10/07/2015 - Saúde - Edição 3.146

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Reprodução Bento Gonçalves Sábado | 11 de julho de 2015 Mudar a alimentação também ajuda a eliminar o desconforto causado pela retenção de líquidos O uso demasiado do smartphone e a postura inadequada podem causar diversas tensões Página 3 Página 8 Acabe de uma vez com a retenção de líquidos Evite problemas de saúde

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Bento GonçalvesSábado | 11 de julho de 2015

Mudar a alimentação também ajuda a eliminar o desconforto causado pela retenção de líquidos

O uso demasiado do smartphone e a postura inadequada podem causar diversas tensões

Página 3

Página 8

Acabe de uma vez com a retenção de líquidos

Evite problemas de saúde

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A Biópsia é um procedimen-to de diagnóstico que envolve a remoção de uma amostra to-tal ou parcial do tecido, células ou líquido para exame sob um microscópio em um laboratório de patologia. A observação mi-croscópica mostra se o tecido ou células são normais ou se fazem parte de um tumor, permite de-terminar a natureza do tumor, isto é, se tem características ou não de malignidade, bem como identificar o tipo de tumor em causa e avaliar sinais de pos-sível disseminação para outras partes do corpo. Além disso, po-dem ajudar a identificar outras condições tais como infecções e desordens autoimunes.

Existem vários tipos de bi-ópsia, cuja utilização é feita em função do tecido ou órgão que se pretende estudar;

Função aspirativaConsiste em introduzir uma

agulha muito fina em um nó-dulo para retirada de material para análise. Geralmente é in-dicada para pesquisa em nódu-los de tireoide, mama e linfono-dos aumentados.

Biópsia excisional e incisional

A remoçãodo tecido pode ser feita através da retirada total do tumor, sendo chamada de excisional. Se apenas uma par-te do tumor for removida, é cha-

O que é biopsia?

Texto: Saint Gallen Instituto de Oncologia.

Dra Sheila Calleari MarquettoOncologista Clínica - CRM 30776

Fonte: Folha do Mate

mado de técnica incisional.

Biópsia externaFeita na pele ou nas muco-

sas, sob anestesia local.

Biópsia endoscópicaRealizada por meio de um

endoscópio de fibra óptica ( em tubo fino com um telescópio de foco em sua ponta) inserida através de um fio orofício na-tural (como por exemplo o reto) ou uma pequena incisão (por exemplo, artroscopia).

Biópsia de medula ósseaÉ a coleta de uma amostra de

medula do osso, geralmente da bacia. Indicada para situações em que se pesquisam doenças do sangue – tanto benignas quanto malignas – ou quando há suspeitas de que a medula óssea esteja invadida por um tumor.

Biópsia de linfonodo sentinela

Indicada para detectar me-tástases em quadros de câncer de mama e de pele. É baseada na ideia de que os tumores se espalham (metástases linfáti-cas) de forma ordenada a partir do tumor primário para os lin-fonodos sentinelas e então para outros linfonodos mais distan-tes. A informação ajuda o mé-dico a determinar o estágio da doença e traçar o melhor plano

de tratamento.Muitas vezes para que a co-

locação da agulha seja o mais precisa possível, a biópsia pode ser guiada por ecografia, tomo-grafia, raio x ou ressonância magnética.

A preparação para este tipo de procedimento dependerá do tipo de biópsia a ser realizado. Assim, enquanto que para uma biópsia cutânea ou muscular não há que ter nenhum cuida-do particular no que respeita à alimentação, para uma biópsia que implique um procedimento cirúrgico maior, onde é necessá-rio anestesia geral, será preciso fazer jejum. No caso de uma bi-ópsia que se realize no decurso de uma colonoscopia a prepa-ração consiste em restrições alimentares e na utilização de laxantes e clisteres de limpeza.

No que tange a anestesia, apesar de ser um procedimento cirúrgico, geralmente a biópsia é bem simples e exige somente anestesia local.

