19/03/2014 - Classificados - Edição 3011

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FOTOS FERNANDO LEVINSKI DIVULGAÇÃO Páginas 12 e 13 BENTO GONÇALVES Quarta-feira 19 DE MARÇO DE 2014 ANO 47 N°3011 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Página 6 Página 14 Dalmóbile vai deixar a cidade Obras na ETE serão retomadas Empresas Corsan A fabricante de móveis Dalmó- bile está trocando Bento Gonçal- ves por Carlos Barbosa. Terreno, com quase 200 mil metros qua- drados, foi adquirido e as obras iniciam em 2015. Prefeitura tenta reverter a situação e manter uni- dade funcionando na cidade. Anúncio foi feito pelo superin- tendente regional da Corsan em Bento Gonçalves, Alexsander Pacico, e trabalhos da empresa responsável pela construção da Estação de Tratamento de Esgo- to no Barracão devem ser reini- ciados em até 40 dias. Faixa seletiva Comunidade não aceita como policiais agiram na morte de Anderson Styburski e Danúbio da Costa Dor e revolta no Santa Helena Estudo aponta corredor inviável Páginas 8 e 9 Levantamento técnico foi realizado em 2011 por empresa especializada contratada pela prefeitura

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Bento Gonçalves/RS

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Páginas 12 e 13

BENTO GONÇALVESQuarta-feira19 DE MARÇO DE 2014ANO 47 N°3011 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Página 6 Página 14

Dalmóbilevai deixara cidade

Obras na ETE serão retomadas

Empresas Corsan

A fabricante de móveis Dalmó-bile está trocando Bento Gonçal-ves por Carlos Barbosa. Terreno, com quase 200 mil metros qua-drados, foi adquirido e as obras iniciam em 2015. Prefeitura tenta reverter a situação e manter uni-dade funcionando na cidade.

Anúncio foi feito pelo superin-tendente regional da Corsan em Bento Gonçalves, Alexsander Pacico, e trabalhos da empresa responsável pela construção da Estação de Tratamento de Esgo-to no Barracão devem ser reini-ciados em até 40 dias.

Faixa seletiva

Comunidade não aceita como policiais agiram na morte de Anderson Styburski e Danúbio da Costa

Dor e revolta no Santa Helena

Estudo aponta corredor inviávelPáginas 8 e 9Levantamento técnico foi realizado em 2011 por empresa especializada contratada pela prefeitura

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Semanário na Internet

Todos são culpados Editorial

A mistura de dor e revolta são comuns quando crimes da natureza do ocorrido neste domingo, 16, acontecem em Bento Gonçalves. Infelizmente, a constatação é de que to-dos os envolvidos na questão são culpados desta tragédia. Como o “se” não existe, esta é a realidade que atormenta a vida das famílias de todos os envolvidos nesta situação. No desempenho de sua função social, a polícia tem sido alvo constante de atenção e de críticas. Na maior parte delas, as análises são contaminadas por uma polarização primária em que são apontados com uma nitidez ilusória os moci-nhos e os bandidos, o bem e o mal.

Não vão faltar aqueles que, nas redes so-ciais, vão querer condenar a atitude de um ou de outro. Nós, que olhamos a situação de fora, julgamos, muitas vezes, sem ana-lisarmos os fatos de forma isenta. Afinal, é mais fácil dizer que os policiais são ban-didos, ou que os rapazes são vagabundos. Sobraram comentários deste tipo ao longo destes três dias.

Neste crime horrível, que provoca dor e revolta ao mesmo tempo em familiares das vítimas e mo-radores dos bairros Santa Helena e Fátima, não há mo-cinhos e nem bandidos. Existem apenas culpados. Sim, ninguém pode se eximir de culpa numa ocorrência destas e isto é fato.

Os jovens que morreram no baú da Fiorino sabiam que era errado pegar carona naquele compartimento, mas, mesmo assim, vieram nele. O motorista da Fiorino, que tinha carteira provisória, sabia que não poderia dirigir al-coolizado, andar em alta velocidade e levar pessoas de ca-

Nós, que olhamos a situação de

fora, julgamos, muitas vezes, sem

analisarmos os fatos de forma isenta

rona naquele veículo, mas, mesmo assim, o fez. Os policiais militares tinham o conhecimento que atirar daquela forma em um veículo não é o procedimento mais correto, mas, mesmo assim, acabaram fazendo.

Ficam agora os questionamentos. Porque o motorista não parou após as insistentes ordens dos policiais? Por qual motivo os policiais não deram nenhum tiro nos pneus da Fiorino? O revólver era dos rapazes ou foi realmente plantado pela Brigada Militar? Todas estas perguntas e ou-tras mais terão que ser respondidas pelo delegado Álvaro

Becker, responsável pelo inquérito policial.A Brigada Militar de Bento Gonçalves é

destacada no município pelos seus relevan-tes e prestativos serviços. O policiamento comunitário aproximou os policiais aos ci-dadãos e a confiança na segurança pública aumentou sensivelmente. Porém, o mês de março tem sido atípico em termos de vio-lência. Foram seis mortes em duas sema-nas, sem falar nas dezenas de roubos, furtos e arrombamentos que vinham acontecendo.

Tanto a imprensa, quanto a comunidade em geral co-bravam uma resposta dos órgãos de segurança. E, talvez, na ânsia de dar uma resposta positiva em mais uma ação, estes policiais tenham se excedido. São eles agora bandi-dos, criminosos? Inocentes morreram numa ação onde todos os envolvidos erraram de alguma forma. O senti-mento de culpa vai permanecer por muito tempo, com certeza. Mas é importante também não virar as costas para uma instituição que tanto faz por nosso município como a Brigada Militar.

Quarta-feira, 19 de março de 20142 Opinião

Punição? Para quando?Há pouco tempo, a presidenta Dilma sancionou lei

de combate aos corruptores. No momento, pensei com meus botões: Ué, mas já não existe lei prevendo punição aos corruptores? Sim, pois inexistiriam cor-ruptos se não existissem corruptores, não é mesmo? Aliás, o senador Pedro Simon, que pouco fez em trin-ta anos na função, já havia manifestado a necessida-de de se “punir essa gente”. Por isso pensei que ela já existia. Mas, por que, mesmo, essa lei foi criada? E quando será, efetivamente, aplicada? Ou, mais es-pecificamente, será que será, mesmo, aplicada? Bem, se for não sobrará muitos dos que prestam serviços e fazem obras para os poderes públicos. As rodovias, por exemplo, deveriam ser o alvo primeiro dessa lei de combate aos corruptores. Não posso acreditar que uma rodovia seja “recuperada” e menos de 90 dias depois já apresente defeitos. Um exemplo bem defi-nido disso é a RS-446, trecho entre Carlos Barbosa e São Vendelino. Quando Yeda Crusius foi governado-ra, o recapeamento dela foi feito. A RS-446 ficou, vi-sualmente, muito boa. Mas, eis que muito, mas muito pouco tempo depois ela começou a “descascar”. Sim, descascar, já que a camadinha de asfalto colocada ali foi fininha, muito fininha. E aí a pergunta que se im-põe é: Que tipo de asfalto foi contratado? Com que

espessura? Qual o tempo de garantia desses serviços? Tudo foi feito dentro do contratado? Quem assinou a autorização para pagamento da obra? A empresa responsável fez a recuperação do asfalto após sua de-terioração em tão pouco tempo? E há dezenas, cente-nas, quiçá milhares de exemplos de obras mal e par-camente executadas, mas, regiamente pagas com o dinheiro de nossos impostos, por todo o Brasil. Aqui, em Bento, temos um exemplo emblemático: o posto de recepção turístico da Pipa Pórtico. Muito dinheiro foi pago para erguê-lo e, recentemente, apresentou defeitos graves de construção. A Prefeitura notificou a empresa construtora sobre tais defeitos, mas terá que recorrer à justiça para ter o ressarcimento devi-do, já que a própria prefeitura terá que fazer o con-serto. E não deveria ser assim. Constatado o defeito, os reparos deveriam ser imediatos, independente-mente de processos judiciais. Sabidamente, muitas obras são executadas fora dos padrões contratados e normalmente aceitos. Mas, corruptores e corruptos campeiam soltos Brasil afora. Quando essa lei come-çará, mesmo, a ser aplicada? Quando as obras públi-cas não serão mais sinônimas de “serviço porco” em grande parte? Pois é! Somente quando a impunidade acabar isso mudará.

Antô[email protected]

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Quarta-feira, 19 de março de 2014 3Opinião

Painel

Brigada Militar lança Força Tarefa

Esportivo é punido, mas não perde pontos

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Semáforo Semanário

PARE!

ATENÇÃO

SIGA!

O aumento da criminalidade e de homicídios em Bento Gonçalves.

Para a saída de grandes empre-sas de Bento para outras cidades.

