2012 história do ceará
-
Upload
mariano-junior -
Category
Education
-
view
10.594 -
download
2
description
Transcript of 2012 história do ceará
O CEARÁ COLÔNIA• Os europeus, a conquista da América e o “Sonho do Eldorado”;
• O Plano “B”: A cana-de-açúcar, a pecuária, o algodão e o extrativismo vegetal (pau-brasil e as drogas do sertão);
• E o Ceará tinha o que ê?
Nada,nada,nada,nada!!!
MODOS DE VIDA EM CONFRONTO
1- A OCUPAÇÃO TARDIA DO CEARÁ:
• As dificuldades impostas pela natureza (clima árido e ventos muito fortes no litoral);
• A hostilidade indomável dos nativos;
2- O SISTEMA DE CAPITANIAS HEREDITÁRIAS:
• Falta de investimentos e falência;
• O “Siará Grande” e o capitão Antônio Cardoso de Barros;
• A necessidade de ocupação portuguesa devido a presença francesa no Maranhão e no Ceará;
A PRIMEIRA TENTATIVA DE ALDEAMENTO – 1607A- SERRA DA IBIAPABA:• Padres Francisco Pinto e Luis Figueira;
• Os índios Tabajaras - comércio com os franceses;
• A morte de Fco. Pinto e a fuga de Luís Figueira;
• A Igreja Católica só retomou a evangelização do Ceará após a expulsão dos holandeses em 1656.
A EXPEDIÇÃO DE PERO COELHO DE SOUSA:
A- Capitão-mor: expedição para explorar o rio Jaguaribe, combater piratas estrangeiros, “oferecer” a paz aos índios e descobrir minas;
B- Dois fortes: Forte de São Tiago(Rio Ceará ) e outro as margens do rio Jaguaribe;
C- Foi expulso do Forte São Tiago devido o comportamental brutal dos seus homens em relação aos índios;
D- Vitória na Ibiapaba contra os índios tabajaras e os franceses;
E- A seca, os ataques indígenas e a marcha da morte;
A EXPEDIÇÃO DE MARTINS SOARES MORENO:
A- Segundo capitão-mor: participou da expedição de Pero Coelho; amizade com chefe indígena, Jacaúna; voltou ao Ceará com apenas seis soldados e um padre;
B- Construção do Forte São Sebastião;
C- A luta constante contra os franceses;
D- Tentativas de desenvolver a economia local: pecuária, cana-de-açúcar, pesquisas minerais;
E- Lutou contra os holandeses em Pernambuco;
F- Voltou para Portugal onde faleceu.
Franz Post-1645
Nascimento de Fortaleza (Forte São Sebastião)
Forte Schoonenborch
A PRESENÇA HOLANDESA NO CEARÁ:
A- Ocupação do Nordeste: Seus objetivos eram controlar a região produtora de cana-de-açúcar e explorar outras riquezas na região;
B- Ocupação do Ceará: explorar suas riquezas e servir de apoio à manutenção de Pernambuco;
C- Alianças e desavenças com os nativos;
D- Consolidação da ocupação em 1649 sob o comando de Matias Beck – quebra do acordo com Portugal após a Restauração da coroa lusitana;
E- Retorno para Holanda após a derrota holandesa em Pernambuco;
F- Ocupação do forte pelos portugueses; Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção;
Mapa Geográphico da Capitania do Ceará - 1800 - Mariano Gregoriodo Amaral
Obs.: Subordinação à Pernambuco até 1799.
O POVOAMENTO EFETIVO DO CEARÁ:
A- A ocupação do território cearense: litoral de Fortaleza; São José do Ribamar de Aquiraz; Sertão via rios Jaguaribe e Acaraú.
B- Sertão de dentro: dominada pelos baianos, que teriam sido responsáveis pela ocupação do Piauí e do Sul do Ceará;
C- Sertão de fora: que margeando a zona da mata, seguia até o litoral cearense.
