11/07/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.146

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Até quando iremos enterrar nossos filhos? Mateus Marchiori, de 17 anos, foi mais uma vítima de adolescentes que roubam para sustentar o vício das drogas CRISTIANO MIGON BENTO GONÇALVES Sábado 11 DE JULHO DE 2015 ANO 48 N°3146 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Contas públicas Câmara reduz gastos em R$ 800 mil Diminuição no número de assessores parlamentares permitiu a economia do valor no primeiro semestre Página 14 Páginas 26 e 27 Violência urbana

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Até quando iremos enterrar nossos filhos?Mateus Marchiori, de 17 anos, foi mais uma vítima de

adolescentes que roubam para sustentar o vício das drogas

CRISTIAN

O M

IGO

N

BENTO GONÇALVESSábado11 DE JULHO DE 2015ANO 48 N°3146

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Contas públicas

Câmara reduz gastos em R$ 800 milDiminuição no número de assessores parlamentares permitiu a economia do valor no primeiro semestre Página 14

Páginas 26 e 27

Violência urbana

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Violência x educaçãoEditorial

As coisas não são fáceis para o jovem que ainda quer estudar neste país. O adolescente Mateus Marchiori buscava um futuro promissor para deixar a vida de dificuldades da família, mora-dora do bairro Vila Nova. Apesar de tudo, o rapaz, de apenas 17 anos, participava do Projeto Menor Aprendiz idealizado pela Ascon e pelo Sesi.

Era considerado um bom aluno e um meni-no simples, que não causava problemas, nem em casa, nem na escola. Pois ele foi vítima da delinquência que vive nas ruas de Bento Gon-çalves, principalmente durante a noite.

Os autores do crime foram adolescentes que, em vez de estarem estudando, estavam perambulando pela es-curidão para assaltar pessoas e estabelecimentos comerciais. Antes do assassinato de Marchiori, morto com golpes de faca, ti-vemos dois menores assaltando um pequeno mercado no bairro

A cada morte registrada parece

que esta situação não será mais revertida

Fenavinho. Por pouco, o filho da proprietária do estabelecimen-to não foi esfaqueado também.

Para o delegado Álvaro Becker, o tráfico de drogas é o prin-cipal responsável por crimes banais como este que tirou a vida

do jovem que era aluno do Colégio Landell de Moura. A educação está perdendo esta que-da de braço contra as drogas e a violência. Os estudantes que vão a noite para a escola e re-almente querem estudar são poucos, cada vez mais raros.

Mesmo com o esforço de pais e professores, está muito complicado manter o interesse des-

tes adolescentes pela boa formação e a aquisição de conhecimento para serem alguém no futuro. Apesar de tudo, não podemos esmo-recer e precisamos continuar lutando para reverter esta situação que, a cada morte registrada, parece que não será mais revertida.

Sábado, 11 de julho de 2015 2 Opinião

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No momento em que eu me preparava para escrever esta coluna – uti-lizando um dos meus bens de estimação, uma máquina de escrever ale-mã, Triumph Gabriele 10, importada pela Comabe e adquirida por mim há 50 anos, ainda toda original e em estado de zero – ouvi o Presidente da Associação dos Hospitais firmar que “no estado não faltam leitos, o que faltam são serviços e equipamentos hospitalares, lembrando ele que en-quanto a inflação subiu 400% - não lembro o período referido – o aumen-to do SUS foi de apenas 60%. A Presidente do Grupo Hospitalar Concei-ção esteve em Bento na inauguração da UPA. Tempos atrás fui visitar um amigo que estava naquele Hospital, que é público. Ao entrar no local, sofri um impacto profundo, havia inúmeras pessoas nos corredores esperando leitos. No quarto em que meu amigo e compadre estava – havia sofrido um AVC Isquêmico – repousava também um rapaz de 23 anos com mal de Parkinson, no auge de uma crise. Quando cheguei no estacionamen-to, onde meus familiares me esperavam, fiquei inerte, profundamente abatido pelo que tinha visto, questionando sobre o que tinha acontecido, simplesmente disse “nada, nada”. Por três dias fiquei profundamente afe-tado. Não muito tempo depois, deu uma epidemia de infecção dentro do Hospital – não me surpreendeu – que exigiu até a visita do Ministro da Saúde. Se olharmos a situação no Brasil, não foge muito disso.

Em Bento Gonçalves estamos nos encaminhando para situações insustentáveis. O número de idosos aumenta – a expectativa de vida está beirando os 80 anos – a população cresce, a deficiência de uma alimentação saudável, prejudicada pela alta inflacionária, aumenta, e nossa capacidade de internamento hospitalar se resume no Tacchini. Quando tínhamos cerca de 60 mil habitantes existiam três hospitais, o do Batalhão – sob a liderança médica do Dr. Lago – o Giorgi, sob a liderança do Dr. Beniamino – e o Tacchini, sob a liderança do Dr. An-tônio Casagrande. Hoje temos um, o Tacchini, é muito pouco, quase nada mesmo diante da sua extraordinária importância. As carências na área de saúde são notórias, gritantes, também entre nós. A conclusão do Hospital Público de Bento, anexo a UPA, é imperativa, mais imperativa ainda era a conclusão da UPA, Unidade de Pronto Atendimento. Visitei a UPA na semana anterior a sua inauguração e estive presente nos atos inaugurais.

Era o grande e primeiro ato inaugural de expressão estadual do Prefei-to Pasin, obra fruto também de esforços – não se discute a forma mas sim a importância – dos ex-prefeitos Gabrielli e Lunelli, de Deputados Fede-rais do PT, do PMDB, do PP, do PDT, enfim foi um mutirão de empenhos para que tivéssemos melhorias em torno da saúde em Bento. Observei que os políticos não estavam muito preparados (ou dispostos) para ex-pressar, ou falar, sobre a importância deste ato inaugural. Falar sobre a saúde é complexo, por mais que se fale sobre as melhorias sempre aflora o muito que há por se fazer, o povo clama, fundamentalmente, por saúde e segurança, nem mesmo obras públicas de significância se sobrepõe a essa

Henrique Alfredo [email protected]

INAUGURAÇÃO DA UPA expectativa. Além, é claro, a indignação diante da impotência que tem os governantes de conter a inflação e impedir o aumento do índice de desem-prego que atingiu mais de 8% e que – na minha visão – deverá superiar 15% diante da falta de desenvolvimento do país nos índices necessários.

Voltando à inauguração da UPA, evidenciou-se que o protocolo foi para o espaço, embora regulado por Lei Federal, não é seguido, é um protocolo que atende conveniências. A Banda Municipal apareceu mas, na hora do Hino Nacional, do Rio-grandense, a Banda não tocou, ficou de mãos no bolso e figura decorativa no palco. Deu a impressão que faltava à Banda um suplemento vitamínico, a propósito, o Prefeito não ia constituir uma “nova” Banda? Entre as presenças, detentores de cargos comissionados (deu para notá-los na hora do “é isso aí Prefeito, matou a pau!), lideranças e autoridades municipais, muitas pessoas nominadas pelo protocolo não estavam lá, assim como alguns Secretários Municipais nominados pelo protocolo. O foguetório que se ouviu foi desproporcional no significado do ato diante dos problemas de saúde que se abatem sobre a população, mi-nimizados, pela inauguração da UPA. O Prefeito Pasin, aproveitou a opor-tunidade para repudiar críticas que só ele sabe de quem e por quê vem. Sempre tivemos em Bento uma oposição tímida, quase inexistente, por falta de coragem política ou de conteúdo, em relação aos prefeitos eleitos, seja de que partido forem. O Presidente do Legislativo, Valdecir Rubbo – dizem que vai deixar o PDT – fez um pronunciamento simples mas focado na saúde e nos esforços coletivos necessários, imaginem, o Presidente da Câmara falando em ato público, há quantos anos isso não acontecia?

O Governador do Estado, mergulhado em problemas de toda ordem, se limitou mais a descontrair, enaltecer, brincar um pouco com as auto-ridades presentes e ficou por aí, esperava-se mais da palavra do Gover-nador e do Prefeito, eles podem mais, dizem mais, quando querem são significativos nos seus pronunciamentos, parecem não compreender a importância do momento, o povo quer ouvir de seus governantes sobre os caminhos que virão, sobre praças, áreas verdes, estresse no trânsito, desemprego, saúde pública. Tudo isso não espana o brilho da impor-tância do trabalho da classe política ao concluir a UPA, especialmente a determinação do Prefeito Pasin em concluí-la, revestida de qualidade de instalação, equipamentos e atendimento. Vamos torcer agora pelo surgimento do hospital cujo esqueleto está lá edificado atrás da UPA, lembrando que o Hospital Geral de Caxias, “construído por mim e com recursos da Prefeitura quando eu era prefeito” disse o governador, está passando por dificuldades, e o Hospital do Trabalhador de Farroupilha foi para o espaço como Hospital do Trabalhador.

Na saúde é preciso atencioso e constante mutirão de empenho, avanços na saúde têm que ser sustentáveis e, como disse o Sartori, “briga política não constrói pontes, hospitais e creches”.

Parabéns Prefeito Pasin. Sempre é bom lembrar, “na saúde o próximo passo sempre é mais importante do que o passo já dado”. Boa ou ruim, própria ou imprópria, essa afirmação é mi-nha. Falei.

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Painel

Cerca de 1,8 milhão de ve-ículos em todo o Rio Grande do Sul têm mais de 20 anos, o que representa mais de 30% da frota. Entretanto, um projeto protocolado nesta semana na Assembleia Legislativa pede a retomada da cobrança do IPVA para esta categoria, que hoje está isenta do imposto.

De acordo com o projeto, car-ros com 20 a 25 anos de fabrica-ção passariam a pagar 4% sobre o valor do veículo. Já aqueles com 25 a 30 anos de uso, 5%. O projeto ainda precisa tramitar pelas comissões da Assembleia. Caso seja aprovado, dados da secretaria da fazenda mostram que o estado vai arrecadar por ano R$ 318 milhões a mais com a cobrança de IPVA. Apesar dis-so, o governo ainda não decidiu se vai orientar deputados da base a apoiarem a mudança.

Acompanhe amanhã, 12, a partir das 9h30min, a cobertu-ra das festividades em honra a São Bento. A transmissão tem o apoio das seguintes empre-sas: Botequim São Bento, Pi-zzaria Sapore Di Fiorenza e Da Campo Calçados.

IPVA para carros velhos

Governador estará no CIC dia 20

Rainha na festa de São Bento

Sábado, 11 de julho de 2015 3

A morte de jovens assassinados nas ruas de Bento não é também o resultado de famílias desestruturadas, nas quais o poder dos pais deixou de ser exercido e/ou perdeu força?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

PainelD

IVULG

AÇÃ

O

HUMOR Moacir Arlan

Com objetivo de conhecer a estrutura es-portiva do Município, o Secretário Nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torce-dor, Rogério Hamam, visitou as obras do Complexo Esportivo Montanha dos Vinhedos na quinta-feira, 9. Para Hamam, a estrutura oferecida em Bento Gonçalves é elogiável. “É

um complexo esportivo privilegiado e com as obras em andamento certamente creden-ciará a cidade para receber competições na-cionais”, acredita. A visita foi acompanhada pelo prefeito Guilherme Pasin, o secretário de Esportes, Gustavo Sperotto, e o vereador Marcos Barbosa (PRB).

Secretário do Futebol visita Bento

CRISTIAN

O M

IGO

N

O governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, visitará novamente Bento Gonçalves na segunda-feira, 20. Ele estará no Centro de Indústria Comércio e Serviços (CIC/BG) conduzindo a palestra-almoço do mês, que terá como tema “Rio Grande do Sul - um Estado de frente para o futuro”. Sartori retorna à Ca-pital do Vinho duas semanas após participar da inauguração oficial da Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

O encontro é dirigido aos associados da entidade que poderão fazer sua reserva até quinta-feira, 16. As vagas são limitadas. Informações ou inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected] ou também pelo telefone (54) 2105-1999, com Denise. O investimento para associados é de R$ 75 e para não-associados R$ 105,00. O evento será realizado no Sa-lão de Eventos do CIC/BG.

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Sábado, 11 de julho de 20154 Geral

Acontece o previsto!

Dúvida!

Até quando?

Falta quanto ou o que, ainda?

Quando modificaram as leis municipais, estabelecendo que os aumentos salariais do funcionalismo público seriam apli-cados também ao prefeito, vice, secretários, vereadores e ou-tros, escrevi na coluna que os funcionários não teriam mais motivos para preocupação. Pois bem, é exatamente isso que está acontecendo. Nesta segunda-feira,13, a Câmara de Ve-readores estará votando o Projeto de Lei Ordinária 96/2015 que “concede revisão geral de vencimentos aos servidores e professores municipais detentores de cargos de provimento efetivo e servidores detentores de cargo em comissão e dá ou-tras providências”, e por extensão votará, também, o Projeto de Lei Ordinária 07/2015, que aumenta os salários da turma do andar de cima (prefeito, vice, secretários, vereadores). Ou seja, o “aumento trimestral ao funcionalismo” prometido em campanha política incluía os cargos eletivos e seus escolhidos também. Mas, a população entendeu isso, desta forma?

A Constituição Federal, no seu artigo 29º V, determina que os “subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Municipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Munici-pal, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas Câmaras Municipais em cada legislatura para a subsequente, observado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios estabelecidos na respec-tiva Lei Orgânica.” Não seria, portanto, a fixação dos salários para a “legislatura subsequente”, ou seja, até 2016, não estar sendo observada? O questionamento é de várias pessoas que me procuraram para saber a resposta e eu, como leigo no as-sunto, não soube responder. Então, pergunta-se: o aumento para prefeito, vice, vereadores e secretários, nos mesmos per-centuais e junto com os demais funcionários é legal? Quem souber a resposta, com os devidos embasamentos legais e constitucionais, gentileza contatar a coluna.

O pavor está tomando conta da população. Não há mais lugar seguro para se frequentar. Restaurantes, lojas comer-ciais, farmácias, etc. Nada escapa da sanha bandida da mar-ginalidade. Nem mesmo alunos saindo de escolas, seja dia ou noite. Chegamos ao cúmulo de ver pessoas assassinadas para roubarem seus celulares. Passou, há muito tempo, a hora de haver uma reação contundente por parte de população no sentido de pressionar nosso Congresso Nacional, União, Es-tados e municípios para que leis fortes sejam elaboradas e que a autoridade seja devolvida, nos mesmos termos de an-tigamente, aos policiais. Faltam policiais e sobram “aspones” e “gepones” regiamente remunerados. Até quando seremos reféns disso tudo?

