10-Cravação de Estacas em Solo Mole Setup Relaxação - CTF 2016

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    Cravação de Estacas em Solo Mole

    Set-upRelaxação

    Bernadete Ragoni DanzigerUniversidade do Estado do Rio de Janeiro

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    Cravação de estaca em maciço de solo argiloso

    Antes da cravação:σ, u, σ’ = (σ – u) tan

    Logo após cravação: u

    σ, u + u , σ’ = (σ – u - u) tan

    Muito tempo após a cravação:σ, u, σ’ = (σ – u) tan

    Set up: aumento da capacidade de carga com t

    Vesic, 1977

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    Cravação, u e amolgamento

    Argila pouco sensívelGanho de resistência

    Argila muito sensívelPerda de resistência

    A antes da cravação

    A antes da cravaçãoC logo após a cravaçãoE muito tempo após

    Recuperação tixotrópica é a recuperação parcial da estrutura do solo.

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    Como, em geral, as estacas atravessam a camada de argila de baixa consistência e sãoassentes em solo resistente, a parcela de atrito lateral é a mais sujeita ao aumento daresistência após a cravação.

    Por este motivo, o set-up é predominantemente associado com o aumento da resistência

    por atrito.

    Set-up relacionado ao atrito lateral

    Taylor (1948) destaca diferentes curvas deresistências

    I - Inicial, Res BCII - Logo após a cravação (A para O, de O para F)Res = OE

    III - Algum tempo após a cravação (1 dia)

    IV - Algumas semanas após (estacas daquela época)

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    Set-up relacionado ao atrito lateralAumento de resistência com tempo

    Vesic (1977)

    Randolph (2012)

    Soderberg (1962)

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    O conhecimento da variação da capacidade de carga com otempo é importante para a otimização do custo da obra.

    i) Redução da profundidade da estaca, quando de suacravação contínua.

    ii) Escolha do tempo adequado para o ensaio derecravação para o ensaio dinâmico ou realização da

    PCE.iii) Escolha do tempo o carregamento da estaca.

    Importância do Set-up

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    Influência do tipo de solo

    O set-up observado em:

    Argilas saturadasAreias siltosas, siltes arenososAreias finas, fofas a médias

    Fase 3Esta fase independe da tensão efetiva, mas oset-up continua,

    Envelhecimento.

    Fase 1

    Fase 2

    Fase 1 (argilas, estacas comgrande deslocamento).

    Em argilas, tixotropia.

    Fase 2

    Solo experimenta aumento natensão efetiva, consolida e ganharesistência. Quanto < k, > desl, > D, > duração fase 2.

    Fase 1 Fase 2 Fase 3

    Duração das fases dependedo tipo de solo e de estaca

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    Set-up x Relaxação

    Para um dado solo e z do fuste, há superposição entre asdiferentes fases.

    Aging pode iniciar antes da completa dissipação  u.

    Em siltes e areias finas as poro pressões geradas pelacravação dissipam rapidamente, sendo a maior parte do set-up associado ao aging.

    A relaxação costuma afetar mais a resistência de ponta do

    que o atrito lateral. Rochas brandas laminadas podemapresentar relaxação da resistência de ponta

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    Medição do Set-up x Relaxação

    Recravação sem instrumentação

    Redução da nega e aumento do repique Set-up

    Aumento da nega e redução do repique Relaxação

    Incertezas, mudança desempenho martelo, além da variação daresistência.

    Provas de carga múltiplas, em vários intervalos detempo

    Demorado

    Alto custo

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    Medição do Set-up x Relaxação

    Ensaios dinâmicos de recravação emdiferentes intervalos de tempo

    Custo reduzidoCapaz de verificar set-up e relaxação

    Recravações a curto prazo podem estabelecer a tendência de

    comportamento

    Recravações a longo prazo podem comprovar as estimativasde projeto

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    Quantificação dos Efeitos do Tempo,quando testar?

    Instrumentação dinâmica de Recravações

    Baixo custo

    Útil tanto para verificação de set-up como relaxacão

    Recravação a curto prazo, indica tendência de set up(relaxação)

    Recravação a mais longo prazo, capaz de verificar odesempenho em relação às previsões de projeto

    Log tempo

    Quando Recravar ?

    Tecnicamente

    Desejável

    EconomicamenteDesejável

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    Quantificação dos Efeitos do Tempo,quando testar?

    Mín 2 medições são necessárias.

    EOD e recravação, com o maior intervalo do EOD.

    Face às diversas fases e mecanismos envolvidos

    (tixotropia, dissipação de u e envelhecimento) deve seter cuidado com os parâmetros retro-analisados dasmedições visando extrapolação dos valores de set-up.

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    Importância das parcelas e resistência

    Algumas determinações de set-up associadas apenas aresistência global.Menor significância na avaliação do set-up.

    EOD 50100150

    Re 100100

    200

    Fator Set up200/150 = 1,33

    EOD 502575

    Re 10025

    125

    Fator Set up125/75 =1,67

    No entanto, o set-up foi o mesmo, em ambos os casos = 2.

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    Distribuição do atrito lateral eresistência de ponta mobilizada

    CAPWAP mais adequado.A determinação da distribuição do atrito e resistência de ponta permitecorrelacionar o set-up ao tipo de solo, tensão efetiva, parâmetros geotécnicos,etc.

