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Celebração C3 Campo Grande-MS | Sábado, 25 de julho de 2020 ARTES&LAZER Data marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha Sete livros para aproveitar a data e incluir na sua lista de leitura 25 de julho Reprodução Reprodução Divulgação Graduou-se em Relações Internacionais e cursou mestrado em Administração, ambos na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica). Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004, já lançou mais de 600 livros de variados temas, entre eles comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias e ficção infantojuvenil e adulta. Trabalhou como editor de aquisições de livros universitários e de negócios na Editora Saraiva, editor de livros de negócios na editora Campus-Elsevier, gerente editorial de todas as linhas de publicações na Editora Gente e copublisher e diretor comercial na Editora Évora. Mais informações emhttp:// www.eduvillela.com Sobre Eduardo Villela Da Redação O dia 25 de julho é marcado pelo Dia Internacional da Mu- lher Negra, Latino-Americana e Caribenha. E no Brasil, desde 2014, a data foi estabe- lecida pela Lei nº 12.987/2014 como o Dia Nacional de Teresa de Benguela, símbolo repre- sentativo da resistência femi- nina negra e indígena no país. Essas foram conquistas de di- versas mulheres que lutaram pelos seus direitos naturais, de liberdade, respeito, voz e visibilidade. “Esse deve servir como marco de uma luta pela maior visibilidade dessas mulheres no contexto histórico, social, literário e posso elencar di- versas áreas onde a sociedade deve posicionar-se a favor desta causa. A data também serve para salientarmos as mulheres negras importantes de nossa sociedade (que são muitas), para que as demais se vejam representadas, a representatividade incentiva, encoraja, dá empoderamento. Chega de apagamento”, de- clara Paulo Sergio Gonçalves, professor da Estácio. E uma das formas de dar visibilidade e valorizar a traje- tória dessas mulheres é conhe- cendo os seus trabalhos. Por isso Gonçalves, que também é doutorando em Literaturas Africanas, indica sete obras escritas por mulheres negras para aproveitar a data e in- cluir na lista de leitura. Quem tem medo do feminismo negro? De Djamila Ribeiro, o livro, além de trazer as memórias da infância de Djamila, reúne alguns artigos publicados no blog Carta Capital entre 2004 e 2017. A autora é ícone na luta e representatividade feminina negra na contemporaneidade. Um defeito de cor De Ana Maria Gonçalves, conta a história de uma afri- cana idosa e doente que chega ao Brasil em busca de seu Da Redação Aprender a cozinhar às vezes pode ser um desafio para muitas pessoas, mas os livros de culinária podem contribuir muito para des- mistificar o assunto e trazer mais sabor e felicidade para sua família. Nesta época de pandemia, muita gente re- solveu assumir a cozinha, ou por vontade própria ou por falta de opção. Mas a arte da culinária vai além do preparo de receitas. Quando comemos bem, vivemos uma experiência sensorial, cultural e social que nos aproxima sentados à mesa, arranca suspiros e boas gargalhadas. Por isso as lives de plantão estão fazendo tanto sucesso. Muitos estão “pegando gosto” pela cozinha e começam a se arriscar em novos pratos e a reinventar aqueles tradicionais. Comer é um dos grandes prazeres da vida, além de trazer recordações de mo- mentos, de pessoas amadas e de criar laços, a boa comida nos nutre e fortalece nossa saúde. Quem não tem um prato favorito de infância? Ah, o perfume e o gostinho inesquecíveis daquele pão caseiro preparado com tanto carinho por nossas avós, tias e mães... A comida reúne as pessoas e é afeto puro, car- rega as histórias de nossos antepassados e também de outras culturas. E, em questão de