A contratação de médicos para fortalecer as UBSs do município.

PMDB vai de Sartori para governador. E o PP vai de Ana Amélia. Na campanha o pessoal do PMDB que está na Prefeitura (coligado com o PP de Pasin) vai se licenciar para fazer a campanha de Sartori? Depois da campanha vão voltar? Ou será que vão ficar quietinhos nos seus cargos? Envie a sua sugestão de pergunta pelo e-mail [email protected]

A pergunta que não quer calar

Ricardo Schiavon, arquiteto da RS Arquitetura, Planeja-mento Urbano e Assessoria em Trânsito

“Mais grave é distorcer dados apresentados e justificar que

foram tirados do estudo realizado em 2011”

“Vergonha! Bento é uma cidade linda. Tenho orgulho de ter nascido aí, mas infelizmente foi manchada no cená-rio nacional por uma dúzia de lixos (pessoas) racistas, em pleno século 21 temos que conviver com isso”.

Cléber Ramos

“Se a polícia se preocupasse mais em pegar os bandi-dos do que ir para a Planalto atrás de carro rebaixado já seria grande coisa, até porque carro rebaixado não faz mal a ninguém. Mal faz quem vai para a Planalto armado, mata alguém e depois sai de vítima”.

Renata Delliberali

O Conselho Regional de Desenvol-vimento da Serra (Corede Serra) rea-liza hoje, quarta-feira, uma audiência pública, às 19 horas, no auditório do bloco B da UCS/Carvi uma audiência para debater o Ciclo Orçamentário Estadual referente aos anos de 2014 e 2015. Entre os assuntos que serão de-batidos está a realidade orçamentária e financeira do Estado, apresentação do desenvolvimento da região com base no planejamento estratégico do Corede, definição de 10 áreas temáti-cas dentro das opções oferecidas pelo orçamento e apresentação de etapas do ciclo orçamentário e a escolha de membros para a Comissão Coordena-dora Regional do ciclo orçamentário.

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A mudança na remuneração dos depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) levaria a aumento nas taxas de finan-ciamento imobiliário, na avaliação do procura-dor-geral o Banco Central (BC), Isaac Sidney Menezes Ferreira, em petições enviadas ao Su-perior Tribunal de Justiça (STJ) e ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Diversas ações na Justiça pedem a substi-tuição da Taxa Referencial na remuneração do FGTS por correção por índices de inflação de saldos das contas do FGTS dos trabalhadores. O empregador deposita todo mês o valor cor-respondente a 8% do salário do empregado. O valor pode ser sacado pelo empregado em caso de demissão sem justa causa ou para comprar a casa própria, por exemplo.

Celulares piratas, os famosos “xing--lings”, estão com os dias contados no Brasil. Está no ar, desde segunda-feira, 17, o Sistema Integrado de Gestão de Aparelhos (Siga), programa desenvol-vido pelas operadoras brasileiras para bloquear tablets, smartphones e apa-relhos falsificados no país. Aparelhos que não possuem certificação da Agên-cia Nacional de Telecomunicações, a Anatel, também serão bloqueados. No entanto, a medida não vai desativar os dispositivos de imediato. A partir de hoje, o Siga vai montar um banco de dados com informações sobre todos os equipamentos ele-trônicos em uso no Brasil e a desativação dos gadgets falsificados só acontecerá em setembro.

Ações do FGTS podem mudar financiamento

Abertas inscrições ao Sisutec

Caça aos xing-lings

Estão abertas as inscrições o Sistema de Seleção da Educa-ção Profissional e Técnica em Bento Gonçalves. A iniciativa do governo federal tem o objetivo de formar mão de obra na área técnica conforme a necessidade apresentada pelo mer-cado de trabalho local. São 80 vagas para o curso de técnico em Turismo. Todas são oferecidas no Senac. A consulta aos cursos e vagas deve ser feita no site sisutec.mec.gov.br. Neste link, também é possível efetivar a inscrição. Para participar, o candidato precisa ter feito o Enem em 2013 e obtido nota maior que zero na redação. É necessário o número de inscri-ção e senha do Enem no momento do cadastro. As notas de corte estão sendo divulgadas até a sexta-feira, 21, a partir de 2h. As matrículas acontecem entre os dias 26 e 28 deste mês.

Debate sobre o orçamento estadual

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Paulo Vicente Caleffi

Olhem para cima

........e vejam que bagunça.

É só andar pelas ruas da cidade e olhar a fia-ção entre os postes: tem de tudo, desde enfei-tes de Natal que lá estão pendurados há vários anos a rolos incompletos de fios.

É uma confusão que certamente nem os res-ponsáveis por aquele rolo devem entender.

Os enfeites de Natal são umas lâmpadas, da-quelas comuns, dependuradas em fios verdes, pendendo desde a luminária até o poste. Já era “coisa feia” quando nova, recém instalada, e agora... está um lixo. Coisa digna das favelas do Rio de Janeiro.

Os rolos de fios dependurados nos postes parecem serviços inacabados, deixados lá para serem usados numa outra ocasião, se ne-cessário.

Tem fios de todos os tipos e muitos deles de-pendurados em diversas alturas, como se esti-vessem segurando os postes.

Tem como dar um jeito nisto?. Bento merece mais atenção.

Uma vez era com a CEEE e com a CRT. Hoje já não se tem certeza sobre quais os responsáveis pelo estrago. Tem tanta gente de empreiteiras trabalhando e são tantas as possibilidades de contratantes que fica difícil saber de quem é o descaso.

O nome, por enquanto, é POLUIÇÃO VISU-AL. Algum dia poderá ser “acidente elétrico”.

Crônica

Quarta-feira, 19 de março de 20144 Geral

Primeira edição da ação reuniu centenas de pessoas com seus pets

PT de Bento vai ter candidato a deputado

Na noite de quinta-feira, dia 14 de março, duran-te a Reunião da Executiva do PT de Bento Gonçalves, juntamente com a presença do Presidente Estadual Ary Vanazzi, novamente foi in-dicado a pré-candidatura do líder de Bancada na Câmara Vereador Moacir Camerini para Deputado Estadual.

Durante as últimas reu-niões de Executiva Munici-pal e Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Bento Gonçalves o nome do vereador Moacir Cameri-ni, líder da bancada do PT, tem sido citado por vários companheiros para colocar o nome para pré-candidato a Deputado Estadual por Ben-to e região da Serra Gaucha.

Camerini que já concor-reu a Deputado Estadual em 2010 sem apoio do PT Mu-nicipal. Atualmente conta com grande apoio do par-tido devido ao seu trabalho junto o a bancada de verea-dores na Câmara, princi-palmente pela sua atuação

A PEDIDO

como vereador que apresen-tou o maior número de propo-sições de 2013 na Câmara de Vereadores.

“Tenho sido convidado e in-dicado por vários companhei-ros e por lideranças munici-pais para estar colocando meu nome como pré-candidato a Deputado Estadual. Sinto-me honrado e também com uma grande responsabilidade em ser lembrado para uma mis-são de tamanha importância

para nossa sociedade.” rela-ta Vereador Camerini.

Ainda a documentação do vereador para esta pré-can-didatura já foi encaminha-da para executiva Estadual, mas o vereador não teria confirmado plenamente se aceitará este desafio, ale-gando que se houver outro candidato com melhores condições, poderia abrir mão para uma construção partidária do PT local.

Separar um dia inteiro para você e o seu pet. Este é o ob-

jetivo do 2° Daycare Pet, even-to promovido pela ONG Patas Focinhos e a Clínica Veteriná-ria São Francisco de Assis nes-te sábado, 22, das 9h às 16h, no pátio do CTG Laço Velho.

A ação contará com mostras de adestramento e agility com o adestrador Adriano Vargas, ex-posições de linhas pet, incluin-do produtos de higiene, de saú-de, alimentação e acessórios com preços promocionais. Pa-ra os donos dos pets, o evento contará com a participação do Bento Brechó, de uma consul-tora de beleza que dará dicas de maquiagem, além de mateada comunitária e música.

“Repetimos a fórmula da pri-meira edição. No ano passado

ONG promove ação para donos e pets

Daycare

deu em torno de umas 100 pes-soas, sabe passando o duran-te o dia inteiro”, relata Luana Azzolini, veterinária da Clíni-ca São Francisco.

Junto ao Daycare ocorrerá o

1º Encontro dos Animais Ado-tados junto a ONG Patas Foci-nhos e a Feira de Adoção para aqueles que ainda não encon-traram seus companheiros ca-ninos e felinos.

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Quarta-feira, 19 de março de 20146 Geral

Bento perde empresa Dalmóbile

Ciente da decisão de mudan-ça da Dalmóbile, o prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, afirma que a adminis-tração não medirá esforços para manter a empresa na cidade. “Sabemos que esta é uma decisão pontual e estraté-gica da empresa. Mesmo assim trabalhamos com o objetivo de que o espaço industrial seja mantido, preservando a gera-ção de empregos”, afirma.

