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1 Emotion in Psychotherapy (Leslie S. Greenberg, Jeremy D.Safran, January 1989, American Psychologist – http ://www.safranlab.net/uploads/7/6/4/6/7646935/emotion_in_psychotherapy.pdf ) A Emoção na Terapia Cognitiva (Parte 2 in Ampliando os limites da terapia cognitiva, Safran, J.D., ARTMED) Resolução das rupturas na aliança terapêutica: Seu papel nos processos de mudança de acordo com uma abordagem relacional (Resolution of ruptures in therapeutic aliance: Its role on change processes according to a relational approach – Análise Psicológica (2009), 4(XXVII): 479-791/ Joana Coutinho, Eugenia Ribeiro (Universidade do Minho, Braga, Portugal) Jeremy Safran (New School University, USA) in http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v27n4/v27n4a04.pdf ) Profª Lina (11) 9866.01234

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Emotion in Psychotherapy (Leslie S. Greenberg, Jeremy D.Safran, January 1989, American Psychologist – http://www.safranlab.net/uploads/7/6/4/6/7646935/emotion_in_psychotherapy.pdf) A Emoção na Terapia Cognitiva (Parte 2 in Ampliando os limites da terapia cognitiva, Safran, J.D., ARTMED)Resolução das rupturas na aliança terapêutica: Seu papel nos processos de mudança de acordo com uma abordagem relacional (Resolution of ruptures in therapeutic aliance: Its role on change processes according to a relational approach – Análise Psicológica (2009), 4(XXVII): 479-791/ Joana Coutinho, Eugenia Ribeiro (Universidade do Minho, Braga, Portugal) Jeremy Safran (New School University, USA) in http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/aps/v27n4/v27n4a04.pdf) Pr

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• 1982 – PhD British Columbia University (Vancouver, Canadá)• Pós-doutorado NY University (Programa em psicoterapia e psicanálise)• 1986-1990 – Diretor Unidade de T.Cognitiva – Dep. Psiquiatria Toronto

Univesity• 1990 – Derner Institute for Adv Psychological Studies, Adelphi University, NY• 1993- Director of Clinical Training & Professor of Psychology, New School for

Social Research in NYC• Publicou mais de 150 artigos e capítulos e vários livros:• 1) Emotion in Psychotherapy; 2) Emotion , Psychotherapy and Change;

3) Interpersonal Process in Cognitive Therapy; 4) Negotiating the Therapeutic Alliance; 5) The Therapeutic Alliance in Short Term Psychotherapy; 6) Psychoanalysis & Buddhism: An Unfolding Dialogue, and 7) Psychoanalysis and Psychoanalytic Therapies (APA Publications, 2012) 2

• Jeremy D. Safran, Ph.D.• Professor of Psychology at the New School for Social Research• Clinical Professor at the NY Postdoctoral Program in Psychotherapy

and Psychoanalysis.• Private practice of psychotherapy and psychoanalysis in NY City.

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REVOLUÇÃO COGNITIVA

Trouxe os processos emocionais foco central para a investigação teórica/empírica (antes, a emoção era relegada ao domínio da subjetividade)

Rápida expansão na análise da emoção crescente entendimento = comportamento pode ser iniciado / influenciado por processos emocionais/cognitivos

Na verdade, a tradicional distinção feita entre afeto cognição comportamento caíram por terra e foram substituídas por modelos de processamento integrativos.

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BEHAVIORISMO

Modificação dos estados afetivos indesejados (ansiedade, depressão) 1) indivíduo = tabula rasa, que aprende as respostas emocionais na relação com as contingências ambientais;2) respostas emocionais = propensão ou predisposição inata •Estratégias de tratamento envolvendo exposição e des-condicionamento.

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COGNITIVISMO

Emoção é tradicionalmente visto como um fenômeno pós-cognitivo

O significado de um evento determina a resposta emocional

Eliminação de respostas emocionais através do enfrentamento racional das crenças.

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HUMANISTAS/EXISTENCIALISTAS

Emoção como importante motivador para mudança

Afeto é visto como orientador do sistema que possibilita ao organismo se adaptar.

