12810-48222-2-PB

3
Navegações v. 5, n. 2, p. 247-249, jul./dez. 2012 RECENSÕES Os conteúdos deste periódico de acesso aberto estão licenciados sob os termos da Licença Creative Commons Atribuição-UsoNãoComercial-ObrasDerivadasProibidas 3.0 Unported. MÃE, Valter Hugo. O filho de mil homens. 3. ed. Carnaxide: Objectiva, 2011 Crisóstomo é um homem que completa quarenta anos e carrega o vazio de não ter uma família – é um homem-metade: “via-se metade ao espelho porque se via sem mais ninguém, carregado de ausências e de silêncios como os precipícios ou poços fundos” 1 (p. 15). Camilo é um menino de catorze anos. Não chegou a conhecer sua mãe, uma anã que morreu em decorrência do parto. Foi adotado por um velho que amava os livros. Com a morte do avô, por vinte dias ficou sozinho no mundo: “Era um menino na ponta do mundo, quase a perder-se, sem saber como se segurar e sem conhecer o caminho. Os seus olhos tinham um precipício. [...] Um rapaz carregado de ausências e silêncios” (p. 21). Isaura foi um dia uma menina bonita que teve relações sexuais com um gajo pouco escrupuloso. Mais que o abandono do pretenso namorado, a perda da pureza transtornou mãe e pai. Isaura tentou recuperar a virgindade, evitando outras relações, “porque caladinha e lavada ia servir de absolutamente nova e a estrear para outro rapaz” (p. 58), esperando o homem certo, que nunca veio. Acabou por definhar, por reduzir-se a um esboço de si mesma: “Era uma mulher carregada de ausências e silêncios. Para dentro da Isaura era um sem fim e pouco do que continha lhe servia para a felicidade. Para dentro da Isaura a Isaura caía” (p. 73). Esses três personagens de Valter Hugo Mãe, que encaram o abismo com a vertigem da própria existência, encontram-se pelo acaso ou pelo destino e, vencendo algumas barreiras, acabam por constituir um núcleo familiar: Crisóstomo conhece Camilo e vê nele um filho. Isaura chega para completar a tríade. E o que torna possível esse compartilhar de sentimentos ao mesmo tempo causa um estranhamento ao leitor, tão acostumado estamos com a literatura que mergulha na crise, no trágico, no sofrimento. Falar sobre situações belas na simplicidade que as compõe, em cenas que abraçam a afeição, nos nossos tempos, pode soar antiquado, incoerente, inverossímil, mesmo infantil. Aliás, não por acaso, O filho de mil homens, o mais recente romance publicado (1ª edição em setembro de 2011) pelo autor, é dedicado às crianças. Talvez haja, 1 Todas as citações de O filho de mil homens referem-se à 3ª edição da obra de Valter Hugo Mãe e serão indicadas apenas pelo número da página. de fato, a necessidade de silenciarmos o nosso discurso cínico e pessimista, ratificando um processo de reeducação simbólica às novas gerações. Talvez precisemos rever a valorização do individualismo, recuperar a crença na possibilidade de uma felicidade que nasce através do afeto. O filho de mil homens, de Valter Hugo Mãe, inicia- se em tom juvenil (o primeiro capítulo traz, inclusive, ilustrações com traços pueris, a cargo de Luís Silva), e flerta, assumidamente, com o naive. Mesmo assim, é contundente, e eficiente, em suas escolhas narrativas. Pensemos na violência sistemática, e sádica, do Senhor Ferreira com Maria da Graça, em o apocalipse dos trabalhadores. (MÃE, Valter Hugo. o crepúsculo dos trabalhadores. Lisboa: Quidnovi, 2009). Ou no brutalismo descrito em fúria ciumenta de Baltazar em o remorso de baltazar serapião: “caí em cima dela como rachando-lhe a espinha ao meio. parecia mesmo que se abria em dois, partida entre as mamas, uma para cada esquerda e direita do outro lado das costas” (MÃE, Valter Hugo, o remorso de baltazar serapião. Lisboa: Quidnovi, 2008. 3. ed, p. 45). Diferentemente de suas primeiras obras, com alguns personagens que se voltam para um lado obscuro, destrutivo, aqui o autor apresenta seres que, mesmo perdidos, encontram a redenção. E essa redenção sempre passa pela relação com o próximo. Crisóstomo, Camilo, Isaura são apenas três das peças dessa ciranda, e literalmente eles dão-se as mãos. Em vinte capítulos, o leitor é apresentado a personagens excêntricos, não raro com hábitos bizarros, que aos poucos têm suas vidas entrelaçadas e modificadas um pelo outro. Crisóstomo, por exemplo, possui um boneco de pano com quem se abraça, a fingir de filho: “Começava sempre as frases por dizer: sabes, meu filho. Era o que mais queria dizer. Queria dizer meu filho, como se a partir da pronúncia de tais palavras pudesse criar alguém” (p. 15). A palavra – materializada – e seu poder de revolução. Não a revolução política, mas uma íntima, pessoal, escondida. Na contramão das relações líquidas e rarefeitas, postuladas por Zygmunt Bauman, em Amor líquido, esses seres de Valter Hugo Mãe embrenham-se em uma luta pela sobrevivência, que só encontra amparo em um outro. Como afirma Bauman, “a sobrevivência de um ser humano se torna a sobrevivência da humanidade