Para isso, a prefeitura traba-lha na ideia de que a Dalmóbile mantenha na cidade um braço de sua indústria, para que a área em que ocupa atualmente não se torne um espaço ocio-so. “Independente da constru-ção desta nova unidade física gostaríamos que a empresa mantivesse em Bento um es-paço industrial. Não vão faltar esforços na busca de soluções para que esta unidade opera-cional se mantenha em funcio-namento na cidade”, comple-menta Pasin.

De acordo com o prefeito, o objetivo é pensar no bem-estar de mais de 190 funcionários que precisarão se deslocar dia-riamente até Carlos Barbosa. “Respeitamos a decisão da em-presa, mas pensamos também na questão logística. Apesar dos trabalhadores receberem esse transporte até outra cida-de, temos que levar em conta esse desgaste diário. Indepen-dente da decisão final da Dal-

Os bons resultados em 2013, a excelente prospecção de

negócios e o reconhecimento da empresa no município não foram fatores suficientes para a permanência da empresa Dalmóbile em Bento Gonçal-ves. Com falta de espaço para expansão, a fabricante de mó-veis anuncia a mudança de en-dereço e confirma projeto de nova fábrica em Carlos Barbo-sa. A previsão para início das obras do novo parque fabril está confirmada para início de 2015, mas a notícia é suficiente para movimentar o polo mo-

Setor moveleiro

Unidade se muda para área de 200 mil metros quadrados em Carlos Barbosa para instalação de novo parque fabril

Prefeitura tenta manter indústria

Da Redaçã[email protected]

veleiro que mensura as perdas para o município e os impactos da mudança.

Com registro de faturamen-to próximo a R$ 50 milhões em 2013, a empresa possui 112 lojas exclusivas. Além da receita, a Dalmóbile leva também a mão de obra de 190 funcionários. “Evidente que levaremos toda a nossa mão de obra junto, oferecen-do transporte e boas condi-ções de trabalho. Esse é um processo natural, pois não há mais possibilidade de expan-são onde estamos mesmo ten-do inaugurado a fábrica atual há apenas dois anos”, destaca o Presidente da empresa, Ju-

venal Antônio Dalcin.Para Leonardo Giordani,

presidente do Centro da In-dústria e Comércio, o processo de migração de empresas em busca de locais mais vantajo-sos a sua produção, mesmo sendo ruim para a cidade de onde elas saem, é natural que aconteça. “Nós como entidade lamentamos sempre que uma empresa fecha, ou se muda para outro lugar, pois com elas vão os impostos e os empre-gos. Serve como reflexão para podermos ver em que devemos nos aprimorar e evitar isso, e também como podemos nós, atrairmos empresas para nossa cidade”, destaca.

móbile não gostaríamos de ter nenhum prejuízo na geração de empregos”, avalia.

Na área de 200 mil metros quadrados adquiridos em Car-los Barbosa, a Dalmóbile re-ceberá toda sua produção. O anúncio oficial do projeto foi realizado na sexta-feira, 14, durante a Feira de Oportuni-dades de Negócios da ACI em Carlos Barbosa.

Desburocratização para atrair empresas

O presidente do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmó-veis), Henrique Tecchio, la-menta a saída da empresa, mas respeita a estratégia adotada. A perda para o município está, segundo ele, na possível gera-ção de empregos e do retorno da arrecadação de impostos para o município.

Neste sentido, Tecchio desta-ca os entraves que influenciam na dificuldade de expansão das empresas. O espaço geográfi-co pouco favorável é um deles. “Infelizmente nossa geografia não ajuda muito para que as empresas possam expandir. A falta de áreas específicas para as indústrias se instalarem também é um fator que inter-fere, fazendo com que algumas empresas decidam sair do mu-nicípio ou optem, também, por não vir pra cá”, explica.

A saída, segundo Tecchio, é facilitar os processos buro-cráticos e criar medidas que facilitem a liberação de alva-rás ambientais ou de funcio-namento. “Medidas básicas de desburocratização facilitariam os processos, atrairiam mais empreendedores, proporcio-nando um cenário diferente ao setor”, destaca.

Conforme o presidente, a decisão da Dalmóbile não in-fluencia a saída de outras em-presas de Bento. “Vejo essa questão como um caso pon-tual, de necessidade e estraté-gia da equipe”. A proposta, se-gundo Tecchio, para preencher a possível lacuna que a empre-sa deixa no setor moveleiro e no cenário industrial do mu-nicípio é incentivar empresas especializadas em tecnologia. “Essas empresas demandam de pouco espaço. Esta seria uma alternativa para a dificul-dade de áreas amplas. O incen-tivo para as empresas locais e as de fora deve andar em para-lelo”, finaliza.

Atualmente, a Dalmóbile fa-brica mobiliário para pratica-mente todos os espaços da casa, inclusive home office. Os pro-dutos são fabricados em MDF com equipamentos de ponta importados de diversos países do mundo. Além do mercado nacional, a Dalmóbile abastece lojas no Peru, Panamá, Para-guai e Angola.

Romeu Dalcin, diretor Administrativo e Financeiro, e Juvenal Antônio Dalcin, presidente. Sócios da Dalmóbile comentam a mudança

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Quarta-feira, 19 de março de 2014 7Geral

Colheita da uva está na fase final

A colheita da uva encontra--se na reta final. Porém,

a estimativa inicial era que fossem colhidos cerca de 700 milhões de quilos de uvas, mas quantidade poderá ser in-ferior ao projetado pelo Insti-tuto Brasileiro do Vinho (Ibra-vin). Na próxima semana, os membros da entidade deverão se reunir para avaliar os dados da produção deste ano e reali-zar um balanço geral.

Para o presidente do Con-selho Deliberativo do Ibravin, Moacir Mazzarollo, até o mo-mento a colheita transcorreu de forma tranquila, e se pode destacar o bom teor de açúcar da fruta. “Ocorreu uma redu-ção na quantidade que está sendo colhida, porém a quali-dade está muito boa, o que irá beneficiar os vinhos e espu-mantes produzidos na região”, explica.

Segundo o presidente do Conselho da Ibravin, os viti-cultores que realizaram a co-

A 5ª Sagra Trevisana reuniu centenas de pessoas no Distrito de Faria Lemos durante todo o domingo, 16. O evento propor-cionou momentos de integra-ção que tiveram por objetivo resgatar e valorizar as tradi-ções, a cultura e os costumes dos imigrantes italianos que se fixaram nesta região, sendo a

Faria Lemos

Safra 2014

Dias quentes e pouca ocorrência de chuva garantiram a qualidade da fruta, apesar de quantidade ser inferior ao projetado

Sagra Trevisana marca o encerramento da vindima

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Pisa de uva foi uma das atrações do evento realizado no domingo

Produção total poderá ficar abaixo dos 700 milhões de quilos projetados inicialmente pele setor vinícola

Estefania V. [email protected]

lheita nos meses de janeiro e fevereiro de uvas viníferas e americanas precoces obtive-ram bons resultados. O mês de fevereiro foi mais favorá-vel, pois foram registrados dias de calor intenso e de

pouca chuva o que influen-ciou para uma boa qualidade da uva. Mesmo com os dias nublados a fruta teve um grau de açúcar bom. No entanto, os produtores que estão colhen-do a partir do dia 10 de março,

foram um pouco prejudicados pelo período de chuvas. Entre as variedades que se desta-cam estão a Isabel e Concord. Conforme Mazzarollo, a esti-mativa é que o produto é de qualidade um pouco melhor

do que no ano de 2013. Ou-tro ponto destacado favorável desta safra é o valor pago pela uva, que passou de R$ 0,57 para R$ 0,63 aos viticultores.

Recebimento

A vinícola Aurora recebeu até sexta-feira, 14, 55 milhões de quilos de uvas. De acor-do com o diretor geral Alem Guerra, resta receber cerca de um milhão de quilos até sexta-feira, 21, quando a sa-fra 2014 será encerrada. “As-sim, estamos com um volume de safra que deverá alcançar a previsão inicial da empresa e que é muito similar à safra 2013”, analisa.

Apesar da safra apresentar semelhanças com a do ano anterior houveram algumas mudanças com relação às va-riedades. Guerra esclarece que onde algumas se sobressaem em qualidade, especialmente as precoces, como por exem-plo, a Chardonnay e Pinot Noir, e intermediárias, espe-cialmente a Merlot e Riesling.

maioria de origem Trevisana.A edição deste ano iniciou com

a celebração de uma missa em dialeto Trevisano (talian) e apre-sentações artísticas, além da pisa da uva, pão assado no forno à le-nha, vitelo al menarosto, confec-ção de cestos de vime, artesanato e jogos. A Sagra Trevisana mar-cou o encerramento da Vindima.

