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COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE NÍVEL SUPERIOR

PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANá PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

Governo FederalDilma Rousseff

Ministério da EducaçãoAluízio Mercadante

Capes presidente:Jorge Almeida Guimarães

Secretário de educação superior: Amaro Henrique Pessoa Lins

Secretária de educação básica: Romeu Caputo

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Mafalda Nesi FrancischettEduardo Donizeti GirottoNajla Mehanna Mormul

Organizadores

EDITORA CRVCuritiba - Brasil

2013

CADERNO DE ATIVIDADES DE GEOGRAFIA

Para o ensino fundamental

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Copyright © da Editora CRV Ltda.Editor-chefe: Railson Moura

Diagramação e Capa: Editora CRVFoto da Capa: MorgueFile

Revisão: Os AutoresApoio Financeiro: O presente trabalho foi realizado com o apoio da CAPES, entidade do Governo

Brasileiro voltada para a formação de recursos humanosRealização: Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID/Unioeste

Rua Universitária, 1619 - Jardim Universitário - CEP 85819-100 - Cascavel-PRE-mail: [email protected]

Conselho Editorial:

Foi feito o depósito legal conf. Lei 10.994 de 14/12/2004.2013

Proibida a reprodução parcial ou total desta obra sem autorização dos autores Todos os direitos desta edição reservados pela:

Editora CRVPIBID - Projeto: Vivências e experiências nas escolas: construindo a profissão docente

Distribuição GratuitaTel.: (41) 3039-6418

www.editoracrv.com.brE-mail: [email protected]

C129

Caderno de atividades de Geografia para o ensino fundamental / organização Mafalda Nesi Francischett, Eduardo Donizeti Girotto, Najla Mehanna Mormul. - 1. ed. - Curitiba, PR: CRV, 2013. 76p.

Inclui bibliografia ISBN 978-85-8042-790-5

1. Geografia - Estudo e ensino - Brasil. I. Girotto, Eduardo Donizeti. II. Mormul, Nejla Mehanna. III. Francischett, Mafalda Nesi.13-04403 CDD: 918.1 CDU: 913(81)

22/08/2013 23/08/2013

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTESINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

Profª. Drª. Andréia da Silva Quintanilha Sousa (UNIR/UFRN)Prof. Dr. Antônio Pereira Gaio Júnior (UFRRJ)Prof. Dr. Carlos Federico Dominguez Avila (UNIEURO - DF)Profª. Drª. Carmen Tereza Velanga (UNIR)Prof. Dr. Celso Conti (UFSCar)Profª. Drª. Gloria Fariñas León (Universidade de La Havana - Cuba)Prof. Dr. Francisco Carlos Duarte (PUC-PR)Prof. Dr. Guillermo Arias Beatón (Universidade de La Havana - Cuba)Prof. Dr. João Adalberto Campato Junior (FAP - SP)Prof. Dr. Jailson Alves dos Santos (UFRJ)

Prof. Dr. Leonel Severo Rocha (URI)Profª. Drª. Lourdes Helena da Silva (UFV)Profª. Drª. Josania Portela (UFPI)Profª. Drª. Maria Lília Imbiriba Sousa Colares (UFOPA)Prof. Dr. Paulo Romualdo Hernandes (UNIFAL - MG)Profª. Drª. Maria Cristina dos Santos Bezerra (UFSCar) Prof. Dr. Sérgio Nunes de Jesus (IFRO)Profª. Drª. Solange Helena Ximenes-Rocha (UFOPA)Profª. Drª. Sydione Santos (UEPG - PR)Prof. Dr. Tadeu Oliver Gonçalves (UFPA)Profª. Drª. Tania Suely Azevedo Brasileiro (UFOPA)

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EQUIPE DO PROJETOPibidianos

Angela Aparecida MoreschiCarina Ebehardt

Fabiana Maria MiozzoFlávia Cecilia PereiraFernando José Segala

Jalme Santana de Figueiredo JuniorMaiara Tibola

Maisa Aline da VeigaMorgana Garda de Oliveira

Paulo Cesar Rodrigues da SilvaHernani Fávio Pessato Nunes

Simone Kieling GalvãoTalita TaheimerRobson Santana

Roberto Carlos RechThiago Felipe Van Fruhrauf Machado

SupervisoresAndreia Savoldi

Ari Braz Dala CostaFatima Marcello Guis

Sonia Mary Manfroi Nacke

CoordenadoresMafalda Nesi FrancischettEduardo Donizeti GirottoNajla Mehanna Mormul

Arte do Pibidinho: Robson Santana

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LISTA DE FOTOGRAFIAS

Fotografia 01 – Atividades de orientação no pátio no Colégio Suplicy ......... 19

Fotografia 02 – Alunas analisando a planta urbana ...................................... 22

Fotografia 03 – Processo de construção das maquetes com os alunos....... 27

Fotografia 04 – Maquetes construídas pelos alunos da 5ª Série “B” do Colégio Suplicy .......................................................................................... 27

Fotografia 05 – Rio Lonqueador ................................................................... 29

Fotografia 06 – Mapa transcrito em folha vegetal ......................................... 35

Fotografia 07 – Mapa em E.V.A. ................................................................... 36

Fotografia 08 – Aplicação de textura na Depressão Brasileira ..................... 37

Fotografia 09 – Mapa dos Continentes e áreas sujeitas à desertificação..... 38

Fotografia 10 – Mapa América Político com destaque para o Brasil e América Anglo Saxônica ................................................................. 39

Fotografia 11 – Mapa Brasil político com destaque para o Paraná e Mapa do relevo brasileiro................................................................ 39

Fotografia 12 – Mapa Hidrográfico do Paraná e Mapa da Região Sudoeste do Paraná, com destaque para Francisco Beltrão ......................... 40

Fotografia 13 – Mapa do Sudoeste do Paraná com destaque para os principais municípios de cada microrregião: Palmas, Pato Branco, Capanema e Francisco Beltrão ...................................................................... 40

Fotografia 14 – Mapa hidrográfico de Francisco Beltrão .............................. 41

Fotografia 15 – Mapas dos bairros e do relevo de Francisco Beltrão........... 41

Fotografia 16 – Francisco Beltrão vista a partir do “Horto” ........................... 49

Fotografia 17 – Elaboração de cartazes sobre as religiõesdo Oriente Médio ............................................................................................ 57

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Fotografia 18 – localização dos pontos de referência, rios, escola e casas ................................................................................................ 65

Fotografia 19 – Apresentação do resultado da pesquisa para a turma ........ 67

Fotografia 20 – Observações das modificações nas margens do Rio Urutago ................................................................................ 68

Fotografia 21 – Ocupação irregular nas margens do Rio Lonqueador ......... 69

Fotografia 22 – Palestra no Corpo dos Bombeiros ....................................... 69

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LISTA DE IMAGENS

Imagem 01 – Orientação pela posição do Sol ............................................... 19

Imagem 02 – Planta urbana com identificação dos bairros de Francisco Beltrão....................................................................................... 24

Imagem 03 – Planta urbana de Francisco Beltrão......................................... 25

Imagem 04 – Rosa dos ventos ...................................................................... 26

Imagem 05 – Charge sobre “Mundo de ontem” e “Mundo futuro” ................. 46

Imagem 06 – Charge sobre a evolução das tecnologias ............................... 46

Imagem 07 – Charge sobre tecnologias: “aproximação”, ou “distanciamento”? ........................................................................................... 48

Imagem 08 – Muçulmano .............................................................................. 55

Imagem 09 – Judeu ....................................................................................... 55

Imagem 10 – Europeu ................................................................................... 56

Imagem 11 – Charge sobre a disputa do petróleo no Oriente Médio ............ 58

Imagem 12 – Charge sobre o papel do EUA no conflito na Líbia .................. 58

Imagem 13 – Charge ironizando os processos de paz no Oriente Médio ..... 59

Imagem 14 – Vídeo “Entendendo os 60 anos de conflito entre Israel e Palestina”.................................................................................. 59

Imagem 15 – Vídeo “Comédia MTV - Israel x Palestina: um jogão de bola” ........................................................................................... 60

Imagem 16 – Charge sobre enchentes e a relação com a cobrança de impostos .................................................................................... 65

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LISTA DE MAPAS

Mapa 01 – Brasil, Paraná e Francisco Beltrão ............................................... 20

Mapa 02 – Região Sudoeste do Paraná ........................................................ 21

Mapa 03 – Mapa-Múndi Político..................................................................... 33

Mapa 04 – Brasil Relevo ................................................................................ 33

Mapa 05 – América Político............................................................................ 33

Mapa 06 – Brasil Político................................................................................ 34

Mapa 07 – Bacias Hidrográficas do Paraná ................................................... 34

Mapa 08 – Hidrografia do município de Francisco Beltrão ............................ 34

Mapa 09 – Zoneamento do município de Francisco Beltrão .......................... 66

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SUMáRIO

APRESENTAÇÃO .......................................................................................... 15

I ‒ ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA – UM OLHAR A PARTIR DO LUGAR ................................................................ 17

APRESENTAÇÃO .................................................................................. 17Atividade 1- Orientação .......................................................................... 18Atividade 2 - Localização do município .................................................. 20Atividade 3 - Localização na planta urbana de Francisco Beltrão .................................................................. 21Atividade 4 - Maquetes pedagógicas ..................................................... 26Atividade 5 - Trabalho de campo ............................................................ 28

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 30

II ‒ CONSTRUÇÃO DE MAPAS TÁTEIS ....................................................... 31APRESENTAÇÃO .................................................................................. 31Atividade 1 – Elaboração dos mapas ..................................................... 33

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 42

III ‒ CAPITALISMO E CONSUMISMO ........................................................... 43APRESENTAÇÃO .................................................................................. 43Atividade 1 – A Música e o ensino de Geografia .................................... 44Atividade 2 – Charge e o ensino de Geografia ...................................... 45Atividade 3 – Tecnologias: aproximação ou distanciamento? ................ 47Atividade 4 – O direito à cidade ............................................................. 48

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 50

IV ‒ O ORIENTE MÉDIO ................................................................................ 51APRESENTAÇÃO .................................................................................. 51Atividade 1 – O Oriente Médio através de jogos ................................... 53Atividade 2 - Quem é o “terrorista”? ....................................................... 54Atividade 3 - Elaboração de cartazes ..................................................... 56Atividade 4 - Trabalhando com charges ................................................. 57Atividade 5 - Vídeos ............................................................................... 59

REFERÊNCIAS .............................................................................................. 62

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APRESENTAÇÃO

Esta obra, Caderno de Atividades de Geografia, com os conteúdos estrutu-rantes para o Ensino Fundamental apresenta-se à comunidade escolar com o intuito de contribuir na ação pedagógica dos professores, no processo do conhecimento de Geografia para o aluno. Ela foi idealizada por meio do subprojeto Programa Institu-cional de Bolsas de Iniciação a Docência (PIBID) da área de Geografia, do campus de Francisco Beltrão, busca abranger as diferentes abordagens teórico-metodológi-cas presentes nas ações didáticas no ensino de Geografia. Desta forma, faz parte da formação de iniciação à docência dos licenciandos de Geografia da Unioeste - FB.

