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Abril 2013 25 DE ABRIL NA RTP2: 24 HORAS DE DOCUMENTÁRIOS Pelo 5º ano consecutivo, a RTP2 transforma-se na Estação dos Documentários, é o Dia D… de Documentário. São 24 horas de documentários nacionais dedicados às mais diversas personalidades: Salgueiro Maia, Maria Velho da Costa, Julião Sarmento, Sam The Kid, Jorge Salaviza, Miguel Torga, Luísa Todi, Amadeo Souza Cardozo, Fernando Bento, Alçada Baptista, Hermínia Silva, Laura Soveral, os Presidentes da República Portuguesa, Maria de Lourdes Pintasilgo, D. António Ferreira Gomes, Gonçalo Ribeiro Telles, Joana Vasconcelos, Fausto Bordalo Dias. No dia 25 de abril, a RTP2 celebra a liberdade de criação traduzida nas obras dos realizadores e criadores nacionais. O documentário tem contribuído de forma decisiva para o autoconhecimento e pensamento dos indivíduos e das sociedades. Ou seja, o documentário serve a qualidade da nossa vida e a qualidade da nossa democracia. A acrescer a tudo isto, o género documental tem produzido obras que se fixarão na história da arte. O Dia D começa na RTP2 no dia 25 de Abril à 01h00, logo após o bloco informativo 24 Horas e segue, ininterruptamente, até à 1 da manhã de dia 26 de Abril. A festa do documentário nacional é na RTP2, a estação dos documentários.

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25 DE ABRIL NA RTP2: 24 HORAS DE DOCUMENTÁRIOS Pelo 5º ano consecutivo, a RTP2 transforma-se na Estação dos Documentários, é o Dia D… de Documentário. São 24 horas de documentários nacionais dedicados às mais diversas personalidades: Salgueiro Maia, Maria Velho da Costa, Julião Sarmento, Sam The Kid, Jorge Salaviza, Miguel Torga, Luísa Todi, Amadeo Souza Cardozo, Fernando Bento, Alçada Baptista, Hermínia Silva, Laura Soveral, os Presidentes da República Portuguesa, Maria de Lourdes Pintasilgo, D. António Ferreira Gomes, Gonçalo Ribeiro Telles, Joana Vasconcelos, Fausto Bordalo Dias. No dia 25 de abril, a RTP2 celebra a liberdade de criação traduzida nas obras dos realizadores e criadores nacionais. O documentário tem contribuído de forma decisiva para o autoconhecimento e pensamento dos indivíduos e das sociedades. Ou seja, o documentário serve a qualidade da nossa vida e a qualidade da nossa democracia. A acrescer a tudo isto, o género documental tem produzido obras que se fixarão na história da arte. O Dia D começa na RTP2 no dia 25 de Abril à 01h00, logo após o bloco informativo 24 Horas e segue, ininterruptamente, até à 1 da manhã de dia 26 de Abril. A festa do documentário nacional é na RTP2, a estação dos documentários.

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Dia 25 de abril 01h00 - SALGUEIRO MAIA

Um documentário sobre a vida de Fernando José de Salgueiro Maia, "Capitão de Abril" e a sua atuação na revolução de 25 de Abril de 1974. Baseado no livro “Salgueiro Maia, Um Homem da Liberdade”, de António de Sousa Duarte, a RTP emite o retrato de um herói da revolução dos cravos. Nascido em Castelo de Vide, morreu aos 44 anos, vítima de

cancro, amado e venerado pelo povo comum, mas esquecido pelos grandes poderes. Produção: R.C. Audiovisuais Realização: Rogério Ceitil

02h00 - FÁTIMA DE A a Z

Sob uma arbitrária ordem alfabética, a escritora Maria Velho da Costa dá-se a conhecer. A sua visão, a sua casa, a sua família, o seu modo de ver, o seu modo de ser. Uma escritora, por muitos, considerada a maior da sua geração abre-nos a sua intimidade. Excertos da sua obra são interpretados por Lia Gama. Com o Apoio da Sociedade Portuguesa de Autores