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TERAPIA FOCADA NO CLIENTE

Sentimentos são unidades cognitiva-afetiva complexas compostas por experiências carregadas emocionalmente e seu significado intelectual

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GESTALT

Evitação de sentimentos dolorosos e medo de emoções indesejadas

Centro da maioria dos problemas

Experiência e expressão da emoção é importantíssima para a mudança

Ainda há pouca teoria sobre o papel da emoção no processo terapêutico.

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EMOÇÃOVem sendo tratada de várias formas, por diferentes

abordagens terapêuticas vista como irracional, destrutiva, como epifenômeno ou como um aspecto do funcionamento biológico adaptativo.

Emoção não participa na mudança terapêutica de uma forma simples e uniforme.

A pergunta: “A experiência emocional na terapia leva à mudança?”

Deveria ser trocada por esta: “Que tipo de problema no processamento emocional em terapia pode ser melhor corrigido, por qual tipo de intervenção?”

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TEORIA CONSTRUTIVA DO PROC. EMOCIONAL Estudos sugerem emoções são produtos da evolução Essas investigações hipotetizam que as emoções primárias

são respostas biológicas adaptativas Emoções não são simplesmente eventos subjetivos

internos são tendências de ação biologicamente adaptativas

Vários autores = natureza biológica adaptativa das emoções emoções são disposições para a ação (motivacionais por natureza).

Emoções como a síntese de diferentes níveis do processamento emocional que pode, potencialmente, motivar comportamentos adaptativos.

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INTERVENÇÃO EMOCIONAL EM 5 CLASSES envolvendo diferentes procedimentos promovendo diferentes processos de mudança:1) Sintetizando e reconhecendo prévias respostas emocionais, com o objetivo de aumentar a percepção das respostas adaptativas;2) A evocação e intensificação da emoção para motivar novas respostas comportamentais;3) Reestruturação emocional, evocando a rede de respostas problemáticas subjacentes com o objetivo de reestruturar esta rede;4) Acessar as crenças dependentes dos estados emocionais;5) Modificar respostas emocionais mal adaptativas.

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PAPEL DA EMOÇÃO•Psicoterapia = mudança é vital e complexa (conceito como “catarse” não faz justiça a esta complexidade).•Talvez pela impossibilidade em explicar a “paixão”, os teóricos e terapeutas, até recentemente, mantiveram-se ausentes na tentativa de explicar e investigar o mais humano de todos os fenômenos.•Tentativa de especificar e medir como a emoção está envolvida na mudança em psicoterapia.•A não ser que se aborde o papel da emoção em terapia, nosso entendimento dos processos humanos de mudança continuará sem respostas, faltando um dos elementos vitais do que faz a psicoterapia ser potencialmente poderosa na mudança;

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Importante defender a superioridade dos enfoques mediacionais sobre os não-mediacionais Os processos cognitivos relevantes: conscientes, ao invés de inconscientes.

Anos 70:Anos 70:

É razoável supor que a cognição precede a emoção? Expandir a definição de processos cognitivosIncluir processos cognitivos conscientes + inconscientesNão subestimar o papel da atividade perceptiva no funcionamento humanoUrgência em responder às críticas: os problemas emocionais persistem, mesmo quando os clientes sabem que seu pensamento é ilógico e irracional.

Anos 80:Anos 80:

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Pouco tem falado a respeito da emoção Pouco tem contribuído com o entendimento da relação cognição emoção Os problemas da vida cotidiana sempre envolvem interações entre cogniçãoemoçãocomportamento Crítica o fracasso da psicologia cognitiva atual em lidar com o papel dos processos emocionais e da ação no funcionamento humanoFracasso geral em investigar fenômenos psicológicos em um contexto global e ecologicamente válido.

PSICOLOGIA COGNITIVA TRADICIONAL:PSICOLOGIA COGNITIVA TRADICIONAL:

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A) Metapsicologia do processamento de informações;

B) Metapsicologia ecológica;

C) Modelo integrativo de processamento emocional (Greenberg & Safran):

A emoção, cognição e ação são vistas como aspectos interdependentes de um complexo sistema envolvido na geração de significado.

