1409 LIVING THE LOTUS Portuguese - rk-world.org · assim ele foi levado para um hospital mais bem...

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Living the Living the LOTUS LOTUS Buddhism in Everyday Life Buddhism in Everyday Life VOL. 108 VOL. 108 2014 2014 2014 Publicação: Rissho Kosei-kai Internacional Fumonkan, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, 166-8537 Japan TEL: 03-5341-1124 FAX: 03-5341-1224 E-mail: living.the.lotus.rk-international@kosei- kai.or.jp Editor Responsável: Shoko Mizutani Editora: Etsuko Nakamura Tradutora: Nicia Lemi Kishi Revisora: Angela Sivalli Ignatti Equipe de Edição: Shiho Matsuoka, Mayumi Eto, Sayuri Suzuki, Eriko Kanao, Shizuyo Miura, Sachi Mikawa, Yurie Nogawa, Yoshihiro Nakayama, Bold Munkhtsetseg No tulo Living the Lotus – Buddhism in Everyday Life (Vivendo o Sutra de Lótus – O Budismo dentro da vida diária) está condo o desejo de enriquecer e fazer ser mais valiosa a vida a parr da vivência do Sutra de Lótus no codiano, assim como a bela flor de lótus, a qual floresce de dentro da lama. Através da internet, temos nos dedicado em entregar, ao público leitor do mundo todo, o ensinamento do budismo que pode ser vivenciado dentro da vida diária. O informavo Living the Lotus é publicado em quatorze línguas, com a cooperação das filiais do exterior. Entretanto, em algumas línguas a publicação é irregular e contém apenas a orientação do Mestre Presidente Niwano. Connuaremos tentando aperfeiçoar o informavo e, para tanto, contamos com o precioso apoio e comentários dos leitores. Living the Lotus Vol. 108 (setembro 2014) Kaiso Zuikan vol.7, p.260-261 Gostar e Desgostar Founder’s Essay A causa de vermos incorretamente os fenômenos está no modo de ver os fatos com conceitos pré-estabelecidos. Acabamos cometendo um grande erro quando observamos apenas o aspecto superficial das palavras e do comportamento de uma pessoa, determinando que gostamos ou desgostamos ou que a pessoa em questão é definitivamente uma pessoa incorreta. Não devemos nos esquecer que os problemas que surgem partem sempre de dentro de nós. Aquilo que não gostamos ou, aquela pessoa de quem não gostamos são assim porque nós determinamos serem dessa forma. Quando compreendermos que tudo parte unicamente de nós, que o sofrimento não surge do próximo ou da situação, não conseguiremos mais ver os fatos só racionalmente, determinando gostar ou não gostar da situação ou rotular a pessoa como inimiga ou aliada. Qualquer pessoa ou qualquer situação irá se tornar boa ou má conforme o modo de nos relacionarmos com elas. Se não tivermos esse modo de ver, não poderemos salvar as pessoas. Ao acreditarmos fielmente que, se eu mudar, o próximo também mudará, e que se nos dedicarmos à prática para a nossa própria mudança, estaremos praticando para a construção de um lar alegre, uma sociedade feliz e um mundo de paz. Não poderemos construir uma verdadeira sociedade de paz se não ampliarmos gradativamente a roda do sangha.

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Living theLiving the

LOTUSLOTUSBuddhism in Everyday LifeBuddhism in Everyday Life VOL. 108VOL. 108

92014201420149

Publicação:Rissho Kosei-kai InternacionalFumonkan, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, 166-8537 JapanTEL: 03-5341-1124 FAX: 03-5341-1224E-mail:[email protected] Responsável: Shoko MizutaniEditora: Etsuko NakamuraTradutora: Nicia Lemi KishiRevisora: Angela Sivalli IgnattiEquipe de Edição: Shiho Matsuoka, Mayumi Eto, Sayuri Suzuki, Eriko Kanao, Shizuyo Miura, Sachi Mikawa, Yurie Nogawa, Yoshihiro Nakayama, Bold Munkhtsetseg

No �tulo Living the Lotus – Buddhism in Everyday Life (Vivendo o Sutra de Lótus – O Budismo dentro da vida diária) está con�do o desejo de enriquecer e fazer ser mais valiosa a vida a par�r da vivência do Sutra de Lótus no co�diano, assim como a bela flor de lótus, a qual floresce de dentro da lama. Através da internet, temos nos dedicado em entregar, ao público leitor do mundo todo, o ensinamento do budismo que pode ser vivenciado dentro da vida diária.O informa�vo Living the Lotus é publicado em quatorze línguas, com a cooperação das filiais do exterior. Entretanto, em algumas línguas a publicação é irregular e contém apenas a orientação do Mestre Presidente Niwano. Con�nuaremos tentando aperfeiçoar o informa�vo e, para tanto, contamos com o precioso apoio e comentários dos leitores.

Living the LotusVol. 108 (setembro 2014) Kaiso Zuikan vol.7, p.260-261

Gostar e Desgostar Founder’sEssay

A causa de vermos incorretamente os fenômenos está no modo de ver os fatos com conceitos pré-estabelecidos. Acabamos cometendo um grande erro quando observamos apenas o aspecto superficial das palavras e do comportamento de uma pessoa, determinando que gostamos ou desgostamos ou que a pessoa em questão é definitivamente uma pessoa incorreta.

Não devemos nos esquecer que os problemas que surgem partem sempre de dentro de nós. Aquilo que não gostamos ou, aquela pessoa de quem não gostamos são assim porque nós determinamos serem dessa forma.