Sim, boa parte da população questiona isso: quanto ou o que está faltando para ser decretada calamidade pública na saúde do Brasil? Falta dinheiro? Sim, claro, disso todos sabem. Mas, por que falta dinheiro se pagamos tantos impostos, taxas, contribui-ções, etc? A resposta óbvia-ululante já está escancarada há déca-das: porque os governos da União, estaduais e municipais gas-tam mal e sem critérios ou planejamento o que arrecadam. Não é porque Bento consegue dar aumentos salariais trimestrais ao prefeito e vereadores que podemos ficar tranquilos com a saúde. As dívidas que dizem ter recebido em 2012 devem estar liqui-dadas, mas a preocupação da população com a saúde continua.

ÚLTIMAS

Primeira: Quanto tempo ainda demorará para que os receptadores de objetos rou-bados tenham penalização maior que aqueles que os roubam?

Segunda: Celulares, DVD’s, notebooks, tablets, etc. Tudo isso que é roubado ou furtado tem um destino: a compra por pessoas tidas como “de bem”. Serão, mes-mo “de bem”?

Terceira: A reunião-al-moço do Centro da Indústria, Comércio e Serviços de Bento Gonçalves, marcada para o dia 20 de julho, deverá ser uma das mais concorridas dos últi-mos tempos. Vai faltar lugar;

Quarta: O palestrante des-sa reunião será o governador José Ivo Sartori, o que garante lotação das dependências do CIC/BG. Reservar logo, por-tanto, é necessário;

Quinta: O deboche para com a população não tem limites. Dois órgãos públi-cos do Rio de Janeiro conce-deram-se “auxílio-celular”, criando um custo adicional de algo em torno de 4 mi-lhões de reais por ano ao governo do Estado. Simples assim!

Sexta: O futebol está mes-mo cada vez mais imprevisível. O Inter, tido e havido como o maior e melhor plantel do Bra-sil, não reflete em campo tudo isso;

Sétima: O fato de estar na Libertadores, com chances totais de conquistar o título pela falta de tradição dos três outros times, não deveria dei-xar o Inter na 16ª colocação do Brasileirão, não é mesmo?

Oitava: Já o Grêmio, que inspirava temor aos seus tor-cedores pela possibilidade de rebaixamento, está entre os primeiros colocados;

Nona: Certamente não há um único gremista ou colora-do que não espere vitória hoje e amanhã nos jogos contra Vasco e Joinville. Ou há?

Antô[email protected]

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Sábado, 11 de julho de 20156 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.984

IGVariedades

A FRASE

A vida é um caminho cheio de surpresas e o final dele ninguém conhece! (.)

Festa - São BentoNeste domingo, 12 de julho, a grande Festa de São Bento! Às 9h30min

Procissão motorizada pelas ruas da cidade; às 10h30min Missa Festiva acompanhada pelo Coral e às 12h30min no CTG Laço Velho almoço de confraternização e sorteio de brindes. A Banda Municipal – A Furiosa - animará as festividades. - Convite dos festeiros de São Bento 2015: Bru-no e Neide Romagna Rossetti- Celio Roque Sartor e Edeni Rodrigues Santi; Edson Rogerio Biasi e Janete Maria Baldo; Leonir Luis Giordani e Neusa Foschiera Campana e Odacir Luis Giordani e Iliane Maria Pani-zzi Giordani. São Bento caminhando com a família! Prestigie!

Congresso MovergsExpressivo o encontro realizado pela Movergs - Associação das In-

dústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul, dia 1º de julho no Dall Onder Grande Hotel e que reuniu mais de 400 participantes e pro-fissionais do setor moveleiro. O XXV Congresso Movergs saudado pelo presidente Ivo Cansan destacou a importância do evento, suas lutas e conquistas na busca de ampliar mercados ao lado da modernidade tec-nológica, mudanças e desafios cada vez maiores. O Congresso buscando novas metas teve como objetivo repensar, recriar e reinventar novos ca-minhos do setor moveleiro. Foram palestrantes: Marcelo Villin Prado, José Roberto Mendonça de Barros, Luciano Santos Tavares de Almeida e Pedro Janot. As palestras e seus conteúdos motivaram os presentes a repensar seus caminhos! Parabéns à direção da Movergs e ao seu presi-dente Ivo Cansan por oferecerem ao setor moveleiro novos horizontes e caminhos! É unir para fortalecer!

Casa Brasil 2016

Laço Velho – grandioso bingo

Palestra - Simmme - Sebrae

De 9 a 11 de agosto de 2016 a Casa Brasil será realizada em São Paulo. Será o evento âncora do DW- São Paulo Design Weekend! Uma grande feira de produtos e soluções para a arquitetura e de-coração. O presidente do Sindmóveis Bento Gonçalves, Henrique Tecchio, diz que a Casa Brasil desenvolveu pela força e criatividade do polo moveleiro da cidade e região, as necessidades de ampliar a feira no Brasil e no exterior, tendo em vista a qualidade e tecnologia constatadas a cada edição. Fique ligado!

Investimento vem aí liderado pelo patrão do CTG Laço Velho de Bento Gonçalves, Antenor Rizzi. Melhorias e reformas estruturais, en-tre elas estudos e projeto para equipar e aquecer o ambiente do gran-de salão de festas com a colocação de dispositivos tornando o inverno mais agradável e temperatura condizente para cada ocasião. Objeti-vando arrecadar fundos para o investimento, o CTG Laço Velho pro-move dia 17 de julho de 2015, às 19h30min, o 1º Bingo Beneficente. Valiosos brindes, comes e bebes e surpresas. A promoção é coordena-da pelo patrão Antenor Rizzi e equipe: José Lirio Panizzi, Edson Roge-rio Biasi, Sidnei Zilio, Ivanir Franco. Informe-se 3452.3586! Prestigie!

Encontro produtivo, café da manhã-Dolce Gusto- dia 24 de ju-nho- reunindo empresariado, promoção em parceria Simmme – Sebrae tendo como palestrante Renato Bernardi – especialista na área da Cadeia Produtiva Madeira Móveis - Senai - Cetemo de Ben-to Gonçalves. Apresentado pelo empresário Marcio Chiaramonte, vice-presidente do Simmme, e coordenador do Sebrae Aldoir Bol-zan de Morais, o palestrante Renato Bernardi mostrando profundo conhecimento abordou aos presentes -de forma inteligente- apon-tando caminhos eficazes mediante projetos que visam através de princípios inovadores buscarem com equilíbrio e racionalmente a solução de problemas – independente de sua grandeza ou não-. Problemas que uma vez localizados podem fazer parte e com tecno-logia de uma estrutura e mercado cujo futuro caminha ao lado de objetivos e soluções através de gestores eficientes de cada empresa onde o mais importante é localizar e resolver o problema. Valeu!

Boa ação

Associação Churrasco Campeiro realiza doaçãoEntidade realizou entrega de roupas e leite para família do bairro Fátima

Na manhã de quarta-feira, 8 de julho, a Associação

Churrasco Campeiro Lagoense e Ciriaquense realizou a entre-ga de roupas e leite para uma família do bairro Fátima.

Por meio de uma campanha idealizada pela entidade, os sócios-fundadores Adelmar Leopoldo Pereira e Edson Ro-gerio Biasi, arrecadaram mais de seis sacolas de roupas e uma lata de leite Nestogeno 1. Uma família vinda do Pará e que há seis meses reside em Bento Gonçalves foi beneficiada.

Diego Teixeira da Silva, 30 anos, e sua esposa Flavia Alessandra Barros Glym, 21, são pais de Diego Áquila Glym da Silva, de apenas cinco me-ses e receberam as doações. O casal afirma que é importante esse auxílio. “Agradecemos

Aldemar Pereira e Edson Biasi entregaram as doações ao casal Diego da Silva e Flavia Alessandra Glym

Cleunice [email protected]

muito essa ajuda, mas ainda precisamos, principalmente de leite e de uma máquina de lavar”, relata Silva.

A mãe não pode amamentar o bebê e a principal necessida-de do casal, no momento, é o leite do tipo especial. “Como ela não pode amamentar, ne-cessitamos comprar um leite especial, que é mais caro, o Nestogeno 1. Como o bebê já está com cinco meses, daqui a algum tempo ele vai mudar e vamos precisar do Nestogeno 2”, esclarece.

CLEUN

ICE PELLENZ

De acordo com Edson Biasi a entidade conseguiu dispo-nibilizar estas doações com a ajuda de voluntários. “Reali-zamos a campanha no bairro onde moramos, e com a ajuda de vizinhos conseguimos a do-ação das roupas. Quem tiver algo para doar pode entrar em contanto com a associação que a gente busca”, comenta.

Segundo ele, a gratificação é o mais importante. “Nos sen-timos gratos em poder ajudar o próximo e isso é muito váli-do”, finaliza.

O que doar:Leite Nestogeno 1 e 2;Lavadora de roupas (pode ser usada e em bom estado).

Contatos:(54) 8157.3971 ou (54) 9968.2651, com Diego da Silva.

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Sábado, 11 de julho de 2015 7Geral

Encontro

Reunião da Amesne discute situação econômica do RSAssembleia mensal foi realizada na tarde de sexta-feira na Câmara de Vereadores de Paraí

Um excelente quórum de prefeitos que fazem parte

da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nor-deste (Amesne) esteve reunido na Câmara de Vereadores de Paraí na tarde de ontem, sexta--feira, 10, para participar da tradicional Assembleia Mensal da entidade.

O analista pesquisador da Fundação de Economia e Es-tatística (FEE), Vanclei Zanin, fez uma apresentação sobre a economia gaúcha no contexto nacional, abordando questões climáticas, dependência exter-na e contexto industrial, além dos desafios para os próximos anos no que se refere a questões demográficas e previdenciárias.

Zanin falou sobre o cres-cimento industrial, a falta de mão-de-obra, a diminui-ção do tamanho das famílias e outras questões que estão afetando a economia, fazen-do com que muitos gaúchos procurem outros estados para investir e migrantes procurem o Rio Grande do Sul em busca de uma vida melhor. “Temos pouca gente, taxa de natali-dade baixa e a mão-de-obra está buscando oportunidades, e acabam, em grande medida, chegando à nossa região. O cenário que se desenha para o Estado não é o mesmo que para a Serra Gaúcha. Temos uma grande migração do oeste para o leste do Estado. Além disso, o Rio Grande do Sul está com dificuldades na capacida-de de investimento”, ressalta.

Quanto à cena nacional, ele

relata que o caminho deve ser trilhado em conjunto. “Se o Brasil vai bem, nossa indústria vai bem; se as condições climá-ticas nos ajudam, a agricultu-ra vai bem. É desta forma que dependemos dos outros para vivermos em boas condições. Um setor com grande poten-cialidade para a Região Serrana é o de turismo. Neste aspecto, a questão cultural deve ser in-centivada, pois pode dinamizar o turismo, importante para o desenvolvimento regional”, en-fatizou o palestrante.

Outro assunto debatido foi a questão da acessibilidade e da inclusão das pessoas com defi-ciência no mercado de trabalho. O tema foi abordado pela coor-denadora de Direitos da Funda-ção de Articulação e Desenvol-vimento de Políticas Públicas para Pessoas com Deficiência e Altas Habilidades no Rio Gran-de do Sul (Faders), Jaqueline Rosa. A palestrante abordou a acessibilidade nos espaços pú-blicos para pessoas com defi-ciência e mobilidade reduzida (idosos, grávidas, entre outros).

Jaqueline enfatizou que os trabalhos que até 2014 eram desenvolvidos com os Core-des, neste ano passaram a ser realizados em conjunto com as Associações de Municípios. A coordenadora convidou os ges-tores municipais a participarem do Fórum Regional da Política Pública para Pessoas com De-ficiência e Pessoas com Altas Habilidades, que será realizado no dia 5 de agosto, em Bento Gonçalves.

Entidade debateu sobre a situação financeira do Rio Grande do Sul

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Sábado, 11 de julho de 20158 Geral

[email protected]

DenisedaRé

Geração Digital“Nós usamos celular, e vocês pintam”, declarou, cheia de cer-

tezas, uma menininha de sete anos, com os dedinhos no smar-tphone e as palavras na ponta da língua. “Nós” eram elas, as pitocas sabidas, e “vocês” éramos nós, os adultos bundões.

E não é que ela tem razão?! Enquanto a gurizada “man-da ver” com seus tablets e celulares, os coroas carregam a tiracolo uma caixa de lápis de cor e um daqueles livros de colorir, tipo “O Jardim Secreto”. Dizem que é terapia anti--estresse e que está dando muito certo. E está mesmo, ao menos para os autores e editoras, que faturam alto com o novo filão do mercado editorial.

A brincadeira em vídeo, na Internet, em que um bebê, as-sim que nasce, procura um iPad pra fazer uma selfie, retrata a naturalidade das novas gerações com a tecnologia, ao con-trário das velhas, que fogem dessa parafernália toda, como o diabo foge da cruz.

Obviamente, isso não é regra. Há muita gente grande que corre atrás do prejuízo, para não ficar excluída do mundo virtual. Inclusive eu, mas estou sempre em desvantagem. Quando aprendi a usar o disquete, o CD já bombava. Ainda reticente com o novo apetrecho, surgiu o DVD. Logo o pen--drive foi me atropelando... Tudo bem! Aguentei firme. Mas aí foi anunciada a tal de... “nuvem”. Francamente! “Nuvem?!”

Com o celular o caminho foi mais curto. Estava eu bem feliz com aquele minúsculo telefone que só fazia o essencial, até que cansei de ser vaiada por causa da sua obsolescência. Então me dei um smartphone, que é um verdadeiro presente de grego. Com mil funções, eu só uso uma: falar. Quando necessário! Os MacManíacos, MacHeads, Mac Chatos, ete-cétera e tal me garantem que não vou mais viver sem o apa-relho. Estou pagando (em várias prestações) para ver.