Não há o que temer quando seu médico solicitar este tipo de procedimento. A biópsia é uma grande ferramenta que colabo-ra com os diagnósticos e evita riscos desnecessários.

É feita a partir do tecido ou órgão que se pretende averiguar

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Fonte: minhavida.com.br

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Elimine o inchaço com mudanças na alimentação

O inchaço pode ter muitas causas e ser inclusive sintoma de muitas doenças. Mas uma das principais razões para o in-cômodo é manter uma rotina de maus hábitos alimentares. Uma das causas é a retenção de lí-quidos, provocada pelo acúmulo excessivo de água no organismo, o que leva ao inchaço principal-mente na barriga, pés, mãos, co-xas, tornozelos e mamas. Outra

causa de inchaço é a flatulência, gerada pelo acúmulo de gases no corpo, e a prisão de ventre, que pode formar aquela barriguinha indesejada. Mas com os ajustes certos no cardápio é possível eli-minar o desconforto. Veja logo abaixo quais sãos mudanças simples na alimentação para eli-minar o inchaço.

Uma das principais razões para o incômodo é manter uma rotina de maus hábitos alimentares

Refrigerantes e outras bebidas gaseifi-cadas devem ser evitadas por quem sofre de inchaço. Esse gases dilatam o estômago, causando desconforto e a sensação de que estamos cheios. Ela ressalva que esses ga-ses proporcionam um inchaço temporário, que apenas agravam os sintomas que já so-frem com o problema. No entanto, os refri-gerantes são ricos em sódio, outro vilão da barriga inchada. Para evitar esses efeitos, prefira sucos e água sem gás.

Alimentos com muito sódio seguram a água no corpo, promovendo a retenção de líquido e causando a sensação de inchaço. Dessa forma, o recomendado é não acrescentar sal a refei-ções prontas e evitar a ingestão de alimentos in-dustrializados (biscoitos, sopas, macarrão instan-tâneo), embutidos e con-servas.

Uma dieta rica em fibras vai contribuir para o inchaço quando a ingestão de líquido não for adequada. Isso porque o excesso de fibras irá se concentrar no intestino e levar à pri-são de ventre, outro agente causador de inchaços. Quando o consumo de fibras e líquidos está equilibrado, o efeito é inclu-sive contrário, favorecendo o trânsito intestinal e eliminando os inchaços. A quantidade mínima de fibras recomendada é de 30g por dia, combinada com a ingestão de dois litros de água em média. As fibras são encontradas em cereais, fare-los, alimentos integrais, frutas e verduras.

Além de nos deixar com aquela sensação de “estômago cheio”, o que já é desconfor-tável, exagerar nas refeições pode contribuir para o inchaço porque sobrecarregam o trato gastrointestinal, dificultando a digestão. Grandes refeições também podem distender nos-so estômago, causando um efeito parecido com o de ingerir bebidas gaseificadas.

Comer depressa faz com que você não mastigue direito os alimentos, atrapa-lhando a digestão. Isso fará com que o bolo fecal chegue ao intestino sem estar adequadamente digerido, prendendo o intestino e causando o inchaço.

Proteínas com menor teor de gordura, como ovos, queijos magros, carne branca (aves e peixes) e soja podem agir como um diurético natural, ajudando o corpo a eliminar o excesso de água. A água vai para onde ela é mais necessária, ou seja, onde tem menos, que é o caso das proteínas. Para serem digeridas, as proteínas geram subprodutos tóxicos ao organismo, como creatinina e ureia, que precisam ser elimina-dos pela urina, outro fator que pode ajudar a aliviar a retenção de líquidos. No entanto, é importante uma alimentação equilibrada e sem exageros, já que excesso de proteínas levará a superprodução desses componentes, que podem intoxicar o organismo.

Noites de sono tranquilas dão

mais disposição

Pratique exercícios físicos

regularmente

Certos alimentos são mais difíceis para o nosso corpo que-brar e digerir, havendo a necessidade de o intestino fermentá--los para facilitar sua absorção. Essa fermentação tem como resultado a produção de gases, que podem levar ao inchaço. Brócolis, repolho, couve-flor, couve-manteiga, couve de bru-xelas, batata doce, ovo, feijão e leguminosas no geral, cebola, leite e alimentos ricos em açúcar são os maiores causadores de flatulência.