Quando compreendermos que tudo parte unicamente de nós, que o sofrimento não surge do próximo ou da situação, não conseguiremos mais ver os fatos só racionalmente, determinando gostar ou não gostar da situação ou rotular a pessoa como inimiga ou aliada.

Qualquer pessoa ou qualquer situação irá se tornar boa ou má conforme o modo de nos relacionarmos com elas. Se não tivermos esse modo de ver, não poderemos salvar as pessoas. Ao acreditarmos fielmente que, se eu mudar, o próximo também mudará, e que se nos dedicarmos à prática para a nossa própria mudança, estaremos praticando para a construção de um lar alegre, uma sociedade feliz e um mundo de paz. Não poderemos construir uma verdadeira sociedade de paz se não ampliarmos gradativamente a roda do sangha.

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Basic Buddhism through Comics

by Mitsutoshi Furuya

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A Verdade que Soluciona o Sofrimento,oferece Esperança e Coragem (As Quatro Nobres Verdades)A Verdade Da Causa 2

Verdade da Extinção

Verdade do Caminho

Verdade do Sofrimento

Verdade da Causa

AsQuatroNobres

Verdades Verdade da

Causa;As Dez

Talidades

Bem... da outra vez falamos sobre a Verdade da Causa, que é

Os senhores devem se lembrar que a Sra. Kuma havia pedido uma orientação...

porque ela queria mudar o marido que bebia demais e não ia

Hachi pensou que o orientador fosse dar um belo sermão ao senhor Kuma...

uma das Quatro Nobres Verdades.

trabalhar.Certo?

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Continua na página 103LIVING THE LOTUS setembro 2014

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra poderá ser utilizada ou reproduzida sob quaisquer meios existentes sem autorização por escrito dos editores.

Só que o velho senhor disse que quem precisava mudar era a esposa.

Desculpe-me, sei que isso deve ser muito duro de ouvir. 

Agora vamos ver o que o velho senhor quis dizer, de acordo com o ensinamento das Dez Talidades.

Hachi e a senhora Kuma se assustaram.

Bem, eu entendo que acabei surpreendendo vocês, mas escutem.

Vocês conhecem as

Não, nunca ouvi isso.

As Dez Talidades nos ensinam que tudo neste mundo existe por causa da forma, qualidade, essência...

poder, atuação, causa, condição, efeito, retribuição, havendo uma essencial unidade de todos esses

elementos do princípio ao

fim.

Não conheço os termos forma, qualidade, essência, mas já ouvi a respeito de causa e condição.  

não meu marido, que bebe e não vai trabalhar?

Então o senhor quer dizer que eu é que estou errada...

palavras Dez Talidades?

A PALAVRA É O ELO ENTRE AS PESSOAS

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ORIENTAÇÃO DOMESTRE PRESIDENTE

Nichiko NiwanoMestre Presidente da Risho Kossei-kai

LIVING THE LOTUS setembro 2014

Nós, seres humanos, somos a única existência que possui a ferramenta denominada palavra. Graças ao fato de muitas pessoas, ao longo dos últimos 2500 anos, terem nos transmitido a Verdade, a Lei, através das palavras, pudemos encontrar o ensinamento de Buda.

Graças à sustentação desse benefício é que podemos levar uma vida mais humana e achamos natural sentir gratidão por podermos trilhar o caminho búdico.

Falando em termos mais amplos, em relação ao ser humano possuir alma, uma pessoa disse que “analisando a teoria da evolução, é certo que o ser humano surgiu da natureza do universo; é possível vermos que a natureza do universo evidenciou sua alma através do ser humano”. O fato de o ser humano poder pensar e expressar esse pensamento é porque a natureza do universo, isto é, os deuses nos confiaram seu pensamento e nos fizeram expressá-lo.

O budismo ensina também que, quando o ser humano desperta para a própria sabedoria e vive com o espírito de compaixão, poderá viver uma verdadeira vida. Agindo assim, poderemos dizer que estamos dando vida verdadeira à palavra quando observamos os fatos de acordo com a Sabedoria e agimos com compaixão, transmitindo tranquilidade às pessoas. A palavra é a própria sabedoria e é o meio importante para obtermos a salvação.

Nesse sentido, devemos reafirmar o quão gratificante é possuirmos a palavra e devemos dar maior atenção ao que nos rodeia, através desse presente dos deuses. Isso é, naturalmente, transmitir o ensinamento.

O que osdeuses nos confiaram

Nós não podemos esquecer-nos da gratidão em relação às palavras e outros benefícios recebidos pelo ser humano. O que devemos então fazer? Antes de qualquer coisa, não perdermos a nossa própria racionalidade.

Anteriormente nós nos impressionamos com o verso “O “eu” é ‘o meu outro “eu” da natureza’”. Creio que ao analisarmos à luz do que falamos antes, o “eu” é o ser humano nascido da natureza do universo; é o estímulo para a conscientização de que é uma parte ínfima de todo o universo.

Ao nos conscientizarmos que somos uma parte ínfima de um todo e que somos motivados a viver pelos deuses, ficamos repletos do sentimento de gratidão também quando dizemos “obrigado” ou “graças a”. Quando cometemos um erro ou deixamos de agradecer, conseguimos naturalmente pedir desculpas e baixar a cabeça em sinal de arrependimento. Onde houver essa troca de palavras, haverá harmonia, e o relacionamento se tornará caloroso e reconfortante. A palavra de gratidão é que liga a alma das pessoas.