Quanto à terapia para estressados, as opções são inúme-ras. “Santo dilema”, diria Robin, o menino prodígio da dupla que não é sertaneja. Não sei se vou de Dr. Lucchese, com suas “Pílulas para Viver Melhor”, se tomo chá de cavalinha, se deito na Almofada Bombom ou se compro aqueles livros de colorir. Enquanto me decido, pego um cobertor, um saco de pipoca e escolho um filme de arrepiar os cabelos... E o celular? Está lá com minha netinha...

rio, econômico e social de sua comunidade. Garibaldi depende do produto para sua economia, e nada mais justo do que forta-lecê-lo colocando a Fenachamp no hall de eventos oficiais do Es-tado”, avalia Postal.

A festa ocorre a cada dois anos, nos quatro finais de semana do mês de outubro. A última edição do evento, em 2013, comemo-rou os 100 anos de história do espumante brasileiro e reuniu as maiores vinícolas da região.

Principal evento da cidade de Garibaldi, a Festa Nacional

do Champanha (Fenachamp) poderá fazer parte do calendá-rio oficial do Rio Grande do Sul. Esse é o objetivo do deputado Alexandre Postal (PMDB), por meio de projeto de lei protoco-lado na Assembleia Legislativa.

Herdando características pre-dominantemente italianas, o município destaca-se por sua diversidade econômica, social e cultural. Situada na Serra Gaú-cha, possui um clima ideal para a produção de uvas o que, conse-quentemente, resulta na posição de destaque nacional na elabo-ração de vinhos e espumantes. Com uma população de 32 mil habitantes, Garibaldi promove a Fenachamp desde 1981. “A festa é uma celebração do es-pumante produzido na região, com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento comunitá-

Deputado objetiva inclusão da festa em projeto na Assembleia Legislativa

Festa ocorre em Garibaldi, a cada dois anos, no mês de outubro

Postal quer a Fenachampno calendário do Estado

Política

DIVU

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ÇÃO

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Sábado, 11 de julho de 201510 Geral

AssuntaDeParis

Locomoção e meios de transporte (140 anos)

Na Itália – um país pequeno, um pouco maior que o Rio Gran-de do Sul – tudo ficava perto e a locomoção era fácil; mas no grande Brasil, em fins do século passado, tudo era extenso, e deslocar-se era muito penoso, porque não havia estradas nem meios de transporte. O primeiro veículo foi o carro “ numero 11”, ou seja, as duas pernas.

O imigrante carregava nas costas 15 kg de milho ou trigo até o moinho. Entre ida e volta, sempre carregado, percorria mais de 100 km; a penosa viagem durava alguns dias. Quanto cus-tava naqueles anos degustar um pedaço de pão ou uma gostosa polenta?... muitos outros passaram pelos mesmos sofrimentos. Também as colheitas ajuntadas nas roças eram levadas nos om-bros para dentro dos paióis.

Mas aos poucos os imigrantes trataram de comprar ou criar cavalos e burros, as estradas foram melhorando e, então tudo começou a ser transportado no lombo dos animais. Para viajar, os homens se enforquilhavam nas “selas” e as mulheres assenta-vam-se comodamente nos “selins”.

O comércio passou a ser realizado no dorso dos muares com cangalhas e bruacas. A primeira geração fazia suas mudanças também por esse meio; só para transportar pessoas, principal-mente crianças utilizavam-se de jacás (cestos). As crianças iam felizes, acomodadas, duas ou três, dentro dos cestos. Os que po-diam caminhar faziam o percurso a pé ou a cavalo.

Naqueles tempos quem possuía um burro ou um cavalo era com-parado com aquele que hoje é proprietário de um carro de último modelo Diesel. Com o passar dos anos, as estradas foram alargadas e melhoradas, então começaram a transitar as carretilhas e as car-roças, puxadas por mulas; a grande carroceria, feita de tábuas, era coberta por uma lona em forma de telhado com duas abas.

Quantos produtos coloniais e quanto comércio transportaram essas carroças! Mas também quantas blasfêmias saltaram das bocas dos condutores.

O progresso avançou, apareceu o trem que encurtou as longas distâncias e facilitou o transporte de gêneros e mudanças. Se-guindo surgiu o automóvel, o caminhão, o ônibus e o avião. As estradas são revestidas de asfalto que interliga bairros e cidades. Os meios de comunicação transportam para dentro de casa tudo o que acontece no mundo, e o telefone celular encurta todas as distâncias...

As pessoas do nosso tempo nem conseguem imaginar como foi duríssima e difícil a vida dos imigrantes e de seus primeiros descendentes.

“A humanidade realizou mais progresso nestes últimos 100 anos do que em toda a sua milenar História”.

Sete projetos de lei, duas emendas modificativas a projeto e um veto parcial es-tão na pauta de votação da Sessão Ordinária da Câma-ra Municipal de Bento Gon-çalves de segunda-feira, 13, que tem início às 18h. Cinco matérias foram protocoladas pelo Poder Executivo e ou-tras cinco são de autoria dos parlamentares.

Dentre os projetos a serem votado está a proposta de nova reposição salarial aos servidores municipais. A me-dida visa reajustar em 2,49% o salário base dos funcioná-rios públicos do município. A diligência foi proposta pelo Poder Executivo e se refere ao repasse do INPC do segun-do trimestre de 2015. Caso aprovado, o reajuste passará a vigorar a partir deste mês.

Os quatro projetos de lei de autoria do Poder Execu-tivo tramitam em regime de urgência e devem ser apre-ciados em votação única. A pauta da Ordem do Dia pode sofrer modificações até minu-tos antes do início da sessão, conforme estabelece o artigo 58 do Regimento Interno da Câmara Municipal de Bento Gonçalves.

O imigrante fazia longos caminhos... sempre com esperança

Reajuste dos servidores em votaçãoLegislativo

ARQ

UIVO

PESSOA

L

ProjetosPLO nº 95/2015 solicita a autorização da Câmara ao estabelecimen-

to de um convênio entre Bento Gonçalves e os demais nove municí-pios da Aglomeração Urbana do Nordeste (Aune) com o objetivo de estruturar e operacionalizar a secretaria executiva do órgão.

PLO nº 96/2015, que reajusta os vencimentos dos servidores mu-nicipais de Bento Gonçalves em 2,49% a partir do mês de julho, de acordo com o INPC do segundo trimestre de 2015.

PLO nº 97/2015, solicita a abertura de crédito especial de R$ 40.000,00 ao município. A verba, proveniente do Fundo Municipal de Desenvolvimento Urbano, será utilizada para o georreferenciamento e mapeamento da cidade.

PLO nº 98/2015 altera o artigo 2º da Lei Municipal nº 2.411/1994, que regulamenta o Conselho Municipal de Turismo (Comtur). A mo-dificação visa transformar a composição do conselho, instituindo em lei o que já foi aprovado pelo próprio Comtur.

PLO nº 7/2015, altera dispositivos da Lei Municipal nº 5.504/2012, que dispõe sobre a fixação dos subsídios do prefeito, do vice-prefeito e dos secretários municipais para a legislatura 2013/2016.

PLO nº 93/2015, institui o Dia Municipal do Corretor de Imóveis, a ser celebrado anualmente em 27 de agosto.

PLO nº 91/2015, visa instituir o programa Farmácia Solidária no município, que tem o objetivo de “fornecer gratuitamente medica-mentos à população de baixa renda e aos idosos” por meio da “ar-recadação de sobras medicamentosas não vencidas junto à popula-ção e sua subsequente distribuição pelas unidades básicas de saúde”.

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Sábado, 11 de julho de 2015 11

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Sábado, 11 de julho de 201512 Geral

CRISTIAN

O M

IGO

N, A

RQU

IVO

A divulgação do Programa de Proteção ao Emprego

(PPE) pelo Governo Federal na segunda-feira, 6 de julho, cau-sou discussões entre a categoria metalúrgica e gerou dúvidas. O projeto, que foi encaminhado ao Congresso Nacional para votação, prevê a diminuição de 30% da jornada de trabalho com a perda respectiva de salá-rio. Para que o trabalhador são saia como o mais prejudicado, dos 30% que as empresas dei-xam de pagar, a união repõe a metade, gerando uma diminui-ção de 15% do salário.

O presidente do Sindica-to das Indústrias Metalúrgi-cas, Mecânicas e de Material Elétrico de Bento Gonçalves (Simmme), Juarez Piva, apon-ta que a medida é superficial e que as informações divulga-das não são suficientes para

Presidente do Sindicato, Juarez Piva, não sugere que as empresas utilizem o PPE devido à falta de informações e garantias

Com a iniciativa, funcionários perdem até 30% da jornada de trabalho

Simmme não indica adesão ao programaProteção ao Emprego

Vitória [email protected]

garantir os direitos tanto da empresa quanto do trabalha-dor. “O governo divulgou essa medida para mostrar trabalho. Milhares de pessoas estão sen-do demitidas em todo o país e era o momento de tomar uma providência. Porém, eles não souberam apresentar uma ini-ciativa completa com garantia de direitos para todos os envol-vidos. Há muitas informações que não estão bem explicadas e isso é um problema”, explica.

Piva diz que conversa com os empresários e indica que, por enquanto, eles não se pre-parem para entrar na ação. Segundo o presidente, ainda é preciso aguardar a defini-ção de quais categorias se en-quadrarão ao programa para, mais tarde, sobrar o restante das informações necessárias. “Por enquanto não estamos recomendando que as empre-sas utilizem desta medida. Se a norma for aprovada com o

texto atual é arriscado. Por isso precisamos esperar informa-ções adicionais do Governo e, somente depois, será cogitada a hipótese de usar o PPE”, sa-lienta. Segundo o Ministério do Trabalho, até o momento, os setores mais cotados para entrar no programa são: indús-tria de carnes, componentes eletrônicos, metalurgia, quími-ca, açúcar, álcool, automobilís-tica e de construção civil.

O sindicalista ressaltou po-rém, que em um ano como o de 2015, que deve apresentar ainda mais demissões até o fim do ano, as classes trabalhistas preferem perder renda mensal do que perder os empregos. “Infelizmente é uma situação onde todos perdem. Precisa-mos aguardar e ver se novas informações serão divulgadas. Não podemos, pelo desespero, aderir ao primeiro programa que aparece com uma ilusão de solução”, destaca.

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Sábado, 11 de julho de 2015 13Geral

As paralisações que ocorrem no país reivindicam reajustes salariais, melhores condições de trabalho e plano de carreira

Servidores do INSS lutam também por realização de novo concurso

Servidores de Bento mantêm greveINSS e Justiça Federal

CRISTIAN

O M

IGO

N

Cristiane Grohe [email protected]

A paralisação de servidores do Instituto Nacional do

Seguro Social (INSS) ocorre em diversas partes do país e tem reflexo no município. Em Bento Gonçalves o atendimen-to está ocorrendo parcialmen-te e não há previsão de retorno dos servidores ao trabalho. As perícias médicas estão funcio-nando normalmente e os de-mais atendimentos estão sendo reagendados. Entre os serviços que foram afetados, estão en-caminhamento de aposentaria e de auxílio-doença, além da emissão de certidão de tempo de contribuição.

A categoria reivindica reajuste salarial de 27%, incorporação de gratificação relacionada à pro-dutividade, concurso público, melhores condições de trabalho e de atendimento à população, reposição das perdas salariais,

plano de carreira e fim do que classificam como assédio mo-ral. Na quinta-feira, 9 de julho, os grevistas promoveram ato de mobilização em Caxias do Sul e servidores de Bento foram até lá para participar da ação. Os pro-cessos e remarcações podem ser acompanhados pelo telefone 135.

Segue paralisação

Os servidores da Justiça Fe-deral paralisaram as atividades no dia 10 de junho e na última quinta-feira, 9, em assembleia, decidiram seguir com a paralisa-ção. Mesmo com a aprovação no Senado do projeto que estabelece

reajuste escalonado de 59,49%, em média, para os servidores do Poder Judiciário, a greve de ser-vidores das justiças Eleitoral, do Trabalho e Federal continua no Rio Grande do Sul. O objetivo agora é pressionar a presidente Dilma Roussef a aprovar a repo-sição salarial. A categoria apro-vou a continuidade da greve com o fortalecimento do movimento até a sanção do PLC 28/15. Fo-ram aprovados, também, ato pú-blico na visita de Dilma à cidade de Laguna (SC), no dia 15 de ju-lho, e novo Apagão do Judiciário, dias 20 e 21, datas finais do prazo para a sanção do projeto de repo-sição salarial. No dia 22 haverá assembleia para decidir se a gre-ve continua.

Os servidores reivindicam a re-posição de nove anos sem ajuste salarial, conforme as perdas in-flacionárias nesse período, e do plano de carreira do Poder Judi-ciário da União, que se encontra em tramitação junto aos Poderes

Legislativo e Executivo da Repú-blica. Segundo informações do Tribunal Regional Federal, existe um crescimento na remunera-ção recebida por servidores que exercem funções semelhantes nos outros órgãos do Poder da União. Os valores apurados entre 2006 e 2015 pelo Índice de Preço do Consumidor Amplo (IPCA), foram de 65,42%, mas o reajuste salarial da categoria durante esse período foi de uma gratificação de 15,8%, totalizando uma dife-rença de 49,62% no salário dos funcionários. Apesar da parali-sação, os grevistas se comprome-tem a manter o funcionamento mínimo, previsto em lei, de 30% do efetivo em todas as funções para atendimento de casos ur-gentes. Na Justiça Federal e na Justiça do Trabalho as medidas urgentes estão sendo atendidas. Os servidores da Justiça Eleitoral param o trabalho duas horas por dia, mas o Cartório Eleitoral fu-nicona normalmente.

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Sábado, 11 de julho de 201514 Geral

damente R$ 3 milhões. De acordo com o cálculo,

até o final do primeiro semes-tre de 2014, a quantia gasta pelo o parlamento com pa-gamentos e encargos foi de R$ 2,5 milhões. Em 2015, ao encerrar o balanço semestral, o montante utilizado foi de pouco mais de R$ 1,7 milhão, caracterizando a redução to-tal de 33,56%.

Satisfeito com os núme-ros apresentados, o presi-dente da Câmara, Valdecir Rubbo (PDT), acredita que a casa alcançará a meta anual estipulada sem grandes ad-versidades. “Em 2014 foram gastos mais de 11,5 milhões. Este ano, até o momento fo-ram utilizados apenas R$ 4,8 milhões da quantia direcio-nada ao Legislativo, ou seja, se mantivermos as despesas nesse patamar, conseguire-mos alcançar a economia pro-posta”, acredita. O limite para a Câmara de Vereadores em 2015 é de R$ 14,3 milhões.