Para que essa formação ocorra de modo significativo e contextualizado é pre-ciso articular o conjunto de investigações teórico-práticas presentes na formação do graduando, ampliando o contato do futuro professor e a escola, visto ser este um es-paço complexo e repleto de múltiplos significados. O subprojeto de Geografia acon-teceu em duas escolas públicas: Colégio Estadual Dr. Eduardo Virmond Suplicy e Escola Estadual Beatriz Biavatti e procurou a inserção dos Pibidianos na realidade escolar, vivenciando práticas pertencentes ao trabalho docente relacionando-as às especificidades da área para a compreensão dos saberes necessários a formação e a atuação dos professores.

O reconhecimento dos saberes escolares, por sua vez, pressupõe outras manei-ras de organizar os cursos de formação inicial docente, buscando oportunizar aos licenciandos o desenvolvimento de diversos conhecimentos e práticas. Neste sen-tido, o PIBID surge como importante política de formação inicial docente porque reconhece a pluralidade existente neste processo, colocando em diálogo, através dos seus agentes, Escola e Universidade.

Assim, este livro tem como objetivo relatar as possibilidades decorrentes do desenvolvimento do PIBID, iniciado em agosto de 2011 que aproximou duas esco-las e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Francisco Beltrão, essa parceira tem resultado em ações conjuntas, e, demonstrou que quanto mais próximas escola e universidade estiverem melhor serão os resultados alcançados. Contudo, esse diálogo precisa ser franco e objetivo, uma vez que ao mesmo tempo em que a proximidade permite um maior reconhecimento de ambos os espaços, também trazem a tona questões relativamente desafiantes e conflitantes.

O principal objetivo é contribuir didaticamente na práxis educativa no Ensino Fundamental e com o propósito de trabalhar a abrangência dos conteúdos de Geo-grafia, procuramos reconhecer os impasses, problemas e as contradições existentes na prática dos professores, ao ensinar o espaço geográfico em sala de aula.

Esta proposta está ancorada nos preceitos referenciais teórico da Geografia Crítica, que norteiam os conteúdos de ensino, currículos e abordagens metodológi-cas, ligados aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais do contex-to histórico contemporâneo. Enriquecida pelas experiências vivenciadas na prática escolar, por meio da participação dos professores que, indicaram necessidades para

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trabalhar os conteúdos específicos do nono ano. Os licenciandos realizaram a pes-quisa, efetivaram a proposta e a encaminharam para análise dos próprios professo-res, sujeitos da investigação, que avaliaram e originaram este livro.

Destacamos a importância em problematizar a abrangência dos conteúdos do campo de conhecimento da Geografia, bem como de reconhecer os impasses e con-tradições existentes, os procedimentos fundamentais para compreender o processo de ensino e aprendizagem do espaço geográfico, sem retirar do foco a contextura histórica da realidade em que a metodologia de ensino se desenvolve. A questão principal está em diminuir os problemas existentes pela falta de material didático público disponibilizado, contemplando as especificidades das situações de ensino em sala de aula.

Nesse contexto, os saberes são mobilizados e se efetivam em sala de aula, em relação direta com os conteúdos estruturantes e específicos bem como dos conheci-mentos que eles produzem. Os resultados obtidos na efetivação da proposta mate-rializaram o trabalho que aqui apresentamos. A proposta selou a integração entre a comunidade universitária e a escola básica, com sucintas reflexões que efetivaram a criação e implementação deste material que ora se apresenta em cinco temáticas, apresentadas em capítulos, identificados no sumário e apresentados do corpo deste livro para o qual desejamos que seja um apoio aos colegas professores de Geografia.

Mafalda Nesi FrancischettEduardo Dorizete Girotto

Najla Mehanna Mormul

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I

ORIENTAÇÃO E LOCALIZAÇÃO GEOGRáFICA – UM OLHAR

A PARTIR DO LUGAR

Angela Aparecida MoreschiFernando José SegalaFlávia Cecília Pereira

Fonte: <www.kidnoel.com>

Apresentação Neste capítulo, serão apresentadas atividades relacionadas aos conteúdos espe-

cíficos de orientação e localização Geográfica, desenvolvidas atividades referentes à orientação pelo Sol, que podem ser efetivadas na prática, no pátio do colégio como também na realização de ações em sala de aula, por meio da visualização da posição do Sol no Oriente, no Ocidente e de como transformar isto na orientação por meio das representações cartográficas.

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Apresentamos atividades para o aluno conseguir localizar-se, tendo como re-ferência o mapa da mesorregião sudoeste do Paraná. Este mapa estará em branco e o aluno irá localizar o município onde mora. Realizada a atividade os alunos estarão construindo, no mapa, uma legenda com o objetivo de identificar os municípios que fazem limites com o mesmo: Norte, Sul, Leste e Oeste.

A atividade sequente é com a planta urbana de Francisco Beltrão, com a visua-lização dos bairros e também o trajeto que os alunos percorrem, da casa até a escola e outros locais de referência da cidade.

A atividade de construção de maquetes tem o objetivo de conhecer o perfil topográfico da área urbana de Francisco Beltrão. Essa atividade foi idealizada com o intuito de verificar os problemas que ocorrem na área urbana, principalmente pelo motivo das enchentes, visto que na área urbana encontram-se três rios principais: Marrecas, Urutago e Lonqueador e quando ocorrem fortes chuvas, em alguns pon-tos acontecem inundações.

As maquetes mostram-se importantes por ser uma representação cartográfica que permite visualizar uma determinada área geográfica, em modelos reduzidos de áreas em escala grande, também para visualizar os motivos pelo qual ocorrem as enchentes em alguns locais da área urbana. Na construção das maquetes foram utilizadas: massa de argila, folhas vegetais e água; tendo como base, mapas do mu-nicípio e também planta urbana do município, realizadas em grupos e com auxílio dos Pibidianos. Foram construídas as maquetes que posteriormente foram utilizadas como material didático em sala de aula.

Não estudo e ensino de Geografia, as atividades práticas são fundamentais para contextualizar os conteúdos trabalhados por esta disciplina. O trabalho de campo com os alunos também é indicado para estudo nos locais da área urbana onde são afetados pelas enchentes. O trabalho de campo tem sua importância para o aprendizado, em virtude da possibilidade de ver e sentir o objeto de estudos, torna-se uma metodologia indispensável no ensino de Geografia, em contrapartida apresenta algumas dificul-dades, principalmente quando falamos em alunos da educação básica, pela grande responsabilidade que fica a cargo do professor, também pelo transporte, nem sempre disponível, com exceção quando locado de particulares. São alguns exemplos das barreiras impostas para a realização dos trabalhos de campo.

Atividade 1- Orientação

A posição do Sol é a referência para a atividade de orientar-se de maneira simples. Pode ser compreendido por todas as pessoas, em todas as idades. A ima-gem, a seguir, é um indicativo de como é realizada a Orientação por meio do Sol, o procedimento é:

a) Estender o braço direito para o lado em que o Sol nasce, é o Oriente ou Leste; b) Estender o braço esquerdo para o lado em que o Sol desaparece, este é o

Ocidente ou Oeste;c) À nossa frente fica o Norte;d) Às nossas costas fica o Sul.

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Imagem 01 - Orientação pela posição do Sol

Fonte: <www.brasilescola.com>

Fazendo a relação com a imagem, os alunos são levados ao pátio da escola. Esta atividade tem como objetivo ensinar aos alunos como orientar-se. Levá-los ao pátio do colégio, no intuito de mostrar na prática, como considerar o Sol como referência. Conforme mostra a fotografia.

Fotografia 01 - Atividades de orientação no pátio no Colégio Suplicy

Fonte: RECH, Roberto Carlos, 2011.

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Na fotografia 01, apresentamos a atividade prática desenvolvida com os alu-nos, no pátio do Colégio Suplicy, referente à atividade1, mencionada anteriormente.

Além do Sol existem outros indicativos como os rios, devido ao fato que as águas correm sempre buscando os oceanos, na direção leste e também as constela-ções, através do Cruzeiro do Sul, pois está localizado na direção sul, no entanto, é aconselhável que para visualizá-lo estejamos próximos de cidades, pois a luminosi-dade deixa em destaque o Cruzeiro do Sul, ao contrário de locais mais escuros que poderá confundir com outras constelações. São exemplos de elementos naturais que contribuem para a Orientação no espaço geográfico.

Atividade 2 - Localização do município

Mapa 01 – Brasil, Paraná e Francisco Beltrão

Fonte: Elab. FRANCISCHETT. Mafalda Nesi, 2009.

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Mapa 02 – Região Sudoeste do Paraná

Fonte: Elab. FRANCISCHETT. Mafalda Nesi, 2009.

Com o mapa 01, a atividade pode ser realizada na própria legenda do mapa. Para o mapa 02, os alunos irão trabalhar da seguinte maneira:

Identificar o município onde mora, pintando-o na cor vermelha, no mapa; Para o município que fica a Leste do seu município: verde; Para o município que fica a Oeste seu município: amarelo; Para o município que fica a Sul seu município: laranja; Para o município que fica ao Norte seu município: rosa.

Atividade 3 - Localização na planta urbana de Francisco Beltrão

Por meio da planta urbana (imagem 2), podemos identificar e localizar o lo-cal onde residem, também o trajeto que percorrem para chegar a escola, e demais pontos da cidade. Será utilizada a rosa dos ventos, construída pelos alunos, com o objetivo de facilitar os estudos relacionados à localização. Ver fotografia a seguir:

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Fotografia 02 – Alunas analisando a planta urbana

Fonte: PEREIRA. Cecília Flávia, 2011.