Porém, é importante lembrarmos que o fundamental não é a palavra que proferimos e sim como estamos proferindo tal palavra. Dizendo francamente, será que o que eu falo condiz com o que eu faço? Creio que este é o ponto principal a ser pensado para que a palavra atinja a alma do próximo. A letra “shin” das palavras “shinkoo” (fé) e “shinrai” (confiança) no japonês, desmembrada, escreve-se “hito ga iu” (a pessoa que diz). A palavra na qual o próximo irá ou não crer dependerá do modo de viver da pessoa que a está proferindo.

Nós, sem exceção, não conseguimos saber de tudo deste mundo. Aos olhos de Buda, como somos seres imaturos que conhecemos uma ínfima parte de um todo, não devemos esquecer-nos de ser sempre humildes ao conversarmos com as pessoas.

No Japão, desde antigamente, se diz que a força da palavra traz a felicidade. Creio que uma das forças é o trabalho de transmitir a Verdade, a Lei, desejando salvar o maior número de pessoas.

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Revista Koosei, setembro de 2014.

ORIENTAÇÃO DOMESTRE PRESIDENTE

As palavras alcançam a alma

Spiritual Journey

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Este relato de fé foi publicado na revista Koosei de novembro de 2013.

A Força para Viver são as Emoções

Hideyuki Yagawa (61 anos)Igreja de Kasukabe

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Sr. Hideyuki Yagawa

Perdendo um dos braços“Os ponteiros do relógio pendurado na parede da

fábrica marcavam quase cinco horas da tarde. Enquanto eu observava o relógio, pensava na minha idosa mãe Hana, de 90 anos, que me esperava em casa, e no preparo do jantar daquela noite”. Foi nesse instante que o braço direito do Sr. Hideyuki Yagawa ficou prensado na máquina que corta a chapa de ferro.

Gritos. Mas ninguém ouvia por causa do barulho das máquinas que tomava conta do interior da fábrica. O gerente da fábrica, que percebeu o inusitado, segurou-o, deixando-o ao lado da máquina até que a ambulância chegasse. A sensação era de que o tempo passava muito devagar.

Não se sabia quanto tempo havia passado. O socorrista da ambulância chegou correndo, enfaixou firmemente o seu braço para estancar o sangue e assim ele foi levado para um hospital mais bem estruturado, que ficava há uma hora da fábrica. No meio do caminho, apesar de terem enfaixado o seu braço, ele ouvia o seu sangue pingando no chão.

“Será que vou morrer?”Foi o pensamento que veio à cabeça do Sr.

Yagawa, que estava passando por uma dor indescritível e quase fora de consciência.

Ao passar por uma longa cirurgia de sete horas, o Sr. Yagawa teve seu braço direito amputado a partir do ombro. Isso foi no dia 5 de dezembro de 2008, quando já começava a ficar frio.

O Sr. Yagawa nasceu na província de Niigata, na cidade Tsubame, numa família de pequenos agricultores, como o filho mais velho dentre quatro irmãos. Depois de terminar o segundo grau, trabalhou numa empresa em Tóquio como vendedor, e, aos 35 anos, casou-se com Chizuru. Teve dois filhos e morava tranquilamente com a família na cidade Kasukabe, na província de Saitama. Todavia, quando ele estava com 48 anos, inevitavelmente teve que voltar a Niigata, deixando o trabalho, a esposa e os filhos para cuidar da mãe que estava idosa.

A esposa aprovou a mudança de vida, dizendo que não tinha motivos para contrariar a devoção filial à qual ele se propôs dedicar. Porém, cuidar da mãe ao mesmo que trabalhava num novo emprego, deixava-o completamente cansado, até que aconteceu o acidente, quando estava para completar sete anos nessa vida.

Foi só depois de três dias da cirurgia que o Sr. Yagawa despertou da anestesia. O local amputado estava completamente inchado e uma terrível dor tomava conta dele. Porém, dentro do Sr. Yagawa, mais do que a dor no peito, havia cravado o sentimento de arrependimento por ter ferido o corpo que havia herdado de seus pais.

A dor do ferimentoO Sr. Yagawa ficou meio ano internado no

hospital e em maio do outro ano saiu por um tempo do hospital e voltou à sua casa em Kasukabe, na província de Saitama. Entretanto, não foi nada fácil a vida sem o braço direito e os dois dedos da mão esquerda. Ele tinha dificuldades para comer, para ir ao banheiro, para se vestir e não conseguia nem

Spiritual Journey

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atender ao telefone. Às vezes ficava nervoso por não conseguir fazer nada e ficava fechado em seu mundo sentindo intranquilidade na nova vida. Muitas vezes gritava durante o seu sono.

Ele pensava: “Será que tem sentido eu viver neste mundo?”. Compreendendo esse sentimento, a esposa procurava incentivá-lo a espairecer, saindo de casa: “Querido, há um local na frente da estação onde se encontram os jogadores de shoogui (espécie de xadrez). Verifiquei o horário de funcionamento; que tal ir lá?”.

Porém, o que mais fazia sofrer o Sr. Yagawa era a dor alucinante que sentiam muitos pacientes que tinham parte do seu corpo amputada devido a acidentes ou doenças. Era uma dor insuportável, como se encostasse com força um carvão em brasa no local amputado. Ao conversar com o médico, o Sr. Yagawa ouviu que essa dor não tinha cura. Então ele pensou que a saída de tudo era acostumar-se com a dor. Para conviver com a dor, pensava em ter contato com o ar frio cortante, e começou a caminhar de manhã cedo e tarde da noite. Entretanto, quando começou a caminhar pela cidade, não deixava de sentir o olhar de curiosidade das pessoas. Porém, havia aí uma pequena alegria. Ele pôde continuar fazendo a caminhada, pois conseguia então sentir afeto nas mudanças que ocorriam todos os dias, no contato com as flores que floresciam à beira do caminho e com o cachorro que latia.

