2013- CURSO: A CONDUÇÃO DA ANÁLISE - aula 3: O analista opera pelo equívoco
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A Condução da Análise:
O psicanalista, segundo Lacan, opera pelo equívoco:
o que isto quer dizer?
Coordenação Alexandre Simões
ALEXANDRE SIMÕES
® Todos os direitos de
autor reservados.
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Em nosso último encontro:
Sintoma como signo
Sintoma como significante
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Propusemos, portanto, uma distinção que busca pensar a
Psicanálise por uma perspectiva bem específica:
por aquilo que o analisando leva ao
analista
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Mas, e pelo lado do
psicanalista ?
Como podemos localizar a sua
palavra ?
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a propriedade da sua palavra
O lugar da sua palavra
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Uma experiência bastante nítida na
clínica psicanalítica é que
os pacientes almejam encontrar
um Outro que lhes dê respostas
para o seu sofrimento.
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Cada um de nós sabe, perfeitamente, como são vastas as
alternativas e práticas que, em nossa atualidade,
se propõem a fornecer respostas
prontas
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CERTAMENTE, O ANALISTA NÃO DEVE SE ESQUIVAR
DE UMA RESPOSTA...
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Neste aspecto, podemos nos amparar na indicação e, também, na cautela de Lacan:
“não é certeza, não é garantido, mas o analista é o único que tem a chance de ser intérprete” (Seminário 11)
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Pensemos esta resposta junto à trajetória de uma
análise
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A rota de uma análise foi proposta por Lacan como espiralar e não involutiva:
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Ou seja:
um paciente, sempre pode retornar ao ponto de onde partiu: é esperado que ao longo de uma análise acontecimentos, lembranças e fatos sejam abordados mais de uma vez.
Por outro lado, é bastante comum que novos
cenários tragam a marca da repetição.
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Mas, o que vale ser notado é que ainda que o sujeito retorne ao ponto
não retorna o mesmo, já passou por um possível efeito da palavra sob transferência.
de onde partiu,
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Desse modo, temos
trajetórias e
tempos
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Primeiro tempo:
O ponto de partida de uma análise, já nas entrevistas preliminares: ali onde o sujeito
ou não pensa ou não é
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Segundo tempo:
Ali onde o sujeito é e não pensa.
Temos aqui um marcante tempo da análise, onde o sujeito apresenta os efeitos de suas identificações,que tamponam sua divisão subjetiva, alienando-o
aossignificantes mestres
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Terceiro tempo:
À medida em que a análise avança, o sujeito se coloca a associar livremente.
Verificamos, aí,
o sujeito que pensa e não é
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Nesse tempo da análise presenciamos a desestabilização das
certezas identificatórias do sujeito, fazendo com que este se depare com
sua falta-a-ser.
Quanto mais a análise se espirala neste tempo, menos se sabe, certeiramente, quem é.
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Quarto tempo:
O sujeito, experienciado em sua falta-a-ser, implica-se em uma
nova afirmação do sou
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ou não pensa ou não é
é e não pensa
pensa e não é
sou
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O QUE POSSIBILITA ESTAS PASSAGENS POR ESTES
TEMPOS ?
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A PALAVRA DO ANALISTA, NÃO
COMO EXPLICAÇÃO, PORÉM, COMO
EQUÍVOCO
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Prosseguiremos com a pergunta
A palavra do analista é alusiva: onde isto se localiza na clínica?
Até lá!
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