PERSPECTIVAS COGNITIVAS METATEÓRICAS:PERSPECTIVAS COGNITIVAS METATEÓRICAS:

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Fundamenta predominantemente a psicologia cognitiva Analogia do cérebro como um computador Crítica diversos aspectos = funcionamento psicológico humano não são capturados de forma adequada. Inegável papel valioso e instrumental no desenvolvimento da psicologia cognitiva importância de não se ignorar suas limitações.Não podemos esquecer que humanos e animais são criaturas ativas e investigadoras, movidas por intenções definidas através de um ambiente complexo, repleto de significados em diversos níveis de análise

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A) METATEORIA DO PROC. DE INFORMAÇÕES:A) METATEORIA DO PROC. DE INFORMAÇÕES:

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Comprometimento desta teoria:

1) Fracasso em considerar o papel fundamental da motivação/emoção e da percepção no funcionamento humano;

2) Tendência em entender a percepção de maneira excessivamente restritiva;

3) Ausência de uma perspectiva biológica/evolucionista e essencialmente funcional;

4) Fracasso em reconhecer que a prática de modelar certos aspectos do funcionamento psicológico humano, ignorando outros, proporciona uma visão distorcida do fenômeno de interesse.

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COMPUTADOR:1 Traduz os eventos externos (input =teclado) em LINGUAGEM ELETRÔNICA.2 Arquiva grandes quantidades de informações (HD – DISCO RÍGIDO) em caráter permanente.3 Do arquivo da memória, pode-se tirar um documento e lançá-lo na MEMÓRIA DE TRABALHO. Também pode receber novas informações do teclado (e armazenar). Parte da memória de trabalho é visível na TELA DO COMPUTADOR.4 Depois de um período de inatividade, para poupar a tela, tudo que está na tela é apagado.

CÉREBRO:1 Traduz os eventos externos (input sensorial=5 sentidos) em LINGUAGEM NEURONAL.2 Arquiva vastas quantidades de informações na MEMÓRIA DE LONGO PRAZO (MLP).3 Do arquivo da memória, pode-se recuperar informação para uma MEMÓRIA DE TRABALHO ATIVA. Parte desta memória é exibida em nossa “TELA MENTAL” como MEMÓRIA DE CURTO PRAZO (MCP). As MCP podem ser armazenadas na MLP, sendo mais tarde recuperadas.4 Depois de um período de inatividade, as memórias humanas ativadas, se apagam depressa (se não forem usadas ou reconstituídas).

Metáfora do ComputadorMetáfora do Computador

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Perspectiva funcional concentra-se na interação entre indivíduo + ambiente (entendimento detalhado do ambiente no qual tal funcionamento ocorre)

B) METATEORIA ECOLÓGICA:B) METATEORIA ECOLÓGICA:

Ênfase = aquisição conhecimento a respeito do ambiente; Ação = parte do processo = não se pode entender a cognição independentemente da ação;Agir sobre o mundo = adquirir conhecimento sobre ele são partes do mesmo processo = o organismo torna-se conectado ao ambiente;Significado: inerente ao ato da percepção = o conhecimento do mundo é adquirido diretamente de atividades perceptivas simultâneas em todos os domínios sensoriais.

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Onde o conhecimento começa a ser transmitido?

Começa no começo, com a PERCEPÇÃOprocesso sobre o qual o significado intrínseco do relacionamento homem mundo está fundamentado

É o “percebedor” quem conhece, e o conhecedor quem percebe, assim como o mundo é percebido e conhecido.

Nem a memória, nem a inferência, nem qualquer outro processo epistêmico além da percepção intervém entre o agente conhecedor e o mundo que ele conhece

Conhecer é um processo direto, e não indireto.

Cognição emoção comportamento (fundidos)

Visão do sistema cognitivo construtivo.

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1) Reconhecimento crescente = processamento inconsciente para influenciar as percepções e ações das pessoas.2) Teoria das redes semânticas = além de um simples modelo de associação de palavras (memória de significado = diferentes tipos de conceitos diferentes tipos de conexões entre conceitos) Ex: preto & branco, preto & noite3) Modelos de esquemas = exp. emocionais são assimiladas na memória = estr. esquemáticas = inúmeros componentes constitutivos = se combinam num todo exp. da emoção•ESQUEMA estr. cognitivas da memória que organizam informações abstraídas de experiências anteriores = guiam o processamento de informações novas e a recuperação de informações armazenadas.

