2013047984_TIAGO DE
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
DISCIPLINA: IDADE ADULTA E ENVELHECIMENTO NO CONTEXTO DA SAÚDE
ALUNO: TIAGO DE LIMA PEREIRA
SAÚDE DO HOMEM – UMA FALA
Saudações, meu nome é Tiago Lima, sou aluno do curso de psicologia da
UFRN e fui convidado para conversar uma pouco com vocês sobre saúde do
homem.
Gostaria de começar contanto uma estória para vocês, a estória de José.
José tinha 10 anos quando percebeu algo sobre o seu pai e perguntou a ele, durante
uma refeição, perguntou o seguinte: “Pai, por que o senhor não vai ao médico? Só
vejo mãe indo”. O pai responde: “Porque sou forte, tenho uma saúde de um touro.
Não preciso de médico. Para você ver, tenho quase 40 anos e faz mais de 20 anos
que nunca mais precisei ir ao médico”. José pergunta: E o que o senhor fez da
última vez que foi? O pai responde já um pouco chateado, querendo terminar de
comer e ir descansar, pois logo teria que voltar ao trabalho - “Cortei minha mão num
copo, naquele bar que eu vou perto daqui”. José queria perguntar mais coisas, mas
no entanto o pai encerrou o assunto e saiu da mesa assim que terminou a refeição.
Maria, a mãe de José, pede para o filho não incomodar o pai e para não ter
medo de ir ao médico, pois ele (José) só iria tomar uma vacina e não era nada
demais. José argumentou disszendo que não precisava de vacina, porque era tão
forte quanto o pai, mas mesmo assim sua mãe o levou ao posto de saúde.
Passaram-se alguns anos, José já estava era um adolescente e estava
passando por uma grande dificuldade, seu pai tinha sido internado devido ao infarto.
Os médicos falaram que a situação do pai era grave e que o mesmo deveria ter
vindo antes ao hospital. A mãe de José até tinha tentado, mas ele ficava repetindo
que era só um mal-estar e que logo iria passar.
Infelizmente o pai de José veio a falecer, a família ficou muito arrasada com a
morte.
Depois de passado o luto, José teve que começar a trabalhar para sustentar a
se a sua mãe. Agora ele era o homem da casa e deveria assumir essa
responsabilidade.
Passaram-se mais alguns anos, José casou-se e trouxe sua mulher para
morar com ele e sua mãe, e junto com sua esposa o casal tiveram dois filhos, Letícia
e Leandro, e sua mãe ainda morava com ele. José aparentemente tinha “puxado” do
pai uma excelente saúde, só reclamava de algunmass dores de cabeça, mas
semelhante ao pai, não costumava ir ao médico, por achar que não necessitava.
Suas justificativas era que o posto de saúde era longeficava distante, tinha uma fila
enorme e isso acabaria fazendo ele perder um dia de serviço.
Certo dia, em final de semana, em houve uma ação social no bairro em final
de semana, José foi com a família para participar. A ação contava com exames
odontológicos (dentista), oftalmológicos (oculista), de diabetes, aferição de pressão
arterial (medir a pressão), dentre outros.
Em um dos estandes tinha alguns estudantes de enfermagem aferindo a
pressão da população e fazendo o exame de glicose. José estava na fila esperando
e logo seria a sua vez. A estudante chamou José para sentar e verificou seus
batimentos cardíacos e aferiu sua pressão arterial. A estudante transpareceu ter
achado algo estranho e refez o mesmo procedimento, viu que os resultados estavam
certos e indicou que José fosse falar com o médico.
Devido a esse dia, José descobriu que sofria de “pressão alta” e que tinha
herdado de seu pai o problema cardíaco. Sua família tinha ficou preocupada, mas o
médico os tranquilizaram dizendo que se José levasse o tratamento a sério, ele iria
ter ainda muitos anos de vida.
José também tinha ficado muito preocupado, pois não queria que seus filhos
passassem pelo mesmo sofrimento que ele passou ao perder o pai, e nem queria
que sua mãe tivesse que passar por essapela situação de perder o único filho. Esse
foi o estímulo principal para que se engajar no tratamento.
Essa história estória me faz parar para pensar e se José fosse o meu pai? E
se eu fosse José? E se algum de vocês fossem o José? Fico imaginando, até
quando iriamos esperar para ir procurar um médico? Só quando estivéssemos com
uma doença muito grave? E se não desse mais tempo? Teríamos perdido nossas
vidas assim tão facilmente, só por acreditarmos que somos super saudáveis.
Hoje há muitas doenças silenciosas, que podem se esconder atrás de uma
simples dor de cabeça, de uma leve tontura, de uma falta de apetite, de uma gripe
que não se cura, por isso é tão importante tomarmos termos cuidado com nossa
própria saúde. Ir ao médico não quer é dizer que está é frágil ou incapacitado e sim
é garantir continuar vivendo com uma excelente qualidade de vida, ou na busca
dela.
Em nossa época, a informação está de mais fácil de ser acessada, então não
há motivos para achar que tudo está bem, seja consciente da necessidade do seu
corpo e também de sua mente.
É fácil de entender que nossos pais e avós tenham uma certa restrição em ir
ao médico, pois eles viveram em um tempo onde se era natural o homem não
precisar ir ao hospital. Onde era visto que o homem era invulnerável, que nada
poderia fazer com que ele caicaíssea ou adoecesseça.
Hoje as mulheres temas mulheres têm um tempo de vida muito maior do que
o dos homens, isso se dá, em grande parte, devido a uma maior preocupação delas
com a própria saúde. Sejamos nós também interessados a procurar saber se temos
alguma doença, pois há estudos científicos que dizem que somos mais vulneráveis a
doenças crônicas e graves do que as mulheres, que muitos consideram como o
“sexo frágil” (ironia).
Não tenhamos medo, preguiça ou vergonha de procurar o médico. Não
vamos usar a desculpa de “quem procura, acha”, pois, se você achar, será um
passo extremamente importe no combate a qualquer doença.
Não se esconda por traz de uma fantasia de super-homem, pois não será
você o único a sofrer com a sua dor. Todos que lhe amam também irão sofrer juntos.
Por isso convido a todos a procurar, um cardiologista, um pneumologista, um
urologista, um proctologista, um clínico, um psicólogo, um psiquiatra. Vamos
procurar a nossa saúde, vamos defender a nossa vida.
Muito Obrigado e tenham um ótimo dia e qualquer dúvida estou à disposição.