A fotografia mostra a execução da atividade pelos alunos, relacionada à loca-lização na planta urbana de Francisco Beltrão, com o objetivo de os alunos iden-tificarem alguns locais da cidade, que estão presentes no seu cotidiano. Os alunos utilizaram a planta urbana de Francisco Beltrão e a rosa dos ventos para localizar os pontos cardeais Norte, Sul, Leste e Oeste, facilitando a localização. Algumas questões orientam as buscas pela planta da cidade (imagem 02):

1- Em que bairro está o colégio onde você estuda?2- Localize abaixo o bairro onde reside.3- Qual é o bairro mais próximo do centro: na direção Sul, Leste e Oeste?4- Em que direção, partindo do centro, fica o parque de exposições da cidade?5- Qual é o bairro mais próximo do centro na direção Norte?6- Cite um ponto turístico ao Norte da cidade de Francisco Beltrão.7- Qual o nome do rio que passa pelo parque de exposições?8- Qual o rio que corta a cidade na direção Sudoeste-Noroeste?9- Em que bairro fica o frigorífico Sadia?

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10- Partimos da concatedral Nossa Senhora da Glória na direção Sul, estamos andando pela avenida_______________________________________, chegando à avenida União da Vitória, andamos uma quadra e chegamos ao _____________________, logo à frente, atravessamos a ponte do rio ____________________________________________________, vira-mos em direção à rua Pernambuco, na AABB seguimos a Leste, andamos duas quadras e chegamos a _______________, percorrendo mais uma quadra e chegamos____________________.

Tendo a rosa dos ventos como base os alunos podem visualizar o trajeto que percorrem para chegar a determinados locais, facilitando o entendimento da leitura da planta urbana e consequentemente sua localização na cidade.

A Rosa dos Ventos, elaborada pelos alunos em sala de aula, pode ser utilizada em todas as atividades. Na planta da área urbana de Francisco Beltrão para facilitar e visualizar

a posição de alguns pontos da cidade. Como no exemplo anterior e no seguinte.

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Imagem 02 – Planta urbana com identificação dos bairros de Francisco Beltrão

Fonte: Guia Paraná Sudoeste, 2010.

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Imagem 03 – Planta urbana de Francisco Beltrão

Fonte: FRANCSICHETT, Mafalda Nesi, 2012.

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Imagem 04 – Rosa dos ventos

Fonte: PIBID, 2011.

Atividade 4 - Maquetes pedagógicas

As maquetes mostram-se importantes por ser um recurso de representação geográfica. Permitem visualizar determinada área, em modelos reduzidos de gran-des áreas: em escalas variadas.

Como Fazer:

Para a realização da maquete é importante levar os alunos a um lugar adequado, principalmente quando trabalhar com argila. É necessário que o professor providencie

uma base de madeira ou papelão duro para que se construa a maquete em cima. A partir de então sob a orientação do professor os alunos passam a modelar a argila,

com o auxílio de água. Conforme o relevo da cidade em questão poderão utilizar folhas e pequenos galhos para representar a vegetação. É importante que o professor

faça antes essa atividade e leve uma maquete pronta para os alunos se basearem.

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Fotografia 03 – Processo de construção das maquetes com os alunos

Fonte: RECH, Carlos Rech, 2011.

Fotografia 04 – Maquetes construídas pelos alunos da 5ª Série “B” do Colégio Suplicy

Fonte: PEREIRA, Flávia Cecília, 2011.

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Para a construção da maquete com argila, sugerimos como base cartográfica o perfil topográfico da cidade de Francisco Beltrão, e uma outra maquete construída anteriormente pelo grupo PIBID.

Atividade 5 - Trabalho de campo

Como um dos focos foi o de trabalhar com os alunos a questão das enchentes, que está presente no seu dia a dia, propusemos um trabalho de campo com a tur-ma, com o intuito de estar visitando alguns pontos da cidade. Os alunos conversa-ram com moradores e também com os bombeiros, que auxiliam as pessoas que são atingidas pelas enchentes, por meio de questionários elaborados em sala, em aula preparatória, ou seja, uma aula pré-campo, com a ajuda dos Pibidianos. Durante o percurso do trabalho de campo percorremos pelo rio Lonqueador, passamos na casa de moradores, afetados pela enchente e visitamos o Corpo de Bombeiros, onde os alunos conversaram com o Comandante e ouviram relatos sobre os casos ocorridos.

Roteiro das entrevistas:

Entrevista com os moradores

1- Há quanto tempo sua família mora neste bairro?2- Sua casa foi afetada pelas enchentes? Você perdeu móveis?3- Você teve de sair de casa durante a enchente? Onde você se abrigou?4- Já haviam ocorrido outras enchentes antes do ano de 2010? Se a resposta sim, em que ano aconteceu?5- Escreva o que mais lhe chamou atenção com relação às enchentes durante o trajeto.

Entrevista com os bombeiros

1- Qual o tipo de ajuda que vocês oferecem às famílias afetadas com as enchentes?2- Em média quanto tempo o nível do rio demora pra baixar? Qual foi o número total de famílias atingidas pelas enchentes?3- Já aconteceram casos de vocês não conseguirem chegar ao local afetado a tempo de resgatar as pessoas? Quantos bombeiros estão disponíveis para essas emergências?4- Quais foram os bairros mais atingidos nas enchentes de 2010 e 2012?5- Escreva aqui o que mais lhe chamou atenção com relação as enchentes, durante o trajeto:

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Fotografia 05 – Rio Lonqueador

Fonte: SEGALA, Fernando, 2011.

Durante a atividade de campo, outros aspectos podem ser observados: a ação humana. Ocupações irregulares, acúmulo de lixo no curso do rio, dejetos industriais aos quais também influenciam na formação das áreas de alagamento.

Essa atividade de campo trás aos alunos a possibilidade de reflexão e conheci-mento a cerca do lugar onde residem.

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REFERÊNCIAS

DANELLI, Sonia Cunha de Souza. Projeto Araribá: Geografia. 2ª ed., São Paulo: Moderna, 2007.

ESCOLA, Brasil. Disponível em: <www.brasilescola.com>. Acesso dia 15 ago. 2012.

FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A cartografia no ensino de Geografia: Cons-truindo os caminhos do cotidiano. Francisco Beltrão: Grafit, 1997.

______. A cartografia no ensino de Geografia: Abordagens metodológicas para o entendimento da representação. Cascavel: Edunioeste, 2010.

______. A cartografia no ensino de Geografia: A Aprendizagem Mediada. Cas-cavel: Edunioeste, 2004.

______. Mapa Brasil, Paraná e Francisco Beltrão, 2009.

______. Mapa Região Sudoeste do Paraná, 2009.

NOEL, Kid. Disponível em: <www.kidnoel.com>. Acesso dia 15 ago. 2012.

PARANÁ, Diretrizes Curriculares de Geografia da Educação Básica. Governo do Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná, 2008.

PIBID. Rosa dos ventos feita pelos alunos da 5ª série ”B” do Suplicy, 2011.

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II

CONSTRUÇÃO DE MAPAS TáTEIS

Maiara TibolaSimone Kieling Galvão

Fonte: <cartotatil.blogspot.com>

Apresentação

Esta proposta tem como objetivo apresentar atividades para aliar o conheci-mento geográfico com a vivência, transformado em sala, de aula por meio da lin-guagem cartográfica, num estudo significativo para o aluno. Visto que o ensino de cartografia contribui não apenas para que os alunos compreendam os mapas, mas também para desenvolverem capacidades relativas à representação do espaço. Des-sa maneira procuramos coligar o conhecimento científico de maneira didática, ao longo do ano letivo pelo professor, em sala de aula com os alunos do 8º ano, pela construção de mapas táteis, a serem utilizados por alunos cegos ou com baixa visão do Centro de Apoio Especializado, na escola.

Baseamo-nos na LDB e nela está o registro da importância do professor reali-zar adaptações curriculares para trabalhar em sala de aula com os alunos com neces-sidades especiais. Entretanto, muitas vezes, estes materiais não são disponibilizados e dependendo da adaptação que precisa ser realizada, não há tempo específico que possa ser feita pelo professor.

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Para a elaboração didática dos mapas táteis é preciso levar em consideração alguns fatores como: a textura, o tamanho, a forma e a altura. Ou seja, é preciso que se utilize de diversos materiais com texturas diferentes papéis, tecidos, lixas; que sejam construídos em tamanhos que facilitem a elaboração dos mapas e que eles possam ser identificados pelos alunos cegos a que se destinam; e quando, por exem-plo, se tratar de mapeamento de relevo, que seja levado em consideração diferentes camadas, para que visivelmente ele possa ser percebido, e ao ser tocado, embora com texturas diferentes, o aluno cego possa identificar e diferenciar as planícies dos topos mais elevados.

É um exemplo de como é possível transformar os conteúdos de Geografia em atividades práticas das quais os alunos podem ser o sujeito do processo, e o profes-sor o mediador. O objetivo foi elaborar os seguintes mapas táteis: Mapa-múndi con-tinentes; Mapa-múndi desertos e áreas sujeitas à desertificação; América Anglo-Sa-xônica; América político com destaque para o Brasil; Brasil político com destaque para o Paraná; Brasil relevo; Paraná com destaque para o Sudoeste e o município de Francisco Beltrão; Paraná Hidrografia; Francisco Beltrão Hidrografia; Francisco Beltrão em bairros; Francisco Beltrão relevo;

A partir dessas atividades, os alunos em sala de aula puderam rever o conheci-mento aprendido até o momento, de forma diferenciada. Segundo eles, entenderam o conteúdo e se apropriaram daquilo que estavam construindo. Além de contribui-rem com a construção de materiais para os alunos cegos.

Para iniciarmos as atividades, contextualizamos a importância da utilização de um mapa da realidade, de onde vivem. Pois isto possibilita que sejam verificadas atitudes simples, vividas diariamente, como por exemplo, o trajeto que realizam de casa até escola. Isto pode se configurar em um mapa mental, e gradativamente vai aumentando a escala de compreensão e de importância da utilização do mapa.

Indagamos e instigamo-los de como seria para uma pessoa cega localizar-se no espaço, e de como seria possível essa localização com a utilização de um mapa? Importante mencionar de que os mapas que os alunos videntes designaram como importantes aos cegos eram inúteis para eles. Pois não contribuía em nada, sem ter alguém para descrevê-las. Entretanto, em globos adaptados e em alto relevo os alunos responderam bem as leituras do espaço geográfico. Eles identificaram as alterações e seus significados e atribuíram importância àqueles mapas. As ações aproximam os alunos videntes dos alunos cegos, por meio de dinâmicas didáticas como: quebra-cabeças e leituras das representações cartográficas. Outra sugestão, também podem ser palestras realizadas por pessoas cegas que contribuiu para sanar muitas dúvidas sobre o seu cotidiano.

Apresentamos a proposta da construção dos mapas, em conjunto com os alu-nos da sala e o Centro de Apoio Especializado. Os alunos elaboraram os mapas, e os alunos cegos transcreviam a legenda. Após a conclusão dos mapas os alunos testaram para verificar se atendiam às suas necessidades.