description

12810-48222-2-PB

Transcript of 12810-48222-2-PB

  • Navegaes v. 5, n. 2, p. 247-249, jul./dez. 2012

    Recenses

    Os contedos deste peridico de acesso aberto esto licenciados sob os termos da LicenaCreative Commons Atribuio-UsoNoComercial-ObrasDerivadasProibidas 3.0 Unported.

    ME, Valter Hugo. O filho de mil homens. 3. ed. Carnaxide: Objectiva, 2011

    Crisstomo um homem que completa quarenta anos e carrega o vazio de no ter uma famlia um homem-metade: via-se metade ao espelho porque se via sem mais ningum, carregado de ausncias e de silncios como os precipcios ou poos fundos1 (p. 15). Camilo um menino de catorze anos. No chegou a conhecer sua me, uma an que morreu em decorrncia do parto. Foi adotado por um velho que amava os livros. Com a morte do av, por vinte dias ficou sozinho no mundo: Era um menino na ponta do mundo, quase a perder-se, sem saber como se segurar e sem conhecer o caminho. Os seus olhos tinham um precipcio. [...] Um rapaz carregado de ausncias e silncios (p. 21). Isaura foi um dia uma menina bonita que teve relaes sexuais com um gajo pouco escrupuloso. Mais que o abandono do pretenso namorado, a perda da pureza transtornou me e pai. Isaura tentou recuperar a virgindade, evitando outras relaes, porque caladinha e lavada ia servir de absolutamente nova e a estrear para outro rapaz (p. 58), esperando o homem certo, que nunca veio. Acabou por definhar, por reduzir-se a um esboo de si mesma: Era uma mulher carregada de ausncias e silncios. Para dentro da Isaura era um sem fim e pouco do que continha lhe servia para a felicidade. Para dentro da Isaura a Isaura caa (p. 73).

    Esses trs personagens de Valter Hugo Me, que encaram o abismo com a vertigem da prpria existncia, encontram-se pelo acaso ou pelo destino e, vencendo algumas barreiras, acabam por constituir um ncleo familiar: Crisstomo conhece Camilo e v nele um filho. Isaura chega para completar a trade. E o que torna possvel esse compartilhar de sentimentos ao mesmo tempo causa um estranhamento ao leitor, to acostumado estamos com a literatura que mergulha na crise, no trgico, no sofrimento. Falar sobre situaes belas na simplicidade que as compe, em cenas que abraam a afeio, nos nossos tempos, pode soar antiquado, incoerente, inverossmil, mesmo infantil.