Apesar de favorecerem o inchaço, esses alimentos não devem ser eliminados da alimentação, pois são ricos em nutrientes e contribuem para uma dieta saudável. No entanto, pessoas que sofrem com flatulências devem moderar o consumo desses ali-mentos, visando melhorar a sensação de inchaço.

Fuja dos alimentos produtores de gás

Mastigue bem os alimentos

Incorpore proteínas magras à dieta

Equilibre fibras e líquidos

Não exagere nas refeições

Reduza o sódio do cardápio

Evite bebidas gaseificadas

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A doença, também conhe-cida como dismorfofobia (ou transtorno dismórfico corporal – TDC), consiste em uma pre-ocupação exagerada e fora do normal com a aparência.

É comum os sintomas come-çarem na adolescência e geral-mente em pessoas vítimas de bullying.

As pessoas com TDC de-moram para pedir ajuda por terem medo de serem classifi-cadas como “vaidosas”. O ideal é diagnosticar as pessoas com TDC em um estágio inicial da doença, porque o tratamento é mais fácil. Antes que todos es-ses pensamentos e ansiedades cheguem à sua mente.

O tratamento normalmente consiste em uma combinação de antidepressivos e terapia cognitiva-comportamental. No entanto, conseguir diagnosti-car o transtorno e tratá-lo é um processo lento. Durante esse tempo, quem sofre de TDC pode tentar “curar” essas imperfei-

O pesadelo de quem vive obcecado com a aparência

ções que encontra por meio da cirurgia plástica.

CirurgiaQuem tem dismorfofobia ge-

ralmente realiza várias cirur-gias plásticas para se sentir melhor.

O mais alarmante é que me-nos de 10% das pessoas com esse transtorno ficam satisfei-tas com os resultados. Resolvi-do um ‘problema’, elas tendem a se concentrar em outro aspecto de sua aparência, algo que aca-ba levando essas pessoas a se submeterem a vários procedi-mentos cirúrgicos para corrigir ‘imperfeições’.

DiagnósticoEstima-se que 15% das pes-

soas que querem fazer cirurgia plástica têm TDC. O transtor-no é extremamente complicado e os cirurgiões geralmente nao conseguem ser especialistas na hora do diagnóstico. Mas com as perguntas adequadas, é pos-

sível ter um sexto sentido para identificar que algo não está bem.

Os psiquiatras têm várias ferramentas para identificar a dirmorfofobia, mas leva tempo até que se tenha o diagnóstico e por isso é inviável utilizá-las nas clínicas dos cirurgiões plás-ticos na preparação para a ope-ração.

Primeiro mundo?É comum os comentários a

respeito do TDC serem de que “esse é um problema de primei-ro mundo.” Mas há evidências que provam o contrário. E o Brasil é um dos países que li-dera as estatísticas de cirurgia plástica no mundo todo.

Há pacientes de todas as classes econômicas. É muito importante que os cirurgiões estejam atentos a esse proble-ma e direcionem os pacientes ao tratamento adequado.

Fonte: www.bbc.com

A maioria das pessoas com TDC e que realizam várias cirurgias plásticas quase sempre não tem nenhum problema grave com a aparência

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Os erros mais comuns de quem usa lentes de contatoDormir sem tirá-las, ignorar a validade, pegar colírio emprestado... Deslizes que podem encrencar seus olhos

os olhos estiverem ardendo, do-endo ou lacrimejando demais.

Limpar de qualquer jeitoSó existe um líquido capaz de

higienizar direito as lentes: as soluções próprias para limpeza. As lentes absorvem as proteí-nas do olho. Apenas esses pro-

dutos eliminam esse excesso, bem como bactérias.