Em uma de suas caminhadas seus olhos pararam nas palavras “A força de viver sendo motivado a viver”, escritas numa placa. Foi quando o Sr. Yagawa começou a trilhar uma nova vida.

Quando ele viu aquelas palavras numa placa pendurada na parede da igreja Risho Kossei-kai de Kasukabe, sentiu um impulso muito forte em querer saber o significado daquela frase.

Ansioso por alguns dias, o Sr. Yagawa decidiu finalmente ir à igreja e perguntou a um senhor que estava na entrada: “Aqui pode entrar qualquer pessoa?”. “Pode, sim, entre por favor.”, disse o senhor. Quando o Sr. Yagawa entrou, ele foi tomado por uma emoção indescritível, até então nunca experimentada. Era como se estivesse evocando o passado; aquela sensação gostosa do filho que sai do banho e a mãe o está esperando fora, com uma toalha fresquinha, e a criança se enrola dentro dela.

Depois disso, o sangha da igreja de Kasukabe também acompanhou as caminhadas diárias do Sr. Yagawa. Quando havia passado um mês, o Sr. Yagawa tomou coragem e perguntou à então Reverenda Kimie Tamaki sobre o significado das palavras “A força de viver sendo motivado a viver”,

que o preocupava desde o início. A Reverenda então retrucou: “E o senhor, o que pensa sobre isso?”.

O Sr. Yagawa, que havia chegado à beira da morte, disse docilmente: “Posso sentir que realmente vivemos sendo motivados, pois o meu coração bate sem parar, independente da minha vontade. Mas...não entendo o que seja ‘a força de viver’. A Reverenda Tamaki pensou por um instante e disse: “Podemos pensar que a força de viver é a força da procura”.

“A força da procura... afinal o que eu estou procurando?”. O Sr. Yagawa ficou pensando muito em relação às palavras da Reverenda Tamaki.

Muitas e muitas emoçõesUm ano havia se passado a partir do acidente. Três

meses havia se passado após o encontro com a Risho Kossei-kai. O Sr. Yagawa ainda não tinha se tornado membro, mas começou a ir à igreja todos os dias. Nesse dia quando adentrou o portão, o diretor dos senhores, Sr. Katsuyoshi Fukuda, que estava na recepção, chamou-o e disse: “Sr. Yagawa, se o senhor tornar-se membro, conseguirá ver Buda”.

Foi tão repentino que o Sr. Yagawa disse: “É verdade que vou enxergar?” e o Sr. Fukuda, decisivo, respondeu: “É isso mesmo”. No mesmo momento o Sr. Yagawa pagou a taxa de 100 ienes e tornou-se companheiro do sangha da Risho Kossei-kai. Simples e puramente a partir do pensamento de que ele queria ver Buda.

Porém, Buda não surgiu perante o Sr. Yagawa mesmo depois de uma ou duas semanas. Ele começou então a duvidar e perguntou novamente ao Sr. Fukuda: “Quando vou poder enxergar Buda?” e então o Sr. Fukuda respondeu: “Com o acúmulo de práticas, o senhor enxergará”. Por dentro ele pensava: “Não estarão querendo me enganar?”.

Justamente nessa época, o Sr. Yagawa havia começado a se dedicar na função de cuidar do estacionamento.

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“A força de viver sendo motivado a viver”– foi esta frase que o guiou para uma nova vida.

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Spiritual JourneyEssa função era a de ficar em pé no portão de

entrada da igreja e receber as pessoas que vêm, reverenciando-as. Porém o Sr. Yagawa, que havia perdido um braço, não conseguia juntar as duas mãos em reverência. Mesmo assim, colocava firmemente o outro braço junto ao peito e se esforçava em cumprimentar todos da melhor maneira possível.

Foi quando o Sr. Yagawa começou a enxergar a imagem de pessoas que até então nunca havia visto ou percebido. Quando olhava para o canto do jardim enxergava uma pessoa que regava as flores com cuidado para que as pétalas não caíssem e num outro lugar que ninguém estava olhando, uma pessoa varria o chão em silêncio... Todas as vezes que ele via a imagem desse sangha, estranhamente se comovia e algo quente subia do fundo do peito, fazendo verter suas lágrimas.

Dentre essas pessoas havia a imagem de um senhor idoso que, mesmo sem receber ordem de ninguém, fazia a limpeza de toda a entrada com o esfregão, silenciosamente. Essa imagem ficou gravada dentro do Sr. Yagawa.

“Por que será que ele consegue fazer a limpeza silenciosamente? Se eu também tivesse braço... Um dia quero fazer limpeza junto com ele”.

Entretanto, ele havia perdido o braço direito e na mão esquerda havia apenas os dedos médio, anular e mindinho. Nem esfregão nem vassoura ele conseguia segurar, muito menos torcer o pano de chão. Ele sabia de tudo isso mas aquilo era um forte desejo que ultrapassava as barreiras da razão. “Quero de todo jeito fazer a limpeza”. O Sr. Yagawa foi contar esse desejo ao médico e no início ele ficou embaraçado, mas o embaraço foi derrubado pela força do seu desejo. Foi criada uma junta médica para que se pudesse fazer uma cirurgia de transplante de parte da pelvis para se reconstituir o dedo polegar. O processo de fazer cirurgia várias vezes foi doloroso, mas na mão esquerda do Sr. Yagawa foi criada uma elevação na pele que parecia um dedo, e com isso ele conseguiu fazer o movimento de puxar e empurrar o esfregão.