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Atividade 1 – Elaboração dos mapas Para elaborarmos os mapas táteis em sala de aula, selecionamos os mapas que

de acordo com o conteúdo contribuiriam para a realização das atividades e reali-zamos uma ampliação em folha A3, para facilitar a construção e também levar em consideração que os mapas adaptados devem possuir tamanho adequado e clareza no que se quer propor com o mapa.

Mapa 03 – Mapa-Múndi Político

Fonte: SIMIELLI, 2008.

Mapa 04 – Brasil Relevo

Fonte: SIMIELLI, 2008.

Mapa 05 – América Político

Fonte: SIMIELLI, 2008.

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Mapa 06 – Brasil Político

Fonte: SIMIELLI, 2008.

Mapa 07 – Bacias Hidrográfi cas do Paraná

Fonte: SIMIELLI, 2008.

Mapa 08 – Hidrografi a do município de Francisco Beltrão

Hidrografia do município de Francisco Beltrão

Sistema de Coordenadas UTMDatum SAD - 69

Fuso 22S

1 - Rio Marrecas2 - Rio Concórdia3 - Rio Tuna4 - Rio Santa Rosa5 - Rio Quatorze6 - .....................7 - .....................8 - .....................9 - .....................

Legenda

Fonte: Bussolaro, Bernadete, 2010.

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Com os mapas em mãos ampliados, os alunos videntes realizaram a transcrição em folha vegetal A3, utilizando lápis colorido para identificar as linhas que deveriam ser feitas em camadas e/ou texturas diferentes, como no mapa do Brasil relevo. Esta técnica se faz necessária para identificação das cotas. Além dos mapas, utilizamos materiais como folhas em E.V.A e texturas diferentes (papel, tecido, lixa etc.), folha vegetal, lápis colorido, alfinete, cola isopor, e linhas de diversas texturas

Fotografia 06 – Mapa transcrito em folha vegetal

Fonte: GALVÃO, Simone. Arquivo Pibid, 2011.

Os alunos perfuraram todo o contorno delimitando o mapa do Brasil em E.V.A, com o auxílio de um alfinete, e colaram em outra superfície em E.V.A., representan-do a planície, por ser a camada mais baixa aplicando uma textura.

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Fotografia 07 – Mapa em E.V.A.

Fonte: GALVÃO, Simone. Pibid, 2011.

Em sequência realiza-se a construção das cotas das depressões e planaltos, trans-critos respectivamente em folha E.V.A, cada uma com textura diferente e colocadas, fixadas sobrepostas uma sobre a outra, acompanhando a diferença altimétrica.

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Fotografia 08 – Aplicação de textura na Depressão Brasileira

Fonte: GALVÃO, Simone. Pibid, 2011.

Depois das camadas, sobrepostas ao mapa, com linha de diferentes espessuras realizar a identificação dos meridianos e trópicos, bem como a identificação da rosa dos ventos, escala e legenda, transcritas em Braille, identificando o significado de cada textura utilizada e o título do mapa em questão.

Com a elaboração dos mapas, os alunos também puderam assimilar na prática alguns conceitos que são necessários a um mapa como escala, localização, os meri-dianos e paralelos, o que em situações cotidianas em sala de aula fica difícil realizar atividades que fixem este conhecimento, mas que é fundamental para compreender muitos aspectos da Geografia.

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Neste trabalho foram delineados alguns assuntos com os quais fosse possível a utilização de mapa como instrumento de auxílio, no processo ensino-aprendizagem. Contudo, em sala de aula, o professor pode realizar adequação não somente dos ma-pas, mas utilizar a cartografia, como um todo, ao seu favor no ensino da Geografia, para que deixe de ser algo abstrato ao aluno, e passe a fazer parte do seu cotidiano, na relação com as demais atividades desenvolvidas diariamente.

Depois de sobrepostas as camadas do mapa, com a utilização de linhas de diferentes espessuras, realizar a identificação dos meridianos e dos trópicos, bem como a identificação da rosa-dos-ventos, da escala e finalizar com as legendas, transcritas em Braille, identificando o significado de cada textura com o título do mapa em questão.

Com a atividade os alunos também aprendem alguns conceitos que são ne-cessários na leitura de um mapa como escala, localização, meridianos e paralelos, conhecimento fundamental para compreender muitos fenômenos da Geografia.

Na sequência, exemplos de mapas elaborados pelos alunos do 8º ano “A” da Escola Estadual Beatriz Biavatti:

Fotografia 09 – Mapa dos Continentes e áreas sujeitas à desertificação

Fonte: TIBOLA, Maiara. Pibid, 2011.

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Fotografia 10 – Mapa América Político com destaque para o Brasil e América Anglo-Saxônica

Fonte: TIBOLA, Maiara. Pibid, 2011

Fotografia 11 – Mapa Brasil político com destaque para o Paraná e Mapa do relevo brasileiro

Fonte: TIBOLA, Maiara. Pibid, 2011.

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Fotografia 12 – Mapa Hidrográfico do Paraná e Mapa da Região Sudoeste do Paraná, com destaque para Francisco Beltrão

Fonte: TIBOLA, Maiara. Pibid, 2011.

Fotografia 13 – Mapa do Sudoeste do Paraná com destaque para os principais municípios de cada microrregião: Palmas,

Pato Branco, Capanema e Francisco Beltrão

Fonte: TIBOLA, Maiara. Pibid, 2011.

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Fotografia 14 – Mapa hidrográfico de Francisco Beltrão

Fonte: TIBOLA, Maiara. Pibid, 2011.

Fotografia 15 ‒ Mapas dos bairros e do relevo de Francisco Beltrão

Fonte: TIBOLA, Maiara. Pibid, 2011.

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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Luciana C. de e LOCH, Ruth E. N. Mapa Tátil: Passaporte para a Inclusão. Disponível em: <http://www.labtate.ufsc.br/images/mapa_tatil_passa-porte.pdf>. Acesso em: 31 jan. 2011.

FRANCISCHETT, Mafalda Nesi. A Cartografia no Ensino-Aprendizagem de Geo-grafia. Disponível em: <http://www.bocc.ubi.pt/_esp/autor. php?codautor=793>. Aces-so em: 05 fev. 2013.

SIMIELLI, Maria H. Atlas Geográfico Século XXI. ática: São Paulo, 2008.

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III

CAPITALISMO E CONSUMISMO

Fabiana Maria MiozzoMorgana Garda de Oliveira

Roberto Carlos Rech

Fonte: alunos do 9º ano do Colégio Estadual Eduardo Virmond Suplicy, 2012.

Apresentação

No lugar em que vivemos é que a vida se desenvolve em todas as suas dimen-sões. As relações humanas, se estabelecem onde a vida é produzida socialmente, desse modo se faz importante compreendermos o “lugar” como espaço onde se realiza as (re) produções e as contradições da sociedade. No plano do lugar que é possível, por exemplo, compreender a racionalidade homogeneizante inerente ao processo de acumulação, que não se realiza apenas a partir da produção de objetos e mercadorias (CARLOS, 2007).

No mundo globalizado o capitalismo se faz presente em suas múltiplas face-tas, e o consumismo uma característica importante da sociedade capitalista, é um tema que provoca importantes reflexões, nas escolas e na sociedade em geral. Exis-

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tem preocupações de entender as contradições inerentes ao sistema capitalista, para buscar desconstruí-lo e quiçá construir uma nova sociedade com novos valores. O consumismo é uma dessas contradições e as atividades propostas a seguir buscam contribuir para o aprofundamento sobre o tema, no que tange as aulas de Geografia.

No mundo globalizado o consumismo aparece de forma acentuada, dissemi-nando uma “cultura homogeneizante” que incentiva o consumismo. Consumismo esse que se realiza de forma desigual, indo muitas vezes, na mesma direção das desigualdades sociais decorrentes do modo capitalista de produção.

A partir disso apresentamos algumas atividades que podem ajudar a problema-tizar essa temática em sala com os alunos. Almejamos que essas atividades possibi-litem aprofundar o diálogo entre professor e aluno, e possam ajudar no entendimen-to do mundo, hoje, objetivando transformá-lo.

Atividade 1 – A Música e o ensino de Geografia

Os adolescentes em sua maioria estão “ligados” em músicas do momento. Portanto, quais músicas são ouvidas pelos adolescentes de hoje? Na maioria das vezes são músicas sem “conteúdo crítico”, que colaboram para a alienação1 mais do que para a transformação do mundo. Músicas que se encaixam com mais um elemento dentro da chamada “indústria cultural”. De acordo com Paula (2004) a indústria cultural inicia-se a partir da Revolução Industrial, com a difusão de ide-ologias, culturas, redes de informação e comunicação, em que um novo “estilo de vida” homogeneizante é difundido pelo mundo.

A música surge como uma forma de promover um debate em sala de aula para se conhecer a realidade. Os jovens geralmente gostam de ouvir música, e uma aula problematizada com música pode aperfeiçoar a discussão. A atividade proposta é que o professor utilize a música como recurso para o ensino de Geografia. Para analisar uma música, podem-se abordar questões centrais como: quem a escreveu e a canta? Qual o papel desse cantor na musica brasileira (ou não)? Em que contexto histórico e social a música foi escrita, e com isso buscar retratar em quais meios sociais tal música é mais bem aceita.

A seguir há algumas músicas relacionadas ao consumismo e ao capitalismo, e algumas paródias. Algumas delas são conhecidas, outras nem tanto, porém o objeti-vo é apresentar possibilidades de músicas para aprofundar a discussão.

1ª Nome da música: “Consumismo”; cantor: MC Xeg (cantor de Hip Hop de Portugal). Essa música busca trazer a discussão sobre o padrão de vida difundido pelo mundo de hoje, um padrão de comportamento, consumo e beleza “homogenei-zado” ligado ao consumismo, onde em um mundo “globalizado”, onde ser é ter, e onde quem “não tem” busca ter. Reflexões acerca da “mercadorização” da música,

1 A alienação se realiza a partir do trabalho para Marx. Ao ponto que o trabalhador tendo como única mercadoria sua força de trabalho, esta que é “vendida” aos capitalistas, o trabalho deixa de ser elemento de constituição do homem. “Por isso, em lugar de realizar-se em seu trabalho, o ser humano se aliena nele; em lugar de reconhecer-se em suas próprias criações, o ser humano se sente ameaçado por elas; em lugar de libertar-se, acaba enrolado em novas opressões” (KONDER, 2000, p. 30).

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e o papel da mídia na difusão da cultura consumista, ainda merecem destaque nessa música. É interessante aqui observar que a música é de um cantor de Portugal, toda-via os aspectos nela tratados estão presentes no Rio de Janeiro, Francisco Beltrão, e em muitos outros lugares.