Produtora: Ambar Filmes Realização: Margarida Gil

03h00 - NOITE BRANCAS - JULIÃO SARMENTO

Julião Sarmento é hoje, com mais de 40 anos de carreira, um dos artistas portugueses com maior consagração internacional e um dos mais importantes nomes portugueses da cultura do nosso tempo. O documentário apresenta a obra, a atividade profissional e as

exposições mais recentes do autor. O ponto de partida é a atualidade, sendo que, a respeito de cada um dos aspetos focados, a realidade mais recente serve de base para um recuo retrospetivo que, focando aspetos semelhantes em momentos anteriores, permite uma visão de conjunto da trajetória do artista. Uma das caraterísticas gerais que emerge destes confrontos é a relação privilegiada que Sarmento sempre estabeleceu com outras disciplinas criativas, designadamente o cinema, a literatura, a filosofia e a arquitetura. Um conjunto de relevantes exposições recentes no estrangeiro (Londres, Madrid, Maiorca)

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permitem abordar o processo de internacionalização do autor e a diversidade da receção crítica que encontrou em diferentes contextos. Um dos fios condutores do documentário é uma conversa com o autor, a respeito do conjunto da sua obra e o seu momento atual, complementada com depoimentos de especialistas como Adrian Searle (crítico e curador), James Lingwood (curador), Vicente Todolí ou Delfim Sardo, galeristas como Pilar Corrias, Juana de Aizpuru, Pepe Cobo, ou ainda personalidades como Helena Foster e a artista Cristina Iglesias. Autoria: Abílio Leitão e Alexandre Melo Realização; Abílio Leitão

04h00 – DICAS NO VINIL, COM SAM THE KID

DICAS NO VINIL, COM SAM THE KID acompanha, ao longo de quase 50 minutos, o já famoso rapper português no seu dia-a-dia musical. Em conjunto com a NBC, Snake, José Mariño, Kalaf e outros, conta como Samuel passa os dias, como faz música e como a vive. Um documento que regista a fase de gravações do disco Pratica(mente) e que, a partir desses momentos, tenta conhecer um pouco melhor este músico português.

Produção: Gil & Miller Realização: Filipa Reis

05h00 – KEEP GOING - JORGE SALAVIZA

É um caso de longevidade produtiva como há poucos em Portugal. O trajeto de 50 anos de Jorge Salavisa enquanto bailarino, professor e diretor artístico. A sua paixão pela pluralidade das artes e o seu trabalho incessante de dar visibilidade a velhos e novos criadores. Jorge Salavisa ocupa um lugar singular na vida cultural portuguesa. O realizador Marco Martins assina este documentário que partiu de uma ideia de Luísa Taveira e Miguel Honrado.

Produção: Filmes do Tejo II Realização: Marco Martins

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06h00 - MIGUEL TORGA, O MEU PORTUGAL

A vida e obra de Miguel Torga, num documentário íntimo sobre o escritor O documentário MIGUEL TORGA – O MEU PORTUGAL conduz-nos numa viagem pelo país e pela identidade portuguesa que se percecionam em múltiplos textos do escritor, sobretudo em prosa. O próprio Miguel Torga é o narrador exclusivo deste documentário, uma vez que o guião

foi integralmente estruturado com base nos seus textos, sobretudo da relativamente desconhecida produção em prosa que integra a coletânea PORTUGAL, cuja primeira edição data de 1950. A “voz” de Miguel Torga é aqui substituída pela do ator Sinde Filipe, cuja carreira já se cruzou por diversas vezes com o universo torguiano, enquanto a recriação visual de um dos maiores escritores portugueses do século XX é assegurada pelo também ator José Pinto (que tem semelhanças físicas notáveis com Miguel Torga). A viagem real e simbólica de Norte a Sul de Portugal – bem como pela identidade portuguesa e pelo nosso percurso histórico – que nos é proporcionada pelos textos de Miguel Torga surge neste documentário enquadrada por diversos depoimentos, com especial destaque para Eduardo Lourenço e António Barreto. Embora de diferentes gerações, estes dois relevantes investigadores sociais e pensadores portugueses privaram com Miguel Torga, de quem foram amigos, pelo que disponibilizam ao espectador uma análise exclusiva e privilegiada do pensamento torguiano e da visão peculiar de Torga sobre a realidade portuguesa. Produção: Ideias e Conteúdos Realização: Ângelo Peres