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Quarta-feira, 19 de março de 20148 Geral

Estudo técnico descarta corredor de ônibus em Bento Gonçalves

A Diretora da Embarq Brasil diz que o segre-do do sucesso de um bom sistema de transpor-te é a integração com outros modais existentes da cidade, criando uma rede estruturada. No caso de Bento ela aponta: ônibus, microônibus e bicicletas.

“Distâncias curtas podem ser facilmente ven-cidas a pé ou por bicicleta; distâncias médias podem ser realizadas em bicicleta, contribuin-do para a saúde, meio ambiente e mobilidade urbana em geral” recomenda.

Quanto às ciclofaixas ou ci-clovias, Daniela Facchini expli-ca que estas devem ser pensadas de forma integrada aos corredores de ônibus e principais desti-nos, como forma de facilitar a in-tegração entre os modais. “Im-portante pensar em bicicletários e paraciclos como infraestrutura com-

A Embarq Brasil é uma organi-zação que auxilia governos e em-presas no desenvolvimento e im-plantação de soluções sustentáveis para os problemas de transporte e mobilidade nas cidades brasileiras. O objetivo da Embarq é, ao promo-ver o transporte sustentável, traba-lhar para reduzir a poluição, me-lhorar a saúde pública, diminuir a emissão de gases de efeito estufa e criar espaços públicos urbanos seguros, acessíveis e agradáveis ao convívio.

Criada em 2005, a Embarq Brasil integra a rede Embarq, que tem se-de em Washington, nos EUA, dentro do World Resources Institute (WRI), o qual lhe deu origem em 2002.

A organização desenvolveu o BRT Simulator, que ajudou a trazer para o Rio de Janeiro a sede dos Jogos

Olímpicos de 2016, ao provar pa-ra o Comitê Olímpico Internacional que os sistemas BRT projetados têm capacidade de transportar o público que o evento atrairá para a cidade. Entre as parcerias da Embarq Brasil com prefeituras destacam-se as do Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG) e Porto Alegre (RS), com as quais assinou Termos de Coopera-ção Técnica.

Em janeiro, a organização partici-pou da Transformig Transportatiom 2014 realizada na sede do Ban-co Mundial, em Washington, DC. A Embarq Brasil é presidida por Luis Antonio Lindau, É uma das maiores autoridades em mobilidade urbana e transportes públicos do país. Lin-dau é professor do Departamento de Pós-graduação de Engenharia de Produção da UFRGS.

Nas mais de 140 páginas do diagnóstico do sistema de

transporte público urbano por ônibus de Bento Gonçalves, realizado pela RS Arquitetura, Planejamento e Consultoria em Trânsito Ltda no segundo se-mestre de 2011, a palavra “cor-redor” é citada uma única vez, no item de uso e ocupação de solo, e para referir-se aos cor-redores lineares formados por um grupo de ruas que fornecem centralidades para os bairros, com estímulo ao uso não resi-dencial. Mesmo assim, o Secre-tário Municipal de Mobilidade Urbana, Mauro Moro, cita o estudo de 2011 como referência para a implantação dos corredo-res de ônibus e táxis, alegando, inclusive, que seria indicada a instalação do mesmo.

O arquiteto da RS Arquite-tura, Planejamento Urbano e Assessoria em Trânsito Ricar-do Schiavon, em 2012, apre-sentou durante uma audiência pública o estudo realizado pela empresa, com diversas infor-mações e números captados por técnicos que verificaram in loco e fizeram um levantamen-to minucioso do transporte pú-blico por ônibus no município. São informações que apontam desde quilômetros percorridos pelos ônibus em seus itinerá-rios, número de passageiros, rotas, cálculo IPK (Índice de Passageiro por Km), compo-sição de frota, enfim, um con-junto de dados e informações coletados nos diferentes pro-cedimentos adotados para a composição do diagnóstico do território local e do sistema de transportes atualmente opera-do no perímetro urbano da ci-dade de Bento Gonçalves. Em nenhum dos itens da conclu-são e das sugestões apontadas está a implantação do corredor de ônibus e táxis.

Por isso, o arquiteto diz que cabe à atual administração jus-tificar as decisões tomadas, uma vez que no estudo não foi apon-tado nada sobre corredor de ônibus e táxis. “O mais grave é distorcer dados apresentados e justificar que foram tirados do estudo realizado em 2011. Cabe à administração pública apre-sentar o estudo que justifique

Mobilidade Urbana

O Plano Operacional do Sistema de Transporte Público Urbano por Ônibus detectou que o maior problema no município é a capilaridade, ou seja, as linhas que dão voltas no interior dos bairros e fazem com que os roteiros se tornem longos e demorados

Ana Inês [email protected]

tal atitude, lembrando que um estudo é determinante para a implantação de um corredor”.

Capilaridade

Na apresentação do estu-do, na Câmara de Vereadores em fevereiro de 2012, Ricardo Schiavon apontou como uma das medidas a serem adotadas, com base no estudo técnico, a divisão das linhas em cores dentro de seis eixos principais que cortariam a cidade – um sétimo eixo estaria previsto após a implantação do corre-dor moveleiro que ligaria cer-ca de 250 empresas de móveis. “Com estas mudanças, a inten-ção seria diminuir o tráfego de ônibus no centro e reduzir a chamada capilaridade, ou seja, as linhas que dão voltas no interior dos bairros e fazem com que os roteiros se tornem longos e demorados. Ninguém está a fim de fazer turismo ou ficar passeando de ônibus”, avaliou na ocasião.

A conclusão do diagnóstico apontou, entre outros itens, que a excessiva capilarida-de, ou seja, as linhas que dão voltas no interior dos bairros, com diferentes derivações, acaba por criar espaçamentos muito grandes entre os horá-rios de viagem. “Esta excessi-va capilaridade também gera tempos adicionais de viagens com maior dispêndio de frota, rodagem e, como consequên-cia, maiores custos operacio-nais” destacao estudo.

Segundo Schiavon, os exces-sivos tempos de espera fazem com que os usuários se des-loquem para eixos com maior oferta de viagens, provocando maiores tempos de caminha-da, em alguns casos superiores a 30 minutos. A não integração entre as empresas operadoras, quando a origem e o destino envolvem zonas distintas, pro-voca a utilização de dois ôni-bus, com dupla tarifação ou um maior tempo de caminhada, também é outro apontamento feito pelo estudo técnico. “Es-tes dois aspectos, somados, acabam por estimular o uso de outros modais como a moto e o veículo particular, conforme comprovam os elevados índi-ces de motorização do municí-pio” ressalta.

Incentivo ao uso de bicicletasEmbarq Brasil é referência em mobilidade urbana e transporte público

Em nenhum dos itens da conclusão do estudo técnico encomendado pela prefeitura aparece a implantação de corredores de ônibus e táxis nas ruas de Bento Gonçalves

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Estudo técnico descarta corredor de ônibus em Bento Gonçalves

A Diretora da Embarq Brasil diz que o segre-do do sucesso de um bom sistema de transpor-te é a integração com outros modais existentes da cidade, criando uma rede estruturada. No caso de Bento ela aponta: ônibus, microônibus e bicicletas.

“Distâncias curtas podem ser facilmente ven-cidas a pé ou por bicicleta; distâncias médias podem ser realizadas em bicicleta, contribuin-do para a saúde, meio ambiente e mobilidade urbana em geral” recomenda.

Quanto às ciclofaixas ou ci-clovias, Daniela Facchini expli-ca que estas devem ser pensadas de forma integrada aos corredores de ônibus e principais desti-nos, como forma de facilitar a in-tegração entre os modais. “Im-portante pensar em bicicletários e paraciclos como infraestrutura com-

plementar às vias”. Segundo ela, o desenho de ciclofaixas ou ciclovias deve levar em con-sideração aspectos de engenharia de seguran-ça viária para evitar acidentes. E recomenda: “também devem ser muito bem sinalizadas”.

Para finalizar, Daniela Facchini recomenda organizar o crescimento da cidade de acordo com “a cidade que queremos ter”. “Mais huma-na, mais densa, menos dependente do trans-porte individual motorizado. Enfim, deve-se

pensar em planejar a cidade para as pessoas, e não para acomodar

os veículos”.