D- A “Guerra dos Bárbaros”: portugueses vs. nativos
A terra: visão utilitarista e mercantilistas vs. espaço de sobrevivência e de liberdade;
A PECUÁRIA
A- A MÃO-DE-OBRA:
• Pobres brancos, mestiços e negros (libertos e escravos);
•Na maioria das vezes não tinham um salário fixo; recebiam o pagamento através da quartiação;
• Rara possibilidade de ascensão social no Brasil colônia
B- A “Civilização do Couro” : lucratividade independente do açúcar; charque (pobres e escravos); casas/fortaleza;
C- As feiras e o surgimento de algumas cidades - Quixeramobim, Quixadá, Icó, Iguatu, Sobral e Aracati
D- A DECADÊNCIA DA PECUÁRIA:
• As constantes secas e a dizimação do gado - final do século XVIII;
• A substituição da atividade pecuarista pelo cultivo do algodão – lucratividade- Guerra de Secessão;
• A concorrência do charque gaúcho.
O CEARÁ REVOLUCIONÁRIO1. REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA DE 1817:
A- Liberal republicano e de caráter emancipacionista;
B- Insatisfação generalizada nas províncias nordestinas:
• Crise econômica: queda no preço internacional do açúcar e do algodão;
• A seca de 1816; perda da lavoura; fome;
• Pagamento de altos impostos à Corte;
• Controle do comércio pelo portugueses;
• Influência das ideias liberais.
C- A eclosão do movimento: a prisão de algumas lideranças políticas (latifundiários) acusadas de traição por conspiração; D- Os revolucionários queriam de imediato:• A independência;• A proclamação de uma república;• A liberdade de comércio;• As questões sociais não eram contempladas.
E- A participação cearense: A família Alencar e a cidade do Crato;
F- Podemos apontar como fatores decisivos para o fracasso do movimento no Ceará os seguintes pontos:• Pouca mobilização das camadas populares que ligadas e dependentes dos grandes latifundiários se ausentaram do movimento.
• A falta de articulação dentro da Igreja Católica, que era o único “veículo de comunicação” da época, e pelo fato dos padres estarem em paróquias muito distantes não conseguiram se organizar para o movimento.
• A forte presença do governador Inácio de Sampaio fiel servo do rei, que se preveniu contra os rebeldes antes mesmos deles entrarem na província.
CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR:
1.CONTEXTO HISTÓRICO: • Brasil independente;
• Continuidade da crise econômica (algodão e açúcar);
• Domínio português no comércio;
• Autoritarismo e centralismo de D.Pedro I;
• Dissolução da Assembleia Nacional Constituinte; a nomeação de um aliado de D.Pedro I para o governo de PE.
2. Por quê o CEARÁ participou?
Interesses políticos da família Alencar; descontentamento em relação ao centralismo e ao autoritarismo.
3. As ações rebeldes:• Insatisfação generalizada das camadas populares;
• Aliança militar: PE,CE,RN, PB; compra de armas aos EUA;
• Formação do Grande Conselho no Ceará-445 pessoas;
• Tristão Gonçalves foi confirmado na presidência da província
4. A derrota: • Na tentativa de ajudar aos pernambucanos Pereira Filgueiras e Tristão Gonçalves partiram para o Estado vizinho, e ambos forma mortos em combate;
• Os demais revolucionários acabaram se rendendo, sem luta, para o Lord Cochrane.
• As punições do Padre Alencar e do Padre Mororó: crimes e grupos sociais.
OS NEGROS NO CEARÁ:
1) Os negros constituíam, em média 60% da população cearense no século XIX, segundo os censos oficiais.
2)Negro não é a mesma que escravo.
3)A “coisificação” do negro.
4)O mito da “boa” convivência entre senhores e escravos no Ceará,como motivação para a abolição precoce.
5)A resistência “não-violenta”: Agente da história; negociava com o senhor.
6)Dentre os espaços de autonomia conquistados, destacam-se a brecha camponesa, a família, o lazer e a religião.
7)A resistência violenta: fugas, assassinatos, formação de quilombos, suicídio, rebeliões,etc.