07h00 – TODI - A SEGUNDA MORTE DE LUISA AGUIAR

Durante 24 horas, algures no ano de 2008, uma octogenária de porte digno, vestida de negro e de olhar surpreso, percorre locais em Setúbal, Porto e Lisboa. Seu nome: Luísa Aguiar, La Todi. O primeiro nome português cantado nas ruas, a ser disputado por fações rivais, sussurrado por políticos e poetas, inspirador de compositores, vítima de invejas e de cabalas empresariais. Idolatrada nas cortes imperiais da Europa e nos grandes teatros,

amiga de Maria Antonieta, Catarina da Rússia, Frederico da Prússia, Beethoven, de Napoleão Bonaparte, inspiradora de Cherubini e tantos outros, a “Cantatrice de La Nation” morre, viúva, só, quase cega e pobre em Lisboa. A mulher, de passo hesitante mas de mente lúcida, erra por entre gentes e computadores, esplanadas e prédios, becos e teatros, pontes destruídas e conventos, procurando (quase) inutilmente reconhecer esses mesmos locais, agora de triste esquecimento. Interpretada por Laura Soveral, com texto de Maria João Seixas e pesquisa e direção musical do maestro João Paulo Santos. Produção: Midas Filmes Realização: Rui Esteves

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08h00 – À VELOCIDADE DA INQUIETAÇÃO – AMADEO DE SOUZA-CARDOSO

Filho de uma família abastada de proprietários rurais, Amadeo foi um entre nove irmãos e desde cedo revelou grandes aptidões artísticas. Estreou-se na caricatura, passou por arquitetura mas foi na pintura que verdadeiramente se realizou. Determinado e muito seguro de si, Amadeo depressa percebeu que era em Paris que queria desenvolver

as suas capacidades. Em 1906, com 18 anos, partiu para a “cidade luz” onde frequentou um meio artístico em ebulição. Teve oportunidade de viver e de contribuir para os grandes movimentos que surgiam na época como o cubismo, o futurismo, o abstracionismo, o expressionismo. Foram oitos anos em que esteve ao lado de nomes grandes do modernismo, partilhou experiências e dialogou de perto com Modigliani, Brancusi, Delaunay. Foi um dos artistas que mais vendeu na primeira grande exposição modernista das vanguardas europeias nos Estados Unidos. Viveu até ao fim da sua curta vida entre as Montanhas do Marão, trabalhando vertiginosamente, com uma grande intuição, chegando até mais longe do ponto de vista artístico do que muitos artistas do modernismo que continuaram em Paris, dizem os historiadores da arte. Revelou o seu trabalho em Portugal em 1916, já depois de ter exposto nas grandes capitais europeias, Nova Iorque, Boston e Chicago e de ter sido elogiado por importantes críticos internacionais. Mas Portugal era um país pequeno e “fechado” e a sua obra foi recebida com espanto e agressividade. A gripe pneumónica que grassava na Europa apanhou Amadeo na flor da idade e no auge da sua criação. Deixou 10 anos de uma intensa produção artística. São conhecidas mais de 200 pinturas e um número muito superior de desenhos. Produção: Panavídeo Realização: António José de Almeida

09h00 – FERNANDO BENTO

Outubro de 1910. A cinco desse mês foi implantada a república em Portugal. A 26 nasce em Lisboa Fernando Trindade Carvalho Bento. O pai trabalhava no Coliseu dos Recreios de Lisboa e foi aí que, desde muito novo, Fernando Bento entrou em contacto com as artes plásticas. Figurinista, maquetista, caricaturista, pintor e autor de banda

desenhada, de formação autodidata, teve como único complemento o curso de desenho por correspondência, da École ABC de Dessin, de Paris, quando tinha então 19 anos. No início dos anos 30, realizou caricaturas de desportistas e atores, tendo feito ilustração desportiva no jornal Os Sports e para a crítica teatral em Coliseu e Diário de Lisboa, a par da realização de cartazes, cenários e figurinos para o teatro de revista.