Rubbo revela que a refor-mulação vinha sendo planeja-da há cerca de dois anos, mas o processo foi agilizado nos últimos meses de 2014 em função da baixa arrecadação

do ICMS do Fundo de Partici-pação dos Municípios (FPM). “Esse não era um problema só de Bento Gonçalves, todos os municípios do Estado esta-vam e ainda estão passando por sérios problemas finan-ceiros. Era hora de nos ade-quarmos. Já tínhamos essa proposta de reformulação, mas provavelmente ela iria para votação apenas em 2015. Com a baixa arrecadação, e também por causa das ma-nifestações de julho de 2013, optamos por acelerar o pro-cesso”, revela.

Segundo o presidente, a realização do projeto pro-porcionou a devolução de aproximadamente R$ 450 mil ao Governo Municipal no primeiro semestre com en-cargos. Também foi possível abrir mão de R$ 1,8 milhão destinado para pagamentos diversos na casa.

O representante da Câmara destaca que ainda em 2014 já havia sido ordenada a re-dução em despesas de contas de telefone e energia elétrica e que estuda outras medidas que podem ser aplicadas no decorrer do ano para ampliar os resultados.

Em cumprimento desde janeiro, o projeto de re-

estruturação de gastos da Câ-mara de Vereadores já pou-pou mais de R$ 800 mil aos cofres municipais em compa-rativo ao primeiro semestre de 2014. Segundo o setor de contabilidade do Legislativo, a economia alcançada entre janeiro e junho de 2015 é de 33,56% maior do que o nú-mero apresentado no mesmo período do último ano.

Para que a meta de econo-mia seja cumprida, a Câmara colocou em prática, no início deste ano, um pacote de me-didas que objetivava a redu-ção de despesas e diminuição dos salários.

Desde a vigência do projeto, foram adotadas: a extinção dos assessores das oito ban-cadas dos partidos, o corte de 50% dos Cargos de Comissão (CCs) do setor administrati-vo, a redução da verba dos 17 gabinetes e a exoneração de todos os CCs para a contra-tação de outros, com salário menor. A proposta visa uma economia final de aproxima-

Medidas de reorganização do Legislativo resultam em economia de R$ 800 mil em comparativo ao mesmo período de 2014

Balanço semestral aponta redução de 33,56% nos gastos totais

Projeto de reestruturação dá resultadosCâmara de Vereadores

SILVIA DA

LMA

S, ARQ

UIVO

Cristiano [email protected]

O que foi alterado Economia Todos os servidores foram exonerados e os gabinetes fizeram novas contratações, ou recontrata-

ções, conforme suas necessidades, visando à diminuição nos salários.

As oito bancadas, que gastavam cerca de R$ 11 mil por mês cada uma com CCs, não têm mais assessores.

O setor administrativo, que contava com 22 funcionários no dia a dia, passou a atuar com 11 cargos.

Nos gabinetes dos 17 vereadores, o número de assessores poderá aumentar dos atuais três para quatro. Mas o valor gasto mensalmente foi reduzido. Em 2014, cada parlamentar gastava R$ 16,6 mil mensais com CCs. Atualmente, o valor disponibilizado é de R$ 14,3 mil por mês.

Disponibilidade orçamentária 2014 2015 R$ 14,5 Milhões R$ 14,3 Milhões

Valor gasto (Primeiro semestre)2014 2015R$ 2,5 Milhões R$ 1,7 Milhão

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Sábado, 11 de julho de 2015 15Geral

Caravana para valorizar ações escolares

Instalação da comissão Até 15 de setembroPublicação do edital da eleição Dia 19 de outubroPeríodo de inscrição de chapas De 20 de out. a 3 de nov.Publicação dos candidatos Dia 4 de novembroDivulgação do horário das urnas Até 27 de novembroEleição Dia 30 de novembro

FONTE: SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Cronograma das eleições

FOTO

S VITÓRIA

LOVATEste ano é marcado pelas elei-

ções de diretores das escolas estaduais do Rio Grande do Sul. Nos últimos meses do ano, as instituições se preparam para eleger seus novos dirigentes ou reeleger aqueles que fizeram o seu primeiro mandato. No en-tanto, este ano, o procedimento não será como os últimos. A Se-cretaria Estadual de Educação publicou uma portaria estabele-cendo as novas orientações para os pleitos, assim como o calen-dário de ações até o fim do ano.

O secretário-geral do Centro dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers), Edson Garcia, destaca que a principal mu-dança nas eleições é a impos-sibilidade de candidatura para um terceiro mandato. Segundo ele, até 2012, era possível que diretores estendessem suas administrações por anos se-guidos. “Agora, o máximo de tempo que uma pessoa pode ocupar o posto é por seis anos, ou seja, dois mandatos. Depois

Na tarde de quinta-feira, 9 de julho, alunos das escolas estaduais de Bento Gonçalves estavam na sede do Cpers local para apresentar projetos que desenvolveram em sala de aula. Eles participam da Caravana da Educação, um projeto do Cpers que reconhece as iniciativas de-senvolvidas nas escolas.

Segundo o diretor geral, Edson Garcia, o sindicato queria propor algo diferente para que os estu-dantes fizessem em aula. “Mas aí nós pensamos: porque não va-lorizar o que já é feito? Existem muitas ações bacanas que não são valorizadas”, explica.

Uma comitiva do Cpers cen-tral está passando em cada re-gião para conhecer os projetos dos estudantes. Cinco de cada coordenadoria regional serão se-lecionados para apresentar em Porto Alegre no fim do ano. “É muito legal porque isso motiva os alunos. Estamos trabalhando com todos, desde os pequenos do primeiro ano do Ensino Fun-damental até com adolescentes do ensino politécnico e também do EJA”, salienta.

Os cinco campeões em Porto Alegre ganharão medalhas e os professores responsáveis via-jarão para a Costa Rica em um encontro sobre educação.

Secretaria de Educação publicou novas normas para a escolha, onde a principal alteração é sobre a recondução de cargos

O secretário-geral Edson Garcia e a diretora do núcleo local Juçara Borges

Alunas do Cecília Meireles apresentaram atividade realizada em aula

Eleições para diretores terão mudançasEnsino Estadual

Vitória [email protected]

disso ainda poderá fazer parte de uma diretoria, mas apenas se utilizar outro cargo”, explica.

Garcia afirma que a medi-da é aprovada pela categoria já que foi a base que não deixou o sindicato intervir ou questionar a medida do Governo. “Nós fizemos uma consulta com os professores para verificar se eles queriam que o sindicato interviesse na medida, mas não quiseram. O que ocorre é que quando um diretor fica por mui-to tempo à frente de uma insti-tuição ele tende a acreditar que tudo aquilo lhe pertence, que os funcionários são seus e não do Estado, que os materiais, a es-trutura, tudo é propriedade dele e isso não é saudável”, justifica.

Garcia destaca as melhorias que as mudanças podem trazer a uma escola e ele lembra que es-colher os representantes de uma forma ainda mais democrática é melhor para toda a comunidade escolar. “A troca oxigena as pes-soas, as ideias e até os projetos que são realizados. É bom para todos porque sempre existem opiniões divergentes”, completa.

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Sábado, 11 de julho de 201516 Geral

Custo-benefício em questão

Embora a Rio Grande Ener-gia (RGE), afirme estar apta a cumprir as determinações vo-tadas pelo Poder Legislativo Municipal, a empresa adverte que o custo de implantação do sistema pode ser mais oneroso do que vantajoso. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, o custo para sua instalação pode superar em até 15 vezes o valor de instalação das redes convencionais.

Para a empresa, na maioria dos casos, a redução dos índi-ces de interrupção em relação às redes aéreas não justifica o investimento em redes subter-râneas. Desta forma, a implan-tação das redes subterrâneas ocorre de maneira pontual, por decisão de empreendedores de condomínios ou então em parceria com prefeituras mu-nicipais, para locais específicos, como por exemplo, em regiões com alta densidade populacio-nal.

A instituição também afir-ma que a implantação de uma rede subterrânea deve levar em conta a interferência direta na arborização, uma vez que existe a possibilidade de contato das raízes com os cabos elétricos. A instalação desse tipo de rede em locais com vias públicas deve ser cuidadosamente pla-nejada e continuamente moni-

torada, cenário que pode elevar as despesas dos proprietários.

A contraposição também é sustentada pelo diretor da Lex Empreendimentos Imobiliá-rios, Ivo Siviero Filho. Segundo ele, a proposta apresentada é economicamente inviável, ten-do em vista que as empresas loteadoras não conseguirão re-passar os valores aos clientes. “O projeto é interessante em teoria, entretanto, na prática a realidade é outra. Seria neces-sário um investimento de cerca de R$ 35 mil por lote para aten-der as especificações aborda-das pela norma, um orçamento impraticável”, revela. Segundo Siviero Filho, a proposta só se tornaria viável em terrenos ava-liados acima de R$ 500 mil.

Outro fator destacado pelo diretor é a dificuldade de ope-ração encontrada no solo da região. “É preciso levar em con-ta que a maioria dos terrenos tem grande densidade rochosa, o que resultaria em mais di-ficuldades e contratempos na abertura das galerias. Também é preciso relevar o fato de que se todos os sistemas de abas-tecimento forem subterrâneos, teríamos em média 10 dutos de passagem por edificação, o que poderia representar um proble-ma futuro de manutenção, visto que nem sempre o profissional contratado para executar os reparos sabe da existência das galerias”, afirma.

Embasado no artigo 30 da Constituição Federal, está

em tramitação pela Câmara de Vereadores o Projeto de Lei Ordinária (PLO) 59/2015. O texto objetiva a obrigatorieda-de de tornar subterrâneo todo o cabeamento nos novos em-preendimentos, loteamentos e bairros do município. A norma visa tanto à melhora na estéti-ca das vias públicas, quanto ao aumento da segurança na dis-tribuição do sistema elétrico.

De acordo com o elaborado da proposta, o vereador Moi-ses Scussel Neto (PMDB), a lei é necessária em virtude de a rede subterrânea ser mais segura e confiável. “As gale-rias estão livres de colisões de veículos, objetos jogados contra a fiação e das adversi-dades do tempo e dos galhos e árvores que caem sobre a rede. Grande parte dos pro-blemas elétricos se dá por essas razões, podendo deixar o consumidor por horas sem eletricidade”, explica.

Outro ponto observado no documento é que a implan-tação do cabeamento sub-terrâneo conferirá uma nova estética à cidade. Segundo o texto, a fiação representa grande parte da poluição vi-sual à mostra na cidade. “Não dá para ver nossa cidade en-volta em um emaranhado de fios que empobrecem a beleza de nossas ruas e avenidas. O sistema subterrâneo elimina a confusão da rua com os pos-tes e proporciona um espaço controlado e isolado para a instalação dos equipamen-tos”, afirma.

A proposta já havia sido apresentada pelo parlamentar em 2013, entretanto, o texto contemplava o aterramento de todo o sistema elétrico da cidade. “Retirei a proposta de votação após analisar com mais cuidado o custo que isso geraria ao município tal qual o tempo para realização de todo o projeto. Tendo isso em vista, resolvi apresentar um projeto mais acessível, que contem-plasse apenas as edificações novas, como medida inicial de contenção para a poluição vi-sual”, revela.

Visando o aumento em segurança e estética, norma objetiva criação de galerias para fiação aérea em novas construções

Segundo proposta, fiação externa causa poluição visual nas ruas

Contra tempestades e poluição visualLei de cabeamento subterrâneo

CRISTIAN

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Cristiano [email protected]

Torna obrigatórias as instalações subterrâneas de todo cabeamen-to nos novos empreendimentos, loteamentos e bairros no Município de Bento Gonçalves.

Ficam desobrigados das exigências estabelecidas no caput deste artigo os novos empreendimentos, loteamentos e bairros de interes-ses sociais, destinados à construção de conjuntos habitacionais para baixa renda, executados pelo Município.

A obrigação de construção dos dutos subterrâneos para instala-ção, recairá sobre a empresa loteadora, incorporadora ou construto-ra que executar a obra.

Entendem-se como rede ou fiação aérea e subterrânea todos os produtos que utilizam cabeamento para levar ao mercado consumidor os serviços oferecidos pelas empresas e concessionárias que operam distribuindo: energia elétrica, telefonia fixa, banda larga e TV a cabo.

Fiação elétrica ou de telefonia, tal qual qualquer outro tipo de ca-beamento a ser instalado em todos os novos empreendimentos, lote-amentos e bairros de solo urbano no Município de Bento Gonçalves, deverá ser executada no subsolo, sendo vedada à instalação aérea.

Toda a tubulação destinada ao serviço telefônico será utilizada exclusivamente para esse fim, sendo separados dos de força e luz.

O padrão de implantação e instalação das redes subterrâneas de energia elétrica e demais segue as normas da Associação Brasilei-ra de Normas Técnicas (ABNT), principalmente NBR 7286 e 7287, acompanhado das diretrizes de instalações técnicas da companhia de energia elétrica, conforme Lei ° 9.427/96, que institui a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).

Os projetos de instalações ou construções já aprovados, porém não executados ou finalizados, bem como os projetos em aprovação, te-rão que se adequar às exigências desta Lei.

O não cumprimento do disposto nesta Lei sujeitará o infrator à mul-ta de 0,5% do seu faturamento mensal.

Ficam as empresas loteadoras, incorporadoras, construtoras e/ou terceirizadas obrigadas a manter mapa digital atualizado com a in-fraestrutura de serviços existentes no subsolo dos novos empreendi-mentos da cidade de Bento Gonçalves.

Todos os custos para a implantação do cabeamento subterrâneo serão de inteira responsabilidade das empresas loteadoras, incorpo-radoras, construtoras e/ou terceirizadas, inclusive aqueles decorren-tes de danos nas áreas públicas em razão do enterramento de cabos, bem como a reparação de calçadas, recapeamento de vias, guias e sarjetas ou qualquer outro item do mobiliário.

Quando forem previstos túneis de cabos para a entrada subterrâ-nea, os mesmos serão feitos de alvenaria de concreto ou tijolo, devi-damente impermeabilizada e terão no mínimo 1,50 metros de altu-ra; serão providos de dispositivos para suportar os cabos conforme o projeto e serão ventilados convenientemente.

Nos locais dos postes serão plantadas árvores, na forma e condi-ções a serem regulamentadas pelo Poder Executivo.