    Ao avaliar o set-up ao final da cravação EOD e em recravações sucessivas,obtem-se a distribuição do set-up ao longo do fuste, para as diferentes camadasdo solo.

    Maior flexibilidade ao desenvolvimento empírico de correlações entre o set-up e otipo de solo.

    Prova de carga bidirecional, com ruptura da resistência do fuste pode proverdeterminações da resistência do fuste em vários intervalos após a execução.

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    EOD

    Recravação após 8 dias

    Set-up de 3 na resistência por atrito

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    EOD

    Recravação após 24horas

    Relaxação de 0,5 na resistência de ponta

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    Valores diferenciados deSet-up atrito, ponta, total

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    Estimativa (Previsão) do Set-up

    Q = Q o (1 + A log [ t / to ])

    Scov e Denver (1988), o mais conhecido

    t0 Log t

    Fase 2

    t0 na prática, obtidopor determinaçõesmúltiplas em ensaioscom pequenosintervalos

    Desenvolvido para Qtotal.

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    Estimativa (Previsão) do Set-up

    Para uma investigação mais valiosa na avaliação do set-up, a estaca deve ter

    uma componente significativa de atrito e dispor da separação das parcelas deatrito e ponta.

    Bullock et al. (2005) Set up Atrito Lat. (Resultados ensaios Flórida)

    A (fator set-up); Qso e Qs (resist. atrito em t e to); f,fo (rests.atritunit em t e to); t (tempo desde EOD), to, (tempo referência,1dia

    ms (tg à reta de Qs x log t).

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    Fatores de Set-up (Rausche et al. 1996)

    Recomenda-se confirmar com Experiência Local

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    Pesquisas Realizadas no Brasil

    Alves (2004)

    Ensaios estaca modelo instrumentada cravada no depósito argiloso Sarapuí,RJ. ECD aolongo de 15 dias. Final, PCE. D ext 11,4cm, D int 10,1cm, pta fech., l = 6,2 m, 4,5 em solo.

    Estaca instrumentada:

    A- acelerômetro,B- defôrmetro

    Estaca instrumentadae martelo de cravação

    Ensaios realizados em6min, 30min, 1h, 2,5h, 6,5h,20,5h, 30h, 2 dias, 6 dias,15 dias.

    Em cada t, h= 15, 30, 45cm

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    Pesquisas Realizadas no Brasil, Alves (2004)

    Resultados

    Dissipação de u com log tempo prevista peloMétodo de Randoph e Wroth (1976) análogaao comportamento da curva de aumento daresistência Lateral com o tempo (set-up).Fase 2 preponderante.

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    Pesquisas Realizadas no Brasil,

    Estaca torpedo prensada Sarapuí, Freitas (2014)

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    Pesquisas Realizadas no Brasil,

    Estaca torpedo prensada Sarapuí, Freitas (2014)

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    Pesquisas Realizadas no Brasil,

    Estaca torpedo prensada Sarapuí, Freitas(2014)

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    Pesquisas Realizadas no Brasil,

    Estaca torpedo prensada Sarapuí, Freitas(2014)

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    Obra Fundações Offshore do Porto de Açu

    Alguns ResultadosArranjo Geral

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    Obra Fundações Offshore do Porto de

    AçuTravel Construction Method(Cantitravel)

    Martelo Bruce SGH 2015, Hd, W 200 kN, E=300 kNm

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    Obra Fundações Offshore do

    Porto de AçuAlguns Resultados

    Martelo Pileco D46, W=46kN, E 148,6 kNm

    PaPlanejamento EPM, atéCapacidade içamentoGuindaste, ~ 40m.

    T1 Quando > 40mT2 aço, 16mm, reforço 32

    mm, 30cmT3 38m EPM + 20m açoT4 = T2, c arruela,12m

    T5 = T3, c arruela,12mT6 aço c arruela, D >

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    Obra Fundações Offshore do

    Porto de AçuAlguns Resultados

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    Obra Fundações Offshore do

    Porto de AçuAlguns Resultados

    Dados gerais:

    Ponte de acesso: 2,9 km; 26,5m largura

    Pier de rebocadores: 168m

    Pier de minério: 442m

    Quebra Mar em L: 2,4 km

    Prof. inicial = 21m; previsão 26m,

    permitindo atracação do maior navio do

    mundo Chinamax, calado de 23m,

    comp. 360m.

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    Obra Fundações Offshore do

    Porto de AçuResultados Vale de Argila

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    Obra Fundações Offshore do

    Porto de AçuAlguns Resultados

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    Obra Fundações Offshore do

    Porto de AçuAlguns Resultados

    Decourt e Quaresma Pl = 12770 kNAoki e Velloso Pl = 10450 kN

    Set-up, da EOD até última recravação, 5dias = 2,3.

    Considerando da EOD até valor final de

    Decourt e Quaresma, > 100 dias = 5,3.

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    Bernadete Ragoni Danziger 

    Programa de Pós Graduação emEngenharia Civil, PGECIV

    Universidade do Estado do Rio de

    Janeiro, UERJ

    [email protected]