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Como figurinista do teatro de revista, recebeu o aplauso da crítica, tendo também feito incursões na publicidade e na Pintura. Apesar do seu gosto e talento pelo desenho, ilustração e pintura, assegurou trabalho como empregado comercial numa companhia petrolífera (BP). Em 1938, com 28 anos, Fernando Bento estreou-se nas histórias aos quadradinhos (BD) e começa uma colaboração com diferentes jornais, que duraria algumas décadas: República, O Século, Diário de Notícias e revistas Diabrete e Cavaleiro Andante foram algumas das publicações a que deu o seu contributo. Foi sem dúvida, um dos mais prolíficos autores de banda desenhada e ilustradores que o país já viu. Neste documentário biográfico estão incluídas imagens de originais da obra do artista, depoimentos de amigos, autores e historiadores / pesquisadores de banda desenhada, diretor do Festival Internacional de BD da Amadora e episódios familiares contados em primeira mão por D. Arlette Bento, viúva do nosso biografado. Produtora: Happygénio Realização: Francisco Torre do Vale

10h00 – UM BOÉMIO DE ESPÍRITO, ALÇADA BAPTISTA

António Alçada Baptista nasceu na Covilhã a 29 de janeiro de 1927. Frequentou um colégio de jesuítas e licenciou-se em Direito. Foi presidente do Instituto Português do Livro. Tornou-se conhecido como autor com a publicação do primeiro volume da obra Peregrinação Interior – Reflexões sobre Deus (1971). Com a eleição de Jorge Sampaio para Presidente da República, foi nomeado seu colaborador.

Produção: Fábrica de Imagens Realização: Diogo Collares Pereira

11h00 – HERMÍNIA, ACTRIZ E FADISTA

Alfacinha de gema, Hermínia desde muito nova manifestou grande aptidão para cantar. Aos treze anos já cantava no Valente das Farturas, no Parque Mayer. E com tanto êxito que logo a convidaram para o teatro, o que aconteceu alguns anos depois, como atração fadista na revista A Fonte Santa. Nunca mais parou. Foi vedeta do Teatro de revista em mais de meia centena de peças ao lado de Estevão Amarante, Irene

Isidro, Vasco Santana, Laura Alves e António Silva, entre outros. Em 1946, ganhou o Prémio Nacional do Teatro, como a melhor atriz do ano, numa charge à Antígona interpretada por Mariana Rey Monteiro.

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Participou nos filmes "A Aldeia da Roupa Branca", "O Costa do Castelo", "Um homem do Ribatejo", "Ribatejo" e "O Diabo era Outro", com Beatriz Costa, Vasco Santana, Milú e António Calvário. Colaborou em várias estações emissoras e nos então muito populares programas "Rádio-Publicitários" - Passatempo APA e Comboio das Seis e Meia. Gravou dezenas de discos com os seus sucessos: Lisboa Antiga, Marinheiro Americano, Velha Tendinha, Mãos Sujas e Chunga Chunga, entre outros. Neste programa destacam-se as participações do seu filho, Mário Silva, do marido, Manuel Guerreiro, e do amigo Mário Gil a quem apoiou a apresentação do primeiro disco "Pelos Caminhos de Portugal". Fernando Pessa referencia também a faceta fadista da artista com testemunhos de Amália e do guitarrista António Pacheco, que ela popularizou com a frase "Anda Pacheco". Todas as facetas da vida artística e pessoal de Hermínia estão ilustradas com diversas fotos e excertos de atuações, registadas pelo cinema, televisão e disco. Produção: Videofono Realização: Nunes Forte

12h00 – LAURA, A INQUIETAÇÃO DE ESTAR VIVA

A presença notável, a voz audaz e articulada, os traços de recorte distinto, a agilidade precisa dos gestos, a inteligência interpretativa e um talento inequívoco – são características de uma atriz maior: Laura Soveral. Reconstituímos a vida da Laura como atriz, não esquecendo as dimensões humanas paralelas à sua carreira.

Desta interação entre a carreira profissional e aspetos mais íntimos da vida e da personalidade de Laura Soveral, numa lógica de causalidade permanente organizada em três atos, nasceu este documentário. Uma viagem através de uma vida cheia. Produção: Filmes do Tejo II Realização: Graça Castanheira

13h00 – A PRETO E BRANCO E CORES

Um documentário sobre o quotidiano em Portugal no dia 24 de Abril de 1974 e no dia 24 de Abril de 2004. Embora o mundo fosse a cores, a verdade é que, em Portugal, em 24 de Abril de 1974, se vivia como se o mundo fosse a preto e branco. Este documentário lembra e conta, com bom humor, como era a vida quotidiana em 24 de Abril de 1974, comparando-a com 24 de Abril de 2004. As diferenças são imensas! Umas são

constrangedoras, outras divertidas, há-as ridículas, e também há semelhanças!