variedade gas- tronômica, o Brasil não fica para trás. Nosso país é dono de uma diversidade cultural e de sabores que conseguem agradar a todos os paladares. O Brasil é um continente e cada região tem seus pratos e hábitos alimentares próprios. Por isso, para te ajudar a fazer bonito na cozinha, o book advisor Eduardo Villela separou seis dicas de livros que tratam o assunto com a leveza de um suspiro. Confira: O que tem na geladeira? Nesse livro, Rita Lobo revela como aproveitar ao máximo tudo o que temos na geladeira de casa. Se você deseja esti- mular a sua criatividade, fa- zendo algo diferente, e saber os principais benefícios de vários alimentos, esse é livro o ideal. Inclusive, depois de sua leitura, você vai ter uma visão diferente sobre os legumes e as verduras. Histórias da gastronomia brasileira Dos banquetes de Cururu- peba ao Alex Atala, Ricardo Amaral conta as mais incrí- veis histórias dos sabores do Brasil nesse livro. A obra é um passeio histórico pelas diversas influências e raízes da nossa riquíssima gastro- nomia. Causos e curiosi- dades para lá de deliciosos são contados em textos muito bem escritos e acom- panham receitas para você encantar todos em casa. Manual prático de panificação Senac Quer aprender a preparar diversos tipos de pães? E que tal nunca mais esquecer uma receita daquele seu pãozinho favorito? Nesse livro, os au- tores explicam com simplici- dade os fundamentos da arte da panificação. Queijos do Brasil e do mundo Para iniciantes e aprecia- dores – se você é um ratinho e não vive sem um bom queijo por perto, vai adorar esse livro. José do Amarante fala de tudo que você precisa saber sobre a produção, o armazenamento, serviço, consumo, uso culi- nário do queijo e muito mais. Básico: Enciclopédia de Receitas do Brasil A obra de Ana Trajano é espetacular: mostra por que a culinária brasileira é uma das mais ricas e celebradas do planeta. Você vai se sur- preender com toda a nossa diversidade gastronômica, começando por aperitivos e entradas, passando pelos pratos principais e finali- zando com as nossas amadas sobremesas. Doces brasileiros: coleção tempero brasileiro Do brigadeiro à cocada, as sobremesas típicas brasi- leiras são sucesso absoluto. Descubra os segredos dos nossos doces mais amados. Um livro que é pura fonte de felicidade! filho perdido há muito tempo. Em sua busca, a personagem narra uma extensa e triste história de abusos, estupros e vida escrava. Um livro para se devorar a cada página. Hibisco roxo De Chimamanda Ngozi Adiche, uma das escritoras africanas mais conhecidas na atualidade, nos conta uma história que mistura autobio- grafia e ficção. O romance faz críticas sutis ao panorama social, político e religioso da Nigéria e tem como pano de fundo a história de Kambili, que mostra a assimilação de seu pai que destrói, gradati- vamente, sua família. Sangue negro De Noémia de Sousa, a moçambicana apresenta poemas de protesto e luta contra o regime colonial português. Um dos ícones da resistência africana de língua portuguesa, estudou na Casa dos Estudantes do Império e teve papel muito importante na independência de seu país. Niketche: uma história de poligamia Da moçambicana Paulina Chiziane, o romance trata da poligamia praticada em Moçambique através dos tempos. Numa perspectiva feminista, o livro traz a men- sagem da união e da solida- riedade entre as mulheres. A personagem principal, Rami, declara abertamente ser contra a poligamia, mos- trando uma voz de resistência numa sociedade patriarcal. Quarto de despejo: diário de uma favelada De Carolina Maria de Jesus, a grande escritora negra bra- sileira que de seu barraco, na Favela do Canindé, em São Paulo, escreve diariamente sobre sua vida na favela. Livro incrível. Olhos d’água De Conceição Evaristo, a escritora