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Suposição de que a emoção tem um papel adaptativo no funcionamento humano Dentro da perspectiva metateórica ecológica Implicações dramáticas = nosso pensamento = relações emoçãocogniçãoação no processo psicoterapêutico Fenômenos afetivos em terapia O processamento emocional evoluiu na espécie humana através do processo de seleção natural processos emocionais desempenham um papel adaptativo no funcionamento humano.

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C) MODELO INTEGRATIVO DE PROC. EMOCIONAL:C) MODELO INTEGRATIVO DE PROC. EMOCIONAL:

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De que maneira as emoções desempenham um papel adaptativo no funcionamento humano?

Proporcionam informações a nosso respeito como organismos em interação com o ambiente.

Funcionam para motivar as ações adaptativas no mundo.São conexões funcionais entre o indivíduo e o ambiente.Constituem uma ponte através da qual as pessoas estão

ligadas ao seu nicho ecológico.As emoções funcionam como disposições de ação.Classes ação diferentes = inerentes a emoções diferentes. Raiva: cpts agressivos e auto protetores em ação. Medo: cpt auto protetor de fuga em ação. Solidão: pode conduzir à ação associativa. Amor: pode levar à associação e à procriação.

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EMOÇÃO & COMPORTAMENTO NÃO VERBAL Nós “lemos” as outras pessoas e inferimos o que está

acontecendo com elas com base em pistas não-verbais.Semelhanças interindividuais e interculturais = cpt não-

verbais específicos, associados a determinadas emoções.Hipótese = estrutura básica de certas emoções é parte

intrínseca da espécie humana.Diferentes emoções = diferentes tendências de ações. Emoções não são uma experiência inteiramente subjetiva

= natureza inerentemente comportamental. Comportamentos não-verbais podem ser determinadas

expressões faciais são reconhecíveis assim como padrões de movimento ou tensão muscular no torso sup. ou inferior são parte de uma disposição de ação.

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EMOÇÃO & PROCESSAMENTO PERCEPTIVO-MOTOR

Existe uma ligação integral entre percepção ação conhecimento do mundo conhecimento do self

Uma criança = conhece o mundo inicialmente através de uma combinação de sua percepção dos objetos no mundo e através da manipulação desses objetos.

A percepção e a ação são atividades perceptivo-motoras integradas que ocorrem simultaneamente.

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EMOÇÃO & SIGNIFICADOOs objetos do mundo têm um significado inerente para os

seres humanos. Conhecemos (percebemos) os objetos não somente em

termos daquilo que podem nos proporcionar, mas também em termos do impacto que eles têm sobre nós como organismos biológicos.

O significado é inerente ao ato de perceber. O significado de um objeto ou evento para nós, como

organismos biológicos, é essencialmente a disposição de ação que ele provoca em nós

E a ação é a raiz da experiência emocional.

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O PROCESSO DE SÍNTESE EMOCIONAL10 emoções = interesse, alegria, surpresa, angústia, raiva,

nojo, desprezo, medo, vergonha e culpa.Organismo humano responde ao ambiente de maneira

imediata e reflexiva ação no mundo é, com frequência, um processo automático (e não deliberado) percebe-se e age-se ao mesmo tempo.

A experiência emocional = combinações complexas e sutis são estabelecidas através do desenvolvimento de estrutura cognitivo-afetivas complexas de memória, que armazenam as experiências singulares do indivíduo durante a vida e suas respostas idiossincráticas a elas.

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EMOÇÃO & PSICOTERAPIAEntendimento teórico das relações entre emoção,

cognição e ação = extremamente valioso = entendimento desenvolvimento problemas emocionais = esclarecer entendimento do processo de mudança em psicoterapia (como esse sistema pode falhar – como restaurar o funcionamento saudável)

Emoções = entendidas como uma forma de significado = possuem significação para a pessoa que as experimenta e as expressa = seu significado possui dois aspectos: 1) “dizem” algo sobre nosso estado como organismos e 2) “dizem” algo a respeito do ambiente.