Não respeitar o prazo das lentes

Elas têm, na verdade, duas datas de validade: uma para quando estão lacradas e outra a partir da abertura da emba-lagem. Isso quer dizer que, se você tem uma lente quinzenal, precisa jogá-la fora ao final de 15 dias, mesmo que só tenha usado uma única vez. Se passar do prazo indicado, ela perde a segurança e eficiência.

Negligenciar o estado do estojo

Muitos pacientes chegam ao consultório com contaminação por causa do estojo malcuidado. É por isso que a especialista in-dica uma lavagem com água e sabão neutro, seguida de uma boa secada. Renove o estojo a cada três meses.

Dormir com as lentesEmbora existam modelos

que permitam isso, pregar os olhos com elas é desaconselha-do pelos médicos. Quem dorme com o acessório, mesmo que eventualmente, aumenta em 6,5 vezes o risco de lesões ocula-res. Esse hábito priva a córnea de oxigenação. Cenário perfeito para o acúmulo de secreção e infecções.

Botar qualquer colírioComo as lentes ressecam a vis-

ta, é comum que as pessoas pin-guem umas gotinhas nos olhos. Mas não vale pegar emprestado o colírio do amigo ou comprar um mais em conta. Existem lubrifi-cantes que impregnam as lentes. Use apenas o tipo indicado pelo oftalmologista.

Comprar sem consultar o oftalmologista

O uso e a escolha do acessório dependem de avaliação médica. É o oftalmo que irá analisar se há contraindicações e qual o material e a curvatura adequa-dos. Existe inclusive um teste de adaptação às lentes, feito em consultório, para acertar no mo-delo.

Usar as lentes com os olhos vermelhos

Assim como a febre é sinal de que o corpo não está bem, a ver-melhidão indica que há algo de errado nos globos oculares. Em geral, isso acontece por alguma irritação, infecção ou alergia – e ela pode ser provocada inclusi-ve pelas próprias lentes. Como elas são um corpo estranho, co-locá-las nessas circunstâncias tende a agravar o problema. Por isso, até que se descubra a causa da vermelhidão, a ordem é suspender o uso e procurar o oftalmo. E o mesmo se aplica se

Fonte: mdemulher.com.br

Deixar de lavar bem as mãosParece banal, mas

esse descuido é um dos principais fatores de contaminação do mate-rial. Nossas mãos car-regam milhares de mi-cróbios capazes de pular para o utensílio e, de lá, para os olhos. O ideal é colocar ou retirar as lentes em um ambiente limpo, com torneira, sa-bão e toalha por perto. Nos casos de emergên-cia, em que você não dispõe de um bom ba-nheiro, nem pense em higienizar as mãos com aquele álcool em gel que fica na bolsa. Em conta-to com os olhos, ele pode causar queimaduras na córnea.

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Para quem se exercita há um bom tempo, dizer que o aga-chamento é um super exercício não é grande novidade! Mas al-gumas pessoas, especialmente

Agachamento: benefícios incríveis para o corpo e a saúdeGraduada em Educação Física, mestre em Ciências

Aplicadas e Atividade Física ao Esporte

3454-6590

Rosalene O. Geremia

aquelas que estão iniciando as atividades físicas, têm dúvidas sobre como o movimento deve ser executado, quais resultados ele oferece de fato e se pode ser feito por todos.

O que é o agachamento?Agachamento é “o ato de, ini-

ciando em uma posição neutra em pé, descer o corpo em uma contração excêntrica dos mem-bros inferiores com o quadril quebrando a paralela, e re-tornar em uma concêntrica à mesma posição. Em outras pa-lavras, baixar o quadril até pró-ximo ao chão flexionando os joe-lhos e mantendo o tronco ereto”. É um exercício para fortaleci-mento dos músculos das coxas, quadris, glúteos, bem como os-sos, ligamentos e inserções dos tendões em toda a parte inferior do corpo. Importante ressaltar que quatro articulações parti-cipam do movimento: tornozelo, joelho, quadril e coluna lom-bar. Essas articulações reali-zam diversos movimentos, mas devemos analisar, apenas, os movimentos realizados contra a resistência, sendo assim, são feitos os seguintes movimentos articulares no agachamento:

- Flexão plantar;- Extensão do joelho;- Extensão do quadril;- Extensão do tronco.O agachamento já foi consi-

derado o melhor exercício para o ser humano, principalmente pelo fato de ser bípede. Ele for-talece nosso corpo para comba-

ter a gravidade quando esta-mos em pé. Para as mulheres, é considerado o principal exer-cício, pela ênfase no trabalho de glúteos, tornando as pernas e quadril mais forte e uma boa postura.