e professora uni- versitária escancara as ma- zelas sociais que absorvem a população negra. O livro se apresenta com 15 contos imperdíveis. Seis livros para você se tornar um sucesso na cozinha Hibisco roxo Obra de Chimamanda Ngozi Adiche mistura autobiografia e ficção Elza Soares comemora 90 anos em live com apoio de cervejaria Marcelo Rezende Elza Soares, uma das ar- tistas mais importantes e atu- antes da MPB e do jazz vai co- memorar seu aniversário de 90 anos na live Elza in Jazz, em seu canal no YouTube, hoje às 21h, data esta em que se come- mora o Dia da Mulher Negra no Brasil. A live tem apoio do projeto Devassa Tropical Ao Vivo, que contribui para elevar a representatividade e a diversidade da música tropical brasileira e terá acompanha- mento de quarteto de jazz, com Jorge Helder (baixo acústico), Gabriel de Aquino (violões e guitarra), Márcio Bahia (ba- teria) e Netão (backing vocal). Dia 24, Elza lançou a canção inédita “Negão Negra”, com participação de Flávio Renegado e que será cantada ao vivo pela primeira vez na live de hoje. A playlist com o setlist oficial está dispo- nível no perfil da Devassa no Spotify, incluindo sua versão de “Juízo Final”, lançada em junho deste ano, e outros sucessos que exaltam seus protestos, como “Maria da Vila Matilde” e “Meu Guri”. O aniversário da Elza é sempre comemorado em várias datas, sendo dia 22 de julho o dia do seu nascimento que consta na sua carteira de identidade e 23 de junho a data que consta em seu documento quando foi emancipada. Porém, de qualquer forma, a data cor- reta e sua idade é o que menos importam numa traje- tória como a dela, que segue artisticamente tão potente e se reinventando a cada novo trabalho. “Em junho faço mais uma primavera, mas não conto quantos anos tenho. Há dias em que nem nasci ainda, estou no ventre, outro dia já nasci, outro dia já acabei de nascer, sei lá. Vou vivendo. Estou vi- vendo os melhores dias da minha vida. Nunca parei para ver quantos anos eu tenho, não vai ser agora, né? E por favor, nem se preocupe com isso”, finaliza. Elza Soares Nascida no subúrbio do Rio de Janeiro (em uma favela onde hoje está situada Vila Vintém), Elza da Conceição Soares é filha de um operário (Avelino Gomes) com uma lavadeira (Rosária Maria da Conceição). A pequena Elza começou a cantar com o pai, que gostava de tocar violão nas horas vagas. Elza teve uma infância dura e subita- mente interrompida pelo casa- mento. O pai de Elza obrigou a menina a casar-se quando ela tinha apenas 12 anos. Em 1953 ingressou na vida artística ao fazer o seu primeiro teste na Rádio Tupi, no programa de calouros Ary Barroso, tendo ficado em primeiro lugar. No início da carreira, também trabalhou na Orquestra Garam Bailes, como crooner, até 1954. Em 1959 foi contratada para trabalhar na Rádio Vera Cruz. Em 1960, atuou no Festival Nacional da Bossa Nova. Três anos mais tarde, Elza foi a re- presentante do Brasil na Copa do Mundo no Chile. Dona de diversos sucessos e de uma voz peculiar, que remete a grandes cantoras de Jazz como Ella Fitzgerald e Sara Vaughan, a cantora é um dos maiores expo- entes da música brasileira em atividade. Em 2000, a emissora BBC, em Londres, deu a Elza o título de A Melhor Cantora do Universo. Elza Soares segue incansável lançando discos e se apresentando, sempre focada contra desigualdades sociais e lutando pelos direitos dos negros. Sobre o Devassa Tropical Ao Vivo O Devassa Tropical Ao Vivo, criado pela marca Devassa, do grupo Heineken, surgiu para aliviar o impacto que os pro- fissionais que atuam no ba- ckstage da cena musical brasi- leira estão sofrendo com o can- celamento de shows e eventos em razão da pandemia. Agora é a vez de comemorar a vida de um dos maiores ícones da mú- sica brasileira: Elza Soares. (Com assessoria)