Durante os dois meses que precisou se internar para a cirurgia, o Sr. Yagawa se dedicou também à fisioterapia de reabilitação, desejando poder usar o esfregão o mais breve possível. Logo depois que recebeu alta, foi direto para a igreja e passou o esfregão junto com esse senhor.

Ele ficou lado a lado daquela pessoa que estava sempre silenciosamente usando o esfregão e fez o mesmo também silenciosamente.

Foi grande a alegria de poder fazer algo que não conseguia antes, mas estava muito mais feliz em

poder passar o esfregão; era como se estivesse lustrando sua própria alma e era a alegria que o sangha dos veteranos tanto desejava. Quando terminou a limpeza e levantou o rosto, o rosto dos dois homens estava molhado de lágrimas.

O Sr. Yagawa foi aprofundando a amizade com o sangha a partir da sua função no estacionamento. Ao mesmo tempo, percebeu assustado que não estava mais sentindo a dor.

O Sr. Yagawa relembrou as palavras da Reverenda Tamaki. “A força de viver é a força da procura”. Pode ser que o que ele estava procurando era poder sentir fortes emoções a partir do contato com imagens de pessoas que viviam a vida seriamente. Através do contato com o sangha, o Sr. Yagawa percebeu que essa era a força que ele precisava para viver.

A partir de então até os dias atuais, faça chuva, vento ou sol, todos os dias ele vai à igreja para a oração das seis horas da manhã e, às 7:30, com o bastão entre os dedos, lá está o Sr. Yagawa em pé, em frente ao portão.

A existência de BudaTrês anos haviam passado desde que o Sr.

Yagawa se tornou membro. Como sempre, estava no portão de entrada às 7:30 e nesse dia o carro que iria buscar a Reverenda Mitsuyo Kawano, na estação de trens, estava parado em frente à entrada. A pessoa que tinha a função de ir buscar a Reverenda tentava sentar-se no assento do passageiro e ela parecia ter mais de oitenta anos, era até duvidoso se conseguia andar sozinha.

Será que não tem problema? Foi o que ele sentiu naquele momento. Porém, alguns minutos depois o carro retornou e ele viu então uma situação inesperada. A Reverenda Kawano, que estava sendo recebida na igreja, estava segurando a mão da senhora que havia ido buscá-la e entravam juntas. Quando viu isso, o Sr. Yagawa percebeu uma coisa

O sangha o fez perceber do “sentimento de emoção”.

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Living the Lotus welcomes your religious experience. Why don’t you share your religious experience through Living the Lotus with members all over the world? Please send your script or inquiry to our email address: [email protected]. Thank you.

Spiritual Journey que o deixou envolvido por uma grande emoção.

“Tanto a Reverenda Kawano como aquela senhora respeitam-se mutuamente e tentam fazer com que o próximo possa cumprir a sua função! Seja qual for a situação, qualquer pessoa está sendo motivada a viver no mundo de Buda!”.

O diretor dos senhores, Sr. Fukuda, havia antes ensinado que poderíamos ver Buda mas ele achava que poderia ver com os próprios olhos, como se estivesse vendo a tela da televisão. Porém a imagem que ele tanto procurou, não estaria dentro dele mesmo? Mergulhado nesses pensamentos o Sr. Yagawa começou a achar que as várias emoções que ele havia experimentado, assim como o sentimento envolvido em tudo isso, eram a personificação do próprio Buda. O “ver” a que se referia o diretor dos senhores era nada mais que “perceber”.

Este ano está completando cinco anos desde que o Sr. Yagawa se tornou membro. No verão desse ano ele se dedicou a uma nova prática. Foi a atividade de ajudar o sangha da regional como responsável da “Peregrinação do grupo dos senhores da igreja de Kasukabe”, que foi realizada na unidade da matriz conhecida como Horinkaku.

Para que o maior número de pessoas pudesse participar do evento, o Sr. Yagawa foi, todos os dias, visitar e convidar os membros casa por casa. Naturalmente havia pessoas que logo concordavam mas também havia aquelas que tinham desculpas como “esse dia eu trabalho” ou “esse dia tenho compromisso”. Entretanto, o Sr. Yagawa se dedicou arduamente, dando atenção ao sentimento de cada pessoa.

Ao se aproximar o dia do evento ele até segurava o telefone com a sua mão deficiente e ligava para os

Através da função de organizar o estacionamento, ele aprofundou o elo com o sangha.

“Quero ver Buda”. Este desejo tem lhe dado a vitalidade para a prática diária.

antigos companheiros de trabalho, convidando-os para o evento. O filho mais velho, vendo todo o esforço do pai, disse alguns dias antes do evento: “Se o senhor achar que eu posso ir, vou participar”. O filho, que até então falava: “Não tenho nada a ver com a fé do meu pai” falava que queria participar... O Sr. Yagawa reverenciou o filho em silêncio.

Na época que o Sr. Yagawa perdeu o braço, ele havia perdido a esperança de viver, a direção do caminho a seguir e até os próprios valores de vida como patriarca da família. Tudo havia mudado. Ele perdeu o braço, tinha profunda gratidão pela deficiência e vivia os dias com orgulho.