O movimento mobiliza uma grande quantidade de massa muscular, proporcionando um grande gasto calórico, princi-palmente se utilizar carga ou se realizar muitas repetições em pouco tempo, gerando assim uma aceleração cardíaca e tra-zendo benefícios também para o sistema cardiopulmonar.

É possível gerar variações de agachamentos com mudanças de tempo de execução, estímu-los de carga, posicionamento de membros inferiores, e aces-sórios externos utilizados nas execuções (como bola de pilates, rubber band etc.). Agachamen-to sumo para interno de coxa, onde acontece uma rotação dos pés para fora e agachamento abaixo dos 90° para uma ênfase maior são exemplos de exercí-cios.

O agachamento é um exer-cício de uso geral para a popu-lação, todo mundo pode fazer desde que o exercício seja bem orientado. Dependendo do caso do indivíduo que irá realizá-lo, o agachamento deve ser mol-dado e estruturado por um pro-fissional qualificado para que o aluno tenha um método de agachamento que respeite suas condições, onde os resultados

finais serão positivos, com fins estéticos, qualidade de vida ou melhora na saúde (restrições feitas a indivíduos com orien-tações médicas decorrentes de problemas mais graves).

No caso de lesões de joelho, o movimento deve ser executado de uma forma progressiva mais controlada e leve para fortale-cer o joelho aos poucos.

O agachamento não pode ser substituído, mas, sim, adapta-do. Quem realmente não pu-der ou não conseguir realizá-lo, pode adaptar o movimento sen-tando em um banquinho com ajuda de um apoio, ou pode se-gurar as mão de alguém e des-cer até onde conseguir.

É sempre importante ressal-tar que o alcance do resultado esperado está correlacionado com vários fatores, entre eles postura, tempo de execução, tempo de descanso, quantida-de de séries e repetições, dessa forma, torna-se indispensável a presença de um profissional de Educação Física, para que seus objetivos pré-estipulados sejam alcançados.

O agachamento trás muitos benefícios para

o corpo como

- Aumento do tônus muscular,- Diminuição de flaci-dez,- Correção de postura,- Diminuição do tempo de treino devido à pra-ticidade,- Queima de gorduras localizadas,- Enrijecimento de per-nas,- Enrijecimento de co-xas.

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Embora os assuntos ligados à morte e ao processo de luto da-queles que sofrem por uma per-da ainda sejam vistos como tabu – talvez por tratar-se de uma experiência-limite a qual gera desconforto e profundos senti-mentos de angústia e pesar – a questão da finitude acompanha o ser humano desde o primórdio dos tempos. Morre-se um pouco a cada dia logo da oportunidade de nascer. Assim como há vivên-cias de luto provindas de per-das por morte ou mesmo frente à necessidade de mudanças. A morte constitui parte integrante e essencial da vida, a partir dos ideais x frustrações; do plane-jamento x imprevisibilidade; do imaginário x real; de tudo aquilo que, um dia, foi construído, em contraposição ao que foi devas-tado; dos encontros e despedidas de cada história.