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A partir das 14h00 – OS PRESIDENTES

Série documental de cinco episódios sobre todos os 18 Presidentes da República de Portugal, de 1910 até aos nossos dias. Há mais de 100 anos, Portugal deixou de ser uma Monarquia e passou a ser uma República. Desde então, o mais alto cargo da Nação Portuguesa passou a ter como representante, não o herdeiro, mas o eleito do povo. São esses 18 eleitos que vamos conhecer ao longo desta série organizada em cinco episódios. A série resulta de uma parceria entre a RTP2 e o Museu da Presidência da República. Os primeiros quatro episódios são da autoria de Alexandrina Pereira e Rui Pinto de Almeida. O quinto e último de Mário Rui Cardoso. A consultoria histórica é de António Costa Pinto. Das suas vidas políticas muito se sabe, mas na verdade quem foram estes homens que ao longo dos tempos personificaram os valores da República? “Explorar” o seu lado mais humano, porque ele não deve ser dissociável do modo como desempenharam o cargo e das decisões que tomaram, é o que retrata esta série documental. Comum a todos eles: não ter nascido para ser Presidente. São todos cidadãos comuns… até um dia. Produção: BraveAnt Realização: Rui Pinto de Almeida

OS PRESIDENTES: Episódio 1 Manuel de Arriaga, Teófilo Braga, Bernardino Machado

A 5 de outubro de 1910, a Revolução está na rua. Uma nova Constituição é redigida e um ano depois toma posse Manuel de Arriaga, o primeiro

Presidente da República. Oriundo de boas famílias açorianas, este advogado de Coimbra e deputado republicano procura com a sua magistratura alcançar, num período difícil, a harmonia e a paz social. Traído por Pimenta de Castro resigna ao cargo e remete-se à vida civil sem intervenção política. Sucede-lhe Teófilo Braga, outro açoriano, homem de profundo valor intelectual, reconhecido internacionalmente. Contudo, a dificuldade em impor os seus ideais positivistas aos seus

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companheiros republicanos levam-no a cumprir expressamente o que a Constituição determinava: promulgar decretos. O seu sucessor é Bernardino Machado, um professor de Antropologia na Universidade de Coimbra. O seu mandato ficará para sempre marcado pela importância que dá à educação. Promove o ensino feminino e acredita que o projeto republicano só triunfará com o ensino e a educação cívica dos cidadãos. Nunca abandona os seus ideais políticos e por isso é exilado várias vezes ao longo da sua vida, acabando por fixar residência no Minho e vê-se impedido por Salazar de se deslocar a Sul do rio Douro. 15h00 - OS PRESIDENTES: Episódio 2 Sidónio Pais, João Canto e Castro, António José de Almeida, Manuel Teixeira Gomes

Passaram apenas sete anos desde o dia em que a bandeira verde rubra tinha sido hasteada no Palácio das Necessidades em substituição do estandarte

real. Contudo, Portugal era já um pouco diferente com a República: a relação do Estado com o cidadão alterou-se, o ensino era obrigatório, as meninas começavam a poder estudar, as mulheres organizavam-se em associações cívicas, reforçou-se a separação do Estado da Igreja, e aprovaram-se as leis do divórcio e do direito à greve, enquanto Carolina Beatriz Ângelo se tornava, de modo totalmente fortuito e único, na primeira mulher a votar em Portugal. Na Lisboa de 1917 assistia-se de novo à revolta e davam-se passos largos para outra forma de governar. A revolução de 5 de dezembro desse ano depôs o Presidente Bernardino Machado, deu um rude golpe nas políticas do influente ministro Afonso Costa e saldou-se em 109 mortos e mais de 500 feridos. Os anos de 1917 a 1925 são anos de grande agitação política, de dificuldades económicas e de percalços financeiros. É o tempo da Guerra, das alterações de regime, do protagonismo dos grupos de agitação da rua. Os presidentes deste período exerceram a sua magistratura conforme a sentiram: personalizada com Sidónio Pais, cumpridora com Canto e Castro, moderada com António José de Almeida e distante com Manuel Teixeira Gomes.