2ª Nome da música: 3ª do Plural; cantores: Engenheiros do Hawaii; essa mú-sica traz elementos que traduzem aspectos relevantes a serem trabalhados em sala de aula vinculados ao capitalismo/consumismo, como nos trechos em que debate: como o mundo acelerado, onde se “corre” – não se pensa muitas vezes – para buscar melhorar a “sua vida” (“Corrida contra o relógio”); o padrão de beleza, que desta-camos o papel da “indústria da beleza” em ascendência (“silicone contra a gravi-dade”); o papel das indústrias que se interdependem para continuar a vender seus produtos (“corrida pra vender cigarro/cigarro pra vender remédio/remédio pra curar a tosse”). Essa música ainda destaca a “obsolescência programada” dos produtos, a pouca vida útil e o estímulo para aquisição de novos produtos; o papel das mídias como elemento de nos “privar de pensar”, além de outros aspectos interessantes.

Para Paula (2004), a análise da música deve ter um roteiro de contextualização da música, e esse estando nas mãos dos alunos auxiliara em sua análise. A seguir segue uma proposição de análise da letra de música proposta pelo autor:Roteiro de análise de letras:

a) Gênero musical; b) Classe social ou grupo étnico alvo desse gênero; c) Nome do artista (grupo, banda etc.); d) Ideologia defendida com maior frequência pelo artista (grupo, banda

etc.) sua “bandeira”;e) Título da música; tipo de linguagem usada na música (coloquial, culta,

gírias); f) Relata uma estória/história (narrativa)? g) Faz críticas, denúncias, propõe mudanças de atitude (dissertativa)?

Essas são algumas das possibilidades que consideramos pertinentes para a mú-sica com o ensino da Geografia. Todavia, cabe ao professor à medida de sua neces-sidade inserir a música nas discussões em sala.

É interessante ainda nessa atividade destacar o papel da música como ele-mento de difusão de ideologias dominantes, ou para o mercado (mercadorização da cultura), ou para questionamentos da (re) produção da sociedade.

Atividade 2 – Charge e o ensino de Geografia

A charge tem o caráter de não apenas contemplar o visível, mas possibilitar uma análise dos significados que ela carrega. As imagens a seguir foram desenvolvidas por alunos do 9º ano. São charges que representam a “evolução tecnológica”, e abordam as mudanças com o passar do tempo em relação ao consumismo no mundo.

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Segundo Pessoa (2011), a charge é um gênero das histórias em quadrinhos que possui como característica a natureza do humor e efeitos de sentido e para que o aluno possa criar personagens, ou entender o que a personagem quer passar, é necessário à compreensão da linguagem corporal. O corpo expressa os movimentos dos personagens e isso diz muito a respeito do que a charge quer representar. Nesse sentido o professor deve orientar os primeiros traços a respeito da charge que seus alunos irão produzir posteriormente.

O professor precisa estar atento para poder orientar aos alunos sobre os requi-sitos necessários para a construção de charges. A função dos traços, dos gestos, das emoções transmitidas, das cores utilizadas ao se elaborar uma charge. E, sobretudo, o aluno deve compreender a charge como uma forma de interpretar e ler o mundo e a sociedade no qual vive.

Imagem 05 – Charge sobre “Mundo de ontem” e “Mundo futuro”

Fonte: alunos do 9º ano do Colégio Estadual Dr. Eduardo Virmond Suplicy, 2012.

Imagem 06 – Charge sobre a evolução das tecnologias

Fonte: alunos do 9º ano do Colégio Estadual Dr. Eduardo Virmond Suplicy, 2012.

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Todavia, o que queremos enfatizar é a relação entre a produção de charges pelos alunos e papel do professor como mediador no processo de ensino e apren-dizagem. Para isso, o professor deverá promover o contato prévio com essa forma de representar a realidade, fazendo uso de diversos exemplos de charges, para que posteriormente os alunos possam buscar representar as questões trabalhadas em sala a partir da realidade vivida.

Atividade 3 – Tecnologias: aproximação ou distanciamento?

As tecnologias se apresentam na vida de todas as pessoas. O elemento di-ferenciador é qual tecnologia para qual homem? Sabemos que existem diferentes níveis de aparelhos e instrumentos tecnológicos, estes que serão direcionados para esta ou aquela “classe” social. O mundo globalizado nos passa a falsa impressão de que todos têm as mesmas possibilidades, e com os créditos disponíveis nas lojas a classe “socialmente desfavorecida” com “algumas parcelinhas” pode ter um celular de “última geração”.

As tecnologias mais avançadas, o uso da internet, os meio de comunicação, estão muito presentes no dia a dia dos alunos. As tecnologias “aproximam” as pes-soas, permite que pessoas de diferentes países possam conversar e manter diálogo apesar da distância entre cidades, lugares, elas estreitam as suas relações.

A charge a seguir busca ilustrar e debater em relação ao que vem acontecen-do hoje, o “distanciamento” afetivo que vem provocando. Pessoas que “possuem” milhares de amigos nas redes sociais, porém na realidade não mantém relações de contato direto com tais amigos; famílias que conversam por celular, às vezes, dentro da própria casa, a partir de diferentes cômodos. Esses são alguns exemplos de como as tecnologias, ao passo que “aproximam” as pessoas, podem provocar ao mesmo tempo o “afastamento”.

Seria interessante propor aos educandos a construção de uma redação onde possam expor seus posicionamentos a respeito do que foi debatido, partindo de suas vivências, com seus amigos, através do uso das tecnologias. Questionamentos como: quantos “amigos de Facebook” vocês têm? Ressaltando com quantos desses “amigos” realmente eles mantém relações mais próximas, podem ser colocadas pra ajudar na discussão. Ou ainda, qual o relacionamento com as pessoas da família, ao passo da pouca frequência de “visitas” as casas de parentes e amigos, visto que as tecnologias propiciam essa dinâmica.

Porém fica a sugestão de diferentes possibilidades de potencializar essa ati-vidade, com diferentes formas de materializá-la, como redações, charges como a abaixo colocada, desenhos, cartazes com imagens de jornais e revistas que mostrem os dois lados colocados em relação à tecnologia.

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Imagem 07 – Charge sobre tecnologias: “aproximação”, ou “distanciamento”?

Fonte: alunos do 9º ano do Colégio Estadual Dr. Eduardo Virmond Suplicy, 2012.

Atividade 4 – O direito à cidade

Esta atividade tem por objetivo aproximar as discussões de sala de aula com o “lugar” em que os educandos moram, vivem e se produzem.

A imagem a seguir pode apoiar o debate com os alunos sobre as desigualdades sociais existentes em Francisco Beltrão que vão desde o consumo de produtos ne-cessários a sobrevivência, quanto ao consumo do espaço.

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Fotografia 16 – Francisco Beltrão vista a partir do “Horto”

Fonte: Site fotos de Beltrão (foto tirada em 2010). Disponível em: <http://beltrao.wordpress.com/fotos/>. Acesso em 24 de setembro de 2012.

A fotografia mostra a cidade de Francisco Beltrão, com destaque para o Bairro Padre Ulrico (no primeiro plano) e área Central (no segundo plano). A partir dela, o professor pode desenvolver um debate em sala por meio das experiências cotidianas dos alunos em relação ao direito a cidade, das diferenças e desigualdades presentes nos bairros de Francisco Beltrão. Para tanto podemos questionar: em qual lugar na cidade de Francisco Beltrão mora cada um dos alunos? Onde seus pais trabalham? De que forma eles vem à aula, e como seus pais vão para o trabalho? Como é o acesso ao centro da cidade? Se eles vivem o direito a cidade? Instigando os alunos a respeito do que poderiam e gostariam de mudar em Francisco Beltrão,

Para fundamentar este debate com os alunos, o professor pode recorrer as obras de alguns autores, como Beaujeu-Garnier (1996) que destaca o papel que o avanço das técnicas para combater a dureza da natureza (SILVA, 1991) manifesta-se em uma nova dinâmica urbana, uma expansão do consumo do espaço urbano. Lefe-bvre (1969) e Harvey (2009) vão destacar que a população deve ser encarada como sujeito do processo de construção cotidiano da cidade. Destacam o direito a cidade (conceito importante para se trabalhar com os alunos), viver e poder desfrutar do que a cidade tem a oferecer. Por isso destacam a importância de todos sujeitos des-sa ou daquela cidade poderem participar de sua construção e planejamento. Ainda Santos (2009) mostra o papel do Estado na dinâmica da produção da cidade usando recursos sociais para obras e produções privatísticas, a favor do capital.

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REFERÊNCIAS

BEAUJEU-GARNIER, Jacqueline. Geografia Urbana. 4ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.

CARLOS, Ana Fani Alessandri. O lugar no/do mundo. São Paulo: Labur Edições, 2007.

COELHO, Teixeira. O que é indústria cultural. São Paulo: Editora Brasiliense, 1980.

HARVEY, D. A liberdade da cidade. In: GEOUSP – Espaço e tempo, São Paulo, nº 26, 2009.

KONDER, Leandro. O que é dialética. 25ª ed. São Paulo: Brasiliense, 2000.

LEFEBVRE, Henry. O direito a cidade. São Paulo: Editora Documentos, 1969.

PAULA, Leandro de. A música como instrumento de difusão de ideias. Anápolis. Universidade Estadual de Goiás – Unidade Universitária de Ciências Socioeconô-micas e Humanas – Curso de Licenciatura em Geografia (Trabalho de Conclusão de Curso), 2004.

SANTOS, Milton. Por uma economia política da cidade. 2ª ed. São Paulo: Edusp, 2009.

SILVA, Armando Corrêa da. Geografia e lugar social. São Paulo: Contexto, 1991.

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IV

O ORIENTE MÉDIO

Carina EberhardtMaisa Aline da Veiga

Paulo Cesar Rodrigues da Silva

Charge retratando a “Primavera Árabe”

Fonte: <http://chargesdodenny.blogspot.com.br/2011/02/oriente-medio.html>

Apresentação

Discussões sobre o Oriente Médio estão presentes no cotidiano, mesmo que muitas vezes, não se perceba isso. Os diferentes meios de comunicação, através dos seus agentes, possuem um papel importante neste processo, pois é principalmente através deles que temos acesso aos acontecimentos da região. Por isso, devemos estar alertas para a manipulação das informações sobre esta região do mundo, pois a mesma possui uma importância geopolítica e geoeconômica elevada: trata-se de uma área de ligação entre Europa, ásia e áfrica, sendo também uma região onde são encontradas as maiores reservas de petróleo do mundo.