O que prevê a norma

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Sábado, 11 de julho de 2015 17Geral

Cerimônia de entrega de portaria foi realizada na quinta-feira, na Fundação Casa das Artes, com a presença do prefeito

Conselho Municipal de Política CulturalSociedade Civil

Artes Cênicas: André Santa Lúcia (titular) Dança: Pedro Festa (titular) Música: Daniel Somensi (titular) Artes Visuais ou Plásticas: Rubens Sant’Anna Filho (titular) Literatura: Maiara Alvarez (titular)Folclore, Culturas Populares e Tradicionais: Jumir Vieira de Carvalho (titular)Etnias: Roni Dall’Igna (titular) Afro: Odília Mara da Rosa (titular) Áudiovisual, Áudios e Materiais Derivados: Lucas da Costa de Souza (titular) Patrimônio: Ivete Todeschini Menegotto (titular) Comissão Especial: Thiago Sachett, Gustavo Bottega, Willian Balestrin e Clóvis Rossetto (titulares).

Poder PúblicoPoder Executivo: Patrícia Da Rold De Costa (titular) Poder Executivo: Denize Caron (titular) Secretário da Cultura: Jovino Nolasco e Eleonora Zorzi (representante legal)Fundação Casa das Artes: Juliano Massoco (titular) Secretaria de Educação: Gisele Pozza Ferrari Cavalli (titular) Secretaria de Turismo: Fabiane Cappelaro (titular) Sistema Municipal de Bibliotecas, Livros e Literatura - Jose Martim Estefanon (titular) Sistema Municipal de Museus - Lenice Nery (titular) Sistema Municipal de Arquivo Público e Histórico: Marcos Friedrich (titular) Sistema Municipal de Patrimônio Cultural - Adriana Gabardo (titular)

Comissão Especial: Evandro Mattana, Ketrin dos Santos, Letícia Milani e Cristiano Vargas (titulares).

Guilherme Pasin, presidente Patrícia Da Rold e suplente Flávio Siqueira

Nomeados conselheiros da entidade Conselho Cultural

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Cristiane Grohe [email protected]

As portarias de nomeação aos representantes da socieda-

de civil e do poder público que passam a constituir o Conselho Municipal de Política Cultural de Bento Gonçalves foram en-tregues pelo prefeito Guilherme Pasin, na quinta-feira, 9. Outras oito pessoas também receberam portarias para integrarem a Co-missão Especial. Na mesma oca-sião, Patrícia Da Rold foi eleita presidente do Conselho. A ceri-mônia foi realizada na Fundação Casa das Artes. “A partir de hoje vocês não são mais representan-tes da Sociedade Civil ou do Po-der Público. Vocês representam a cultura de Bento Gonçalves”, ressalta o prefeito.

Conforme o secretário de Cultura, Jovino Nolasco, entre as várias competências do Con-selho Municipal de Política Cul-tural estão a de definir parâme-tros gerais para aplicação dos recursos do Fundo Municipal de Cultura, analisar, selecionar e emitir pareceres acerca da viabilidade técnica, econômica

e financeira dos projetos con-correntes e fiscalizar a aplica-ção dos recursos.

Eleita presidente, Patrícia Da Rold que atua há dois anos no Conselho ressaltou que o bom trabalho depende da doação e empenho de cada um. “Acredito na continuidade do ótimo traba-lho que fizemos junto à Adminis-tração Municipal, onde nesses dois anos o aporte de recursos ao Fundo Municipal de Cultura tem sido cada vez mais expressivo. Acredito também que o desen-volvimento de um bom trabalho

depende de doação, empenho, responsabilidade e união e te-nho a certeza de que temos tudo isso no novo grupo que compõe o Conselho”, afirma. A primei-ra reunião já foi marcada para o dia 14 de julho, às 18h30min, na Fundação Casa das Artes.

O ex-presidente, Cristian Ber-nich, avalia como positivo os dois anos em que esteve à frente do Conselho. “Criamos o Plano Mu-nicipal de Cultura e fizemos alte-rações na Lei Municipal 5.467, que concedeu mais benefícios à área”, avalia.

FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE BENTO GONÇALVES

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Sábado, 11 de julho de 201518 Geral

Metal R$ 2.590,00Tecido para a rotunda R$ 879,00 Tecido para a cortina e rodízios R$ 130,00 TNT do camarim R$ 30,00 Marceneiro, molduras da porta e escada R$ 800,00 Soldagem R$ 2.000,00Costureira R$ 500,00 Tinta R$ 315,00 Cola para o carpete R$ 80,00 Materiais para abertura da cortina R$ 75,00Subtotal R$ 7.399,00

Investimentos até o momento

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O anfiteatro da Casa das Artes passa por reformas. Modi-

ficações estão sendo realizadas pela Escola de Dança Angélica & Rodrigo que farão espetáculo em setembro e acertaram, por meio de parceria com a Secre-taria de Cultura, a possibilidade de intervir no local e fazer obras a ponto de deixar o espaço com condições de abrigar as duas noi-tes de apresentação. Porém, ar-tistas questionam a forma como as mudanças estão sendo feitas, já que as intervenções realizadas em uma estrutura pública são feitas por meio de licitação.

As reformas abrangem a insta-lação de uma cortina de fundos, a motorização da cortina do pal-co, a instalação de uma estrutura metálica para o suporte de ilu-minação, a determinação de um camarim improvisado no porão do prédio e a abertura de uma porta de acesso ao palco, bem como a construção da escada de acesso. Os responsáveis pelas modificações são os proprietá-rios da escola de dança, Angélica Di Marco e Rodrigo dos Santos. Depois de prontas, as melhorias ficarão para a comunidade e, em troca, a Secretaria não cobra o aluguel do espaço para a escola, assim como outros benefícios, como a divulgação dos eventos.

Santos destaca a necessida-de de ter um espaço adequado para que os artistas se apresen-tem. Contudo, aponta que viu uma oportunidade de oferecer algo de bom para a populção, assim como proporcionar um local melhor para seus dan-çarinos. “A pergunta é: por-que não fazer? Se a escola tem condições de executar e se isso será bom para a comunidade, porque não?”, ressalta.

Cristian Bernich, ex-presiden-te do Conselho de Cultura de Bento Gonçalves, questiona as

Reformas no local são realizadas por escola de dança, mas Secretário de Cultura garante que tudo está legalizado

No porão do prédio, um local foi separado para servir como camarim

Estrutura metálica foi instalada sobre o palco para sustentar a iluminação

Obras no anfiteatro geram discussãoCasa das Artes

Vitória [email protected]

modificações que estão sendo realizadas no anfiteatro. Segun-do ele, todas as alterações que precisaram ser feitas no prédio sempre passaram por licitação. “As reformas obedecem algu-mas burocracias de licitação, por menor que sejam, como por exemplo, a instalação de apare-lhos de ar condicionado. Porque essas reformas estão sendo fei-tas com um simples acordo com a Secretaria de Cultura?”, ques-tiona.

Bernich aponta ainda que não tem o conhecimento ofi-cial sobre as alterações, já que nada foi divulgado pelo Poder Público. “O arquiteto respon-sável pela Casa das Artes tem conhecimento sobre essas mu-danças? E as obras interferem na segurança dos artistas? O Corpo de Bombeiros tem co-nhecimento sobre isso? São muitos os fatores que nos le-vam a questionar a qualidade do que está sendo feito e do porquê da autorização imedia-ta da Secretaria”, afirma.

Os questionamentos também vão ao encontro dos interesses da classe artística já que, se-gundo Bernich, nem todas as instalações podem estar dentro do necessário para todos. “As modificações estão sendo feitas de acordo com o interesse do espetáculo deles e não de todos. Então o anfiteatro virou terra de ninguém? Qualquer pessoa pode chegar lá, propor mudan-ças e conseguir interferir em algo que é público? Depois que eles utilizarem tudo, as estrutu-ras ficarão lá como um presente para a comunidade? De quem será tudo aquilo?”, reflete.

O ex-presidente inclusive diz se preocupar com proble-mas futuros e com o acompa-nhamento de um profissional. Segundo ele, as reformas estão sendo feitas sem fiscalização e a escola de dança poderá con-tratar quaisquer profissionais

para realizar alterações, in-clusive na parte elétrica. “E se algo acontecer? E se a parede não for quebrada corretamen-te? A Secretaria sabe quais são os profissionais contratados para intervir no espaço?”, in-daga.

O ex-presidente do conselho destaca como positiva a atitude da escola de dança e classifica a ação como admirável. Porém ressalta que essas reformas não são de obrigação dos artistas. “Eu admiro muito a iniciativa destas pessoas que estão fazen-do isso. Se toda a classe artística tivesse essa boa vontade, talvez poderíamos conseguir mais me-lhorias com o Poder Público, sem precisar nós mesmos colo-car a mão na massa. Mas preci-samos pensar no todo e verificar que nem tudo o que é mais fácil é o correto”, finaliza.

“Não há nada de errado com as obras”

O Secretário de Cultura, Jo-vino Nolasco, aponta que a Fundação Casa das Artes não exige que as reformas passem por licitação já que as parcerias público-privadas estão dentro da Legislação. “Tudo está den-tro do que é correto. De fato, avaliamos cada detalhe antes de modificar. Um engenhei-ro da prefeitura também nos acompanhou e não vejo motivo para quest ionamentos” , justifica.

Nolasco destaca que a aber-tura da porta no palco atende, inclusive, às normas de segu-rança. De acordo com ele, tudo está consoante com as deter-minações dos Bombeiros.

O Corpo de Bombeiros infor-mou que não teve registro sobre as modificações na Casa Das Ar-tes e que qualquer alteração em estrutura metálica e intervenções como as que estão sendo feitas precisam de acompanhamento.

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Sábado, 11 de julho de 2015 19Geral

A atualização anual do nú-mero do Cadastro pelo vi-

ticultor está estabelecida na lei número 7.678, de 8 de novem-bro de 1988, em seu artigo 29º. O recadastramento habilita o produtor a vender uva para in-dústrias vinícolas. Além disso, o Cadastro Vitícola tem sido usado para auxiliar no processo de escoamento da produção por meio do ‘Prêmio para o Escoa-mento de Produto’ (PEP), uma política do governo federal ope-racionalizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), para documentação da produção em reivindicações do setor e para a pesquisa vi-tivinícola, em especial para a implementação de Indicações Geográficas. O recadastro geor-referenciado também certifica a condição de produtor rural para o caso de contratação de finan-ciamento ou de seguro agrícola, entre outros.

Para o recadastramento

Produtores podem procurar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais a partir de segunda-feira para informar os dados

Ines Fagherazzi, presidente do STR, orienta os agricultores

Recadastramento vitícola inicia dia 13Agricultura

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2015, o produtor deve levar ao Sindicato o resumo de sua produção e o Talão de Produ-tor, além do CPF e Carteira de Identidade do proprietário. O processo inicia na próxima segunda-feira, 13.

Cadastro Ambiental

Segue também em andamen-to no Sindicato dos Trabalha-dores Rurais, o Cadastramento Ambiental Rural (CAR), que todo produtor rural deve rea-lizar, segundo a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Inês Fagherazzi. O CAR é um instrumento fundamen-tal para auxiliar no processo de regularização ambiental de propriedades e posses rurais. Consiste no levantamento de informações georreferenciadas do imóvel, com delimitação das Áreas de Proteção Permanen-te (APP), Reserva Legal (RL), remanescentes de vegetação

nativa, área rural consolidada, áreas de interesse social e de utilidade pública, com o obje-tivo de traçar um mapa digital a partir do qual são calculados

os valores das áreas para diag-nóstico ambiental. Ferramenta importante para auxiliar no planejamento do imóvel rural e na recuperação de áreas degra-dadas, sendo atualmente utili-zado pelos governos estaduais e federal.

Financiamento

A partir de agora, todo agri-cultor que necessitar financia-mento do Banco do Brasil já pode fazer o encaminhamento através do Sindicato dos Tra-balhadores Rurais de Bento Gonçalves, entidade que pos-sui convênio firmado com o Banco do Brasil. Para tanto, basta comparecer na sede da entidade e será realizado o en-caminhamento de seu projeto, afirma Inês Fagherazzi. “A par-tir de agora, o produtor não vai mais direto ao banco para obter financiamento; deve vir ao Sin-dicato, retirar uma senha e pro-

ceder com todo o encaminha-mento”, ressalta a presidente.

Grito da Terra

Dia 1º de julho, no Grito da Terra Brasil, organizado pela Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag) do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Bento Gonçalves se fez presente com representação de produtores de sua área de abrangência, especialmente Pin-to Bandeira e Bento Gonçalves. “O nosso Sindicato luta e defen-de sempre o pequeno agricultor, Segurado Especial, e recomenda que se mantenha nessa catego-ria que é a que mais lhe bene-ficia, ao invés de contribuinte individual”, explica. E ressalta: “Amigo agricultor, acredite em nossa entidade porque de fato é a única entidade que está sem-pre ao seu lado para defendê-lo em todas as ocasiões”, declara.

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Sábado, 11 de julho de 201520 Geral

Comparando o valor das compras de janeiro e junho os produtos subiram R$ 2,99 e o principal responsável foi o leite

Produtos/Preços Médios jan/15 jun/15 VariaçãoÓleo de soja 900 ml R$ 2,76 R$ 3,02 9,46%Extrato de tomate 350 gr R$ 2,32 R$ 2,44 5,24%Vinagre de Vinho 750 ml R$ 2,33 R$ 2,41 3,78%Massa com ovos 500 gr R$ 1,85 R$ 2,02 8,98%Açúcar 5 Kg R$ 8,18 R$ 8,41 2,87%Arroz Tipo 1- 5 kg R$ 7,39 R$ 8,06 9,06%Feijão Preto Tipo 1- 1 Kg R$ 3,30 R$ 3,48 5,45%Farinha de Trigo Especial 5 kg R$ 8,67 R$ 9,06 4,50%Café em Pó 500 gr R$ 6,38 R$ 6,62 3,73%Ovos vermelhos 1 dúzia R$ 3,86 R$ 4,57 18,26%Leite saquinho tipo C R$ 1,82 R$ 2,29 25,93%Chuleta kg R$ 19,79 R$ 19,20 -3,01%Carne de Frango kg R$ 5,65 R$ 5,71 1,10%Total R$ 74,29 R$ 77,28 4,03%

FONTE: PROCON

Comparação entre janeiro e junho de 2015

A agricultora Lucila Poloni Rubbo considera a carne como um dos produtos mais caros do supermercado

Semestre fecha com aumento de 4%Cesta Básica

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Cristiane Grohe [email protected]

Os 13 produtos da cesta bási-ca avaliados pelo Semaná-

rio apresentaram aumento no primeiro semestre. Comparan-do o valor total de janeiro com o de junho, houve um aumen-to de 4,03%. Os itens que mais subiram foram o leite de saqui-nho tipo C (25,93%), os ovos vermelhos (18,26%) e o óleo de soja (9,46%). O produto que apresentou queda, analisando o primeiro semestre, foi o qui-lo da chuleta (-3,01%). Segun-do o economista e professor da Universidade de Caxias do Sul (UCS), Jaci Natal Tasca, o lei-te é um produto que é difícil de deixar de ser consumido. “Quem tem criança em casa sabe que não tem o que fazer”, avalia.