16h00 - OS PRESIDENTES – Episódio 3 Mendes Cabeçadas, Gomes da Costa, Óscar Carmona, Craveiro Lopes, Américo Tomaz.

Dos diversos autoritarismos que perpassaram pela Europa nos anos vinte e trinta do século passado, houve um que se manteve durante 48 anos,

sobrevivendo aos ventos de mudança que varreram o Velho Continente no rescaldo da 2ª Guerra Mundial. O Estado Novo, uma nova forma de autoritarismo pensada e posta em prática por António de Oliveira Salazar, suprimiu o liberalismo da I República, perseguiu ferozmente os comunistas, censurou a livre criação, orientou a formação das camadas mais jovens, e limitou fortemente a livre associação de pessoas.

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Os Presidentes da República deste tempo, Mendes Cabeçadas, Gomes da Costa, Óscar Carmona, Craveiro Lopes e Américo Tomás, são militares de carreira e alguns deles mantiveram-se afastados dos valores democráticos instituídos na I República, legitimando uma das mais longas ditaduras europeias. 17h00 - OS PRESIDENTES – Episódio 4 António de Spínola, Costa Gomes

A revolução de abril de 74 pretendeu transformar o país a nível político, económico e social. Os três “dês” de abril – Descolonizar, Democratizar e

Desenvolver – foram a pedra de toque daquela revolução. Os presidentes deste período, os generais António de Spínola e Francisco da Costa Gomes, ainda que provenientes da mesma elite militar do Estado Novo, desempenharam a magistratura de forma oposta. O primeiro tinha uma perspetiva reformista e encarou com desconfiança a descolonização e algumas dimensões da democratização, e o segundo tentou conciliar o dificilmente conciliável, abrindo definitivamente caminho à consolidação da democracia e a um novo período constitucional.

18h00 - OS PRESIDENTES – Episódio 5 António Ramalho Eanes, Mário Soares, Jorge Sampaio, Aníbal Cavaco Silva

No quinto episódio da série “Os Presidentes”, recordamos os mandatos dos quatro chefes do Estado eleitos na vigência da atual Constituição.

Ramalho Eanes e a normalização democrática, alcançada após anos sucessivos de tensão entre militares e partidos. A década de Mário Soares em Belém. Da agressão na Marinha Grande até à condição próxima de “Presidente monarca”. A tranquilidade dos mandatos de Jorge Sampaio, apenas abalada pela “bomba atómica” lançada contra o Governo de Pedro Santana Lopes. E a primeira Presidência Cavaco Silva, fortemente marcada pela crise que se abateu sobre Portugal, mergulhando o país num dos momentos mais críticos da sua História recente. Produção: RTP Realização: Mário Rui Cardoso

19h00 - MARIA DE LOURDES PINTASILGO

MARIA DE LOURDES PINTASILGO, de Graça Castanheira. Um documentário sobre a vida, as convicções e a carreira da primeira e única mulher que ocupou o cargo de Primeiro-Ministro de Portugal. Maria de Lourdes Pintasilgo acreditava que “as mulheres podem constituir uma força de radical transformação da irracionalidade institucionalizada em que vivemos. A multifuncionalidade da sua

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existência, a diversidade dos planos em que se movem, o seu quotidiano dá-lhes uma especial capacidade para, no seio da complexidade, encontrarem um novo entendimento e uma nova eficácia para a governabilidade”. Ao contrário de muitas outras mulheres que terão a mesma convicção, Maria de Lourdes Pintasilgo converteu a sua vida em praxis da própria crença. Produção: Pop Filmes Argumento e realização: Graça Castanheira 20h00 - ANTÓNIO FERREIRA GOMES – DE JOELHOS DIANTE DE DEUS, DE PÉ DIANTE DOS HOMENS

A carta, o exílio e a dissidência…fazem de D. António Ferreira Gomes uma das maiores figuras da Igreja do século XX. “Personalidade granítica”, “homem capaz de liberdade e construtor de homens livres”, “um pastor da Igreja”, “uma figura austera”, “alguém que resistiu”…assim testemunham Carlos Azevedo, Manuel da Silva Martins, Fernando Ferreira Gomes,