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Indivíduos que não são capazes de usar ou não têm acesso completo a essa informação não irão funcionar de maneira integrada.

Deixam de sintetizar inteiramente certas experiências emocionais adaptativas.

Devido a experiências passadas, eles podem aprender que é inadequado/perigoso ter determinados tipos de experiência emocional.

Como resultado podem restringir a expressão de certas emoções (ou podem até mesmo deixar de sintetizá-las).

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EXEMPLODéficit de síntese emocional mulher, 35, há 5 anos = desordem depressiva profunda c/melancolia,

marcante anedonia e ausência de reatividade emocional depressão endógena, medicamentos psicotrópicos, sem resultado TCC

falta de reatividade emocional = conectada a regras tácitas e crenças disfuncionais = necessidade = sempre controle de seus sentimentos = perigo potencial de expressar raiva, amor e vulnerabilidade

déficit emocional não estava restrito ao domínio da expressão, ela literalmente não experimentava essas emoções a falta de sintetizar/expressar essas emoções adequadamente ajudou a mantê-la presa a uma situação de vida insatisfatória = não atendida nas necessidades básicas de amor, apoio e gratificação.

1) modificar cognições = emoção; 2) ajuda = tornar-se consciente de sua tendência em ser autocritica = medo ser rejeitada.“eu devo sempre ter controle dos meus sentimentos p/ser uma pessoa de valor”“eu devo ser sempre forte para ter algum valor”“uma pessoa forte nunca expressa sentimentos de raiva ou fraqueza”

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TERAPEUTA•“eu sei que é ilógico, mas é como eu me sinto; eu sei que não existem evidências de que eu estou fracassando, mas é como eu me sinto”•Não tem escolha = contar com sua própria exp. emocional durante a terapia = importante instrumento terapêutico (forma emocionalmente vívida, real e imediata).•Pode ser perturbador = aqueles que veem a terapia como ciência, e não como arte.•Existe componente afetivo nossas avaliações = inevitável elemento de subjetividade em nossas percepções.•É mais seguro fazer uso/reconhecer essa subjetividade, do que nos iludir = acreditar que nossos julgamentos são realizados por meio de critérios puramente racionais.

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ENCONTRO PSICOTERAPÊUTICOENCONTRO PSICOTERAPÊUTICO

Modelo clássico = setting individual;Imediatamente = duas pessoas juntas, engajadas na

tarefa de observar os elementos dos processos internos; Referência interpessoal = processo de mudança que

ocorre no cliente (e eventualmente com o terapeuta) é mais bem entendido através dos processos do desenvolvimento e negociação da ALIANÇA TERAPÊUTICA.

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ABORDAGEM TEÓRICAABORDAGEM TEÓRICA

Independente da escolha adotada O processo do desenvolvimento da ALIANÇA TERAPÊUTICA

e a resolução das rupturas de forma eficiente = o principal veículo da mudança.

Particularmente o processo de superar os momentos de impasse e rupturas nesta relação.

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ABORDAGEM INTERPESSOAL ABORDAGEM INTERPESSOAL

Quase todas as necessidades e motivações humanas, somente podem ser conquistadas num mundo social.

Assim, o que chamamos de personalidade = deverá ser vista como um produto social das interações que nós formamos e mantemos com as figuras significantes em nossas vidas.

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TEORIA DA INTROJEÇÃO INTERPESSOAL (1953)TEORIA DA INTROJEÇÃO INTERPESSOAL (1953)Autoconceito = internalização jeito que os outros se comu-

nicam conosco (as pessoas aprendem a se relacionar consigo da mesma maneira que outros significativos se relacionaram com elas)

Os 1º relacionamentos com nosso cuidadores nos levam a ter um repertório de modelos internos sobre mim e sobre o mundo MODELOS INTERNOS levam as pessoas a se engajarem em transações interpessoais que os confirmam (dinâmica interpessoal da complementaridade).

Apesar de duradouros = conteúdo dos modelos internos do indivíduo podem /devem mudar ao longo da vida.