Já o preço da chuleta obede-ceu a lei da oferta e da procura: subiu demais, o povo substituiu por frango. “O boi custa mais para ficar no pasto do que ser abatido, para ser vendido tem que baixar o preço”, explica Tas-ca. Segundo o especialista, a re-ceita para quando um produto subir é boicotar e trocar o hábi-to. “O preço sobe porque o con-sumidor não valoriza seu salário e não pesquisa preço, ou porque todos os fornecedores subiram e têm que repassar, ou porque o estoque era alto e manteve o preço anterior aos aumentos: traduzindo, pesquisar para eco-nomizar”, afirma.

De maio para junho a cesta bá-sica subiu 1,01%. O produto que mais subiu foi o quilo do arroz (7,56%) e o litro de leite de sa-quinho tipo C (4,18%). “A cesta básica é o reflexo dos aumentos dos produtos que a compõem e é o item que reflete os aumentos da perda de poder aquisitivo da população. É um balizador da inflação”, comenta o economis-ta. O produto que mais baixou o preço no mês de junho foi o feijão (-4,64%). A safra de um dos principais alimentos prefe-ridos dos brasileiros ocorre em estados como Paraná, São Pau-lo e Minas Gerais, nos meses de junho e julho, o que faz com que os produtores precisem liberar a safra do ano passado. O período é de colheita de feijão no Paraná. Só com a safrinha, o estado deve colher 409 mil toneladas, 84 mil a mais que na safra das águas.

Em média, 30% dessa produção saem dos Campos Gerais. “Para o produtor é melhor vender o estoque por um preço menor do que manter uma safra velha e assim o valor acaba caindo para o consumidor”, analisa.

A variação de produtos en-tre um estabelecimento e outro pode pesar na hora de passar as compras pelo caixa do su-permercado. No mês de junho a maior diferença entre um lugar e outro foi do arroz com 104,41%. O maior preço encontrado foi o de R$ 10,20 o quilo e o menor preço foi R$ 5,71. Quem quer

economizar no supermercado não pode deixar de acompanhar as promoções dos principais es-tabelecimentos. “Veja encartes no jornal e sempre que possível acesse os sites dos mercados”, indica Tasca. Antes de sair às compras, pesquise os preços praticados pelos mercados em que costuma comprar e opte sempre pelo mais barato. Às vezes, vale a pena comprar car-nes em uma loja e produtos de limpeza em outra, por exemplo. “Não faça compras quando es-tiver com fome e nem quando estiver com pressa”, aconse-

lha o economista. Quem vai ao supermercado com fome tem a tendência de comprar itens desnecessários, apenas porque está com vontade de comê-los naquele momento. “Com isso, você acaba gastando mais do que devia e fugindo do que foi previsto no seu cardápio sema-nal”, lembra. Para Tasca, com planejamento e determinação, é possível aprender a economizar no supermercado uma quantia considerável nas compras.

O comerciante Jutay de An-drade, 50 anos, explica que tem um filho de três anos e meio

e assim, ele e a esposa fazem compras quase todos os dias. “Procuramos produtos frescos e temos como hábito verificar os rótulos para saber se o produto tem sódio, que costumamos evi-tar”, revela. Ele diz que costuma avaliar os preços acompanhan-do o jornal e TV. “A carne bovi-na subiu muito e algumas vezes trocamos por frango e peixe”, observa Andrade.

A agricultora Lucila Poloni Rubbo, 54, moradora de Pinto Bandeira, revela que costuma pesquisar os preços. Além disso, ela conta que cortou produtos considerados supérfluos. “Dei-xei de comprar leite condensa-do, geleias, biscoitos e sucos. Eu prefiro fazer algumas coisas em casa, que fica mais barato”, des-taca. Lucila diz que outro hábito adotado foi o de trocar a carne pelo frango. “A carne está mui-to cara”, reclama. A agricultora também considera o preço dos produtos de higiene e limpeza muito alto. “Para encontrar um preço melhor é preciso pesqui-sar e procurar por marcas mais baratas”, conta.

Cebola e loteria

Nunca foi tão caro preparar uma salada ou temperar a co-mida usando ingrediente tão comum na culinária. No mês passado, o preço da cebola fez a inflação dar um saldo conside-rável levando o consumidor lite-ralmente às lagrimas na hora de pagar a conta do supermercado.

Segundo o IBGE, o produ-to teve alta de 23,78% em ju-nho, acumulando elevação de 148,13% nos últimos doze meses. O alimento ajudou a pressionar o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, empur-rando o indicador a bater na casa dos 6,17% no primeiro semestre do ano, conforme divulgou on-tem o IBGE. Somente em junho, a inflação chegou a 0,79%, contra 0,74% de maio. É o percentual mais alto registrado para os me-ses de junho desde 1996.

Quem está acostumado a fazer uma “fezinha” em jogos de lote-ria não imagina que o aumento do preços das apostas também influenciou, e muito, a infla-ção do mês passado. Segundo o IBGE, o valor das apostas teve aumento de 30,80% em junho.

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Sábado, 11 de julho de 2015 21Geral

Educação

Olhar atento educa para vida saudávelProjeto das secretarias de Educação e Agricultura beneficia alunos do Jardim B e 2ºs anos das escolas municipais

Cleunice [email protected]

Os benefícios de uma ali-mentação saudável são

inúmeros e, se iniciados na infância, as melhorias na qualidade de vida são visíveis. A Secretaria de Educação, por meio do projeto Olhar Aten-to Ciências para Vida – Ali-mentação Saudável, reflete a importância do consumo de frutas e hortaliças na in-fância. Neste ano, além da participação dos 2ºs anos do Ensino Fundamental, foram incluídos os alunos do Jardim B da Educação Infantil.

Em parceria com a Secretaria de Agricultura e Emater, cerca de 70 professores e aproxima-damente 1400 alunos são aten-didos pelo projeto que existe desde 2013. Entre os trabalhos realizados está a visitação à feira ecológica do município e visitas de estudos às proprie-dades rurais e agroindústrias familiares. Além destas ações, o projeto também incentiva a implantação e reativação das hortas escolares, ação desen-volvida em parceria com o Ins-tituto Federal.

O projeto é coordenado pe-las professoras Adriana Razia e Marli Marangoni. De acordo com Adriana, toda semana são realizados agendamentos com as escolas. “Cada semana é uma escola diferente que está envolvi-da. Os passeios à feira acontecem nas terças e sextas-feiras”, relata.

Aprendizado para a vida

Além da alimentação sau-dável, as crianças aprendem, a cuidar do meio ambiente e das finanças. “Quando elas chegam, recebem uma sacola retornável do projeto e orien-tações sobre as especificida-des dos produtos disponíveis, além de como proceder duran-te as compras. Os produtores estão preparados para receber as crianças, que realizam com-pras em menores quantidades e gerenciam o pagamento”, ressalta Adriana. A ação conta com o apoio do Sindilojas, que oportuniza a confecção e aqui-sição das sacolas.

Outro propósito é a partici-pação da família. “Percebemos o envolvimento e pequenas ações que estão promovendo uma mudança nos hábitos ali-mentares das famílias. Os pe-quenos aprendem a gostar de alimentos saudáveis e pedem legumes e frutas nas refei-ções”, esclarece Marli.

Para a secretária de Educa-ção, Iraci Luchese Vasques, as ações possibilitam vivências significativas para a aprendi-zagem. “Elas viabilizam a rea-lização de escolhas alimentares saudáveis e contribuem para amenizar a problemática da obesidade infantil que se evi-dencia na sociedade”, reflete.

Fabiana Foppa, da Secre-taria de Agricultura, afirma que a equipe atua interme-

Estudantes aprendem sobre alimentação e como cuidar das finanças

Professores também participam de capacitação

Para envolver os estudan-tes, muitas escolas muni-cipais já participaram da iniciativa. Entretanto, para repassar os ensinamentos necessários, os professo-res também participam de encontros periódicos de formação e visitas às pro-priedades. “Abordamos este e outros temas nas conver-sas com os professores. Em maio, fomos a uma proprie-dade com os educadores para subsidiar o planeja-mento das visitas dos alu-nos”, lembra Adriana. Esta é a maneira encontrada para que os instrutores rea-

lizem o trabalho em sala de aula a partir desse processo de conhecimento e interação.

De acordo com as coor-denadoras do projeto, nes-te mês não serão realizadas visitas devido ao recesso escolar. “No mês de julho não teremos mais visitas, em virtude do período de férias. Elas serão retomadas no início do mês de agosto”, esclarece.

Na Escola de Tempo Inte-gral, no bairro São Roque, os alunos estão ansiosos para a visita, que está pre-vista para acontecer no se-gundo semestre deste ano.

diando o contato entre pro-fessores, alunos e os agricul-tores da área rural de Bento Gonçalves. “Nós, servidores, entendemos que essa é uma oportunidade de retomar o respeito e a valorização do produtor rural através des-se trabalho com as gerações futuras. A atividade feita em parceria não se restringe so-mente a uma visita: as crian-ças são inseridas na rotina de um dia de trabalho normal da propriedade rural, da agroin-dústria ou da comercialização na feira”, ressalta.

Fabiana comenta que é ne-cessário um contato prévio para agendamento e disponi-bilidade do agricultor. “Faze-mos este contato, pois sabe-mos que o agricultor precisa do tempo para se organizar e conciliar a falta de mão-de--obra e os demais compromis-sos. Nós colaboramos com a secretaria da Educação porque acreditamos no comprometi-mento do projeto em mostrar à sociedade a importância da alimentação saudável e prin-cipalmente para aqueles que a produzem”, salienta.

No ano de 2014, segundo dados da própria secretaria de Agricultura, três propriedades e três agroindústrias recebe-ram as visitas dos alunos

Atualmente, o município in-veste cerca de 94% dos recur-sos destinados à alimentação escolar em produtos oriundos da agricultura familiar.

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Sábado, 11 de julho de 201522 Regional

Um novo roteiro turístico é desenvolvido para fortale-

cer a tese de que o Rio Grande do Sul tem uma característica própria do ser gaúcho, com um posicionamento firme quando o assunto é identidade religio-sa. Pinto Bandeira apresentou na terça-feira, 7 de julho, três propostas voltadas ao turismo religioso que prometem forta-lecer a movimentação turística na Serra Gaúcha.

O secretário estadual de Tu-rismo, Esporte e Lazer, Juvir Costella, recebeu uma comiti-va de Pinto Bandeira, liderada pelo prefeito João Pizzio, idea-lizador dos projetos apresenta-dos. “Estas ações vão fortalecer ainda mais o desenvolvimento do turismo de nossa região e, por consequência, do nosso Estado, pois agregará valor ao turismo de negócios, compras e entretenimento já existentes, consolidando o nosso lugar, es-pecialmente, como um espaço de fé e de religiosidade”, expli-ca o prefeito Pizzio.

O chefe do executivo, preo-cupado com a sinalização de indicação do município nas estradas estaduais, de forma especial na região próxima da cidade, também solicitou ao secretário Costella que inter-cedesse neste assunto junto ao Departamento Autôno-mo de Estradas de Rodagem (Daer) para, juntos, busca-rem providências que permi-tam aos visitantes uma orien-tação apropriada.

“São raríssimas as placas de indicação do município que

Caminho dos Santuários reconhece capitéis do município e trajeto deve integrar também Bento Gonçalves e Farroupilha

Paixão Côrtes é convidado de honra da I Feira do Livro

Projetos apresentadosCriação do Roteiro Caminho dos Santuários, envolvendo o centenário Santuário de Nossa Senho-

ra do Rosário de Pompéia, em Pinto Bandeira, o Santuário de Santo Antônio, de Bento Gonçalves, e o Santuário de Nossa Senhora do Caravaggio, de Farroupilha;

Denominação de Estrada e/ou Rodovia da Fé, entre o Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia e o Santuário de Santo Antônio, de Bento Gonçalves, envolvendo a ERS-444 e a VRS-855 na iniciativa, permitindo que seja uma extensão da Estrada dos Romeiros, entre Farroupilha e Ca-xias do Sul;

O reconhecimento e denominação de “Cidade dos Capitéis do Rio Grande do Sul” para Pinto Bandeira, tendo em vista o número significativo destes pequenos oratórios erguidos pelos descen-dentes dos imigrantes italianos que residem em solo pinto-bandeirense. Hoje são aproximadamen-te 50 capitéis nas estradas que estão no domínio municipal e outros 40 nos pátios das residências dos moradores.

Os secretários municipais Danio Nichetti e Loris Franceschini ao lado de Juvir Costella e do prefeito João Pizzio

Pizzio foi a Porto Alegre conversar com o pesquisador e a esposa Marina

Pinto Bandeira projeta roteiro de féTurismo religioso

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Na terça-feira, 7 de julho, em Porto Alegre, o prefeito de Pinto bandeira, João Pizzio, foi recebi-do pelo folclorista, compositor, radialista e pesquisador gaúcho João Carlos Paixão Côrtes e sua esposa Marina. Na oportunida-de, Pizzio convidou oficialmen-te o casal para que participe como convidado de honra. Ele também invitou ambos para serem palestrantes da I Fei-ra do Livro de Pinto Bandei-ra, que ocorrerá de 17 a 20 de setembro.

Paixão Côrtes e Marina fi-

poderiam ter sido desenvolvi-das junto a outras existentes, no entanto, sequer foram cor-rigidas algumas que aparecem como distrito. É preciso rever isso”, comentou o prefeito.