José Barreto, Irene Pimentel, José Ferreira Gomes, Mário Soares e António Costa Pinto, num documentário biográfico sobre o bispo controverso, D. António Ferreira Gomes. Nasce no início do século XX na freguesia de Milhundos, Penafiel. António era o quarto de nove filhos de um casal de agricultores abastados. Com uma forte tradição religiosa no seio familiar, não foi de estranhar que com apenas 10 anos fosse enviado para o Seminário. Faz o curso de Teologia no Seminário da Sé e com 19 anos rasgou horizontes e foi continuar os estudos no Colégio Pontifício Português em Roma. Firmado no seu imperturbável pensamento, após o regresso, dedica-se ao ensino e foi um exigente professor de filosofia no Seminário de Vilar. Sobressai entre o corpo de docentes pelo seu lado humanizante, apreciado com entusiasmo pelos alunos. Quando nada o fazia prever, é nomeado Bispo de Portalegre e Castelo Branco, sendo na altura um dos Bispos mais novos em Portugal, e aí a sua vida mudou irremediavelmente, como o próprio diz “o problema foi tornarem-me Bispo”. A sua sensibilidade vem desde logo ao de cima com a situação do proletariado alentejano. Pouco tempo depois é nomeado Bispo do Porto. As eleições fraudulentas de 1958 ditaram a história do país e a sua. Escreve o famoso pró-memória (conhecido como Carta a Salazar), documento que antecipa os pontos de discussão de uma entrevista agendada com o ditador. Linhas intermináveis de uma crítica cerrada à miséria social do povo português, ao corporativismo do Estado e à exigência da livre expressão do pensamento e ação política. Terminaram, assim, os tempos de quietude. Controlado e perseguido pela PIDE, acusado de louco, de comunista, de ser “o bispo das oposições” tornou-se, segundo Irene Pimentel, “a figura incómoda para o regime”. Pagou alto o preço dos seus ideais, com dez longos anos de exílio, vividos em condições miseráveis, entre Espanha, Alemanha, Itália e França. Abandonado pelo episcopado português e sempre pressionado a renunciar ao seu cargo de Bispo do Porto, inclusive pelo Papa, conseguiu manter-se fiel até ao fim e nunca renunciou. Com Marcelo Caetano no poder, vislumbrou o fim do exílio. Regressou à diocese, como se nunca tivesse saído. Depois do 25 de Abril, foi a figura da Igreja mais identificada com a democracia, por ter sido

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protagonista de um momento na história que marca uma maior autonomia entre a Igreja Católica e o regime autoritário. Aceitou livremente a morte com a mesma lucidez com que viveu, “De joelhos diante de Deus, de pé diante dos homens”. Até ao fim com a dignidade de estar de pé, de não se vergar perante o poder. D. António Ferreira Gomes (1906 – 1989), o Bispo ao serviço da liberdade. Produção Panavideo – Telma Teixeira da Silva Realização – Pedro Clérigo 21h00 – EM NOME DA TERRA

EM NOME DA TERRA tem autoria e realização da jornalista Rita Saldanha e produção de Miguel Ferraz e dá a conhecer melhor aos portugueses o homem, a pessoa, o político, o percurso e as ideias de Gonçalo Ribeiro Telles, o Pai da Ecologia, que aos 87 anos tem a certeza de que “o homem do futuro está a nascer por todo o lado e é aquele que, com memória do passado, vai

conseguir construir o futuro, ou seja, juntar a cidade e o campo”. Nos últimos 50 anos, Gonçalo Ribeiro Telles não se tem cansado de alertar Portugal para a necessidade de adotar um modelo de desenvolvimento sustentável. Para este ‘missionário político’ - como lhe chama Nuno Portas - o futuro sustentável assenta numa verdadeira política de Ordenamento do Território, onde é urgente conservar a Paisagem, preservando a Biodiversidade e mantendo os ciclos de vida dos sistemas naturais fundamentais à vida dos portugueses. É EM NOME DA TERRA e da sustentabilidade de Portugal, com espírito de serviço, que este humanista considera que o país vive uma crise de valores por ter governantes ‘desconhecedores do que é a Paisagem‘. Desde sempre incómodo para o sistema, já foi considerado um monárquico lunático. No entanto, sempre que teve os destinos ambientais do país nas suas mãos, saiu em defesa da paisagem, da criação de corredores verdes nas cidades, protegeu o coberto vegetal e as Reservas Agrícola e Ecológica Nacionais. A humanidade está numa encruzilhada, mas segundo o arquiteto paisagista, Portugal ainda é capaz de recuperar. Para isso, o país tem de voltar a ter referências, tem de conhecer a nossa Paisagem, as nossas raízes e as nossas emoções. Para Gonçalo Ribeiro Telles ‘todos estamos numa marcha’. Porém, ‘enquanto caminhamos temos de refletir e ser inquietos na marcha…’ Autoria e Realização: Rita Saldanha Produção: Miguel Ferraz