8) O FIM DA ESCRAVIDÃO – 25 de março de 1884:
As mudanças no conceito de trabalho na modernidade;
O movimento abolicionista: jornal “O Libertador”; Sociedade Libertadora Cearense;
Não houve grandes atritos entre escravistas e abolicionistas; indenizações; paternalismo;
A ação épica de Chico da Matilde; Francisco Nascimento; “Dragão do Mar”;
• Ceará “Terra da Luz”.
O CEARÁ NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XIX E INÍCIO DO SÉCULO XX:
1- CONTEXTO HISTÓRICO:
a) “... o século XIX é, por excelência, o século de afirmação do Ceará” (Saraiva Câmara apud Pinto Paiva, 1979:39);
b) A formação de um governo próprio, após a emancipação de Pernambuco em 1799;
c) Produziu movimentos políticos de envergadura nacional:
• Abolicionismo;
• Políticos como os senadores Alencar e Pompeu;
• Intelectuais: Capistrano de Abreu e Rocha Lima;
• Padaria Espiritual e a Academia Francesa de Letras
2- Fortaleza consolidou-se enquanto principal cidade do Ceará por vários motivos, dentre os quais podemos destacar:
a) Acúmulo de capitais decorrentes do comércio exportador do algodão, do café, da borracha e do couro.
b) Centralização política e tributária no Segundo Reinado;
c) A condição de capital que acabava privilegiando-a no que concerne a realização de obras públicas
d) Intensa migração rural-urbana; períodos de seca; reserva de mão de obra.
3- ECONOMIA:
a) Algodão:
• A divisão internacional do trabalho ;a Independência dos EUA e a Guerra de Secessão;
• O “ouro branco” e a fome;
• A modernização da cidade de Fortaleza.
b) Café:
• Mercado interno (RN; PI; PB) e externo (Europa);
• Maciço de Baturité;
c) As primeiras indústrias:
• Têxteis: disponibilidade de matéria-prima;
• Sabão, calçados, cigarros e bebidas;
• Manutenção da estrutura agropecuária;
4- SÍMBOLOS DA “BELLE ÉPOQUE”:
a) Nossas elites políticas, econômicas e intelectuais viram a “necessidade” de “civilizar” e “domesticar” a população, sobretudo os pobres.
b) Calçamento em algumas ruas do centro da cidade. (1856);
c) Linha de vapor para Europa e Rio de Janeiro. (1856);
d) Telégrafos (1881);
e) Novo porto (1891);
f) Telefonia (1893);
g)Academia Francesa -1872;
h) Instituto do Ceará- 1887;
i) Biblioteca pública -1867;
j) Liceu do Ceará- 1845;
l)Colégio da Imaculada Conceição -1864;
O símbolo máximo desse processo de modernização da cidade foi a implantação de um novo plano urbanístico em 1875.
Adolfo Herbster
Escolas, instituições cientificas e grupos literários,
1.Da Academia Francesa -18722.Do Instituto do Ceará- 18873.Da biblioteca pública -18674.Da Padaria espiritual-18925.Do Liceu do Ceará- 18456.Do Colégio da Imaculada Conceição -18647. Jornais populares: “O Vadio”, O Bilontra, O Moleque, Ceará Moleque, O Diabo, O Frivolino,
PADARIA ESPIRITUAL
TEATRO JOSÉ DE ALENCAR
FACULDADE DE DIREITO
“Por oligarquia acciolina entendemos o grupo político liderado por Nogueira Accioly, que administrou de forma autoritária, nepótica, despótica, corrupta e monolítica o estado do Ceará entre 1896 e 1912” (FARIAS, Aírton de, História do Ceará: dos índios a Geração Cambeba; Tropical ,1997.
1- Presidente Hermes da Fonseca; a Campanha Civilista; Política das Salvações;1912;
2- Franco Rabelo vs. Accioly;
PASSEATA DAS CRIANÇAS - 1912
COMEMORAÇÃO DA DEPOSIÇÃO DE NOGUEIRA ACCIOLY
Franco Rabelo
Vs.