O Plano Operacional do Sistema de Transporte Público Urbano por Ônibus detectou que o maior problema no município é a capilaridade, ou seja, as linhas que dão voltas no interior dos bairros e fazem com que os roteiros se tornem longos e demorados

Quarta-feira, 19 de março de 2014 9Geral

Especialista diz que corredor não deve ser de ônibus e táxis

Incentivo ao uso de bicicletas

A Diretora de Projetos e Operações da Embarq Brasil, engenheira Daniela Facchini, diz que não é a implantação de um corredor de ônibus que vai resolver todo o problema da cidade. “Outro ponto é que não se recomenda comparti-lhar faixas de ônibus com tá-xis. Táxis atrapalham a ope-ração. Esta medida vai contra a tendência de priorização do transporte coletivo. São Pau-lo, por exemplo, anunciou que os táxis não podem mais entrar nas faixas de ônibus. Foi uma luta de alguns anos até tirá-los do espaço dedica-do aos coletivos” explica. Ou-tro ponto levantado diz res-peito à fiscalização da invasão da faixa de ônibus por outros veículos, como será feita? “É recomendável implantar um sistema de câmeras para fis-calização efetiva”, diz a enge-nheira.

Segundo a engenheira, é necessário investir em um conjunto de ações de pla-nejamento e estruturação de um sistema integrado de transportes. Ela destaca que a Embarq Brasil defende que, investindo em quatro pilares - qualificação do transporte coletivo, incentivo ao uso do transporte não motorizado, regulação do uso do transpor-te individual e combinação de diferentes usos do solo - tor-na grandes as chances de su-cesso em transformar a cida-de em um lugar melhor para se viver e prosperar.

“Bento é uma cidade rica, altamente urbanizada, onde mais de 90% da população é urbana, enquanto que a mé-dia brasileira é 85%, segundo o IBGE, e com altíssima taxa de motorização, com um auto-móvel para cada 2,5 habitan-tes, quando a média nacional é um automóvel para cada 4,5 habitantes, conforme o Dena-tran. Ou seja, há muitos carros nas ruas. À medida que a cida-de cresce, se não tomarmos

providências de reorganização do espaço viário, as vias de maior fluxo irão congestionar” analisa a engenheira, que é natural de Bento Gonçalves.

E o que fazer diante deste ce-nário? Para Daniela Facchini, que é formada em Engenharia Civil e possui mestrado em En-genharia de Transportes pela UFRGS, não existe solução úni-ca para os problemas de mobi-lidade urbana de uma cidade. Entre as sugestões, com em-basamento técnico, apontadas pela Diretora da Embarq Brasil, está a reorganização das rotas, otimizando percursos, o que ela considera essencial para que o transporte seja mais eficiente (rápido). “Mas não podemos deixar de atender regiões mais afastadas. Capilaridade é essen-cial ao acesso da população ao transporte coletivo. Devemos garantir que todos acessem o sistema caminhando no máxi-mo 500 metros. É aí que entra o sistema integrado: muitas vezes não é necessário ter uma linha de ônibus convencional para determinada região da cidade, porque a demanda é baixa e não justifica um ônibus grande. Po-

demos alimentar o sistema de ônibus usando linhas mais curtas, dentro dos bairros, de microônibus. Estes alimenta-riam linhas de ônibus que vi-riam ao centro, por exemplo”.

Daniela Facchini exemplifi-ca que existem corredores de ônibus que transportam 400 passageiros por hora (12 ôni-bus por hora) e existem cor-redores que transportam 48 mil passageiros por hora (os chamados BRT, 280 ônibus por hora). “O cálculo não é fei-to com uma simples fórmula que determine se um corredor deve ou não ser implantado se tiver cinco ônibus a mais ou a menos circulando por hora. A análise é muito mais subjetiva e relacionada a dar prioridade ao modal que transporta mais passageiros. É questão de dis-tribuir o espaço da via de for-ma equitativa.”

A engenheira diz que “o sis-tema de transporte coletivo só será capaz de atrair usuá-rios do transporte individual se ele for de qualidade. E um dos requisitos principais da qualidade do serviço é a con-fiabilidade no sistema.

Engenheira Daniela Facchini aponta as falhas do uso do corredor

Em nenhum dos itens da conclusão do estudo técnico encomendado pela prefeitura aparece a implantação de corredores de ônibus e táxis nas ruas de Bento Gonçalves

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Quarta-feira, 19 de março de 201410 Geral

Curso prepara jovens para atender demanda

Com o encaminhamento da segunda etapa do Projeto da Faixa Seletiva no município, as obras para implementa-ção na rua Júlio de Castilhos iniciaram na terça-feira, 18. A primeira medida consiste na manutenção do asfalto do lado direito da via. Devido ao grande fluxo de veículos, parte do asfalto em frente a uma das paradas de ônibus está bastante danificado.

De acordo com o secretá-rio de Mobilidade Urbana, Mauro Moro, as modificações serão feitas gradualmente. “Estamos preparando a rua para que em breve possa re-ceber a Faixa Seletiva. O pró-ximo passo é a sinalização da via e adequação das paradas”, afirma. A parada de ônibus, localizada em frente ao antigo Magnatas do Xis, irá recuar alguns metros da calçada para garantir a segurança dos usuários. “Essa decisão foi to-mada para que os ônibus e tá-xis possam circular e se apro-ximar com mais segurança”.

Moro destaca as alterações com o ponto de táxi e o tem-po dos semáforos na Júlio de Castilhos e avalia a primeira etapa realizada na rua Barão

Na primeira turma ainda estão abertas seis vagas, que podem ser preenchidas até a próxima semana. Os interessa-dos devem possuir idade supe-rior a 15 anos e estar cursando ou ter concluído o ensino mé-dio ou fundamental. As aulas são ministradas de segunda à sexta-feira, das 7h45min às 11h45min. Conforme o diretor do Senai/Cetemo, a qualifica-ção terá a duração de um ano e meio, e possibilita aos alunos saírem empregados. “Indica-

Qualificar pedreiros em edi-ficações é apenas um dos

objetivos do curso de pedreiro em edificações. Desde segunda--feira, 17, cerca de 20 jovens iniciaram a qualificação no Ser-viço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) / Centro Tec-nológicos do Mobiliário (Cete-mo) em Bento, através do Pro-grama Jovem Aprendiz.

Segundo o diretor do Senai/Cetemo, César Augusto Modena, o curso é completo e prepara o aluno para trabalhar no canteiro de obras. “Esse é um curso para que qualquer pessoa que quei-ra seguir na área da construção civil, como por exemplo, cursar engenharia civil ou arquitetura, fazer um curso nessa área é mui-to bom”, explica. Além disso, é um setor que está precisando de mão de obra, porém muitas pessoas ainda acreditam que é necessário fazer a massa de concreto manualmente, porém atualmente o sistema é mecani-zado menos nos casos de assen-tar o tijolo e do azulejista.

O professor Michel Marcante aponta que é um momento de conhecimento, pois é a primei-ra vez que o curso é ofertado em Bento. A proposta do curso é fa-zer com que o profissional pro-porcione segurança a sua obra, desenvolva o acabamento, e após o aprendizado realizado com a técnica. “O pedreiro vai sair trabalhando com seguran-

Faixa Seletiva Construção civil

Cerca de 20 alunos serão qualificados como pedreiros de edificações

Obras de implementação iniciam na Júlio de Castilhos

Seis vagas ainda estão disponíveis

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Professor Michel Marcante orienta a turma de aprendizes no Senai

Projeto inicia com adequação de asfalto e localização de táxis

Ponto de táxi da Júlio de Castilhos passará para a Mário Mônaco

Estefania V. [email protected]

ça na construção civil”, ponde-ra. Segundo o professor, ele sai-rá do Senai como um pedreiro de edificação júnior, porém em virtude da idade que estará con-cluindo o curso não poderá as-sumir uma obra, mas terá toda a base da aprendizagem. Entre os fatores que podem chamar a atenção das pessoas interessa-das em realizar o curso está os ganhos financeiros, porém para isso terá que ser um bom pro-fissional. Marcante lembra que por mais que a tecnologia avan-ce é preciso de alguém para coordenar o processo.

Primeiras aulas

O estudante Lucas Pereira Go-dói, 15 anos, avalia os primeiros momentos de estudos estão sen-do positivos. A única menina en-tre os alunos é Cátia Rodrigues da Silva, 17 anos, que deseja

futuramente cursar engenharia civil. A ideia é se preparar para entrar na universidade. Para ela, é um meio para se qualificar e propõe um aprendizado. “Pela apresentação do professor na primeira aula iremos aprender muito”, comenta. Ela concluiu o ensino médio. Outro aluno que está motivado com o inicio do curso é Alan Ractz dos Santos, 15, que relata que o pai atua no ramo e está aproveitando para trocar ideias sobre o setor.

No primeiro dia do curso, o presidente da Associação das Empresas de Construção Civil da Região dos Vinhedos (Ascon Vinhedos), Diego Pa-nazzolo e o vice-presidente de Finanças, Andrey Arcari, acompanhados do supervisor de Inovação e Tecnologia do Senai-Cetemo, Renato Ber-nardi, visitaram em sala de aula os jovens aprendizes.

mos que fiquem mais um tem-po para adquirir experiência. No canteiro de obras tem mui-ta coisa que não conseguimos simular na escola”, esclarece.