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Neste sentido, existem inúmeros interesses de países considerados potências mundiais sobre esta região. Consequentemente, o Oriente Médio configura-se como uma área de instabilidade política, além de ser um local que possui uma complicada história de disputas políticas, culturais e religiosas.

Tais discussões estão presentes também em sala de aula, mas muitas vezes os edu-candos não entendem o porquê estudar tal assunto, devido a não encontrarem significado e sentido. Por exemplo, por que estudar sobre esta região se vivemos no Brasil? Como o Oriente Médio está relacionado com as nossas vidas? A situação se complica pelo fato deste assunto ser bastante extenso e complexo, o que leva muitas vezes o professor a ficar somente em aulas expositivas, dificultando o processo de ensino-aprendizagem, pois se os educandos já não encontram motivos para estudar o Oriente Médio, com este tipo de aulas poderão ter menos incentivos e interesse pelo assunto.

Para conseguir problematizar este importante tema para o ensino de Geo-grafia, são vários os materiais (sites, revistas, filmes) sobre o Oriente Médio. O educador pode recorrer a estes recursos para realizar algumas análises, auxilian-do e se atualizando para a construção das aulas, deixando-as mais interessantes. Há também inúmeros pesquisadores e autores que podem ser consultados como Lewis (2002) e Smith (2008).

Desta maneira, após a análise de algumas destas publicações, o presente capítulo tem por objetivo proporcionar ao educador formas diferenciadas de tra-balhar este conteúdo, apresentando sugestões de atividades, como por exemplo, jogos, vídeos e charges.

Para tanto, este capítulo encontra-se organizado da seguinte maneira: primei-ramente, apresentamos uma atividade sobre a localização do Oriente Médio. Nesta atividade sugerem-se jogos com cartas e jogos on-line.

A segunda atividade tem por objetivo problematizar a questão do preconceito que há em relação às pessoas que vivem no Oriente Médio. Na terceira atividade, trabalhamos com a religião no Oriente Médio. Para isso, propomos a realização de uma atividade de construção de cartazes, que levam os alunos a fazerem pesquisas e desenvolverem a capacidade de sistematização de assuntos, além de proporcionar o desenvolvimento da leitura, da escrita e de criatividade.

A quarta atividade sugerida é a análise de charges e construção textual, mo-mento no qual o educador pode perceber se os educandos estão conseguindo com-preender o conteúdo. Para finalizar este capítulo do caderno de atividades, são apresentadas sugestões de vídeos relacionados aos conflitos, para que o educador os utilize para problematizar as questões referentes ao Oriente Médio e ajudar os educandos a explorarem e aprofundarem o conhecimento sobre a região.

Portanto, este capítulo da unidade didática visa socializar as atividades desen-volvidas durante nossas ações no projeto PIBID. O educador deverá adaptá-las a realidade de sua comunidade escolar e pode buscar auxilio em demais locais, como o Portal do Professor ou Dia a dia Educação. O importante é fazer com que o tema do Oriente Médio, fundamental para a compreensão do mundo atual, esteja mais próximo dos educandos do ensino fundamental.

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Atividade 1 – O Oriente Médio por meio de jogos

Esta atividade tem como objetivo possibilitar ao aluno compreender a loca-lização do Oriente Médio. O jogo proposto envolve cartas, nas quais são descritas informações e curiosidades de determinados países pertencentes ao Oriente Médio, como podemos ver a seguir:

11) População: 28.082.541 habitantes (IBGE-2011).

2) Idioma: Árabe.3) Fronteiras: Jordânia, Iraque, Kuwait, Catar, Emirados Árabes

Unidos, Omã e Iêmen.4) Economia: Abriga a maior reserva de petróleo no mundo.

5) Curiosidade: É um paísque não possui constituição, é regido pela Sharia, lei islâmica.

6) Atualidade: O país tenta conter manifestações contra

o governo. (20/09/2012)

21) População: 7.562.194 habitantes (IBGE-2011).

2) Idioma: Hebraico e Árabe.3) Fronteiras: Jordânia,

Egito, Síria e Líbano.4) Economia: Autossuficiente

na produção de alimentos. O turismo é uma boa fonte

de renda para o país.5) Curiosidade: É o país

religiosamente mais liberal do Oriente Médio.

6) Atualidade: Ameaça atacar Irã. (04/07/2012)

31) População: 7.890.924 habitantes (IBGE-2011).

2) Idioma: Árabe.3) Fronteiras: Arábia

Saudita e Omã.4) Economia: O petróleo é a

sua principal fonte de riquezas.5) Curiosidade:

Flexibilidade religiosa.6) Atualidade: Possui a cidade

sinônimo de modernidade, riqueza e luxo no mundo, DUBAI, que foi construída no deserto. (25/05/2012)

41) População: 73.639.596 habitantes. (IBGE-2011)

2) Idioma: Turco.3) Fronteiras: Bulgária,

Grécia Geórgia, Armênia, Irã a leste, Iraque e Síria.4) Economia: Prestação

de serviços.5) Curiosidade: O Orkut foi

criado neste país. Possui a única cidade do mundo (Istambul) com

território na Ásia e Europa.6) Atualidade: Combates entre soldados e rebeldes

curdos causam varias mortes. (03/09/2012)

51) População: 32.664.942 habitantes. (IBGE-2011)

2) Idioma: Árabe.3) Fronteiras: Turquia, Irã,

Kuwait, Arábia Saudita, Jordânia e Síria.

4) Economia: O principal produto do país é o petróleo.

5) Curiosidades: A Mesopotâmia, onde agora é este país, foi o berço da civilização.

6) Atualidade: Exportou uma média de 2,565 milhões de barris de petróleo por dia

em agosto. (01/09/2012)

61) População: 20.766.037 habitantes. (IBGE-2011)

2) Idioma: Árabe.3) Fronteiras: Turquia, Iraque,

Jordânia, Israel e Líbano.4) Economia: Tem na exploração de petróleo e gás natural como a

principal fonte de receitas.5) Curiosidades: A Guerra dos Seis Dias foi um conflito

envolvendo este país.6) Atualidade: Revoltas

populares contra o presidente que está no poder há 11 anos. (09/2012)

71) População: 74.798.599 habitantes (IBGE-2011).

2) Idioma: Persa.3) Fronteiras: Afeganistão,

Iraque, Turquia, Paquistão e Rússia.

4) Economia: Extremamente vinculado ao petróleo.

5) Curiosidade: Fez parte do Império Persa.

6) Atualidade: Está sendo ameaçado de um ataque

israelense (2012).

81) População: 32.358.260 habitantes (IBGE-2011).2) Idioma: Pacto e Dari.

3) Fronteiras: Irã, Rússia e Paquistão.

4) Economia: Agricultura é a principal atividade econômica.5) Curiosidade: A cordilheira

Hindu Kush corta o país ao meio e forma um esconderijo natural.

6) Atualidade: Ainda em fase de reconstrução, o país é castigado com ataques e

atentados terroristas (2012).

91) População: 82.536.770 habitantes (IBGE-2011).

2) Idioma: Árabe.3) Fronteiras: Arábia

Saudita, Israel, Jordânia, Sudão, Líbia e Faixa de Gaza.

4) Economia: Baseada na agricultura.

5) Curiosidade: É conhecido por suas pirâmides.

6) Atualidade: Em 2012, pela primeira vez, um

líder árabe é deposto por um movimento popular.

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1) População: 4.225.710 habitantes (IBGE-2011)

2) Idioma: Hebraico e Árabe.3) Fronteiras: Líbano, Síria,

Jordânia e Egito.4) Economia: É bastante prejudicada

por causa dos conflitos.5) Curiosidade: Encontra-se dividida em

três partes. Uma no estado de Israel, e outras na Faixa de Gaza e a Cisjordânia.

6) Atualidade: Área caracterizada principalmente por disputas

territoriais (2012).

Respostas: 1. Arábia Saudita 4. Turquia 7. Irã 10. Palestina

2. Israel 5. Iraque 8. Afeganistão

3. Emirados Árabes Unidos

6. Síria 9. Egito

Para a realização do jogo, é preciso organizar educandos em trios ou grupos de quatro, sendo que um deles permanece com uma carta na mão e aos poucos vai dando as dicas presentes na carta aos demais até que um deles consiga associar as informações com um determinado país. Aquele que acerta será o próximo a dar as dicas presentes nas cartas, para que todos tenham a oportunidade de explorar seu conhecimento.

DICA IMPORTANTE

Jogos on-line são também opções de atividades com a mesma finalidade, mas antes de utilizá-los é necessário verificar se a sala de informática possui computadores suficientes para todos os educandos e testar a jogabilidade. Algumas sugestões de jogos se encontram nos links abaixo:*http://www.jogos-geograficos.com/jogos-geografia-Geo-Quizz-Oriente-Medio-_pageid50.html* http://pt.yupis.org/jogo-SUiy/

Atividade 2 - Quem é o “terrorista”?

Esta atividade tem como objetivo problematizar a questão do preconceito com as pessoas vivem no Oriente Médio. A atividade consiste em apresentar aos alunos diferentes imagens de pessoas: alguém da mídia, uma pessoa branca ou negra, um

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Caderno de atividades de Geografia – para o ensino fundamental 55

judeu ou islâmico, por exemplo, e fazer a seguinte pergunta: se você presenciasse um ataque terrorista e encontrasse estas pessoas na rua no mesmo momento, quem você apontaria como culpado? Aguardar a respostas dos alunos, e após apresentar a eles a imagem do Norueguês Behring Breiviko (rapaz loiro de olhos azuis da tercei-ra figura), que realizou o atentado na Dinamarca: vestido como um policial, entrou, em 2011, em um terreno de um acampamento de jovens trabalhistas e abriu fogo contra os jovens presentes, matando 77 deles.

Com isso, será possível discutir com os educandos as origens do preconceito contra as pessoas do Oriente Médio, apontando que ser islâmico, judeu, branco, negro não significa ser terrorista.

A seguir apresentamos alguns exemplos de imagens que podem ser utilizadas nesta atividade:

Imagem 08 – Muçulmano

Fonte: <http://lyvrearbitrio.blogspot.com.br/2012/03/maior-lider-muculmano-da-arabia-saudita.html>.

Imagem 09 – Judeu

Fonte: <http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/2012-05-13>.

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Imagem 10 – Europeu

Fonte: <http://expresso.sapo.pt/justica-alema-investiga-contactos-entre-breivik-e-neonazis-da-baviera=f676233>.