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Celebração

C3Campo Grande-MS | Sábado, 25 de julho de 2020ARTES&LAZER

Data marca o Dia Internacional da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha

Sete livros para aproveitar a data e incluir na sua lista de leitura

25 de julho

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Reprodução

Divulgação

Graduou-se em Relações Internacionais e cursou mestrado em Administração, ambos na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica). Trabalha com escrita e publicação de livros desde 2004, já lançou mais de 600 livros de variados temas, entre eles comportamento e psicologia, gestão, negócios, universitários, técnicos, ciências humanas, interesse geral, biografias e ficção infantojuvenil e adulta. Trabalhou como editor de aquisições de livros universitários e de negócios na Editora Saraiva, editor de livros de negócios na editora Campus-Elsevier, gerente editorial de todas as linhas de publicações na Editora Gente e copublisher e diretor comercial na Editora Évora. Mais informações emhttp:// www.eduvillela.com

Sobre Eduardo Villela

Da Redação O dia 25 de julho é marcado

pelo Dia Internacional da Mu-lher Negra, Latino-Americana e Caribenha. E no Brasil, desde 2014, a data foi estabe-lecida pela Lei nº 12.987/2014 como o Dia Nacional de Teresa de Benguela, símbolo repre-sentativo da resistência femi-nina negra e indígena no país. Essas foram conquistas de di-versas mulheres que lutaram pelos seus direitos naturais, de liberdade, respeito, voz e visibilidade.

“Esse deve servir como marco de uma luta pela maior visibilidade dessas mulheres no contexto histórico, social, literário e posso elencar di-versas áreas onde a sociedade deve posicionar-se a favor desta causa. A data também serve para salientarmos as mulheres negras importantes de nossa sociedade (que são muitas), para que as demais se vejam representadas, a representatividade incentiva, encoraja, dá empoderamento. Chega de apagamento”, de-clara Paulo Sergio Gonçalves, professor da Estácio.

E uma das formas de dar visibilidade e valorizar a traje-tória dessas mulheres é conhe-cendo os seus trabalhos. Por isso Gonçalves, que também é doutorando em Literaturas Africanas, indica sete obras escritas por mulheres negras para aproveitar a data e in-cluir na lista de leitura.

Quem tem medo do feminismo negro?De Djamila Ribeiro, o livro,

além de trazer as memórias da infância de Djamila, reúne alguns artigos publicados no blog Carta Capital entre 2004 e 2017. A autora é ícone na luta e representatividade feminina negra na contemporaneidade.

Um defeito de corDe Ana Maria Gonçalves,

conta a história de uma afri-cana idosa e doente que chega ao Brasil em busca de seu

Da Redação

Aprender a cozinhar às vezes pode ser um desafio para muitas pessoas, mas os livros de culinária podem contribuir muito para des-mistificar o assunto e trazer mais sabor e felicidade para sua família. Nesta época de pandemia, muita gente re-solveu assumir a cozinha, ou por vontade própria ou por falta de opção. Mas a arte da culinária vai além do preparo de receitas. Quando comemos bem, vivemos uma experiência sensorial, cultural e social que nos aproxima sentados à mesa, arranca suspiros e boas gargalhadas. Por isso as lives de plantão estão fazendo tanto sucesso. Muitos estão “pegando gosto” pela cozinha e começam a se arriscar em novos pratos e a reinventar aqueles tradicionais.

Comer é um dos grandes prazeres da vida, além de trazer recordações de mo-mentos, de pessoas amadas e de criar laços, a boa comida nos nutre e fortalece nossa saúde. Quem não tem um prato favorito de infância? Ah, o perfume e o gostinho inesquecíveis daquele pão caseiro preparado com tanto carinho por nossas avós, tias e mães... A comida reúne as pessoas e é afeto puro, car-rega as histórias de nossos

antepassados e também de outras culturas. E, em questão de variedade gas-tronômica, o Brasil não fica para trás. Nosso país é dono de uma diversidade cultural e de sabores que conseguem agradar a todos os paladares. O Brasil é um continente e cada região tem seus pratos e hábitos alimentares próprios.