O curso é divido em quatro módulos, totalizando 1.200 horas/aula no qual será desen-volvida toda a parte prática, de alvenaria, carpintaria e realiza-das visitas técnicas no canteiro de obras. O profissional sairá apto para executar a parte de instalação elétrica e hidráulica. “É um curso para trabalhar em

canteiro de obras e também é bem interessante para quem quer ser pedreiro de reparos, tanto que as pessoas estão ga-nhando muito bem fazendo esse serviço”, ressalta Modena.

O profissional poderá optar em trabalhar por conta ou em um canteiro de obras. “Vamos incentivar para que seja mestre e evoluir na área de engenha-ria. Colocar o aluno para dar o primeiro passo inicial para a carreira e para as atividades da construção civil”, conclui.

do Rio Branco. “Temos pre-visão de concluir a segunda etapa no início de abril, junto com a expansão da faixa sele-tiva na Barão do Rio Branco até o terminal. Já observamos progressos nessa primeira etapa com uma boa organiza-ção do trânsito”, avalia.

Táxis com nova localização

Para implementação do projeto na Júlio de Castilhos o ponto de táxi, localizado em frente ao INSS, passará para a rua Mário Mônaco. De acordo com Paulo Redante, presidente do Sindicato dos Taxistas, a alteração já era esperada e não deve afetar no trabalho realizado. “Essas mudanças precisam ser fei-tas para descentralizarmos os serviços do Centro, pro-porcionando mais rapidez ao trânsito. A alteração é posi-tiva e deve melhorar com a adaptação dos motoristas”, afirma. As alterações dos pontos nas próximas ruas contempladas pelo projeto (Osvaldo Aranha e Saldanha Marinho) estão sendo anali-sadas pelos taxistas.

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Quarta-feira, 19 de março de 2014 11Geral

Balada Segura inicia em Bento

Após adesão de Bento Gon-çalves ao programa Balada

Segura, o Detran/RS promove na manhã de hoje, 19, uma re-união de sensibilização sobre a iniciativa. O primeiro contato com a comunidade tem como foco a constituição do Comitê Municipal da Balada Segura que terá a tarefa de desenvol-ver ações educativas paralelas às blitze de fiscalização.

O envolvimento das comuni-dades é uma etapa considera-da fundamental pelo Detran/RS, pois amplifica o trabalho da fiscalização. De acordo com o secretário adjunto da Secre-taria de Gestão e Mobilidade Urbana, Vanderlei Mesquita, o comitê será composto por no mínimo 14 entidades (sete

Conscientização no trânsito

Detran realiza primeiro contato com a comunidade para constituição de um Comitê Municipal engajado com a proposta

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Reunião com comunidade acontece hoje na Fundação Casa das Artes

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governamentais e sete entida-des civis). “A partir da criação do comitê poderemos dar se-quência ao programa criando uma sintonia fina aos apoia-dores. Vemos a adesão ao Ba-

lada Segura como um apoio às atividades que estão sendo feitas”, comenta.

O trabalho de imersão no tema trânsito será realizado com educadores, represen-

tantes do comércio, imprensa e organizações da sociedade. Segundo Mesquita, o próximo passo após a criação do Comi-tê é a assinatura de um de-creto sobre o Balada Segura. Com a adesão à iniciativa, o município pode ter acesso ao material educativo, equipa-mentos como etilômetro, me-sas, cadeiras, equipamentos de iluminação para as blitz, além de um maior retorno no Auto de Infração de Trânsito (AIT). “Já recebemos mate-rial de divulgação e de tra-balho. A parceria só tem a contribuir com o município”, complementa Mesquita.

O evento acontece na Sala de Cinema da Casa das Artes às 9h. Na parte da tarde, agentes de trânsito e brigadianos que atua-rão nas futuras blitze da Balada Segura no município passam

por capacitação na CETEC. O Detran prevê ainda a realização de uma blitz educativa.

Sobre o Balada Segura

Balada Segura é uma parce-ria do Governo do Estado, por meio do Detran/RS, Brigada Militar, Polícia Civil e Comitê Estadual de Mobilização pela Segurança no Trânsito. Con-siste em uma ampla ação de mobilização em defesa da vida, oficializada por convênio firma-do entre o Estado, através do Detran/RS, e a municipalidade. Atua, inicialmente, por meio de blitze de fiscalização e educação e ações promovidas pelo Co-mitê Municipal, combatendo, principalmente, a condução de veículos por motoristas alcooli-zados. O projeto Balada Segura já acontece em 20 municípios.

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Assassinato de jovens intriga a comunidade

A forma como morreram os jovens Anderson Sty-

burski, 16, e Danúbio Cruz da Costa, 20, ainda intriga a co-munidade de Bento Gonçalves. Passados três dias dos aconte-cimentos, todos se perguntam se a atitude dos jovens de fu-gir da polícia foi imprudente e ocasionou a tragédia ou se os policiais utilizaram de for-ça excessiva no combate a esta imprudência. As investigações ainda estão em fase inicial e somente após todas as teste-munhas serem ouvidas e os resultados das perícias serem apresentados é que um posi-cionamento concreto sobre os homicídios deve ser revelado. O crime ocorreu no domingo, por volta das 5h15min de do-mingo, 16, durante uma fuga após uma abordagem da Bri-gada Militar.

As versões são duvidosas e fazem com que as opiniões se dividam em relação ao acon-tecido. Nas comunidades do Santa Helena e Fátima existe um misto de dor e revolta. Os jovens mortos eram conheci-dos de todos e muito queridos, além de não terem passagens pela polícia. Os policiais, por sua vez, alegam que só atiraram após ouvirem dois disparos efe-tuados em direção à viatura.

Além disso, é questionada a imprudência do motorista da Fiorino em dirigir em alta velocidade após ingerir bebi-da alcoólica. Nas redes sociais do Semanário, não faltaram opiniões relatando que, se ele tivesse atropelado o filho de al-guém, como seria a reação da comunidade. Os internautas também questionaram os mo-tivos que levaram os policiais a não atirarem nos pneus do veí-culo, apenas na lataria.

Até que os fatos sejam in-teiramente esclarecidos, não é possível tirar conclusões. De certo apenas que duas vi-das foram perdidas e não têm como ser recuperadas. Sofrem os pais dos mortos, sofrem os amigos e também os policiais e seus familiares. Um estrago na vida de todos.

O mistério que envolve a ação dos policiais militares Edegar Jú-nior de Oliveira Rodrigues, de 29 anos, e Neilor dos Santos Lopes, de 23, na ocorrência que tirou as vidas de Anderson Styburski e Danúbio Cruz da Costajá está sendo investigado pela Polícia Civil e a Corregedoria-geral da Brigada Militar. De acordo com o comandante do 3º Batalhão de Policiamento em Áreas Turísti-cas (3º BPAT), por precaução, eles foram afastados do policia-mento ostensivo e ficarão traba-lhando no quartel da BM.

Em entrevista coletiva, o co-mandante do 3º BPAT sustenta que os policiais só atiraram após terem ouvido dois disparos de revólver contra as viaturas. A versão oficial da BM dá conta que a Fiorino em que estavam os quatro jovens estava em alta

O titular da 2ª Delegacia de Polícia, delegado Álvaro Bec-ker, já está ouvindo as teste-munhas e envolvidos no crime ocorrido no bairro Fátima. Ele revela que pretende chamar o proprietário do revólver calibre .38 encontrado na Fiorino onde os rapazes estavam mortos. O exame residuográfico tentará descobrir se algum dos rapazes disparou a arma. O resultado dessa perícia pode demorar pelo menos 30 dias.

De acordo com o delegado, o dono da arma, que estava com duas cápsulas deflagradas, já foi identificado. Becker não confir-ma, mas familiares das vítimas

A morte dos jovens Ander-son e Danúbio ocorreu após a Fiorino onde eles estavam fugir de uma abordagem de uma viatura policial. Tiago de Paula, de 18 anos, que dirigia o veículo, revela que o grupo havia bebido no sítio de um amigo na Linha Alcântara e que foi abordado por uma via-tura da Brigada Militar. Não parou com medo de perder a CNH provisória e levar uma multa, além de estar carre-gando passageiros no baú do veículo, o que é proibido.

Os policiais tentaram vá-rias vezes fazer com que os jovens parassem o veículo, sem sucesso. No final da rua Domênico Zanetti, no bair-

Homicídio no Fátima

Anderson Styburski e Danúbio da Costa morreram após perseguição da BM

Militares vão fazer serviços burocráticos

Delegado quer ouvir o dono do revólver

Fuga e mortes na rua

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Fiorino onde estavam os rapazes foi alvejada com vários tiros

Major Marinho informa que investigação será feita pela corregedoria

Sepultamento dos amigos foi marcado por muita emoção

Marcelo [email protected]

Quarta-feira, 19 de março de 201412 Segurança

velocidade e uma viatura da BM encostou e pediu ao motorista que parasse, o que não foi obe-decido. Após um cerco policial, a Fiorino teria batido em uma das viaturas da BM e, segundo os policiais, dois tiros teriam sido disparados contra a viatu-ra, com o veículo seguindo em fuga. Somente neste momento teriam ocorrido os disparos por parte dos policiais.