Modelos internos experiência afetiva padrões comportamentais mal adaptativos sintomas psicopatológicos.

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PSICOPATOLOGIA PSICOPATOLOGIA É entendida em termos dos padrões mal adaptativos

recorrentes nos comportamentos interpessoais = os esquemas internos estão sendo expressos (act-out) nas subsequentes interações em que o indivíduo participa.

Quando interage com os outros = tenta consolidar a imagem que ele construiu sobre si mesmo = interações confirmatórias são complementares por natureza.

Indivíduo com um funcionamento psicopatológico tem uma imagem de si e dos outros extremamente rígidos = só pode ser validada através de um restrito conjunto de comportamentos dos outros.

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EXEMPLO Transtorno de Personalidade Narcísico

Pessoa com senso de superioridade e grandiosidade = precisa ser continuamente confirmado através do comportamento de submissão e admiração dos outros.

São percebidos pelos outros = alguém que os convence a adotar um padrão particular de interação (= evitação).

Um ciclo vicioso se instala o indivíduo, perturbado torna mais e mais isolado.

O sentimento isolamento = é interpretado = a evidência da sua singularidade e superioridade, num nível mais superficial e, ao mesmo tempo, ele é confrontado com a falta de amor e apoio dos outros, confirmando assim seu esquema interpessoal negativado.

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PSICOTERAPIAPSICOTERAPIAExperiência relacional oferecida na terapia pode constituir

um dos contextos em que a mudança possa ocorrer.

Relação interpessoal = terapeutacliente = funcionar para perpetuar os esquemas internos do cliente = ou des-confirmar (experiência emocional corretiva).

AS REAÇÕES DO TERAPEUTAAS REAÇÕES DO TERAPEUTAQuando diferentes dos pais = fator terapêutico crucial.

Dá ao cliente = oportunidade de encarar repetidamente, (+ favoráveis) situações emocionais que eram certamente intoleráveis = lidar com elas agora, maneira diferente (melhor) da antiga.

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Terapeuta = usar seu conhecimento sobre as 1ª relações interpessoais do cliente = intencionalmente = utilizar uma atitude diferente daquelas parentais.

Essa nova atitude = intenção de corrigir as influências emocionais patogênicas das 1ª experiências.

Terapeuta = vulnerável às reações contratransferências.

ALIANÇA TERAPÊUTICA = não separada dos aspectos técni-cos da terapia = é vista como pré-condição que permite implementação intervenções estratégias específicas.

Dentro abordagem interpessoal = a ALIANÇA TERAPÊUTICA, por si só, é um ativo mecanismo de mudança = oferece a oportunidade de desafiar os esquemas internos disfuncionais.

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FATORES NÃO ESPECÍFICOS EM TERAPIAFATORES NÃO ESPECÍFICOS EM TERAPIAALIANÇA TERAPÊUTICA constitui um fato comum, mas não

é fator inespecífico.

Não é somente a ALIANÇA TERAPÊUTICA que está presente em toda terapia (psicodinâmica, humanista ou TCC) mas é também um mecanismo concreto que nos ajuda a compreender porque as pessoas mudam em terapia.

Justifica a importância de intervenções terapêuticas endereçadas diretamente na formação e desenvolvimento desta ALIANÇA TERAPÊUTICA.

Numa abordagem relacional ALIANÇA TERAPÊUTICA não é mais vista como o reflexo da transferência do paciente.

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Ao contrário, é visto como um processo de negociação constante entre duas subjetividades diferentes.

É o produto de uma influência mútua = terapeuta e o paciente = ocorre 2 níveis consciente e inconsciente.

A crescente importância da flexibilidade/espontaneidade = aspectos autenticidade no relacionamento terapêutico.

De que forma a ALIANÇA TERAPÊUTICA pode funcionar como um mecanismo de mudança?

Refinamento das hipóteses sobre como as relações interpessoais (aquelas que ocorrem na terapia) produzem mudança terapêutica 2ª geração pesquisadores da ALIANÇA TERAPÊUTICA.

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44Profª Lina Sue – [email protected] – celular (11) 98184-0550