O comprometimento do secre-tário Costella com as solicitações foi imediato, colocando a equipe técnica da Secretaria para ini-ciar um planejamento. “Vamos apoiar desenvolvendo estudos sobre cada questão apontada. Vamos trabalhar juntos nestas propostas em busca de resulta-dos significativos em médio e longo prazo”, enfatiza Costella.

Ele estará em Pinto Bandeira nas comemorações do cente-nário do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Pom-péia. “É um compromisso que assumi com o prefeito Pizzio. Estarei lá em 11 de outubro, no domingo, para este momento especial”, ressalta.

O secretário solicitou uma audiência com o superinten-dente do Daer e com o secre-tário de Transportes do Esta-do, Pedro Westphalen, para tratarem sobre a sinalização pertinente ao município. “Estive em Pinto Bandeira e percebi que a indicação do município está aquém do ne-cessário”, finaliza.

Os Reitores dos Santuários de Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, Santo Antônio e de Caravaggio, padres Luiz An-tonio Mascarello, Ricardo Fon-tana e Gilnei Antônio Fronza, respectivamente, enviaram ofício ao prefeito Pizzio solici-tando a inclusão no Projeto.

caram felizes ao receber o convite. “Fico muito feliz em receber o prefeito aqui. Con-versamos sobre o trabalho de-senvolvido na cidade que tem grande importância na histó-ria do Rio Grande do Sul. En-tre outros assuntos importan-tes tratados aqui, lembramos da importância de Rafael Pin-to Bandeira que foi soldado, sargento, capitão, comandan-te e a presença dele foi impor-tantíssima para a reconquista desta terra rio-grandense”, re-lembra Paixão Côrtes.

O pesquisador destacou ainda a importância do co-mandante que passou a ser presidente do Estado. “Ele foi a única figura que foi a Por-tugal e recebeu as homena-gens de general português e brasileiro. Tenho consciência da realidade da produção do município e a sua representa-ção social e cultural. Vou fa-zer o possível para estar com os amigos em Pinto Bandeira neste momento importante para manter sempre viva a história e a cultura”, finaliza.

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Sábado, 11 de julho de 2015 23Regional

A Comunidade São Paulo, na Linha Paulina promove ama-nhã, 12, a festa em honra a Nos-sa Senhora do Carmo. A festivi-dade inicia às 10h30min, com a celebração de missa que terá a participação do coral Caminhos de Faria Lemos.

O segundo fim de semana do Melhor Festival Gastronô-mico da Serra Gaúcha, o Fes-tiqueijo, em Carlos Barbosa será marcado pela realização de competições. O 26º Tor-neio de Bochas ocorre hoje, 11, e amanhã, 12, a partir das 9h30min, no Clube União Cruzeiro Rio Branco.

O CTG Trilha Serrana pro-move também hoje e amanhã, o 21º Torneio Aberto de Tru-co Cego. Os jogos iniciam às 13h30min, na entidade e con-tará com 60 trios.

Para a quarta-feira, 15, acontece mais uma edição do Festiqueijo da Terceira Idade, organizado pela Diretoria da Política Municipal do Idoso.

O 4º Campeonato Municipal de Futsal de Pinto Bandei-

ra conta nessa edição com a participação de oito equipes na categoria Livre, e seis times na categoria Veteranos. A compe-tição é organizada pela Prefei-tura de Pinto Bandeira.

A diretora de Esportes e La-zer, Sabrine De Toni, explica que os jogos são disputados todas as sextas-feiras, e duas quintas-feiras. Os jogos ocor-rem no ginásio do Clube Rosá-rio, na Linha Brasil e na Linha 40. No total, a competição terá 17 rodadas.

A 5ª rodada acontece na quinta-feira, 16 de julho, na Linha Brasil, com os jogos dos Veteranos. A primeira disputa da noite será às 19h30min, en-tre São Gabriel e Cave Geisse; após se enfrentam Rosário e São Marcos. O último confron-to da noite será Santa Cruz e Nacional do 28.

Escolinha

As crianças e adolescentes também são incentivadas pela Coordenadoria de Esportes e

Competição conta com 17 rodadas para as categorias Livre e Veteranos

Comunidade São Paulo realiza festa amanhã

Atrações diversificadas no Festiqueijo

Terceira idade terá um evento especial na próxima quarta-feira, 15

Diretora de Esportes, Sabrine De Toni, explica os novos projetos

Veteranos

Livre

Locais dos jogos

São Gabriel, Cave Geisse, Rosário, São Marcos, Santa Cruz e Nacional do 28.

Unidos da Serra, Nacional do 28, Ducks, Excluídos, Ro-sário, São José, São Marcos e São Gabriel.

Clube Rosário, na Linha Bra-sil e na Linha 40

Município promove 4º Campeonato de Futsal

Linha Paulina

Carlos Barbosa

Pinto Bandeira

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Estefania V. [email protected]

Lazer do Município a pratica-rem esportes. Sabrine relata que aos sábados pela manhã é desenvolvida a Escolinha Des-portiva nas modalidades de futsal e futebol, além de recre-ação. Hoje são atendidos apro-ximadamente 60 alunos das redes municipal e estadual de ensino, de 4 a 15 anos. As ati-vidades são desenvolvidas no campo e no ginásio do Rosá-rio. “Estamos aguardando para implantar a ginástica, porém dependemos de algumas libe-rações burocráticas”, revela. O projeto prevê a realização des-ta oficina nas quartas-feiras.A Escola Estadual de Ensino

Fund. Prof. Angelo Chiamolera de Faria Lemos, localizada no distrito de Faria Lemos comple-tou 74 anos conforme Decreto de Criação nº 287 de 3 de julho de 1941. Também foram come-morados os 123 anos de história conforme o ano de 1892.

Para celebrar o aniversário, os alunos prestaram homena-gens ao colégio com a apresen-tação de atemos alusivos à data.

Escola Angelo Chiamolera festeja 74 anos de criação

Alunos realizaram apresentações alusivas ao aniversário da instituição

Faria Lemos

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Ainda, foi realizada uma missa em ação de graças na Igreja Matriz de Faria Lemos. Duran-te as comemorações, o diretor Carlos Baggio ressaltou o em-penho e dedicação a todos os professores e funcionários que passaram pela escola e a todos que atuam atualmente na insti-tuição. Além dos alunos e pais que colaboram para o êxito das atividades desenvolvidas pela instituição de ensino.

A Câmara de Indústria e Co-mércio de Garibaldi (CIC) irá sediar na quinta-feira, 16, a pa-lestra sobre o Sistema Público de Escrituração Digital (Sped Fiscal – Legislação Aplicável para 2015 e 2016). O evento, que acontece a partir das 19h, é promovido pelo Conselho Re-gional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRCRS), inte-grando o Programa de Fiscali-

zação Preventiva – Educação Continuada 2015.

As vagas são limitadas, sen-do que as inscrições, gratui-tas, devem ser feitas exclusi-vamente no site do CRCRS no endereço http://www.crcrs.org.br/sped-fiscal-legislacao--aplicavel-para-2015-e-2016. A organização sugere a do-ação de produtos de higiene pessoal ou enlatados.

CIC sedia palestra sobre Sped Fiscal na quinta-feira

Garibaldi

A programação conta tam-bém com o almoço às 12h. O evento está sendo organizado pelos festeiros: Renato e Deni-se Zaccaron; Edenir e Marinez Scarton; Ademir Zanchetta e Janussa Kronhardt; e Arlei e Melissa Paloschi.

Cerca de 1.200 idosos são es-perados no evento.

Já o 1º Pedal Festiqueijo acontece no dia 19 de julho. A

saída será no Parque da Esta-ção, às 9h. A atividade conta-rá com as categorias inician-te, intermediário e pró.

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Sábado, 11 de julho de 201524 ObituárioFalecimentos

ARLINDO FRANCISCO BALZAN, no dia 01 de Julho de 2015. Natural de Nova Araça, RS, era filho Antonio Balzan e Tranquila Dal Prá de e tinha 76 anos.

ARLINDO PATZLAFF, no dia 30 de Junho de 2015. Natural de São Vendelino, RS, era filho de Reynaldo Guilherme Patzlaff e frida Rauschkolb e tinha 75 anos.

JOSE OEMAR DE LIMA TATIM, no dia 02 de Julho de 2015. Natural de Camargo, RS, era filho de Jose Tatim e Dorvalina Ferreira de Lima e tinha 52 anos.

VANDERLEI FURLANETTO, no dia 03 de Julho de 2015. Natural de Santa Tereza, RS, era filho de Ermindo Furnaletto e Zuleide Damiani Furnaletto e tinha 45 anos.

RAIMUNDO POSTAL, no dia 03 de Julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Ricardo Postal e Natalia Conci Postal e tinha 72 anos.

VITALINO MORANDI, no dia 04 de Julho de 2015. Natural de Aratiba, RS, era filho de Felice Morandi e Lúcia Dociatti Morandi e tinha 72 anos.

JUCELINO GIROTTO, no dia 05 de Julho de 2015. Natural de Santa Tereza, RS, era filho de João Girotto e Fortunatta Arcangela da S. Girotto e tinha 54 anos.

LAURO CLAUDIO FRIDERICHS, no dia 04 de Julho de 2015. Natural de Não-Me-Toque, RS, era filho dE Carlos Osvaldo Friederichs e Herminia Friederichs e tinha 63 anos.

NORBERTO IVAN TOSI, no dia 04 de Julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Jandyr Tosi e Elma Cappelli Tosi e tinha 49 anos.

ALFREDO BOMBASSARO, no dia 06 de Julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Augusto Bombassaro e Ulicia Eitelven e tinha 82 anos.

GERMANO DOMINGOS TARSO, no dia 05 de Julho de 2015. Natural de Pinto Bandeira - Bento Gonçalves, RS, era filho de Francisco Tarso e Elisabeta Greggio e tinha 86 anos.

NAURO JOSÉ BOLSON, no dia 05 de Julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Victório Bolson e Francelina da Rosa Bolson e tinha 59 anos.

ZENONEPAWLAK, no dia 05 de Julho de 2015. Natural de Casca, RS, era filho de Francisco Pawlak e Cecilia Czarnobai Pawlak e tinha 71 anos.

JONATHAN MARTINS, no dia 06 de Julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de José Jamandro Mota Martins e Isandra de Fátima Scalcon da Silva e tinha 16 anos.

PATRICIA APARECIDA SIQUEIRA, no dia 07 de Julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Daltro Zuffo Siqueira e Marli Teresinha Lacerda Siqueira e tinha 32 anos.

ELZA ENOEMES COMPARIN FRACALOSSI, no dia 07 de Julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Victorio Comparin e Gloria Barretti Comparin e tinha 86 anos.

PEDRO CÉSAR MARCON, no dia 08 de Julho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Danillo Mario Marcon e Geni Machado Medina e tinha 56 anos.

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Sábado, 11 de julho de 2015 25Segurança

Perseguição no Botafogo

Ação rápida da BM também apreendeu um simulacro de arma de fogo

Leonardo [email protected]

Uma ação rápida da Brigada Militar (BM) prendeu dois

jovens depois de um roubo a pedestre no bairro Santa Mar-ta na noite de quinta-feira, 9 de julho. Após perseguição, a prisão foi efetuada na BR-470, no acesso ao bairro Pomarosa.

Conforme a ocorrência poli-cial, o crime ocorreu por volta das 19h40min. Uma viatura do Pelotão de Operações Es-peciais (POE) foi acionada e localizou uma motocicleta com dois tripulantes em atitude suspeita no bairro Botafogo. Foi tentada a abordagem, po-rém os suspeitos empreende-ram fuga e efetuaram diversas infrações de trânsito, como avançar o sinal vermelho e tra-fegar na contramão.

Na Estrada da Vindima, o motociclista acabou perden-do o controle do veículo e caiu em um desnível da estrada. Os suspeitos ainda tentaram fugir correndo, porém foram deti-dos pelos policiais militares. Foram apreendidos um simu-lacro de arma de fogo (seme-lhante a uma pistola preta), R$ 300, um celular, um canivete e uma porção de maconha pe-sando 1,7 gramas.

A vítima do ataque reconhe-ceu os acusados e os objetos apreendidos. Douglas Pedroso dos Santos e William dos San-

Dupla é presa após roubo a pedestre no Santa Marta

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Douglas P. dos Santos e William dos Santos foram presos em flagrante

tos, ambos de 18 anos, foram presos em flagrante e apresen-tados à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

O delegado Álvaro Pacheco Becker, titular da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), especia-lizada no combate a roubos, espera que esta prisão auxilie

Garibaldi

Plantão

Adolescentes apreendidos por tráfico em escola

A noite de quinta-feira, 9 de julho, reservou mais uma evi-dência do grave problema de drogas que as escolas da região estão vivendo. Dois adolescen-tes foram apreendidos por ven-der crack dentro do colégio At-tilio Tosin, em Garibaldi.

Conforme as informações da Brigada Militar, um funcioná-rio da instituição teria flagrado o ato ilícito nas dependências do estabelecimento de ensino da rua Café Filho, no bairro São Francisco, e acionado a polícia. Por volta das 20h40min, os alu-nos suspeitos foram revistados e 29 pedras de crack e R$ 70, oriundos da venda da droga,

Foram apreendidas 29 pedras de crack e R$ 70, oriundos da venda

foram apreendidos. A dupla foi conduzida à delegacia de polícia para os devidos procedimentos.

Um indivíduo de 36 anos foi preso em um flagrante de tráfico de drogas no bairro Juventude na tarde desta quarta-feira, 8 de julho. O Pelotão de Operações Especiais (POE) realizava patrulhamento pela rua Livramento, por volta das 14h30min, quando suspeitou do acu-sado. No momento da abordagem, o indivíduo deixou cair a droga no chão. Foram apreendidos 12,8 gramas de cocaína, R$ 50 em dinheiro e celulares.

Mais um roubo contra restaurantes foi registrado no bairro Cidade Alta na noite de terça-feira, 7 de julho. Este é o sexto crime deste tipo catalogado nos últimos dois meses. A Brigada Militar monitora a ação de um grupo especilizado na região.

Conforme a ocorrência policial, a ação ocorreu por volta das 22h35min em uma pizzaria da rua Visconde de São Gabriel. Três indivíduos encapu-zados e armados com revólver e pistola invadiram o estabelecimento. Eles roubaram o dinheiro do caixa, um notebook e um telefone celular. Após o crime, os suspeitos fugiram em um Gol de cor verde.