Marinho revela que foram apreendidas e entregues à pe-rícia duas pistolas calibre .40 e uma espingarda calibre 12. Em relação à forma e de onde foram efetuados os disparos, o comandante afirma que so-mente o resultado da perícia poderá divulgar. Ele lamenta o ocorrido e revela que os po-liciais também estão abalados com tudo que aconteceu.

afirmam que o revólver é oriun-do da cidade de Novo Hamburgo. O titular da 2ª DP revela que não há registros de furto ou perda da arma. O objetivo é saber como a arma foi parar com os rapazes.

Becker afirma que a espin-garda calibre 12 estaria com o policial Neilor Lopes, enquan-to Edegar Rodrigues estaria com a pistola. O delegado não soube precisar quantos tiros atingiram as vítimas, mas os familiares afirmam que foram cinco disparos em Anderson Styburski e outros quatro em Danúbio da Costa. Pelo menos 15 disparos foram encontrados pela perícia na Fiorino.

ro Santo Antão, ele tentou subir uma rua de estrada de chão e o veículo patinou, descendo de ré e batendo na parte frontal da viatura.

Neste momento, os policiais Edegar Rodrigues e Neilor Lo-pes desceram do veículo e, ale-gando ouvirem dois disparos, atiraram várias vezes contra a Fiorino. Tiago de Paula conse-gue dirigir até o bairro Fátima, entrando na casa do menor W., que estava a seu lado no veículo. Neste momento, An-derson Styburski e Danúbio da Costa já estavam mortos no baú da Fiorino. Os policiais isolaram o local e foram alvo da revolta dos moradores da comunidade.

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Quarta-feira, 19 de março de 2014 13Segurança

Vítimas eram queridas na comunidade

Jovens negam confronto com a BM

Os dois jovens que perde-ram as vidas na madrugada de domingo são descritos com muitos elogios por familiares e amigos. Danúbio Cruz da Costa, de 20 anos, nasceu em Pelotas, na zona sul do Estado, mas morava em Bento há cerca de três anos e trabalhava como pedreiro. Anderson Styburski, 16 anos, cursava o Ensino de Jovens e Adultos (EJA) no Co-légio Bento Gonçalves da Silva.

Para o amigo e vizinho de Danúbio, Luis Carlos Gomes, o rapaz sempre foi muito feliz e levava uma vida tranquila, longe de problemas. “Nunca vi esse guri se envolver em con-fusão, nem drogas ou armas, ele era sempre bem visto por todos, sempre bem acompa-nhado”, conta. O amigo o con-siderava como um “irmão”.

Além disso, o jovem de 20 anos era conhecido por gos-tar de esportes. “Ele sempre

Os dois jovens sobreviven-tes da Fiorino, que foi al-

vejada por disparos efetuados pela Brigada Militar (BM) na madrugada de domingo, 16, afirmam que eles não entra-ram em confronto com a BM. Tiago de Paula, de 18 anos, que era o condutor do automó-vel, e W. R., 15 anos, desmen-tem a versão dos integrantes da BM de que eles atiraram nos militares.

O condutor, em entrevista a reportagem do Semanário, confessa que os brigadianos tentaram abordar o veículo em vários momentos, porém, segundo Tiago, ele não obe-deceu por estar transportan-do quatro pessoas no veículo, quando o permitido é, no má-ximo, duas. Além disso, ele possui a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) provisória, e teve receio de perder o docu-mento por causa da infração. O motorista relata que a per-seguição ocorreu por algumas ruas e, em um determinado

Os envolvidos

Sobreviventes afirmam que não tinham arma. Condutor revela que fugiu da abordagem com medo de perder sua CNH

W.R. e Tiago de Paula estavam nos bancos da frente do veículo

Familiares de Danúbio Cruz da Costa (esq) e Anderson Styburski (dir) afirmam que os jovens levavam vidas tranquilas, sem fazer coisas erradas

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momento, ele tentou subir em uma rua, porém, o veícu-lo patinou. Foi neste instante, segundo Tiago, que a viatura da BM encostou atrás. Como o veículo não conseguiu subir toda a rua, o motorista soltou o freio da Fiorino que desceu de ré e acabou colidindo com

a viatura. “Eu soltei o freio da Fiorino, ela veio para trás e empurrou o Fiesta (viatura da BM), o Fiesta foi para a direi-ta e eu vim para a esquerda”, explica.

Foi neste momento, de acor-do com o relato do motorista, os policiais teriam saído do

veículo empunhando as armas e ordenando que parasse o veí-culo. “Ele (W.R.) escutou que eles falaram perdeu, perdeu, para, para! (...) eu engatei a pri-meira (marcha) acelerei e fui, quando passei por eles, eles ati-raram com a doze (espingarda) do lado...”, relata Tiago.

De quem é a arma?

O condutor do veículo afirma que o revólver calibre 38 que, segundo a BM, teria sido en-contrado dentro da Fiorino não pertence a nenhum dos jovens que estavam dentro do veículo. “Não era nossa”, enfatiza.

Quando a viatura encontrou os jovens na residência do me-nor W.R., o motorista afirma que um dos policiais questio-nava de maneira insistente onde estava a arma. Durante este momento, Tiago reitera que foi agredido com chutes pelo policial. “Ele me chutou, chutou minha cabeça”, recla-ma. Após um dos policiais ter aberto o compartimento de carga da Fiorino, Tiago reve-la que um dos policiais colo-

cou a arma na cabeça dele e o ameaçou: “Cadê a arma? Eu vou te matar se tu não me falar onde está a arma!”, teria dito o membro da BM.

Quando um dos policiais mi-litares encontrou os dois jovens mortos dentro do veículo teria questionado: “e aqueles dois mortos?”, Tiago afirma que res-pondeu apontando para os dois militares, um deles teria nega-do a autoria dos disparos.

O menor

“Eu achei que eles fizeram uma coisa muito errada. Nós não fizemos nada de errado, nem se a gente tivesse reagi-do eles não tem esse direito de atirar em nós, de atirar para matar. Atira nos pneus para nos parar”, é desta maneira que o menor W.R., que estava sentado no banco do carona, descreve como aconteceu os momentos que resultaram na morte dos dois amigos.

Ele opina que a BM não está preparada para matar, mas para fornecer proteção e segu-rança para a população.

jogou muito futebol, e gostava demais de andar com a moto dele por aí”, relembra.

O pai do rapaz, João Luis Gonçalves da Costa, conside-

rava o filho como um “jovem trabalhador, não bebia, não fu-mava. Meu filho era perfeito”.

Anderson Styburski, de 16 anos, era considerado muito ale-

gre por todos. O estudante tinha muitos planos e gostava de sair com os amigos.

A tia de Anderson, Loirane Sil-veira, considerava o sobrinho um

jovem estudioso, que se dedi-cava a família e era bem visto por todos. Durante os finais de semana a atenção era dedicada aos amigos.

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Quarta-feira, 19 de março de 201414 Geral

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Pacico respondeu a questionamentos dos vereadores durante a sessão

É sabido que mais de 80% dos funcionários do Tacchi-ni – Sistema Integrado de Saúde é do sexo feminino. Diante disso, não há justi-ficativas para deixar passar em branco essa data tão es-pecial. Assim, por mais um ano o Hospital Tacchini, as Farmácias Tacchimed e o Plano de Saúde Tacchimed, por meio do Comitê de En-domarketing, realizaram algumas ações para home-nagear as cerca de 1.300 colegas, valorizando sua dedicação e comprometi-mento.

Na última semana, além do tradicional lanche diá-rio, todas tiveram a opor-tunidade de receber um kit com docinhos e um cartão alusivo à data.

Também foi realizado o sorteio de dez maquiagens e diversos brindes que fo-ram doados pela Associa-ção dos Funcionários do Tacchini.

Além daquelas que de-

“Mulher, com seu jeito especial de ser, você é exemplo de amor, perseverança, coragem, determinação e inteligência”

Tacchini festeja o Dia Internacional da Mulher

senvolvem seu trabalho em Bento Gonçalves, foram lem-bradas, também, as colegas das farmácias de Guaporé e de Veranópolis, bem como as

que trabalham nos escritó-rios do Plano de Saúde Tac-chimed pela região.

Mais uma vez então, Para-béns a todas as Mulheres!