    Alis, no por acaso, O filho de mil homens, o mais recente romance publicado (1 edio em setembro de 2011) pelo autor, dedicado s crianas. Talvez haja, 1 Todas as citaes de O filho de mil homens referem-se 3 edio da obra

    de Valter Hugo Me e sero indicadas apenas pelo nmero da pgina.

    de fato, a necessidade de silenciarmos o nosso discurso cnico e pessimista, ratificando um processo de reeducao simblica s novas geraes. Talvez precisemos rever a valorizao do individualismo, recuperar a crena na possibilidade de uma felicidade que nasce atravs do afeto. O filho de mil homens, de Valter Hugo Me, inicia-se em tom juvenil (o primeiro captulo traz, inclusive, ilustraes com traos pueris, a cargo de Lus Silva), e flerta, assumidamente, com o naive. Mesmo assim, contundente, e eficiente, em suas escolhas narrativas.

    Pensemos na violncia sistemtica, e sdica, do Senhor Ferreira com Maria da Graa, em o apocalipse dos trabalhadores. (ME, Valter Hugo. o crepsculo dos trabalhadores. Lisboa: Quidnovi, 2009). Ou no brutalismo descrito em fria ciumenta de Baltazar em o remorso de baltazar serapio: ca em cima dela como rachando-lhe a espinha ao meio. parecia mesmo que se abria em dois, partida entre as mamas, uma para cada esquerda e direita do outro lado das costas (ME, Valter Hugo, o remorso de baltazar serapio. Lisboa: Quidnovi, 2008. 3. ed, p. 45). Diferentemente de suas primeiras obras, com alguns personagens que se voltam para um lado obscuro, destrutivo, aqui o autor apresenta seres que, mesmo perdidos, encontram a redeno. E essa redeno sempre passa pela relao com o prximo.

    Crisstomo, Camilo, Isaura so apenas trs das peas dessa ciranda, e literalmente eles do-se as mos. Em vinte captulos, o leitor apresentado a personagens excntricos, no raro com hbitos bizarros, que aos poucos tm suas vidas entrelaadas e modificadas um pelo outro. Crisstomo, por exemplo, possui um boneco de pano com quem se abraa, a fingir de filho: Comeava sempre as frases por dizer: sabes, meu filho. Era o que mais queria dizer. Queria dizer meu filho, como se a partir da pronncia de tais palavras pudesse criar algum (p. 15). A palavra materializada e seu poder de revoluo. No a revoluo poltica, mas uma ntima, pessoal, escondida. Na contramo das relaes lquidas e rarefeitas, postuladas por Zygmunt Bauman, em Amor lquido, esses seres de Valter Hugo Me embrenham-se em uma luta pela sobrevivncia, que s encontra amparo em um outro. Como afirma Bauman, a sobrevivncia de um ser humano se torna a sobrevivncia da humanidade

  • 248 Recenses

    Navegaes, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 247-249, jul./dez. 2012

    no humano (BAUMAN, Zygmunt. Amor lquido sobre a fragilidade dos laos humanos. Rio de Janeiro: Zahar, 2004, p. 98).