Homem é preso por tráfico no Juventude

Cidade Alta tem novo ataque a restaurante

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no esclarecimento de outros crimes. A autoridade policial convidou outras vítimas para realizar o reconhecimento dos acusados, da motocicleta e dos capacetes apreendidos. Os dois jovens foram recolhidos no Presídio Estadual de Bento Gonçalves.

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Sábado, 11 de julho de 201526 Segurança

Latrocínio

Estudante é morto na volta pra casaMateus Marchiori foi assassinado com golpe de faca por grupo de cinco adolescentes que queria roubar seu celular

Leonardo [email protected]

A violência das ruas chocou mais uma vez a comunidade

de Bento Gonçalves. O estudante Mateus Henrique Greselle Mar-chiori, de 17 anos, foi morto com uma facada quando voltava para casa na noite de quinta-feira, 9 de julho. O crime ocorreu por vol-ta das 11h, na rua Carlos Dreher Neto, no bairro Vila Nova. A mo-tivação? Um roubo de celular. A explicação? Usuários que preci-savam de qualquer valor ou obje-to para trocar por drogas.

É uma história repetida, afinal o tráfico de entorpecentes está presente em quase todos os as-sassinatos do município. Porém, desta vez é ainda mais difícil de aceitar porque a vítima era um inocente. A família, os vizinhos, os colegas e professores, todos são unânimes em dizer que Marchiori era um jovem pacato, que não fazia mal a ninguém e sonhava com um futuro melhor.

“Eu não me conformo, não aceito, pois ele era guri inocente. Inocente até demais. De manhã trabalhava, a tarde ficava comigo

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Jovem de apenas 17 anos foi atacado quando caminhava pela rua Carlos Dreher Neto, no Vila Nova

e mexia no computador e a noi-te estudava. Ele não era de sair, nunca foi malandro, nunca foi numa balada, nem nunca bebeu um copo de cerveja. Ele até acon-selhava os irmãos mais velhos. Nunca fez mal a ninguém, pode perguntar para qualquer um. Era o meu caçulinha”, lamenta a mãe Lúcia Gresele Marchiori.

Marchiori fazia estágio como Menor Aprendiz e estudava a noite no Colégio Estadual Lan-dell de Moura, no Planalto. Era

reconhecido como um aluno esforçado que sonhava em fa-zer Ensino Superior, apesar de saber das dificuldades de um jo-vem de periferia em prosperar.

Um percursoperigoso

A proximidade com o bairro Eucaliptos, conhecido por seus pontos de tráfico, atemoriza o Colégio Landell e seus alunos. É fato notório que usuários de dro-

gas circulam pela região e fazem dos alunos alvos de roubos. Em junho do ano passado a diretora Vanise Marconi acionou a Bri-gada Militar após 14 alunos re-latarem assaltos. O problema foi abordado na edição do Semaná-rio no dia 28 de junho de 2014.

Medidas foram tomadas e o número de crimes diminuiu, porém nunca cessou. Marchiori, inclusive, já havia sido assaltado no ano passado. A partir daquele ataque, um irmão o buscava na

saída do colégio. Porém, quando a carona não estava disponível, o estudante procurava colegas para não voltar sozinho.

Foi o que aconteceu nesta trá-gica quinta-feira. Por volta das 22h40min, Marchiori descia do bairro Planalto em direção ao Vila Nova II com dois colegas quando foram abordados por cinco adolescentes na esquina da avenida Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco com a rua Carlos Dreher Neto.

Os delinquentes queriam os celulares das vítimas. Duran-te a ação criminosa, Marchiori acabou atingido por um golpe de faca no tórax. O estudante ainda caminhou alguns me-tros antes de cair. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-cia (Samu) foi acionado, porém só pode constatar o óbito.

A Brigada Militar isolou o local do crime até a realização de pe-rícias. Inconformados, os irmãos da vítima ajudaram os policiais na procura por suspeitos. Buscas foram feitas e um adolescente de 16 anos foi apreendido e encami-nhado à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA).

Este foi o primeiro latrocínio (roubo com morte) registrado em Bento Gonçalves neste ano. Este é um crime que assusta justamente por vitimar qual-quer um e, geralmente, inocen-tes. Por isso, os esforços da Bri-gada Militar e Polícia Civil para dar uma resposta contundente ao crime desta quinta-feira.

Na manhã do dia seguinte, o delegado Álvaro Pacheco Be-cker, titular da 2ª Delegacia de Polícia (2ª DP), especializada no combate aos roubos, já ti-nha identificado cinco suspei-tos da morte do estudante. “Foi praticado por cinco adolescen-tes e um deles já está apreen-dido. Inclusive, já tinha contra ele uma medida de internação. Temos a identidade dos outros menores e iremos tomar as de-vidas providências nos próxi-mos dias”, relata.

A motivação do crime, no-vamente, aparenta ser o vício

Tráfico de drogas é pano de fundo de outro crime

Tristeza e clamor por segurançaA manhã de sexta-feira, 10

de julho, no Colégio Estadual Landell de Moura foi triste. O assassinato do colega Mateus Marchiori, chocou a todos. Com cartazes de luto, alunos, professores e direção realiza-ram um protesto silencioso clamando por segurança e ho-menageando a jovem vítima.

Quem o conhecia, descre-veu Marchiori como um jovem pacato e uma boa companhia. “Ele era quieto e sempre de boa. Nunca se meteu em confusão. É muito triste. Ele era um baita amigo. Acho que teve a má sor-te, pois ladrão pega qualquer um. Mas morrer deste jeito é in-dignante. Difícil de acreditar”, lamenta Gustavo Schneider, de 16 anos, que estudou junto com Marchiori desde a sexta série do Ensino Fundamental.

Os professores descreveram Marchiori como um aluno es-forçado que sonhava em cursar o Ensino Superior. “Algumas vezes conversamos, ele ainda

Aulas do Colégio Landel de Moura foram paralisadas em protesto

não sabia qual faculdade cur-sar, mas gostava da área de informática e computação. Ele sempre falava das limitações, porque às vezes o sonho é um, mas a condição para alcançar é outra”, relata a professora de História, Geila de Oliveira.

A direção lamentou o ocorrido e a insegurança vivida no entor-

no do colégio. “O Mateus era um menino extraordinário, dedicado e esforçado nas suas limitações. Vai deixar muitas saudades. Nos entristece mais ainda porque quarta-feira começamos um pro-jeto novo (contra a violência e as drogas). Não tenho nem palavras para dizer o que estamos sentin-do”, acrescenta a diretora Vanise.

em drogas. “Para fazer um tipo de crime assim, ou se está sob efeito de droga ou a procura de algum objeto para trocar pela droga. Entendo que, no fundo, a droga está presente em mais um crime em Bento Gonçal-ves”, afirma o delegado.

Comentários externos apon-tavam que a vítima teria rea-gido ao assalto. Porém, a au-toridade policial rechaçou esta possibilidade. “Esta versão não procede. Segundo informa-ções, o autor da facada chegou de supetão na vítima, já dando este golpe que culminou na sua morte”, comenta.

O delegado Álvaro Becker confirmou que Marchiori não possuía nenhuma passagem pela polícia. Já o adolescente de 16 anos que foi apreendido pela BM já possuía mandado de internação por um roubo an-terior. Ele seria encaminhado para o CASE em Caxias do Sul.

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Sábado, 11 de julho de 2015 27Segurança

Combate às drogas

Hora de reagir e fortalecer escolasProjeto da 16ª CRE reúne BM e rede de proteção para combater a drogadição, que chega a afetar 50% dos alunos da noite

Leonardo [email protected]

Novamente as drogas ser-viram como pano de fun-

do para uma morte. A vítima desta quinta-feira, 9 de julho, foi um estudante do Colégio Estadual Landell de Moura. Por ironia do destino, um dia antes, a escola era pioneira em um projeto que busca fortale-cer a rede de proteção à juven-tude e combater o problema de drogas nas escolas. No turno da noite, o índice de alunos usuários chega a 50%.

Na noite de quarta-feira, 8 de julho, os pais foram convo-cados para um encontro com a Brigada Militar, que teve a pre-sença do Ministério Público, da 16ª Coordenadoria de Edu-cação (16ª CRE) e do Conse-lho Tutelar. O Colégio Landell foi escolhido para iniciar este projeto justamente pela pró--atividade de sua diretora em combater problemas. “É uma demanda que várias escolas es-tão pedindo, mas escolhemos por unanimidade o Landell para iniciar, justamente por ser um local que está em cons-tante contato conosco, buscan-do soluções”, explica Rosane Machado, assessora pedagógi-ca da 16ª CRE.

De acordo com as infor-mações da Coordenadoria, a maioria dos colégios de Bento Gonçalves está sofrendo com o problema de drogadição, al-

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Capitão Diego Caetano solicita a colaboração dos pais de alunos para o combate ao uso de drogas nas escolas

guns alcançando índices de 50% de alunos usuários no tur-no da noite. “ O problema está no entorno de todas as esco-las, não é exclusivo do Landell ou da rede estadual. Estamos pensando soluções em con-junto, pois a escola sozinha está ficando dificil. Precisamos unir forças, porque esta é uma questão que está se agravando e a sociedade tem que se me-xer. É um problema social”, acrescenta Margarete Bottega Tomasini, coordenadora ad-junta da 16ª CRE.

Presente no encontro, o pro-motor da Vara da Infância e Juventude, Élcio Resmini de Menezes, ficou surpreso com

o alto índice de alunos usuá-rios, porém ressaltou que esta é uma batalha antiga da rede de proteção. “A droga está em todos os lugares e o colégio virou um lugar seguro (para o consumo), infelizmente. Se es-tiver usando droga na rua ou qualquer outro espaço público, como uma praça, (este jovem)pode ser interceptado (pela polícia). Mas dentro da escola existe uma circunstância que parece de proteção para quem faz uso. E, evidentemente para quem quer vender, porque ali está um grupo bem significati-vo de jovens”, aponta.

O promotor alerta que este é o primeiro passo que desenca-

deia um processo de violência. A droga está diretamente liga-da com os índices crescentes de violência. “O que se vê de aumento de criminalidade, mesmo para adolescentes, onde o Ministério Público é chamado para intervir em questões de atos infracionais, tem muito a ver com os entor-pecentes, pois a juventude que está nesse caminho acaba co-metendo furtos e roubos para sustentar o próprio vício e, muitas vezes, sustentar o trá-fico. Por esta razão vejo inicia-tivas com esta, que pretendem fazer aproximação da família com o ensino, como muito bem-vindas”, resume.

Educação e escolarização

Em sua apresentação para os pais de alunos do Landell, o primeiro encontro de uma série que deve chegar nas pró-ximas escolas em breve, o capi-tão Diego Caetano, do 3º Bata-lhão de Policiamento de Áreas Turísticas (3º BPAT), fez ques-tão de ressaltar a importância da participação e da autorida-de dos pais. “A Brigada Militar, ou os professores não podem ser a primeira autoridade na vida de seus filhos”, alerta.

O oficial procurou destacar que às instituições de ensino cabe a escolarização, com a transmissão de conhecimen-tos e apresentação de um meio social aos jovens. Já tarefa de educação, que seria a formação de uma pessoa, com transfe-rência de valores e princípios, é tarefa da família em primeiro lugar. O Poder Público apare-ceria de forma secundária.

O problema constatado é que muitos pais abandonam seus filhos. “Os pais ajudam muito pouco. Os que vêm são sempre os mesmos. De um universo de 500 alunos, o que tínhamos (de pais) hoje não representa nem 10%. Precisamos desta ajuda, desta participação, que eles saibam onde o jovem vai e o que está fa-zendo. Pois, no rumo que está, são os bons (alunos) que acabaram não vindo mais (para a escola)”, lamentou a diretora Vanice.

Proerd é esperança na formação

Formatura de 473 crianças lotou o auditório da Casa das Artes

A Brigada Militar já partici-pa nas escolas com o Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência (Proerd), que tem por objetivo ensinar aos alunos do Ensino Funda-mental a não se envolverem com as drogas e outras situa-ções de violência. Nesta quinta--feira, 9 de julho, 473 crianças receberam o diploma e meda-lha de participação no projeto, realizado em parceria com a Prefeitura e o Poder Judiciário.

As aulas são ministradas por PMs fardados, durante um se-mestre letivo, em diversos colé-gios do município que têm inte-resse. “Falamos com os alunos

sobre o álcool, maconha, o ci-garro, sobre os malefícios dessas drogas na vida deles. O foco prin-cipal é para o 5º ano, pois nessa idade a percepção deles sobre o mundo lá fora é maior. Sendo assim eles têm uma consciência maior sobre os riscos de experi-mentar as drogas”, explica solda-do Barbosa, um dos instrutores.

Nas aulas, os policiais profes-sores buscam desfazer a ima-gem de que a Brigada Militar faz apenas a repreensão. “Tentamos passar ao máximo para as crian-ças que o policial é um amigo de-les. No primeiro encontro todos ficam sérios e têm medo de nós, justamente pelos pais incutirem

uma ideia na cabeça deles, como ‘coloca o cinto se não a polícia te pega’. Precisamos mudar essa ideia e mostrar que estamos para ajudar”, afirma Barbosa.

A cerimônia desta semana lotou o Auditório Ivo Antônio Da Rold, na Fundação Casa das Artes, em uma festa de cidada-nia. “Esse programa vai além dos objetivos estipulados, pois alcança o âmbito familiar. O jo-vem leva os conhecimentos que adquiriu e os repassa a toda sua família e hoje temos o melhor exemplo disso, com a grande participação dos pais”, destaca o major Álvaro Martinelli, co-mandante do 3º BPAT.

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Agachamento

Os benefícios para o corpo e para a saúde

Saúde & Beleza

CDL Jovem

Entidade traz a Bento Frei Jaime Bettega

Empresas & Empresários

Projeto prevê criação do

Roteiro da FéPágina 22

A Edição www.jornalsemanario.com.br56 páginas

Primeiro Caderno ......................28 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .........................8 páginasEmpresas & Empresários ...........4 páginasEsportes....................................4 páginas

BENTO GONÇALVESSábado11 DE JULHO DE 2015ANO 48 N°3146

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Pinto Bandeira

VOLTEN

CIR FLECK, DIVU

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