “caminho”, ou seja, alguma informação que nos permita localizarmo-nos no mapa. Nesta situação uma memorização do itinerário já realizado permite-nos encontrar uma referência que nos ajuda a relocalizarmos. Caso não seja possível a relocalização na zona em que nos apercebemos que estamos enganados, devemos regressar para trás até conseguirmos encontrar uma referência que no permita a relocalização.

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Coqueiro 338

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