Por isso, para te ajudar a fazer bonito na cozinha, o book advisor Eduardo Villela separou seis dicas de livros que tratam o assunto com a leveza de um suspiro. Confira:

O que tem na geladeira?Nesse livro, Rita Lobo revela

como aproveitar ao máximo tudo o que temos na geladeira de casa. Se você deseja esti-mular a sua criatividade, fa-zendo algo diferente, e saber os principais benefícios de vários

alimentos, esse é livro o ideal. Inclusive, depois de sua leitura, você vai ter uma visão diferente sobre os legumes e as verduras.

Histórias da gastronomia brasileiraDos banquetes de Cururu-

peba ao Alex Atala, Ricardo Amaral conta as mais incrí-veis histórias dos sabores do Brasil nesse livro. A obra é um passeio histórico pelas diversas influências e raízes da nossa riquíssima gastro-nomia. Causos e curiosi-dades para lá de deliciosos são contados em textos muito bem escritos e acom-panham receitas para você encantar todos em casa.

Manual prático de panificação SenacQuer aprender a preparar

diversos tipos de pães? E que tal nunca mais esquecer uma receita daquele seu pãozinho

favorito? Nesse livro, os au-tores explicam com simplici-dade os fundamentos da arte da panificação.

Queijos do Brasil e do mundoPara iniciantes e aprecia-

dores – se você é um ratinho e não vive sem um bom queijo por perto, vai adorar esse livro. José do Amarante fala de tudo que você precisa saber sobre a produção, o armazenamento, serviço, consumo, uso culi-nário do queijo e muito mais.

Básico: Enciclopédia de Receitas do Brasil

A obra de Ana Trajano é espetacular: mostra por que a culinária brasileira é uma das mais ricas e celebradas do planeta. Você vai se sur-preender com toda a nossa diversidade gastronômica, começando por aperitivos e entradas, passando pelos pratos principais e finali-zando com as nossas amadas sobremesas.

Doces brasileiros: coleção tempero brasileiro

Do brigadeiro à cocada, as sobremesas típicas brasi-leiras são sucesso absoluto. Descubra os segredos dos nossos doces mais amados. Um livro que é pura fonte de felicidade!

filho perdido há muito tempo. Em sua busca, a personagem narra uma extensa e triste história de abusos, estupros e vida escrava. Um livro para se devorar a cada página.

Hibisco roxoDe Chimamanda Ngozi

Adiche, uma das escritoras africanas mais conhecidas na atualidade, nos conta uma história que mistura autobio-

grafia e ficção. O romance faz críticas sutis ao panorama social, político e religioso da Nigéria e tem como pano de fundo a história de Kambili, que mostra a assimilação de

seu pai que destrói, gradati-vamente, sua família.

Sangue negroDe Noémia de Sousa, a

moçambicana apresenta poemas de protesto e luta contra o regime colonial português. Um dos ícones da resistência africana de língua portuguesa, estudou na Casa dos Estudantes do Império e teve papel muito importante na independência de seu país.

Niketche: uma história de poligamiaDa moçambicana Paulina

Chiziane, o romance trata da poligamia praticada em Moçambique através dos tempos. Numa perspectiva feminista, o livro traz a men-sagem da união e da solida-riedade entre as mulheres.

A personagem principal, Rami, declara abertamente ser contra a poligamia, mos-trando uma voz de resistência numa sociedade patriarcal.

Quarto de despejo: diário de uma favelada

De Carolina Maria de Jesus, a grande escritora negra bra-sileira que de seu barraco, na Favela do Canindé, em São Paulo, escreve diariamente sobre sua vida na favela. Livro incrível.

Olhos d’águaDe Conceição Evaristo, a

escritora e professora uni-versitária escancara as ma-zelas sociais que absorvem a população negra. O livro se apresenta com 15 contos imperdíveis.