    Ao mesmo tempo em que alguns desses personagens vo caa desse humano, oculto em si mesmo e no outro, as relaes hipcritas so acentuadas. As diferenas, num primeiro momento, no so aceitas, mas observadas com desprezo ou pena. Vemos, por exemplo, o caso da personagem an, mulher por quem todos sentiam d pela sua figurao que beira o irreal: as pessoas chegavam a pensar nela como nos duendes das fantasias (p. 30). A vizinhana nutria por ela um sentimento de controle e proteo, revelado na linguagem diminutiva: Voc tome um chazinho, faa uma canjinha, cubra o pescocinho, ponha umas botinhas... (p. 30). Contudo, essa mulher-miniatura, com pouco mais de oitenta centmetros de altura e voz de passarinho, no assumia o papel de vtima. Era uma mulher feliz a seu modo, o que comeava a incomodar as pessoas, que no entendiam como uma an to feita para ser triste (p. 40) pudesse encontrar alguma alegria no viver. Quando as vizinhas, por exemplo, descobrem uma cama de casal no quarto da pequena mulher, a sua imagem modifica-se por completo. O que poderia querer uma mulher an com uma cama de casal a no ser deitar-se com um homem? E como ela, to diminuta, poderia sonhar com tal envolvimento romntico? A sexualizao da an transforma-a em um ser demonaco, como se seu apetite sexual respingasse na moral hipcrita de todas as vizinhas. Excluda do convvio, uma pequena vingana da personagem: a gravidez. E descobre-se que ela teve quase todos os homens (casados) da aldeia em sua cama, e, portanto, qualquer um poderia ser o pai de seu filho, o Camilo.

    H tambm a personagem Matilde, mulher forte que sente vergonha de Antonino, seu filho homossexual. Na diegese to violento o preconceito contra ele, que em boa parte dela nem a um nome ele tem direito, sendo conhecido como o homem maricas. A prpria me, inicialmente, nega o afeto ao filho, que sofre humilhaes constantes por sua orientao sexual. Sozinho e frgil, ele encontra em Isaura uma possibilidade de troca, e com ela casa-se, a satisfazer a presso social. Porm, no consegue cumprir seu papel de marido viril. Contudo, apenas sua presena talvez j fosse suficiente para Isaura, na ordem prtica das coisas, pois um homem maricas, por mais repugnante que fosse, seria sempre um marido com validade para melhorias fundamentais como aumentar a estabilidade financeira e assegurar o socorro nas urgncias mdicas e azares diversos (p. 67).

    Durante as primeiras pginas do livro, o narrador de Valter Hugo Me endossa o discurso preconceituoso de certos personagens, criando um duelo de incertezas com o leitor frente s intenes edificantes do que relata. Porm,

    ao mesmo tempo em que os personagens observam seus prprios recalques e transformam-se em seres solidrios, o narrador solidifica-se em seu discurso afetivo.

    E assim, esses seres ocos descobrem que a vida podia ser mais simples (p. 150). E a simplicidade passa pelo cultivo de um companheirismo, pela atitude de cumplicidade com o prximo. Isaura aproxima-se de Antonino no como o marido que ele no teria condies de ser, mas como o melhor amigo que ela poderia encontrar. Ao mesmo tempo, o homem maricas transforma aquela mulher vazia: embeleza-a, promove sua autoestima; e a amizade, a intimidade entre os dois se fortalece: Via agora como parecia elementar quele homem que desabafasse aqueles segredos, que livrasse a boca das palavras, porque ao menos as palavras partiam e partiam de dentro do peito, aliviando o peito (p. 194). Acatar o outro tambm aliviar as dores da solido que se sente. Ao aceitar a diferena, Isaura descobre o outro em profundidade. Conhece uma pessoa que tratava as coisas todas como se as coisas todas fossem para melhorar. Era triste que ningum tivesse percebido isso at ento (p. 195). Matilde, quando assume a filha da empregada, morta em uma cena de divertido realismo mgico, tambm recupera, depois de anos, o instinto em ser me de Antonino. E preenche todas as lacunas na relao silenciosa que travara com o filho at ento: O seu menino mau podia estar todo errado, mas perto dela era corrigido nos perigos (p. 178). Portanto, a aceitao das diferenas ou como diz Crisstomo, cada um padecia de uma especificidade que carecia de ser pensada de modo distinto (p. 140) talvez o primeiro grande impulso para a interao desses personagens. E ao ser concretizada, acaba sendo uma arma contra a vida solitria, contra a solido que estraga as almas. Um exerccio constante de aproximao, de desvelamento: Parecia-lhe que a vida era aprender, saber sempre mais e mudar para aceitar sempre mais (p. 217).