Quando cuidava da mãe idosa não tinha nem sequer o desafogo de espírito de observar com carinho as flores do seu caminho. Pode ser que tenha sido um pai arrogante para a família. Porém, ao perder o braço e enquanto procurava o caminho a seguir a partir do ocorrido, encontrou o ensinamento de Buda, e o sangha fez despertar a “emoção”. Cada uma dessas emoções, isto é, o encontro com Buda, tornou-se a força de viver do Sr. Yagawa; tornou-se a sua vitalidade e energia.

Além disso ele fala que essas percepções foram bases para ele conseguir perceber a grandeza do amor e do vínculo com a família, a importância da humildade e do sentimento de gratidão. Hoje o Sr. Yagawa diz despreocupadamente: “Perdi o braço e houve momento que achei que iria morrer. Mas tenho agora a vida que me salvaram. Quero agora dar importância a este momento e fazer brilhar a minha vida”.

Conseguir sentir Buda dentro de pequenos acontecimentos da vida diária que podem passar desapercebidos: esta emoção tornou-se a força de viver do Sr. Yagawa.

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Basic BuddhismThrough Comics

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Continuação dapágina 3

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Ouvimos isso quando o senhor nos falou sobre a Lei da Causa.

Sim,é issomesmo...

Todas as coisaspossuem uma

causa, e quando elas entram em contato com uma condição,produzem um efeito. Não foi

isso?

Porém, se quiser eliminar seu sofrimento, a senhora deverá observar detalhadamente a razão específica dele.

O que o senhor quer dizer com “forma, qualidade e essência”?

Vou explicar o significado de cada palavra antes de falar sobre o problema da senhora.

Forma

Qualidade

Essência

Poder

Atuação

Causa

Condição

Efeito

Retribuição

Essencial

Unidade do

Princípio ao Fim

A lista é esta.

A senhora entendeu, Sra. Kuma?

O mesmo tanto que o senhor entendeu...

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O senhor poderia nos explicar melhor?

Isto é, todas as coisas existentes possuem certa forma; tal forma possui uma qualidade própria; tal qualidade possui uma essência...

tal essência possui um poder; tal poder possui uma atuação sempre voltada para fora.

Neste mundo, todas as coisas estão interligadas e fazem surgir fenômenos. Tudo começa com uma causa.

Porém a causa não criará efeito se ela não se encontrar com várias condições.

Se a causa encontra com a condição, elas irão produzir um efeito e esse efeito terá uma influência à qual chamamos de “retribuição”.

Estes nove elementos estão continuamente dentro de um complexo nó, a ponto de muitas vezes não sabermos dizer o que é a causa e o que é o efeito.

Porém, qualquer coisa, fato ou trabalho não estão isentos deste ensinamento.

Em outras palavras, desde a forma até a retribuição, do princípio ao fim, tudo está integrado neste ensinamento.

Que ótima explicação! A senhora entendeu?

O mesmo tanto que o senhor deve terentendido...

FormaQualidadeEssênciaPoderAtuaçãoCausaCondiçãoEfeitoRetribuiçãoEssencial Unidade

CauseCondição

Essência

Qualidade

ausa

PoderForma

Retribuição

Atuação

Efeit

o

Condição

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Poderia, por favor, nos explicar com palavras mais simples?

A qualidade e a condição produzem um efeito.

Bom!Bom!Bom!

Você parece um macaco de auditório!

Está bem. Em palavras simples, tudo é uma manifestação da sua mente.

Desculpe, mas isso tem algo a ver com o vício de bebida do meu marido?

Vocês são engraçados... Uma hora me pedem para explicar em detalhes; outra hora de uma maneira mais simples.

Uma atitude ou comportamento, que é parte de seu caráter, é uma causa. Quando essa causa entra em contato com uma condição,

elas produzem umefeito.

Em palavras mais simples...?

Desculpe-me, eu demoro a entender.

Eu disse que se aplica a tudo, portanto é lógico que tem a ver.

Como assim?

Então vamos revisar sua história.

Meu marido disse que queria fazer um bom serviço, mas o chefe o pressionou a terminar logo e economizar dinheiro.

Eu me cansei de ouvi-lo reclamando sobre a mesma coisa.

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Por causa das minhas centenas de visitas ao templo, os deuses

Mas ele nunca me agradeceu por isso.

Nossos vizinhos vão às termas, mas nós não vamos. Preciso de dinheiro para os

E outras coisas mais!

Uau,falei demais.

A propósito, quero perguntar à senhora o que acha do trabalho do seu marido?

É lógico que o trabalho dele é importante, porque ele sustenta nossa família com isso.

Então a senhora não se incomodaria com o tipo de trabalho que ele faz; o importante é trazer dinheiro para casa, é isso?

Com certeza, contanto que ele não faça nada fora da lei.

Então vou perguntar a você, Hachi. Você trabalhou por um bom tempo como jardineiro. Acha que agora conseguiria ser um carpinteiro?

Acho que sim, mas eu precisaria de muito treinamento.

Está bem. Se te prometessem pagar mais, você começaria, a partir de amanhã, a treinar para ser carpinteiro?

Pensando bem... não, porque eu gosto do meu trabalho como jardineiro...

abençoaram o trabalho do meu marido.

nossos filhos, mas ele me ignora.

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Se eu fizesse a mesma pergunta ao senhor Kuma, o que ele responderia?

Ele tem orgulho de ser carpinteiro. Não consigo imaginá-lo concordando em fazer qualquer serviço.

O que a senhora acha?

Eu nunca percebi que ele tinha orgulho de sua profissão.

Pelo fato de ele ter orgulho do trabalho é que estava frustrado com a maneira que o chefe queria oserviço, não é?

É mesmo.

E como a senhora o tratou?