Seis livros para você se tornar um sucesso na cozinha

Hibisco roxo Obra de Chimamanda Ngozi Adiche mistura autobiografia e ficção

Elza Soares comemora 90 anos em live com apoio de cervejariaMarcelo Rezende

Elza Soares, uma das ar-tistas mais importantes e atu-antes da MPB e do jazz vai co-memorar seu aniversário de 90 anos na live Elza in Jazz, em seu canal no YouTube, hoje às 21h, data esta em que se come-mora o Dia da Mulher Negra no Brasil. A live tem apoio do projeto Devassa Tropical Ao Vivo, que contribui para elevar a representatividade e a diversidade da música tropical brasileira e terá acompanha-mento de quarteto de jazz, com Jorge Helder (baixo acústico), Gabriel de Aquino (violões e guitarra), Márcio Bahia (ba-teria) e Netão (backing vocal).

Dia 24, Elza lançou a canção inédita “Negão Negra”, com participação de Flávio

Renegado e que será cantada ao vivo pela primeira vez na live de hoje. A playlist com o setlist oficial está dispo-nível no perfil da Devassa no Spotify, incluindo sua versão de “Juízo Final”, lançada em junho deste ano, e outros sucessos que exaltam seus protestos, como “Maria da Vila Matilde” e “Meu Guri”. O aniversário da Elza é sempre comemorado em várias datas, sendo dia 22 de julho o dia do seu nascimento que consta na sua carteira de identidade e 23 de junho a data que consta em seu documento quando foi emancipada. Porém, de qualquer forma, a data cor-reta e sua idade é o que menos importam numa traje-tória como a dela, que segue artisticamente tão potente e

se reinventando a cada novo trabalho. “Em junho faço mais uma primavera, mas não conto quantos anos tenho. Há dias em que nem nasci ainda, estou no ventre, outro dia já nasci, outro dia já acabei de nascer, sei lá. Vou vivendo. Estou vi-vendo os melhores dias da minha vida. Nunca parei para ver quantos anos eu tenho, não vai ser agora, né? E por favor, nem se preocupe com isso”, finaliza.

Elza SoaresNascida no subúrbio do Rio

de Janeiro (em uma favela onde hoje está situada Vila Vintém), Elza da Conceição Soares é filha de um operário (Avelino Gomes) com uma lavadeira (Rosária Maria da Conceição). A pequena Elza

começou a cantar com o pai, que gostava de tocar violão nas horas vagas. Elza teve uma infância dura e subita-mente interrompida pelo casa-mento. O pai de Elza obrigou a menina a casar-se quando ela tinha apenas 12 anos. Em 1953 ingressou na vida artística ao fazer o seu primeiro teste na Rádio Tupi, no programa de calouros Ary Barroso, tendo ficado em primeiro lugar.

No início da carreira, também trabalhou na Orquestra Garam Bailes, como crooner, até 1954. Em 1959 foi contratada para trabalhar na Rádio Vera Cruz. Em 1960, atuou no Festival Nacional da Bossa Nova. Três anos mais tarde, Elza foi a re-presentante do Brasil na Copa do Mundo no Chile. Dona de diversos sucessos e de uma voz

peculiar, que remete a grandes cantoras de Jazz como Ella Fitzgerald e Sara Vaughan, a cantora é um dos maiores expo-entes da música brasileira em atividade. Em 2000, a emissora BBC, em Londres, deu a Elza o título de A Melhor Cantora do Universo. Elza Soares segue incansável lançando discos e se apresentando, sempre focada contra desigualdades sociais e lutando pelos direitos dos negros.

Sobre o Devassa Tropical Ao VivoO Devassa Tropical Ao Vivo,

criado pela marca Devassa, do grupo Heineken, surgiu para aliviar o impacto que os pro-fissionais que atuam no ba-ckstage da cena musical brasi-leira estão sofrendo com o can-celamento de shows e eventos em razão da pandemia. Agora é a vez de comemorar a vida de um dos maiores ícones da mú-sica brasileira: Elza Soares. (Com assessoria)