Atividade 3 - Elaboração de cartazes

Para trabalhar com a religião no Oriente Médio, sugere-se que os alunos de-senvolvam uma pesquisa em grupo, sobre as três religiões existentes nessa região: Islamismo, Cristianismo e Judaísmo, conhecendo seus dogmas e tradições e en-tendendo um pouco mais sobre cada uma delas. Para orientar os educandos, é fun-damental que o professor entregue um roteiro de pesquisa. Abaixo seguem alguns pontos que podem fazer parte deste roteiro:

• Nome da religião;• Principal representante e criador;• Dogmas e princípios que devem ser seguidos;• Principal símbolo;• Objetos sagrados;• Procurar imagens relacionadas.

Após a realização da pesquisa, que pode ser feita extraclasse ou na sala de informática da escola, os alunos deverão colocar algumas informações em cartazes, como imagens e pequenos textos explicativos, para que seja feita uma exposição aos demais alunos. Esta atividade pode proporcionar aos educandos o desenvolvimento de habilidades de pesquisa, leitura e escrita, além de ser uma maneira de sistemati-zar o conteúdo e incentivar a criatividade dos educandos.

A seguir, temos uma imagem dos educandos elaborando os cartazes em grupo durante o desenvolvimento do subprojeto na Escola Estadual Beatriz Biavatti:

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Fotografia 17 – Elaboração de cartazes sobre as religiões do Oriente Médio

Fonte: VEIGA, Maisa. A., 2012.

Atividade 4 - Trabalhando com charges

Desenvolver uma análise de charges com os educandos se constitui em uma tentativa de despertar o interesse deles sobre o assunto e proporcionar um momento no qual o educador possa perceber se o assunto foi compreendido. Para tanto, é fun-damental que o professor problematize as informações das charges, acrescentando outros elementos que possibilitem aos educandos a compreensão das mesmas.

Para realizar a atividade, o professor deve realizar uma primeira análise das charges com toda turma e depois solicitar que os alunos façam outra análise indivi-dual, sistematizando sua compreensão com uma construção textual.

Sugere-se que o professor opte por um número reduzido de charges (no máxi-mo três) e procure explorar com detalhes as informações presentes nelas. A seguir, apresentamos algumas de charges que podem ser utilizadas nesta atividade.

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Imagem 11 – Charge sobre a disputa do petróleo no Oriente Médio

Fonte: Bira Dantas, <http://www.correaneto.com.br/site/espaco/40853>

Imagem 12 – Charge sobre o papel do EUA no conflito na Líbia

Fonte: <http://smfdiario.blogspot.com.br/2011/08/jaque-mate-gadafi-que-sigue-escondido.html>.

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Imagem 13 – Charge ironizando os processos de paz no Oriente Médio

Fonte: Bob Gorrell. <http://geoconceicao.blogspot.com.br/2010/09/oriente-medio.html>.

Atividade 5 - Vídeos

Partindo da ideia de que a utilização de vídeos em sala de aula pode alterar a relação aluno/professor, criando novas expectativas em relação à aprendizagem dos alunos, esta atividade apresenta algumas opções de vídeos relacionados ao conflito entre Israel e Palestina, um dos principais confrontos no Oriente Médio, que podem ser utilizados pelo professor de Geografia.

Imagem 14 – Vídeo “Entendendo os 60 anos de conflito entre Israel e Palestina”

Fonte:<//www.youtube.com/watch?v=xbVuq-UzU1w>.

O vídeo explica os 60 anos de conflitos entre Israel e Palestina, apresentan-do os principais acontecimentos decisivos no desenrolar do conflito, desde 1948, quando houve a partilha dos dois estados, até os dias atuais. Após o término do vídeo de socializar com os educandos o que foi visto.

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A seguir apresentamos acontecimentos citados no video que podem ser pro-blematizados e colocados na linha do tempo, lembrando que o educador pode ex-plorar mais informaçõe contidas no vídeo:

1948 - Criação do estado de Israel;

1967 - Israel deflagrou um ataque coletivo e teve inicio a guerra dos 6 dias, ao final Israel tinha conquistado a Faixa de Gaza, Monte Sinai, Colinas de Golã, a nascente do rio Jordão e a Cisjordânia;

1973 - Ataque da Síria e Egito contra Israel no dia do Yom kippur, mas estes fracassaram sua tentativa de recuperação de território;

1978 - Egito assina um acordo histórico com Israel;

1982 - Israel invade o Líbano com objeto de destruir focos terroristas palestinos;

1987 - Primeira Intifada, que durou 6 anos e matou 2000 pessoas;

1993 - Novo acordo de paz;

2000 - Nova Intifada;

2004 - Mahmud Abás, novo líder palestino e o ministro israelense, assinaram um cessar fogo;

2005 - Israel removeu 8 mil colonos judeus de assentamentos na Faixa de Gaza e retirou as tropas da região;

2006 - Hamas vence as eleições legislativas palestinas, intensificando o conflito interno com o Fatah;

2008 - Fatah e Hamas acertaram um cessar fogo de 6 meses, mas os dois são acusados de desrespeitar o acordo.

Após debate, o professor propor a construção de uma linha do tempo a partir dos eventos acima citados.

Imagem 15 – Vídeo “Comédia MTV - Israel x Palestina: um jogão de bola”

Fonte: <http://www.youtube.com/watch?v=C7-DTZ-qDbA>.

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Este vídeo aborda os conflitos relacionados aos judeus e islâmicos, sendo apre-sentado de forma criativa e humorada. Retrata aspectos como invasão do território, terrorismo, intervenção e posicionamento da ONU. Através do vídeo, o professor pode problematizar com os educandos questões como a disputa pela Faixa de Gaza, a invasão de território no “campo” adversário, o posicionamento da ONU perante ao conflito, enfim, vários temas polêmicos que aparecem de forma descontraída no vídeo. Ao término do vídeo, o professor poderá onduzir o debate sobre tais questões e logo após solicitar dos alunos a elaboração de um texto dissertativo sobre o tema.

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REFERÊNCIAS

COSTA, A. L. M. C. Feliz Oriente Novo : Oriente Médio com duas ditaduras a menos, o mundo árabe começa a muda de feição. Até que ponto? Nosso Mundo. São Paulo: p. 58-63. Fev. 2011. Disponivel em : <http://www.cartacapital.com.br/internacional/feliz-oriente-novo-2/ >. Acesso em 19 abr. 2013.

LEWIS, B. T. O que deu errado no Oriente Médio. Tradução BORGES, Maria Luiza X. de A. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda: 2002.

MATTAR, M.; NASSER, R. Mattar. A face oculta do medo á civilização islâmica. IN: Carta na Escola, Nº . São Paulo, p. 36-38,

PESSOA. Alberto Ricardo. Charge como estratrégia complementar de ensino. In: Revista Temática. V.2, n. 03, março/2011.

SMITH, D. O Atlas do Oriente Médio. São Paulo: Publifolha: 2008.http://lyvrearbitrio.blogspot.com.br/2012/03/maior-lider-muculmano-da-arabia--saudita.html> Acesso em: 27 abr. 2013.

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V

HIDROGRAFIA E ENCHENTES EM FRANCISCO BELTRÃO

Robson SantanaThiago Felipe Von Fruhauf Machado

Área urbana de Francisco Beltrão

Fonte: <http://almirrodrigues.blogspot.com.br/2008_08_01_archive.html>

Apresentação

O lugar é imprescindível para a construção dos sujeitos sociais, pois é nele que reconhecemos o mundo e entramos em contato com ele. A respeito disso Carlos apud Moreira e Hespanhol (2011, p. 54) afirmam que “o lugar permite pensar o viver, o habitar, o trabalho, o lazer enquanto situações vividas, revelando, no nível do cotidiano, os conflitos que ocorrem ou ocorreram no mundo”.

Desta forma consideramos que o lugar é uma categoria importante para o de-senvolvimento do ensino de Geografia, pois é a partir dele que os alunos podem se identificar sujeitos.

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Neste sentido, este capítulo apresenta propostas atividades relacionadas com a temática das enchentes e hidrografia. Estas atividades foram realizadas com uma turma de sexto ano do ensino fundamental II, na Escola Estadual Beatriz Biavatti. A escolha do município de Francisco Beltrão-PR para a abordagem do tema a ser trabalhado com os educandos ocorreu com o intuito de aproximar a problemática do lugar em que os alunos vivem, compreendem e tem a possibilidade de transformar.

Neste processo foram utilizados mapas e imagens de satélite, para que os alu-nos pudessem perceber a localização dos fenômenos no lugar, além de construírem conhecimentos para poderem se apropriar da linguagem cartográfica. Podemos con-siderar que “Cada vez mais a linguagem cartográfica reafirma sua importância no ensino de Geografia porque contribui não apenas para que os alunos compreendam os mapas, mas para que eles desenvolvam capacidades cognitivas relativas à repre-sentação”. (FRANCISCHETT, 2007, p. 01).

Dessa forma, o presente capítulo tem como objetivo partilhar com os profes-sores da educação básica as atividades relacionadas a problemática das enchentes e hidrografia de Francisco Beltrão, que foram realizadas no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência (PIBID), durante cinco meses. Estas atividades consis-tem na utilização de imagens, mapas e mesmo o trabalho de campo como recursos.

Na primeira atividade proposta neste capítulo, o objetivo é fazer com que o aluno se localize a partir de um mapa da cidade. Para que isto seja feito eles devem identificar alguns pontos no mapa que sejam relacionados a eles, como sua casa e a escola. A segunda atividade envolve o uso de charges no ensino do conteúdo sobre enchentes, destacando a importância de sua utilização, como no caráter político. A atividade 3 traz uma proposta de como trabalhar os rios do município, fazendo com que os alunos busquem informações sobre determinado rio através de uma pesqui-sa, e apresente para a turma uma síntese dos dados coletados. Por fim, a atividade 4 apresenta a experiência de um trabalho de campo, onde a partir dele é possível analisar na prática o conteúdo e preparação realizada em sala de aula.

Em cada uma das atividades buscamos explorar alternativas para o ensino de geografia, que possam contribuir para a ação dos professores da educação básica e o avanço de práticas educativas que contribuem na formação dos sujeitos.

Atividade 1 – Localizando-se em Francisco Beltrão

Ensinar os alunos a se localizarem no tempo e no espaço é essencial para que avancemos na compreensão geográfica do mundo. Se o assunto for local, ou seja, sobre a própria cidade ou próximo a ela, orientar e localizar o aluno fará com que ele possa se sentir sujeito do processo. Por isso, trabalhar com mapas é fundamental no ensino de geografia.