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Obras iniciam na ETE Barracão

Após mais de 15 meses de interrupção das obras

na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Barracão, o superintendente regional da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), Alex-sander Pacico, comunicou que uma ordem de reinício das obras foi dada na sexta-feira passada, 14. A paralisação aconteceu a pedido do Mi-nistério Público (MP) no dia 3 de dezembro de 2012, após operários terem encontrado no local um muro com valor histórico.

Pacico comunicou a reto-mada das obras na sessão da Câmara de Vereadores da segunda-feira, 17. O superin-tendente explicou que o an-damento das obras acontecerá em paralelo com as avaliações

Corsan

Superintendente regional da Corsan, Alexsander Pacico, comunicou que os trabalhos reiniciarão entre 30 e 40 dias

Fernando [email protected]

do arqueólogo. “Acredito que empresa responsável pelo tra-balho conseguirá retomar as obras entre 30 e 40 dias, até lá ela se organizará com a mon-tagem do pátio de trabalho”, explica Pacico.

Para dar prosseguimento

aos trabalhos, a Corsan havia solicitado ao Instituto do Pa-trimônio Histórico e Artístico Estadual (Iphae) uma avalia-ção do local com o objetivo de identificar se haviam novos pontos com valor histórico. Porém, na época, o Iphae afir-

mou não ter condições de rea-lizar a avaliação. A partir disso a Corsan solicitou que o Insti-tuto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), localizado em Brasília, reali-zasse o trabalho.

Questionamentos

O superintendente da com-panhia esteve na Câmara para explicar os motivos dos pro-blemas no abastecimento de água no município. Uma das razões alegadas por ele é o re-levo da cidade, para explicar a situação ele realizou uma comparação com o município de Santa Cruz do Sul, que pos-sui uma população com tama-nho semelhante a Bento.

De acordo com Pacico, em Santa Cruz há um equipa-mento com 500 CV´s de força para realizar a distribuição de água a partir da estação de

tratamento, entretanto, em Bento esse equipamento pos-sui 2.500 CV´s. A diferença acontece para que o fluxo de água consiga transpor dife-renças de relevo.

Sobre o andamento das obras de encanamento de esgoto, que iniciaram em 2011, ele expli-ca que a composição do solo, com muitas rochas, é um dos motivos para que os trabalhos tenham um ritmo mais lento. “Geralmente há uma camada de terra superficial, porém, um pouco mais abaixo há metros de rocha que precisa ser deto-nada com dinamite”, explica o superintendente.

Entre outros questionamentos dos parlamentares, estiveram questões pontuais em alguns bairros da cidade, como proble-mas de esgoto a céu aberto. Pa-cico se comprometeu a avaliar as situações e encaminhar uma resposta aos vereadores.

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Quarta-feira, 19 de março de 2014 15Esportes

1ª Rodada

2ª Rodada

ResultadosBGF 2 x 4 ADSAlaf 3 x 1 CachoeiraAmérica 4 x 4 AssafAGSL 3 x 3 ASTFAfusca 0 x 1 Assoeva

Assoeva x ALAF – 18/03Assaf x Cachoeira – 19/03Afusca x AGSL – 19/03BGF x América – 19/03ASTF x Atlântico – 19/03ACBF x ADS – 20/03

Série Ouro de Futsal

BGF libera a entrada para lotar o GinásioJogo com o América de Tapera será a primeira partida dentro de casa

O BGF entra em quadra hoje, 19, às 20h, no Gi-

násio Municipal de Esportes para buscar os três primeiros pontos na Série Ouro do Cam-peonato Gaúcho de Futsal na partida frente ao América de Tapera. O pouco tempo de preparação é apontado como um dos empecilhos neste iní-cio de competição - foram pouco mais de oito dias de treino com o elenco completo antes de entrar em quadra.

No sábado, 15, a equipe co-mandada por Vaner Flores foi até Sananduva onde aca-bou derrotada pelo ADS por 4 x 2. Na opinião da comissão técnica do representante da Capital do Vinho, a parte fí-sica do grupo, que ainda não alcançou o nível idealiazado, e a natural falta de entrosa-mento pesaram para o resul-tado final.

Apesar do placar, o técnico Vaner está satisfeito com pro-gresso do trabalho que vem sendo feito até o momento e valoriza o fator local para o confronto da noite desta quar-ta-feira. “Para o jogo de hoje temos uma estratégia diferen-te, até porque dentro de casa a nossa equipe é muito forte mesmo. Eu tenho certeza que a gente vai se fazer forte. A

Vinicius [email protected]

O Esportivo encerrou o Cam-peonato Gaúcho fazendo o dever de casa. No domingo, 16, venceu o São José no Estádio David Fa-rina, mesmo local da estreia na competição. A vitória por 1 x 0 foi suficiente para livrar o clube do rebaixamento e garantir no campo a presença na principal competição do futebol gaúcho em 2015.

Porém, para o diretor de fu-tebol do clube, Bruno Noventa, ninguém no Esportivo ficou “fe-liz” pelo fato de ter escapado por pouco do rebaixamento, sendo que os objetivos iniciais eram ou-tros. “Nós queriamos ter ficado entre os quatro primeiros e ter passado para próxima fase”, afir-

primeira linha de defesa, tem que ser uma linha consistente e é muito tranquila, para fazer uma abordagem muito correta. Esse jogo é um jogo de ‘ajuda’ no nosso grupo, e não adianta fazer só a ‘minha parte’. Tudo é posicionamento e entendi-mento”, disse o treinador.

O América tem tradição no futsal gaúcho, e é reconhecido por ser um visitante que cos-tuma impor dificuldades em Bento Gonçalves. Vaner lem-bra da época que enfrentou o América como jogador. “Na minha caminhada, esse ad-versário é sempre forte. Como jogador, fizemos uma final de

Série Prata contra eles, e em 2010 como técnico, perdemos um jogo para eles faltando tre-ze segundos. É um time forte com jogadores experientes”, ressalta.

Na espera por um grande jogo, a direção da BGF liberou a en-trada do Ginásio Municipal na esperança de ver as arquiban-cadas lotadas. O comunicado foi feito pelo presidente do clu-be, Alcindo Somensi, nas redes sociais. “Neste anos que estou aqui, tenho falado e convidado o torcedor. O nosso torcedor gosta de ver o time ganhar e acho que é o momento da torcida vir para o ginásio”, comentou Vaner.

Técnico da BGF, Vaner Flores

Esportivo espera pelo TJD para saber futuro

Gauchão

VINICIU

S MIEZN

IKOW

SKI

Além do próprio julgamen-to, o Esportivo deve ficar de olho no Passo Fundo, que vai para o Tribunal amanhã, 20. No caso de um parecer favo-rável, o Galo da Serra pode-ria recuperar quatro ou oito pontos (o que pode rebaixar o Alviazul automaticamente). Com a pontuação de momen-to o Passo Fundo é o rebaixa-do para a Série A2.

Segundo a Federação Gaú-cha, o clube do planalto mé-dio busca recursos no TJD, para tentar recuperar pelo menos quatro pontos (o que evitaria o rebaixamento), ar-gumentando que o jogador

mou o dirigente.

TJD

Enquanto estes assuntos in-ternos são discutidos em Ben-to, em Porto Alegre, na sede da Federação Gaúcha, o advogado do clube, Alexandre Borba, se-gue trabalhando no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) para defender o clube no caso Már-cio Chagas. “Não temos data para o próximo julgamento e foi solicitado um ‘Acórdão’ (de-cisão do órgão colegiado de um tribunal com relação ao caso). O clube deve ser intimidado e no momento aguarda uma nova decisão”, disse Borba.

Passo Fundo pode mexer na tabela do Gaúchão

Paulo Josué ficou inscrito ir-regularmente por apenas uma partida, e logo após a situação estava regularizada.

No Montanha dos Vinhedos, o clima em relação ao caso é de tranquilidade. Para o dire-tor de futebol do clube, Bruno Noventa, a tarefa é do TJD e da Federação Gaúcha de Futebol. “Quem tem que resolver isso é o Tribunal de Justiça Desporti-va da Federação Gaúcha,” sen-tenciou o dirigente.

Em Passo Fundo, confian-tes no departamento jurídico, comissão técnica e jogadores seguem trabalhando para um possível duelo contra o Inter.

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A Ediçãowww.jornalsemanario.com.br

32 páginas

Primeiro caderno .................... 16 páginasClassificados .......................... 16 páginas

BENTO GONÇALVES

Quarta-feira19 DE MARÇO DE 2014ANO 47 N°3011R$ 3,00

ARQ

UIVO

Setor vinícola aponta que produção ficará abaixo do projetado inicialmente, porém qualidade da fruta surpreende

Safra da uva

Jovens Aprendizes

Curso de pedreiro qualifica estudantes

Página 10

Série Ouro de Futsal

BGF recebe o América de Tapera

Página 15

Últimos dias de colheita

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