Em quaisquer situações, é possível dizer que não há nada mais doloroso para a alma hu-mana do que perder alguém amado ou alguma coisa que se deseja preservar. A experiência da perda é potencialmente da-nosa para quem a vivencia, pois as adversidades relacionadas aos desligamentos do ciclo vi-tal influenciam diretamente na saúde física e mental. Quando

A saudade, no luto, é o amor que permaneceFranciele Sassi

Psicóloga Especia-lizanda em Teoria,

Pesquisa e Intervenção em Luto e Perdas

CRP 07/24082Telefone 9934.1643

da perda por morte, por exem-plo, finda-se, sobretudo, a pos-sibilidade de um futuro junto à pessoa que partiu – futuro este recheado de expectativas, opor-tunidades, caminhos, alegrias e realizações. É natural, portanto, que o enlutado se sinta perdido ou com a sensação de “falta” – a impressão demarcada pelo “va-zio” da experiência. A morte de quem é estimado chega carrega-da de sentimentos de confusão e estranheza, intercalados ao en-torpecimento, à tristeza, raiva, às dores (que, às vezes, acabam se tornando físicas), ao alívio, à culpa, revolta, desesperança e, sobretudo, vem permeada por questionamentos.

O sofrimento existente no processo de luto é genuíno e esperado em virtude de tratar--se de uma relação de amor em que houve investimento afetivo de ambas as partes ao longo da vida. Apenas há dor na au-sência, porque houve amor na presença. É importante recor-dar, porém, que o amor também reside no descanso desta dor e na “recarga” de energias para a possibilidade de reinvestir na vida. Amar também signi-fica repouso para cicatrizar as feridas da alma. O afeto mora nas lembranças, nos momen-tos felizes, em tudo aquilo que a pessoa querida representou enquanto em vida e, sobretu-do, na vontade que ficou, cha-mada saudade. A saudade, no luto, é o amor que permanece. Logo, contrapor-se à realidade

da morte na tentativa de viver como se mudanças não fossem necessárias, “esquecer-se” do ente querido ou livrar-se su-bitamente de tudo o que lhe pertenceu, isolar-se ou evitar conversar sobre os sentimentos e expressar emoções, manter o tema da morte sob segredo, muitas vezes, tornam-se fato-res que impedem a resolução do luto num processo saudável de elaboração.

Embora a ausência da pessoa amada, em vida, seja razão de tamanha dor por parte de quem fica, a morte é peça integrante e essencial do teatro da existên-cia. Diante de uma experiência de perda, é preciso ajustar-se às mudanças, encontrando no-vas formas de “conectar-se” com aquele que partiu. Esta espé-cie de conexão pode surgir por meio de maneiras que o próprio enlutado encontra, ao longo do tempo, para lidar com a dor do luto e que ofereçam conforto e segurança para dar continuida-de e sentido à vida. Enquanto as tentativas de “distanciar--se” do falecido acabam, muitas vezes, intensificando a dor e o pesar por não constituírem par-te do processo natural do luto, permitir-se aproximar-se das emoções e reconhecer as me-tamorfoses da vida possibilita novas formas de reconstrução. A saudade que, no início, faz doer é a saudade que, ao longo do tempo, transforma-se em um ponto de ligação com a vida, pois fala do amor que nunca morre,

mas que se transforma numa aprendizagem eterna frente à nova necessidade de amar em separado.

Enquanto a dor e o sofrimen-to estão associados à ausência, as lembranças tornam-se pos-sibilidades de unir-se à pessoa querida por meio de um amor que se modifica, ao longo do tempo, numa nova forma de cuidado. Neste contexto, cabe

dizer que na medida em que o enlutado permite a si mesmo viver momentos de vitalidade e entusiasmo, mesmo interca-lados por períodos de tristeza, este também estende o seu cui-dado à pessoa ausente em vida, justamente por se tratar de uma ternura e um bem-querer que permanecem vivos nas cha-mas da lembrança, saudade e esperança.

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Fonte: g1.globo.com

Os problemas de saúde causados pelo uso de smartphone e como evitá-los

O celular é quase um com-panheiro inseparável, visto por muitos como um bem essencial no dia a dia - mas o que muitas pessoas não sabem é que o uso excessivo deles pode causar da-nos ao corpo humano.

Se você sente constantes do-res de cabeça, um couro cabe-ludo extremamente sensível ou um incômodo atrás de um olho, a culpa pode estar no uso inde-vido do smartphone.