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Abril 2013

22h00 - JOANA VASCONCELOS – CORAÇÃO INDEPENDENTE

Um filme de Joana Cunha Ferreira com a artista Joana Vasconcelos CORAÇÃO INDEPENDENTE é um retrato da artista Joana Vasconcelos, uma das mais originais e internacionais artistas portuguesas da sua geração. Ao longo de vários meses (de Maio a Outubro de 2007), o filme acompanha o desenvolvimento do seu trabalho e a reflexão que sobre ele a artista faz e a forma como

depois o acompanha nas suas apresentações públicas. É o caso da sua mais recente obra de grande dimensão, o sapato “Dorothy”, que vemos nascer no seu atelier e acompanhamos depois na sua primeira exposição pública aquando da Bienal de Veneza do ano passado, onde também expôs a colcha “Donzela”, na fachada do Palazzo Lucchesi. Mas também a grande exposição antológica da sua obra que teve lugar na New Art Gallery, em Walsall, Inglaterra. Produção: Co-produção da Midas Filmes com a RTP2 e teve o apoio do Instituto Camões, da Fundação Gulbenkian e o investimento do FICA - Fundo de Investimento no Cinema e Audiovisual. Realização: Joana Cunha Ferreira 23h00 - FAUSTO - NO FINAL DA TRILOGIA

A produção do álbum "Em busca das montanhas azuis", de Fausto Bordalo Dias, iniciado em 2010, foi filmada por Miguel Bordalo e Miguel Ribeiro Fernandes, que captaram momentos diversos das diferentes fases, desde a produção das maquetas, onde se podem ouvir músicas na sua versão embrionária, até

ao estúdio de gravação, onde se ouvem as músicas finalizadas, passando pelos ensaios e um concerto no Centro Cultural de Belém. O documentário conta com entrevistas a Fausto Bordalo Dias, Nuno Pacheco, Viriato Teles, músicos e técnicos envolvidos na produção do álbum. Fala-se da trilogia à qual este álbum pertence, a relação de Fausto com os músicos e com a música tradicional portuguesa, assim como do método de trabalho do autor. Mostram-se os detalhes, momentos e resultados do trabalho de Fausto Bordalo Dias no seu último disco de originais que encerra a trilogia "Lusitânia Diáspora”, iniciada em 1982 com o álbum "Por este rio acima" e continuada em 1994 com "Crónicas da terra ardente".

Produção: Onírica, VIA-Visuals Realização: Miguel Bordalo e Miguel Ribeiro Fernandes

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Abril 2013

Dia 26 de abril 01h00 - LONGE DE ABRIL

Em 1975, um fotógrafo italiano testemunhou com a sua objetiva, a luta dos trabalhadores rurais de uma pequena aldeia perdida entre a lezíria ribatejana e a planície alentejana. A aldeia do Couço, hoje vila, dava por esses dias mais um passo na luta pelos direitos dos trabalhadores de não passarem fome e de saírem da miséria em que sempre viveram. Tomaram as terras dos grandes proprietários e tornaram-nas

produtivas. Alguns latifundiários concordavam com a medida, mas a maioria classifica ainda hoje de ocupação selvagem o movimento que ficaria para sempre conhecido como Reforma Agrária. Fausto Giaccone, o fotógrafo de Milão que testemunhou esses tempos de grandes expectativas, de conturbadas rebeliões de um Portugal novo e de uma democracia frágil, regressa ao Couço 35 anos depois para reencontrar os protagonistas ainda vivos. Produção: Mínima Ideia Realização: Margarida Moura Guedes, Paulo Galvão