    provvel que alguns leitores toram o nariz para certas construes que parecem mximas de uma obra de autoajuda, ainda mais descontextualizadas, como a felicidade a aceitao do que se e se pode ser (p. 94), ou nunca cultivar a dor, mas lembr-la com respeito, por ter sido indutora de uma melhoria, por melhorar quem se (p. 213). Porm, at mesmo esse sentimentalismo desbragado em O filho de mil homens justifica-se e faz-se coerente no projeto pretendido na narrao. A fora da palavra afetiva verbalizada transforma o outro, a sociedade, o mundo: Antes de dormir, o Camilo disse que amava o Crisstomo, amava o seu pai. Precisou de o dizer para no se limitar no amor. Precisou de o dizer para si mesmo, baixinho, para no se limitar no amor (p. 159). O gesto e a ao concretizados viabilizam essa transformao: O Antonino sorriu iluminado. A

  • Recenses 249

    Navegaes, Porto Alegre, v. 5, n. 2, p. 247-249, jul./dez. 2012

    Isaura deu-lhe a mo e riu muito. A Matilde, que no sabia que o seu filho era o melhor ser humano do mundo, sentiu que, por tolice ou novidade, ele cabia naquela casa (p. 210).

    Todos cabem nessa casa edificada por Valter Hugo Me. Preenchidos de humanidade, esses seres de papel carregam a certeza de que amar uma pessoa o destino do mundo (p. 151), outra vez remetendo a Bauman, que afirma: amar o prximo pode exigir um salto de f. O resultado, porm, o ato fundador da humanidade (BAUMAN, Zygmunt, idem, ibidem).

    Uma nova humanidade criada, nesse microcosmo de Valter Hugo Me. Lugar em que o passado no carrega traumas, mas pode ser libertador: Era exatamente uma saudade de ter sofrido o que sofrera, o necessrio para lhe ensinar a usufruir mais tarde, agora, a felicidade (p. 213). Crisstomo, Camilo, Isaura, Matilde, Antonino entregam-se ao agora, fortificam-se, reconfiguram-se: Ele (Crisstomo) disse: amo-te, Isaura. Subitamente, metade das coisas pareciam compostas (p. 143).

    Amar o outro pode contrariar o tipo de razo que a civilizao promove: a razo do interesse prprio e da busca da felicidade (BAUMAN, idem, p. 97). Amar o outro pode contrariar a ideologia do cinismo, do individualismo, do lado cool que o politicamente incorreto carrega e fascina, mas em O filho de mil homens, a felicidade s existe quando pensada em doao.

    o mundo simples e maisculo de Valter Hugo Me. Aps uma srie de obras escritas apenas com minsculas, quando at mesmo seu nome era grafado nas capas dos livros em caixa baixa, h essa pequena revoluo estilstica do autor, a refletir uma ao maior, grandiosa, mas de carter despretensioso e mnimo. E os personagens tantas vezes fragmentrios, descompostos, revelam-se aditivos. E felizes: Eram, tanto quanto possvel, os felizes. Porque a felicidade no se substitua ao resto, a felicidade acumulava-se (p. 216).

    Aos quarenta anos, o Crisstomo acreditou no outro. Aos quarenta anos, o Crisstomo, com o seu inusitado entusiasmo, mudou o mundo (p. 231). E, em um de seus ltimos discursos na obra, ao filho Camilo, que j aceita aqueles diferentes dele prprio, diz: Todos nascemos filhos de mil pais e de mais mil mes, e a solido sobretudo a incapacidade de ver qualquer pessoa como nos pertencendo (p. 236-237). Pertencimento. O filho de mil homens assim to simples; um livro que diz no solido e que acredita na capacidade do afeto em abrir o mundo.

    Paulo RicaRdo KRaliK angeliniPUCRS

    Recebido: 12/08/2012Aprovado: 23/09/2012

    Contato: [email protected]