Especialistas dizem que são cada vez mais comuns os casos de “text neck” - “pescoço de tex-to” em tradução livre -, dores na cabeça ligadas a tensões na nuca e no pescoço causadas pelo tempo inclinado em uma posi-ção indevida para visualizar a tela do celular.

Segundo a fisioterapeuta Priya Dasoju, a “pescoço de tex-to” também pode levar a dores no braço e no ombro.

“O que estamos vendo são cefaleias cervicogênicas”, afir-mou. Ela diz que o problema vem de tanto inclinar a cabeça para frente da tela do celular, e isso cria uma pressão intensa nas partes frontais e traseiras do pescoço.

Esse problema pode se agra-var e, em alguns casos, pode levar a uma condição conhecida como nevralgia occipital.

É uma condição neurológi-ca em que os nervos occipitais – que vão do topo da medula espinhal até o couro cabeludo – ficam inflamados ou lesionados. Ela pode ser confundida com dores de cabeça ou enxaqueca.

“Cerca de 30% dos nossos pa-cientes que vemos têm nevral-gia occipital”, disse a osteopata Lola Phillips.

“Você tende a ter esse proble-ma quando usa muito tablets, laptops ou smartphones. Você começa a sentir uma tensão na parte da frente do pescoço e uma fraqueza na parte de trás

dele.”A dor pode ser intensa, como

se o pescoço estivesse “quei-mando”, e começa na base da cabeça, se estendendo por toda a parte superior, no couro cabe-ludo.

Geralmente, as dores come-çam na parte de trás da cabeça, no nervo occipital, mas às ve-zes elas ficam localizadas mais na parte da frente, acima dos olhos.

‘Raios de dores’Adam Clark Estes começou

a sentir dores de cabeça alguns meses atrás. Segundo ele, a dor é intensa. “É como se fosse a dor de uma ressaca forte. Você sen-te a cabeça latejando.”

“Como se alguém tivesse me

golpeado na cabeça com um cano de aço quente enviando raios de dores lancinantes no crânio”, conta.

Você pode sentir a dor em um dos lados da cabeça ou nos dois, e até atrás dos olhos quan-do movimenta o pescoço. O con-selho para curar o problema é mudar de postura na hora de mexer no celular – e evitar o uso excessivo dele.

“Quem sofre disso deveria pensar em adotar posturas dife-rentes quando estiver usando o celular. Sentar na vertical, por exemplo, e levantar o celular ou usar um suporte para ele ficar em uma altura mais adequa-da”, explica a osteopata Lola Phillips.

“É preciso ter mais disciplina

com o uso do telefone também”, reitera.

O tratamento inclui correção de postura, massagem e remé-dios anti-inflamatórios, mas em alguns casos é preciso tomar medidas mais drásticas.

Adam Clark Estes teve que injetar um coquetel de esteroi-des e outros relaxantes nos ner-vos ao redor do seu pescoço.

“Dói bastante. Acho que o médico me deu quase 20 inje-ções separadas e depois delas eu fiquei tão mole que achei que iria desmaiar.”

“Depois de me recuperar, o médico me disse que me senti-ria melhor em um dia – e me-lhorou mesmo”, conta.

Médicos também podem re-ceitar relaxantes musculares,

antidepressivos.Especialistas dizem que a

prevenção é a melhor opção. Diminuir o uso de smartpho-nes ou então posicioná-los mais próximo da altura dos olhos são boas estratégias para evitar o problema.

“Tente não manter a mesma postura por muito tempo”, disse a fisioterapeuta Priya Dasoju.

“Coloque um lembrete no ce-lular ou no computador para se certificar de que você não está na mesma posição por muitos minutos consecutivos.”

Os médicos garantem que as condições causadas por uso excessivo de smartphones são apenas dolorosas, não fatais.

Tensão muscular causada por postura indevida em uso prolongado de celulares ou tablets causa ‘pescoço de texto’ e até inflamação nos nervos

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