Não pensei sobre os sentimentos dele.

Pode ser que seu marido seja um pouco egoísta, mas tenho que dizer que a senhora também é.

É isso que eu queria dizer há pouco, quando disse que todos os fenômenos

Em outras palavras, o efeito produzido depende de seu caráter, e ele pode surgir completamente diferente se a senhora mudar suas atitudes. É isso que nos ensina as Dez Talidades.

são uma manifestação de sua mente.

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8

Continua15LIVING THE LOTUS setembro 2014

É por isso que o senhor disse que a causa do sofrimento da Sra. Kuma estava dentro dela.

Ao invés de tentar mudar o Sr. Kuma, se a senhora mudar sua atitude e comportamento, o Sr. Kuma também mudará.

provinha das queixas que ela tinha em relação ao seu marido.

O velho senhor nos contou que o problema da Sra. Kuma...

Não acham que a história do velho senhor tem um significado profundo?

Os senhores nunca poderiam ouvir uma história tão significativa de um comediante

Na próxima vez, iremos observar o mundo interior de sua alma estudando os Dez Planos

Mentais e os Três Mil Planos Mentais em

Um Único Instante.

AsQuatroNobres

Verdades Verdade da

Causa;As Dez

Talidades

como eu. Mas não sei até que

ponto a Sra.Kuma

entendeu...

Tokyo,Headquarters

Hawaii

New YorkSan Francisco

Kona

Seoul, KoreaPusanMasan

Oklahoma

DallasSan Antonio

San Diego

Vancouver, Canada

Ulaanbaatar, Mongolia

Bangkok, Thailand

Colombo, Sri Lanka

Kathmandu, Nepal

Delhi, India

SeattleKlamath Falls

Las VegasArizona

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Singapore

Sakhalin, RussiaSukhbaatar

Chicago

Maui

Sao Paulo, BrazilMogi das CruzesSao Miguel

Sydney, Australia

Hong kong

Lumbini

PolonnaruwaHabarana

Galle

Kandy-Wattegama

Kolkata

London, The United Kingdom

Venezia, Italy

Tampa Bay

Chittagong, BangladeshDhakaMayaniPatiya

Domdamas BazarSatbariaLakshamRaozan

Paris, France

Denver

☆ ShanghaiTaipei

TainanPingtung

JilungTaichung

RKI of South Asia

DaytonSan MateoRoma, Italy

Kolkata North

 

SacramentoSan Jose

InternationalBuddhistCongregation

Irvine

RKI of North America (LA)Los Angeles

16 LIVING THE LOTUS setembro 2014

Risho Kossei-kai A Risho Kossei-kai é uma organização de budistas leigos, fundada em 05 de março de 1938 pelo Fundador Nikkyo Niwano e pela co-fundadora Myoko Naganuma. O Tríplice Sutra de Lótus é a base deste ensinamento. Trata-se da reunião de pessoas que deseja a paz mundial através do ensinamento de Buda, partindo da convivência diária em seus lares, locais de trabalho e dentro da sociedade. Atualmente, junto com o Mestre Presidente Nichiko Niwano, os membros trabalham ativamente para a difusão do ensinamento, de mãos dadas com outras religiões e organizações, realizando várias atividades para a paz, dentro e fora do Japão.

Rissho Kosei-kai International Branches 

ColumnoooooooooA Risho Kossei-kai surgiu no Japão, mas hoje ela está evoluindo como um

movimento budista global que possui muitos membros no exterior. Um dos trabalhos mais importantes que apoia a evolução global é a diversificação de línguas no ensinamento. Os senhores aprenderam o ensinamento de Buda na língua da Índia? Eu aprendi em japonês, graças a muitas pessoas que traduziram o ensinamento para o japonês. A tradução do ensinamento de Buda, principalmente para o inglês, é imprescindível para podermos transmiti-lo a muitas pessoas do mundo.

A Doutora Levering, que durante quatro anos se dedicou como consultora internacional de nossa entidade, retornou aos Estados Unidos. Ela deixou um enorme legado para a evolução global de nossa entidade, através da realização de conferências internacionais sobre o Sutra de Lótus, palestras no Centro Budista Internacional e traduções de palestras para o inglês. Nossos sinceros agradecimentos a ela pelos quatro anos de grande trabalho.

Objetivando o Movimento Budista Global

R E V. S H O K O M I Z U T A N IDirector of Rissho Kosei-kai International

Rissho Kosei-kai International5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami-ku, Tokyo, JapanTel: 81-3-5341-1124 Fax: 81-3-5341-1224

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Rissho Kosei-kai Maui Dharma Center 1817 Nani Street, Wailuku, HI 96793, U.S.A. Tel: 1-808-242-6175 Fax: 1-808-244-4625

Rissho Kosei-kai Kona Dharma Center 73-4592 Mamalahoa Highway, Kailua-Kona, HI 96740, U.S.A. Tel: 1-808-325-0015 Fax: 1-808-333-5537

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Los Angeles 2707 East First Street, Los Angeles, CA 90033, U.S.A. Tel: 1-323-269-4741 Fax: 1-323-269-4567e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/losangeles.html

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of San Antonio 6083 Babcock Road, San Antonio, TX 78240, U.S.A. Tel: 1-210-561-7991 Fax: 1-210-696-7745 e-mail: [email protected] http://www.rkina.org/sanantonio.html

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Arizona

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Rissho Kosei-kai of San Francisco

Tel: 1-650-359-6951 Fax: 1-650-359-6437 e-mail: [email protected] http://www.rksf.org