Esta atividade consiste no seguinte: em trios, os alunos devem identificar no mapa de Francisco Beltrão os principais rios que passam pela cidade, a escola em que estudam, as casas em que moram e o trajeto de casa até a escola, encontrando alguns pontos de referência. Após as localizações, os alunos elaboram uma legenda e o título do mapa.

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Caderno de atividades de Geografia – para o ensino fundamental 65

Fotografia 18 – Localização dos pontos de referência, rios, escola e casas

Fonte: PIBID, 2012.

Atividade 2 – Trabalhando com charges

Trabalhar apenas com textos ou exposição de ideias deixa a aula, muitas vezes, monótona, fazendo com que os alunos percam o interesse. Para fugir um pouco da aula expositiva e apenas verbal, uma boa opção é a utilização de charges.

As charges tratam dos mais diversos assuntos, desde ambientais a políticos. Segundo Pessoa (2011) a charge difere dos outros gêneros de histórias em quadri-nhos por seu caráter político e desta maneira pode ser explorada para produzir um debate em sala de aula. Além disso, através das charges pode-se estimular a criati-vidade e senso crítico dos alunos.

Nesta atividade, abordamos o tema enchentes através de charges. A seguir, temos um exemplo de charge que pode ser utilizada:

Imagem 16 – Charge sobre enchentes e a relação com a cobrança de impostos

Fonte: <http://dumilustrador.blogspot.com.br/2010/01/charge_05.html>.

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A charge mostra uma casa coberta pela água e uma família ilhada no teto. No fundo aparecem as siglas de muitos impostos para pagar e diversos gastos. O professor pode pro-blematizar esta contradição, discutindo a responsabilidade política acerca das enchentes.

Como sugestão se propõe trabalhar as charges com os alunos, debatendo e pro-blematizando-as, utilizando as informações presentes na charge e outras que podem ser pesquisadas pelos alunos e trazidas também pelo professor. Após a problematização, é importante que o professor peça aos alunos que produzam uma charge também, expon-do suas ideias sobre o tema proposto, como forma de sistematização da atividade.

Atividade 3 – Rios do município

Para se trabalhar a hidrografia do município, uma atividade interessante é fa-zer com que os próprios alunos apresentem para a turma alguns dados coletados através de pesquisas em sites, livros e revistas.

Para isso, os alunos podem ser divididos em grupos de 3 ou 4, e a partir do mapa hidrográfico de Francisco Beltrão, cada grupo receberá o nome de um dos rios para fazer uma pesquisa e apresentar para a turma em forma de cartaz.

A pesquisa pode ser realizada também consultando dados na prefeitura ou con-versando com pessoas mais velhas da cidade, que tenham conhecimentos sobre as histórias dos rios, como lendas ou origem do nome.

Mapa 09 – Zoneamento do município de Francisco Beltrão

Fonte: ITCG, 2010.

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Fotografia 19 – Apresentação do resultado da pesquisa para a turma

Fonte: PIBID, 2012.

Atividade 4 – Trabalho de campo

Nesta atividade, propomos a realização de um trabalho de campo com o intuito de sistematizar os conhecimentos construídos em sala de aula, a partir do contato dos alunos com a realidade do lugar.

O trabalho de campo no ensino de Geografia desempenha um papel fundamen-tal na construção dos conhecimentos, “uma vez que em campo o aluno se aproxima da realidade concreta com a possibilidade de observá-la em seus mais variados as-pectos e analisá-la criticamente” (RODRIGUES; BELO 2010, p. 01). Desta forma, além de aprofundar os conteúdos já trabalhados, ainda é possível levantar novas análises que são perceptíveis apenas na prática.

Para a realização do trabalho, é fundamental que o professor organize os pre-parativos para o mesmo, as ações a serem desenvolvidas durante e como os dados e informações coletadas serão trabalhadas posteriormente. Entre os materiais ne-cessários para a realização do trabalho de campo, destaca-se o roteiro, que deve ser construído previamente com a participação dos alunos.

A seguir, apresentamos o roteiro do trabalho de campo realizado na Escola Estadual Beatriz Biavatti, bem como as fotos resultantes do mesmo.

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Roteiro do trabalho de campo realizado:

07h30min – Organização dos alunos;

08h00min – Saída da Escola Estadual Beatriz Biavatti;

08h10min - Parada no Parque de Exposições – Rio Urutago;

08h40min – Segue em direção a Polícia Militar, passando pelo Rio Urutago;

08h50min – Segue em direção ao Colégio Mário de Andrade;

08h55min – Passar pela Rua Marília em direção a Rua Bolívia;

09h00min – Passaremos na rua Ten. Camargo, em direção ao Rio Lonqueador, próximo ao Arrudão. Na Rua Giocondo Fellippe seguiremos em direção a Rua Santo Fregonese contornando o Rio Lonqueador, até a casa da Cultura;

09h15min – Construção próxima ao rio Urutago – Incubadora Tecnológica de Inovação (antiga Casa da Cultura);

09h30min – Lanche – Unioeste (GPEG);

10h00min – Corpo de Bombeiros;

10h45min – Córrego Progresso – Bairro São Miguel;

11h00min – Retorno para a escola Beatriz Biavatti.

Desenvolvimento do Trabalho de campo

Fotografia 20 – Observações das modificações nas margens do Rio Urutago

Fonte: PIBID, 2012.

O Rio Urutago, no bairro Miniguaçu, possui grande parte de suas margens alterada pela ação humana, o que acentuou a ocorrência de enchentes.

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Fotografia 21 – Ocupação irregular nas margens do Rio Lonqueador

Fonte: PIBID, 2012.

A fotografia mostra uma residência construída de forma irregular a poucos metros do Rio Lonqueador, no bairro Vila Nova, onde frequentemente ocorrem alagamentos.

Fotografia 22 – Palestra no Corpo de Bombeiros

Fonte: PIBID, 2012.

Palestra com bombeiro sobre como agir em caso de alagamento. Após a palestra, os alunos puderam ver os equipamentos utilizados pelos bombeiros em caso de resgates.

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Fotografia 23 – Erosão no Córrego Progresso

Fonte: PIBID, 2012.

A fotografia mostra o processo erosivo nas margens do Córrego Progresso, no bairro São Miguel. Nesta fica evidente a ação do rio, que toma a rua e derruba os muros de contenção construídos em sua margem.

Sugestões de sites

- No Facebook há uma página destinada a organizar e destinar arrecadações e ajudas a pessoas que foram atingidas por enchentes. Se você tem vontade de ajudar ou conhece alguém que precisa de ajuda, visite: <http://www.facebook.com/enchentes>

- A revista “Cidadania e Meio Ambiente” possui um espaço chamado Eco De-bate, no qual vários temas são levantados através de artigos e reportagens. A revista, além de impressa, também tem sua versão no site: <http://www.ecodebate.com.br/>

- No site do Youtube é possível encontrar vários vídeos referentes ao tema “enchentes”. Há um canal de vídeos chamado “ECOTV”, no qual são postados vídeos deste gênero, incluindo debates sobre decisões a serem tomadas para evitar enchentes futuras, como alterar o leito de um rio, ou fazer uma barragem. <http://www.youtube.com/user/ECOTV?feature=watch>

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REFERÊNCIASFRANCISCHETT, M. N.. “A Cartografia Escolar Crítica” IN: Anais do 9º ENPEG. Niterói, 2007.

MOREIRA, E. V.; HESPANHOL, R. A. de M.. “O lugar como uma construção so-cial”. IN: Revista Formação, v. 2, n. 14, 2011.

PESSOA. Alberto Ricardo. “Charge como estratégia complementar de ensino”. IN: Revista Temática. v.2, n. 03, Março/2011

RODRIGUES JUNIOR, G. S; BELO, V. L. A Importância do Trabalho de Campo no Ensino de Geografia. In: XVI Encontro Nacional de Geógrafos - UFRGS - Porto Alegre/RS - Julho de 2010.

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SOBRE OS AUTORES

Mafalda Nesi Francischett

Graduação em Geografia (Licenciatura e Bacharelado) pela Faculdade de Ciências e Letras de Francisco Beltrão (1990). Mestrado em Educação pela Uni-versidade Centro Oeste do PR e Universidade de Campinas (1997) . Doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2001). Pesquisadora colaboradora da Universidade Estadual de Campinas no ano de 2008. Pós-doutorado em Geografia pela Unicamp no ano de 2009. Professora Associado - nivel B, desde março de 2013 (Portaria Nº1625/2013-GRE) da Universidade Esta-dual do Oeste do Paraná. Experiência na pesquisa, ensino e extensão em Geografia, com ênfase em: Ensino de Geografia, Educação Ambiental, Cartografia Escolar, Livro Didático, com principais temáticas voltadas para: representação-linguagem--ensino. Projetos em Ensino de Geografia. Professora pesquisadora na linha Edu-cação e Ensino de Geografia no Programa de Mestrado em Geografia. Orientadora de Estágio Supervisionado em Geografia. Coordenadora de projeto PIBID. Lider do grupo de Pesquisa RETLEE desde 2002. Pesquisadora do grupo GPEG e do Grupo de Cartografia Escolar. Professora pesquisadora no Programa de Mestrado em Educação na linha Cultura, Processos Educativos e Formação de Professores, na Unioeste - Francisco Beltrão/PR.

Eduardo Donizeti Girotto

Graduação em Geografia pela Universidade de São Paulo (2005) e mestra-do em Geografia (Geografia Humana) pela Universidade de São Paulo (2009). Foi professor de ensino fundamental II e médio da Prefeitura Municipal de São Paulo e professor de geografia da Prefeitura Municipal de São Caetano do Sul. Atualmente é Professor Assistente do CCH da Unversidade Estadual do Oeste do Paraná, no campus de Francisco Beltrão. Líder do Grupo de Pesquisa de Ensino de Geografia (GPEG) da mesma Universidade e Coordenador Geral do NUFOPE (Núcelo de Formação Docente e Prática de Ensino).

Najla Mehanna Mormul

Graduação em Geografia pela Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão (2002). Especialização em Educação, Planejamento e Gerencia-mento do Meio Ambiente pela mesma Instituição. Mestrado em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPE/UEM - Mestrado/Doutorado) da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Pesquisadora do Grupo de Pesquisa

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Educação e Ensino de Geografia - GPEG (UNIOESTE). Doutoranda em Geografia pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) com ênfase na organização do espa-ço habitado. Membro do Núcleo de Estudos de Mobilidade e Mobilização (UEM). Professora do Curso de Geografia da Universidade Estadual do Oeste do Paraná - UNIOESTE campus de Francisco Beltrão. Possui experiência na área de educação e pesquisa atuando principalmente com os seguintes temas: educação, ensino de Geografia, conteúdos escolares e Geografia da população.

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