Padre Cícero
Sedição de Juazeiro -1914:Fortaleza e RJ
Vs.Coronéis Acciolystas
Beata Maria Araújo
O Santo
Movimento messiânico: Beato José Lourenço e o Padre Cícero
CEARÁ REPÚBLICA 2
1- O CEARÁ GETULISTA -1930-1945
1. Os primeiros interventores foram Fernandes Távora e o capitão Carneiro de Mendonça ; dificuldades de “acomodação” das diferentes forças políticas.
2- A constante e implacável perseguição estatal aos grupos políticos comunistas, populares e independentes do Estado abriu espaço para movimentos conservadores como a Legião Cearense do Trabalho (LCT) e Círculos Operários Católicos (COC)
3- A professora Simone de Sousa, da Universidade Federal do Ceará, define a atuação da Liga Eleitoral Católica, dos Círculos Operários Católicos e da Legião Cearense do Trabalho da seguinte forma:
“... colaboram (...) na montagem de um projeto político para o operariado cearense, educando-o para, juntamente como os patrões, fundarem uma sociedade em que a organização corporativista das classes impede as manifestações dos conflitos sociais.”
4- O Estado Novo no Ceará:4.1- O governador Menezes Pimentel – 1934/1945
A- Lei de Segurança Nacional – fechamento da ANL
B- O Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (DEIP) - Ceará Rádio Club
C- O autoritarismo, a repressão e as perseguições aos opositores do regime varguista
D- Delegacia de Ordem Política e Social (DEOPS)
E- Perseguições e prisões:Jader de Carvalho, Rachel de Queiroz ; morte de lideres comunistas, como Miguel Pereira Lima (o “Amaral”) e Luís Miguel dos Santos (“Luis Pretinho”).
5- O CEARÁ NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
O CEARÁ NA DEMOCRACIA “POPULISTA” (1945 A 1964):
1- A grande novidade desse período foi o surgimento e organização dos primeiros partidos nacionais, tais como o Partido Social Democrático (PSD), o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), a União Democrática Nacional (UDN) e o Partido Social Progressista (PSP)
A- Fernandes Távora (UDN), Olavo Oliveira (PSP), Carlos Jereissati (PTB) e Menezes Pimentel (PSD)
B- Na capital, Fortaleza, destacou-se a liderança de Acrísio Moreira da Rocha
C- Entre 1945 e 1964 houve uma alternância no poder entre os partidos políticos e lideranças oligárquicas que migravam de um partido para outro de acordo com os seus interesses pessoais.
2- “A União pelo Ceará e a consolidação das lideranças de Carlos Jereissati e Virgílio Távora”
2.1- A oposição sempre serviu como “fiel da balança”
2.2- Construção de um eleitorado independente, ou seja, longe do domínio dos “coronéis” do sertão.
O CEARÁ DOS CORONÉIS (1963 – 1982):
1. CORONÉIS: Virgílio Távora, César Cals e Adauto Bezerra.
2. Política modernizadora voltada para os incentivos à industrialização:
A- Administradores-técnicos: BNB e SUDENE;
B- Concessão de financiamento para novas indústrias;
C- Montagem de uma infra-estrutura: energia, porto e estradas.
A ERA DAS MUDANÇAS
1- A “Era das Mudanças” ou “Geração Cambeba” é o nome dado ao grupo político, liderado por Tasso Jereissati, que assumiu o controle político do Ceará, em 1987:
A- Tasso, Ciro, Tasso, Tasso, Lúcio Alcântara e Cid Gomes (?).
O modelo político econômico da geração Cambeba:1- Demissão de 50 mil funcionários públicos, sendo 20 mil deles fantasmas.
2- Combate real a corrupção e promoção no aumento da arrecadação tributária.
3- Corte nos gastos públicos, inclusive na educação e saúde.
4- Incentivo a indústrias e ao turismo.
5- Autoritarismo do jovem governador.
6- Forte estrutura publicitária de apoio ao governo.