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Tel: 1-253-945-0024 Fax: 1-253-945-0261 e-mail: [email protected] http:// www.buddhistLearningCenter.com

Rissho Kosei-kai of Sacramento

Rissho Kosei-kai of San Jose

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Rissho Kosei-kai of New York 320 East 39th Street, New York, NY 10016, U.S.A. Tel: 1-212-867-5677 Fax: 1-212-697-6499 e-mail: [email protected] http://rk-ny.org/

Rissho Kosei-kai of Chicago 1 West Euclid Ave., Mt. Prospect, IL 60056, U.S.A. Tel : 1-773-842-5654 e-mail: [email protected] http://home.earthlink.net/̃rkchi/

Rissho Kosei-kai Dharma Center of Oklahoma 2745 N.W. 40th Street, Oklahoma City, OK 73112, U.S.A. Tel & Fax: 1-405-943-5030 e-mail: [email protected] http://www.rkok-dharmacenter.org

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Dallas

Rissho Kosei-kai Buddhist Center of Klamath Falls1660 Portland St. Klamath Falls, OR 97601, U.S.A.Rissho Kosei-kai, Dharma Center of Denver1571 Race Street, Denver, Colorado 80206, U.S.A. Tel: 1-303-810-3638Rissho Kosei-kai Dharma Center of Dayton635 Kling Dr, Dayton, OH 45419, U.S.A.http://www.rkina-dayton.com/

Risho Kossei-kai do BrasilRua Dr. José Estefno 40, Vila Mariana, São Paulo-SP, CEP 04116-060, Brasil Tel: 55-11-5549-4446 / 55-11-5573-8377 Fax: 55-11-5549-4304 e-mail: [email protected] http://www.rkk.org.br

Risho Kossei-kai de Mogi das Cruzes Av. Ipiranga 1575-Ap 1, Mogi das Cruzes-SP, CEP 08730-000, BrasilTel: 55-11-5549-4446/55-11-5573-8377

Rissho Kosei-kai of Taipei4F, No. 10 Hengyang Road, Jhongjheng District, Taipei City 100, TaiwanTel: 886-2-2381-1632 Fax: 886-2-2331-3433http://kosei-kai.blogspot.com/

Rissho Kosei-kai of TaichungNo. 19, Lane 260, Dongying 15th St., East Dist., Taichung City 401, Taiwan Tel: 886-4-2215-4832/886-4-2215-4937 Fax: 886-4-2215-0647

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Rissho Kosei-kai of Pingtung

Korean Rissho Kosei-kai423, Han-nam-dong, Young-San-ku, Seoul, Republic of Korea Tel: 82-2-796-5571 Fax: 82-2-796-1696 e-mail: [email protected]

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Branches under the HeadquartersRissho Kosei-kai of Hong Kong Flat D, 5/F, Kiu Hing Mansion, 14 King’s Road,North Point, Hong Kong,Special Administrative Region of the People’s Republic of China Tel & Fax: 852-2-369-1836

Rissho Kosei-kai

Overseas Dharma Centers 2014

Rissho Kosei-kai of Ulaanbaatar 15f Express tower, Enkh taiwnii urgun chuluu, 1st khoroo, Chingeltei district, Ulaanbaatar, Mongolia e-mail: [email protected]

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Rissho Kosei-kai of the UK

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Rissho Kosei-kai of South Asia Division5F Fumon Hall, 2-6-1 Wada, Suginami, Tokyo, 166-8537, JapanTel: 81-3-5341-1124 Fax: 81-3-5341-1224

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Rissho Kosei-kai of Bangladesh 85/A Chanmari Road, Lalkhan Bazar, Chittagong, Bangladesh Tel & Fax: 880-31-626575

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Rissho Kosei-kai of Mayani Maitree Sangha, Mayani Bazar, Mayani Barua Para, Mirsarai, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Patiya Patiya, sadar, Patiya, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Domdama Domdama, Mirsarai, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Cox’s Bazar Ume Burmese Market, Main Road Teck Para, Cox’sbazar, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Satbaria Satbaria, Hajirpara, Chandanish, Chittagong, Bangladesh

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Rissho Kosei-kai of Raozan West Raozan, Ramjan Ali Hat, Raozan, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai of Chendirpuni Chendirpuni, Adhunagor, Lohagara, Chittagong, Bangladesh

Rissho Kosei-kai Dhamma Foundation, Sri Lanka 382/17, N.A.S. Silva Mawatha, Pepiliyana, Boralesgamuwa, Sri Lanka Tel & Fax: 94-11-2826367

Rissho Kosei-kai of Polonnaruwa

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Rissho Kosei-kai of Kandy

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Rissho Kosei-kai of West Delhi66D, Sector-6, DDA-Flats, DwarkaNew Delhi 110075, India

Rissho Kosei-kai of KolkataE-243 B. P. Township, P. O. Panchasayar, Kolkata 700094, India

Rissho Kosei-kai of Kolkata NorthAE/D/12 Arjunpur East, Teghoria, Kolkata 700059, West Bengal, India

Rissho Kosei-kai of Kathmandu Ward No. 3, Jhamsilhel, Sancepa-1, Lalitpur,Kathmandu, Nepal Tel: 977-1-552-9464 Fax: 977-1-553-9832e-mail: [email protected]

Rissho Kosei-kai of LumbiniShantiban, Lumbini, Nepal

Rissho Kosei-kai of Singapore

Rissho Kosei-kai of Phnom Penh #201E2, St 128, Sangkat Mittapheap, Khan 7 Makara,Phnom Penh, Cambodia

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